Fundo Monetário Internacional Guia de Estudos Amanda Rocha de Mesquita Ana Carolina Novaes Guia de estudos – Fundo Monetário Internacional Ana Carolina Romano Edgard Carneiro Vieira Rodolfo Girade 1. Mandato O mandato do Fundo Monetário Internacional (FMI) é auxiliar os países membros que estão passando por desequilíbrios econômicos e financeiros, ou seja, crises, principalmente no que se refere a problemas com a balança externa corrente e com as reservas de recursos externos. Crises são decorrentes de situações de desequilíbrio quando a economia de um país tem um valor negativo na sua conta corrente e as reservas externas diminuem, fazendo com que a quantidade de recursos que deixa o país seja maior do que aquela que chega a ele. O papel do FMI é ajudar as economias desses países a se ajustarem e se estabilizarem novamente para que esse desequilíbrio não afete a estabilidade do sistema internacional. Para isso, ele se utiliza de três meios: acompanhar a economia global e a economia dos países membros do Fundo, liderar países que estejam com problema na balança de pagamento, no sentido de dar soluções e suporte necessário, e dar auxílio prático aos membros (FMI, [s.d.]c). Para acompanhar a economia global e a economia dos países membros, o FMI os mantém sob vigilância através do controle da evolução econômica a nível nacional, regional e global com consultorias regulares aos países e o fornecimento de conselhos políticos na área macroeconômica e financeira. Isso é feito com o propósito de identificar fraquezas que possam causar ou levar à instabilidade econômica ou financeira (FMI, [s.d.]d). Para países que estejam com problemas de pagamento internacional, o Fundo oferece empréstimos para que suas dívidas possam ser honradas quando não há mais soluções acessíveis. Os principais objetivos são: reconstruir as reservas internacionais do país, estabilizar sua moeda e pagar suas importações; sendo essas as condições necessárias para que o crescimento econômico seja reestabelecido, segundo o FMI. Também são feitos empréstimos a países de baixa renda com o objetivo de ajudar a alavancar as suas economias e a diminuir a pobreza (FMI, [s.d.]b). Porém, para conseguir esses empréstimos, os países devem cumprir vários tipos de condições - as chamadas condicionalidades. O último meio utilizado é a assistência técnica através de orientação prática, treinamentos sobre como utilizar da melhor forma instituições, política monetária e cambial, política fiscal e administração e sobre estatísticas oficiais. O intuito é ajudar a melhorar a implementação das políticas econômicas dos países membros para que a estabilidade econômica global seja assegurada. Essas são algumas das atividades mais importantes do FMI e cerca de 80% dessa ajuda técnica vai para países de baixa renda na Ásia e na África Subsaariana (TECHNICAL ASSISTANCE, [s.d.]e). 2. Histórico O FMI foi criado durante a Conferência de Bretton Woods no estado de New Hampshire, nos Estados Unidos, em 1944 (FMI, [s.d.]a). A reunião foi determinada pelo presidente dos Estados Unidos, Franklin D. Roosevelt, e o primeiro-ministro inglês, Winston Churchill, que com a proximidade do fim da Segunda Guerra Mundial buscavam reformular o sistema financeiro internacional. Estiveram presentes representantes de 44 países (SCHIFFERES, 2008). Os delegados focaram-se em duas questões principais: estabelecer um sistema estável de taxas de câmbio e pagar pela reconstrução das economias europeias fortemente abaladas pelo conflito mundial. Assim, ao final das discussões, foram criadas duas instituições, sendo uma delas o FMI e a outra o Banco Mundial (BM). O Fundo nasceu com o intuito de manter um sistema de taxas de câmbio fixas atreladas ao dólar. Além disso, países com dificuldades no balanço de pagamentos poderiam receber ajuda rápida para evitar a desvalorização das suas moedas. O Banco, por sua vez, seria destinado a fornecer empréstimos de longo prazo para a reconstrução das economias e o desenvolvimento de atividades produtivas (SCHIFFERES, 2008). As operações do Fundo tiveram início em março de 1947 e o primeiro empréstimo foi dado à França em maio do mesmo ano. O sistema de taxa de câmbio fixo era baseado na convertibilidade do dólar norte-americano em ouro e durou até 1971 (FMI, [s.d.]), quando, devido à pressão pelos custos da Guerra do Vietnã e a um crescente déficit nas transações comerciais, o presidente norte-americano Richard Nixon desvalorizou a moeda norteamericana, dando origem à chamada taxa de câmbio flutuante. Com isso, teve fim o chamado Sistema de Bretton Woods (SCHIFFERES, 2008). Na década de 1980, o Fundo teve um papel ativo durante a Crise da Dívida Externa que afetou muitos países em desenvolvimento1, por meio de grandes empréstimos - sujeitos 1 Durante a década de 1970, vários países em desenvolvimento pegaram volumosos empréstimos com bancos internacionais. Porém, com a subida da taxa de juros pelo Federal Reserve (o Banco Central estadunidense) em 1979 para combater a inflação, tais países foram duplamente afetados: os pagamentos dos serviços das à condicionalidades – e reformas estruturais. A intensa participação do FMI se manteve durante as crises da década seguinte, sobretudo a do México em 1994 e a da Ásia em 1997 (FMI, [s.d.]). Porém, na década de 2000 as críticas ao Fundo se acentuaram, levando-o a um período de menor atividade. Ele foi acusado de ter contribuído indiretamente para as crises passadas, devido à defesa da retirada prematura do controle do fluxo de capitais e de suas medidas rígidas. O protagonismo do FMI só retornou com a crise fiscal norteamericana de 2008 e a crise europeia que se seguiu. Esses eventos foram fundamentais para o reconhecimento da importância dos países emergentes e a reestruturação dos programas de empréstimos do Fundo (JOYCE, 2012). 3. O FMI e a SiNUS 2015 Na edição de 2015 da Simulação das Nações Unidas para Secundaristas (SiNUS), o FMI terá como tema as condicionalidades de empréstimo aos países em desenvolvimento. Assim, o comitê se relaciona com o lema da SiNUS 2015 “Compreendendo o presente, Liderando para o futuro”, na medida em que propõe uma análise da construção atual desse mecanismo como forma de sugerir modificações para que se torne mais efetivo e reduza suas externalidades negativas no futuro. Além disso, as discussões do comitê abordarão os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODMs)2, um dos principais tópicos tratados nessa edição, focando-se, especialmente, em como as condicionalidades impactam os planos e as políticas dos países para atingir os objetivos estabelecidos. A análise dessa questão terá como eixo central os programas de empréstimo do FMI, notadamente um de seus mais importantes mecanismos, as condicionalidades. Estas existem para garantir que o Fundo seja reembolsado e também que o país receptor dos créditos estabilize sua economia. A disponibilidade de tais empréstimos e suas condicionalidades sofrem influência dos principais acionistas do FMI, em especial dos dívidas aumentaram e os preços dos seus produtos de exportação caíram. Nesse sentido, em agosto de 1982 o México anunciou moratória, ou seja, a incapacidade de honrar o pagamento de sua dívida. Então, vários outros países da América Latina, entre eles o Brasil, anunciaram que também passavam por dificuldades, gerando a chamada Crise da Dívida Externa (OHNO, 2006). 