UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE JUSSARA CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA HISTÓRIA MEDIEVAL – 2012 Idade Média na Sala de Aula JUSSARA – GO 2012 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE JUSSARA CURSO DE HISTÓRIA HISTÓRIA MEDIEVAL - 2012 Trabalho elaborado em 2012, pela disciplina História Medieval do Curso de Licenciatura em História da Universidade Estadual de Goiás, Unidade Universitária de Jussara, Rod. – 418, Km 01, Setor Alto da Boa Vista, CEP 76.270-000, Telefax: (Oxx62)3373-2335. Site: www.jussara.ueg.br pelos acadêmicos do 1º Ano, sob a orientação da professora Simone Luz da Silva. Diretor Institucional: Leandro Rocha Resende ______________________________________________________________________ Coordenadora Pedagógica: Nalha Monteiro de Lourenço Costas ______________________________________________________________________ Coordenador de Curso: Aruanã Antonio dos Passos ______________________________________________________________________ Professora da Disciplina: Simone Luz da Silva UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE JUSSARA CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA HISTÓRIA MEDIEVAL – 2012 Acadêmicos do 1º Ano do Curso de Licenciatura em História 2012 N° 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 NOMES ADILSON CORREIA DE LIMA JUNIOR ALINE DELMIRO DA SILVA ANDRÉIA MARIA DIAS LOPES CLEIDE ANTUNES DE MELO CRISTIANY ELISES MORAIS DE OLIVEIRA DAYANA DE SOUZA SANTOS DEIVILENE FÉLIX DE MOURA GUILHERME AUGUSTO RODRIGUES PIRES JENIFFER AMARAL DE OLIVEIRA JOÃO PEDRO PEREIRA DE LIMA JULIANA VIEIRA MARQUES KESSIA APARECIDA CAMELO DOS SANTOS LIDIA MARIA TEIXEIRA LIMA LILIANE RODRIGUÊS DE ARAÚJO LUCINDA FERREIRA DE OLIVEIRA SILVA MARIA HELENA VICENTE XAVIER MARIA MARGARIDA GONÇALVES BARBOSA MAYRA DE OLIVEIRA SILVA NAYRHAINNE SOUZA DUARTE NAZON CESÁRIO DE LIMA JUNIOR PAULO RICARDO PIMENTA DA CRUZ SHEILA APARECIDA ALCÂNTARA BARROS SUELMA DE JESUS GONÇALVES VILMA FERREIRA DE OLIVEIRA ASSINATURA DO (A) ALUNO (A) Acadêmico (a)s do 1° Ano do Curso de História AGRADECIMENTOS Agradecemos primeiramente ao Nosso Pai, por ter nós dado força para que conseguirmos fazer e organizar esse maravilhoso trabalho. A estimada Professora Mestra Simone Luz que motivou os acadêmico (a)s a conhecer a sala de aula e como é ensinado a disciplina de História, e vivenciar também o trabalho do historiador, que pesquisa e produz documentos que possam ser estudados. Aos acadêmico (a)s do 1° Ano do Curso de História por ter participado com entusiasmo, e também por ter a iniciativa de poder conhecer mais sobre os assuntos exposto no trabalho. A todo (a)s que se empenharam para que fosse realizado esse trabalho que é de suma importância para todos que fizeram e para quem vier a ler e ampliar suas pesquisas sobre os assuntos abordados referentes à Idade Média. Um agradecimento especial aos acadêmicos Guilherme Augusto e Paulo Ricardo pela dedicação, comprometimento e responsabilidade em organizar, formatar este trabalho. Também as acadêmicas Cristiany Elises e Vilma Ferreira pelo compromisso da encadernação. A todos vocês o meu reconhecimento, professora Simone Luz. “Ainda que popularmente pouco entendida, a Idade Média está presente no quotidiano dos povos ocidentais, mesmo daqueles que, como nós da América, não tiveram um “período medieval”. Hilário Franco Júnior SUMÁRIO INTRODUÇÃO 08 A FORMAÇÃO DO CAVALEIRO E AS BATALHAS MEDIEVAIS 09 AS CULTURAS MEDIEVAIS 16 A FAMÍLIA NA IDADE MÉDIA 27 CASTIGOS E PUNIÇÕES NA IDADE MÉDIA 32 A RELIGIÃO NA IDADE MÉDIA 46 A MULHER NA IDADE MÉDIA 53 AS CRUZADAS 59 ISLAMISMO: RELIGIÃO QUE UNIFICOU AS TRIBOS ÁRABES 65 PECADOS NA IDADE MÉDIA: COMO TRABALHAR A DIDÁTICA E INOVAR, NA PRÁTICA DOCENTE DO ENSINO DE HISTÓRIA 75 A VIDA SEXUAL NA IDADE MÉDIA 84 AS PRIMEIRAS TECNOLOGIAS DA IDADE MÉDIA 88 CONCLUSÃO 104 08 INTRODUÇÃO O presente trabalho detém informações sobre vários assuntos referentes à Idade Média, pois elenca discussões em torno de suas principais características e seu reflexo na sociedade moderna e contemporânea. De acordo com Hilário Franco Júnior, a Idade Média foi o berço de muitas descobertas, não podendo ser considerada como momento de regressão. Nela se deu o surgimento de várias técnicas, pesquisas, entre outros, que melhoraram a vida humana, aproximadamente no período entre o século V - XV. Convém informar que ao falarmos sobre Idade Média, não estamos nos referindo a um só povo e sim a vários, possivelmente situados no continente europeu, parte do continente asiático e o norte da África, e que seus fundamentos estão em torno do cristianismo de Roma e dos povos germânicos. Assim, uma explicação simplista sobre essa complexidade seria inadequada, além disso, poderia gerar graves anacronismos ou um perigoso sentimento etnocêntrico. Por meio de pesquisas fundamentadas em base teórica, com base em vários autores relacionados ao estudo da Idade Média, foi desenvolvido esse trabalho pelos (as) acadêmicos (as) do 1° do Curso de Licenciatura em História, sob orientação da professora proponente Simone Luz da Silva. Esse trabalho aconteceu em dois momentos, onde no primeiro momento foi apresentada a proposta de assistir uma aula de história no Ensino Fundamental Segunda Fase e no segundo momento, sob organização dos acadêmicos em duplas, e orientação da professora Simone Luz, deu-se as apresentações das micro aulas de todos os acadêmicos do 1° ano e a construção de textos ilustrativos e artigos, concluindo esse trabalho no dia dezoito de setembro de dois mil e doze, ressaltando que o mesmo corresponde as Práticas Curriculares de História Medieval contabilizando uma carga horária de 18h/a, desenvolvidas no 3° bimestre do corrente ano letivo de 2012, e, além disso, a pesquisa realizada, conforme os textos a seguir será uma via encadernada e transformada em material de apoio destinado a ficar na Biblioteca ou no Laboratório de Estágio, e outra será disponibilizada no Site da Universidade Estadual de Goiás, Unidade Universitária de Jussara. 09 A FORMAÇÃO DO CAVALEIRO E AS BATALHAS MEDIEVAIS Adilson Correia de Lima Junior1 Jeniffer Amaral de Oliveira Simone Luz da Silva2 ...foram vistos descendo das montanhas tropas inumeráveis de guerreiros montados em seus cavalos brancos. (autor desconhecido) RESUMO: Este artigo trabalha os movimentos históricos que ocorreram em um período cronológico retratando os acontecimentos e as lutas no período medieval e a formação de cavaleiros para defender a sociedade e seus nobres de possíveis ameaças contra o reino ou território das suas províncias, para este treinamento eram homens e meninos que eram formados rigorosamente, estes mesmos cavaleiros representavam autoridade suprema, só se rebaixavam aos seus senhores na sociedade medieval. E muitas possíveis batalhas e revoltas que foram se multiplicando em razão de ter uma grande ambição de poder entre nobres. PALAVRAS-CHAVE: Batalhas. Revoltas. Cavaleiros. A Formação dos Cavaleiros no Feudalismo Vários acontecimentos, como o surgimento da classe burguesa, o florescimento das cidades e o essencial, as cruzadas, levaram a consolidação de uma cavalaria. Por volta do século X os senhores recrutavam seus soldados entre os livres, mas com a queda da monarquia central o reino se despedaçou em inúmeros condados e ducados e com a chegada do Feudalismo, uma sociedade surge de novos acordos entre senhor e ex-escravo, agora o senhor passava a ter um servo sem ter que se preocupar com alimentação vestimenta 1 São acadêmicos do 1° Ano do Curso de Licenciatura em História da Universidade Estadual de Goiás, UnU – Jussara – Goiás, 2012. 2 Professora ministrante da disciplina de História Medieval da Universidade Estadual de Goiás – UnU – Jussara, Goiás, 2012. 10 deste. A responsabilidade dos senhores havia mudado, eles só precisavam dar aos seus servos um lote de terra para que eles trabalhassem e protegessem das batalhas e guerras da época, e em troca o servo devia produzir e desta produção passar certa parte para seu senhor. Para os escravos, receber um lote de terra era uma considerável melhoria de condição. Para o seu proprietário, era uma forma de aumentar a produtividade daquela mão-de-obra e ao mesmo tempo baixar seu custo de manutenção, pois um escravo estabelecido num lote de terra (servi casati) deixavam de ser alimentados e vestidos por seu amo, sustendo-se a si próprios. (FRANCO JÚNIOR, 1983, p. 12). Um fato que se faz muito importante é que o vassalo só podia ter um único senhor, e se lhe fosse infiel podia ser morto por este. E este servo esta vinculado ao lote, o servo não podia ser retirado deste, nem este podia ser vendido sem o servo, nem o servo sem o lote. “Em suma o colonus era juridicamente um homem livre, mas verdadeiro escravo da terra” (FRANCO JÚNIOR, 1983, p. 12). Além dos ex-escravos, os pequenos camponeses que estavam em busca de se livrarem dos impostos pagos a monarquia e das constantes guerras de senhores vizinhos que invadiam suas terras, era preferível entregar as terras a um destes vizinhos e se tornar vassalo3 deste, com a condição de continuar nas terras. A partir dai para proteger estas terras das constantes guerras e batalha da época procurava-se aos cavaleiros, “[...] um guerreiro altamente especializado [...]” (FRANCO JÚNIOR, 1983, p. 51). Este devia ser um soldado destemido que se mostrava extremamente habilidoso ao empunhar sua espada, com armadura apropriada e cavalo, “para utilizar de tal tecnologia militar, era preciso recursos econômicos abundantes [...] O custo deste equipamento equivalia a 22 bois, animais de que cada família camponesas não contava com mais de dois [...]” (FRANCO JÚNIOR, 1983, p. 51). Para se formar cavaleiro não era nada fácil, tão pouco barato. “A cavalaria era fundamentalmente da nobreza [...]” (ARANHA, 2006, p. 109). Mas havia sim alguns camponeses enriquecidos que se habilitavam para a vida de cavaleiro, esta formação era quase sempre decidida pelos pais afinal o menino começava com 7 anos. Na primeira etapa, dos 7 aos 15 anos, o menino servia como pajem4 em outro castelo. Ai convivia com as damas, aprendia música, poesia, jogo de salão, a falar bem, exercitava-se nos esportes e adquiria as maneiras corteses. [...] a 3 Um servo fiel. E a partir do século VII este termo passa a ser utilizado para se referir a um homem livre, mas de classe inferior. 4 Segundo Ferreira (2009) era um moço que acompanhava uma dama pra se aperfeiçoar nas boas maneiras. 11 maneira adequada de se comportar na corte. A segunda etapa começava quando o jovem se tornava escudeiro5, pondo-se a serviço de um cavaleiro. Aprendia a montar a cavalo, adestrava-se no manejo das armas exercitava-se nas caçadas e nos torneios ou liças,6 a fim de estar preparado para as guerras, tão comum naquela época. Ao mesmo tempo em que a preparação física merecia cuidados, era dada continuidade a educação social, com a introdução a assuntos políticos e até rudimentos da conquista amorosa. Aprendia ainda a arte dos cantores e dos jograis, além de poesias trovadoresca,7 que exaltava a beleza feminina. Aos 21 anos, após rigorosas provas de valentia e destemor,8 o escudeiro era sagrado em cerimônia de grande pompa civil e religiosa (ARANHA, 2006, p. 109-110). Assim percebe-se que o cavaleiro obtinha todo tipo de educação menos a intelectual, onde muitos destes cavaleiros nem sequer imaginava o que era ler ou escrever. Mas eram destemidos com habilidades de caça e de guerra invejáveis. Estes tinham ainda uma formação espiritual magnífica, que girava entorno das virtudes do cavaleiro, segundo Aranha (2006), honra fidelidade, coragem, fé e cortesia. As Batalhas Medievais Houve diversas batalhas e guerras no tempo medieval, isso tudo foi culminante para a formação de uma época. Época onde o domínio da igreja Católica prevalecia e até os reis eram comandados por tal. As inúmeras guerras podem ser representadas pela guerra dos cem anos, entre França e Inglaterra, esta guerra foi marcada pelas inúmeras batalhas que ocorreram entre os dois reinos, não se esquecendo de Joana Darc, que foi uma jovem camponesa que acreditava ter recebido mensagens de anjos para liderar os soldados franceses. Mas a principais guerras medievais que se pode citar são as cruzadas ou guerras santas. Desencadeada por várias motivações, seja estas materiais, psicológicas. Tudo culminava para umas “expedições” militares legitimadas pela igreja, legitimar estas expedições, concedia privilégios materiais e espirituais a quem participava. Privilégios como indulgências, concediam perdão aos pecados, coisa atraente naquela época, fazer o voto de cruzado era o mesmo que se submeter à proteção da igreja começava quase sempre por iniciativa do papa na teoria, pois sempre era de decisão do rei ou senhor feudal a operação militar. Estas eram financiadas pelos próprios cruzados ou pela igreja. 5 Segundo Ferreira (2009) era aquele que carregava o escudo e as armas de um cavaleiro. Segundo Ferreira (2009) era o lugar destinado a torneios e combates. 7 Segundo Ferreira (2009) era o ato de fazer ou cantar poemas. 8 Segundo Ferreira (2009) era a falta de temor, audácia. 6 12 As cruzadas tiveram diversas motivações, mas a que se fez necessária foi o discurso do papa Urbano II. A melhor síntese das motivações materiais da cruzada que poderíamos apresentar é o próprio discurso do papa Urbano II no concílio de Clermont, em novembro de 1095: “Após ter prometido a Deus manter a paz em suas terras e ajudar fielmente a igreja a conservar seus direitos, vocês poderão ser recompensados empregando sua coragem noutro empreendimento. Trata-se que várias vezes já pediram sua ajuda. Como a maior parte de vocês já sabe, os turcos destroem as igrejas, saqueiam o reino de Deus. Por isso, eu os exorto e suplico e não sou eu que ao exorta, mas o próprio senhor a socorrer os cristãos e levar aquele povo para bem longe de nossas terras (FRANCO JÚNIOR, 1991, p. 26-27). E não parou por ai ele continuou a argumentar, de que a vida na Terra Santa9 seria como viver em um paraíso, não haveria mais peste nem fome. “A terra que habitam é estreita e miserável, mas no território sagrado do Oriente há extensões de onde jorram leite e mel” (FRANCO JÚNIOR, 1991, p. 27). Os homens passaram a ter uma relação com Deus parecida com a de vassalo-senhor feudal, o homem recebia terras do senhor e em troca só precisava combater os inimigos de Deus. Não é de se estranhar que Deus fosse visto como senhor e o homem como vassalo, e que desde o século X se tenha generalizado o hábito de fazer uma prece com as mãos juntas, reproduzindo o gesto do vassalo ao prestar homenagem ao seu senhor (FRANCO JÚNIOR, 1983, p. 61). A igreja buscava limitar as lutas internas, fazendo com que fosse respeitada a paz e a trégua de Deus e proibia em certos períodos as guerras, mas acabavam aprovando-as em outros tempos. A cruzada do Oriente médio tinha por objetivo reassumir o a Terra Santa tão falada. Após o “bélico” discurso de Urbano II muitos homens convenceram-se em fazer o voto de cruzado, mas nem um padre poderia partir sem o conselho e permissão de seu superior, e nem um recém-casado o consentimento de sua esposa, pois a partir do momento que se pronunciava o voto não havia mais volta e quem não o cúmplice seria excomungado. Nem mesmo o papa Urbano II imaginava o poder de suas palavras, pois a repercussão de seu discurso foi tão grande que reuniu inúmeros homens da alta sociedade. 9 Termo muito utilizado para se referir a Jerusalém. 13 Reunido Godofredo de Bulhões, o duque da Baixa-Lotaríngia (Lorna) e seu irmão Balduíno de Boulogne; Hughes de Vermandois, irmão do rei da França, Felipe I, com cavaleiros Franceses e da Champanha, além do grupo conduzido por Roberto da Normandia e por Étienne de Blois. Ao escutar as novas sobre a partida de toda essa gente para o Oriente, Bohemond, o filho de Guiscard, decidiu também se tornar cruzado e atravessou o mar Adriático á frente de um pequeno exército (MORISSON, 1940, p. 25). Estes nobres que no passado eram conhecidos como mercenários, viam-se a chance de se redimir e acabar com as restrições que seus antepassados criaram. Não havia oportunidade melhor para este cavaleiro que antes era guerreiro e agora se tornar soldado de cristo, podendo se aventurar e ainda adquirir tesouros. Além das palavras de Urbano II tudo culminava para a peregrinação para a terra prometida, “já havia cerca de dez anos, uma série de calamidades naturais, fomes e epidemias havia atingido as regiões renanas e o norte da França” (MORRISSON, 1940, p. 26). Então mesmo com baixas no caminho e dificuldades para chegar a Jerusalém seria muito melhor partir em busca de uma terra prometida de onde “mana leite e mel” do que ficar em meio a peste e morrer de fome. Poucas guerras da idade media causou tanta paixão como as cruzadas, com o nome de “guerra santa”, estas em curto prazo fizeram com que a Europa resolvesse as desordens que eram constantes, mas acabaram por causar frequentes manifestações de antissemitismo e empobreceram muitos dos que partiram par a terra santa. No Oriente interromperam por um tempo o avanço dos turcos, e pode-se dizer que o ideal das cruzadas foi sim obtido, este que tinha por fim a ideia de uma luta justa em busca da libertação do Santo Sepulcro. Considerações finais Este trabalho foi elaborado sob orientação da professora Simone Luz da Silva da disciplina de história medieval na Universidade Estadual de Goiás, com o intuito de obter 18 (dezoito) horas de aulas praticas curriculares. Para chegarmos à conclusão deste foi preciso que assistíssemos no mínimo a uma aula em uma unidade de ensino básico, ministrássemos uma micro aula sobre um tema que abordasse a idade media. Experiência Em Sala de Aula 14 No Colégio Desembargador Mário Caiado no dia 13 de agosto de 2012, no período matutino nas séries do 7º ano A, 7º ano B e 8° ano foi autorizado pela Diretora desta instituição a assistir quantas aulas fosse necessário, acompanhando a professora Sônia Nogueira da disciplina de história, esta mesma que já foi professora da disciplina de História da Educação na Universidade Estadual de Goiás, Unidade Universitária de Jussara. Em uma aula sobre a Revolução Francesa, onde a professora ensinava seus alunos sobre o tema discutido, podíamos observar que havia alunos que dispunha de interesse e outros que nem tanto. Pois em uma sala de aula, onde a estrutura esta visivelmente danificada, poucos recursos de ensino a não ser o livro didático, a lousa, apagador e giz, em uma aula pouco chamativa percebe-se que maioria dos alunos da zona rural, que levantam muito cedo, parecem interessados no assunto, já há casos onde os alunos são mais dispersos, não havia “alunos problemas”, mas sim alunos com falta de atenção, sem interesse pela aula, mas o número que representava este desinteresse era minúsculo. Apesar da situação do colégio ser precária com a estrutura muito danificada, com paredes muito sujas, lousa quase impossível de escrever, as mesas e cadeiras praticamente todas em estado deplorável, e além de tudo isso que parecia culminar para o desinteresse dos alunos, ainda tinham alguns interessados pelo conteúdo. O que prova que não é o espaço físico que faz o processo de ensinar e aprender acontecer. E quanto aos desinteressados e outros que apresentavam não possuir conhecimento, pode ser resolvido com algumas aulas de reforço em um contra turno por exemplo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: ANDERSON, Perry. Passagem da Antiguidade ao Feudalismo. 5ª ed. São Paulo: Brasiliense, 2000. ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Historia da Educação e da Pedagogia: Geral e Brasil. 3ª ed. São Paulo: Moderna 2006. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário da Língua Portuguesa. 2009. FRANCO JÚNIOR, Hilário. As Cruzadas. 7ª ed. São Paulo SP: Brasiliense, 1991. 15 FRANCO JÚNIOR, Hilário. O Feudalismo. 15ª ed. São Paulo SP: Brasiliense, 1997. MORRISSON, Cécile. Cruzadas. Porto Alegre, RS: L&PM, 2009. SAVIANI, Demerval. História da Educação: O Debate Teórico da Educação. São Paulo, 2004. SCHMIDT, Mário Furley. Nova História Crítica. São Paulo: Nova Geração, 1999. 16 AS CULTURAS MEDIEVAIS Aline Delmiro da Silva10 Késsia Aparecida Camelo dos Santos Simone Luz da Silva11 No século IV o Império Romano começa a se desestruturar, onde gerou crises econômicas e grandes dificuldades em manter suas fronteiras, o que acarretou a perda dos seus territórios para os inimigos, e diante desse cenário de insegurança as pessoas procuram um conforto na fé cristã, esse cenário contribuiu para a transformação radical na vida cultural dos povos europeus, onde os mosteiros se tornaram os principais centros de ensino. E com o deslocamento da economia da cidade para o campo, fez gerar uma grande desorganização econômica, social e política nos primeiros séculos da idade média, em que afetou grandemente a produção cultural e artística, pois o campo não favorecia o desenvolvimento das artes, onde a produção artística desse período representava apenas a simplicidade e a rusticidade do cotidiano do povo do campo. No século X que foi um período de grande explosão cultural, devido às transformações políticas e econômicas que ocorreram com o renascimento comercial e urbano, onde o ativo comércio estabelecido entre os europeus e os orientais contribuiu para modificar o valor do homem medieval, que passou a valorizar a sua prosperidade material, onde as cidades se tornaram centros irradiadores dos valores culturais. Durante a idade média a Igreja Católica assumiu o controle total da educação em que o clero, elite intelectual e as suas escolas eram as únicas instituições culturais desse período, a grande influência da igreja sobre o pensamento cultural teve sólidas bases materiais, pois a igreja ao longo dos séculos se organizou politicamente ganhando prestígio dos reis e da nobreza, além de ter o controle sobre a mentalidade religiosa popular, onde a cultura medieval passou a refletir o pensamento da igreja em que eram subordinadas as leis de Deus (teocentrismo cultural). 