ano 1 • número 1 educação e marketing editorial 1 Saudações, É com satisfação que apresento este novo canal de comunicação, cujo objetivo é levar conhecimentos e curiosidades a respeito da educação. Embora possamos abordar aqui assuntos gerais a respeito do tema, nosso foco é a comunicação na educação e, mais especificamente, o marketing para instituições de ensino. causos 2 SENAC entrevista 3 Há mais de 15 anos atuando na área e nos diversos lados do “balcão”, pude sentir e analisar a evolução do setor, seja pelo prisma das instituições ou pelo dos estudantes. Ainda percebo, porém, uma incompreensão a respeito das ferramentas que podem agregar valor à comunicação do setor. Rubem Alves Visto com receio por alguns acadêmicos que temem a sua interferência no ensino, o Marketing Educacional é, na verdade, um importante meio para agregar valor e consolidar a marca de produtos e serviços, sejam eles quais forem. Não há, neste caso, a intenção de ferir a qualidade do ensino e sim de valorizá-la diante de seu público-alvo. É preciso entender que na dinâmica de transformações que estamos vivenciando, com uma multidisciplinaridade de informações emitidas pelos mais diversos canais de comunicação, quem não se comunica de forma inteligente e consistente acaba sendo renegado, esquecido. A evasão escolar e o aumento da concorrência, inclusive a internacional pela entrada dos grandes players no País, são fatos que não podem ser ignorados. Poder contar com a expertise de que sabe analisar as especificidades de cada instituição, seus valores, seus públicos e aplicar de forma coerente as ferramentas e mensagens que ratifiquem seus conceitos é certamente uma estratégia que garante diferencial competitivo no mercado. Notícias Enfim, espero que com este veículo possamos lhe proporcionar algum conhecimento a respeito do Marketing Educacional e suas aplicações, assim como ajudá-lo a identificar algumas práticas para a sua instituição. Em todas as edições traremos uma importante personalidade do setor para nos passar a sua visão a respeito do sistema de ensino público e privado. Também daremos o registro de alguns cases de sucesso e faremos um breve giro sobre as notícias mais relevantes da educação no Brasil e no mundo. Espero que aproveite! Abraços, Claudio Gonçalves por aí tools Ferramentas de Marketing Educacional 4 4 causos O poder do endomarketing Uma escola é uma instituição à parte. Empresas geralmente têm funcionários e consumidores. Escolas têm funcionários, professores (sim, eles são diferentes), alunos, pais de alunos e uma sociedade inteira de olho no que é feito. Um plano de comunicação eficiente deve levar isso em conta. E deve ser capaz de azeitar as relações dos diferentes públicos, muitas vezes antagônicos. Um exemplo que podemos contar aqui foi uma ação que fizemos no Dia do Professor e que, embora já faça alguns anos, vale a pena. Boas histórias não saem de moda. Aquele Dia do Professor tinha tudo para ser como outro qualquer. O presente provavelmente seria, mais uma vez, uma caneta. Mas, naquele ano, resolvemos fazer diferente. “O que vamos dar para o professor?”, perguntava o cliente. “Orgulho”, respondeu a agência. Sim, orgulho da sua profissão, uma das mais belas e respeitáveis do mundo, que, por terras brasileiras, andava em baixa. Salários comprimidos, perda de prestígio. Esse era o quadro geral. Precisávamos, então, sem demagogia barata, dizer: “Professor, sua profissão é a mais importante que conhecemos. Obrigado por se manter dentro dela, com toda a dedicação que ela reclama.”. E mais: precisávamos dizer isso em público, não dentro dos muros da escola. Precisávamos dizer isso dentro da casa do professor, para que todos de sua família tivessem orgulho da sua profissão. Queríamos que os filhos dos professores pensassem: “Poxa, que legal, que lindo: meu pai tem o dom e a coragem de ser professor!”. Esse era o objetivo. Criamos então um belo vídeo de 3 minutos, com uma trilha de fazer chorar e um belíssimo texto que, acreditem, ficou bem longe da pieguice e da demagogia. O vídeo em si já seria um “case” de sucesso. Um “case” de criação. Mas a Manufactura fez mais que isso: viabilizou a idéia e criou um “case” de articulação. Produtora de cinema, banco de imagens, produtora de som, músicos, locutor. Nada disso fica barato. Depois, embalagem do VHS (o DVD ainda não tinha emplacado), copiagem, manuseio e entrega na residência de cada professor. Tudo isso custa. E mais que uma caneta. Na época atendíamos uma associação de escolas. Daí veio a viabilidade. Propusemos ao cliente a apresentação do vídeo como proposta