2 Os ODMs foram estabelecidos em setembro de 2000 por 189 nações com o intuito de reduzir a extrema pobreza e combater diversos outros problemas que afetam os países, notadamente os mais pobres. Seus pontos incluem: redução da pobreza; ensino básico universal; igualdade entre os sexos e autonomia da mulher; redução da mortalidade infantil; melhora da saúde materna; combate ao HIV, malária e outras doenças; sustentabilidade ambiental e o estabelecimento de uma Parceria Mundial para o Desenvolvimento (PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO, [s.d.]). Estados Unidos da América (EUA). Nesse contexto, defende-se uma ampla reestruturação do seu critério de empréstimos e da sua estrutura, a fim de garantir um sistema econômico internacional estável e diminuir consequências que dificultam o desenvolvimento equilibrado dos países. Acredita-se que o mecanismo das condicionalidades seja positivo em dois aspectos: melhora dos dados estatísticos do país e superação do Dilema do Samaritano3. Entretanto, o FMI tem sido constantemente criticado por causa da sua estrutura institucional e também por seu sistema de empréstimos. A maioria dos críticos ressalta basicamente a falta de transparência do Fundo e defende que seus programas de empréstimo são ineficazes. Argumenta-se ainda que esse instrumento cria divergências em relação à reputação internacional de um país em crise, principalmente em relação aos mercados. Tal fato ocorre, pois o FMI desenvolve programas muitas vezes irrealistas que não têm a possibilidade de serem cumpridos em sua totalidade. Assim, os governos tendem a aceitálos mesmo sabendo de sua dificuldade, apenas para terem acesso aos recursos que carecem. Dreher e Vaubel (2003), por exemplo, acreditam que as condicionalidades deveriam ser utilizadas em menor número e de maneira mais simples, e tornarem-se públicas, sendo necessário que o Fundo informe se elas foram ou não cumpridas. Buira (2003) nota que o alto número de condicionalidades torna mais difícil determinar o cumprimento das obrigações pelo governo receptor, o que gera incerteza quanto ao repasse dos recursos e torna a instituição menos transparente. Alguns autores debatem ainda que os países que mais necessitam dos recursos do FMI, tendem a receber mais condicionalidades, já que possuem uma menor capacidade de barganha nas negociações com essa organização (DREHER e JENSEN, 2007). Isso ocorre, pois, é por meio das condicionalidades que os países com maior participação no Fundo impõem seus interesses e atuam no desenho das políticas que serão determinadas aos solicitantes de empréstimo (BUENO, 2006). Ademais, os países têm sua soberania relativizada, sendo que a atitude de apropriação nacional dos programas defendida pelo FMI seria utilizada apenas para internalizar interesses externos, os quais muitas vezes não 3 O dilema do Samaritano acontece quando doadores altruísticos têm sua capacidade de impor disciplina limitada aos receptores. Dessa maneira, os receptores dos recursos tendem a investi-los de maneira insuficiente ou pouco segura, pois teriam a expectativa de serem socorridos novamente, caso fosse necessário (MOURMOURAS; RAGANZAS, 2004). representam as políticas necessárias para a resolução da sua crise econômica (DREHER e JENSEN, 2007 apud BUENO, 2006). Os economistas Michael Hutchison, da Universidade da Califórnia, e Ilan Noy, da Universidade do Havaí, mostram que os programas do FMI têm um efeito negativo no crescimento econômico dos países que recebem ajuda do Fundo. Isso acontece porque os governos são induzidos a investir menos e poupar mais e, além disso, as altas taxas de juros traduzidas pelas condicionalidades levam empresas a fecharem suas portas. Vreeland (2007) concorda que a estabilidade econômica visada pelo Fundo é necessária, entretanto, ela sozinha não comporta o desenvolvimento social dos países nem a melhora da qualidade de vida da população, explicitados pelo 7º ODM (VREELAND, 2007). No Brasil, por exemplo, esse mecanismo utilizado pelo FMI agravou os problemas sociais da população. O desemprego aumentou e o número de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza cresceu em 1997 e 2002. Teixeira (2005) defende que a estrutura do FMI abre espaço para que a soberania dos países pobres seja afetada, principalmente pelos EUA. Em suma, o poder do Fundo é tão grande que pode interferir nas decisões políticas dos países (TEIXEIRA, 2005). No mesmo contexto, a relação entre o FMI e a Argentina na década de 1990 resultou em um fracasso. Em tal período, assim como vários outros da América Latina, o país passou por um aumento da dívida externa. Para tentar controlar o processo inflacionário e garantir o apoio de instituições financeiras, como o FMI, uma série de planos foi lançada e todos eles falharam, como o Plano Austral, em 1985, e o Plano Primavera, em 1988 (WINJHOLD, 2003). Alguns acreditam que as condicionalidades eram necessárias e o fato de não terem sido seguidas corretamente resultou em um grande processo inflacionário. Em contraste, alguns culpam o Fundo, argumentando que o país seguiu as medidas impostas e estas o levaram à crise em 2001 (MECON, 2004 apud WINJHOLD, 2003). Para aqueles que julgam as condicionalidades como uma política não benéfica para os países saírem de crises, o Fundo deve rever a sua defesa de austeridade fiscal como medida fundamental para recuperar a credibilidade dos países e, assim, o crescimento. Para aqueles que notam como necessário o mecanismo, o FMI deve impor as condicionalidades antes de um país receber os empréstimos. As novas instituições criadas pelo BRICS (grupo político de cooperação formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), aumentam a pressão para que o Congresso norte-americano aprove a proposta feita em 2010 no Fundo, a qual prevê uma reorganização das quotas do Fórum para representar de forma mais justa os países emergentes, hoje sub-representados, além de fomentar a elaboração de novas reformas (BRICS, 2013). Acredita-se que, com a criação desses novos mecanismos, a pressão por reformas para que o Fundo seja mais representativo aumentará de forma geral (BRICS, 2014). 4. Posicionamento dos países 4.1 África do Sul A África do Sul possui um Produto Interno Bruto (PIB) em Paridade do Poder de Compra4 (PPC) de US$ 595,7 bilhões e sua posição na economia mundial é a 20ª. A crise financeira internacional de 2008 fez os preços das commodities e a demanda mundial por esses tipos de produtos caírem, levando o PIB a diminuir 2% no mesmo ano. Sua economia vem se recuperando desde então, mas o desemprego, que gira em torno de 25%, a pobreza e a desigualdade continuam a ser grandes desafios, pois suas taxas estão entre as maiores do mundo (CIA, 2014). O país detém 0,77% do poder de voto do FMI (FMI, 2015b) e não tem sido um tomador de empréstimo muito assíduo, mas votou a favor da modificação do Conselho Executivo e das quotas do Fundo (FMI, 2015c). A reforma das quotas, porém, faria o poder de voto do país cair para 0,634% (FMI, 2010a). Em 1997, os sul-africanos receberam uma ajuda de US$850 milhões para recuperar a balança de pagamentos que estava sendo fortemente afetada pela seca prolongada. A carta de intenção feita para apresentar o pedido ao Fundo comprometeu o governo sul-africano a reduzir em poucos anos o déficit orçamentário a 6% do PIB, diminuir as despesas e não aumentar os impostos, continuar a política monetária fiscal justa e simplificar e racionalizar o sistema tarifário. Segundo Kahn (2000), essas políticas são típicas do FMI e são geralmente criticadas pelos opositores das condicionalidades usadas no país (KAHN, 2000). 4 A PPC permite comparar duas ou mais economias por meio da análise dos preços em moeda local de alguns produtos, que formam uma “cesta internacional”, em relação ao valor desta cesta em dólares americanos (ENTENDA..., 2013). Em 2000, antes das reuniões do Fundo em Washington, o então ministro das finanças já havia informado que buscaria mudanças estruturais na organização, na sua Constituição e no modo em que ela opera, argumentando que países em desenvolvimento precisavam ter voz e ser levados em conta. A então Diretora Geral de Finanças do país, Maria Ramos, afirmou que o FMI errou várias vezes na profundidade e nos detalhes das condicionalidades impostas (KAHN, 2000). 