10 Acadêmicas do 1º ano do Curso de Licenciatura em História da Universidade Estadual de Goiás, Unidade Universitária de Jussara-GO. 11 Professora da disciplina: História Medieval, 2012. 17 Educação na Idade Média Crianças recebendo instrucões de uma educação adequada. O renascimento das atividades comerciais e a prosperidade dos centros urbanos, que geraram grandes estímulos ao desenvolvimento intelectual das pessoas, onde as universidades se multiplicaram, pois o conhecimento era indispensável em seus negócios e no decorrer do século XII as escolas que foram fundadas no período carolíngio12 tornaram excelentes centros de ensino, em que seus cursos eram compostos pelo Trívium: que ensinavam gramática, retórica e lógica e pelo Quadrívium: o aluno aprendia aritmética, geometria, astronomia e música e depois que eles concluíam esse curso básico os alunos podiam se preparar nas escolas de artes liberais nas áreas de medicina, direito e teologia. Jovens nas escolas fundadas no período carolingío. 12 Relativo à dinastia de Carlos Magno. 18 As instituições de educação criadas durante a idade média eram chamadas de studium generale, onde seus mestres e alunos eram dedicados ao ensino superior de algum ramo do saber, e com a explosão cultural passaram a fazer referência ao estudo universal do saber, onde as universidades foram organizadas com bases nas faculdades que os alunos e professores eram dedicados ao conhecimento humano, isto é o direito de ensinar, as universidades tinham vários privilégios, além do direito de ensinar dos seus graduados, a isenção de impostos e contribuições, a dispensa do serviço militar. Essas vantagens eram garantidas pelo imperador ou pelo papa que eram as duas maiores autoridades da época, esse dinamismo cultural da idade média foi muito marcante que no século XIII a universidade de Paris tinha mais de vinte mil alunos, e no final desse período a Europa já havia adquirido em média oitenta universidades devido ao renascimento cultural. De acordo com o filme “O Clube do Imperador” visto que a educação era muito rígida como na idade média em que os alunos deveriam ter total obediência aos seus mestres, que ficaria responsável pela educação e pelo saber de seus alunos, os pais depositam a total confiança aos mestres, os alunos estavam ali para aprender e assim que passassem dessa etapa da sua vida escolar se integrar em uma universidade, observa-se que a realidade é a mesma ao assistir uma aula na Escola Estadual Desembargador Mario Caiado podemos constatar que poucos alunos estão interessados em aprender, onde para o mundo de hoje a educação e o saber são essenciais em uma sala de aula com vinte e quatro alunos em que o professor mostra total domínio da sala de aula e uma sala que podemos constatar uma escola rígida com mestres adequados. Filosofia Medieval O pensamento filosófico da idade média tinha uma forte influência do cristianismo que em alguns momentos foi confundido com a teologia, em que se aparavam na fé e em dogmas religiosos, e durante a idade média o grande teólogo foi Santo Agostinho13 que era um dos mestres da igreja, e também responsável pela síntese entre filosofia clássica e doutrina cristã, que tinha como teologia que a fé em Deus é salvação eterna, durante a idade média teve a filosofia escolástica que procurou harmonizar o conflito entre fé e razão partindo do ideal de que o progresso do ser humano não depende apenas da vontade divina, mas sim do seu 13 Foi um filósofo bispo e teólogo cristão. 19 próprio esforço, não devendo haver conflito entre fé e razão, pois ambas seriam essenciais para o homem na busca por conhecimento, o grande mérito escolástico era restituir o homem medieval tendo assim confiança em si próprio, e em sua capacidade de raciocínio e compreensão. Santo Agostinho e São Tomás de Aquino O termo escolástico é derivado ao indivíduo dedicado a difundir a cultura das sete artes liberais nas escolas monásticas e nas catedrais, onde denotavam a preocupação com o conhecimento do período. Se por um lado à escolástica valorizou a razão e substituiu a ideia de Santo Agostinho de predestinação pela concepção de livre arbítrio, ou seja, a capacidade de escolha, por outro lado deixou para o clero a função de orientador moral e espiritual da sociedade, condicionado a liberdade de escolha das concepções da igreja, outro grande filósofo escolástico era São Tomás de Aquino que era inspirado na teologia cristã, seu pensamento era um poderoso instrumento de ação do clero durante a idade média, sua doutrina escolástica reprovava a ambição de ganho que era considerado pecado. Literatura Medieval Durante a idade média a produção literária esteve ligada aos processos políticos e sociais da época, no século X o latim se constituía como a única língua culta da sociedade europeia ocidental, onde era utilizado na celebração das cerimônias religiosas e na redação de documentos oficiais e obras literárias, as outras línguas consideradas por vulgares se constituíram da fusão do latim com as línguas bárbaras, e a partir do século XI os idiomas nacionais foram se desenvolvendo passando a ser utilizadas na forma escrita, onde a atividade 20 literária floresceu, a primeira manifestação literária foi a poesia épica em que seus personagens eram essencialmente masculinos e seus temas eram a bravura, a destreza com as armas, a lealdade do cavaleiro e sua força, e no século XII teve o trovadorismo14 que era cultivado pela nobreza, em seus poemas louvavam seus versos de heroísmo da cavalaria, onde seu tema predileto era o amor e principalmente o amor dos amantes, a poesia louvava a mulher. Havia também a poesia produzida pelos goliardos15, onde eles satirizavam a sociedade da época principalmente o clero, esses poetas eram na maior parte estudantes pobres das instituições eclesiásticas que não podendo completar seus estudos se dedicavam á atividade de poetas e comediantes, eles valorizavam os prazeres da bebida e o amor profano, eles gostavam de ridicularizar o ritual católico, criando poemas que parodiavam os salmos e hinos religiosos, nos últimos séculos da idade média, a sua produção literária apresentou fortes traços humanistas que eram influenciados pela filosofia escolástica e pelos estudos dos clássicos desenvolvidos nas universidades, onde já prenunciavam o renascimento. Música Medieval Os beneditinos16 consideraram a música como uma das artes mais nobres e a incluíramna no quadrívium, onde o canto passou a fazer partes dos cultos religiosos graças ao papa Gregório Magno, de onde se derivou o nome canto gregoriano que ficou conhecido como um gênero musical, e na baixa idade média criou-se a canção, música profana cantada pelos nobres nas festas em seus castelos e pelo povo nas ruas, que foi difundida pelos trovadores e menestréis, que eram músicos da vida desregrada que tocavam harpa ou viola. 14 A primeira forma literária existente em Portugal. Literatura medieval escrita por clérigos ou estudantes boémios, que optavam por uma vida desregrada, licenciosa e recheada de folguedos 16 São pessoas que se dedicam a vida religiosa e seguem a teoria de São Bento. 15 21 O aprendizado da música começava desde jovem. No final do século XII, surgiu nas igrejas a Ars Antique, que era a fusão da música religiosa com a profana, que resultou na polifonia. Esse movimento durou até meados do século XIV. Arquitetura Medieval As igrejas constituíram a mais eloquente manifestação da arquitetura medieval, onde desenvolveram dois grandes estilos arquitetônicos: o românico e o gótico. O estilo românico utilizou elementos romanos que teve seu apogeu no século XI aparecendo em construções de castelos, mosteiro e igrejas, onde refletiam o mundo feudal teocêntrico, seus castelos representavam a segurança terrena (o feudo) e as catedrais (fortaleza de Deus), enfatizavam ao mesmo tempo o poder da igreja e da nobreza, a construção românica é maciça, pesada cujos seus traços predominantes são a horizontalidade, seu interior é sombrio, pois não há muitas janelas dando uma espécie de segurança e tranquilidade. Arquitetura românica e gótica 22 Já o florescimento gótico esteve ligado a prosperidade da economia urbana e desenvolvimento do conhecimento, a catedral gótica representava a obra da cidade e dos artífices das corporações de ofício refletindo a mentalidade da baixa idade média, as catedrais góticas são leves e graciosa banhadas de luz e cor com pinturas e esculturas, suas torres se projetavam até o céu revelando o conhecimento técnico de seus idealizadores, onde significava mais que um templo, era também uma escola onde os burgueses se reuniam para realizar assembleias civis, era a casa do povo, evidenciavam-se na arquitetura gótica as transformações na baixa idade média. Ciência Medieval A ciência na idade média não avançou muito, pois a igreja repudiava qualquer manifestação de pensamento que colocasse em risco as convicções religiosas impondo barreiras à indagação científica, onde o renascimento comercial e urbano abriu novas perspectivas para a ciência e com a expansão do comércio mediterrâneo reestabeleceram-se os contatos com os árabes, que teve contato com a medicina, astronomia, matemática, podendo resgatar os conhecimentos da antiguidade clássica, no século XIII as universidades se multiplicavam, onde empenharam em adquirir conhecimentos. Pessoas passando por processos científicos. 23 A ciência medieval não era experimental, os recursos disponíveis da matemática são insuficientes para se proceder ao desenvolvimento, ou seja, a impossibilidade de incorporar a experimentação. Vestuário Medieval As roupas e sapatos medievais eram volumosos principalmente os femininos onde escondiam inteiramente o corpo, pois a igreja desaprovava o uso de decotes, os penteados também as distinguiam, cabelo solto mulher solteira e cabelo preso mulher casada, os tecidos variavam de acordo com cada condição social, o clima, o local. Os camponeses apesar do sofrimento gostavam de festas, as várias festas folclóricas europeias são de origem medieval, as maiorias das pessoas se vestiam com trajes de lã e linho, já as pessoas mais humildes se vestiam com pele de animais. O vestuário era de acordo com o grupo social. Vestuários femininos da nobreza. O clero sendo o mais rico usavam vestidos escuros e compridos feitos de lã, alguns andavam descalços outros com sapato de couro e possuíam adereços de acordo com sua religião, se vestiam de acordo com sua condição, onde mantinham sobre as ordens do bispo. 24 O clero. Na nobreza tinham os reis e rainhas, o vestuário da rainha era composto por vestidos luxuosos, bordados em pedras preciosas, já o do rei se vestia luxuosamente também, pois acreditavam que a riqueza de seus trajes era uma maneira de cultivar a obediência de seus servos. A nobreza. O povo se vestia com trajes mais práticos já que sua única finalidade era o trabalho pesado e o comércio. 25 Os servos que trabalhavam para os mais poderosos. Considerações Finais De acordo com os temas propostos em sala de aula foi desenvolvido um trabalho seguindo a temática da Disciplina de História Medieval, que esse trabalho que constituiu em dois momentos; o primeiro foi de ir a uma escola campo, observar como são trabalhadas as didáticas com os alunos e os métodos utilizados nas aulas, depois foi assistido o filme “O Clube do Imperador” que tinha total relação com os métodos proposto pela professora Simone Luz da Silva. A partir do filme assistido podemos observar que poucas coisas mudaram, os alunos da escola estão todos uniformizados, até os professores utilizam ternos, demonstram uma grande disciplina, e hoje a partir da experiência vivida em sala de aula podemos concluir que os alunos continuam uniformizados demonstrando certo rigor da própria escola, onde o uniforme contém o emblema da unidade, os mestres também usam uniformes de acordo com as regras da unidade. Após essas etapas foi ministrada uma micro-aula de acordo com a temática “As Culturas Medievais” em que nessa micro-aula consistia na exposição do conteúdo metodologicamente. O segundo momento foi à elaboração de um texto apresentado o que foi abordado na micro-aula. Esse projeto foi um meio de conhecermos como será nossa profissão de professor em que teremos de lidar com várias temáticas ao mesmo tempo, esse trabalho foi proposto pela professora Simone Luz Silva com carga horária 18hs/aula de Práticas Curriculares na disciplina de Historia Medieval. Pois com a apresentação dos trabalhos podemos nos interar 26 mais sobre como apresentar os conteúdos usando alguns recursos e com o filme e a aula assistida tivemos um conhecimento mais amplo de como ser um professor em sala de aula tendo que lidar com vários alunos de várias personalidades e situações diferentes, como é o caso dos alunos problemas, que temos que lidar com muito cuidado para não estragar nossa carreira de profissional da educação. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PILLETTI, Nelson. História e Vida Integrada. São Paulo: Ática, 2002. VICENTINO, Cláudio. História Geral. São Paulo: Scipione, 1997. ARANHA, Maria Lucia Arruda. Historia da Educação e pedagogia: Geral e Brasil. São Paulo: Moderna, 2006. Disponível no site: https://www.google.com.br/imagensmedievais, acessado dia 05/10/2012 as 14h20 minutos. 27 A FAMÍLIA NA IDADE MÉDIA Andréia Maria Dias Lopes17 Lucinda Ferreira de Oliveira Silva. Na Idade Média a família era definida pelo casamento, sendo este o motivo que levariam a constituição familiar, que aconteceriam através de arranjo entre os familiares mais precisamente dos pais. As mulheres levariam um dote bastante valoroso e os noivos não opinavam sobre a escolha, só se conheciam no dia do casamento tornando-se então família, juntamente com filhos que viriam. Era uma família padronizada, as meninas ainda pequenas eram educadas com a finalidade de serem boas esposas, sendo submissa a ordem de seus pais e depois a de seu marido, nunca podiam questionar a autoridade e nem desobedecerem, na Idade Média não existiam sentimento o casamento se tratava de um negócio. A família do ocidente era uma invenção medieval, é claro que a família sempre existiu, mas de forma muito diferente de acordo com a sociedade, cada sociedade tinham uma maneira de se definir, na antiguidade era marcada pelo individualismo. A família se funda assim na união do homem e da mulher e os filhos que naturalmente virão dessa união. E uma visão que toma por modelo inclusive a sagrada família, que aumenta a devoção ao longo da Idade Média, os casamentos arranjados acontecia valendo tanto para o homem como para mulher, ou seja, os pais decidiam os casamentos dos filhos em relação do modelo da sagrada família. Pode se dizer que do ponto de vista demográfico e estatístico mudanças e permanências vem marcando a estrutura familiar brasileira nas últimas décadas, a caráter nuclear da família, isto é, casal com ou sem filhos, continua predominante, mas o tamanho da família diminuiu e cresceu o número de uniões conjugais sem vínculos legais e arranjados monoparentais18 aqueles caracterizados presença dos pais com os filhos ou as mães com filhos, contando ou não com outros parentes habitando conjuntamente. Entretanto, as maiores transformações vem ocorrendo no interior do núcleo familiar, assinalados pelas alterações da posição relativa 17 Acadêmicas do 1º ano do Curso de Licenciatura em História da Universidade Estadual de Goiás, Unidade Universitária de Jussara, trabalho apresentado para fins avaliativos da Disciplina de História Medieval, sob orientação da Professora Simone Luz, 2012. 18 São aquelas famílias no qual um progenitor convive com é o único e responsável pelos seus filhos e filhas menores ou dependentes. 28 da mulher e pelos novos padrões de relacionamento entre os membros da família. Já na Idade Média no ato do casamento legal sofreu pouquíssimas alterações. A família era a fase da organização social e política que prevalecia, o casamento monogâmico19 e o respeito á mulher, tendo o pai como chefe absoluto. A religião era politeístas20 e adoravam a força da natureza, o agrupamento de famílias formava a tribo, cujos chefes eram eleitos entre os homens livres em tempos de guerra, elegiam chefes militares com poderes extraordinários, que mais tarde tornaram-se reis. As terras eram repartidas anualmente entre várias famílias e o gado era um elemento de riqueza de todos. Os grupos germanos foram os que mais se apegavam a seus usos e tradições familiares, participavam da civilização romana e alguns chegaram a servir com soldados criados. A educação na Idade Média As famílias de elite eram muito cuidadosas com os dotes das filhas e quando por alguma razão, não tinham podiam comparecer perante o tabelião para fazer a respectiva escritura antes do casamento, mais cedo ou mais tarde depois do matrimônio compareciam perante ele para lavrarem o documento. Na Idade Média a família vivia em comunidade, tendo grande importância para eles, o pai tinha autoridade máxima sobre a esposa e os filhos, havia povos polígonos21 na Idade Média, mas as famílias dos noivos só si conheciam no dia do casamento. 19 É um relacionamento matrimonial com apenas um conjugue. Politeísta é todo aquele que se identifica ou crê em uma religião que prega a existência de vários Deuses 21 E quando ocorre o casamento com mais de uma pessoa ao contrário monogamia que e o casamento a dois 20 29 A família nobre na Idade Média na hora da refeição. Hoje em dia a estrutura familiar sofreu algumas mudanças, a mulher passou a ter seu lugar na sociedade como podemos perceber, muitas das vezes a mulher tem outro papel, deixou de ser dona de casa e passou a trabalhar, enquanto o homem fica em seu lugar tomando conta da casa e das crianças. A família por sua vez está cada vez mais diferentes, daquelas do período Medieval, muitas das vezes os pais se separam e os filhos são criados somente por uma das partes, podendo conviver com apenas um deles. Na Idade Média também existiam pais separados, mas não era com tanta frequência como existe hoje em dia. O casamento de hoje tem livre escolha, homem e mulher se casam no civil ou no religioso, ou apenas se juntam, mas até hoje para a Igreja Católica é pecado se não se casarem perante Deus, pois para a doutrina da Igreja Católica o casal vive em constante pecado, se não fizer a união no religioso, ou seja, para a igreja é como se estivéssemos na Idade Média vivendo em pecado. Em algumas sociedades ainda existem jogos de interesses por ambas as partes. Mas, para muitos construir família tem que ter laços afetivos. Diferentemente de hoje, na Idade Média quando as mulheres traiam seus maridos eram castigadas de forma súbita, a esposa cortava seus cabelos, deixava as mulheres nuas em frente aos parentes, era expulsa de casa, exposta por toda a localidade açoitando-a com uma vara, podemos perceber que a mulher não tinham nenhuma regalia, era simplesmente condenada de forma brutal pelo seu dono, o próprio marido, mas nos dia de hoje não se vê esses tipos de situações é muito difícil para a sociedade que vivemos, as vezes tem alguns casos, onde o marido violenta as esposas, ou vice versa mas tem leis que protege a mulher dessas agressões muitos. A família hoje se constituiu em termos de sociedade em que os jovens têm uma vida sexual ativa e outras em 30 que o sexo, só é permitido durante o casamento e há sociedades que aceitam as relações homossexuais e o amor entre duas pessoas do mesmo sexo. Senhores e vassalos, o relacionamento desta época sobre o modo familiar E outros que condenam, tendo também algumas sociedades em que a mulher deve total obediência ao marido e outros em que mulheres têm grande papel político como é o caso do Brasil, temos uma mulher na Presidência, tomando conta da nossa sociedade, têm sua maneira de considerar o que é certo e errado, todos tem seus propósitos valores. Na nossa sociedade, por exemplo, as pessoas não aceitam que a mulher possa ter vários maridos ao mesmo tempo já na sociedade muçulmana eles aceitam o casamento entre um homem e várias mulheres. O casamento cristão representa, desde os tempos medievais, uma das mais profundas formas de dominação social. Considerações Finais Esse trabalho que finalizará com a entrega do texto apresentado acima com o tema “A Família na Idade Média”, o qual foi desenvolvido em sala de aula como micro aula aos acadêmicos do 1º ano de Licenciatura em História, bem como as demais etapas de observar uma aula no Ensino Fundamental Segunda Fase de História, e assistir, socializar e contextualizar o filme “O Clube do Imperador”. Todos estes momentos foram computados com uma carga horária de 18 hora aula na disciplina de História Medieval correspondendo as 31 Práticas Curriculares propostas pela professora Simone Luz que teve como execução nos meses de agosto e setembro do corrente ano letivo de 2012. Diante da metodologia aplicada na sala de aula e através do filme o “Clube do Imperador”, mostra para nós futuros professores a responsabilidade que teremos que enfrentar, alunos bons e outros problemas, e também serviu como experiência como é importante o papel do professor na vida do aluno, pois seremos responsáveis também na formação do seu caráter. Já as aulas assistidas no Colégio Estadual Humberto de Alencar Castelo Branco ministrada pela professora de História Marlene, tivemos a noção de como se atua um professor na sala de aula, observando sua forma de ensinar e sua metodologia aplicada. A professora ministrou o conteúdo sobre o Iluminismo iniciando com leituras dos tópicos e explicando com a ajuda dos alunos que iam fazendo perguntas, ao analisar a turma percebemos os alunos bastante agitado, mais a professora dominava bem o conteúdo e não tinha domínio de sala. O método usado foi aperfeiçoando o aprendizado do aluno com o próprio conhecimento do mesmo através das perguntas sobre o conteúdo aplicado usando a lousa para passar questões do texto aplicado e utilizando o livro didático para responderem as questões. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CAMPOS, Flávia de. MIRANDA, Renam Garcia. A escrita da História: Ensino Médio volume único. 1ª ed. São Paulo: Escala educacional, 2005. SCHMIDT, Mário Furley. Nova História Crítica. São Paulo: Nova Geração,1999. Disponível no site: http://www.brasilescola.com/historia/a-situação-da-mulher-na-idade- media.html. Acessado dia 25/08/2012 as 18:30 minutos. 32 22 CASTIGOS E PUNIÇÕES NA IDADE MÉDIA Cleide Antunes de Melo23 Guilherme Augusto Rodrigues Pires Simone Luz da Silva24 Para se conhecer melhor sobre os castigos e punições da Idade Média tem que compreender o contexto histórico em que se encontravam a vítima e os acusadores, por isso para alguns historiadores que discutem sobre esse momento histórico que aconteceu na história da humanidade, onde se acabavam a História Antiga para a História Medieval, foi um processo histórico, pois muitos historiadores e pessoas civis conhecem esse período como Idade das Trevas, visto que a Igreja Católica dominava toda a forma intelectual de se compreender a Bíblia, e muitos reformadores e mártires mostram outra forma de se seguir aos ensinamentos. Os clérigos da Igreja Católica Apostólica Romana, na maioria das vezes os padres, monges, bispos, cardeais, papas e dentre outros não seguiam a sua própria doutrina e dogmas que a Igreja Católica estava ensinando a sua comunidade. E por isso ocorreu que pessoas suspeitas de heresia25, passavam por esse processo de interrogação e que aconteciam vários métodos de torturas e castigos nesse processo, onde algumas pessoas foram mortas por mostrar o “verdadeiro” ensinamento que Jesus Cristo deixou para os seus discípulos. Os torturadores usavam de tudo um pouco: de aparelhos que esticavam o corpo das suas vítimas até deslocar as juntas aos objetos perfurantes, os mais variados tipos de castigos. Boa parte dos métodos de punição já existia desde a antiguidade, mas os carrascos medievais também desenvolveram novas formas de torturas, incorporando os avanços tecnológicos da época, como os recém – surgidos desportivos de relojoeira. A prática da 22 Título referente à Idade Medieval, onde a Igreja Católica julgaram indivíduos, onde eram punidos e castigados, porém a sua pena de condenação dependia da lei que a pessoa cometeu, portanto a alta punição que ocorria com a pessoa era a pessoa ser condenada a morte na fogueira pelo fato de afronta a Igreja Católica. 23 Acadêmica (o) do 1° Ano do Curso de Licenciatura em História da Universidade Estadual de Goiás, Unidade Universitária de Jussara, Goiás, 2012. 24 Mestra ministrante do 1°Ano do Curso de Licenciatura em História da Universidade Estadual de Goiás, Unidade Universitária de Jussara, Goiás, 2012. 25 Segundo o dicionário Michaellis Online significa heresia, 1. Doutrina que se opõe aos dogmas da Igreja. 2. Absurdo, contra-senso, disparate. 3. Ato ou palavra ofensiva à religião. 33 tortura era comum, pois a conjunção era considerada a mais importante prova nos tribunais, assim ela precisava ser extraída a qualquer custo em sóbrias masmorras no subsolo de fortalezas, os suspeitos eram submetidos a suplício durante semanas e o terror só acabava quando eles reconheciam a culpa, em geral relacionada a casos de roubo, traição, política ou assassinato. A princípio a Igreja se manifestou contra a tortura para extrair confissões, mas, no final da Idade Média, já usava a prática sem cerimônia para punir hereges. Não era considerado pecado infligir castigos físicos aos acusados, a única recomendação era para que o serviço que a Igreja Católica mandasse deveria cumprido pelos inquisidores. A partir do século XV, a Inquisição – Tribunais da Igreja Católica que puniam quem desviassem de seus dogmas e normas tinham até manuais para orientar carrascos, vale lembrar que, além do tormento físico, havia também métodos psicológicos, eram utilizados envolvendo drogas, como a mandrágora ou estramônio. Essas poções provocavam terríveis delírios, servindo para “confirmar” que o réu possuía os laços com o Satã ou Demônio. Portanto, quando comprovado que a pessoa tinha laços com o Satã às pessoas sofriam métodos de torturas e castigos e que levavam as pessoas à morte. Por este fato as mulheres tinham o pesadelo feminino26 que era exclusivamente reservada a elas. Castigos e Punições: Mastectomia 26 É uma punição que a mulher sofria com a remoção dos seios a força do seu corpo. 34 A mastectomia tinha como definição de dilacerar as mamas e em seguida arrancadas, o torturador com o instrumento de pinças e com ferro aquecido, o que facilitava a remoção das mamas, porém em certas ocasiões era obrigada a engolir os próprios seios e acabava morrendo sufocada. Castigos e Punições: Interrogatório Temos o interrogatório que além de ajudar a conseguir a confissão, era uma forma de castigo e punição que a pessoa passava pelo método da tortura física e psicológica. Castigos e Punições: Cadeira Inquisitória 35 Cadeira Inquisitória servia como forma de torturar e conseguir as confissões dos suspeitos, onde a pessoa sentava despido e se colocava brasa quente debaixo da cadeira e que queimava a carne, o que facilitava qualquer acusado ou suspeito de heresia confessar aos inquisidores, o que estes estivessem a julgar. Castigos e Punições: Roda de Despedaçamento Roda de despedaçamento se colocava o acusado na roda amarrado e debaixo da roda se colocava brasas, o carrasco girava a roda, fazia com que a pessoa fosse queimada pelo calor, porém a ocasiões que se colocavam agulhas metálicas e que esse método de interrogatório foi muito utilizado nos países como a Inglaterra, Holanda e Alemanha. Castigos e Punições: Dama de Ferro 36 Dama de Ferro, esse método se consentia em colocar a vítima nesse local, se tinham espinhas metálicos, porém a pessoa não era ferida gravemente, acusado poderia ficar neste recinto vários dias até que morresse. Castigos e Punições: Berço de Judas O Berço de Judas era um interrogatório, o carrasco colocava o indivíduo numa pirâmide metálica amarrada e com o próprio peso do corpo do herege fazendo com que se ferisse a vítima em vários lugares. Castigos e Punições: Esmaga Cabeça 37 Esmaga Cabeça esse processo fazia com que a pessoa ficasse sentada e com a cabeça baixada para o lado da mesa, o carrasco colocava a cabeça no lugar e começava a enroscar e com isso surgia uma pressão na cabeça fazendo com que quebrasse o maxilar primeiro por ser menos resistente e depois o crânio era rompido, fazendo com que o acusado morresse. Castigos e Punições: Pera Pera esse instrumento era inserido na boca, anus e vagina fazendo com que expandisse lentamente nessas partes, e as pessoas que eram punidas nesse castigo eram as pessoas que fez o adultério, homossexualismo, incesto ou relações com o Satã, e esse método era usado como penitência a essas vítimas fazendo vários ferida nessas localidades. 38 Castigos e Punições: Gaiolas Suspensas Gaiolas Suspensas é um método de execução em que se colocava o condenado, em via pública, onde esse indivíduo além de passar por esse momento constrangedor que passaria até a sua morte, havia também à humilhação que era a pior dos castigos e punições que essas pessoas sofriam. Castigos e Punições: Guilhotina 39 Guilhotina esse instrumento fazia com que o condenado a morte morresse rapidamente, o carrasco soltava violentamente a corda que segura à lâmina fazendo com que a pessoa fosse decapitada violentamente tirando a sua vida. Castigos e Punições: Serrote Serrote, o acusado era colocado de pernas entreabertas, o que fazia com que não se reagisse a sua punição, e os carrascos ou executores ficavam de um lado cada um e começava a punição dos seus pecados, em que fazia com que a vítima ficasse consciente até a sua morte, entretanto os acusados não conseguiam ficar até o fim do processo visto que se perdia toda a consciência, e essa punição era principalmente para os homossexuais que sofriam esse castigo. Castigos e Punições: Tribunal da Santa Inquisição O Tribunal da Santa Inquisição ou Santo Ofício, o acusado depois de ser investigado, passa para o processo de julgamento onde na maioria das vezes a vítima era condenada a 40 morte, porém o acusado não tinha como se defender e como consequência o condenado tinha sua sentença determinada, a morte. Castigos e Punições: Morte na Fogueira Cremação ou Morte na Fogueira, esse instrumento consequentemente era para quem praticava bruxaria ou que fazia afronta a Igreja Católica aos seus dogmas ensinados e sua visão de como conduzir as almas dos fiéis, a Igreja nesse método colocava a pessoa condenada à morte num tronco amarrado com galhos ao redor e com enxofre, queriam que o acusado morresse queimado e não asfixiado. Dentro desses métodos de castigos e punições contra a humanidade deste período histórico, houve mártires como Galileu Galilei, Joana D’Arc e Martinho Lutero e tantos outros não conhecidos mais que foram mártires anônimos contra a forma de se conduzir a sociedade. Mártir: Galileu Galilei 41 Galileu Galilei nasceu na Itália e comprovou todas as ideias que Aristócrates tinha sobre o mundo e que a terra não está no centro do sistema, porém o sol, e com isso a Igreja viu que estava indo contra aos seus dogmas, foi chamado no Tribunal para se retratar e assim fez, porém ficou preso até a sua morte, por ir contra a visão da Igreja. Mártir: Joana D’ Arc Joana D’Arc, deste os 12 anos já ouvia a voz que deveria libertar a França, porém com o passar do tempo com a Guerra entre a Inglaterra e a França, Joana D’Arc pede conselhos ao Rei Carlos VII, para combater os ingleses e por isso Joana D’Arc anunciava no inicio de cada batalha o que Nosso Senhor mandou avisar os invasores em que dizia, que saia do Reino da França, pois não “te pertencem, pois o Rei dos Céus, vós manda” 27 , tinham que sair das fortalezas e irem para o seu país e se não saíssem iria ocorrer uma grande batalha, dizia a Joana, e essa Guerra foi considerada a Guerra dos Cem Anos28, porém vendo a força que Joana tinha com o Rei Carlos VII29, para a Inglaterra é julgada, por prática de bruxaria e ver visões e por isso foi condenada a morte na fogueira. 27 Vídeo sobre a Joana D´Arc retirado do canal do Youtube. Essa guerra aconteceu entre a Inglaterra e a França, onde a Inglaterra invadiu o território franceses, vendo isso Joana D’Arc foi e disse ao rei que ajudaria a libertar a França do domínio dos ingleses, porém foi feito um acordo de paz e a França saiu dessa guerra favorecida. 29 Rei da França, onde estava o Rei Carlos VII, foi proclamado monarca da França através de Joana D’Arc, encontra-se no vídeo sobre Joana D’Arc. Retirado do canal do Youtube. 28 42 Joana D’ Arc sendo morta na fogueira. E assim a queimaram mais uma mártir que só queria defender a sua pátria, pois observaram em Joana D’Arc tinha parte com o Satã. Mártir: Martinho Lutero 43 Martinho Lutero foi um padre da ordem agostiniana, percebeu que a Igreja tinha que seguir os ensinamentos que ela mesma pregava, porém não era isso que acontecia, então escreveu as 95 teses sobre os ensinamentos de Jesus, e traduziu as Sagradas Escrituras do Latim para o Alemão, o que facilitavam que as pessoas leigas pudessem ler e compreender, e por isso a Igreja queria capturar Lutero e condenar a morte na fogueira, visto que estava mostrando que os dogmas que a Igreja Católica pregava não correspondiam a suas práticas. Com o apoio do príncipe da Saxônia, o senhor Sábio Frederico30, Martinho Lutero não pregavam a separação das pessoas que acreditavam nos ensinamentos de Jesus Cristo, porém ocorreu a divisão da Igreja Católica e começava a nascer a Igreja Luterana, e com isso começou a criar as primeiras igrejas luteranas. Depois o Lutero se casou com a monga Katharina Von Bora, onde de certo modo o Lutero quebrou várias ideologias que a Igreja ensinava para os seus fiéis. Tivemos vários outros mártires que não são conhecidos pela sociedade, essas pessoas iam contra a forma de como a Igreja Católica se organizava, o seus ensinamentos, onde o prebístero31 ensinavam ensinamentos que eram totalmente diferente que os pregados por Jesus Cristo, por isso a Igreja combatia esses hereges com o Julgamento da Santa Inquisição ou Santo Ofício, porém tinham outros meios que queriam calar as pessoas que iam contra seus dogmas e interesses pessoais, conforme os apresentados anteriormente. Considerações Finais Podemos perceber ao decorrer do trabalho que o tema em discussão sobre “Castigos e Punições na Idade Média” é muito complexo e fácil de compreender, podemos concluir que esse tipo de método era de acordo com cada cultura que estava inserida, onde não se importava qual idioma que falava as pessoas, que faziam o interrogatório, até a condenação o acusado passava por sofrimento e as pessoas que iam contra as ideias ou os dogmas ensinados pela Igreja iriam para a morte, com isso acontecia que muitas pessoas morriam e viravam mártires. Portanto o filme “Clube do Imperador” relata que o profissional tem que motivar o seu discente a sempre querer conhecer mais sobre o tema, porém quando o aluno não consegue 30 É relatado no filme do Martinho Lutero retirado do canal do You tube relara que a Igreja Católica estava procurando o Lutero, porém ocorre que o príncipe da Saxônia, observando que Lutero iria para a fogueira captura e leva para o seu castelo, onde e protegido até que fosse seguro sair da proteção do príncipe. 31 Retirado do Dicionário Michaellis Online. 1. Sacerdote, padre. 2. Entre os presbiterianos, membro eleito pela congregação para governá-la e instruí-la. P.-assistente: V assistente, acepção. 44 compreender o que o docente está querendo dizer, o educador tem que mudar a dinâmica do tema para que esse discente possa entender. Dentro disso o aluno tem que estar motivado a sempre questionar e com isso o profissional tem que conduzir esse discente para o caminho em que ele mesmo conseguirá descobrir o conhecimento, e dar atenção aos “alunos problemas”, pois esse aluno não consegue compreender, ou não queira entender o tema em discussão. Na escola – campo aconteceu em duas escolas diferentes uma pública e outra privada, a discente Cleide Antunes de Melo, foi no Colégio Estadual Jandira Pociano dos Passos, a professora que acompanhou foi Maria do Socorro, com o estudo sobre a “Formação dos Estados” no Ensino Fundamental o 8°Ano B e a metodologia empregada32 era chamar a atenção dos alunos para o conteúdo, já o discente Guilherme Augusto Rodrigues Pires, foi no Centro Educacional Sigma, a professora que acompanhou foi a Samara Laila, com o estudo da “América “re”- descoberta” no Ensino Fundamental do 7° Ano e a metodologia usada era fazer com que o discente se interessasse do conteúdo em discussão. Portanto a Micro aula em que nós discentes nos colocamos a frente para ministrarmos aos nossos colegas acadêmicos, onde a turma participou, pois sempre contextualizamos com os castigos e punições da Idade Média, e contextualizamos e mostramos quais são os castigos e punições que acontecem na contemporaneidade, depois de explicar o conteúdo foi feita uma dinâmica, que propõe ao discente uma reflexão e que perceba a situação dos indivíduos daquela época quem era contra os dogmas e a visão da Igreja Católica, onde a maioria das pessoas que pensavam contra a Igreja Católica eram condenados a morte. Portanto, às Práticas Curriculares da disciplina de História Medieval, com carga horário de 18 horas aulas, foi organizada com o intuito de fazer com que os acadêmicos possa perceber como é organizada e ministrada uma aula na escola – campo, onde no final da Prática Curricular fosse apresentado uma microaula e que seja entregue a temática abordada em forma de um trabalho cientifico do assunto trabalhado em cada grupo, e foi proposta pela professora Simone Luz aos discentes de Licenciatura em História que vivenciem no cotidiano, o que vão enfrentar quando se formarem e forem trabalharem nas escolas, tanto na rede pública e/ou privada, pois ajudara a compreender e fazer com que o futuro profissional de Licenciatura saiba manter os aluno(a)s na escola interessados em manter a História Viva e o trabalho final tem várias finalidades, porém esse trabalho científico será entregue para a 32 De fazer com que os aluno(a)s se interessasse pela explicação do professor 45 professora em questão, onde deixará como fonte de pesquisa sobre a Idade Medieval, para os futuros acadêmicos e para pesquisas posteriores sobre os assuntos discutidos nesses trabalhos. REFÊRENCIAS BIBLIOGRÁFICAS FALBEL, Nachman. Heresias Medievais. 1ª ed. São Paulo: Perspectiva, 2007. DUBY, George. História da Vida Privada: da Europa Feudal á Renascença. 2ª ed. São Paulo: Scwarcz LTDA, 1990. FONTES ELETRÔNICAS Disponível: http://www.spectrumgothic.com.br/ocultismo/inquisicao/torturas.htm. Acessado dia 14/08/2012. Disponível: http://www.google.com.br/imghp?hl=pt-BR&tab=wi. Acessado dia 14/08/2012. Disponível: http://www.youtube.com/watch?v=YPbkELC1pbc. Acessado dia 14/08/2012. Disponível: http://www.youtube.com/watch?v=ExsUvbm5PuU. Acessado dia 14/08/2012. Disponível: http://www.brasilescola.com/historia/joana-d-arc.htm. Acessado dia 09/09/2012. Disponível: http://www.suapesquisa.com/biografias/lutero/. Acessado dia 09/09/2012. Disponível: http://www.suapesquisa.com/biografias/galileu/. Acessado dia 09/09/2012. 46 A RELIGIÃO NA IDADE MÉDIA Cristiany Elises Morais de Oliveira33 Vilma Ferreira de Oliveira Maria Margarida Gonçalves Barbosa Simone Luz da Silva34 RESUMO: Na Idade Média, a Igreja Católica dominava o cenário religioso. Detentora do poder espiritual, a Igreja influenciava o modo de pensar, formas de comportamento da sociedade. A igreja também tinha grande poder econômico devido ser uma das grandes instituições que possuía terra. Pois naquela época isso era o fator essencial para ter poder. Contudo cada vez mais ela conseguia adeptos. E assim formava um período que era mediado pela Fé cristã catolicista. PALAVRAS-CHAVE: Igreja. Idade Média. Poder. No período que denominamos de Idade Média uma grande instituição se destacou com muita influência no cenário religioso da época. Essa influência religiosa era passada entre toda sociedade da época. E assim ela conseguia um significativo número de adeptos. A instituição igreja era organizada hierarquicamente, assim o seu poder ficava só com os escolhidos. O poder era distribuído do alto e baixo clero. O alto clero era a aristocracia (bispos, abades etc.), o baixo clero eram as demais camadas clericais. “A igreja ia aos poucos preenchendo os vazios deixados pelo Império Romano até em fins do século IV identificar se com o estado, quando o cristianismo foi reconhecido como religião oficial. A igreja passava a ser a herdeira natural do império romano” (FRANCO JUNIOR, 1948, p. 89). A religião do cristianismo era ligada estritamente as formas de governo. Recusar as doutrinas equivalia ir contra a igreja da época medieval. Muitos povos foram se convertendo, aos poucos o número de fiéis aumentavam. Os sacerdotes que pertenciam às ordens religiosas 33 Acadêmicas do 1º ano do curso de Licenciatura em História pela Unidade Universitária de Jussara. 2012. Professora graduada em História pela Universidade Estadual de Goiás (2000). Especialização em História Sócio Econômica do Brasil pela UNIVERSO e Ciências da Religião pela UCG e mestra em Ciências da Educação pelo a LOS PUEBLOS / CESCOM. Atualmente é professora da Universidade Estadual de Goiás Unidade Universitária de Jussara nas áreas: História Medieval, Didática e Metodologia do Ensino de História I, Estágio Supervisionado I, e coordenadora pedagógica do Centro Educacional Sigma na cidade de Fazenda Nova Goiás. 34 47 chamavam se clero regular. A escolha do papa era feita através dos cardeais, muitos queriam participar do clero para participar dos direitos que a igreja detinha. Alguns povos germânicos seguiam a religião do bispo Arius eram arianitas. Com toda essa adesão da religião do cristianismo a igreja conseguiu se estabelecer e conquistar muitos bens materiais e acabou se tornando uma das maiores proprietárias de riquezas da época medieval. Contudo foram surgindo novas religiões e enfraquecendo a igreja e foram surgindo às heresias35 que eram oprimidas pela mesma. Pois essa não queria perder o poder que tinha sobre a sociedade da época. “Qualquer ideia que parecesse herética era então submetida [...] a questão perante seus pares nas assembléias episcopais, ou sínodos [...] expressando a universalidade da igreja” (FRANCO JUNIOR, 1948, p. 91). O cristianismo que tinha suas raízes na antiga Palestina originou se de outra religião monoteísta o Judaísmo que profetizava a vinda do Messias. O salvador do povo judeu. A princípio o trabalho de difusão das ideias cristãs restringia se as camadas mais baixas da população, e os novos adeptos passavam a ser perseguidos, em parte devido a sua recusa em cultuar os imperadores. Entretanto apesar de toda perseguição a nova corrente religiosa do cristianismo se fortaleceu. Hilário Franco Júnior (1948, p. 90) descreve: “Parodaxalmente, um elemento que punha em risco a própria existência da igreja: as heresias. Estas eram produtos do sincretismo que fazia a força, mas também a fraqueza do cristianismo”. Com o tempo foram surgindo novas ordens religiosas como a Beneditina que era liderada pelo nobre São Bento, a dos Franciscanos, Dominicanos entre outras. E para combater essas ordens que pregava a heresia na visão da instituição religiosa prevalecente, foram criados tribunais especiais que julgavam implacavelmente os atos cometidos pelos heréticos que propunha as manifestações contra a igreja. Franco Júnior, (1948. p. 94) ressalta que: “Graças a espiritualidade vigorosa, a Ordem Beneditina conheceu até o século XII imenso sucesso e cumpriu um papel de primeiríssima grandeza”. Por exemplo, na evangelização da zona rural’’. Os mosteiros também tiveram um papel importante para a difusão do cristianismo e na evangelização dos povos. Assim nesse período surgiram mosteiros, abadias. 