CDC em foco Edição X | Ano III | Novembro de 2014 Contando histórias 1 editorial Campanha Esta edição do CDC em Foco traz muitas informações importantes sobre a primeira infância. A começar pelo papel das relações familiares para o desenvolvimento de meninas e meninos (p. 3). Contamos também as experiências positivas do projeto Brincadiquê, que incentiva o brincar entre as crianças (p. 4 e 5). Outro projeto bem importante acontece no Hospital Dr. Adhemar de Barros, que possibilita às gestantes conhecer a equipe e a estrutura do hospital antes do parto (p. 6). E, claro, não podemos deixar de falar do programa Futuro Ideal. O cultivo de morangos orgânicos continua de vento em popa (p. 7)! O trabalho de voluntariado desenvolvido pelo Civico também não poderia ficar de fora (p. 8). Não deixe também de acessar o blog comunicacdc.org.br e conferir mais novidades sobre o CDC de Apiaí e Itaoca! Boa leitura! Que tal fazer uma doação ao invés de pagar o imposto de renda? Ao fazer uma doação ao Fundo Municipal da Criança e do Adolescente (FIA), você pode ter o valor doado deduzido no imposto de renda. As doações para o ano que vem devem ser feitas até o final deste ano. É importante lembrar que a dedução só é possível se as doações forem feitas às instituições com incentivo do governo. Pessoas físicas podem doar até 6% do imposto devido até o dia 31 de dezembro deste ano. Pessoas jurídicas até 1% do imposto devido, apurado trimestralmente e que faz parte do regime de tributação de Lucro Real. Quem quiser contribuir com as instituições de Apiaí pode fazer a doação na conta abaixo e solicitar o recibo junto ao CMDCA, que fica na Rua XV de novembro. CNPJ: 21.045.815/0001-67 C/C – CAIXA ECONOMICA FEDERAL AG: 3854-7 CONTA 38541006/0127-0 Para mais informações, entre em contato com o CMDCA pelo telefone: (15) 15 35521267. expediente Este boletim faz parte do projeto Comunica CDC, realizado pelo Instituto Camargo Corrêa e InterCement Brasil, em parceria com a Oficina de Imagens. Instituto Camargo Corrêa Diretor Executivo: Francisco de Assis Azevedo Coordenadora de Comunicação: Clarissa Kowalski Contato: [email protected] Comitê de Desenvolvimento Comunitário de Apiaí. Associação dos Artesãos de Apiaí, Câmara Municipal de Apiaí, Conselho Tutelar, InterCement, Pastoral da Saúde, Rotary Club, Prefeitura de Apiaí, Prefeitura 2 de Itaoca, Secretaria de Cultura e Turismo de Apiaí, Secretaria de Educação de Apiaí, Secretaria de Educação de Itaoca, Secretaria de Promoção Social de Apiaí, Secretaria de Saúde de Apiaí. Contato: [email protected] Oficina de Imagens Diretor Institucional: Adriano Guerra Edição: Gabriella Hauber e Anna Cláudia Pinheiro Site: www.oficinadeimagens.org.br Projeto Gráfico: Ronei Sampaio Diagramação: Gabriella Hauber e Thais Marinho Foto da capa: Divulgação Instituto Camargo Corrêa Impressão: Gráfica Formato | Tiragem: 1.200 exemplares Artigo Relação familiar influencia comportamento e determina processos de conduta das crianças Desde os primeiros anos de vida, meninos e meninas são marcados pelas experiências mediadas pela família Por Tânia Ribas Coelho, fonoaudióloga do Hospital de Apiaí Foto: Agência Brasil A família é muito importante para o desenvolvimento das crianças Com o nascimento de um bebê, nascem também um pai e uma mãe. Sendo a família o primeiro grupo social que o ser humano tem contato, é nos pais ou nas pessoas mais próximas que as crianças se espelham no decorrer dos anos. Assim, a relação familiar corresponde a um dos fatores que determina os processos de conduta da criança. Meninas e meninos, desde o início de suas vidas, aprendem sobre o mundo e se desenvolvem marcados pelas experiências e vivências mediadas pelas interações familiares. O que aprende na família vive-se durante toda a vida: aprende-se a essência do amor-doação. Quando não se percebe o sentido desta responsabilidade comum, destrói também o significado do amor em função da vida. Às vezes, o nascimento de um filho é permeado de angústias, medos, inseguranças, preocupações e sacrifícios. A missão da família não se constrói de um dia para o outro, é um