4.2 Alemanha Com um PIB em PPC de US$ 3,227 trilhões, a economia alemã é a maior da Europa e a 5ª maior do planeta. Possui uma força de trabalho qualificada e um importante setor exportador com destaque para a indústria de equipamentos, máquinas, químicos e veículos. A taxa de desemprego é baixa, 5,5% da população ativa, e a dívida pública corresponde a 79,9% do PIB (CIA, 2014). Os alemães detêm 5,80% do poder de voto do FMI, o que os torna a terceira maior potência dentro dessa instituição, não possuindo empréstimos em andamento (FMI, 2015b). No tocante à reforma das quotas do Fundo, os alemães votaram a favor, mesmo com a proposta de redução de seu poder voto de para 5,31% (FMI, 2010a; FMI, 2015c). Sua chanceler, Angela Merkel, foi importante defensora das políticas de austeridade requisitadas pelo FMI durante a crise europeia, não só para os países mais endividados, mas também para aqueles em situação mais confortável, como forma de impedir a deterioração de suas economias (CZUCZKA e DONAHUE, 2012). O governo de Merkel defende a redução dos gastos públicos e reformas trabalhistas frente a períodos de crise, para tornar os países mais competitivos, considerando o desemprego e os outros efeitos negativos uma consequência temporária para assegurar a prosperidade econômica (WEARDEN e ELLIOT, 2013). 4.3 Angola A Angola possui um PIB em PPC de US$ 131,8 bilhões e sua posição na economia mundial é a 67ª. Na década de 2000, o aumento no seu crescimento econômico foi gerado pela alta de preços do petróleo, que juntamente com suas atividades complementares contribuem para 85% do PIB do país. A recessão da economia mundial em 2009 fez o crescimento do PIB do país diminuir por causa da baixa do preço do petróleo e do diamante. Além disso, no mesmo ano, a queda das receitas públicas impediu que Luanda honrasse seus pagamentos com diversas construtoras internacionais, causando uma dívida de US$ 9 bilhões e paralisando diversas construções (CIA, 2014). Com a queda das reservas de divisas, a Angola solicitou ao FMI um empréstimo no valor de US$ 1,4 bilhão. O alto desempenho das reformas e a estabilização alcançada levaram o Fundo a aceitar o acordo (FMI CONSIDERA..., 2014), assinado em novembro de 2009. A inflação, que estava 325% em 2009, reduziu-se para 10% em 2012 (CIA, 2014). Em 2014, o FMI declarou que a probabilidade do país necessitar de um novo empréstimo no curto prazo é muito pequena, já que sua economia apresentou melhoras significativas (FMI CONSIDERA..., 2014). O país detém 0,14% do poder de voto do FMI (FMI, 2015b) e votou a favor das reformas no Fundo referentes às cotas e ao Conselho Executivo em 2010 (FMI, 2015c). As mudanças aumentariam o poder de voto do país para 0,18% (FMI, 2010a). 4.4 Arábia Saudita O Reino da Arábia Saudita possui um PIB em PPC de 927,8 bilhões de dólares, é a 22ª maior economia mundial e o maior país do Oriente Médio. É o principal exportador de petróleo do mundo; cerca de 90% de suas exportações e 45% do PIB são compostos da extração do combustível fóssil (CIA, 2014). A taxa de desemprego é de 10,5%, mas 80% da força de trabalho da Arábia Saudita é composta por estrangeiros, cerca de seis milhões de pessoas. Por isso, o desafio do governo saudita é gerar emprego para os cidadãos locais. Investimento em educação e treinamento profissional são algumas das medidas adotadas pelo governo, que também vem incentivando a iniciativa privada com o intuito de diversificar a sua economia (CIA, 2014). A Arábia Saudita, que tem 2,80% dos votos do FMI e nunca precisou de ajuda monetária do Fundo, é favorável à proposta de reforma das quotas de 2010, mesmo tendo seu poder de voto reduzido para 2,10%. Segundo o FMI, é uma das economias do G-20 que teve um dos melhores desempenhos nos últimos anos. Tem uma baixa dívida externa pública em relação ao seu PIB e o FMI atrela seu bom desempenho a uma sólida política fiscal (FMI, 2015c; FMI, 2015g). 4.5 Argentina A Argentina possui um PIB em PPC de US$ 609,9 bilhões, sendo a 22º maior economia do mundo (CIA, 2013). De acordo com o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (INDEC, 2014), o país tem apresentado números que indicam uma economia em profunda fase de recessão. Com isso, um dos setores mais afetados é o de montadoras instaladas no país, onde, ainda segundo o Indec, a fabricação de veículos apresentou uma queda de 12,5%, em comparação a novembro de 2013. Ademais, o governo do país efetuou, durante o último ano, uma média de 395 mil demissões nos 31 principais centros urbanos da Argentina, sendo a grande maioria em Buenos Aires, a qual é responsável por 37% do PIB do país (INDEC, 2014 apud CIA WORLD FACTBOOK, 2013). Frente ao Fundo, a Argentina é membro do conselho representante e possui poder de voto de 0,87% (FMI, 2015b). Em relação às condicionalidades, o país não aceita fiscalizações ou planos do Fundo. Isso se deve ao fato de o governo acreditar que as propostas de ajustes do FMI foram responsáveis pela recessão que atingiu a Argentina em 2001 e, mais recentemente, a Europa (KIRCHNER, 2013; FMI, 2015b). 4.6 Austrália O PIB em PPC da Austrália é de aproximadamente US$ 1 trilhão, 18º maior do mundo (CIA, 2014). A economia australiana se saiu bem em comparação com outras economias desenvolvidas desde a crise financeira global, devido, sobretudo, ao boom no preço de minerais, entre eles o minério de ferro largamente comercializado com a China. Porém, a queda do crescimento chinês influenciou fortemente a queda no preço dessa e de outras commodities e fez com que aumentasse a taxa de desemprego no país (FMI, 2014b). O país é membro do FMI desde 1947 e atualmente possui poder de voto de 1,31%. A Austrália esteve de acordo com o estabelecimento da Linha de Crédito Flexível (LCF) pelo FMI em março de 2009. O país julgou que a base das condicionalidades em avaliações, ao invés do desempenho estrutural, foi algo modernizador. Além disso, afirmou a importância dessa nova Linha, cuja qualificação é baseada em condições ex-ante5, em 5 Com relação ao FMI, condicionalidades ex-ante são ajustes realizados pelo país antes dele tomar o empréstimo da instituição. Diferenciam-se das condicionalidades ex-post que são ajustes feitos após a ajuda do Fundo (IAZDI, 2013). fornecer um grande financiamento inicial para países emergentes com um longo prazo de reembolso (AUSTRALIAN TREASURY, s.d.). O país tem defendido fortemente a total implementação da Reforma nas Quotas e na Governança do FMI de 2010, devido à importância de aumentar os recursos do Fundo, aumentar o peso de países em desenvolvimento atualmente sub-representados e formar um Comitê Executivo mais representativo. Dessa forma, o país tem encorajado os demais membros do G-20 a também apoiarem a proposta (AUSTRALIAN TREASURY, s.d.). Porém, a Austrália se negou a entrar no Banco Asiático de Infraestrutura em Investimento criado pelos chineses em outubro de 2014, afirmando se opor às suas regras de governança e transparência (CHAN, 2014). 4.7 Bangladesh Bangladesh é a 44º economia do mundo e detém um PIB em PPC de 324,6 bilhões de dólares. Um dos países mais densamente povoados do mundo, está situado na baía de Bengala, entre a Índia e Myanmar. Mais da metade do PIB de Bangladesh vem dos serviços e grande parte da monocultura do arroz, na qual a maioria da população trabalha. O setor industrial é dominado pelas empresas de vestuário que são responsáveis por 80% do total das exportações do país. (CIA, 2014). O país é favorável à proposta de reforma de cotas, que se for aprovada não mudará seu poder de voto de 0,24% no Fundo. Desde 1974, Bangladesh já participou de uma série de programas do FMI. Tais empréstimos vieram acompanhados de vários ajustes estruturais, como: contração na política monetária, liberalização tarifária, privatizações e aumento dos impostos (BANGLADESH ECONOMIC UPDATE, 2011). 