Mercados informação global Luxemburgo Ficha de Mercado Abril 2013 Índice 1. País em Ficha 3 2. Economia 4 2.1. Situação Económica e Perspetivas 4 2.2. Comércio Internacional 6 2.3. Investimento 9 2.4. Turismo 3. Relações Económicas com Portugal 10 11 3.1. Comércio 11 3.2 Serviços 15 3.3. Investimento 15 3.4. Turismo 17 4. Relações Internacionais e Regionais 18 5. Condições Legais de Acesso ao Mercado 19 5.1. Regime Geral de Importação 19 5.2. Regime de Investimento Estrangeiro 20 5.3. Quadro Legal 22 6. Informações Úteis 23 7. Endereços Diversos 25 8. Fontes de Informação 27 8.1. Informação Online aicep Portugal Global 27 8.2. Endereços de Internet 28 28 aicep Portugal Global Luxemburgo – Ficha de Mercado (abril 2013) 1. País em Ficha 2 Área: 2.586 km População: 523 mil habitantes (Estimativa da população residente 2013)* Densidade populacional: 202,2 hab./Km (Estimativa 2013) Designação oficial: Grão-Ducado do Luxemburgo Forma de Estado: Monarquia Constitucional Chefe do Estado: Grão-Duque Henri Albert Félix Marie Guillaume (desde outubro de 2000) Primeiro-Ministro: Jean-Claude Juncker (do partido CSV, com um governo de coligação 2 com o partido LSAP formando a 7 de junho de 2009) Data da atual Constituição: 17 de outubro de 1868. Posteriormente, foram introduzidas várias alterações, a última das quais a 19 de novembro de 2004 Principais Partidos Políticos: Christian Social Party (CSV); Socialist Workers’ Party (LSAP); Democratic Party (DP); Alternative Democratic Reform Party (ADR); Green Party (Dei Gréng); The Letft (Dei Lénk); As próximas eleições estão previstas para junho de 2014 Capital: Cidade do Luxemburgo (94 mil habitantes em 2010) Outras cidades importantes: Esch-sur-Alzette; Differdange; Dedelange; Pétange; Sanem Religião: A maioria da população é cristã; cerca de 87% é católica romana e uma minoria é protestante, judaica e muçulmana Língua: O “letzeburgish” (luxemburguês) é a língua nacional desde 1985, sendo o francês e o alemão igualmente línguas oficiais. O inglês é amplamente falado Unidade monetária: 1 EUR = 1,2964 USD (média mensal março 2013); 1 EUR = 1,2848 USD (média do ano 2012) Risco de crédito: País "não classificado" na tabela risco-país da OCDE. Não é aplicável o sistema de prémios mínimos. Grau da abertura e dimensão relativa do mercado: Exp. + Imp. (bens) / PIB = 80,9% (2012) Imp. (bens) / PIB = 47,5% (2012) Imp. (bens) / Imp. Mundial = 0,2% (2012) Fontes: The Economist Intelligence Unit (EIU) - Country Report April 15 th 2013; World Trade Organization (WTO); Banco de Portugal; Companhia de Seguros de Crédito (COSEC). (*) STATEC - Institut national de la statistique et des études économiques. 3 aicep Portugal Global Luxemburgo – Ficha de Mercado (abril 2013) 2. Economia 2.1. Situação Económica e Perspetivas O Luxemburgo é um país com uma das área mais pequenas da União Europeia, com uma economia aberta e muito dependente do exterior, nomeadamente das economias europeias vizinhas (Bélgica, Alemanha e França), com as quais também tem uma proximidade histórica de longa data. A economia do Luxemburgo apresentou um crescimento estável e sólido até ao início da recente crise financeira, com uma média de crescimento na ordem dos 4,5% no período de 1995-2004 e de 5,6% 1 entre 2005 e 2007 . Em 2008 e 2009 verificou-se uma contração da economia luxemburguesa, resultado do impacto da crise economica mundial (-0,9% em 2008 e de -4,1% em 2009). Principais Indicadores Macroeconómicos Unidade População PIB a preços de mercado Milhares a 2010 a 2014 c 43,0 45,1 46,9 48,8 52,4 55,2 57,7 59,6 61,8 b 113.365 115.668 52,4 3 105.918 10 USD c 40,1 37,7 PIB per Capita 2013 534 9 10 USD b 2012 526 9 104.390 b a 518 502 10 EUR 2011 b 495 PIB a preços de mercado Crescimento real do PIB 2009 b 108.227 b 111.175 -4,1 Formação bruta de capital fixo Var. % 14,5 0,0 14,0 8,2 3,0 2,0 Saldo do setor público % PIB -0,7 -1,7 -0,9 b -1,0 -1,3 -1,3 Taxa de desemprego % 5,1 4,6 4,8 4,8 4,9 4,7 Taxa de inflação (média) % 0,0 2,8 3,7 2,9 2,2 2,4 10 USD 3,0 3,6 4,0 4,3 4,7 5,1 1EUR=xUSD 1,39 1,33 1,39 1,29 1,33 1,31 Taxa de câmbio – média 9 1,7 b % Balança corrente 2,9 510 0,2 0,3 1,2 th Fonte: The Economist Intelligence Unit (EIU) – Country Report on April 15 2013; International Monetary Fund (FMI) Notas: (a) Valores efetivos; (b) Estimativas; (c) Previsões O Grão-Ducado sentiu profundamente a crise global financeira, a contração do comércio internacional e os demais efeitos provenientes das recessões da maioria das economias desenvolvidas e nomeadamente as europeias, cujo resultado foi uma redução das suas exportações (-17%) e das importações (-21%) entre 2008 e 2009. Após o início desta crise, o governo Luxemburgo tomou uma série de medidas de estímulo à economia e de apoio ao sistema bancário que levaram a um aumento da dívida pública, mas convém não esquecer que o Luxemburgo foi um dos seis fundadores da U.E., que possuindo jazidas de ferro ao longo da fronteira Sul, conseguiu uma forte expansão industrial durante a década de 70, fazendo com que a produção de aço representasse mais de um quarto do PIB luxemburguês. A fabricação de componentes de automóveis de alta tecnologia ganhou mais recentemente importância e relevo no setor industrial, mas são os serviços que dominam a economia, 1 International Monetary Fund - World Economic Outlook- April 2013 4 aicep Portugal Global Luxemburgo – Ficha de Mercado (abril 2013) 2 com uma contribuição para o PIB próxima de 79% e que empregou 81% da população ativa em 2012. O setor financeiro, em particular, ganhou uma grande relevância a partir dos anos 60 e, principalmente, nas 3 últimas duas décadas, desempenhando um papel muito importante e representando mais de um quinto do valor acrescentado da economia luxemburguesa em 2011. A indústria (incluindo a construção) representou 12% do PIB e ocupou 17% da população, no mesmo ano. Salienta-se ainda que, em 2012, as exportações de serviços representaram mais de três quartos do total das exportações de bens e serviços e que ainda hoje os serviços financeiros correspondem a mais de metade destas exportações, segundo o estudo publicado pelo Institut national de la statistique et dês études économiques (STATEC) - “les mutations structurelles dês exportations de biens et de services”(agosto de 2012). Não obstante as recentes perturbações económicas ou financeiras da zona euro, este país continua a desfrutar de um nível de vida extraordinariamente elevado, assinalando o maior PIB per capita da UE27 em 2011. Atualmente, o Luxemburgo conta com uma população residente estimada próxima das 523 mil pessoas, que representa cerca de 0,1% da população da União Europeia, sendo, aproximadamente, 4 45% residentes estrangeiros. Da população residente estrangeira 16% tem origem portuguesa. De acordo com os dados publicados pelo The Economist Intelligence Unit (EIU) e pelo FMI, as perspetivas para a economia luxemburguesa, para os próximos anos, são as seguintes: • Crescimento real da economia será quase nulo em 2013 (+0,3%) e de 1,2% em 2014. • A balança corrente deverá apresentar-se positiva e com um saldo crescente entre 2012 e 2014. • O investimento (FBCF) deverá registar uma variação positiva em 2013 e 2014 (+3% e 2%, respetivamente, ficando aquém das taxas de crescimento assinaladas nos dois anos anteriores (+8,2% e 14,0%, em 2012 e 2011, respetivamente). • A inflação média deverá situar-se nos 2,2% em 2013 e nos 2,4% em 2014, abaixo da verificada entre 2010 e 2012. • A taxa de desemprego vai manter-se proxima dos 5% (4,7% em 2014), um desempenho esperado, que é melhor do que a média prevista para os países da zona euro e da UE27 (11% em 2014). • Crescimento do PIB per capita (+4% entre 2012 e 2014) e da população em 2014 (+3% face a 2012). • A produção industrial deverá voltar a crescer em 2014 (+1,6%), após uma ligeira quebra prevista para o ano de 2013 (-0,6%) e do crescimento estimado em 2011 e 2012 (+7,1% e +9,0%). • É esperado uma maior diminuição das vantagens existentes para a maioria das empresas estrangeiras presentes no mercado, nomeadamente as do âmbito fiscal e as inerantes às operações bancarias, uma consequência das negociações que têm vindo a acontecer no ambito da União Europeia e da OCDE. 2 STATEC - Institut national de la statistique et des études économiques – Comptes annuels e CIA – World Factbook. O Luxemburgo chegou a ocupar o terceiro lugar, a seguir aos EUA e à França, no ranking dos países do mundo na gestão de fundos de investimento, de acordo com a publicação “Le secteur bancaire au Luxembourg” de 15 de abril de 2013 da autoria do STATEC. 