processo que, muitas vezes, exige pequenas ações cotidianas: um beijo, um colo, o ouvir, o olhar, a atenção, o diálogo, o brincar, o falar “eu te amo”... É preciso começar desde os primeiros anos da vida a propiciar momentos e situações em que as crianças aprendam a voar com as próprias asas, com autonomia, segurança e confiança. Criar filhos capazes de cuidar da própria vida é uma arte que pode ser aprendida. É na família que existe uma riqueza imensa, que favorece que cada criança consiga sua realização pessoal, social e profissional. Que a família aprenda a trilhar caminhos buscando a unidade, o equilíbrio e a harmonia para a construção de uma sociedade mais sadia. 3 3 Infância Ideal Apiaí e Itaoca desenvolvem projeto Brincadiquê, que resgata a importância da brincadeira O brincar ativa a inteligência, possibilita uma melhor compreensão do meio e incentiva a interação social Por Ana Maria de Oliveira, da Secretaria Municipal de Saúde, e Cleide Aparecida da Rosa, da Secretaria Municipal de Educação O Instituto Camargo Corrêa, em parceria com grupo Marista, no intuito de resgatar o encanto pela brincadeira na comunidade, traz para os municípios de Apiaí e Itaoca o projeto Brincadiquê, que reconhece a criança como sujeito de direitos, dentre eles o de brincar. Desde julho deste ano, Apiaí e Itaoca desenvolvem o projeto, realizando encontros de formação e grupos de trabalho com profissionais das secretarias de Educação, Saúde e Assistência social. O brincar é um conjunto de ações que promovem o desenvolvimento global da criança, constituídas pelos seguintes critérios: o brinquedo, objeto de manuseio que pode ser construído pela criança, pelo adulto ou industrializado; e a ludicidade, mecanismo natural da criança presente na sua psique, por meio do qual ela elabora suas ações e desenvolve seu processo criativo. A brincadeira tem uma relação intrínseca entre a ludicidade e o brinquedo, promovendo o desenvolvimento cognitivo da criança. Brincar é essencial para desenvolver competências e habilidades, pois ativa a inteligência, possibilita uma melhor compreensão do meio, cria diversas situações, antecipa soluções de problemas, sensibiliza, alivia tensões e permite, também, o desenvolvimento da autonomia, elevando a autoestima, propiciando o desenvolvimento de sua motricidade, bem como do raciocínio, sensibilizando, socializando e ensinando a respeitar as regras. Experiências com o projeto Com a metodologia lúdica do Brincadiquê, voltamos aos tempos de criança, a brincar e, o mais importante, à simplicidade do sentimento que a brincadeira causa em nós e nos eleva a outro patamar. O professor entende o quanto a brincadeira é importante e prazerosa para as crianças. Se os adultos, que já desenvolveram habilidades de coordenação e cognição, ficam felizes ao voltar a brincar, imagine o efeito nas crianças. O livro didático da criança é a brincadeira. A criança que brinca para crescer e desenvolver, num futuro próximo, será tudo aquilo que as possibilidades de hoje foram capazes de lhes oferecer. Professores participam de atividades do projeto Brincadiquê Foto: Arquivo Brincadiquê 4 Infância Ideal Foto: Arquivo Brincadiquê É importante que os adultos incentivem e valorizem o brincar entre as crianças “O Brincadiquê mudou nosso conceito. Professores aprenderam a brincar, relembrando brincadeiras da infância. É de suma importância para o ensino e a aprendizagem, pois as brincadeiras acontecem em diferentes espaços e junto com as atividades que são desenvolvidas, construindo saberes de forma dinâmica e prazerosa”, afirma a professora Rosana Monteiro, de Itaoca. “Através do brincar, a criança pode se conhecer melhor, perder a timidez, fazer amizades e cumprir regras. E uma dessas regras é aceitar o diálogo e argumentar com o coleguinha sobre a brincadeira que está sendo vivenciada. A gente brinca para incluir. É fundamental o educador prestar atenção no que a criança ‘pensa e realiza’”, pontua a professora Adriana Padilha, do Colégio Cecília Meireles. O brincar possibilita ainda a abordagem de assuntos que às vezes geram dúvidas ou brigas entre