4.8 Bélgica O PIB belga em PPC é de US$ 421,7 bilhões, ocupando o 33º lugar no mundo (CIA, 2014). A base da economia do país é a indústria, majoritariamente localizada na região de Flandres, no norte do país. Possuindo poucos recursos naturais, a Bélgica importa uma significativa quantidade de matérias-primas e exporta um grande volume de manufaturas. Seus principais parceiros econômicos são os demais países da União Europeia (UE) com os quais realiza três quartos de suas operações comerciais (CIA, 2014). O país tem atualmente o desafio de aumentar sua taxa de crescimento econômico que em 2013 e 2014 alcançou baixos aumentos, de apenas 0,1% e 0,3% respectivamente (WORLD BANK, 2015). O governo liberal eleito em outubro de 2014 defende a necessidade de políticas austeras para reduzir o déficit público, hoje na casa de 105% do PIB, para os cerca de 60% instruídos para os países da zona do euro (BELGIUM GRINDS..., 2014). O governo conta com o apoio do FMI para realizar essas reformas, porém a resistência da população é grande, o que é exemplificado pela ocorrência de uma greve-geral de um dia em dezembro de 2014, algo que não ocorria desde 1993 (BELGIUM GRINDS..., 2014; IMF WELCOMES..., 2014). A Bélgica é um dos países que está de acordo com a Proposta de Reforma de 2010 que redistribuiria a porcentagem de votos do FMI, embora tenha a sua porcentagem reduzida dos atuais 1,86% para 1,3% caso ela entre em vigor (FMI, 2010a; FMI, 2015c). Comparando o período pré-2008 (ano no qual ocorreu uma redistribuição de votos que reduziu a porcentagem belga de 2,12% para 1,86%) com um cenário com a eventual passagem da Proposta de 2010, o país será o membro mais afetado negativamente em termos de porcentagem, tendo uma redução de 43% do seu poder de voto. Para compensar esse possível cenário, em novembro de 2012, o país anunciou a união de parte do grupo de países do qual faz parte no Comitê Executivo do FMI com outro liderado pela Holanda 6. Formado em sua maioria por países que vêm perdendo poder de voto no Fórum, a intenção é unir forças, uma vez que os 14 membros do novo grupo possuem juntos 6,39% da distribuição de votos (IMPACT OF..., 2012). 4.9 Bolívia Com um PIB de US$ 30,6 bilhões, a Bolívia é um dos países mais pobres da América Latina e, ao mesmo tempo, uma das economias que mais crescem nesse espaço (FMI, 2014). O país cresceu economicamente 6,5% em 2013, apresentando o melhor resultado em três décadas. Ademais, tal acontecimento não se trata de um fato singular, já que entre 2007 e 2012 a expansão anual média do PIB no país foi de aproximadamente 6 O fato dos dois países, juntamente com Luxemburgo, formarem o agrupamento Benelux, uma União Econômica desde 1958, foi um facilitador para que os três passassem a fazer parte do mesmo grupo no Comitê Executivo do FMI. Para mais informações sobre a formação do agrupamento Benelux, consultar: Centre Virtuel de la Connaissance sur l'Europe (2012). 4,8%. Alguns analistas de mercado acreditam que os bons números são reflexos de uma política econômica prudente, a qual soube usufruir de um cenário favorável do principal produto boliviano, o gás (FMI, 2014a). Além do FMI, o país também é bem avaliado pelo BM e pela agência de classificação de riscos, Moody’s, os quais tecem elogios à administração do presidente Evo Morales (BM, 2014, apud MOODY, 2014). A participação da Bolívia quanto à votação no Fundo é de 0,10% (FMI, 2015b). Em 2002, o governo dependia fortemente de recursos externos para financiar projetos de desenvolvimento e, como resultado, passou a dever bilhões de dólares para seus credores estrangeiros. Entretanto, o governo boliviano conseguiu, em grande parte, cumprir as metas fiscais e monetárias estabelecidas pelo FMI desde 1987. A partir de 2013, a ajuda externa se mostrou apenas como uma parcela do orçamento do governo, principalmente por causa da grande arrecadação de impostos relacionada à exportação de gás para o Brasil e Argentina (FMI, 2015a). Em contrapartida aos diversos elogios recebidos pela Bolívia, Morales acredita fortemente que o país pode evoluir sem participação no Fundo (PRESIDENCIA DA BOLIVIA, 2013). Com base no economista Alfredo Serrano (2014), a avaliação positiva do FMI é consequência de um rompimento das políticas econômicas pós-neoliberais recomendadas por organismos internacionais como o próprio Fundo e o Banco Mundial (SERRANO, 2014). De acordo com a Central Operária Boliviana (COB), única representante dos trabalhadores no país, isso só é possível porque hoje quem faz a lei na Bolívia não são mais os assessores do FMI e do BM (COB, 2010). 4.10 Brasil Com um PIB de US$ 2,246 trilhões, a economia brasileira foi considerada a 7ª maior do mundo, tanto pelo FMI quanto pelo BM (WORLD BANK, 2014). Entretanto, o mercado financeiro prevê um crescimento próximo a zero e ainda uma inflação acima de 7% para este ano (BANCO CENTRAL DO BRASIL [BACEN], 2014). Para conter os gastos públicos, o Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, anunciou aumentos de tributos além de outras medidas, também com o objetivo de resgatar a confiança na economia brasileira (FMI; Banco Mundial, 2014 apud BACEN, 2014). Com a nova reforma, o Brasil elevaria seu poder de voto no FMI, passando de 1,4% para 1,7%, o que representa o quarto maior ganho entre todos os membros, depois da China, Coréia do Sul e Índia. Com tal mudança, o Brasil passaria da 18ª a 15ª posição, relativamente ao poder de voto. (FMI, 2015b). Ademais, Dominique Straus-Kahn, diretor geral do Fundo em 2013, afirmou que o país vem mudando seu status e hoje possui mais influência do que as porcentagens representam, passando de devedor a credor da instituição (STRAUS-KAHN; FMI, 2013). Quanto às condicionalidades, o governo brasileiro se posiciona de maneira adversa (PRESIDÊNCIA DO BRASIL, 2014). Ao passar de devedor a credor, o Brasil esperava mudanças principalmente no que diz respeito às reformas para que países em desenvolvimento pudessem ter voz ativa na definição de seu futuro. As receitas políticas e econômicas impostas pelo Fundo não surtem efeito para conter grandes crises, segundo representantes do governo federal (PRESIDÊNCIA DO BRASIL, 2010). 4.11 Canadá O Canadá possui um PIB em PPC de US$ 1,518 trilhão e é a 14ª economia mundial. É classificada como uma sociedade de alta tecnologia industrial, mas o país também foi afetado pela crise que se desencadeou no final de 2008 e Ottawa declarou seu primeiro déficit depois de 12 anos de superávits (CIA, 2014). O país detém 2,56% do poder de voto do FMI (FMI, 2015b) e votou a favor da reforma das quotas do Fundo e do Conselho Executivo em 2010 (FMI, 2010a). Em 2011, o Ministro das Finanças, James Flaherty, fez declarações assegurando que o Canadá deveria dar início aos passos legislativos domésticos para levar o novo acordo de quotas a efeito e que encorajava os outros membros do FMI a fazer o mesmo em um determinado espaço de tempo. Com a alteração nas quotas, o país deixaria de ser o oitavo maior acionista para ser o décimo primeiro (LEE e GAVRILOVA, 2012). 