4 STATEC – STATNEWS - nº 16-2013 – La progression de la population de Grand-Duché. 3 5 aicep Portugal Global Luxemburgo – Ficha de Mercado (abril 2013) 2.2. Comércio Internacional A balança comercial do Luxemburgo é deficitária, sendo que a sua posição não é relevante a nível mundial, nem como importador nem como exportador de bens, conforme demonstram os dados mais recentes publicados pela Organização Mundial de Comércio. As exportações e as importações luxemburguesas representaram apenas, respetivamente, 0,1% e 0,2%, dos respetivos fluxos do comércio mundial em 2012. Evolução da Balança Comercial 6 (10 USD) 2008 2009 2010 2011 2012 Exportação fob 25.694 21.339 19.748 21.866 19.324 Importação cif 32.157 25.330 25.092 29.318 27.413 Saldo -6.463 -3.991 -5.344 -7.452 -8.089 79,9 84,2 78,7 74,6 70,5 Como exportador 66ª 63ª 69ª 70ª 73ª Como importador 62ª 61ª 64ª 66ª 67ª Coeficiente de cobertura (%) Posição no ranking mundial Fonte: World Trade Organization (WTO) Nos últimos cinco anos, o comportamento das exportações foi quase idêntico ao das importações, registando uma quebra acentuada em 2009 (-16,9% e -21,2%, respetivamente), um crescimento em 2011 (+10,7% em relação às exportações e +16,8% nas importações), voltando ambos os fluxos a decrescerem em 2012 (-11,6% e -6,5%, respetivamente). 5 De acordo com os dados publicados recentemente pela STATEC , referentes às relações exteriores no ano de 2012, verifica-se que balança de serviços apresenta um superavit, assim como a balança de bens e serviços, representando os serviços cerca 82% do total das exportações de bens e serviços. A taxa de cobertura das importações em relação aos serviços foi de 145,8% em 2012, enquanto que a referente aos bens foi de apenas 71%. As exportações de serviços cresceram nestes últimos três anos 6 (+16,5% em 2010, +8,7% em 2011 e +2,9% em 2012), após a queda ocorrida em 2009 (-10,1%) . Em 2012, os principais clientes do Luxemburgo, no que diz respeito a bens, foram a Alemanha, a França e a Bélgica que conjuntamente foram responsáveis pela compra de mais de 55% do total dos produtos vendidos por este mercado (56% em 2011 e 58% em 2010). Convém realçar que estes três principais clientes, adiante mencionados no quadro, são todos eles geograficamente muito próximos do Luxemburgo. 5 6 STATEC - Institut national de la statistique et des études économiques – Comptes annuels Comptes annuels – Principaux agrégats (prix courants) - STATEC 6 aicep Portugal Global Luxemburgo – Ficha de Mercado (abril 2013) A quase totalidade das exportações do Luxemburgo tiveram como destino os países da UE27, (80% do total exportado em 2012), 8% foram vendidas em países da Ásia e cerca de 5% no continente americano. Entre 2010 e 2012 os três principais clientes do Luxemburgo mantiveram as mesmas posições com algumas oscilações nas suas respetivas quotas, realçando-se, no entanto, que as expedições para todos estes mercados registaram quebras em 2012 (-10,0% em relação à Alemanha, -15,9% para a França e 5,6% no que diz respeito à Bélgica), após dois anos consecutivos de crescimento, cujas taxas variaram 7 entre os 8% e os 22% . Principais Clientes 2010 2011 2012 Mercado Quota % Posição Quota % Posição Quota % Posição Alemanha 28,6 1ª 28,0 1ª 27,8 1ª França 16,4 2ª 15,9 2ª 14,7 2ª Bélgica 12,8 3ª 12,3 3ª 12,9 3ª Países Baixos 5,1 5ª 5,1 5ª 5,2 4ª Reino Unido 4,3 4ª 3,9 4ª 4,1 5ª Portugal 0,3 27ª 0,3 24ª 0,3 25ª Fonte: STATEC - Commerce extérieur du Luxembourg par pays partenaires (en millions EUR) 1993 - 2012 Em 2012, o Reino Unido passou a 5º cliente do Luxemburgo trocando de posição com os Países Baixos, enquanto que a Itália e os EUA, os 6º e 7º maiores clientes de bens do Luxemburgo, continuam a perder alguma importância relativa no TOP 10 do ranking de clientes, tendo sido registado uma forte diminuição das vendas para estes mercados, uma média na ordem dos 21% face a 2011, em relação a cada um dos mesmos. Portugal foi 25º cliente, sendo que as compras efetuadas em 2012 representaram apenas 0,3% do total das exportações luxemburguesas. Em termos de evolução, e de acordo com as estatísticas publicadas pelo STATEC, as expedições de bens para Portugal decresceram em 2012 (-10,3% face a 2011), após dois anos de forte crescimento (+32,3% em 2011 e +89,9% em 2010). 8 Em relação aos serviços, a maioria das exportações em 2010 tiveram como destino os países da União Europeia, sendo de destacar, fora deste espaço, a Suíça e os EUA. Os serviços financeiros representaram 61% do total das exportações de serviços luxemburgueses em 2011, sendo que estas corresponderam a mais de um quarto do total exportado de serviços financeiros pela UE no mesmo ano. 7 8 STATEC – Commerce Extérieur du Luxembourg para Pays Partenaires (en millions EUR) 1993-2012 Fonte: WTO – World Trade Organization - Os dados referentes aos principais destinos apenas disponiveis para o ano de 2010 e a restante informação data de 2011. 7 aicep Portugal Global Luxemburgo – Ficha de Mercado (abril 2013) Nos últimos anos, os principais fornecedores do Luxemburgo foram a Bélgica, a Alemanha e a França, que representaram cerca de 73% do total das importações (75% em 2011 e 77% em 2010). Principais Fornecedores 2010 2011 2012 Mercado Quota % Posição Quota % Posição Quota % Posição Bélgica 34,9 1ª 34,7 1ª 34,9 1ª Alemanha 28,8 2ª 28,7 2ª 26,6 2ª França 13,3 3ª 11,7 3ª 11,8 3ª EUA 2,1 5ª 4,5 5ª 7,7 4ª Países Baixos 6,8 4ª 6,3 4ª 5,8 5ª Portugal 0,2 19ª 0,2 20ª 0,2 21ª Fonte: STATEC - Commerce extérieur du Luxembourg par pays partenaires (en millions EUR) 1993 - 2012 Em termos de evolução, destaca-se o forte crescimento verificado nas compras aos cinco principais fornecedores em 2011 e em 2012, com exceção das provenientes do mercado da França que registou um aumento muito ligeiro (+0,6% em 2012 e +1,7% em 2011) e da Alemanha que assinalou uma quebra em 2012 (-7,5%). Destaca-se o forte crescimento das importações provenientes dos EUA nos últimos três anos (+ 24,7% em 2010, +143,3% em 2011 e +72,2% em 2012). Portugal foi o 21º fornecedor do Luxemburgo em 2012, tendo representado apenas 0,2% do total importado por este país. De acordo com os dados divulgados pelo STATEC, os produtos comprados em Portugal registaram um decréscimo em 2012 (-14,3%), após dois anos consecutivos de crescimento (+12,2% em 2011 e +2,7% em 2010). Os países da UE27 forneceram 88% do total importado pelo Luxemburgo em 2012 (91% em 2011 e 92% em 2010), embora tenha sido registado globalmente um decréscimo das compras neste espaço, na ordem dos 4% em 2012, após ter assinalado taxas de crescimento de cerca de 13% e de 18%, respetivamente, em 2011 e 2010. O continente americano foi o 2º maior espaço geográfico fornecedor, representando 8% do total importado pelo Luxemburgo, seguido da Ásia que abasteceu cerca de 2% em 2012. Os principais produtos transacionados pelo Luxemburgo em 2012, ao nível das saídas, foram os produtos de ferro/aço e as máquinas e aparelhos mecânicos e elétricos, que representaram, aproximadamente, 44% do total. Em relação aos grupos de produtos entrados, o material e o equipamento de transporte (19%), os combustíveis minerais (15%) e as máquinas mecânicas e elétricas (13%), foram os que registaram maiores valores em 2012, representando estes cerca de 47% do total das importações luxemburguesas. 