35 Heresia significa escolha, opção, e é um termo de origem grega. Heresia é quando alguém tem um pensamento diferente de um sistema ou de uma religião, sendo assim quem pratica heresia, é considerado um herege. A heresia acontece quando qualquer indivíduo ou um grupo resolve ir contra uma religião, em especial aquelas que são muito rígidas. A heresia surgiu com a Igreja Católica, no século XVIII, em especial no período da Idade Média, quando ela começou a sentir-se ameaçada por pessoas que criticavam seus dogmas e seus ensinamentos. 48 Abadia de Melk na Áustria Abadia é o nome da residência de monges ou monjas governados pelo abade ou abadessa. Elas possuem semelhança a pequenas cidades, são compostas por (igrejas, bibliotecas etc.) os próprios monges cuidam e trabalham. Nas abadias além do trabalho tinham uma dedicação a oração e o canto sacro. A religião do Islã que provém grande parte do judaísmo e cristianismo. E uma religião monoteísta (adoração a só um Deus) eles praticam a oração cinco vezes ao dia, (jejum no mês do Ramadã durante o dia todo), descansar as sextas- feiras e ir a Meca pelo menos uma vez na vida. Os muçulmanos têm o costume de não beber bebida alcoólica, nem comer carne de porco. Após a morte de Maomé que era o profeta que difundiu a religião do islamismo houve a guerra santa a Dyihad. E com o passar do tempo aconteceu o primeiro Cisma entre duas seitas religiosas Xiismo e Sunismo que hoje são instituições religiosas. Os xiitas são radicais, repudiam os valores do mundo ocidental moderno, defendem os princípios do islamismo. Nos dias atuais essa força e representada pelo Irã com ações violentas, defendem um estado muçulmano segundo os preceitos do alcorão. Os sunitas embora preservem os regulamentos básicos da religião são mais moderados em suas manifestações religiosas e políticas. Na atualidade são representados pelo Iraque. O domínio da igreja católica também era garantido por meio do controle do tempo. O homem era integrante de uma natureza assustadora e incontrolada, cujas forças desconhecidas o aterrorizavam, pondo-o em situação de desvantagem. As interpretações religiosas o fortaleciam equilibrando sua posição em relação ao mundo natural. O tempo dos contrastes da natureza era assim subordinado ao tempo religioso. 49 De acordo com o tempo religioso, a história da humanidade era dividida em duas etapas antes e depois de cristo. O dia também tinha suas subdivisões baseadas na vida de cristo. Eram as horas litúrgicas, durante as quais deveriam ser realizadas rezas e entoados cantos Sagrados. A marcação das horas era dada pelo repique dos sinos, que convocava para os ofícios religiosos e reforçava o principal objetivo dos homens (medievais) a salvação da alma. Para eles, motivados por um profundo sentimento religioso cada uma das horas envolvia um rico simbolismo e um ritual litúrgico repetido diariamente nas igrejas e mosteiros. A lembrança do auxílio divino num mundo hostil trazia segurança a comunidades cristãs. A memória do salvador realizava se pela repetição cotidiana do ritual e pelos significados que conferia ao tempo. Faz parte da religiosidade universal considerar alguns lugares ou acidentes geográficos como sinais de manifestação do poder divino. No mundo cristão, estes locais foram associados a relíquias, a túmulos de santos, a acontecimentos miraculosos, tão abundantes no mundo medieval. É difícil imaginar o sacrifício empreendido pelo peregrino na sua ânsia de chegar a um local sagrado: perigos, despesas, empréstimos, às vezes anos de caminhada. E frequentemente havia o perigo da aventura, da exploração dos peregrinos nos locais sagrados. Construíram-se grandes albergues para hospedá-los, o que não excluía certo desejo de lucro. A mais antiga das peregrinações é visita aos Lugares Santos na Palestina; segue-se Roma, primeiro aos túmulos de Pedro e Paulo e, mais tarde, ao Vigário de Cristo, o Papa. No século IX, temos o santuário de São Tiago de Compostela na Espanha, o túmulo dos Reis Magos em Colônia, Alemanha, o túmulo de Santo Tomás Becket em Cantuária, Inglaterra. Temos ainda as pegadas do Arcanjo Gabriel no Monte Gargano, Itália, a Virgem de Chartres, França, o Precioso Sangue na Abadia de Hales, Alemanha, a casa de Maria em Loreto, etc. Mais tarde, o túmulo de Santo Antônio em Pádua, de São Francisco em Assis. Diversamente da Igreja no Oriente, que teve o grande problema da veneração das imagens, no Ocidente esse culto logo se impôs. Via-se na imagem, esculpida, pintada ou retratada num vitral, um meio para instruir sobre o significado do anúncio da salvação àqueles que não sabiam ler. As imagens narram à história da salvação, reforçam a recordação e elevam a piedade. Sempre se estava atento para não cair na adoração das imagens. A devoção a Cristo foi sempre a que se sobressaiu, primeiramente visto como imperador, depois, a partir das Cruzadas, como o Crucificado. Pelo ano 1050, tem início a devoção da Via-Sacra, às Cinco Chagas. São Francisco introduz a devoção do Presépio. 50 A Missa sempre foi o centro do culto católico, fundamento e vida da comunidade, celebração da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor, comunhão dos fiéis com ele. No início da Idade Média, a Missa não era celebrada diariamente. Somente mais tarde teve início sua celebração diária, e as consequências nem sempre foram positivas, já que o culto dos santos milagrosos e das relíquias entrou em concorrência com a Missa. O importante para a vida presente é o santo. Na Idade Média se suprime o caráter público e comunitário da penitência. Os monges irlandeses, escoceses e anglo-saxões adaptam a confissão às necessidades pastorais. A realidade penitencial passa a ser estreitamente relacionada com a Missa e a peregrinação. A busca da santidade entre os pobres, os monges, reis e príncipes. A Idade Média é considerada a grande era dos santos, pois a igreja proclamava a doutrina entre os fiéis. Santo Agostinho36 conta um pouco da sua Fé em sua obra confissões. Considerações Finais A proposta das Práticas Curriculares de História Medieval foi organizada em primeiro e segundo momento, sendo o primeiro momento uma observação em sala de aula do ensino fundamental, onde todos tinham liberdade de escolha. O segundo momento foi a apresentação de uma micro aula de 20 minutos na Unidade Universitária de Jussara para os acadêmicos do 1° ano do curso de Licenciatura em História, com o tema religião na Idade Média ao qual foi planejado com o intuito de ensinar aos acadêmicos como é o papel que o professor desenvolve no ensino fundamental. Correspondendo a 18 horas aulas das aulas práticas curriculares. Metodologia em sala de aula no colégio Estadual Jandira Ponciano dos Passos no endereço Praça Goiás bairro Goiás de Jussara Goiás, sob a orientação da professora Simone Luz da silva para as 18 horas de aulas Práticas Curriculares da disciplina de História Medieval. Diante da observação na sala de aula podemos observar que havia um aluno especial, o qual é ajudado por uma professora de apoio. A professora ministrou um conteúdo sobre “Os Bandeirantes”, relacionado com uma pesquisa sobre Bartolomeu Bueno da Silva. Podemos observar que a turma é bastante agitada, mas a professora tem controle sobre a sala e o 36 Agostinho é uma das figuras mais importantes no desenvolvimento do cristianismo no Ocidente. Em seus primeiros anos, Agostinho foi fortemente influenciado pelo maniqueísmo e pelo neoplatonismo de Plotino, mas depois de tornar-se cristão (387), ele desenvolveu a sua própria abordagem sobre filosofia e teologia e uma variedade de métodos e perspectivas diferentes. 51 conteúdo. O método usado foi aperfeiçoar o aprendizado do aluno com o próprio conhecimento do mesmo. Foi usada a lousa para passar três pequenos textos sobre o assunto. Enquanto era passado o conteúdo havia muita conversa paralela e brincadeiras que fazia distração dos alunos. Há na sala um aluno que sempre gera problema com os outros. A professora de apoio tem o mesmo direito que a professora de História sobre a sala de aula. Nessa mesma sala alguns alunos agrediam os outros verbalmente; não têm um respeito mútuo entre si. A professora é muito dedicada, e atenciosa com todos, ela demonstra uma preocupação com os alunos na aprendizagem. A sala não é organizada de forma aleatoriamente. Essa experiência foi ótima; para nos ajudar a desenvolver o papel que o professor tem de ensinar e a ministrar a nossa micro aula que foi realizada na Unidade Universitária de Jussara na sala do 1° ano dos acadêmicos do curso Licenciatura em História tentando transmitir o conhecimento adquirido para os outros acadêmicos sobre o tema a religião na Idade Média. O filme o Clube do Imperador mostra a relação entre professor e aluno. O professor é bastante rígido e ao mesmo tempo preocupado com a aprendizagem do aluno. A sala é organizada aleatoriamente. No filme foi possível identificar um aluno problema que tirava a concentração de seus colegas. O filme retrata a relação entre o professor e aluno. E a preocupação do professor com a aprendizagem dos seus alunos. Mostrando a dificuldade que o professor passa para tentar ensinar seus alunos e a torná-los pessoas melhores com dignidade e respeito pelo outro. O filme retrata bem esta relação entre aluno e professor. O filme ajuda nós acadêmicos de um curso de licenciatura a pensar sobre essa profissão em que somos responsáveis pelo o ensino em uma sala de aula. Esse momento foi ótimo para analisarmos várias diferenças que existe em cada sala de aula. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANTÔNIO, Pedro; LIMA, Lizânias de Souza; CARVALHO, Yone de. História: do Mundo Ocidental. 2ª ed. São Paulo: FTD, 2005. 52 FRANCO JÚNIOR, Hilário. A Idade Média: Nascimento do Ocidente. 2ª ed. São Paulo: Brasiliense, 2001. MELANI, Maria Raquel Apolinário. Projeto Araribá: História. São Paulo: Moderna, 2006. SCHMITD, Mário Furley. Nova História Crítica. 2ª ed. São Paulo: Nova Geração, 2002. DOCUMENTOS ELETRÔNICOS Disponível no site: http://www.brasilescola.com/historiag/xiitas-x-sunitas.htm Acessado dia 25/10/12 as 09:36 minutos. Disponível no site: http://www.brasilescola.com/historiag/o-auto-fe.htm acessado dia 25/10/12 as 09:46 minutos. Disponível no site: http://www.pime.org.br/missaojovem/mjhistdaigrejamedia.htm acessado dia 25/10/12 as 02:37 minutos. 53 A MULHER NA IDADE MÉDIA Dayana de Souza Santos37 Mayra de Oliveira Silva Simone Luz da Silva38 Por meios dos trabalhos apresentados em sala de aula e através dos nossos estudos verificamos como era a mulher na Idade Média, onde apresentaremos a seguir o que verificamos através desses estudos. A vida no convento, uma alternativa ao mundo patriarcal A mulher assumiu diferentes lugares e significados ao longo de toda a Idade Média. Ela era constantemente ligada a palavras como o pecado, à submissão e a tentação. Sendo que a mesma desempenhava papéis diferentes na sociedade daquela época. A Educação das Mulheres na Idade Média A imagem da mulher na Idade Média da classe de servos 37 Acadêmicas do 1º ano do Curso de Licenciatura em História da Universidade Estadual de Goiás, Unidade Universitária de Jussara, trabalho apresentado para fins avaliativos da Disciplina de História Medieval, 2012. 38 Professora da Disciplina de História Medieval do lº ano de Curso de Licenciatura em História, da Universidade Estadual de Goiás, Unidade Universitária de Jussara, 2012. 54 Em relação à educação, as mulheres não tinham nenhum acesso, exceto as mulheres nobres. As meninas nobres aprendiam recebendo aulas em seus castelos, onde as mesmas estudavam música, religião, arte e também aprendiam trabalhos manuais que eram responsabilidades das mulheres e somente elas tinham acesso a esse tipo de privilégio. As mulheres eram responsáveis pelos valores domésticos em que na maioria das vezes a única finalidade era o casamento e a maternidade. Já as mulheres pobres não tinham acessos à educação permaneciam ao lado do marido, e com isso os dois não tinham acesso a educação, ela cuidando da casa e dos filhos e o marido cuidando da família. A primeira instituição a qual ela tinha educação era com seus pais, pois as mesmas não podiam se juntar aos homens, como acontece nos dias de hoje e sim o casamento na Idade Média era obrigatório para as jovens. Havia muita diferença entre as mulheres camponesas e as mulheres nobres as camponesas cuidavam das crianças, do marido, da casa, fiavam lãs e cultivavam terras junto com seus maridos, já as mulheres nobres tinham uma vida totalmente diferente, voltadas a educação, onde muitas vezes ocorriam dentro de suas casas, primeiro pela mãe e depois por pessoas contratadas pelas famílias para ensinar seus filhos. A participação e o lugar da mulher na História No cristianismo, o clérigo afirmava que as mulheres e os homens tinham a mesma igualdade, pois até Jesus Cristo reforçava a ideia de valorização feminina em vários eventos em que seu lugar jamais poderia ser desconsiderado. Com o passar dos tempos, houve uma grande revolução em relação à mulher, pois a mesma começou a adquirir seu próprio espaço, 55 uma das mulheres que teve um grande destaque nesse período foi Santa Hidelgarda 39, pois se destacou como escritora, conselheira dos reis e príncipes e por ter um grande saber da religiosidade. Santa Hidelgarda viu no Apocalipse a descrição de uma época de decadência muito parecida com a nossa. A Mulher na Família Naquela época a mulher casava e deixava de ser um objeto de submissão de seu pai e se tornava objeto de seu marido, nunca deixava de ser submissa ao sexo masculino. Quando se casava ela passava a fazer parte da família de seu marido. No caso de seu marido vir a falecer era um de seus cunhados que assumia a obrigação de cuidar dela e de seus filhos, pois ela não voltava à casa de seus pais, e também não tinha direito a herança do seu marido. A Mulher no Casamento O único objetivo das famílias no casamento era a reprodução, pois até na hora do sexo, deveria ser do jeito de seu marido, pois o mesmo escolhia até a posição em que ficaria, sendo que o homem ficava sobre a mulher e essa posição era obrigatória isso demonstrava o poder de submissão que ele exercia sobre a mulher, e esta não poderia demonstrar prazer, tinha o sexo como uma obrigação com seu marido. Os homens temiam o adultério por parte de sua esposa e por isso, temia que lhes oferecessem certos filtros mágicos, que os levassem a impotência, sendo que a esterilidade assustava os homens. Vejam bem, as meninas na Idade 39 Foi uma monja beneditina, e mestra do Mosteiro de Rupertsberg na Alemanha que rompeu as barreiras dos preconceitos contra as mulheres que existiam em seu tempo. 56 Média, se casavam entre os 12 e 16 anos de idade. A partir desse momento, elas tinham de se submeter ao marido, como era registrado nas fórmulas de casamento. Ressalte-se que Maria mãe de Jesus Cristo se casou aos 15 anos, tendo como exemplo na Idade Média. . A mulher assumiu diferentes lugares e significados em toda a Idade Média A Mulher na Politíca O marido se tornava tutor de sua mulher e tinha direito de suas posses. Os cargos públicos não poderiam ser ocupados pelas mulheres, pois os homens dominavam estes e também não podiam falar em público e expressar suas opiniões com liberdade. As mulheres possuidoras de nobreza tinham a possibilidade de entrar para o convento ou ir para uma corte exercer a função de camareira. As mulheres solteiras tinham uma tarefa por demais árdua, pois exerciam as funções de empregadas domésticas, de serventes e em outras ocasiões tinham que se tornarem prostitutas. Considerações Finais De acordo com todo esse processo de aprendizagem que passamos e a proposta do trabalho desenvolvido, aprendemos a entender melhor a situação da mulher na Idade Média e pudemos relacionar as leituras feitas com as micro-aulas apresentadas e o filme assistido que tinham relação com os métodos apresentados pela professora Simone, podendo compreender melhor a nosso conhecimento em assuntos relacionados a História Medieval, a situação de um 57 professor em sala de aula para podermos conhecer um pouco como será a nossa profissão de professor de História e podemos ainda familiarizar com as temáticas que teremos que dominar na sala de aula e observar a dificuldade do professor em assumir uma sala de aula. Esse trabalho que finalizará com a entrega do texto apresentado acima com o tema “A Mulher na Idade Média”, o qual foi desenvolvido em sala de aula como micro aula aos acadêmicos do 1º ano de Licenciatura em História, bem como as demais etapas de observar uma aula no Ensino Fundamental Segunda Fase de História, e assistir, socializar e contextualizar o filme “O Clube do Imperador”. Todos estes momentos foram computados com uma carga horária de 18 hora aula na disciplina de História Medieval correspondendo as Práticas Curriculares propostas pela professora Simone Luz que teve como execução nos meses de agosto e setembro do corrente ano letivo de 2012. Resumo da Aula Assistida No dia 16 de agosto de dois mil e doze, no Colégio Estadual Dom Bosco, fizemos presentes para assistirmos a uma aula de História na turma do 9º ano no período matutino, onde se fazia presente o total de 35 alunos sendo a aula ministrada pelo professor Rodolfo Belchior. De início o professor não teve muito domínio da sala, os alunos estavam muitos dispersos com a nossa presença e quanto ao conteúdo que estava sendo explicado não prestavam muita atenção e levavam tudo na brincadeira. Mas tinham na sala de aula alguns alunos problemas que eram os que gostavam de chamar a atenção dos outros com brincadeiras inconvenientes que atrapalhava aqueles que estavam ali com o intuito de aprender. Com essa aula pude observar que a realidade da sala de aula em relação a nossa Universidade é totalmente diferente, pois no Colégio pude perceber as dificuldades que passa um professor em relação a disciplina dos alunos e a aplicação do conteúdo que se tornou uma coisa difícil com a falta de atenção e desinteresse dos alunos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: Disponível no site: http:// www. brasilescola.com/historia/a-situação-da-mulher-na-idademedia.html. Acessado dia 08/09/2012 as 13:12 minutos. 58 Disponível no site: http:// www. Coladaweb.com/historia/a-mulher-na-idade-media, Acessado dia 08/09/2012 as 14:20 minutos. Disponível no site: http://www. sabernarede.com.br/a-mulher-na-idade-media, Acessado dia 08/09/2012, as 14:42 minutos. 59 AS CRUZADAS Deivilene Félix de Moura40 Nazon Cesário de lima Junior Simone Luz da Silva41 Batalha dos Cruzados Um homem humilde caminha pela estrada. Precisa da ajuda dos outros, mas não é um mendigo. Por onde passa é admirado trata-se de um peregrino, vai para a terra santa, para Jerusalém a cidade de Jesus Cristo. Na Europa medieval havia milhares de peregrinos. Até mesmo alguns nobres se dedicavam a fazer peregrinação. O povo muito religioso respeitavam esses homens de coragem que faziam uma viagem a terras tão distantes para visitar o túmulo de Nosso Senhor. Jerusalém estava dominada pelos árabes muçulmanos. Durante bastante tempo, eles não impediram a visita dos peregrinos cristãos. Mas na segunda metade do século XI, a região 40 Acadêmica (o) do 1º Ano do Curso de História da Universidade Estadual de Goiás, da Unidade Universitária de Jussara – GO, 2012. 41 Professora ministrante da disciplina de História Medieval da Universidade Estadual de Goiás, da Unidade Universitária de Jussara – GO, 2012. 