4.12 Chile O crescimento da economia chilena foi mais fraco do que o esperado no último ano, uma vez que o investimento no país teve um alto recuo (BANCO CENTRAL DO CHILE, 2014). Seu PIB em PPC abarca US$ 277,2 bilhões e se encontra na 31ª posição no ranking de competitividade econômica, mas vem perdendo ritmo desde que investidores deixaram o setor de mineração e os consumidores passaram a evitar gastos (WORLD BANK, 2015). O presidente do banco central do país, Rodrigo Vergara, disse que manterá a flexibilização da política monetária, corroborando com a expectativa de que a taxa básica de juros caia. Vergara acredita ainda que esse estímulo deve ser suficiente para recuperar gradualmente a economia chilena (VERGARA, 2014 apud BANCO MUNDIAL; BANCO CENTRAL DO CHILE, 2014). No Fundo Monetário Internacional, o Chile possui 0,37% de poder de voto (FMI, 2015b), se apresentando a favor das reformas de quotas apresentadas pelo FMI em 2010 (FMI, 2014a). O Fundo (2014) atesta que os principais riscos para a economia chilena são a queda do preço do cobre, principal produto de exportação do país, além da maior volatilidade financeira em âmbito mundial. Além disso, O FMI afirma que se deve trabalhar para que os detalhes das reformas propostas pelo país se apresentem de maneira mais clara, para a formulação de prioridades que reduziriam incertezas e riscos de atrasos (FMI, 2014a). A presidente do Chile, Michelle Bachelet, acredita que as fórmulas impostas pelo FMI, a fim de garantir o desenvolvimento da nação, não podem ser consideradas vitoriosas. Para ela, os centros financeiros internacionais não conseguem oferecer uma resposta clara com o intuito de modernizar seu mercado. Bachelet também afirma que o Chile aplicou diversas medidas e lições ensinadas pelos países mais desenvolvidos, quando estes entraram em crise justamente por falta daquilo que tentavam ensinar: regulações que organizem o mercado e permitam ao Estado garantia a justiça social (BACHELET, 2008). 4.13 China De acordo com o FMI (2014a), a China ultrapassou os Estados Unidos e assumiu o posto de país com o maior PIB baseado em PPC, alcançando o valor de US$ 17,632 trilhões. Embora o PIB per capita ainda seja muito inferior ao de outros países, esse dado permite perceber a importância econômica da China. Além disso, o país mantém uma taxa de crescimento que, apesar de não chegar aos dois dígitos como ocorreu em alguns anos da década passada, ainda é muito superior à da maior parte dos países em desenvolvimento e do que todos os desenvolvidos, alcançando 7,8% e 7,4%, respectivamente, em 2013 e 2014 (FMI, 2015a). A China defende veementemente a necessidade da revisão da divisão de quotas e poder de votos no FMI. O país considera que a atual configuração não corresponde a seu peso econômico, assim como o de vários outros países em desenvolvimento. Dessa forma, clama pela aprovação da Proposta de Reforma das quotas do FMI de 2010 pelo Congresso norte-americano (BLANCHARD, 2014). Caso esta se concretizasse, os chineses passariam dos atuais 3,81% da divisão dos votos para 6,07% (FMI, 2010a). Como forma de pressionar alterações nas instituições financeiras internacionais já existentes, a China vem investindo em alternativas. O agrupamento BRICS, do qual faz parte junto com Brasil, Rússia, Índia e África do Sul, anunciou a criação do Novo Banco de Desenvolvimento e o Arranjo Contigente de Reservas (MINISTÉRIO DE RELAÇÕES EXTERIORES, 2014). Ao passo que o primeiro terá seu montante de U$$ 50 bilhões igualmente divididos entre os cinco países (MINISTÉRIO DE RELAÇÕES EXTERIORES, 2014), nesse último, que busca apoiar dificuldades temporárias de balanço de pagamento de seus membros, a China será a principal investidora (BACEN, 2014). Além dessas instituições, o país coordenou a criação do Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura com montante inicial de U$$ 50 bilhões que surge como um desafio direto ao Banco Mundial e ao Banco Asiático de Desenvolvimento, do qual Japão e Estados Unidos são os principais acionistas (ANDERLINI, 2014). O presidente Xi Jimping promete que a nova instituição fará empréstimos “sem amarras” – em uma clara crítica às condicionalidades atuais do FMI (CHANDA, 2014). Porém, assim como ocorre em relação às duas instituições criadas pelo BRICS, ainda não se sabe se haverá condicionalidades e, em caso positivo, como elas funcionarão (STUENCKEL, 2013). 4.14 Coreia do Sul A Coreia do Sul é a 13ª maior economia do mundo, com um PIB em PPC de US$ 1,666 trilhão (CIA, 2014). O país passou por um grande crescimento nas últimas quatro décadas, deixando uma situação de PIB baixíssimo, para alcançar uma economia industrializada de alta tecnologia (SOUTH KOREA, 2014). Além disso, é uma democracia consolidada com grandes índices de inovação. Porém, o país ainda enfrenta desafios, como o setor empresarial muito concentrado, o envelhecimento da população e a turbulenta relação com a vizinha Coreia do Norte (SIX MARKETS, 2014). Durante a crise fiscal asiática de 1997, a Coreia do Sul foi fortemente impactada, de modo que precisou recorrer à ajuda financeira do FMI e, para tanto, seguiu uma série de condicionalidades que são criticadas por alguns e vistas como necessárias por outros (CORNING, 2000). Atualmente, o país defende a Proposta de Reforma das Quotas de 2010 (FMI, 2015c) que aumentará a sua porcentagem de votos de 1,36% para 1,73% (FMI, 2010a). Um fato notável é que foi durante a presidência coreana no G20 que essa instituição emitiu um Acordo sobre Quotas e Governança do FMI (FMI, 2010b). 4.15 Emirados Árabes Unidos Os Emirados Árabes Unidos (EAU) são a 50º economia do mundo e detém um PIB em PPC de US$ 269,8 bilhões (CIA, 2014). Os Emirados são formados por uma federação de sete principados que se juntaram em 1971 após se tornarem independentes do império britânico. É uma economia de mercado aberto que enriqueceu devido à exploração do petróleo a partir dos anos 1970, de modo que atualmente 25% do PIB dos Emirados Árabes é proveniente desse produto. A diversificação da economia, mitigando a dependência do petróleo, foi capaz de proteger o país dos diversos choques de preço do combustível, apesar de terem sofrido com os efeitos da crise de 2008/9 (CIA, 2014). Dubai, um dos emirados, é responsável por grande parte da diversificação da economia do país, se tornando um grande centro comercial, turístico e referência para a construção civil (CIA, 2014). Os Emirados Árabes fazem parte do FMI desde 1972, detêm 0,33% dos votos do Fundo e nunca precisaram recorrer à ajuda financeira internacional. Os EAU também são um dos poucos países que não concordaram com a reforma do sistema de quotas do FMI, mesmo com seu poder de voto aumentando para 0,49%. (FMI, 2015c; FMI, 2015i). 4.16 Espanha A Espanha possui um PIB em PPC de US$ 1,38 trilhão e é a 15ª maior economia do mundo. O país foi fortemente afetado pela crise de 2008/9 e pela crise europeia que a sucedeu, passando por recessão entre 2009 e 2013. Apesar de ter se recuperado desse momento, a economia espanhola ainda continua frágil com uma taxa de desemprego de 26,3% da população ativa e uma dívida pública de 93,4% do PIB (CIA, 2014). Os espanhóis detêm 1,62% do poder de voto do FMI e não possuem nenhum empréstimo com a instituição (FMI, 2015b; FMI, 2014c). Passando por sua própria crise, o governo espanhol optou não seguir as recomendações de austeridade sugeridas pelo Fundo em seus relatórios. Ao invés disso, o Primeiro-Ministro, Mariano Rajoy, decidiu reduzir os impostos para empresas e indivíduos, além de simplificar o sistema tributário espanhol. Nesse contexto, Madri pretende permitir o crescimento privado que deve gerar aumento de receitas e redução do déficit público (MADRID AGAINST..., 2014). A Espanha votou a favor da proposta de reforma de 2010 que deve alterar seu poder de voto para 1,92% (FMI, 2010a; FMI, 2015c). 