8 aicep Portugal Global Luxemburgo – Ficha de Mercado (abril 2013) Principais Grupo de Produtos Transacionados – 2012 Exportações / Setor % Importações / Setor % Produtos de ferros e aço 27,2 Material e equipamento de transporte 18,6 Máquinas e equipamentos 16,6 Combustíveis minerais 15,3 13,2 Produtos químicos 8,0 Máquinas e equipamentos Material e equipamento de transporte 7,9 Produtos químicos 9,4 Fonte: STATEC - Commerce extérieur du Luxembourg par catégorie de marchandises (en millions EUR) 1993 – 2012 Os grupos de produtos vendidos no exterior pelo Luxemburgo, acima mencionados no quadro, registaram uma quebra em 2012, sendo de destacar as reduções verificadas na expedição de material e o equipamento de transporte (-21,0% face a 2011) e de produtos de ferro e aço (-14,6%). Ao nível dos produtos comprados no exterior, o comportamento foi inverso, tendo a sua maioria assinalado um aumento, dos quais se destaca as partes e material de transporte (+14,7% face a 2011) e os combustíveis (+9,1), com exceção dos produtos químicos que registaram uma diminuição (-2,8%). 2.3. Investimento Em termos de receção de investimento estrangeiro, o ano de 2012 registou globalmente um valor próximo dos 23 mil milhões de dólares (+57% face a 2011), mas aquém do fluxo atingido em 2010. Convém salientar que os dados preliminares estimados pela UNTACD referentes a 2012, por um lado, colocam o Luxemburgo como o 4º maior recetor de investimento estrangeiro da União Europeia (8% do total dos fluxos entrados neste espaço geográfico) e, por outro, assinalaram que o crescimento verificado em 2012, face ao ano anterior, contraria a tendência verificada para o conjunto dos países da UE, que globalmente diminuíram cerca de 36%, assim como em relação às economias desenvolvidas (-32%). Investimento Direto 9 (10 USD) 2008 Investimento estrangeiro no Luxemburgo Investimento do Luxemburgo no estrangeiro 2009 11,2 11,8 22,4 7,6 2010 27,7 2011 14,4 2012 22,6 15,1 11,7 n.d Posição no ranking mundial Fonte: Como recetor 27ª 18ª 26ª 19ª n.d Como emissor 28ª 26ª 21ª 28ª n.d UNCTAD –United Nations Conference on Trade and Development – World Investment Report 2012 and Global Investment Conference on Trade and Development nº 11 – Januray 2013. Nota: n.d – Não disponivel O investimento estrangeiro realizado no Luxemburgo tem vindo a registar fortes oscilações desde 2007, ano que registou um valor negativo, após ter alcançado um valor recorde em 2006 de aproximadamente de 31,8 mil milhões de USD. 9 aicep Portugal Global Luxemburgo – Ficha de Mercado (abril 2013) 9 De acordo com os dados publicados pelo STATEC , existiam 742 empresas estrangeiras em 2010 no Luxemburgo, sendo que 56% das mesmas têm atividades relacionadas com bancos e/ou com seguros e 16% com a indústria. Em 2010, o fluxo de investimento estrangeiro teve como origem, os países da União Europeia (83%) e fora deste espaço geográfico, destacam-se os EUA (11% do total) e a Suíça (3%). Em relação ao investimento luxemburguês no estrangeiro, verifica-se uma evolução também oscilante. Depois de ter registado um valor recorde em 2007 (73,4 mil milhões de USD), que representou 3,3% do investimento mundial no mesmo ano, entre 2008 e 2011 os valores de investimento realizado foram muito inferiores, situando-se o país em 2011 como 28º investidor no ranking mundial (0,7% do total do 10 investimento mundial). O destino do investimento luxemburguês no estrangeiro , foi, na sua maioria, dirigido para o conjunto dos países da UE (68% do total em 2010), com destaque para a Bélgica (38% do total) e a Alemanha (9%) e, fora deste conjunto de países, salienta-se os EUA (8% do total), o Brasil (3%) e a Suíça (1%). 2.4. Turismo O turismo no Luxemburgo centra-se, fundamentalmente, no setor do turismo de negócios. Para outros setores e/ou motivações, este mercado apresenta uma menor atratividade face a outros destinos europeus. 11 O “Travel & Tourism Competitiveness Report 2013” , coloca o Luxemburgo no 23º lugar (16º ao nível da Europa), num ranking de 140 países, tendo descido 8 posições em relação a 2011, ficando depois de países como, a Irlanda (19º), Portugal (20º), a Dinamarca (21º) e a Noruega (27º). Em 2011, segundo as estimativas da Organização Mundial de Turismo, visitaram o Luxemburgo 543 mil turistas, um número bastante inferior ao verificado no ano anterior (-31,5%), assim como face ao ano de 2007 (-59,2%). O número de turistas entrados no Luxemburgo tem vindo a decrescer desde 2007, apresentando um decréscimo médio anual foi próximo do 5% entre 2007 e 2010 e de -31,5% em 2012. Indicadores do Turismo 2007 3 2008 2009 2010 2011* Turistas (10 ) 917 879 849 793 543 9 4,0 4,5 4,2 4,1 4,8 Receitas (10 USD) Fonte: OMT – Organização Mundial de Turismo - World Tourism Barometer January 2013; World Tourism Barometer November 2012 and World Tourism Barometer June 2010. Nota: (*) valores estimados. Os valores mais atuais disponíveis datam de 2011. Em termos das receitas geradas pelo turismo, verifica-se uma evolução/tendência diferente, tendo sido registado um crescimento das mesmas em 2011 (+17,1% face a 2010), após dois anos consecutivos de decréscimo (- 2,4% em 2010 e -6,7% em 2009). 9 Stocks d'investissements directs de l'étranger au Luxembourg et nombre d'entreprises résidentes investies – 1995- 2010. Stocks d'investissements directs de l'étranger au Luxembourg par branches d'activité économiques investies et principaux pays de provenance (%). 10 11 Stocks d'investissements directs du Luxembourg à l'étranger par principaux pays de destination (EUR) Travel &Tourism Competitiveness Índex 2013 and 2011 comparison – World Economic Forum 10 aicep Portugal Global Luxemburgo – Ficha de Mercado (abril 2013) 3. Relações Económicas com Portugal 3.1. Comércio Os fluxos comerciais com o Luxemburgo têm tido pouco significado no comércio internacional português. Este mercado representou 0,1% quer em relação ao total das exportações, quer do total das importações, efetuadas por Portugal nos mercados externos em 2012, sendo ainda de realçar que o contributo deste mercado para o crescimento das exportações portuguesas foi negativo (-0,1%). Importância do Luxemburgo nos Fluxos Comerciais com Portugal 2008 2009 2010 2011 2012 Posição 42ª 42ª 47ª 50ª 50ª % 0,2 0,2 0,2 0,1 0,1 Posição 39ª 44ª 58ª 57ª 52ª % 0,3 0,2 0,1 0,1 0,1 Como cliente Como fornecedor Fonte: Instituto Nacional de Estatística (INE) Como cliente de Portugal, no período de 2008-2012, o Luxemburgo situou-se entre a posição 42ª (em 2008) e a 50ª (2011) do ranking de clientes, descendo 8 lugares nos últimos cinco anos. Como fornecedor de Portugal, o Luxemburgo situou-se entre 39º (em 2008) e 58º (em 2010), tendo descido 13 posições entre 2008 e 2012. O saldo da balança comercial com o Luxemburgo foi negativo em 2012, verificando-se uma deterioração do mesmo face aos resultados obtidos nos dois anos anteriores. Evolução da Balança Comercial Bilateral 3 (10 EUR) Expedições Chegadas Saldo Coef. Cobertura 2008 2009 2010 2011 2012 a Var % 62.702 53.291 56.707 61.038 59.043 -1,1 179.877 97.282 54.204 62.106 79.616 -11,9 -117.175 -43.991 2.503 -1.068 -20.573 -- 34,9% 54,8% 104,6% 98,3% 74,2% -- Fonte: INE – Instituto Nacional de Estatística Notas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2008-2012 