A EDUCAÇÃO PARA JOVENS E ADULTOS NO ESPÍRITO SANTO Breno Louzada Castro de Oliveira SEME / Vitória TIPOS DE OFERTA de oferta Quant. de Municípios Tipo 6 Suplência de 1ª a 4ª 4 Suplência de 5ª a 8ª 2 Suplência de Ensino Médio 1 Ensino Fund. Reg. por ciclos 1 Ensino Noturno Regular 3 Ensino Regular Noturno 5 Modalidade de EJA QUATRO FUNÇÕES BÁSICAS DO ENTÃO ENSINO SUPLETIVO SUPLÊNCIA SUPRIMENTO APRENDIZAGEM QUALIFICAÇÃO Elas se desenvolviam por fora dos então denominados ensinos de 1º e 2º graus regulares (Parecer 11/2000-CNE) ... Incorporação do ideário da suplência pelo imaginário educacional popular Adequação da oferta: semestralidade, ciclo. Há como pensar na adequação da oferta aos tempos dos educandos sem que isso reforce concepções supletivas? 4 CEEJA’s - Centro Estadual de Educação de Jovens e Adultos no ES. A modalidade EJA diante dessas ofertas Implementação da modalidade Idade Mínima Certificação Freqüência Programas de Alfabetização Os tempos na modalidade EJA Parecer 05/97 do CNE: “... a jornada escolar do Ensino Fundamental é de 4 horas de trabalho efetivo em sala de aula, (...) no mínimo, ressalvada a situação dos cursos noturnos, e outras formas mencionadas no artigo 34, parágrafo 2º, quando é admitida carga horária menor, desde que cumpridas as 800 horas anuais. As atividades escolares se realizam na tradicional sala de aula, do mesmo modo que em outros locais adequados a trabalhos teóricos e práticos, a leituras, pesquisas ou atividades em grupo, treinamento (...), visando a plenitude da formação de cada aluno. Assim, não são apenas os limites da sala de aula propriamente dita que caracterizam com exclusividade a atividade escolar de que fala a lei. Esta se caracterizará por toda e qualquer programação incluída na proposta pedagógica da instituição, com freqüência exigível e efetiva orientação, por professores habilitados. Os 200 dias letivos e as 800 horas anuais englobarão todo esse conjunto.” IDADE MÍNIMA Idade de Ingresso Quant. de Municípios A partir de 15 anos 9 1ª a 4ª - 15 anos e 1 5ª a 8ª - 17 anos Não especificaram 3 CERTIFICAÇÃO “...é muito provável que o rebaixamento da idade mínima para os exames supletivos represente menos um instrumento efetivo de democratização de oportunidades educacionais e mais um mecanismo de regularização do fluxo escolar e aceleração de estudos, com consequente constituição de um mercado para os cursos privados preparatórios aos exames. Implica o risco de remeter para esta alternativa de certificação (os exames supletivos) um enorme contingente de jovens defasados na relação série-idade premidos pelas crescentes exigências de escolarização do mercado de trabalho e desmotivados para a freqüência à escola regular em virtude da inadequação curricular e má qualidade do ensino aí oferecido. . Esse movimento certamente realimentará iniciativas mercantis de triste memória, tais como a indústria de cursos livres preparatórios aos exames supletivosde qualidade duvidosa ou as empresas de turismo que conduzem candidatos a exames de uma a outros estados do país. Representa uma válvula indesejável de escape para que o Estado se desobrigue de responsabilidades que lhe cabem na oferta de um ensino universal.” Comissão Nacional de EJA, 1996. FREQÜÊNCIA “Em relação à freqüência, a experiência do Projeto Educação de Trabalhadores/ Escola Municipal União Comunitária/ Escola Sindical 7 de Outubro. tem muito a contribuir — “As idas e vindas, as faltas, os afastamentos temporários e indefinidos, sejam por quais motivos forem — viagens, tratamento de saúde, revezamento de turnos de trabalho, férias trabalhistas, cuidar de filho doente, não ter com quem deixar o filho etc — não caracterizam abandono. O risco de perder a vaga na escola inexiste, a não ser em caso de desistência formal. O aluno sempre volta à escola e sabe que pode voltar. O ensino-aprendizagem não é um processo particular da escola . A formação humana continua em outros âmbitos sociais (trabalho, família, igreja, associações de bairro, sindicatos etc). Nos tempos de ausência da escola, o trabalhador permanece sujeito de sua aprendizagem. A escola, então, constitui-se num espaço em que cada um amplia suas possibilidades formativas, em que a liberdade e autonomia implicam responsabilidade”. (Projeto de Educação de Trabalhadores. 2000). PROGRAMAS DE ALFABETIZAÇÃO DE FORMA CONVENIADA Alfabetização Solidária Alfabetização é um Direito Brasil Alfabetizado Todas as Letras Alfalite Pescando Letras Não oferecem 2 9 4 0 0 1 3 PROGRAMAS DE ALFABETIZAÇÃO “Quem pensar um minuto que seja sobre o tema, verá que é óbvio que quem acaba com o analfabetismo é a morte. Esta é a solução natural. Não se precisa matar ninguém, não se assustem! Quem mata é a própria vida, que traz em si o germe da morte. Todos sabem que a maior parte dos analfabetos está concentrada nas camadas mais velhas e mais pobres da população. Sabe-se, também, que esse pessoal vive pouco, porque come pouco. Sendo assim, basta esperar alguns anos e se acaba com o analfabetismo. Mas só se acaba com a condição de que não se produzam novos analfabetos. Para tanto, tem-se que dar prioridade total, federal, à não-produção de analfabetos. Pegar, caçar (com c cedilha) todos os meninos de sete anos para matricular na escola primária, aos cuidados de professores capazes e devotados, a fim de não mais produzir analfabetos. Porém, se se escolarizasse a criançada toda, e se o sistema continuasse matando os velhinhos analfabetos com que contamos, aí pelo ano 2000 não teríamos mais um só analfabeto. Percebem agora onde está o nó da questão?” Darcy Ribeiro