4.17 Estados Unidos da América Com um PIB de 17, 416 trilhões de dólares em PPC os Estados Unidos da América são a segunda maior economia do mundo, ultrapassado pela China em 2014 e também o principal acionista do FMI, contribuem com aportes anuais que ultrapassam US$40 milhões (IMF, 2014a). Devido à sua importância, os norte-americanos tem o maior poder de voto do Fundo, de 16,75%, o que automaticamente lhes dá o poder de veto sobre as decisões mais importantes, as quais precisam de mais de 85% de aprovação (FMI, 2015c; FMI, 2015j). Nesse contexto, alguns críticos do sistema de condicionalidades dos empréstimos do FMI, argumentam que os EUA utilizam sua influência no fundo para colocar em prática sua agenda política (DREHER e JENSEN, 2007). Em 2010, foi aprovada pelos membros do FMI uma reforma que dá maior poder de voto aos países emergentes, mas que para ser implementada precisa de 85% de aprovação. O Congresso americano não ratificou a decisão, e por causa do peso do poder de voto dos EUA a reforma ainda não pode ser colocada em prática. Depois da reforma o poder de voto norte-americano cairia para 16,48%, mantendo seu poder de veto (FMI, 2010). O presidente Barack Obama é favorável à mudança, mas enfrenta forte oposição do Partido Republicano no congresso nacional e por isso não consegue aprová-la (LAMUCCI, 2014). O FMI já mostrou o seu desapontamento com o entrave americano e no fim de 2014 declarou que procurará meios alternativos para a implementação da decisão de 2010 (LAMUCCI, 2014). 4.18 Etiópia A Etiópia é a 69º economia do mundo e detém um PIB de US$ 118,2 bilhões (CIA, 2014). O segundo país mais populoso da África, apesar de não ter sido colonizado, foi invadido por Mussolini durante a 2ª guerra mundial e passou por uma longa guerra civil no século passado. A economia da Etiópia é baseada na agricultura, sendo o café o principal produto de exportação. É uma das economias africanas que mais crescem sem ser dependente do petróleo, em média 7% ao ano (ETHIOPIA PROFILE, 2014). A Etiópia já recorreu à ajuda monetária do FMI cinco vezes, a primeira no ano de 1981 e a última em 2009 (IMF, 2015e). Devido a esses programas a Etiópia foi um dos países que tiveram que lidar com as condicionalidades dos empréstimos do FMI, o que comprometeu o seu acesso à ajuda externa para investimento em educação e saúde, afetando diretamente o cumprimento dos ODM. (STIGLITZ, 2002). Apesar disso, o país não aceitou a reforma proposta em 2010, com a qual teria seu poder de voto aumentado de 0,08% para 0,09% (FMI, 2010a; FMI, 2015c). 4.19 França O PIB francês se manteve praticamente estagnado nos últimos três anos em US$ 2,276 trilhões em PPC (10º maior do mundo). A economia francesa é diversificada em todos os setores e o Estado mantém forte presença, especialmente, nas indústrias de defesa, energia e transporte público. Entre 2008 e 2013, o desemprego alcançou 10,2% da população economicamente ativa e a dívida pública saltou de 68% para 94% do PIB. Apesar da situação desconfortável, os investidores continuam confiantes na liquidez francesa e os juros de seus empréstimos se mantiveram baixos (CIA, 2014). A França detém 4,29% do poder de voto do FMI e não possui nenhum empréstimo com essa organização (FMI, 2015b). Em termos de condicionalidade e austeridade, o presidente francês, François Hollande, que tinha em sua plataforma de campanha a manutenção dos benefícios sociais e a taxação dos mais ricos, mudou de posição em 2014 e defendeu a redução dos impostos para empresas e cortes nos gastos públicos para a superação da crise (DORFMAN, 2014). Em 2014, o Fundo recomendou ao país que reduzisse o ritmo das medidas de austeridade, como forma de permitir a recuperação do crescimento do PIB e do emprego na terceira maior economia europeia (HOROBIN, 2014), Os franceses votaram a favor da proposta de reforma de 2010 que reduz seu poder de voto para 4,02% (FMI, 2010a; FMI, 2015c). 4.20 Grécia A Grécia possui um PIB em PPC de US$ 267,1 bilhões, ocupando a 54ª primeira posição na economia mundial. O turismo responde a cerca de 20% desse valor, constituindo-se como uma importante atividade exercida no país. A economia grega também é marcada por forte presença de estrangeiros que correspondem a cerca de um quinto da força de trabalho total, realizando sobretudo trabalhos agrícolas e não qualificados (CIA, 2014). A Grécia é favorável à Proposta de Reforma do FMI de 2010 (2015c), por meio da qual o seu poder de voto passaria por um pequeno aumento dos atuais 0,47% para 0,51% (2010a). Esse acréscimo, no entanto, não corresponde ao desempenho recente da economia do país que passa por uma grande crise fiscal, apresentando crescimento negativo do PIB há sete anos (WORLD BANK, 2015). As reformas pelas quais a Grécia passa e os programas de empréstimos e de reformas fiscais e estruturais são definidos em conjunto com a chamada “troika”, um grupo formado pela Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o FMI (HOPE, 2010) que desde 2010 já dispenderam mais de 240 bilhões de euros no país (ALEXIS TSIPRAS..., 2015). Esses ajustes têm custado o desmanche do Estado de Bem-Estar Social grego. O salário-mínimo abaixou 22% – e 32% para os jovens de menos de 25 anos –, a facilidade de acesso ao crédito que durava desde a entrada à Zona do Euro em 2002 não existe existe e uma série de gastos sociais foram cortados (SFAKIANAKIS, 2013). Como resposta a essas políticas rígidas, nas eleições de 2015, foi eleito como primeiro-ministro o candidato Alexis Tsipras do partido de esquerda Syriza que prometeu lutar contra a corrupção e a evasão fiscal, além de “combater as grandes feridas do programa de resgate” (PITAS, 2015). Tsipras, no entanto, declarou que honrará o pagamento dos empréstimos recebidos pelo país e que está esperançoso quanto a um acordo entre a Grécia e seus credores na questão do débito do país (GREEK PRIME MINISTER..., 2015). 4.21 Honduras Honduras possui um PIB em PPC de US$ 39,23 bilhões e é a 108ª economia do mundo. O país é o segundo mais pobre da América Central e sofre pela desigual distribuição de renda e alta taxa de desemprego; 65% da população vive em situação de pobreza. Em março de 2012, um acordo com o FMI expirou e não foi renovado, devido ao crescente déficit no orçamento e ao fraco desempenho das contas do governo. O governo anunciou em janeiro de 2013 que empresas públicas seriam forçadas a se submeter ao plano financeiro de recuperação antes de receber os orçamentos do ano (CIA, 2014). O país detém 0,081% do poder de voto do FMI (FMI, 2015b) e apoiou oficialmente as mudanças nas porcentagens de quota e a reforma do Conselho Executivo em 2010 (FMI, 2015c). A reforma, porém, faria o país ter seu poder de voto diminuído para 0,079% (FMI, 2010a). Em 2010, foi aprovado um empréstimo no valor de US$ 202 milhões ao país com o objetivo de restaurar a estabilidade econômica, fortalecer as finanças públicas, reconstruir a confiança dos investidores e apoiar a reconstrução econômica depois de ser seriamente afetada pela crise de 2009. Algumas das condicionalidades colocadas pelo Fundo foram a implementação de reformas fiscais e políticas monetárias para controlar a inflação (PÉREZ, 2010). 