meninos e meninas. “Há meninos na minha sala que sentem o desejo de brincar com objetos que se determinam de meninas, por exemplo, brincar de casinha, e, quando tomam coragem de participar da brincadeira, ouvem palavras do tipo: ‘ele virou menininha’. A criança vivencia e adapta sua brincadeira a sua realidade. Expliquei que em uma família existe pai, mãe e filhos e todos colaboram uns com os outros nos afazeres domésticos. Não existe problema algum o pai lavar uma louça ou fazer comida. Resolvido o problema, houve mais harmonia entre as crianças. As que brincavam sozinhas, agora compartilham o que têm e as brigas que ocorriam com frequência diminuíram, pois elas passaram a se respeitar e a dialogar”, conta Adriana. “Como educadora, penso que a criança precisa de um tempo para brincar na escola e desenvolver suas atividades sozinhas, pois a forma de pensar e olhar da criança é diferente do adulto, não devemos oferecer tudo pronto, temos que respeitar suas ideias e fazer o papel de observadores, apenas mediando seus propósitos”, acrescenta a professora. “Procuro não ficar toda hora intervindo na brincadeira, só fico observando do lado e coloco minha fala nas horas que eles estão discutindo muito e não conseguem achar soluções para suas desavenças. Nesses momentos de observação que consigo definir o perfil de cada um e quando alguém está com problemas. Dessa forma, fica mais fácil conversar de maneira discreta e individual com aquele que precisa de orientação. O mais interessante é que não brincam de uma coisa só por vez, ao mesmo tempo em que constroem casas e castelos, desenham cenários e quadros, maqueiam umas as outras, etc. Os diálogos repetem fala da mãe, do pai, da professora e dos personagens preferidos, fazendo os colegas rirem ou dando lição de moral. É um momento muito rico e prazeroso, além de contribuir muito para a construção da identidade de cada um”, explica a professora Alix Roberto de Deus, do Colégio Cecília Meireles. 5 Saúde Projeto do Hospital Dr. Adhemar de Barros permite que gestantes conheçam a instituição e equipe antes do parto Equipe de enfermeiros apresenta o ambiente a mulheres e cônjuges e explica todos os procedimentos a serem realizados Por Josieli Mari Maneira, responsável técnica pela equipe de enfermagem do Hospital Dr. Adhemar de Barros Quando gestantes chegavam ao hospital Dr. Adhemar de Barros, referência para os municípios de Apiaí, Barra do Chapéu, Ribeira, Itaperapuã Paulista e Itaoca, para dar à luz, a equipe identificava uma carência de conhecimento sobre questões relacionadas à gravidez e um déficit muito grande nas informações prestadas às gestantes durante o pré-natal. Assim, surgiu a necessidade de dar suporte à equipe da Estratégia Saúde da Família. Para isso, foi desenvolvido um projeto pelo Hospital, em parceria com os municípios, para estimular as gestantes a conhecerem a maternidade. O pontapé inicial foi a Semana do Bebê, que deu sequência a um projeto interno desenvolvido pela equipe de enfermagem da maternidade do hospital. A unidade hospitalar informa às Unidades de Saúde de todos os municípios as datas disponíveis e a quantidade de vagas para que os mesmos encaminhem às gestantes e os acompanhantes até o hospital. Gestantes e acompanhantes são recepcionados pela equipe de enfermeiros da maternidade e do centro cirúrgico, que apresentam o local e explicam as rotinas, apresentando a sala de consulta e avaliação, o pré-parto, a sala de parto, a sala de cirurgia, o alojamento conjunto e o berçário. As gestantes são orientadas sobre os procedimentos realizados desde sua entrada no hospital até a alta do recém-nascido, bem como os cuidados com ela e o bebê após a alta. A equipe proporciona um ambiente tranquilo durante a visita e dá liberdade para que as pessoas tirem dúvidas e deem sugestões. Após a visita, as gestantes são recepcionadas em um ambiente agradável, no qual é oferecido um lanche e realizado um sorteio de brindes. “Receber as gestantes no ambiente hospitalar é essencial para iniciar um vínculo com a equipe que as acolherá num momento tão importante. Elas conhecem o ambiente