2008 a 2010: Resultados definitivos; 2011: Resultados provisórios; 2012: Resultados preliminares No período entre 2008 e 2012 o crescimento médio das expedições de bens foi negativo (-1,1%), mas a diminuição média anual das compras efetuadas no mercado luxemburguês foi superior (-11,9%). Em 2007, as expedições portuguesas para o Luxemburgo atingiram o valor mais elevado dos últimos dez anos (104 milhões de euros), decrescendo nos anos seguintes, mas convém referir que o valor médio 11 aicep Portugal Global Luxemburgo – Ficha de Mercado (abril 2013) anual exportado entre 2001 e 2005 fora de 36,5 milhões de euros, inferior aos valores médios registados nos últimos cinco anos, onde a média foi de 58,6 milhões de euros. Em relação aos produtos entrados em Portugal provenientes do Luxemburgo, convém salientar que, por um lado, foi registado uma quebra acentuada entre 2008 e 2010 (-45,9% em 2009 e -44,3% em 2010) e, por outro, que, nos últimos dois anos, a taxa média anual de crescimento foi positiva (+21,4%). Os dados já disponíveis, referentes aos dois primeiros meses de 2013, indicam que as expedições para o mercado do Luxemburgo cresceram 8,6%, quando comparadas com o período homólogo de 2012, enquanto as compras diminuíram (-5,3%) no mesmo período. Os principais grupos de produtos portugueses mais expedidos para o Luxemburgo, em 2012, foram: • O dos produtos alimentares, que representaram aproximadamente 35% do total e que registaram um aumento de cerca de 3% em 2012, donde se destacam os seguintes produtos: vinhos de uvas frescas (15,2% do total expedido), a cerveja de malte (5,9%) e os produtos de padaria, pastelaria ou da industria de bolachas e biscoitos (2,0%). Em termos de evolução realça-se o crescimento das expedições do vinho (+ 12,9% face a 2011) e a diminuição dos outros dois produtos (-7,3% em relação às cervejas e -4,5% os produtos de padaria). • O grupo dos produtos agrícolas 12 responsável por 17% do total das expedições portuguesas, sendo que os produtos mais representativos foram o azeite (1,6%), o café (1,5%), e os queijos e requeijão (1,4%). As expedições de café registaram uma quebra em 2012 (-14,0%), enquanto que as vendas de azeite e de queijos cresceram (+51,0% e +15,5%, respetivamente). • Os veículos e outro material de transporte (14% do total), sendo que foram os automóveis de passageiros e outros veículos de transporte de passageiros os produtos mais vendidos neste grupo. As vendas deste produto registaram um decréscimo em 2012 na ordem dos 28,1%. Estes três grupos de produtos representaram cerca de 66% do total expedido por Portugal para o Luxemburgo em 2012 (65% em 2011 e 47% em 2008). 13 Em 2011 , o INE – Instituto Nacional de Estatística, contabilizou 451 empresas que exportaram para o mercado do Luxemburgo, verificando-se um aumento em relação às existentes no ano anterior (+11,9%), quando em 2007 foram registadas 399 exportadoras. A maioria dos produtos exportados para o Luxemburgo, em 2012, continha um grau baixo ou médio baixo de intensidade tecnológica 14 (70% do total exportado), contra 30% de produtos vendidos com alto ou médio alto grau, que em 2007 chegaram a representar aproximadamente 59%. 12 13 14 Este grupo inclui os seguintes capítulos da Nonenclatura Combinada – NC 01 a 15. Dados disponíveis pelo INE à data da elaboração deste documento. Os dados mais recentes datam de 2011, convém referenciar que os produtos industriais transformados expedidos para o Luxemburgo em 2011 e em 2007 representaram 93,4% e 99,4%, respetivamente, do total nesses mesmos anos. Fonte: GEE - Gabinete de Estratégia e Estudos (Ministério da Economia e do Emprego). 12 aicep Portugal Global Luxemburgo – Ficha de Mercado (abril 2013) Expedições por Grupos de Produto 3 (10 EUR) 2008 % 2011 % 2012 % Var % 11/12 Produtos alimentares 17.350 27,7 19.822 34,6 20.446 34,6 3,1 Agrícolas 11.144 17,8 9.972 16,3 9.990 16,9 0,2 866 1,4 11.515 14,3 8.425 14,3 -26,8 14.111 22,5 4.883 5,8 3.437 5,8 -29,6 Minerais e minérios 4.155 6,6 4.207 5,7 3.367 5,7 -20,0 Vestuário 4.865 7,8 2.678 4,0 2.356 4,0 -12,0 Calçado 1.456 2,3 2.166 3,2 1.905 3,2 -12,0 Metais comuns 1.446 2,3 1.669 3,2 1.876 3,2 12,4 Pastas celulósicas e papel 998 1,6 1.185 2,4 1.433 2,4 20,9 Madeira e cortiça 759 1,2 684 1,6 966 1,6 41,2 Peles e couros 284 0,5 72 1,0 563 1,0 682,2 Químicos 500 0,8 267 0,7 422 0,7 58,2 Plásticos e borracha 318 0,5 249 0,6 362 0,6 45,8 Matérias têxteis 260 0,4 226 0,3 180 0,3 -20,4 2.221 3,5 89 0,2 138 0,2 55,1 0 0,0 0 0,0 0 0,0 § 1.397 2,2 1.349 5,4 3.176 5,4 135,4 571 0,9 5 0,0 0 0,0 -100,0 62.702 100,0 61.038 100,0 59.043 100,0 -3,3 Veículos e outro material de transporte Máquinas e aparelhos Instrumentos de ótica e precisão Combustíveis minerais Outros produtos Valores confidenciais Total Fonte: INE – Instituto Nacional de Estatística Notas: Inclui estimativas para as não respostas e empresas situadas abaixo dos limiares de assimilação (isentas de declaração) § - Coeficiente de variação >= 1000% ou valor zero no período homólogo Em relação aos grupos de produtos comprados ao Luxemburgo, em 2012, realça-se o seguinte: • O grupo das máquinas e aparelhos (os produtos mais comprados por Portugal ao Luxemburgo em 2012) representou 31% do total e registou um aumento próximo dos 30% em relação ao ano anterior, sendo que foram os aparelhos elétricos para telefonia ou telegrafia, por fios etc; videofones, os mais comprados dentro deste grupo. Convém realçar que as compras deste grupo em 2012, representaram menos de um quarto das que Portugal tinha adquirido em 2008. • Os produtos químicos (21% do total) registaram um forte crescimento face a 2011 (+52,9%). Os medicamentos (16% do total) são os mais representativos deste grupo, seguindo-se os produtos de beleza ou de maquilhagem (4,5%). • Os grupos de metais comuns (14% do total) e o dos plásticos e borracha (13%). O primeiro regista uma tendência decrescente desde 2008 (quase menos de metade), sendo que foram os fios maquina de ferro ou aço não ligado e os produtos laminados de ferro/aço que lideram as compras efetuadas neste grupo em 2012. O segundo grupo registou uma ligeira quebra em relação a 2011, 13 aicep Portugal Global Luxemburgo – Ficha de Mercado (abril 2013) mas as compras mais que duplicaram entre 2008 e 2012, concretizadas nos produtos como a borracha sintética e artificial e os pneumáticos novos de borracha que representaram cerca de 10% do total comprado em 2012. Estes quatro grupos somaram 79% do total comprado por Portugal ao Luxemburgo em 2012 (84% em 2011 e 90% em 2008, sendo que só as máquinas e aparelhos representaram cerca de 65%). Chegadas por Grupos de Produtos 3 (10 EUR) 2008 Máquinas e aparelhos % 2011 % 2012 % Var % 11/12 116.555 64,8 18.842 30,3 24.463 30,7 29,8 Químicos 17.490 9,7 10.898 17,5 16.668 20,9 52,9 Metais comuns 22.493 12,5 11.821 19,0 11.255 14,1 -4,8 Plásticos e borracha 4.713 2,6 10.357 16,7 10.327 13,0 -0,3 Agrícolas 2.734 1,5 185 0,3 1.191 1,5 544,1 Vestuário 2.248 1,2 707 1,1 898 1,1 27,1 Alimentares 687 0,4 124 0,2 697 0,9 460,9 Combustíveis minerais 248 0,1 246 0,4 622 0,8 152,4 2.433 1,4 4.378 7,0 383 0,5 -91,2 635 0,4 639 1,0 359 0,5 -43,8 18 0,0 302 0,5 277 0,3 -8,4 Veículos e outro material de transporte 1.142 0,6 747 1,2 223 0,3 -70,2 Instrumentos de ótica e precisão 4.992 2,8 108 0,2 110 0,1 1,3 Minerais e minérios 884 0,5 66 0,1 51 0,1 -21,9 Calçado 926 0,5 23 0,0 51 0,1 119,9 Peles e couros 983 0,5 16 0,0 25 0,0 51,7 Outros produtos 596 0,3 2.476 4,0 12.015 15,1 385,3 Produtos confidenciais 100 0,1 171 0,3 1 0,0 -99,4 179.877 100,0 62.106 100,0 79.616 100,0 28,2 Matérias têxteis Pastas celulósicas e papel Madeira e cortiça Total Fonte: INE – Instituto Nacional de Estatística 15 Segundo o GEE , cerca de 54% dos produtos industriais chegados do Luxemburgo, em 2011, continham um alto ou médio alto grau de intensidade tecnológica (em 2007 o peso era de 71%), 32% média-baixa (em 2007 registou 21%) e 15% baixo (em 2007 fora de 9%). O INE 16 registou em 2011, 252 empresas em Portugal que realizaram operações de compra de produtos com este mercado, mais 53 do que as registadas no ano anterior. Em 2007 tinham sido contabilizadas 285 empresas. 