4.22 Índia A Índia é a 4ª economia do mundo, com um PIB em PPC de cerca de US$ 5 trilhões (CIA, 2014). O país vive um bom momento econômico, tendo fechado 2014 com taxa de crescimento de 5,8%, após reformas políticas que aumentaram a atividade industrial e os investimentos (FMI, 2015a). Além disso, o país conta com boas perspectivas para o futuro uma vez que possui uma população jovem, uma classe média crescente e uma democracia consistente (PICARDO, [s.d.]). Sendo um dos países emergentes sub-represenados pela atual divisão de quotas do FMI, ele defende a Proposta de Reforma de 2010, pela qual passaria dos atuais 2,34% do poder de voto para 2,63% (FMI, 2010a). Dessa forma, o país crítica o Congresso norteamericano por não apoiar a aprovação de tal reforma. O presidente do Banco Central da Índia, Raghuram Rajan, que foi economista-chefe do FMI de 2003 a 2007, destacou a necessidade do Fundo aumentar a participação das economias emergentes, sob o risco de ocorrer um afastamento por parte desses, caso isso não aconteça (ÍNDIA CRITICA..., 2014). Como um dos países formadores do agrupamento BRICS, a Índia investiu na criação do Arranjo Contingente de Reservas e do Novo Banco de Desenvolvimento, do qual assumirá a presidência assim que entrar em funcionamento. Estas instituições são vistas como formas de pressionar a aprovação das reformas do FMI, tanto em relação às quotas, quanto à governança e às exigências para empréstimos (FERNANFDES, 2014). Porém, ainda não se sabe como ou se haverá condicionalidades nas novas instituições financeiras do agrupamento BRICS (STUENCKEL, 2013). 4.23 Indonésia A Indonésia possui um PIB em PPC de US$ 1,285 trilhão e é a 16ª maior economia do mundo. Tem crescido fortemente desde 2010 e, assim, se juntou ao G20. O governo tem promovido políticas fiscais conservadoras, resultando em déficit fiscal de menos de 25% do PIB e histórica inflação baixa. Apesar disso, pobreza, desemprego, infraestrutura inadequada, corrupção e distribuição desigual de recursos entre as regiões são desafios a serem enfrentados pelo governo (CIA, 2014). O país detém 0,85% do poder de voto do FMI (FMI, 2015b) e apoiou oficialmente as mudanças nas porcentagens de quota e a reforma do Conselho Executivo em 2010 (FMI, 2015c). Com as mudanças, o seu poder de voto aumentaria para 0,95% (FMI, 2010a). 4.24 Itália A Itália possui um PIB em PPC de US$ 1,805 trilhão, o 12º maior do planeta. Apesar disso, o país possui situações bastante contrastantes - o norte desenvolvido possui amplo parque industrial, enquanto o sul, altamente subsidiado, tem especialização agrícola e sofre com o alto desemprego. Desde 2007, a dívida pública do país aumentou consideravelmente, atingindo 133% do PIB em 2013. O desemprego atinge 12,4% da população ativa, mas esse número chega a 40% entre os jovens (CIA, 2014). Em relação ao FMI, os italianos representam 3,15% do poder de voto e não possuem nenhum empréstimo em andamento (FMI, 2015b). Como os demais países endividados da Europa, a Itália sofreu forte pressão da UE e do FMI para adotar um pacote de medidas que visava reduzir o déficit e a dívida pública italiana em 2011 (ITALY APPROVES..., 2011). Entre essas ações se encontrava a redução dos gastos públicos e o aumento de impostos, o que gerou grande insatisfação social. Apesar da economia italiana permanecer em recessão, o governo de Matteo Renzi decidiu seguir as sugestões do Fundo, como reformas de leis trabalhistas e do sistema judicial. Os italianos agora esperam que o crescimento seja retomado em 2015 (IMF DEMANDS..., 2014). A Itália votou a favor da proposta de reforma de 2010, segundo a qual seu poder de voto deve ser reduzido para 3,02% (FMI, 2010a; FMI, 2015c). 4.25 Japão O Japão é a 5ª maior economia do mundo de acordo com um PIB em PPC de US$ 4,729 bilhões. Apesar desse importante dado e de possuir um setor industrial tecnologicamente avançado, o país enfrenta uma série de desafios. A agricultura fortemente subsidiada não impede uma grande dependência da importação de matérias-primas. Além disso, o país possui uma população que vem envelhecendo e encolhendo (CIA, 2014). Para tentar enfrentar esses desafios e superar o crescimento de apenas 0,1% em 2014 (FMI, 2015a), o governo irá implantar estímulos na economia de modo a ajudar pequenas empresas e famílias afetadas pelo yen desvalorizado (PUMP-PRIMING, 2015). Atualmente, os japoneses possuem 6,11% do poder de votos do FMI, sendo o país com a segunda maior porcentagem, só atrás dos Estados Unidos. O Japão é favorável à Proposta de Reforma de 2010, que, se aprovada, irá aumentar sua porcentagem para 6,14% (FMI, 2010). Apesar de assumir uma posição crítica à atuação do Fundo na crise asiática, afirmando que as suas condições de empréstimo eram muito austeras, o Japão tem historicamente uma relação muito boa com o FMI. Tal instituição e o Banco Mundial ajudaram a reconstrução do país no pós-Segunda Guerra, possibilitando o desenvolvimento da infraestrutura, símbolo da modernidade do país hoje. Além disso, a maioria das declarações dos governantes do país saúda o papel do Fundo. Essa boa relação pode ser exemplificada no empréstimo de U$$ 100 bilhões que o governo japonês forneceu ao FMI em fevereiro de 2009, quando a instituição necessitava de recursos para lidar com a crise fiscal norte-americana (HOLROYD & MOMANI, 2012). 4.26 Malásia A Malásia tem um PIB de US$525 bilhões e é a 30ª maior economia do mundo (CIA, 2014). Nos últimos 40 anos, a Malásia tem se transformado de uma simples exportadora de matéria prima bruta para uma das mais vibrantes economias do sudoeste asiático (MALAYSIA PROFILE, 2014). O país está entre os maiores produtores mundiais de discos rígidos de computador, óleo de palma, borracha e madeira. No entanto sua economia ainda é dependente das exportações e do setor de petróleo e gás (CIA, 2014). O país nunca recorreu à ajuda financeira do FMI. Atualmente, detém 0,73% dos votos do FMI e é favorável à reforma das quotas do Fundo, que, se aprovada, aumentará seu poder de voto para 0,75% (FMI, 2010a; FMI, 2015c; FMI, 2015f). 4.27 México O México possui um PIB PPC de US$ 1,261 trilhão, sendo a 11ª maior economia do mundo. Analistas acreditam que o país terá melhor resultado que as demais economias da América Latina neste ano, com projeção de crescimento de aproximadamente 4% (FMI, 2014a). O entusiasmo com a economia mexicana se deve à recuperação dos Estados Unidos, o qual é o principal parceiro comercial mexicano. Para Laura Carlsen, diretora do Centro de Pesquisas e Políticas Econômicas, hoje o país está melhor do que o BRICS, por exemplo, mas esse crescimento aparece após duas décadas de um fraco progresso econômico (CARLSEN, 2014). O país possui no FMI um total de poder de voto na faixa de 1,47% e ainda pretende aumentar as quotas dentro da Instituição, já que aprova a reforma de redistribuição de quotas dentro do Fundo (FMI, 2015b). Com um histórico econômico forte o suficiente para ter acesso à linha de crédito flexível concedida pelo FMI, o México conseguiu estender tal linha por mais dois anos em um valor de US$ 70 bilhões, a qual pode ser sacada a qualquer momento e, de acordo com o próprio Fundo, sem a necessidade de condicionalidades (FMI, 2014a). 4.28 Nicarágua Com um PIB em PPC de US$ 11,26 bilhões, a Nicarágua é o país mais pobre da América Central e o segundo mais pobre do hemisfério norte, de acordo com a Agência Central de Inteligência americana (CIA). A parcela mais importante de sua economia é o setor agrícola e, além disso, conta com depósitos de ouro, prata, cobre e sal. O turismo também contribui para movimentar a economia do país, crescendo aproximadamente 9% em 2010 (CIA, 2014). De acordo com o Fundo, para seguir uma tendência otimista de crescimento, o país deve melhorar sua própria produtividade, investindo, principalmente, em infraestrutura e educação, além de diminuir a dependência para com a moeda americana (NICARAGUA Y FMI..., 2014a). Segundo dados oficiais do FMI, o PIB da Nicarágua cresceu em média 0,6% nos últimos anos. Tais fatores não permitem ao país ter uma participação ativa e com influência dentro do Fundo. Com a proposta de reforma na Instituição, o país passaria a ter 0,08% de poder de voto no Fundo (NICARAGUA Y FMI..., 2015b). A população da Nicarágua é, em sua grande maioria, contra as condicionalidades impostas pelo FMI ao país, exigindo uma reestruturação da dívida interna e políticas reais a favor da maioria. Isso se deve em decorrência da extrema pobreza que existe no território nicaraguense, o que exige grande investimento em saúde e educação, para que a nação possa pensar em um desenvolvimento real posteriormente (INSTITUTO DEL TERCER MUNDO, 2006). 