EDSON ALVES DE ARAÚJO AGBOOK - 2011 ©AGBOOK 2011 Revisão de Texto: Maria Célia. Revisores Técnicos: João Luiz Lani, Judson Ferreira Valentim, Carlos Maurício Andrade, Moacyr Bernardino Dias-Filho e João Carlos Ker. Normatização Bibliográfica: Edson Alves de Araújo Ficha Catalográfica: Maria do Socorro de O. Cordeiro. – CRB-11/667. Capa: Régis Macuco – E-mail: [email protected] Editoração Eletrônica: Sergio Vitulli Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Araújo, Edson Alves de Degradação de pastagens na Amazônia ocidental - Avaliação e Alternativas de Recuperação / Edson Alves de Araújo. Rio Branco: Ed. do Autor, 2011. 92p. ISBN: 1. Pastagem – Acre (Estado). 2. Area de pastagem degradada – Acre (Estado). 3. Áreas degradadas – Acre (Estado). I. Araújo, Edson Alves de. I. Título. CDD 21.ed. 633.3098 EDSON ALVES DE ARAÚJO 1ª edição AGBOOK - 2011 1. 2. 2.1. 2.2. 2.3. INTRODUÇÃO .................................................................... 9 ASPECTOS CONCEITUAIS ........................................... 13 Degradação .......................................................................... 13 Área degradada .................................................................... 15 Resiliência e resistência do solo........................................... 19 3. DEGRADAÇÃO DE PASTAGENS NA AMAZÔNIA ........ OCIDENTAL ...................................................................... 23 Indexadores - pasture degradation, amazon and pasture ......... degradation .......................................................................... 23 Extensão da degradação ...................................................... 26 Impactos da conversão de floresta nativa em ecossistemas ..... de pastagem .......................................................................... 31 Síndrome da morte do capim-braquiarão ............................ 43 3.1. 3.2. 3.3. 3.4. 4. AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO SOLO/ ...................... DEGRADAÇÃO DE ECOSSISTEMAS DE PASTAGENS NO ACRE............................................................................ 47 4.1. Indicadores de qualidade do solo ......................................... 47 4.2. Caminhos para avaliação do nível de degradação de pastagens no Acre ............................................................... 50 4.2.1. Avaliação integrada da degradação de pastagen ................ 52 4.2.2. Avaliação da degradação agrícola de pastagens ................. 57 4.3. Resiliência para os solos do Acre......................................... 58 5. 5.1. 5.2. ALTERNATIVAS PARA A RECUPERAÇÃO DE .............. PASTAGENS DEGRADADAS ......................................... 65 Opções forrageiras para morte do capim-braquiarão ......... 65 Sistemas alternativos de uso da terra ................................... 66 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................ 69 REFERÊNCIAS ................................................................. 71 A tualmente, a Amazônia Legal com 5,2 milhões de km2 apresenta uma área cumulativa desflorestada correspondente a 680.000 2 km , o equivalente a aproximadamente 13% de toda floresta amazônica brasileira (INPE, 2007). Cerca de 80% da área desmatada tem sido utilizada com pastagens e acredita-se que metade desta área esteja degradada e, em alguns casos, abandonada (Brasil, 2004; Dias-Filho & Andrade, 2006). Em geral, vários fatores podem contribuir para a degradação de pastagem. Dentre as principais causas de degradação de pastagens, destacam-se as práticas inadequadas de pastejo, uso abusivo do fogo, ausência de adubação e fatores bióticos como, por exemplo, ataque de insetos-praga e doenças (Dias-Filho, 2005) Além disso, na Amazônia, estudos têm demonstrado também uma perda de carbono para a atmosfera durante a conversão de floresta em pastagem nos primeiros anos de implantação, apesar do incremento do estoque de carbono no solo proveniente da pastagem com o tempo de utilização (Feigl et al., 1995; Moraes et al., 1996). Por outro lado, a maioria das pesquisas em ecossistemas de pastagens (degradadas ou não) tem mostrado que após alguns anos de uso, ocorre uma melhora nas propriedades químicas dos solos, deterioração de propriedades físicas e redução da biodiversidade da fauna edáfica em relação ao solo sob floresta nativa (Moraes et al., 1996; Muller et al., 2001, 2004; Mathieu et al., 2004; Martinez & Zinck, 2004). O Acre com área territorial de aproximadamente 164.221 km2 apresenta cerca de 11,7 % (19.200 km 2) de sua área total desflorestada (INPE, 2007). Do total desmatado, até 2004, em torno de 81 % (13.352 km2, o equivalente a 1,3 milhões de hectares) eram utilizados com pastagens (Oliveira et al., 2006). A gramínea forrageira com maior área plantada é a Brachiaria brizantha cv. Marandu (Carneiro et al., 2003; Dias-Filho & Andrade, 2006). Nos últimos anos a pecuária bovina no Acre tem tido problema decorrente da degradação das pastagens cultivadas, causada principalmente pela síndrome da morte do capim-brizantão (Valentim et al, 2000; Valentim et al., 2002; Amaral et al., 2006; Andrade & Valentim, 2006; 2007). Este problema tem ocasionado enormes prejuízos aos pecuaristas, tanto com a redução da capacidade de suporte das pastagens e da produtividade animal nas propriedades quanto com os elevados custos, envolvidos na recuperação e renovação das pastagens degradadas. No Acre, o desmatamento tem se concentrado ao longo das principais rodovias, estradas vicinais e às margens dos cursos d´água. A região com maior ação antropogênica situa-se a leste do estado (regionais do Alto e Baixo Acre). A tendência tem sido a implantação crescente de pastagens por colonos, extrativistas, ribeirinhos e pecuaristas (Amaral et al., 2000). Este avanço no desmatamento de áreas de floresta nativa, para dar lugar a extensas pastagens, tem preocupado o poder público e a comunidade científica em geral no sentido de mensurar os impactos (positivos e negativos) gerados (Silva & Ribeiro, 2004; Amaral et al., 2005; Lira et al., 2006; Araújo et al., 2007a,b) e propor alternativas de uso, manejo e recuperação para ecossistemas de pastagens degradadas de forma a reincorporá-las ao processo