15 16 Os dados mais recentes datam de 2011, convém referenciar que os produtos industriais transformados chegados do Luxemburgo em 2011 e em 2007 representaram 95,6% e 99,8%, respetivamente, do total nesses mesmos anos. Fonte: GEE - Gabinete de Estratégia e Estudos (Ministério da Economia e do Emprego) Dados disponíveis pelo INE à data de elaboração deste documento. 14 aicep Portugal Global Luxemburgo – Ficha de Mercado (abril 2013) 3.2. Serviços A balança de serviços é tradicionalmente favorável a Portugal, tendo o seu saldo, em 2012, apresentado um superavit na ordem dos 105 milhões de euros (+10,2% face a 2011). 3 Var. % a (10 euros) 2008 2009 2010 2011 2012 Exportações 170.014 152.221 164.711 202.571 221.541 7,5 Importações 75.606 81.386 89.966 107.055 116.324 11,5 Saldo 94.408 70.835 74.745 95.516 105.217 -- Coef. Cob. 224,9% 187,0% 183,1% 189,2% 190,5% -- b 1,0 0,9 0,9 1,1 1,2 -- b 0,7 0,8 0,8 0,9 1,1 -- % Export. Total % Import. Total Fonte: Banco de Portugal Notas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2008-2012 (b) Em percentagem do total das exportações / importações globais portuguesas de serviços As exportações de serviços cresceram em média menos que as importações, no período entre 2008 e 2011, embora seja de realçar que nos últimos dois anos a venda de serviços portugueses no exterior cresceu mais do que as compras efetuadas (+23% em 2011 e +9,4% em 2012, em relação às exportações e +19,0% e +8,7%, respetivamente, em 2011 e 2012, no que diz respeito às importações). A exportação de serviços portugueses para o Luxemburgo em 2012 colocou este mercado como 13º cliente de Portugal, representando apenas cerca de 1% do total exportado no mesmo ano. Esta posição 17 situa este mercado ao lado de outros clientes de Portugal, como a Itália (11ª), a Irlanda (12º), a Venezuela (14º) e a Suécia (15º). Os dados estatísticos já disponibilizados pelo Banco de Portugal, referentes às exportações registadas em janeiro e fevereiro de 2013, aponta para um valor acumulado próximo dos 34,9 milhões de euros (1,3% do total exportado nestes dois meses), sendo que o saldo da balança de serviços continua apresentar um superavit na ordem dos 18,2 milhões de euros. 3.3. Investimento O investimento direto do Luxemburgo em Portugal representou cerca de 13% do total do investimento estrangeiro realizado em 2012 (4ª posição do ranking dos países que investiram em Portugal). 17 O investimento direto português no Luxemburgo colocou, em 2012, este mercado na 5ª posição do ranking de países de destino do IDPE (Investimento Direto Português no Estrangeiro), representando este aproximadamente 3% do total do investimento português realizado no estrangeiro. 17 Posição num conjunto de 55 mercados selecionados pelo Banco de Portugal 15 aicep Portugal Global Luxemburgo – Ficha de Mercado (abril 2013) Importância do Luxemburgo nos Fluxos de Investimento para Portugal 2008 Posição Portugal como recetor (IDE) % % Fonte: Banco de Portugal (BdP) Notas: (a) Com base no ID bruto total de Portugal a b Posição Portugal como emissor (IDPE) 2009 2011 2012 6ª 7ª 6ª 8ª 4ª 5,9 3,1 9,5 3,0 13,4 8ª 9ª 3ª 4ª 5ª 2,7 2,8 14,9 2,8 2,5 a b 2010 (b) Posição enquanto Origem do IDE bruto total e Destino do IDPE bruto total, num conjunto de 55 mercados Em termos dos valores registados, o investimento bruto direto do Luxemburgo em Portugal, no período de 2008-2012, assinalou um crescimento médio anual muito positivo (+118,9%), enquanto que o desinvestimento registou uma taxa média na ordem dos 50% no mesmo período. Investimento Direto do Luxemburgo em Portugal 3 (10 EUR) 2008 Investimento bruto 2.094.388 Desinvestimento Investimento líquido 2009 2010 2011 978.988 3.746.697 1.276.018 5.260.602 1.594.299 491.754 2.214.002 2.008.360 500.089 487.234 1.532.695 Fonte: Banco de Portugal (BdP) Nota: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2008-2012. Var. % 2012 a 118,9 502.685 49,2 -732.342 4.757.917 -- Com exceção do ano de 2011, o investimento líquido foi sempre positivo ao longo do período de 2008 a 2012, atingindo os 4,8 mil milhões de euros em 2012, o valor mais elevado dos últimos dez anos. O fluxo de IDE 18 com origem no Luxemburgo registado em janeiro e fevereiro de 2013, pelo Banco de Portugal, aponta para um valor de investimento líquido na ordem dos 65,6 milhões de euros. O investimento líquido português no Luxemburgo foi negativo em 2012, justificado por um valor de investimento bruto que apenas representou 17% do total do desinvestimento efetivado nesse ano. Investimento Direto de Portugal no Luxemburgo 3 (10 EUR) 2008 2009 2010 2011 2012 a Var. % Investimento bruto 309.998 218.433 1.462.651 554.932 220.362 104,4 Desinvestimento 216.134 290.696 449.120 209.561 1.302.146 139,3 93.864 -72.263 1.013.531 345.371 -1.081.784 -- Investimento líquido Fonte: Banco de Portugal (BdP) Nota: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2008-2012 18 Investimento Direto Estrangeiro (IDE) 16 aicep Portugal Global Luxemburgo – Ficha de Mercado (abril 2013) O montante de investimento líquido direto português no Luxemburgo realizado em 2010, superior a mil 19 milhões de euros, constituiu um valor histórico e o mais alto dos últimos dez anos . 3.4. Turismo Os fluxos financeiros gerados por turistas luxemburgueses em Portugal, entre 2008 e 2012, não tiveram grande relevância na atividade turística em Portugal. De acordo com os dados disponíveis verifica-se que o peso das receitas geradas por turistas oriundos do Luxemburgo, apenas representou, nestes últimos cincos anos, cerca de 1% do total das receitas obtidas por Portugal com a atividade hoteleira. Turismo do Luxemburgo em Portugal 2008 a 3 Receitas (10 EUR) 2009 2010 2011 Var. % 2012 a 66.492 68.245 73.646 83.044 103.069 11,9 % do total 0,9 1,0 1,0 1,0 1,2 -- Posição 18ª 17ª 17ª 16ª 14ª -- b Fontes: BdP – Banco de Portugal Notas: (a) Inclui apenas a hotelaria global (b) Refere-se ao total da receita proveniente de estrangeiros No entanto, convém assinalar que estas receitas evoluíram, entre 2008 e 2012, de uma forma sempre crescente e a uma taxa média anual próxima dos 12%. 4. Relações Internacionais e Regionais O Luxemburgo integra, entre outras, a Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE – http://www.oecd.org), o Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento (BERD – http://www.ebrd.com/pages/homepage.shtml) e a Organização das Nações Unidas (ONU – http://www.un.org) e suas agências especializadas (http://www.un.org/en/aboutun/structure/#Others), de entre as quais se destacam a Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (CNUCED) e o Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD). Este país faz parte da Organização Mundial de Comércio (OMC – http://www.wto.org) desde 1 de janeiro de 1995. A nível regional, o Luxemburgo é membro fundador da União Europeia (UE), faz parte do Conselho da Europa, da União da Europa Ocidental (UEO), do Benelux (Belgique-Nederland-Luxembourg) e da Agência Espacial Europeia (AEE). A União Europeia (http://europa.eu/index_pt.htm) é um espaço de integração económica e política que tem passado por estádios distintos de evolução. O primeiro passo foi dado com a criação da 19 Antes de 2002 os dados estatísticos disponíveis englobam também os investimento na Bélgica. 