de uma ação conjunta das escolas associadas. Fizemos 9 assinaturas diferentes e os custos foram divididos por 9. Resultado: naquele dia 15 de outubro, um exército de motoboys se reuniu na sede da agência, nas Perdizes. Duas mil fitas foram entregues nas casas de dois mil professores. Aqueles que assistiram ao vídeo em casa, com a família, como desejávamos, sentiram orgulho de sua profissão. Seus filhos, esposas, maridos, todos. Todos entenderam que ser professor é diferente de ser advogado, publicitário ou engenheiro. Entenderam que ser professor é algo como ser religioso ou militar. É pura vocação. O resultado é que, quase dez anos depois, esse vídeo ainda é um sucesso. Agora, com o auxílio luxuoso do YouTube, onde já foi visto por mais de 8.600 pessoas, muitas delas deixando lá mensagens elogiosas (http://www.youtube.com/watch?v=huLn6MuMt4link). Esse foi um caso de endomarketing que transcendeu o conceito “endo”. 2 Pedagogo, filósofo, acadêmico, cronista, contador de histórias, teólogo, psicanalista, professor emérito da Unicamp e um dos intelectuais mais respeitados do Brasil. Rubem Alves é, antes de tudo, um EDUCADOR. entrevista Rubem Alves “As escolas médias preparam para os vestibulares, que é o oposto da educação”. Em seu livro “Conversas sobre Educação” (Verus Editora, 2003), Rubem Alves discorre sobre o sonho e a inteligência como ponto de partida para um bom programa básico de educação. Relata que também é preciso muito trabalho e que o essencial, que faz o sonho e a inteligência viverem, é o sentimento dos professores. E coloca a questão: “Mas como dar sentimentos?”. Tendo as crianças como foco, a escola ainda tem muito a contribuir para a educação como um todo e, segundo o mestre Rubem Alves, se nada for feito para corrigir a rota atual podemos afundar ao esbarrar no imenso iceberg da cristalização dos equívocos educacionais que se acumularam ao longo dos anos. Para o educador, uma das trilhas para a educação alcançar o destino certo é a leitura, importante tráfego de informação que é pouco estimulada. “Não é preciso analisar o sistema educacional, basta ver os seus resultados. A meu ver, o mais importante na educação é o desenvolvimento do prazer da leitura. Quem gosta de ler tem um mundo a sua frente e é notório que os estudantes, na sua grande maioria, aprendem a detestar os livros na escola”. A questão da leitura ainda encontra ressonância no apontamento de Rubem Alves sobre o atual modelo de ensino, o qual cita como antiquado, como uma linha de montagem. “Hoje todos têm de aprender as mesmas coisas na mesma hora e ritmo, com o aprendizado sendo avaliado por meio de números e o pensamento determinado por horários”, explica. Questionado sobre a questão da evasão escolar, Rubem Alves é enfático: “O índice de evasão é elevado porque as coisas ensinadas nada têm a ver com a vida do estudante. Que interesse poderá ter uma pessoa que vive numa periferia violenta e pobre em análise sintática. Se o programa de ensino tivesse por base a vida do estudante ele não iria embora da escola ou da universidade”. O educador ainda aponta o fato dos modelos atuais não estimularem o exercício do pensamento que, segundo ele, é fundamental para que as pessoas tenham melhores condições de entender os desafios do futuro. “Um povo que não pensa entregará o país a lideranças corruptas e não compreenderá os problemas que temos de resolver”. Rubem Alves não se mostra a favor ou contra um sistema específico de ensino - apontando que no setor privado as faculdades se multiplicaram em prol de um negócio lucrativo. “As escolas médias preparam para os vestibulares, que é o oposto da educação. Mas também é preciso reconhecer que uma quantidade crescente de escolas tem se esforçado para educar com inteligência, prestando mais atenção nos alunos do que nos programas”, pondera. Pensando em propostas e ferramentas inovadoras, nada mais atual do que a abordar a tecnologia, absorvida por todas as classes sociais, independente do seu nível de instrução. Neste contexto, o computador, que deveria ser um aliado, em recente pesquisa que aferiu a sua interferência na qualidade da educação, aparece como um vilão. Porém, o Rubem Alves alerta: “E por que os computadores são os vilões? As escolas perderam o dom de fascinar para os computadores? Onde está o problema? Nos computadores? É preciso não se deixar fascinar pela expressão qualidade de ensino”. Concluindo as opiniões do educador, encontramos sintonia no pensamento do filósofo francês Henry Bérganson, que acreditava na educação como formadora de um ser integrado e em constante evolução. Para que esta evolução ocorra, no entanto, é importante encontrar a resposta ao questionamento de Rubem Alves, logo no início desta entrevista, em que aponta “como dar sentimentos aos professores?”