60 foi ocupada pelos turcos. Eles proibiram as peregrinações cristãs, e os europeus acharam que essa era uma boa razão para se lançarem a reconquista da Terra Santa. Mas havia outros motivos para essas expedições, pois a sociedade feudal europeia estava passando por inúmeros problemas. Como a população aumentava rapidamente, um número maior de nobres disputava territórios feudais. Pelo costume apenas o primeiro filho dos senhores feudais era seu herdeiro, o segundo geralmente se tornava padre, e os mais novos tinham que se colocar a serviço de outro nobre para conseguirem seu próprio feudo. Mas isso se tornava cada vez, mas difícil, porque as terras já estavam subdivididas ao extremo. Portanto, a nobreza tinha interesse em conquistar terras no Oriente, embora isso se ocultasse sob a justificativa religiosa. Mas isso só seria possível, claro, através de uma guerra. Então eles resolveram montar uma expedição militar, no ano de 1905, o papa Urbano ll, convocou os cristãos para reconquistar Jerusalém, prometendo aos participantes o perdão de seus pecados. O chamado do papa alcançou reis, nobres e pessoas do povo. Eles passavam a ser chamados de “cruzados”, pois estampavam uma cruz em suas roupas. A Europa formou um poderoso exército em nome da cruzada de conquista da Terra Santa, dominada pelos infiéis. Muita gente deu força, a começar pelo papa Urbano ll, que queria afirmar sua liderança no mundo cristão. Reis e nobres sonhando em melhorar sua vida desgraçada. Mais importante ainda do que tudo isso era o espírito religioso do homem medieval, capaz de abandonar a família e por anos, gastar todos os bens que possuía e arriscar a vida tantas vezes simplesmente porque acreditava estar lutando a favor de cristo. A Cruzada Popular de (1096), Discurso do Papa Urbano II 61 Após o discurso do papa Urbano ll, em Clermont (França), em 1095, o entusiasmo despertado pela ideia de se partir para Jerusalém foi muito grande. Enquanto a nobreza feudal iniciava seus preparativos necessariamente demorados, o movimento repercutiu nas camadas populares francesas e alemãs. Mesmo sem um plano preestabelecido e sem condições materiais adequadas, milhares de indivíduos decidiram se dirigir para o Oriente Médio. Um grupo liderado por Gautier partiu antes, outro encabeçado por Pedro, o Emérita, alguns dias depois, ambos os grupos composto por pequenos cavaleiros, camponeses, aventureiros, maltrapilhos e desenraizados, tiveram no caminho dificuldades em obter provisões e chegaram muitas vezes ao limite da fome, passando então a roubar e saquear. O fanatismo quase ingênuo dos participantes desta cruzada popular e os problemas materiais pelos quais passaram, levaram-nos em vários locais, sobretudo na Alemanha, a massacrar comunidades judias. Boa parte daquelas, milhares de peregrinos que tinham partido em abril de 1096 morreu durante a viagem. Os que chegaram ao Império Bizantino olhavam com inveja e rancor o esplendor e riqueza de Constantinopla, cuja população, por sua vez, viu surpresa e assustada aqueles bandos miseráveis e ignorantes. O primeiro contato entre cruzados e bizantinos foi de mútua incompreensão, e as demais cruzadas apenas alargaram o fosso entre as duas partes da cristandade. O fracasso da cruzada popular era definitiva, em novembro de 1096, os sobreviventes ou retornaram a Constantinopla (caso de Pedro, o Emérita) para aguardar a cruzada dos barões, que estavam a caminho, ou voltaram para suas regiões de origem. A cruzada popular foi uma agitação anárquica que expressou de forma violenta e confusa o entusiasmo gerado pelo discurso papal de Clermont. O nascimento das Ordens Militares: Cavaleiro Cruzado 62 Dentre as guerras das cruzadas, ouvi uma necessidade de criar uma ordem militar, o objetivo dessa ordem era proteger os novos territórios cristãos conquistados com as cruzadas, especialmente a Terra Santa, que era Jerusalém. Essas ordens militares eram formadas pelos cavaleiros (Guardiões da Cristandade). Eles eram comandados pela a Igreja, que naquela época a fé cristã era defendida por meio das armas. Essa defesa da fé era para proteger os peregrinos, dando a eles moradia e cuidando dos machucados e feridos. As principais ordens militares eram ao do Templário, que era para defender o templo de Jerusalém. E a dos Hospitalários, para cuidar dos peregrinos quando estivesse doentes e feridos. Entre o fim do século XI e o fim do século XIII, houve várias cruzadas, mas as principais foram: a primeira de 1096-1099, os cruzados conquistaram Jerusalém, a segunda foi de 1147-1149, sob a liderança egípcia, os muçulmanos recuperaram Jerusalém, a terceira de 1189-1192, acordo entre as partes: Jerusalém continua sob o domínio muçulmano, porém os cristãos ganham a posse do litoral sírio-palestino, a quarta de 1202-1204, a cidade de Constantinopla é tomada pelos cruzados, a quinta de 1217-1221, os cruzados são derrotados na cidade do Cairo e Damieta, no Egito, a sexta cruzada de 1228-1244, os cristãos retomam Jerusalém, mas a perdem em 1224, a sétima de 1248-1250, os muçulmanos vencem os cruzados novamente nas cidades do Cairo e Damieta, a oitava cruzada de 1268, últimos cruzados são vitimados por uma epidemia ou derrotados pelos muçulmanos. Os poucos ganhos das cruzadas foram passageiros, na metade do século XIII, Jerusalém foi reconquistada definitivamente pelos muçulmanos, os pequenos estados fundados pelos cruzados no Oriente desapareceram, no entanto, apesar do insucesso religioso, as cruzadas contribuíram para acelerar as mudanças que ocorriam na Europa. Enfraquecimento do sistema feudal, já que, de um lado, os senhores endividaram-se para montar seus exércitos, e de outro, muitos dos servos que partiram junto com seus senhores não retornaram. Muitas terras do norte da Europa ficaram praticamente despovoadas devido à partida de seus habitantes para a luta. O mar mediterrâneo voltou a ter a importância de movimento de embarcações que transitavam por ele. 63 Aumento do comércio entre o Oriente e o Ocidente, principalmente pelos portos de Gênova e Veneza, usados pelos cruzados para embarcar para o Oriente. Não se pode, no entanto, supervalorizar o papel das cruzadas no enfraquecimento do sistema feudal. A sua importância foi a de contribuir para a expansão comercial e para a crise do trabalho servil, mudanças que já estavam ocorrendo na Europa. Considerações Finais O nosso planejamento de aula foi fazer uma dinâmica para interagir com os alunos, para que eles falassem de suas ideias e opiniões sobre o que acham do movimento “cruzadas” se são a favor ou contra, se teriam participado se vivessem na época em que tudo aconteceu. A experiência que tivemos ao assistir uma aula no Colégio Estadual Dom Bosco foi ótima, pois, tivemos uma boa imprensão sobre o que um professor faz o que ele ensina e como ele ensina. As praticas curriculares propostas pela professora Simone Luz da Silva ministrante da disciplina de História Medieval, foram trabalhadas em dois momentos. No 1º momento: assistir uma aula de História no ensino fundamental – 2ª fase: o objetivo foi conhecer analisar e refletir a realidade da sala de aula. No 2º momento: dito temas referentes ao conteúdo de História Medieval escolhidos pelos acadêmicos, que foram desenvolvidos em forma de micro aula de 20 minutos, contextualizando a teoria na pratica da sala de aula. Foi ótima a oportunidade que tivemos de assistir como um professor ministrante a sua aula, podemos dizer que foi uma parte muito importante do nosso trabalho, pois tivemos um contato com a sala de aula, um contato com os alunos mesmo que apenas como ouvintes. Em outro momento escolhemos e desenvolvemos a nossa micro aula sobre as cruzadas, a experiência de estar diante de uma sala de aula onde nós éramos os professores, foi boa e ao mesmo tempo muito difícil, pois saber que todos estavam ali para escutar e observar tudo que tínhamos e poderíamos ensinar, e nesse momento percebemos o quanto é importante e necessário ser um bom professor, temos que saber o conteúdo que ensinamos para que os alunos realmente aprendam. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS SCHMITD, Mário Furley. Nova História Crítica. 2ª ed. São Paulo: Nova Geração, 2002. 64 PROJETO ARARIBÁ. História. São Paulo: Moderna, 2008, 2009 e 2010. 65 ISLAMISMO: RELIGIÃO QUE UNIFICOU AS TRIBOS ÁRABES. João Pedro Pereira de Lima42 Juliana Vieira Marques Paulo Ricardo Pimenta da Cruz Simone Luz da Silva43 RESUMO Este artigo vem discutir vários aspectos do mundo árabe, como principalmente o nascimento da religião Islâmica, fundada por Maomé por volta do século VII, que atualmente tem conquistado grande número de adeptos, como também o aspecto característico do seu território e de sua população, expondo informações acerca de sua organização social, e, além disso, mostrar que o homem desde a antiguidade já realizava práticas religiosas, sendo isso parte de sua vida, de sua cultura. Na sequência abordar-se-á o assunto referente a Arábia, os Beduínos e Maomé, que fundou o islamismo. Em seguida visa demonstrar como esse conteúdo pode ser aplicado no 6° ano do Ensino Fundamental, no intuito de facilitar a exposição desse conteúdo tão teórico em informações mais compreensíveis para proporcionar ao aluno formar dentro de si, uma base de ensino mais concreto e contextualizado com sua realidade. PALAVRAS-CHAVE: Religião. Árabes. Maomé. Ensino Fundamental. Pode-se perceber que as pessoas sempre sentiram dentro de si uma vontade de cultuar alguma coisa. Isso é visto em diversas partes da história da humanidade, pois a religião sempre esteve presente na vida das pessoas que influenciaram com o passar do tempo seu caráter, suas formas e os seus ritos. O presente texto refere á mais uma religião existente no mundo atualmente, por nome Islamismo, que surgiu como tentativa de retornar à verdadeira comunhão com Deus, lembrando que ela foi exposta ao mundo através de um homem chamado Maomé, por volta do século VII. Nesse momento torna-se necessário trabalhar o surgimento do Islamismo, para poder pensar como as pessoas até então se organizavam. Sabe-se que essa religião teve por berço a região da Península Arábica que em sua maior extensão é coberta de areia, ou seja, possui 42 São acadêmicos do I° ano do curso de Licenciatura em História da Universidade Estadual de Goiás, Unidade Universitária de Jussara-GO. 43 Professora da disciplina História Medieval na Universidade Estadual de Goiás, Unidade Universitária de Jussara, nas áreas: História Medieval, Didática e Metodologia do Ensino de História I, Estágio Supervisionado I, e coordenadora pedagógica do Centro Educacional Sigma na cidade de Fazenda Nova Goiás. Link Lattes: http://lattes.cnpq.br/3531724274554163 66 vários desertos onde sua temperatura durante o dia é muito quente e a noite muito fria, lembrando que isso acaba por influenciar a cultura das pessoas moradoras do local conhecidas pelo nome de Beduínos. Percebe-se que “Geograficamente, podemos dividir a península em duas partes: uma dominada por desertos, dunas e oásis, e outra situada nas regiões costeiras, banhadas pelas águas do mar vermelho e do oceano índico [...]” (ARARIBÁ, 2006, p. 44). Isso acarretou diferenças culturais como o forte desenvolvimento do comércio nas regiões costeiras e a forte prática de atividades pastoris nas regiões desertas, onde os animais se alimentavam de plantas rasteiras e bebiam as águas dos oásis. A Arábia antes de Maomé era uma região habitada por várias tribos politeístas independentes, que não tinham o interesse de adorar um só Deus, nem mesmo constituir uma só nação, pois o que se via de acordo com Kosminsky em seu livro História da Idade Média, era o aumento gritante das lutas familiares, onde cada família via-se no poder de defender os seus próprios direitos e desejos, aplicando se necessário a conhecida vingança familiar. Observe a citação a seguir: Estava difundido o costume da vingança familiar que conduzia a intermináveis guerras sangrentas. Uma família guerreava com outra, matava seus membros, arrebatava-lhe o gado. No seio da família não existia igualdade: já se havia formado uma aristocracia familiar. Havia ricos, possuidores de grandes rebanhos, e pobres, que nada possuíam. (KOSMINSKY, 1960, p. 60). Isso deixa bem claro como era o relacionamento das tribos beduínas entre si. Umas eram nômades habitando diversas partes do seu território desértico interior, e outras já eram sedentárias, principalmente nas regiões próximas da costa mediterrânea, onde começou mais cedo o desenvolvimento das caravanas de mercadorias. Aqui se percebe momentos de tensão vividos pela Arábia pré-islâmica, antes de Maomé implantar a sua religião. A partir do que já foi exposto no texto acima, podem-se conhecer alguns aspectos da Península Arábica do século VII, habitada por povos politeístas e fetichistas 44, que disputavam entre si o domínio de territórios e o reconhecimento dos demais, desejado pela aristocracia familiar, lembrando que eram tribos independentes, mas que tinham uma coisa em comum: o ato de adorar deuses. 44 Segundo o Projeto Araribá (2006, p. 44) eram pessoas que cultuam objetos considerados sagrados. 67 Muito importante também é conhecer um pouco sobre a vida de Maomé, fundador dessa religião que perdurou séculos e continua viva no presente século XXI, conquistando grande número de adeptos em todos os continentes. Robert Mantran ressalta aspectos importantes sobre a vida de Maomé, como: O problema da data deste nascimento não está esclarecido. A cronologia da vida de Maomé é baseada na data de sua morte, que é conhecida: segundafeira, 13 rabi, dia primeiro do ano 11 da hégira*, correspondente a 8 de junho de 632. Ora, segundo as fontes antigas do islã, ele viveu dez anos em Medina e treze em Meca, após ter tido a revelação aos 40 anos de idade. Portanto, Maomé teria nascido em 569, mas os analistas situam seu nascimento no ano da expedição de Abraha contra Meca, ou seja, em 570, ou 571, o mais tardar (MANTRAN, 1977, p. 58.). Como mostrado na citação, o nascimento de Maomé não pode ser apresentado em uma data absoluta, pois não há realmente provas concretas da sua data específica de nascimento, só existem aproximações. Segundo Robert Mantran, Maomé teria sido um homem de negócios, porque trabalhava desde aos 20 anos acompanhando as caravanas de Kadidja até à Síria, lembrando que em seguida: [...] Kadidja propôs casamento a Maomé, o que por ele foi aceito: naquela época tinha 25 anos de idade. Este casamento possibilitava Maomé sair da pobreza, viver livre das necessidades materiais e tornar-se um personagem conceituado [...] (MANTRAN, 1977, p. 58-59). Segundo Robert Mantran, Kadidja, viúva rica, foi uma ótima esposa, pois apoiou Maomé em sua missão, sendo atenciosa e presente em seus momentos de vida. Foi a primeira pessoa que ele contou suas revelações, lembrando que durante todo o período que ela viveu Maomé não teve outra mulher. Sabe-se que esses contatos com outras nações lhes concederam sabedoria, como o possível contato com o Judaísmo, o Cristianismo, dando-lhe suporte ou um despertar para implantar uma nova religião, diferente das prevalecentes. Maomé até então era um simples homem como todos os outros, como pode perceber teve 7 filhos de sua dedicada esposa Kadidja, sendo três homens e quatro mulheres que morreram todos ainda jovens. Mas a partir dos seus 40 anos de idade, começou distinguir dentre os demais, pois defendia ter recebido do anjo Gabriel uma revelação vinda diretamente 68 45 de Alá, constituindo-o seu profeta , entregando-lhe uma missão de pregar a verdadeira submissão a um único Deus, Alá. Assim Maomé começou sua jornada profética na Arábia. Convém lembrar que começou pregar primeiro para sua esposa Kadidja, seus parentes mais íntimos e depois para os seus concidadãos, especificamente para os qorayshitas em Meca, importante cidade árabe, mas a população mais rica não aceitou sua mensagem por completo, devido ele ensinar que o homem devia ser mais submisso a Alá, venerando-o com respeito, fazendo ações de graças, dando esmolas, livrando-se do orgulho material, pois o dinheiro “[...] devia deixar de ser um fator de divisão social [...]” (MANTRAN, 1977, p. 60). Robert Mantran traz uma citação mostrando a causa da negação dos preceitos de Maomé, observe: Ora em razão do individualismo crescente que se instaurou em Meca e da primazia atribuída à fortuna material sobre a honra, há contradição com a pregação de Maomé: com efeito, o Corão estigmatizava esta confiança no dinheiro e faz dele o maior dos pecados dos qorayshitas, que leva o homem a esquecer e até negar sua dependência de Deus (MANTRAN, 1977, p. 61). Esta citação mostra que quem mais possuía bens materiais possuía mais honra na sociedade, assim a aristocracia familiar mais rica sentiu-se ameaçada, pois deveriam ajudar os mais pobres com atos de generosidades repartindo entre eles parte de seus bens materiais, por isso repudiaram os ensinamentos de Maomé que mostrava o caminho solidário desvinculado do orgulho material, condição a obedecer para ser aceito por Alá. Como Maomé não foi aceito em Meca partiu para Yatrib, que mais tarde recebeu o nome de Medina. Segundo Robert Mantran, Maomé e seus discípulos em Medina passaram por algumas dificuldades, conforme podemos averiguar na citação a seguir: Ao lado dos problemas religiosos, surgiram logo os de ordem material. Entre os emigrantes, apenas uns poucos haviam conseguido levar de que viver; a grande maioria vivia na miséria. O único meio de vencer essas dificuldades materiais foi facilmente encontrado: o saque. Os analistas árabes interpretaram o fato apenas como uma guerra santa contra os inimigos de Alá [...] (MANTRAN, 1977, p. 66). Robert Mantran mostra nessa citação que o povo de Medina tinha algumas dificuldades financeiras, apesar de estar localizada em uma região muito estratégica, onde 45 Segundo Ferreira (2000, p. 559) é um homem que prediz o futuro. 69 passava com frequência as caravanas de Meca. Percebendo isso Maomé despertou Medina para os atos de pilhagem46, defendendo com uma revelação que a guerra era ruim, mas que desobedecer a Alá era pior. Aqui o profeta enfrentou algumas resistências por parte de judeus que diziam que seus ensinamentos estavam distanciando dos seus livros sagrados, no entanto, Medina possibilitou o fortalecimento de Maomé, onde fez vários discípulos fortalecendo suas forças de tal modo a permití-lo retornar a Meca e rodear a Caaba sete vezes tocando em seguida a pedra negra aumentando seu prestígio como profeta de Alá, declarando em seguida que sua religião era nova e bem distinta das práticas religiosas dos judeus, afirmando aos que não aprovassem e nem o aceitassem como profeta seriam tidos como infiéis e havidos de serem castigados por Alá, que não aprova os injustos. Torna-se muito importante pensar que o islamismo em sua fase inicial sofreu grande importunação por parte de perseguidores, no entanto, Kosminsky destaca: [...] como meio de dominar os beduínos comuns e unificar as tribos árabes, serviu-se a aristocracia familiar de uma nova religião, o islamismo, cujo fundador foi Maoma ou Maomé [...] (KOSMINSKY, 1960, p. 61). Foi mostrado que o Islamismo foi perseguido, como também existia uma luta de classes entre as famílias árabes. Em primeiro momento a pregação de Maomé incomodou, mas depois passou a ser uma porta de saída encontrada pela aristocracia47 árabe de manter o poder sobre os beduínos nômades, e ainda mais, como a oportunidade de unificar toda a Península Arábica, fortalecendo assim suas forças nas lutas contra os seus inimigos, entre eles os iranianos e os abissínios. A religião fundada por Maomé, chamada de Islamismo, cresceu e fortificou-se de tal modo que conseguiu unificar a maioria das tribos árabes, edificando com isso um imenso império. Quem se convertia ao islã ganhava alguns privilégios, como isenção de impostos, reconhecimento da sociedade, entre outros, passando a ser chamado de muçulmano. Nem todo árabe era muçulmano, como também nem todo muçulmano era árabe, ou seja, só eram chamados de muçulmanos aqueles convertidos ao islamismo, independentemente de serem árabes ou não. 46 47 Segundo Ferreira (2000, p. 534) é o ato de saquear. Segundo Ferreira (2000, p. 59) é a classe dos nobres. 70 48 Sabe-se que os ensinamentos de Maomé estão contidos no Alcorão , livro sagrado dos muçulmanos que contém suas regras de fé, seus dogmas e suas práticas religiosas. Conforme podemos observar a citação seguinte: O Islã não devia ser somente uma religião, mas igualmente uma fraternidade. Contudo, foram conservadas algumas práticas pré-islâmicas, notadamente em matéria de propriedade, casamento e relações entre os membros de uma mesma tribo [...] (MANTRAN, 1977, p. 65). Como foi abordado até então, sabe-se que essa nova religião modificou muitos costumes dos povos árabes. Segundo os ensinamentos de Maomé, todos deveriam ser iguais perante Alá, sendo generosos uns com os outros repartindo seus bens para que todos pudessem ter uma vida mais justa, mas continuaram a viver em tribos familiares, possuindo seus chefes conhecidos pelo nome de syyid. Convém lembrar que o alcorão não proibiu as práticas de escravidão, no entanto, pedia um tratamento mais justo aos escravos. Trabalhamos vários aspectos do local onde surgiu o Islamismo, como as características da Península Arábica, como também da população que vivia no local e o conhecido profeta Maomé, que com sua força de vontade conseguiu implantar uma nova religião, que consequentemente acabou por unificar o mundo árabe, tornando-o império muçulmano. Também foram discutidas as diferenças existentes entre as tribos, como sendo algumas nômades, outras sedentárias, umas ricas e outras pobres. Ao observar os árabes, Robert Mantran percebeu que eram um povo complexo, dotados de várias informações, pois fizeram muitos feitos dentro do seu território como também fora dele, aculturando e sendo aculturados, constituindo uma vasta gama de conhecimento que pode ser explorada pelo pesquisador. Como podemos averiguar na citação, Robert Mantran deixa escrito que a pesquisa referente aos árabes requer uma análise mais profunda devido à amplitude de suas informações, como pode ser observado: A expansão muçulmana resiste a qualquer explicação simplista. Mesmo socorrendo-nos da religião, etnia ou civilização, apenas se conseguem abordar determinados aspectos do fenômeno, sem abarcá-lo em seu conjunto (MANTRAN, 1977, p. 45). Robert Mantran mostra que seus acontecimentos e contribuições merecem serem analisadas em suas minúcias, no entanto, ao levar esse conteúdo para a sala de aula, 48 Segundo Ferreira (2000, p. 29) é o livro sagrado do islamismo. 