17 aicep Portugal Global Luxemburgo – Ficha de Mercado (abril 2013) Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA), seguida da assinatura do Tratado de Roma, em 1957, que instituiu a Comunidade Europeia de Energia Atómica (CEEA) e uma área de comércio livre designada por Comunidade Económica Europeia (CEE). A aprovação, em 1987, do Ato Único Europeu formalizou a entrada em vigor, a 1 de janeiro de 1993, de um Mercado Comum Europeu, com a livre circulação de mercadorias, pessoas, serviços e capitais. Por sua vez, o Tratado da União Europeia, ratificado em 1993, na cidade de Maastricht, aprofundou o processo de integração, ultrapassando o estádio económico para atingir o âmbito político. Os principais objetivos são: criação da União Económica e Monetária; adoção de uma Política Externa e de Segurança Comum; cooperação nas áreas da justiça e da administração; e o reforço da democracia e da transparência. Com o Tratado de Nice, assinado em 26 de fevereiro de 2001, procurou-se enfrentar o desafio do alargamento a 12 novos países. Destes, 10 (Chipre, Eslovénia, Eslováquia, Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia, Malta, Polónia e República Checa) aderiram à UE no dia 1 de maio de 2004 e os restantes 2 (Bulgária e Roménia) a 1 de janeiro de 2007. A UE chegou a acordo sobre o Tratado Reformador (Tratado de Lisboa), assinado a 13 de dezembro de 2007, que pretende melhorar a eficiência do processo de tomada de decisão, reforçar a democracia através da atribuição de um papel mais relevante ao Parlamento Europeu e aos parlamentos nacionais e aumentar a coerência a nível da política externa, com vista a dar uma resposta mais eficaz aos desafios atuais. O Tratado de Lisboa entrou em vigor, após a sua ratificação por todos os Estados-membros, a 1 de dezembro de 2009. Atualmente a UE é composta por 27 membros, sendo que 17 adotaram a moeda única europeia (Euro) e integram a União Económica e Monetária (UEM): Alemanha; Áustria; Bélgica; Chipre; Eslovénia; Eslováquia; Espanha; Estónia; Finlândia; França; Grécia; Holanda; Irlanda; Itália; Luxemburgo; Malta; e Portugal. O Conselho da Europa (http://www.coe.int), a mais antiga organização política da Europa, foi criado em 1949 com o objetivo de promover a unidade e a cooperação no espaço europeu, desempenhando um papel relevante em questões relacionadas com a defesa dos direitos do homem e a democracia parlamentar. Atualmente, o Conselho da Europa conta com 47 membros. O seu instrumento mais importante de atuação é a adoção de convenções. Por sua vez, a União da Europa Ocidental (http://www.weu.int/) visa incentivar a cooperação europeia em matéria de segurança e de defesa mútua. Quanto ao Benelux (http://www.benelux.int/fr/home_intro.asp), trata-se de um modelo de cooperação intergovernamental assinado em 1958 pela Bélgica, Luxemburgo e Países Baixos. Embora a área de atuação desta união económica se dissolva na da União Europeia, os três países signatários consideram 18 aicep Portugal Global Luxemburgo – Ficha de Mercado (abril 2013) que existe espaço de diferenciação, nomeadamente no que concerne ao seu contributo para o processo de integração europeia e à coordenação de posições no seio da própria União. Finalmente, a Agência Espacial Europeia (http://www.esa.int/esaCP/index.html) foi criada com o fito de incentivar a cooperação europeia na investigação espacial e tecnológica e de utilizar as inovações para fins meramente pacíficos. 5. Condições Legais de Acesso ao Mercado 5.1. Regime Geral de Importação Como membro da União Europeia, o Luxemburgo faz parte integrante da União Aduaneira, caracterizada, essencialmente, pela livre circulação de mercadorias e pela adoção de uma política comercial comum relativamente a países terceiros. O Mercado Único (http://europa.eu/pol/singl/index_pt.htm), instituído em 1993 entre os Estados-membros da UE, criou um grande espaço económico interno, traduzido na liberdade de circulação de bens, capitais, serviços/estabelecimento e pessoas, tendo sido suprimidas as fronteiras internas físicas, fiscais e técnicas. Deste modo, as mercadorias com origem na UE ou colocados em livre prática no território comunitário, encontram-se isentas de controlos alfandegários, sem prejuízo, porém, de uma fiscalização no que respeita à qualidade e características técnicas. Neste contexto, a rede SOLVIT (http://ec.europa.eu/solvit/site/index_pt.htm) é um mecanismo criado pela União Europeia para resolver problemas entre os Estados-membros resultantes da aplicação incorreta das regras do Mercado Único, evitando-se, assim, o recurso aos tribunais. A União Aduaneira implica, para além da existência de um território aduaneiro único, a adoção da mesma legislação neste domínio – Código Aduaneiro Comunitário – bem como a aplicação de iguais imposições alfandegárias aos produtos provenientes de países exteriores – Pauta Exterior Comum (PEC). A regra geral de livre comércio com países exteriores à UE não impede que as instâncias comunitárias determinem restrições às importações (como seja a existência de contingentes anuais), quando negociadas no seio da Organização Mundial de Comércio. A PEC baseia-se no Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias (SH), sendo os direitos aduaneiros na sua maioria ad valorem, calculados sobre o valor CIF das mercadorias. Para além dos referidos encargos, as importações estão também sujeitas ao pagamento do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) – http://www.aed.public.lu/tva/taux/index.html. A taxa normal aplicada 19 aicep Portugal Global Luxemburgo – Ficha de Mercado (abril 2013) sobre a generalidade dos bens e serviços é de 15%. No entanto, em determinadas situações e tipo de produtos (principalmente bens essenciais e alguns serviços), podem ser aplicadas as taxas: intermédia (12%); reduzida (6%); e super reduzida (3%). Os serviços financeiros, de seguro e resseguro estão normalmente isentos do imposto. Sobre determinados bens, como sejam, o álcool, as bebidas alcoólicas, o tabaco, e os produtos petrolíferos incidem, ainda Impostos Especiais de Consumo. Os interessados podem consultar informação pormenorizada sobre os impostos e taxas no Portal da União Europeia, na página – Taxation & Customs Union – http://ec.europa.eu/taxation_customs/taxation/gen_info/index_en.htm; de referir que a publicação – VAT Rates Applied in the Member States of the European Union – foi objeto de uma última atualização a 14 de janeiro de 2013 (http://ec.europa.eu/taxation_customs/resources/documents/taxation/vat/how_vat_works/rates/vat_rates_ en.pdf). 5.2. Regime de Investimento Estrangeiro O Tratado da União Europeia consagra, entre outros princípios, a livre circulação de capitais, da qual resulta um quadro geral do investimento estrangeiro comum em todo o espaço comunitário, nos termos dos limites decorrentes do princípio da subsidiariedade, isto é, sem prejuízo de instrumentos legislativos criados pelos Estados-membros. Nesta linha, o promotor externo encontra no Luxemburgo um regime jurídico adaptado ao ordenamento comunitário: princípio da igualdade de tratamento face ao investidor nacional; direito de transferência para o exterior do produto da sua liquidação e dos rendimentos legalmente obtidos após cumprimento das respetivas obrigações fiscais; igualdade de acesso aos programas de incentivos disponibilizados às empresas. Não obstante a liberdade de estabelecimento na UE, importa referir que existe no Luxemburgo (como é regra nos restantes países comunitários) um conjunto de condições especiais de autorização e controlo para o exercício de uma série de atividades comerciais e industriais, assim como de profissões liberais (http://www.guichet.public.lu/entreprises/en/creation-developpement/autorisationetablissement/autorisation-honorabilite/autorisation-etablissement/index.html). A criação de uma empresa deverá seguir as formalidades previstas para cada tipo de sociedade estabelecida na lei (http://www.guichet.public.lu/entreprises/en/creation-developpement/forme- juridique/index.html) e culmina no registo da mesma junto do Trade and Companies Register (http://www.guichet.public.lu/entreprises/en/creation-developpement/constitution/index.html). 