e são orientadas sobre todos os procedimentos a serem realizados”, explica a enfermeira Pâmela Monteiro. “Acolher as gestantes, sanar as dúvidas e expectativas em sua primeira visita à maternidade retrata o quão importante é o vinculo que se inicia com a equipe multidisciplinar”, diz a enfermeira Aline Silva. Projeto em hospital de Apiaí possibilita que gestantes conheçam o ambiente e os profissionais que participarão do parto 6 Foto: Arquivo Hospital Dr. Ademar de Barros Futuro Ideal Projeto Semeando Futuros quebra paradigmas da produção de morangos em Apiaí A plantação dos frutos agroecológicos na entressafra aumenta a renda familiar e protege o meio ambiente e a saúde dos trabalhadores Por Ingrid F. Feldhaus, produtora orgânica da Associação dos Pequenos Produtores Rurais do Bairro Garcias Foto: Arquivo Futuro Ideal O cultivo de morangos sem agrotóxicos se tornou prática em Apiaí após o projeto Semeando Futuros O munícipio de Apiaí desenvolve, desde 2011, o projeto Semeando Futuros, parceria do Instituto Camargo Corrêa e InterCement com a Associação dos Pequenos Produtores Rurais do Bairro Garcias e da Prefeitura Municipal. A proposta era que um grupo de pequenos agricultores plantassem morango agroecológico, ou seja, sem aditivos químicos, como forma alternativa de aumentar a renda da família na época da entressafra do tomate - cultura dominante na região. Ao mesmo tempo, a ação preservaria o meio ambiente, a saúde do trabalhador rural e do consumidor final. A cultura exigia uma parcela pequena da área e tinha alto valor comercial. A lavoura do tomate convencional exige o uso intensivo de agrotóxicos, prática habitual na região. Então, como convencer estes agricultores a comprarem a ideia de cultivar morangos sem agrotóxico? Quebrando paradigmas Com a ousadia de experimentar o novo e com auxílio do projeto, foram realizados investimentos em irrigação, acompanhamento técnico, compra de insumos e mudas. Na primeira vez, não se obteve o sucesso esperado devido à condição climática desfavorável: muito calor seguido de muita chuva. Neste momento, o espírito da Associação falou alto: um agricultor animou o outro e criouse coragem para encarar o desafio novamente. Investiu-se em cobertura para estufas, produzindo morangos de excelente qualidade, sem agrotóxicos. O desafio agora é preparar uma logística para vender em grandes quantidades. A coragem de experimentar uma cultura nova, o planejamento consciente, o espírito de união e o processo contínuo de melhoramento são a receita do sucesso deste empreendimento e um ânimo para novas conquistas. 7 Voluntariado Comitê de Incentivo ao Voluntariado e Interação com a Comunidade apoia a InterCement na implantação de projetos Os Civicos são responsáveis pelo relacionamento da fábrica com a comunidade para o incentivo ao voluntariado Por Celso Ricardo de Carvalho Lima, da InterCement Foto: Arquivo InterCement Civicos incentivam e promovem ações de voluntariado entre membros da InterCement e da comunidade O Comitê de Incentivo ao Voluntariado e Interação com a Comunidade (Civico) tem como objetivo principal estabelecer os vínculos da empresa com a comunidade e incentivar e apoiar ações voluntárias entre os prof issionais da InterCement. Sua atuação deverá ocorrer sempre em sintonia com as estratégias de investimento social do Grupo Camargo Corrêa. Os Civicos têm como responsabilidades apoiar a unidade InterCement no relacionamento com instituições e com a comunidade e orientar a def inição da implementação de projetos sociais e iniciativas de voluntariado empresarial em suas localidades. A Responsabilidade Social Corporativa é parte integrante dos objetivos estratégicos e será sempre observada nos níveis estratégicos e tático, fazendo parte dos processos decisórios e das atividades cotidianas dos funcionários e colaboradores da fábrica. Os Civicos se comprometem com o desenvolvimento comunitário. Os projetos de investimento social privado devem gerar valor compartilhado a todos os envolvidos, seguindo o modelo de atuação def inido pelo Instituto Camargo Corrêa. realização: parceria: 8 rotary clube