71 especificamente para o 6° ano do Ensino Fundamental, torna-se necessário transformar esse conteúdo teórico em informações mais plausíveis e compreensivas, para que os alunos possam entender adaptando o seu peso de informações de acordo com a série e consequentemente a idade. Como no caso, ao trabalhar esse conteúdo na série citada acima, convém apresentar aos alunos as informações com uso de recursos, como fotografias, mapas, e se possível utilizar o recurso didático data show. O tema expansão muçulmana pode ser trabalhado por etapas, como primeiramente iniciar a aula expondo informações sobre o espaço geográfico, mostrando suas características territoriais, como e onde se localiza e por que mares são banhados, usando para isso o mapa, no intuito de trazer informações não só audíveis, mas também visuais. Em seguida, pode ser expostas informações, características, de quem habitava o lugar, bem como sua vegetação, sua terra, a vestimenta usada, os artefatos, entre outros, usando para esse fim, imagens ilustrativas, permitindo assim que o aluno faça comparações, percebendo as semelhanças e diferenças, em seguida apresentando Maomé, e seu papel de profeta unificador das tribos árabes através da religião Islâmica, lembrando que esse amplo conteúdo não poderá ser ensinado todo em uma só aula devido à quantidade de informações que possui. Algo muito importante a ser discutido é o uso de conceitos adequados para expor aos alunos em uma aula. Se usá-los, deve-se explicar seu significado para que não haja lacunas no conhecimento, pois se sabe que estão em fase de primeiro contato com informações novas e desconhecidas, assim construindo uma base clara e objetiva evitará problemas no futuro. Como foi mostrado no filme “O clube do Imperador”, existem dentro de uma mesma sala de aula, vários tipos de crianças, como aquelas que são atenciosas e outras que não se comprometem com o estudo. O professor precisa saber como agir, como explicar e como manter postura frente aos alunos, ora sendo firme, ora sendo flexível, sabendo aproximar-se profissionalmente do aluno, mesmo sabendo que não alcançará 100% de êxito no aprendizado, por isso deve ser dinâmico, criativo e dedicado ao que faz, procurando meios próximos de produzir no aluno, o essencial das informações desejadas. As imagens trazidas nos livros didáticos devem ser exploradas com afinco, pois ajudam na construção e fixação do conhecimento. O data show possibilita o uso de imagens, mapas e vídeos, no entanto, quando não o tem, a aula pode ser muito produtiva e dinâmica 72 usando somente a lousa e o giz, lembrando que os livros didáticos já trazem várias imagens sobre o assunto a ser discutido. Como o assunto discutido é a vontade de adorar, exemplificado pelo nascimento do islamismo, conclui-se que o ser humano desde épocas remotas estava relacionado com práticas religiosas. Antes do islamismo, os beduínos já eram religiosos politeístas, o que mudou foi o caráter da religião e suas práticas. Esse processo de transição do politeísmo para o monoteísmo árabe, mostrou que o homem muda suas atitudes através de uma religião, mas que também é capaz de mudá-la, adaptando-a a seus interesses. Isso demonstra que o homem sempre possuiu uma natureza religiosa. Enfim, o texto mostra que o islamismo é uma religião que proporcionou a união dos árabes em um império e que também souberam tirar proveito dessa união, como o domínio de várias terras, no entanto, suas informações constituem uma vasta gama de conhecimento que deve ser dosada e aplicada com rigor metodológico. Considerações Finais Convém nesse momento fazer o relato de experiências alcançadas por alguns acadêmicos em escolas públicas, onde compareceram nessas instituições para observarem como acontecem o desenvolvimento de uma aula de história no Ensino Fundamental -2ª fase, no intuito de apresentarem em seguida em sua própria instituição de ensino superior, UEGUnU Jussara, uma micro aula. No dia 20 de agosto de 2012, o acadêmico Paulo Ricardo P. da Cruz, compareceu na unidade de ensino da Escola Estadual Desembargador Mario Caiado na cidade de ItapirapuãGo, onde na oportunidade, assistiu duas aulas no 8° ano A, correspondente a 3ª e 4ª aula no turno matutino. A professora titular era a Sônia Nogueira, que explicava o conteúdo referente à Revolução Francesa e a tomada da Bastilha. Sua explicação era clara e plausível a todos alunos que participavam fazendo muitas indagações sobre o conteúdo, sempre procurando expor na lousa por meio de esquemas e desenhos as ideias mais claras do assunto, fazendo em seguida perguntas e leituras no livro didático. A experiência foi muito produtiva. Compareceu em Betânia, precisamente no Colégio Estadual Marechal Rondon, a acadêmica Juliana Vieira Marques, que assistiu a duas aulas de história, uma no 7° ano e a outra no 8° ano do Ensino Fundamental, ambas as aulas foram expostas pelo mesmo professor, Vilmar Valdir. No 7° ano, o tema da aula era relacionado a “Expansão do Sistema 73 Colonial: entradas e bandeiras, o bandeirante em Goiás”. Já no 8° ano o tema era relacionado a “Expansão Política do Brasil e os Movimentos Nativistas”, dentro desse tema também foi trabalhado algo sobre a inconfidência mineira, família real no Brasil e conjuração baiana. Em geral, percebeu-se que a explicação aconteceu de forma prazerosa, onde o professor, muito criativo, sempre conseguia chamar a atenção de todos os alunos, fazendo perguntas, fazendo leituras e dinâmicas em grupo. O acadêmico João Pedro Pereira de Lima compareceu no Colégio Estadual Dom Bosco na cidade de Jussara-GO, onde assistiu a uma aula de história no 6° ano do Ensino Fundamental, onde a professora Idelma estava explicando o conteúdo relacionado aos “Hebreus”. Depois de sua explicação, seguiu-se uma atividade do livro didático sobre o conteúdo para que os alunos pudessem se ocupar do seu estudo. Os alunos que não trouxeram o livro didático foram convidados pela professora Idelma, a se retirarem da sala de aula. Enfim, convém dizer que essas experiências alcançadas junto aos professores em suas instituições de trabalho, foram de grande importância aos acadêmicos, pois puderam perceber como acontecem o desenvolvimento de uma aula e principalmente como o conteúdo deve ser explicado aos alunos do ensino fundamental - 2ª fase. Além disso, foi possível aprender como apresentar-se frente aos alunos com uma postura firme e dependendo da situação, até mesmo flexível, pois dentro de uma mesma sala de aula existem alunos que apresentam dificuldades de aprendizado, sendo necessário acompanhá-los com maior atenção. Também foi possível aprender como expor o conteúdo do livro didático trabalhando as informações de maneira clara, fazendo em seguida, perguntas sobre o assunto discutido pra ver se eles realmente conseguiram assimilar o conteúdo, e que se houver alguma pergunta, a mesma deve ser respondida da maneira mais clara, lembrando que se necessário, opta-se por fazer um esquema ou desenhos na lousa visando um melhor esclarecimento. Conclui-se dizendo que a elaboração deste artigo e a apresentação da nossa micro aula realizada no dia 11/09/12 na UEG-UnU Jussara, juntamente com a junção do filme “O Clube do Imperador” e o relato da aula assistida na escola campo, foram atividades de peso avaliativo, ou seja, são as práticas curriculares de História Medieval – CH 18h/a, desenvolvidas no 3° bimestre do I° ano do curso de Licenciatura em História no ano de 2012, realiadas em dois momentos. No primeiro momento foi apresentada a proposta de assistir uma aula de história no Ensino Fundamental – 2ª fase e no segundo momento, sob organização dos 74 49 acadêmicos em duplas , e orientação da professora proponente Simone Luz da Silva, deu-se as apresentações das micro aulas de todos os acadêmicos do I° ano, concluindo esse trabalho no dia 18/09/2012. REFERÊNCIAS BILIOGRÁFICAS FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Mini Aurélio, Século XXI: O minidicionário da língua portuguesa. 4ª. ed. rev. ampliada. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000. p. 790. KOSMINSKY, Eugênio Alexeiévitch. História da Idade Média. Rio de Janeiro: Vitória, 1960. MANTRAN, Robert. Expansão Muçulmana: século VII-XI. São Paulo: Pioneira, 1977. PROJETO ARARIBÁ: História/Obra Coletiva. O Mundo Além da Europa: O Nascimento do Islamismo. 1ª ed. São Paulo: Moderna, 2006. (p. 46-48). 49 Devido à quantidade impar de acadêmicos na sala, o nosso grupo foi o único constituído de 3 pessoas. Enquanto as duplas tinham um tempo de 20 minutos para expor seus conteúdos, o nosso grupo tinha um tempo de 30 minutos para expor seu trabalho. 75 PECADOS NA IDADE MÉDIA: COMO TRABALHAR A DIDÁTICA E INOVAR, NA PRÁTICA DOCENTE DO ENSINO DE HISTÓRIA. Lídia Maria Teixeira De Araujo50 Nayrhainne Souza Duarte Simone Luz da Silva 51 “Ora, sendo o “fazer histórico” mutável no tempo, seu exercício pedagógico também o é.” (Leandro Karnal, 2005). Resumo: Este artigo tem por finalidade refletir acerca das práticas pedagógicas didáticas no ensino de história. Levando em conta certas rotulações que a História sofre, considerada como disciplina chata, sem graça e importância. Pensaremos algumas causas e efeitos que implicam a construção desse aspecto. Contando com experiências docentes na sala de aula, e com o tema pecados na Idade Média nosso objetivo é propor uma reflexão sobre o verdadeiro sentido de ministrar aulas de história e principalmente desmistificar que essas aulas são chatas e sem graça, mostrar que existem atitudes pedagógicas que dinamizam a aula e proporcionam o despertar do aluno para o verdadeiro sentido da disciplina, descobrir que existe uma História viva dentro deles. O tema que vamos exemplificar ao longo do artigo contém, curiosidades sobre o período histórico Medieval. Que geralmente não chama atenção e não importa para muitos alunos. Juntos vamos pensar profundamente sobre a arte de dar aulas de História. Palavras-chave: Ensino de História. Didática. Docência. Introdução A epígrafe acima é uma citação do professor de história Leandro Karnal, que em seu sua obra História na sala de Aula, nos ajuda a refletir esse verdadeiro sentido de ministrar aula e fazer com que os alunos realmente aprendam. Vamos pensar no nosso tema de aula, os 50 Graduandos do 1° ano do curso de Licenciatura em História pela Universidade Estadual de Goiás, Unidade Universitária de Jussara. 51 Professora da disciplina História Medieval na Universidade Estadual de Goiás, Unidade Universitária de Jussara, nas áreas: História Medieval, Didática e Metodologia do Ensino de História I, Estágio Supervisionado I, e coordenadora pedagógica do Centro Educacional Sigma na cidade de Fazenda Nova Goiás. Link lattes: http://lattes.cnpq.br/3531724274554163 76 pecados na Idade Média, a questão é como fazer com que esses adolescentes/alunos do ensino fundamental segunda fase (6° ao 9° ano) tenham interesse de aprender sobre esse conteúdo que trabalha com o tempo passado. Segundo o professor Karnal (2005) essa é a nossa maior dificuldade, fazer um texto de história é estabelecer o diálogo entre passado e presente, mas será somente isso? Geralmente o passado não interessa aos nossos alunos, o mundo está tão tecnológico e globalizado, o progresso a qualquer custo no qual nossa sociedade está inserida, só valoriza o novo, só interessa a eles o que vai acontecer e principalmente o que está acontecendo. Esse é um sério problema, não podemos escrever um texto histórico e nem dar uma aula de História apenas baseados na concepção atual, isso não faz parte das especificidades históricas e gera anacronismo. Fazer o aluno entender que esse passado com qual acontecia os pecados da Idade Média, por exemplo, não é somente “passado” ele também estabelece importantes relações com concepções bastante atuais, que eles nem imaginam. Sabemos que esse passado não é “puro” e “total” e que nunca é reconstituído exatamente como ele era, mas o desafio é justamente ensinar isso a eles. Pois o conhecimento quando não é transmitido não possui sentido ou importância. Como diria uma sabia professora ensinar aos inteligentes e esforçados é muito fácil. Nosso compromisso deve ir, além disso, nossos jovens entram na escola cada vez cheios de problemas dos mais variados tipos, sociais, familiares, econômicos, enfim vários aspectos que só dificultam sua aprendizagem. E são para esses alunos com maior dificuldade que nós devemos fazer o máximo, mudar ou pelo menos interferir na sua formação. É verdade que vários desses problemas são responsabilidade da nossa desestrutura política, seja ela familiar, social, econômica, o nosso país infelizmente carrega traços históricos dessa desestrutura, porém não podemos nos esquivar a nossa grande responsabilidade de educar, nós professores e alunos somos importante parte das engrenagens educacionais, portanto a mudança deve começar conosco. Educar não somente visando a aprovação do vestibular, mas a formação para a vida. A modernização do ensino Com o crescente desenvolvimento da tecnologia, da internet, celular, enfim inúmeros recursos, que se desenvolvem e modernizam a cada dia numa velocidade muito rápida, a escola não pode ficar fora dessa nova realidade dos jovens, como o próprio Karnal nos diz, “Eu diria que ensinar História é uma atividade submetida a duas transformações permanentes: do objeto em si e da ação pedagógica.” (KARNAL, 2005, p.08). O objeto em si é o “fazer 77 Histórico” transformado pelas mudanças sociais, documentais, debates metodológicos e tudo que envolve as características específicas do produzir o conhecimento histórico. Mas o ponto mais importante que Karnal trás é a necessidade da mudança da ação pedagógica, ou seja, a escola tem tentado cada vez mais elaborar formas novas e eficazes para garantir a aprendizagem de seus alunos. Dessa forma a escola muda também, e em seu ensino é introduzido máquinas que representam a modernidade para dinamizar a aula. Multiplicaramse os retroprojetores, os slides, os filmes em salas de aula e vários outros recursos. Pronto agora com todos esses recursos, todas as aulas serão dinâmicas, e os alunos vão aprender tudo sobre os pecados da Idade Média? Será que se o professor apenas apresentar as origens dos pecados capitais, com um texto no slide ou no retroprojetor, seu aluno terá aprendido melhor? Não, o sistema se engana quando atribui a tecnologia como forma de melhorar as aulas e torná-las mais dinâmicas. O problema da renovação do ensino de História é bem mais profundo do que apenas um aparelho eletrônico, e pra representar isso o professor Karnal novamente é brilhante quando diz “Que seja dito e repetido à exaustão: uma aula pode ser extremamente conservadora e ultrapassada contando com todos os mais modernos meios audiovisuais. Uma aula pode ser muito dinâmica e inovadora utilizando giz, professor e aluno” (KARNAL, 2005, p.09) ele é fantástico ao dizer isso, claro que esses recursos também são importantes, porém não caracterizam sua forma de dar aula. Supondo que uma foto de uma mulher ao dar a luz, com sua parteira no período estudado da Idade Média, seja trazida para sala impressa num papel e colocada no velho quadro negro. A mesma foto, porém é trazida no recurso moderno do slide, qual aula seria melhor, mais produtiva? Depende da forma com que o professor analisa a imagem com seus alunos, a imagem é um recurso muito bom, mas deve ser bem explorada, questionada e observada em todas as suas possibilidades, até a sua exaustão. Perceba que isso pode ser feito no simples quadro ou no moderno slide. O problema da dinamização da aula não é problema dos recursos, eles ajudam, mas o principal papel quem o faz são os professores. Voltemos à imagem da mulher, ela é importante, pois as parteiras da Idade Média eram consideradas bruxas, e, portanto pecadoras. Porque bruxas? Como as mulheres não tinham acesso a acompanhamento médico a medicina popular era muito utilizada, elas aprendiam quais ervas eram capazes de curar e amenizar dores. Essas ervas eram aplicadas e usadas quase sempre pelas parteiras, hábito que era proibido pela Igreja Católica naquele período. Todas essas informações são novas para nossos alunos, por isso devemos ter o cuidado de não somente apresentar o assunto, mas fazer com 78 que eles aprendam. Provavelmente todas essas características e várias outras podiam ser exploradas pela simples imagem na lousa, ou no slide. Ou não, a imagem poderia aparecer somente para efeito visual, sem nenhuma aplicação e fundamento, o que transformaria a aula “chata” e sem importância. Acabando assim com o benefício dos recursos tecnológicos e acabando no desanimo de professores e alunos. O motivo do desânimo O sistema de ensino, que abarca todos nós, professores, alunos, pais, educadores em geral, prega a modernidade e a melhoria, mas que modernidade é essa? Karnal diz que essa modernidade, é falsa no nosso país! Estamos tão atrelados a um passado educacional tradicionalista em que a modernidade ocupa pouco espaço na aula e de forma mascarada. O objetivo principal dos currículos de orientação do ministério da educação é combater a evasão escolar e garantir uma educação para todos. Se analisarmos essas propostas, são muito lindas, algo perfeito. Mas na prática não é assim que acontece. Mas uma vez nosso mestre Karnal está certo “[...] os professores da área de humanas parecem muito angustiados com sua atuação” (KARNAL, 2005, p.10). Angustia que cresce cada dia mais, na busca de mudanças e dos resultados que o Estado ou a instituição cobram. Resultados que são verificados através de estatísticas, por exemplo, o objetivo da Reorientação Curricular de Goiás avalia números, para dizer que cresceu o número de crianças que estão dentro da sala de aula. Mas somente estar dentro da sala e da escola não é garantia de boa educação. Assim o processo inovador do professor é sufocado pela resistência tradicionalista que vem de todos os lados. Pais, alunos, direção, colegas, instituições educacionais. Esses precisam de resultados óbvios, concretos. Observemos o seguinte exemplo, se o professor decide inovar, e retira os alunos da sala para análise de pesquisa sobre qual a concepção de pecado para seus alunos na atualidade, com atividades de pesquisas religiosas dentro da religião de cada um deles, utilizando figuras, depoimentos, enfim. Depois de feito isso introduzir realmente o que eram os pecados lá na Idade Média. Eles aprenderiam bem melhor o que eram os pecados, pois teriam uma experiência vivenciada. A distância entre passado e presente seria menor. Porém essa atividade levaria mais de uma aula, e seria somente a introdução do nosso tema a cumprir. Surgem assim os problemas “para de enrolar e começa a dar aula!” (KARNAL, 2005, p.10). O professor tem prazos e muitas regras para cumprir, se não quiser perder seu emprego na maioria das vezes. Assim definir o que é pecado na Idade Média, de 79 forma simples e tradicional é muito menos complicado, pois os pais vão ficar satisfeitos quando abrirem o caderno dos filhos. A direção não vai criar problemas quanto a aplicação do conteúdo no tempo certo, e tudo ficara bem. Será? Todos esses aspectos que são bem mais complexos, desanimam o professor, que ao escrever pelo décimo ano seguido a mesma frase no quadro “os pecados capitais tem origem na Idade Média” se pergunta será que faria diferença se escrevesse “os pecados capitais tem sua origem na novela da globo” algo mudaria? A angustia que Karnal diz está presente na mesmice, e em qual é o valor da história para meus alunos e principalmente pra mim? Qual a validade do que fazemos todos os dias na sala de aula? Por que segundo ele na maioria das vezes o desânimo do aluno é parte de um complexo maior que inclui o professor. O preconceito da profissão Alguns dizem que a medicina, é a profissão mais importante que existe, por quê? Ela lida com vida, cura e morte. A arte de educar também lida com vidas, cura e morte. Do mesmo jeito que um médico ruim pode matar várias pessoas, nós professores também podemos. Matamos ou curamos a conta-gotas. Um mau professor acaba com a oportunidade de vida de muitas crianças. Ser um cidadão crítico, pensante e reflexivo para uma criança ou adolescente, começa no contato com a escola e seus professores, se isso não acontece, seu senso crítico morre. Devemos acabar com o preconceito da licenciatura, principalmente na área das humanas, que sempre foi comprometida na educação devido a interesses políticos do Estado, que não tem intenção de formar seres pensantes e críticos. Todas as profissões tem sua “perda de aura” quando saem da pluma teórica para encarar o aço da realidade, mais para Karnal esse problema é muito mais sério nas profissões que trabalham com a formação de pessoas, as permanências que são necessárias transformam a atividade do professor em certas vezes insuportável. Problema sério que pode se amenizado com leitura, hábito de criticar, discutir, se ambientar com pessoas que não desejam morrer profissionalmente, na inércia absoluta. Simples coisas que podem fazer a diferença e moldar que tipo de profissional você quer ser. Possíveis caminhos 80 Com tantos problemas, diversos educadores veem refletindo sobre o melhor caminho para o Ensino de História, portanto não podemos nos esquecer que a autonomia da condução desses caminhos é do professor. Somente o professor sabe qual o melhor caminho para sua sala, por exemplo, “essa didática é perfeita para meu 9° ano”, “não essa aqui vai dar certinho lá no 6°”. Conhecemos nossos alunos como ninguém. Das poucas experiências que compartilho em uma delas percebi que em alguns aspectos o professor conhece mais seu aluno do que os próprios pais. E que a relação de amizade entre aluno e professor realmente existe. A autonomia do professor é essencial. Se os caminhos “perfeitos” funcionassem sempre estaria elaborada uma regra. “[...] as fórmulas só servem quando são idealizadas numa aula estática” (KARNAL, 2005, p.11). Realmente fórmulas prontas não funcionam sempre como didáticas para sala de aula. A criatividade do professor deve sempre estar presente, e as ações didáticas devem condizer com sua turma. Além de Karnal, Bittencourt também aponta a interdisciplinaridade, como prática importante paro o ensino histórico, a literatura é um ótimo recurso, pois desperta a atenção dos alunos e envolve a História em todas as outras disciplinas. Pois ela faz parte. Mas na maioria das vezes os alunos não pensam assim e olham-na como bloco isolado. Inserir a História em outras disciplinas acaba com toda a fragmentação educacional que vivenciamos, criando assim uma concepção do “todo”, muito importante para aluno, uma vez que na vida todas as áreas relacionam entre si. As reflexões teóricas sobre o Ensino de História também são muito importante para inovação das aulas. “Qualquer prática em sala nasce de uma concepção teórica”. (KARNAL, 2005, P.12). O professor não pode se