20 aicep Portugal Global Luxemburgo – Ficha de Mercado (abril 2013) A Agência Luxembourg for Business (http://www.investinluxembourg.lu/), criada em 2008, com participação dos setores público e privado, é a entidade competente para assistir o investidor na implementação dos projetos, bem como para estabelecer os contactos necessários junto das entidades locais. Trata-se, na prática, de um one stop shop (ou network agency) para realizar as ligações com as entidades públicas envolvidas nos diversos procedimentos de criação de empresas. No que respeita aos incentivos o Estado poderá conceder ajudas a favor de operações de investimento, de reestruturação ou de I&D, entre outras, que tenham por objetivo promover a criação, o desenvolvimento, a reestruturação, a conversão ou a reorientação de empresas industriais e de prestação de serviços. Estas operações deverão, contudo, estar de acordo com as rigorosas exigências locais em matéria de ordenamento do território e de proteção ambiental. As empresas também podem recorrer a instrumentos de crédito que disponibilizam condições vantajosas, por exemplo, na concessão de empréstimos, aquisição de equipamentos, criação de empresas e promoção da inovação (ex.: SNCI – Société Nationale de Crédit et d’Investissement: http://www.snci.lu/). No Portail Entreprises os interessados podem aceder a informações mais pormenorizadas sobre os diversos apoios disponíveis: – Financiamento (http://www.guichet.public.lu/entreprises/fr/financement-aides/financement/index.html). – Ajudas ao Emprego, Formação Profissional e Contratação (http://www.guichet.public.lu/entreprises/fr/financement-aides/aides-emploi-recrutementformation/index.html). – Apoio ao Comércio e Artesanato (ex.: criação e desenvolvimento de empresas, infraestruturas turísticas, proteção do meio ambiente – http://www.guichet.public.lu/entreprises/fr/financement- aides/aides-artisanat-commerce/index.html). – Incentivos à Indústria e Prestação de Serviços (ex.: projetos de investimento com impacto no desenvolvimento económico do país e de determinadas regiões / cantões – (http://www.guichet.public.lu/entreprises/fr/financement-aides/aide-pme-industrielle-prestationservices/index.html). – Apoios no Domínio da Proteção Ambiental (http://www.guichet.public.lu/entreprises/fr/financement-aides/aides-environnement/index.html) – Ajudas à Investigação e ao Desenvolvimento (http://www.guichet.public.lu/entreprises/fr/financement-aides/aides-recherchedeveloppement/index.html). 21 aicep Portugal Global Luxemburgo – Ficha de Mercado (abril 2013) De referir, ainda, que o Luxemburgo é uma das principais praças financeiras europeias, onde as sociedades holding usufruem de um regime fiscal bastante favorável (isenção de impostos), sendo considerados, fundamentalmente, dois tipos de sociedades desta natureza: as denominadas 1929 Holdings Companies, ao abrigo da Lei de 31 de julho de 1929 (revogada posteriormente); e as SOPARFI (Sociétés de Participations Financières). As primeiras estão excluídas dos vários Acordos assinados pelo Luxemburgo com países terceiros, tendo em vista a eliminação da dupla tributação, uma vez que estão isenta de impostos no Grão-ducado. As segundas diferenciam-se das 1929 Holdings Companies porque, além de lhes ser permitido o mesmo tipo de atividade, podem também operar ao nível industrial e comercial, ou seja, podem dedicar-se a uma atividade sujeita a tributação (as 1929 Holding Companies dedicam-se especificamente à gestão de participações sociais, excluindo-se as atividades industriais, comerciais ou de serviços). Importa referir que estas últimas (1929 Holding Companies) têm um interesse relativo hoje em dia; de facto, o regime tributário de isenção só é aplicável às empresas existentes a 19 de julho de 2006; cumprido o período transitório, previsto na lei, após 31 de dezembro de 2010 não é mais permitido a nenhuma empresa holding beneficiar deste regime. Os promotores podem aceder ao respetivo quadro legal, através da consulta da publicação – Sociétés et Associations (Jurisprudence), textos atualizados a 1 de janeiro de 2013 – http://www.legilux.public.lu/leg/textescoordonnes/recueils/recueil_societes/SOC_ASSOC.pdf. Ainda no contexto dos incentivos disponíveis os interessados podem aceder a informação atual nos Sites: FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional) – http://www.feder.public.lu/; FSE (Fundo Social Europeu) – http://www.fse.public.lu/; entre outros. Finalmente, referir que o Luxemburgo assinou com Portugal uma Convenção para Evitar as Duplas Tributações e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento e o Património, a qual entrou em vigor a 1 de janeiro de 2002 e que foi objeto de alteração em 2012. 5.3. Quadro Legal Regime de Importação • Regulamento (CEE) n.º 2454/93, JOCE n.º L253, de 11 de outubro (com alterações posteriores) – Fixa determinadas disposições de aplicação do Regulamento (CEE) n.º 2913/92, que estabelece o Código Aduaneiro Comunitário (http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=CONSLEG:1993R2454:20110101:PT:PDF). • Regulamento (CEE) n.º 2913/92, JOCE n.º L302, de 19 de outubro (com alterações posteriores) – Estabelece o Código Aduaneiro Comunitário 20 (http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=CONSLEG:1992R2913:20070101:PT:PDF). 20 O Código Aduaneiro Modernizado – Regulamento (CE) n.º 450/2008, JOUE n.º L145, de 4 de junho – substituirá o Código Aduaneiro Comunitário de 1992, quando as disposições de execução necessárias forem adotadas e aplicadas, o mais tardar em 24 de junho de 2013. 22 aicep Portugal Global Luxemburgo – Ficha de Mercado (abril 2013) Regime de Investimento Estrangeiro • Loi Concernant la Taxe sur la Valeur Ajoutée – Estabelece o regime legal do Imposto sobre o Valor Acrescentado (http://www.aed.public.lu/tva/loi/index.html). • Code du Travail – Estabelece o quadro legal das relações individuais e coletivas de trabalho, das condições laborais, e da proteção, segurança e saúde dos trabalhadores (http://www.legilux.public.lu/leg/textescoordonnes/codes/code_travail/Code_du_Travail.pdf). • Société et Associations (Jurisprudence) – Relativa às sociedades comerciais, de estatuto geral e de estatuto especial (empresas holding), assim como às associações (http://www.legilux.public.lu/leg/textescoordonnes/recueils/recueil_societes/SOC_ASSOC.pdf). Os textos legais podem ser consultar na página da internet da Legilux – Portail Juridique du Gouvernement de Luxembourg (http://www.legilux.public.lu/). Acordos Relevantes • Resolução da Assembleia da República n.º 45/2012, de 12 de abril – Aprova o Protocolo e o Protocolo Adicional que alteram a Convenção para Evitar as Duplas Tributações e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento e o Património entre Portugal e o Luxemburgo (http://dre.pt/pdf1s/2012/04/07300/0184401847.pdf). • Resolução da Assembleia da República n.