. 3 por aí nacional internacional Pesquisa ressalta a importância da Produtividade nas IES brasileiras Uma Educação melhor é o objetivo de Jovens Sul-Americanos Uma pesquisa realizada recentemente pelo IBASE (Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas) e pelo Pólis (Instituto de Estudos, Formação e Assessoria em Políticas Sociais) identificou que o jovem Sul-Americano reivindica uma educação pública de qualidade e voltada para a formação profissional. A Pesquisa ouviu, no ano passado, 19 grupos de jovens de 15 a 29 anos, na Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai, além do Brasil (seis grupos). Ao todo foram entrevistadas 960 pessoas. A grande maioria dos entrevistados é ligada a movimentos sociais, sindicados ou associações. O Instituto Lobo para o Desenvolvimento da Educação, da Ciência e da Tecnologia demonstrou por meio de uma pesquisa que, apesar das Instituições Públicas de Ensino Superior públicas dominarem a produção científica, algumas instituições particulares se destacam sob o ponto de vista do índice de produtividade. Das 176 instituições de Ensino Superior (90 públicas e 86 privadas), 83 integraram o estudo: 40 federais, 14 estaduais, uma municipal e 23 privadas. No quesito de produção científica, as instituições públicas mais uma vez saíram na frente com 77.159 (94,52% do total) trabalhos publicados. As instituições privadas representam apenas 5,48% (4.479 trabalhos). Inadimplência em escolas de SP é a menor em 6 anos O índice de inadimplência nas escolas particulares de São Paulo, que foi de 8,91% em 2007, é o menor dos últimos seis anos, segundo levantamento divulgado recentemente pelo Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo (Sieeesp). O porcentual tinha sido de 13,14% em 2006. Apenas em 2001, a inadimplência tinha sido mais baixa: 7%. A pesquisa, feita por amostragem entre as 10 mil escolas particulares do Estado, mostrou que a inadimplência é menor nas regiões de Sorocaba (6,01%), Araçatuba (7,43%) e Presidente Prudente (7,54%). O índice mais elevado foi encontrado em Santos (12,35%). Na capital, a inadimplência ficou em 9,45%. tools Ferramentas Exclusivas A Manufactura Marketing Educacional desenvolveu ferramentas exclusivas que são comercializadas inclusive para instituições que não são clientes da Manufactura de Propaganda, agência de publicidade do grupo. CooperAd A Manufactura tem grande experiência em planejar, criar e organizar campanhas cooperadas. Essa modalidade dilui custos e potencializa resultados para instituições que, sozinhas, não teriam capacidade de investimento. Research Center A Manufactura garimpa, coleciona e estuda todas as pesquisas disponíveis sobre o comportamento do jovem brasileiro. Além disso, realiza regularmente pesquisas qualitativas (focus group) com jovens de todas as classes sociais para avaliar principalmente o Conhecimento de Marca e a Imagem de Marca das instituições educacionais. As informações são parte do acervo da Manufactura. Informativo bimestral da Manufactura da Propaganda. Coordenação Editorial: Baruco Comunicação Estratégica. Jornalista Responsável: Erika Baruco – MTB 27.165. Layout e Diagramação: Manufactura de Propaganda. Impressão: 2000. Contatos com a Agência: Rua Turiassu, 390, 10º andar, conjuntos 105/106 - CEP 05005-000 - São Paulo - SP - Tel 3865-2544 - Fax 3675-8805 - www.manufacturaweb.com.br Em linhas gerais, os entrevistados disseram que a qualidade do ensino pede a aproximação entre educação e qualificação profissional, remuneração, estabilidade, além de níveis e graus de informalidade no trabalho, transporte público gratuito para jovens estudantes e que a cultura deve estar associada à educação de qualidade. 4 Indoor School Mídia Objetiva A busca incessante por melhores resultados para seus clientes levou a Manufactura a Criar uma empresa de mídia específica para instituições educacionais, a Indoor School Mídia Objetiva. Através dela, anunciantes conseguem se comunicar objetiva e cotidianamente com jovens estudantes. Mailing Lists Através de acordos com entidades estudantis, a Manufactura possui grande data-base composto por estudantes, que pode ser segmentado por vários filtros (série, idade, bairro, classe social, etc). Businesschool Publicação própria sobre o negócio e o mundo da educação. News Clipping A Manufactura coleta e disponibiza notícias sobre todos os aspectos relativos à educação.