contentar apenas com o material do livro didático. A História é mais que repetições de uma narrativa contada nesses livros, ou números e datas comemorativas. Nunca podemos elaborar bases de aulas congeladas para todos os anos. A cada dia o caráter variável e vibrante do ser humano requer coisas novas, descobertas e formas de envolver nossos alunos no conteúdo a ser aprendido. Eis a questão, será que essas atitudes podem mudar o que eu faço e sempre fiz? Transformar a História na disciplina predileta, interessante, viva para nossos alunos, pode não ser fácil, mas é possível e depende de todos nós. Se não conseguirmos fazer com que 100% dos nossos alunos aprendam verdadeiramente, devemos nos espelhar no exemplo do professor do filme “o Clube do Imperador”, onde 99% dos alunos realmente orgulharam seu mestre. Mesmo confiando e fazendo o melhor para todos nunca devemos nos abater e desanimar se não alcançarmos os 100%. Precisamos nos empenhar e buscar melhorar todos os dias. 81 Experiências compartilhadas Após a nossa reflexão acerca dos problemas da docência do ensino de História. Compartilharemos a experiência de ministrar uma micro-aula, com o mesmo tema, pecados da Idade Média. Micro-aula destinada ao 9° ano, não utilizamos todos os recursos propostos acima, mas prepusemos uma aula reflexiva, buscando inserir os alunos no conteúdo, e contextualizar o que é pecado para eles. A estratégia era dinamizar aula, usando somente giz, fala e alunos. A princípio fizemos um círculo na sala e demonstramos a importância desse simples círculo, relacionado com aspectos da Idade Média. Depois eles precisavam descobrir o tema da aula com pistas desenhadas a lousa. Foram desenhados um semáforo, uma maça e o símbolo de proibido. Essas figuras possuem significados interessantes, e despertam o aluno a participar da aula. O semáforo quando está no sinal vermelho significa que é proibido atravessar. A maça é o símbolo do pecado, conforme o livro gênese da Bíblia Cristã, e o outro desenho é muito comum para eles com o significado de proibido. A cor também teve destaque especial o vermelho desde a Idade Média representa a cor do pecado, da sedução, luxuria. Pecados esses que eram o tema da aula. Essa forma de introdução contextualizada teve por objetivo demonstrar que esses aspectos tiveram suas origens na Idade Média, mas estão até os dias de hoje com os mesmos significados e interferindo no nosso dia-dia. Todos conheciam as simples imagens, que facilmente remete a ideia de pecado criada na época medieval. A mulher sem dúvida era o maior símbolo do pecado nesse período. Ela era a luxuria, a perdição. Nos casamentos medievais não poderia haver prazer, o ato sexual era destinado apenas a reprodução. Todos esses assuntos são curiosos e devem ser bem elaborados com os alunos. Esse período em que eles estão tudo é novo e somos espelhos dentro da sala de aula. As origens dos famosos e conhecidos pecados capitais é Medieval. Eles conheciam os sete pecados mas não sabiam sua formação. Por isso foi importante ensinar que essa lista que conhecemos foi criada durante o Concilio de Trento (Itália, 1545) onde a igreja busca fixar com clareza seus dogmas. O protestantismo crescia, preocupada a Igreja Católica estabelece esses pecados para que os infiéis não se desviassem da religião. Sua principal arma era o catecismo, pelo qual vários alunos conhecem e participaram ou participam. No catecismo medieval esses pecados eram ensinados de forma didática, para controlar desde o início as crianças. Ao abordamos a punição perguntamos quais os tipos de punição que ainda existem na atualidade, para eles. Mas uma vez na busca de contextualizar a aula. Se existe pecado devem-se existir punições para quem desobedecê-los, a época medieval é marcada por vários 82 desses castigos. Para haver castigo tem que ter julgamento, toda Igreja elaborou um manual de confissão, para que os padres e eclesiásticos julgassem esses pecadores. Todos os cristãos deveriam se confessar, pois a confissão se torna obrigatória, como forma de liberdade espiritual. Questionar essa liberdade é interessante para eles refletirem. Todas essas curiosidades sobre esse período, são muitas informações e por isso devemos tomar cuidado para que a aula não se torne um amontoado de informações que eles não conseguem apreender. Depois de explicado o assunto dos pecados medievais, mostramos que como nos dias atuais várias proibições eram burladas e desobedecidas. Para isso utilizamos o exemplo do semáforo, em que mesmo nos sinais vermelhos, vários carros ultrapassavam, desobedecendo à regra. Assim acontecia na Idade Média com a forte proibição imposta pela Igreja várias formas de desobedecer a essas proibições foram criadas. O grande aumento das prostitutas foi um exemplo disso. Com a falta de prazer dos casamentos, eram nas prostitutas que os homens compensavam. Vários incestos aconteciam como consequência dessa forte proibição. Bom, esse foi um pouco dos aspectos da nossa experiência docente, que deve melhorar cada dia mais, para a construção de um verdadeiro ensino de História. Para finalizar esperamos que todos nós futuros e atuais professores, possamos refletir a cada dia sobre a importância do ensino didático de História. Somos incumbidos de transformar a História numa ferramenta de transformação social. Nossa missão é muito importante. Devemos amar o que fazemos, respeitar nossa profissão, para conseguir sucesso e proporcionar a diferença na vida das pessoas. Todas as reflexões acima elencadas foram frutos da experiência da realização das Práticas Curriculares da disciplina de História Medieval, orientada pela professora mestra Simone Luz da Silva. Os objetivos das Práticas Curriculares eram proporcionar conhecimento e uma verdadeira reflexão sobre a realidade da sala de aula, uma vez que a proposta era analisar e assistir uma aula de História do Ensino Fundamental segunda fase (6° ao 9° ano). Com as experiências de sala deveríamos elaborar uma micro-aula sobre um tema medieval, como foi apresentado acima. As micro-aulas foram apresentadas em dupla e contextualizada de forma didática, com materiais e referências, com duração de 20 minutos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS KARNAL, Leandro. História na sala de aula. São Paulo: contexto, 2005. 83 BLOCH, Marc. Apologia da História: o oficio do historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997. 84 A VIDA SEXUAL NA IDADE MÉDIA Liliane Rodriguês Araújo52 Maria Helena Vicente Xavier Simone Luz da Silva53 RESUMO: Este trabalho propõe analisar como era a sexualidade na sociedade medieval, a partir dessa análise destacando a influência que a Igreja Católica obtinha sobre a população em relação a este tema que era muito polêmico. Não sendo permitido pensar ou falar a respeito do assunto. Demonstrando o papel do homem e principalmente o da mulher que sofria preconceito e que acabou sendo desvalorizada como um ser do pecado. PALAVRAS-CHAVE: Sexualidade. Mulher. Igreja Católica. Durante a Idade Média a sociedade e principalmente a Igreja Católica, formulava suas opiniões através da Bíblia Sagrada Cristã, de que a relação sexual entre o homem e a mulher era pecado. Numa palavra a Igreja apropriou-se de vários conceitos e integrou-os em uma argumentação construída, fundando uma verdadeira antropologia na qual Crisóstomo, Ambrósio, Jerônimo e Agostinho definem o lugar do sexo na obra divina e o papel das reações sexuais na vida cristã (ROSSIAUD, 2006, p. 49). A preocupação era modificar os padrões morais e o comportamento sexual perante a sociedade, no qual a relação do homem e da mulher deveria ser baseada na recusa do prazer. Naquele período as mulheres não tinham direitos à educação e nem entender a política, o que restava a elas era ser submissa ao seu marido, devia obediência a ele. Para os homens a mulher era um ser inferior que só servia para procriar. Os homens desde os pais aos maridos tinham direito de castigar a mulher se caso ela manchasse a honra da família. O sistema jurídico que garantia direitos aos homens de mostrar 52 Acadêmicas do Curso de Licenciatura em História da Universidade Estadual de Goiás, Unidade Universitária de Jussara, Goiás, 2012. 53 Professora titular do Curso de Licenciatura em História da Universidade Estadual de Goiás, Unidade Universitária de Jussara, Goiás, ministrante da disciplina de História Medieval, 2012. 85 as mulheres seu devido lugar era a favor da reprodução da sociedade e de ter um filho barão que continuasse seu legado e cuidasse de sua fortuna quando este morresse. Na Idade Média a sexualidade não era só vista como uma condição ruim, para os senhores feudais o casamento era liberal. O casal tinha um contrato íntimo tanto o homem quanto a mulher poderia exigir que ele fosse cumprido. A mulher era obrigada a se deitar com seu marido, caso ele exigisse e assim o homem ficava obrigado a cumprir seu contrato íntimo somente se a mulher expressasse que queria. Sendo assim ele poderia se casar com quantas mulheres quisesse desde que sua primeira esposa liberasse-o do “contrato de exclusividade”. O sexo não era visto para a Igreja Católica como um ato de amor e sim para a obtenção de filhos, caso o homem quisesse prazer, tinha que procurar outra mulher em um prostíbulo54 e segundo a Igreja, para o homem não cair no pecado dos prazeres carnais devia se casar, mas havia regras que deveriam ser seguidas, a mulher deveria usar roupa apropriada não podendo ter o contato corporal, evitando sentir prazer e a posição sexual do casal tinha que ser a seguinte, a mulher deitada de costas e o homem sobre ela, para o homem estar por cima era sinal de dominação. Como o homem medieval temia a punição divina caso sentisse prazer com sua esposa, ele procurava uma prostituta para satisfazer seu prazer. A partir do século XIII começaram a aparecer no mundo rural traços da prostituição e evoluiu no espaço urbano, sendo vigiado e controlado pelo governo municipal. Segundo Rossiaud (1991, p. 20), “Pode-se afirmar sem receio de erro, que não existia cidade de certa importância sem bordel”. A prostituição servia como meio de buscar prazer já que a Igreja ditou proibição no casamento e acabou trazendo solução para a violência juvenil, que ocorriam contra mulheres casadas e servia também, os atos contrários à natureza que a Igreja condenava a masturbação, a homossexualidade e os atos de sodomia. No período da Idade Média a sexualidade era um tema polêmico que a sociedade não podia pensar ou falar devido a Igreja não permitir, era o meio de ela ter domínio sobre a população. De acordo com Rossiaud (1991, p. 113): “Os homens querem falar livremente do corpo e do prazer [...], no entanto são raros aqueles que [...] não se indignam com nada, pretendem apenas registrar os fatos e pensam que no mundo deve-se apenas experimentar e viver”. 54 Segundo o Dicionário Michaelis Moderno significa, lugar de prostituição. 86 Com isso a Igreja Católica ditou regras segundo a Bíblia que tinha que haver recusa de prazer no casamento e também transmitia que a mulher era um ser do pecado e um dos motivos é que segundo a Bíblia foi através da serpente da influência que o Satã estava tendo em Eva fez com que seu esposo Adão55 a cometer o pecado mortal, que era comer do fruto proibido, pois assim o “Diabo” enfraqueceu a fé de Adão e sua esposa Eva, como consequência desse pecado cometido fez com que o casal do paraíso fosse contra os mandamentos de Deus, por isso colocou Adão contra Deus. Com o passar do tempo à mulher começou a deixar de ser submissa ao homem e começou a lutar por um espaço na sociedade. “Pois bem [...] as filhas e esposas dos cidadãos honestos pretendiam acabar com a submissão tradicional, participar dos jogos e falar de amor [...]” (ROSSIAUD, 1991, p. 123). Considerações Finais Em relação à sexualidade na Idade Média a Igreja Católica estruturou a moral sexual, mas que acabou havendo momentos de repressão e de afrouxamento, a relação sexual que gerou conflitos de uma população que queria discutir tal assunto abertamente sem ser reprimidos. Mas era uma articulação que a Igreja realizava entre o povo para ter domínio sobre eles firmando como um governo político-religioso. Com esse regime eclesiástico a Igreja regulamentou algumas posturas que o povo era obrigado a seguir, que acabou desencadeando um impacto ruim naquele período histórico. A imagem feminina foi o que mais sofreu, sendo considerada pela Igreja como um ser demoníaco que trazia desgraça para a sociedade, por que ela tinha o poder de fazer com que o homem caísse em tentação. Contextualizamos no filme Clube do Imperador que o ensino era severo e que era uma escola para rapazes da alta sociedade americana. O professor ensinava no colégio lições de moral para serem aprendidas através de estudo de filósofos gregos e romanos. O seu intuito era de mudar o caráter dos alunos, mas chega um aluno novato que questiona a importância daquilo que é ensinado. Apesar da sua rebeldia o professor procura educá-lo conforme as normas do colégio acreditando que com o tempo poderá melhorar seu caráter. 55 Segundo o dicionário Aurélio significa o primeiro homem, segundo a tradição bíblica. 87 Diante desse meio de ensino a professora Simone Luz da Silva propôs a nós acadêmicos a assistir uma aula no Ensino Fundamental Segunda Fase (6º ao 9º ano) para ver de perto como é ministrada uma aula. As aulas foram assistidas em escolas públicas, a acadêmica Liliane Rodriguês Araújo foi ao Colégio Estadual Arthur Costa e Silva na cidade de Matrinchã – GO no 8° ano com a professora Marta Marques, na qual o tema da aula era a Independência do Brasil. A acadêmica Maria Helena Vicente Xavier assistiu à aula no Colégio Municipal Ferreira Lima em Montes Claros de Goiás – GO no 8° ano com o professor Thiago Ferreira, no qual o tema era Abolição dos Escravos. As aulas assistidas foram boas os professores tinham domínio sobre o tema e com isso muitos alunos prestavam atenção, porém tinham discentes que ficavam dispersos. Através dessas aulas assistidas às acadêmicas Liliane e Maria Helena apresentaram uma micro aula, cujo tema foi a “Sexualidade na Idade Média” com o intuito de desenvolver a prática e domínio em sala de aula, o qual nossa formação será de uma profissional da educação, especificamente professora de História. Com esse projeto referente a disciplina de História Medieval as Práticas Curriculares, que nos foi proposto compreendemos que ensinar um aluno a obter conhecimento é gratificante, mas percebemos que não é fácil e que todo professor deve ter um ideal e ser comprometido com a formação dos alunos e ter a consciência de que não se forma o caráter do aluno, mas sim ajudá-lo a adquirir conhecimento. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MACEDO, José Rivair. A mulher na Idade Média. 5ª ed. São Paulo: Contexto, 2002. ROSSIAUD, Jacques. A prostituta na Idade Média. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1991. ROSSIAUD, Jacques. Sexualidade. In: LE GOFF, J., SCHMITT, J. (Orgs.). Dicionário temático do Ocidente Medieval. Bauru, SP: Edusc, 2006, p. (447-493). 88 AS PRIMEIRAS TECNOLOGIAS DA IDADE MÉDIA Sheila Aparecida Alcântara Barros56 Suelma de Jesus Gonçalves Simone Luz da Silva57 As tecnologias usadas na idade média, não eram construídas em vão, quando se iniciou a terra o homem era chamado de homídeo devido ter a mente primitiva, criava diversos objetos, com o intuito da caça para a sua sobrevivência. Mas a mente do homídeo demorou muito tempo para evoluir. No início da raça humana, o homem não tinha o poder sobre a natureza, mas ao descobrir que a natureza tinha muito a lhe oferecer, desenvolveu objetos para a caça, como: paus, pedras, ossos de animais e etc. A imagem abaixo retrata as primeiras armas criadas pelos homídeos. Primeiras ferramentas de caça criadas pelos homídeos Com o passar dos tempos os homídeos perceberam que os animais tinham mais a oferecer, não serviria só de comida, mas sua pele servia como roupas, seus dentes e ossos na construção de armas para caça. Descobriram também que os animais podiam ser 56 Acadêmicas do 1º ano do Curso de Licenciatura em História, da Universidade Estadual de Goiás, Unidade de Jussara. 57 Professora da disciplina de História Medieval do 1º ano do Curso de Licenciatura em História, da Universidade Estadual de Goiás, Unidade Universitária de Jussara. 89 domesticados e criados junto destes. Como proteção os seres humanos deste período estavam sempre em busca de melhores lugares para a agricultura e uma grande quantidade de animais para a sua caça. Os anos foram passando e a mente do homídeo se transformou a ponto de descobrir, a prata e o bronze, a partir daí veio à criação de resistentes materiais domésticos. Para cada mudança do comportamento do homem, correspondia-se um domínio, começaram a desenvolver armamentos pontudos, lâminas cortantes e etc. É importante dar ênfase a idade média por que foi o período de grandes avanços tecnológicos, tais que aperfeiçoaram as tecnologias já existentes em épocas anteriores, não havendo grandes modificações nos armamentos, enquanto as vestes, construções, agricultura e transporte sofreram transformações elevadas. De acordo com pesquisas e leituras podemos dizer que na idade média foram desenvolvidas algumas tecnologias muito interessantes. Nos dias atuais as pessoas podem até pensar que a tecnologia daquele período não era uma grande descoberta, porém tudo que foi descoberto naquela época foi de grande utilidade. Hoje se tem acesso as tecnologias com facilidade, naquele período não se tinham acesso a quase nada, principalmente as pessoas mais pobres, somente a nobreza tinha mais acesso a essas invenções. As pesquisas falam e ilustram um pouco das tecnologias usadas naquele período desde os instrumentos usados no campo, as armas usadas em batalhas, invenções como a roda, relógio, estribo, roca, tear, roda d’água, moinhos, instrumentos de cirurgias da época, entre outros. Conforme as invenções eram criadas, eram aprimoradas cada vez mais, dessa forma ficavam mais eficientes, ou seja, facilitava a vida do homem. Muitas vezes ficamos na curiosidade de como será que foi feito isso ou aquilo, e em que período? Então diante dessa pergunta foram pesquisadas e encontradas algumas tecnologias da idade média. A roda: no início de sua invenção era quadrada, tempos depois foi aperfeiçoada, tornando-se arredondada, era feita de uma peça de madeira inteiriça compacta e pesada. Para que ela se tornasse veloz e de mais fácil manejo, fizeram-se inúmeras aberturas, originandose, pouco a pouco a roda com raios, essas rodas com raios apareceram na Mesopotâmia e na Pérsia no ano 2000 antes de Cristo. Nessa mesma época, a coroa que é a parte externa da roda que mantém contato com o solo, foi protegida com inúmeros pregos de cobre, muitos próximos uns dos outros, para que não se estragasse. 90 A posição das rodas uma atrás da outra é típica das bicicletas que nasceram há duzentos anos. A primeira bicicleta era um veiculo muito simples, foi inventada pelo Francês Di Siorac no ano de 1970, possuía também um cabo ou manivela para o apoio das mãos. Mais tarde, em 1818, o alemão Carlos Drais aperfeiçoou-a, fazendo com que a roda dianteira pudesse mover-se para a direita e para a esquerda. Com seu movimento giratório, a roda tornou-se parte integrante da tecnologia que ajudou o homem. Porém a roda não foi somente usada em bicicletas, mas sim em várias outras tecnologias, como a roda d água, roda de fiar e muitas outras. Dessa forma podemos dizer que a roda foi uma grande tecnologia, e continua sendo até os dias de hoje, pois é bastante utilizada em veículos como carros, motos, e é utilizada também na carroça, o carro de mão, entre outros. Essas são figuras das rodas utilizadas na Idade Média: Bicicleta Carro de mão Os automóveis mais antigos possuíam rodas com raios de madeira ou arame, ou rodas de artilharia, fabricadas em uma única peça de ferro fundido. Em 1930 essas rodas foram substituídas pelas de aço estampados, mais leves e resistentes. Contudo podemos perceber que a invenção da roda revolucionou os transportes na idade média e iniciou uma sequência de notáveis aperfeiçoamentos. O transporte começou a evoluir na questão dos estribos, onde os cavaleiros apoiavam os pés, então com o decorrer dos tempos, o homem deu-lhe novas formas. Em um tempo depois foi criada a carroça para transportar mais pessoas. Para o cavalo não sofrer com pedras em suas patas foi criada a chamada ferradura, no qual eram colocadas em suas patas para não sentirem dor durante as viagens. 91 Estribo era uma tecnologia muito cara por isso somente os cavaleiros com melhores condições possuíam. Cota de malha Armadura metálica Elmo Outra tecnologia muito importante foi o relógio que é utilizado até nos dias atuais. Na idade média o relógio foi criado em 1286, melhorando a vida da sociedade que era regida pela sucessão do dia para noite e pelas estações do ano. O relógio também significou uma imensa ajuda para a navegação, e a medida precisa do tempo foi essencial para a melhoria da ciência moderna. A bússola foi um invento de grandes utilidades para as navegações, consistia em um pedaço de magnetita (óxido de ferro magnético) este tinha uma forma ovulada que era colocada para flutuar na água. Antes de serem feitas armas de fogo foi consagrada uma descoberta fundamental para o desenvolvimento dessa arma, a pólvora que era um explosivo já utilizado no século XI, pelos chineses, para fabricar fogos de artifícios. Depois da descoberta da pólvora foi desenvolvida a arma de fogo. Os chineses já utilizavam uma espécie de abalista (arma que lança projéteis de azagaias), sendo mais tarde adaptada como um canhão mais eficiente. Na Inglaterra em 1326, foi desenvolvido canhões, que eram enchidos com pólvora, no qual atiravam um único projétil, que provavelmente era de ferro, o barulho provocado era terrível. Esses canhões disparavam pedras arredondadas, sendo adotadas as balas esféricas de ferro por volta de 1400, conseguiam atirar em média, projéteis de até 350 quilos. 