º 56/2000, de 30 de junho – Aprova para ratificação a Convenção para Evitar as Duplas Tributações e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento e o Património entre Portugal e o Luxemburgo (http://dre.pt/pdf1s/2000/06/149A00/28142832.pdf). Para mais informação sobre mercados internacionais, consulte o Site da aicep Portugal Global – http://www.portugalglobal.pt/PT/Internacionalizar/Paraonde/SobreMercadosExternos/Paginas/SobreMercadosExternos.aspx ou a “Livraria Digital” – http://www.portugalglobal.pt/PT/Biblioteca/Paginas/Homepage.aspx. 6. Informações Úteis Formalidades na Entrada Para os cidadãos da União Europeia, apenas é necessário o documento nacional de identificação (Bilhete de Identidade) ou o passaporte válido. Hora Local Corresponde ao UTC mais uma hora no inverno e mais duas no verão. A diferença entre a hora de Portugal e a do Luxemburgo é de mais uma hora no Luxemburgo, quer de inverno, quer de verão. 23 aicep Portugal Global Luxemburgo – Ficha de Mercado (abril 2013) Horários de Funcionamento Serviços Públicos: Das 08h00 às 17h00 (de segunda-feira a sexta-feira) Encerram das 12h00 às 14h30 para almoço. Bancos: Das 09h00 às 16h30 (de segunda-feira a sexta-feira) Encerram das 13h00 às 14h30 para almoço. Comércio: Das 09h00 às 18h00 (de terça-feira a sábado). Encerra das 12h00 às 14h00 para almoço. O comércio também abre à segunda-feira à tarde. As grandes superfícies funcionam até às 20h00 de segunda-feira a quinta-feira, e até às 21h00 à sexta-feira. Ao sábado encerram às 18h00. Feriados Data Fixa: 1 de janeiro – Dia de Ano Novo 1 de maio – Dia do Trabalhador 23 de junho – Dia Nacional 15 de agosto – Dia da Assunção 1 de novembro – Dia de Todos-os-Santos 25 de dezembro – Dia de Natal 26 de dezembro – Dia de Santo Estêvão Data Móvel: Segunda-feira de Carnaval Segunda-feira a seguir à Páscoa Dia da Ascensão Pentecostes Corrente Elétrica 220 volts AC, 50Hz. Pesos e Medidas É utilizado o sistema métrico. 24 aicep Portugal Global Luxemburgo – Ficha de Mercado (abril 2013) 7. Endereços Diversos Em Portugal Embaixada do Luxemburgo em Lisboa Av. Engenheiro Duarte Pacheco* Amoreiras - Torre 1,8° andar 1070-101 Lisboa Tel.: (+351-21) 3931940 | Fax: (+351-21) 3901410 E-mail: [email protected] (*) Instalações provisórias aicep Portugal Global, Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, EPE Rua Júlio Dinis, 748, 9º Dto 4050-012 Porto Tel.: (+351) 226 055 300 E-mail: [email protected] | http://www.portugalglobal.pt aicep Portugal Global, Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, EPE Av. 5 de Outubro, 101 1050-051 Lisboa – Portugal Tel.: (+351) 217 909 500 | Fax: (+351) 217 909 581 E-mail: [email protected] | http://www.portugalglobal.pt Câmara de Comércio Luso- Belga - Luxemburguesa Av. Duque d’ Ávila, 203 – 5º 1050-082 Lisboa Tel.: (+351) 213 152 502 / 03 | Fax: (+351) 213 547 738 E-mail: info(at)cclbl.com | www.cclbl.com COSEC – Companhia de Seguro de Créditos, SA Direção Internacional Av. da República, 58 1069-057 Lisboa – Portugal Tel.: (+351) 217 913 821 | Fax: (+351) 217 913 839 E-mail: [email protected] | http://www.cosec.pt Turismo de Portugal, I.P. Rua Ivone Silva, Lote 6 1050-124 Lisboa Tel.: (+351) 211 140 200 I Fax: (+351) 211 140 830 E-mail: [email protected] I http://www.turismodeportugal.pt 25 aicep Portugal Global Luxemburgo – Ficha de Mercado (abril 2013) No Luxemburgo Embaixada de Portugal e Consulado-Geral no Luxemburgo 282, Route de Longwy L - 1940 Luxembourg Tel.: (+352) 466 19 01 | Fax: (+352) 46 51 69 E-mail : [email protected] Consulado Tel.: (+352) 45 334 711 | Fax: + (+352) 45 06 94 / 45 33 47 30 E-mail: [email protected] AICEP Bruxelas Avenue de Cortenbergh 12 Kortenberglaan 1040 Brussels Tel. (+322) 2864 34 | Fax: (+322) 2310447 E-mail: [email protected] Câmara de Comércio e Indústria Luso-luxemburguesa 45, boulevard G.D. Charlotte L- 1331 Luxembourg Tel: (+352) 45 50 83 1 | Fax: (+352) 44 80 76 E-mail: [email protected] | http://www.ccill.lu/ Chambre de Commerce du Luxembourg Rue Alcide de Gasperi, 7 L – 2981 Luxembourg Tel.: (+352) 4239391 | Fax: (+352) 438326 E-mail: [email protected] | http://www.cc.lu Luxembourg for Business G.I.E 19-21, Boulevard Royal L-2449 Luxembourg Tel: (+352) 247-84116 | Fax: (+352) 22 34 85 E-mail: [email protected] | http://www.luxembourgforbusiness.lu/ Office National du Tourisme Luxembourgeois Gare Centrale P.O.Box 1001 L-1010 Luxembourg Tel.: (+352) 42828 20-1 | Fax: (+352) 42 82 82 38 E-mail: [email protected] | http//www.visitluxembourg.lu 26 aicep Portugal Global Luxemburgo – Ficha de Mercado (abril 2013) Ministère des Finances 3, Rue de la Congrégation L-1352 Luxembourg Tel.: (+352) 247- 82600 I Fax: (+352) 475241 / 466212 / 220673 http://www.mf.public.lu/ Administration des Douanes et Accises 26, Place de la gare, L-1616 Luxembourg BP 1605 Tel.: (+352) 2901911 I Fax: (+352) 498790 http://www.do.etat.lu/ Banque Centrale du Luxembourg 2, Boulevard Royal 2983, Luxembourg Tel.: (+352) 47741 I Fax: (+352) 4774 4901 E-mail: [email protected] |http://www.bcl.lu/ 8. Fontes de Informação Documentos Específicos sobre o Luxemburgo • Título: “Luxemburgo – Síntese País e Relacionamento Bilateral” Edição: 12/2012 • Título: “Luxemburgo – Convenção para Evitar as Duplas Tributações” Edição: 06/2000 Documentos de Natureza Geral • Título: “Acordos Bilaterais Celebrados por Portugal” Edição: 08/2012 • Título: “Acordos Bilaterais Portugal / UE” Edição: 08/2012 • Título: “Guia do Exportador” Edição: 05/2012 27 aicep Portugal Global Luxemburgo – Ficha de Mercado (abril 2013) • Título: “Apoios Financeiros à Internacionalização – Guia Prático” Edição: 04/2012 • Título: “Aspetos a Acautelar num Processo de IDPE” Edição: 04/2012 • Título: “Como Participar em Feiras nos Mercados Externos” Edição: 04/2012 • Título: “Marcas e Desenhos ou Modelos – Regimes de Proteção” Edição: 04/2012 • Título: “Normalização e Certificação” Edição: 04/2012 Esta Informação On-line, entre outra, pode ser consultada no Site da aicep Portugal Global, na Livraria Digital em – http://www.portugalglobal.pt/PT/Biblioteca/Paginas/Homepage.aspx ou no tema “Mercados Externos” – Luxemburgo: http://portugalglobal.pt/PT/Internacionalizar/Paginas/MercadosExternos.aspx?marketId=89. 8.2. Endereços de Internet • Administration de l’Enregistrement et des Domaines – http://www.aed.public.lu/ • Administration des Contributions Directes du Grand-Duché de Luxembourg – http://www.impotsdirects.public.lu/ • Administration des Douanes et Accises – http://www.do.etat.lu/ • Administration pour le Développement de l’Emploi (ADEM) – http://www.adem.public.lu/ • Agence Nationale pour la Promotion de l’Innovation et de la Recherche (luxinnovation) – http://www.luxinnovation.lu/ • Association of the Luxembourg Fund Industry (ALFI) – http://www.alfi.lu/homepage • Bourse de Luxembourg – http://www.bourse.lu/Accueil.jsp • Business Federation Luxembourg (FEDIL) – http://www.fedil.lu/fr/about-fedil/mission-et-action/ • Chambre de Commerce Luxembourg – http://www.cc.lu/ 28 aicep Portugal Global Luxemburgo – Ficha de Mercado (abril 2013) • Chambre des Députés du Grand-Duché de Luxembourg – http://www.chd.lu/wps/portal/public • Commission de Surveillance du Secteur Financier (CSSF) – http://www.cssf.lu/ • Département de l’Aménagement du Territoire – http://www.dat.public.lu/ • Doing Business in Luxembourg 2013 (World Bank Group) – http://www.doingbusiness.org/data/exploreeconomies/luxembourg/ • EUROPA (Portal Oficial da União Europeia) – http://europa.eu/ • Doing Business in Luxembourg / Starting a Business 2012 (World Bank Group) – http://www.doingbusiness.org/data/exploreeconomies/luxembourg/starting-a-business/ • Banque Central du Luxembourg – http://www.bcl.lu/fr/index.php • Benelux – Secrétariat Général – http://www.benelux.int/fr/home_intro.asp 29 Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. – Av. 5 de Outubro, 101, 1050-051 LISBOA Tel. Lisboa: + 351 217 909 500 Contact Centre: 808 214 214 [email protected] www.portugalglobal.pt Capital Social – 110 milhões de Euros • Matrícula CRC Porto Nº 1 • NIPC 506 320 120