SEAB – Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento
DERAL - Departamento de Economia Rural
Valor Bruto da Produção Agrícola Paranaense em 2011
De acordo com os dados publicados pelo
DERAL/SEAB em versão preliminar, o VBP do
estado atingiu 50,4 bilhões de reais, suplantando
o recorde alcançado em 2008, ficando inclusive
acima das expectativas iniciais apresentadas.
Neste
ano
tal
recorde
deve-se
principalmente ao aumento da produtividade da
produção primária, uma vez que os preços dos
principais produtos da pauta paranaense não
atingiram o patamar recorde alcançado em 2008.
Com relação a 2010, observa-se que
houve crescimento de 4,7%, apesar de fatores
climáticos (geada seguida de chuva) terem
propiciado quebra de produtividade de grãos de
inverno, como milho 2ª safra e trigo.
Além disso, confirma-se o descolamento
já verificado em anos anteriores do valor do VBP
em relação ao câmbio, já que apesar da ainda
presente influência no setor exportador, a
demanda interna vem crescendo e equilibrando
parcialmente a oferta e os preços.
Gráfico de evolução do VBP rural em valores reais* de
1998 a 2011.
3,50
60,0
VBP
50,43
R$/US$
50,0
47,59
3,00
2,00
30,0
1,59
1,50
Câmbio
VBP Bilhões de Reais
2,50
40,0
1,57
20,0
1,00
10,0
-
19
98
19
99
20
00
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
-
0,50
* Os valores são deflacionados utilizando-se o IGP-DI da FGV, acumulado
de junho a julho. Base jul/11=100.
Fonte: SEAB/DERAL
Responsável: Fernanda Marie Yonamini
Contato: [email protected] ; (41) 3313-4032
Tabela de valor e participação dos segmentos rurais em
2010 e 2011
Segmento
VBP (R$ bilhões)
2010
2011
Var. %
10/11
Part. (%)
2010 2011
Agricultura
Pecuária
22,7
18,4
26,1
21,0
14%
13%
51%
41%
52%
42%
Florestais
3,2
3,3
4%
7%
7%
Fonte: SEAB/DERAL
Todos os setores tiveram aumentos de
VBP em relação a 2010. A agricultura ainda é o
setor de maior representatividade no estado; em
2011 este setor repetiu os bons resultados de
2008, apesar dos preços das commodities
estarem aquém dos praticados na safra 07/08.
Na pecuária houve um incremento de 13%
em relação a 2010. Com isto este grupo tem
mantido um crescimento já observado desde o
início da pesquisa. Este crescimento está
pautado no aumento da produção de carnes
(aves, bovinos e suínos) e da produção de leite
bovino.
Já o setor florestal continua abaixo dos
valores atingidos no ano de 2007, porém teve um
avanço de 7% em relação a 2010.
Após um aumento recorde de 50% entre
2009 e 2010, a produção de soja teve um
incremento de aproximadamente 9%. Assim, o
aumento da produção combinado ao aumento
dos preços praticados aumentou o VBP da soja
em 30%, levando a renda do produto a 10,9
bilhões de reais.
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Tabela de valor da produção rural em 2010 e de 2011 em
bilhões de reais
Segmento
VBP (R$ bilhões)
Var.
(%)
2010
8,1
2011
10,9
30%
Frango - corte
5,4
6,5
19%
Milho
3,7
4,8
25%
Leite Bovino
2,6
3,2
21%
Bovinos - corte
2,2
2,3
7%
Cana-de-Açúcar
1,8
2,2
21%
Soja
Serraria e Laminadora
2,1
2,0
-5%
Suíno de raça - corte
Frango - recria para engorda
Trigo
1,6
1,2
1,5
1,8
1,1
1,0
14%
-14%
-39%
Fonte: SEAB/DERAL
Novamente o milho da primeira safra teve
redução de área, relacionada ao aumento da
área da soja. A redução da área foi
acompanhada por diminuição da produção. Com
relação à segunda safra, observou-se aumento
na área plantada. Entretanto, em função de
geadas e chuvas a produção apresentou
variação negativa quando comparada à de 2010.
Desta forma, o incremento na renda do
milho em relação a 2010 deve-se principalmente
ao aumento dos preços praticados.
Ainda na safra de grãos, o trigo
apresentou redução na área, na produção
estimada e nos preços praticados, quando
comparados a 2010. Além disso, houve quebra
de produção devido aos fatores climáticos já
mencionados anteriormente, que levaram o VBP
a uma diminuição de 39%.
Os abates de frango ficaram 8% acima
dos valores observados em 2010 e os preços
recebidos pelos avicultores foram 3% superiores
em 2011, levando a um aumento do VBP deste
produto em 19%. Assim, a renda do produto foi
de 6,5 bilhões de reais em 2011, retomando a
tendência de crescimento observada em
praticamente todo o período da pesquisa.
Responsável: Fernanda Marie Yonamini
Contato: [email protected] ; (41) 3313-4032
A bovinocultura de leite continua
crescendo no estado. A produção aumentou 8%
e os preços pagos ao produtor aumentaram em
5% em relação a 2010. Desta forma, o VBP do
leite apresentou variação positiva de 21%,
levando a renda do leite a 3,2 bilhões de reais.
A carne bovina teve desempenho
positivo de forma geral, uma vez que a queda no
número de abates de 8% foi compensada pelo
aumento dos preços praticados. Desta forma, a
renda da carne bovina em 2011 foi de 2,3 bilhões
de reais, levando o VBP a uma variação positiva
de 7% em relação ao ano anterior.
A cana-de-açúcar teve um aumento de
VBP de 21% tomando o sexto lugar do VBP da
produção de toras para serraria e laminadora.
Assim, apesar do decréscimo de produção (-9%),
observou-se manutenção do aquecimento dos
preços do açúcar no mercado internacional. No
preço recebido pelos produtores foi calculada
uma média pela tonelada da cana 22% superior à
do ano anterior.
Além de suplantadas em termos de VBP
pela cana-de-açúcar, as toras destinadas a
serraria e laminadora apresentaram queda de
5% em relação a 2010, devido principalmente a
diminuição dos preços praticados. Desta forma, a
renda deste grupo ficou em 2 bilhões de reais.
A carne suína continua sendo pautada
pela instabilidade. Assim, na expectativa de
aumentar as exportações a produção de carne
suína foi maior do que a habitual. Porém, como
as exportações não aumentaram na mesma
proporção da produção, a mesma foi destinada
ao mercado interno e os preços diminuíram em
9% em relação a 2010. Apesar disso, o VBP da
carne suína apresentou variação positiva de 14%
em relação ao ano anterior, levando a renda a
atingir 1,8 bilhão de reais.
Apesar do bom desempenho alcançado
pela avicultura de corte, o VBP das aves para
recria diminuiu 14% em relação ao ano anterior.
Esta variação negativa é decorrente tanto da
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diminuição no volume comercializado (-6%)
quanto nos preços praticados (-8%). Desta forma,
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Contato: [email protected] ; (41) 3313-4032
a renda ficou em 1,1 bilhão de reais.
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