92 Foram criadas as armas leves, ou seja, de mão, que eram de bronze fundido ou com tiras de ferro. Para atirar com essas armas era necessário o atirador apoiar-se ao chão ou nas axilas e, então, colocar um estopim de queima lenta no orifício de ignição da carga. Essas tecnologias ajudaram muito os homens durante suas guerras na idade média. Veja algumas imagens dessas tecnologias: Pólvora Abalista Bússola Bom barda A tecnologia que revolucionou muito a idade média foi o desenvolvimento de armas com pólvora, tanto canhões quanto armas leves. Mas também tinham as tecnologias de armamentos variantes como a clava, faca, lança, machado e flecha. Uma inovação bastante importante foi a lança do cavaleiro montado. Inventaram também as armas de combate corpo a corpo que eram machados de arremesso chamados Francisca. Também se desenvolveu com o cavaleiro a espada pesada, que era usada em combates corpo a corpo, mas os soldados a pé tinham grandes variedades de armas que incluía machados, martelos, maças e espadas curta. Uma variante da maça era uma bola de pontas presa a um cabo por uma corrente. Foram inventadas durante a idade média muitas armas de combate. A lança básica era uma arma útil, era barata de se fazer e simples de usar. As armas de haste eram muito utilizadas nos combates, elas evoluíram da mesma forma que as demais armas. Ao longo do período medieval eram feitas tropas desmontadas para os combates e eram extremamente eficazes. As longas armas de haste tinham ponta de lança com uma ou mais laterais, na qual poderia ser uma longa e larga lâmina, ou machado, um podão, um martelo, ou uma ponta. As longas armas de haste serviam também como proteção contra flechas. As variadas peças na extremidade da haste eram usadas muitas vezes para arrancar o cavaleiro de sua montaria ou causar ferimentos ao cavalo. A espada na idade média era uma arma bastante apreciada, porque eram forjadas e laminadas com ligas mais duras no gume e maleáveis na veia central. As espadas de lâmina reta e duplo fio eram chamadas Jian, pois eram próprias da nobreza guerreira e eram muito 93 caras e difíceis de manejar, e as de lâmina curva e gume simples eram denominadas Dão, pois eram mais baratas e versáteis, popularizaram-se entre os guerreiros com menos dinheiros. Essas são imagens das armas utilizadas na idade média: Armas de haste Espadas e Machados Armas de combate corpo-a-corpo Soldado de arco e flecha As armas de guerra tornaram-se privilégios dos nobres da cavalaria. Com o passar dos anos, tornaram-se pesados. Foram criadas armaduras e escudos para os cavaleiros, eles vestiam cota de malha que era uma espécie de roupa feita de couro ou metal, que cobria do pescoço até á cintura, vestiam luvas e elmo armadura para a cabeça, ou seja, capacete. Todos esses equipamentos davam segurança ao cavaleiro. As armaduras evoluíram, reduzindo assim o efeito de golpes de espada e armas perfurantes. Ganharam mais mobilidade, os cavaleiros tiveram grande ajuda de guerreiros que lutavam a pé, eles utilizavam como armas, arco e flecha, ou seja, armas que atiravam a uma distância de 400 metros, e tinham força para perfurar antigas armaduras, que por mais pesadas que fossem ainda não eram tão resistentes a uma flecha que certamente atingiria uma grande velocidade. 94 Arqueiro da idade média A tecnologia do papel foi uma invenção criada pelos chineses por volta de 150 anos d.C. Essa tecnologia foi importante para o mundo todo. Os chineses esconderam essa técnica até o século VIII, mas os árabes capturaram alguns especialistas chineses, e os forçaram a fornecer o segredo. Na Europa, essa técnica só foi descoberta no século XII, depois dessa descoberta instalaram uma indústria de papel. O papel criado pelos chineses consistia em uma mistura de algodão, palha e madeira. Nessa, acrescentavam água e amassava-a, até conseguir uma espécie de polpa, depois, a água era escorrida e alisavam as fibras, formando a folha de papel, por fim, prensavam e deixavam-na secar. O processo da técnica da impressão surgiu na Índia pouco antes do início da idade média. Consistia talhar, em relevo, num bloco de madeira padrão, sobre o qual colocava-se tinta e posteriormente, utilizando a mesma técnica, foram aplicados á impressão em papel. Trabalho no campo 95 A agricultura na idade média era muito importante. Naquela época já existia a moeda, mas era pouco utilizado, o que era mais comum entre a população era a questão da troca de um objeto por outro, ou seja, a troca de mercadorias. A caça era muito importante para o povo quanto para os senhores. Os povos não tinham propriedades, então eles trabalhavam como servos da nobreza. Os instrumentos que eles utilizavam era o arado que era puxado por bois. Naquele período, havia roupas, mas só eram compradas pelas mulheres dos senhores feudais, então as camponesas faziam os tecidos nos teares para mandá-los para alfaiates ou costureiros, para as peças de roupas serem confeccionadas. Não eram tecidos de grande porte de duração, mas era o que se tinha naquele período. Essa imagem retrata o tear, usado na fabricação de tecidos para a roupa dos camponeses. Tear Homens e mulheres trabalhavam no campo, as mulheres daquela época ajudavam seus maridos nos trabalhos da lavoura, plantavam para mais tarde colherem. As técnicas agrícolas naquele período se aperfeiçoaram cada vez mais, pois a civilização estava aumentando suas relações, com isso foi se desenvolvendo o mercado de consumo maior, devido esse acontecimento aumentou-se a procura de produtos agrícolas. Afigura abaixo retrata a agricultura da idade média. Alguns anos depois os seus instrumentos de trabalho foram criando novas formas, devido à mente do homem que se evoluía, os instrumentos de trabalho criados por ele se modificavam. Não só os materiais de 96 trabalho sofreram transformações, os transportes marítimos de exportações tiveram grandes mudanças. Transporte marítimo Trabalhadores no campo Os Tratamentos de Doenças Durante a Idade Média e suas Tecnologias Os tratamentos de doenças no período da idade média eram muito difíceis, porque não se tinham remédios como se tem hoje, dessa forma as pessoas doentes sofriam muito, porque se estavam com dor continuava sentido, pois não tinha nem um tipo de antibiótico para aliviar essas dores. A cirurgia na idade média era usada apenas em casos de vida ou morte. Os cirurgiões da época tinham pouco conhecimento sobre a anatomia humana, anticépticos que faziam com que as feridas não infeccionassem e sobre anestésicos. O paciente nessas horas para aliviar a dor era submetido a mais dor. Na maioria das vezes, monges se tornavam cirurgiões já que tinha acesso á literatura sobre medicina. Porém em 1215, o papa pediu para que eles não fizessem mais o trabalho. Dessa forma os fazendeiros ficaram encarregados de fazer essas tarefas já que eles tinham experiência em tratamentos de animais. Uma das razões para se fazer uma cirurgia somente em caso de vida ou morte, e por que não havia anestésico “confiável’’ que pudesse aliviar a dor da cirurgia, mas algumas poções eram usadas para amortecer o paciente ou induzir o sono, porém podiam ser letais. Um exemplo é o Dwale, uma mistura de suco de alho, suco de cicuta (planta venenosa umbelífera), ópio (substância que se extrai dos frutos), vinagre e vinho que era dado ao paciente antes da cirurgia. O suco de cicuta sozinho poderia ser fatal, porque é forte como 97 anestésico que o paciente para de respirar. Por esses motivos as cirurgias eram feita apenas nos casos de emergências. Os rituais pagãos ou penitência religiosa como forma de cura era comum, esses tipos de tratamentos medievais, quando alguém contraia a peste bubônica, era determinado que ele passasse por um período de penitência, se confessando com um padre. Por que a doença era vista como um castigo de Deus, se o paciente admitisse seus pecados, talvez sua vida fosse poupada. Veja abaixo as imagens: Cirurgia Dwale anestésicos Rituais pagãos Essas cirurgias feitas na idade média eram arriscadas de todas as formas, mesmo depois de feitas ocorriam o risco de provocar infecções nas feridas, devido à falta de remédios para o tratamento. Outra cirurgia muito ariscada era a de catarata, devido ser muito dolorida e raramente salvava o olho do paciente. Nos dias de hoje a cirurgia é cautelosa, porém naquele período as únicas tecnologias que eles tinham para fazer esse tipo de operações eram facas, agulhas e seringas que eram inseridos pela córnea, forçando as lentes do olho até o fundo do órgão. Posteriormente, uma seringa era usada para extrair por sucção a catarata. Essas operações eram feitas sem nenhum tipo de anestesia para aliviar a dor. O bloqueio de bexiga era também um tratamento bem doloroso devido á sífilis ou a outras doenças venéreas, era comum na época, já que não havia antibiótico. O cateter urinário, (um tubo de metal inserido através de uretra até a bexiga) começou a ser usado em meados de 1300 quando o tubo não conseguia passar pela uretra, outros aparelhos eram usados, provocando um risco tão grande quanto a própria doença. Os cirurgiões em campo de batalha tinham grande dificuldade para remover flechas, geralmente à ponta da fecha ficava dentro do corpo do soldado, enquanto só era possível tirar 98 o cabo. Esse problema foi resolvido com a colher de flecha, que era inserida na ferida causada pelo disparo e pescava a ponta da flecha. Podemos observar nas figuras abaixo: Cirurgia de catarata Cirurgia de bexiga bloqueada Flecha Sangria era considerada a cura para quase todas as doenças, os médicos da idade média achavam que praticamente todas as doenças eram causadas por excesso de líquido no corpo. Por esse motivo a solução para esse problema era tirar o sangue dos pacientes. Havia dois métodos principais para isso. O primeiro usava-se sanguessugas para tirar o sangue. O bicho era colocado sobre o local e sugava uma quantidade do líquido. Já o outro método era um corte na veia, normalmente no braço. Esse segundo método era muito arriscado para o paciente, pois um corte na veia se perdia muito sangue. O parto era um período assustador para as mulheres por que elas eram preparadas para morrer. Dar a luz na idade média era tão mortal que a igreja pedia que as grávidas se preparassem para morte. Como não havia médico quem fazia os partos das mulheres eram as parteiras, e teve um período que as parteiras com mais experiências foram perseguidas como bruxas, por que elas faziam remédios com ervas que aliviavam a dor das grávidas. Muitas mulheres e bebês morriam por falta de condições no momento do parto. Nos dias atuais existem hospitais especializados na área dos partos é mais difícil morrer mãe e filho. Já no período da idade média as mulheres quase sempre morriam. Clysters era uma tecnologia bastante usada na idade média por que era uma versão medieval do supositório, um aparelho que injetava fluidos no corpo através do ânus. Era um cano ligado a um recipiente. O cano ia ate o ânus enquanto, no recipiente, estava o remédio. O tratamento de hemorroidas era muito agonizante porque eram tratadas a ferro quente, ou seja, as hemorroidas eram queimadas a ferro quente. Desse modo o paciente sentia muita dor, por vários dias. 99 Essas são as imagens dos tratamentos: Sangria Parto Clysters Tratamentos das hemorroidas Todos esses tratamentos citados acima foram muito úteis e importantes durante a idade média, apesar de todo sofrimento para se obter a cura. E com o passar do tempo as pessoas foram criando novas tecnologias para que os tratamentos não fossem mais tão dolorosos . Outra invenção era o moinho, que era usado para triturar determinados alimentos. Algum tempo depois os moinhos foram modificados, tiveram uma projeção ao eixo principal facilitando então o seu uso. Os moinhos de vento também estão no ranking de tecnologias que foram modificadas, ganharam diversos modelos e tamanhos, antes não podiam receber o vento de qualquer direção, mas ao aperfeiçoarem poderia receber o vento dos quatro lados. 100 Moinho Os moinhos daquela época pertenciam aos senhores, então só os seus servos ou camponeses que poderiam utilizá-lo, mas claro os camponeses tinham que pagar uma taxa para usarem o moinho. Os moinhos construídos muitas vezes recebiam nomes de santos que haviam passado pela aquela região. Os moinhos tinham grande serventia naquele período, porque trituravam os grãos e vegetais, eram movidos pela força do vento. Muitos geravam energia para os senhores feudal. As modificações dos moinhos estavam ligadas a fabricação de pão, que era um dos alimentos mais antigos fabricado pelo homem, para serem fabricados colocava-se o trigo no moinho para serem triturados para ser fabricados. De acordo com pesquisas em livros, fontes virtuais e filmes, foram muitas as tecnologias inventadas durante a idade média, e todas elas foram muito úteis para a população. Pois além de facilitar o trabalho entre homens e mulheres, possibilitava o crescimento demográfico e crescia pouco a pouco a produção em geral como podemos ver no livro O Feudalismo de Hilário Franco Júnior. “As inovações técnicas beneficiaram a produção agrícola, mas não se sabe qual o ponto de partida: foram elas que ao aumentarem a produção possibilitaram o crescimento demográfico” (FRANCO JÚNIOR, 1983, p. 66). Sendo assim, podemos dizer que as inovações técnicas foi uma grande ajuda para a produção agrícola e o crescimento demográfico. Foram fundamentais três aperfeiçoamentos no desenvolvimento agrícola que por sua vez foi muito eficiente para as tecnologias da Idade Média. Três aperfeiçoamentos exerceram ação direta sobre o desenvolvimento agrícola. [...] um foi a charrua, tipo de arado mais eficiente por penetrar profundamente no solo, revolvendo-o e aumentando sua fertilidade. Outro foi o novo sistema de atrelar os animais, possibilitando utilizar mais eficientemente nos trabalhos do campo a força-motriz cavalar e bovina. 101 Outro ainda foi o sistema de rodízio das terras, pelo qual ocorreria uma alternância de cultivos (cereais, leguminosas) sobre uma mesma área, impedindo que ela se esgotasse (FRANCO JÚNIOR, 1983, p. 66 e 68). Desta forma as tecnologias tornaram-se eficientes no cultivo do solo e no aumento da fertilidade, porque com o uso de animais facilitava o trabalho do homem. O crescimento econômico foi um grande progresso na Idade Média, pois através de três fenômenos foi possível notar o aumento na produção. “O crescimento econômico manifestou-se sobre tudo através de três fenômenos: maior produção, progresso do setor urbano, acentua monetarização” (FRANCO JÚNIOR, 1983, p. 68). Desta maneira o progresso urbano aumentou, acentuando assim a monetarização de um crescimento econômico. A indústria artesanal permitiu a intensificação do comércio, permitindo assim o crescimento econômico e as inovações técnicas. [...] Foram os excedentes gerados pela agricultura que forneceram as matérias-primas básicas para a indústria artesanal e assim permitiram a intensificação do comércio. Esse incremento da produção agrícola teve como ponto de partida as inovações técnicas e a melhoria climática (FRANCO JÚNIOR, 1983, p. 68). Podemos observar que as inovações técnicas auxiliaram muito na parte climática, que desta forma melhorou a vidadas pessoas da Idade Média. As citações acima mostram todas as técnicas que beneficiaram o período da idade média. O livro: O Feudalismo de Hilário Franco Jr., veio como fonte descritiva para retratar um pouco da realidade do período idade média. Durante a leitura do livro há vários pontos que focalizaram na dinâmica para as invenções tecnológicas. Considerações Finais No dia 04 de setembro de 2012 foi executada a micro-aula com as acadêmicas Sheila e Suelma. O presente trabalho teve como proposta uma micro-aula, onde foi desenvolvido o conteúdo “As primeiras tecnologias da Idade Média” no período de 18 horas aulas, que foi distribuídos em organização, planejamentos e execução. Tendo como base os textos e sites referentes à Idade Média, com o intuito de apresentar as tecnologias medicinais, técnicas de trabalhos e as técnicas de guerra do período. Para a realização e concretização do trabalho foram feitas orientações com a professora Simone Luz da Silva, onde nos deu um grande apoio durante as pesquisas realizadas para a micro-aula. 102 Durante a experiência realizada no dia 23-08-2012 no Colégio Estadual Marechal Rondon com o professor de História Vilmar Valdir na sala de aula do 7º ano, nota-se que o professor tem um grande domínio não só da sala, mas também do conhecimento, tornando assim uma aula produtiva, porque os alunos estavam dispostos a aprender o que o professor tinha a ensinar, e também mostravam sem entusiasmados no assunto discutido. No mesmo dia com o professor Vilmar Valdir, foi notável que no 8º ano, os alunos se mostravam interessados no conteúdo aplicado e eram prestativos e entusiasmados durante as aulas. Os alunos e o educador debatiam dentro da sala, durante toda a aula. O filme “O clube do imperador” vem retratar a realidade do professor em uma sala de aula, pois muitas vezes os educadores se deparam com desafios que parecem ser impossíveis de resolver, no caso do filme, o professor Handerson se deparou com um verdadeiro aluno problema, ou seja, um aluno inteligente que não se preocupava em aprimorar seus conhecimentos. Atualmente alguns professores passam por essa mesma situação, pois, em determinados casos os aprendizes não procuram a evolução do conhecimento, e muitas vezes as escolas precisam acionar a ajuda dos pais, que em determinadas situações não se preocupam com o aprendizado dos filhos, tornando assim mais difícil para os professores passar lhes conhecimentos sem o apoio da família. Existem muitos pais que pouco se preocupam com a vida escolar de seus filhos, não comparecem as reuniões escolares, e não tiram um tempo para estudar com os filhos, dessa forma muitas crianças acabam por não dar tanta importância aos estudos, devido à falta de estimulação dos próprios pais. A proposta das práticas curriculares é sempre com intuito de se obter experiência para a vida profissional, dessa forma se obtém o desenvolvimento maior da fala em uma sala de aula e uma postura melhor diante das pessoas. O texto retrata sobre a vida de uma pessoa que pensa em seguir uma carreira profissional como educador, sendo assim o projeto estudado e elaborado tem como objetivo motivar os acadêmicos a seguirem caminhos profissionalizantes. O professor das Unidades Universitárias tem um grande desafio que é preparar esses acadêmicos para que no futuro eles possam ser bons profissionais na área da educação ou em qualquer outra área profissional. E é a partir das práticas curriculares e dos projetos realizados durante a vida acadêmica, que se é adquirido a experiência para se tornarem bons educadores ou demais profissionais. As micro-aulas apresentadas na UEG, foram uma experiência fundamental para se obter a ideia de como é o dia a dia de um professor. É notável que não seja uma experiência fácil 103 estar à frente de uma sala repleta de alunos, pois é preciso estar preparado para passar o conhecimento necessário ao aluno. Estar á frente da sala de aula é muito importante, porque o professor é o espelho do aluno, por isso os aprendizes se baseiam na sua imagem. O projeto elaborado é fundamental para se ter conhecimento das dificuldades que o professor enfrenta durante sua carreira de ensino, por que praticamente todos os professores enfrentam grandes desafios na sala de aula, como foi retratado no filme “O Clube do Imperador”. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FRANCO JÚNIOR, Hilário. As Cruzadas. 7ªed. São Paulo: Brasiliense, 1991. (p. 66-68). SILVA, Francisco Carlos Teixeira da. Sociedade Feudal. 4ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1988. FONTE ELETRÔNICA Disponível no site: http://pt.shvoong.com/social-sciences/1756443-ciencia-tecnologia-naidade-media/#ixzz258KmGb76. Acessado no dia 20-08-2012. 104 CONCLUSÃO Como foi exposto, a Idade Média possui muitas características importantes, desde a esfera moral até a esfera religiosa, ou seja, sua sociedade, como também suas culturas e costumes, revelam muitas informações importantes que merecem serem estudadas sem etnocentrismos. Sabe-se que muitas coisas materiais como também influências psicológicas presentes na contemporaneidade tiveram suas origens na Idade Média. Ao estudá-las, o pesquisador deverá tomar cuidado quando contextualizá-las, pois os conceitos e termos mudam de significado com o passar do tempo, se não observar a mobilidade da história, correrá o risco de cometer anacronismos, querendo aplicar normas, conceitos ou valores contemporâneos a um período relativamente distante e diferente do seu. Este trabalho também mostra a realidade do dia a dia na sala de aula, onde os futuros profissionais de licenciatura em história terão que enfrentar no seu trabalho, também propôs demonstrar como é pensada e planejada uma aula e quais materiais didáticos são mais adequados àquela sala ou nível, por isso foram realizadas as micro aulas sobre os assuntos abordados pelos discentes em suas pesquisas. Conclui-se que esse trabalho tornou-se muito produtivo para a formação intelectual. Por meio dos temas pesquisados, foi possível compreender vários assuntos em relação à Idade Média, facilitando o desenrolar das possíveis discussões explicativas que certamente serão elencadas no ensino básico e, além disso, induz o professor a mostrar aos discentes a importância desse processo histórico que reflete vários aspectos na sociedade moderna contemporânea como também revelar o movimento da história e suas transições.