4.29 Nigéria A Nigéria possui um PIB em PPC de US$ 478,5 bilhões e sua posição atual na economia mundial é a 31ª; é a segunda maior economia africana, atrás apenas da África do Sul. Apesar disso, 62% dos 170 milhões de nigerianos vivem na pobreza extrema. Desde os anos 1970, o petróleo é a principal fonte de receita do governo, mas, atualmente, o risco de segurança e as restrições regulatórias têm desencorajado novos investimentos em petróleo e gás natural. Atualmente, o governo tem trabalhado para desenvolver fortes parcerias público-privadas em rodovias, agricultura e energia (CIA, 2014). O país detém 0,73% do poder de voto do FMI (FMI, 2015b) e não aceitou a reforma do Conselho Executivo, mas votou a favor da reforma das quotas em 2010 (FMI, 2015c). Em visita ao país em 2011, a diretora geral do FMI, Christine Lagarde, contestou a crítica de imposição de medidas feitas pelo FMI à população, como eliminação de subsídios para combustíveis e desvalorização da moeda nigeriana para que os produtos fiquem mais baratos e ganhem competitividade internacional. Além disso, ela afirmou que a Nigéria e o FMI são parceiros há vários anos e que o Fundo está sempre aberto ao diálogo (CHEFE DO FMI..., 2011). 4.30 Polônia A Polônia possui um PIB em PPC de US$ 814 bilhões e é a 22ª economia do mundo. Desde 1990 tem buscado uma política econômica de liberalização e foi a única economia da Europa a passar intacta pela crise de 2008-2009, através da administração das finanças públicas e adoção controversa de reformas em impostos e pensões para sustentar a economia. Apesar de fazer parte da União Europeia, seu PIB per capita continua abaixo da média da região e sua taxa de desemprego continua acima (CIA, 2014). O país detém 0,70% do poder de voto do FMI (FMI, 2015) e votou a favor da reforma do Conselho Executivo e das quotas em 2010 (FMI, 2015b). Como uma forma de “maquiar” o número desproporcional de cadeiras da Europa no Conselho Executivo do FMI (8 das 24), em 2013 foram anunciadas mudanças para melhorar a posição de emergentes membros da União Europeia, dentre eles a Polônia (BRICS PERMANECEM..., 2013). Com as mudanças nas quotas, o seu poder aumentaria para 0,84% (FMI, 2010a). 4.31 Portugal Portugal entrou para a Comunidade Europeia, organismo predecessor da União Europeia, em 1986 e, desde então, passou por um processo de diversificação de sua economia e aumento da importância do setor de serviços. O país sofreu com o cenário de crise do final da década passada e início da atual, com seu PIB sofrendo contrações entre 2009 e 2013 (com exceção de 2010). Atualmente, seu PIB em PPC é de US$ 243 bilhões (54ª economia do mundo), o desemprego atinge 16,8% da população, o déficit público está em 5,1% do PIB e a dívida pública alcançou 127,8% do PIB (CIA, 2014). Em 2011, diante do cenário de crise, o país foi socorrido pelo FMI e pela UE, recebendo US$ 101 bilhões, dos quais um terço vinha de recursos do Fundo. O programa acordado trazia condicionalidades, como o aumento dos impostos, redução dos gastos públicos e reforma dos setores mais importantes da economia (KOWSMANN, 2012). Em 2012, entretanto, o governo português decidiu modificar suas políticas, considerando-as socialmente insustentáveis. Nesse mesmo ano, o FMI admitiu que as ações colocadas em prática tiveram efeitos negativos maiores que os esperados (KOWSMANN, 2012). As políticas econômicas menos austeras, associadas à melhora do cenário internacional, permitiram que Portugal anunciasse em janeiro de 2015 o pagamento antecipado dos recursos recebidos (PORTUGAL SAYS..., 2015). O país votou a favor da proposta de reforma das quotas de 2010 que, caso aprovada, manteria seu poder de voto em 0,44% (FMI, 2010a; FMI, 2015b). 4.32 Reino Unido O Reino Unido é a 9ª maior economia do planeta com um PIB em PPC de US$ 2,387 trilhões. É um grande centro das finanças internacionais e seu setor de serviços, com destaque para bancos e seguradoras, representa 78,9% do PIB. O país cresceu 1,8% em 2013, o que permitiu a redução da taxa de desemprego para 7,2%, mas não foi suficiente para conter o déficit público (3,6% do PIB) e o consequente aumento da dívida pública para 91,1% do PIB (CIA, 2014). O Reino Unido detém 4,29% do poder de voto do Fundo e seu último arranjo de empréstimo foi realizado em 1977 (FMI, 2015b). Para superar a crise interna, o governo do conservador David Cameron optou por implantar um programa de austeridade em 2010, com redução do gasto público, aumento de impostos e reformas de benefícios sociais (ELLIOT e WINTOUR, 2010). Apesar de críticas do FMI quanto ao impacto da austeridade no crescimento, o plano foi implementado e, em 2014, a instituição afirmou que suas opiniões tinham subestimado esse arranjo que, na verdade, era apropriado (ARMITSTEAD, 2014). Nesse mesmo ano, o governo anunciou a extensão do programa de austeridade, devido à permanência dos déficits públicos, mesmo com as medidas tomadas anteriormente (KIRKUP, 2014). O Reino Unido votou a favor da proposta de reforma de 2010, que propõe reduzir seu poder de voto para 4,02% (FMI, 2010a; FMI, 2015c). 4.33 Rússia Desde a queda da União Soviética, a Rússia passou por um processo de abertura econômica e integração no círculo de finanças globais, mas a presença estatal na economia ainda é alta e a riqueza se encontra concentrada nos oficiais públicos. Seu PIB de 2013 em PPC foi de US$ 2,553 trilhões (7º maior PIB do planeta), crescendo 1,3% em relação ao ano anterior. O desemprego sofreu leve aumento para 5,8% da população ativa e a dívida pública se manteve baixa, em apenas 7,9% do PIB (CIA, 2014). Entre junho e dezembro de 2014, a moeda russa, o rublo, sofreu uma desvalorização de mais de 40%, devido à queda do preço do petróleo e à alta dependência que as receitas do país possuem em relação a essa commodity. Nesse contexto, a Rússia deve entrar numa forte recessão em 2015 (GOING OVER..., 2014). Os russos possuem 2,39% do poder de voto do FMI e seu último arranjo de empréstimo foi realizado em 1999 (FMI, 2015b). Nesse período, devido ao colapso dos preços de energia e da Crise Asiática, a Rússia passava por grave crise, sendo incapaz de atrair os recursos necessários para pagar suas obrigações (MARTINEZ-VASQUEZ, 1999). Assim, o país se declarou em default e o Fundo foi chamado para auxiliar o governo russo, implantando um programa de empréstimo que, de acordo com Martinez-Vasquez (1999), focava-se em liberalizar a economia russa, sem preocupar-se com o caminho da transição. Atualmente, a Rússia faz parte dos BRICS e atua buscando reformar o sistema internacional para aumentar a inclusão dos países em desenvolvimento, especialmente, nos órgãos econômicos. Dessa forma, os russos votaram a favor da proposta de reforma de 2010, a partir das quais teriam seu poder de voto aumentado para 2,59% (FMI, 2010a; FMI, 2015c). 4.34 Suíça Com um PIB em PPC de US$ 371 bilhões (37ª economia do planeta), a Suíça possui uma economia moderna, com uma força de trabalho qualificada, baixo desemprego (3,2% da população ativa) e um dos maiores PIB per capita do planeta. Seu setor de serviços é bastante desenvolvido e corresponde a 72,5% do PIB, tendo como principal área os serviços financeiros. Os suíços são reconhecidos por seu eficiente mercado de capitais e pelos baixos impostos cobrados de corporações e indivíduos (CIA, 2014). No FMI, a Suíça possui 1,40% do poder de voto (FMI, 2015b). Os suíços não possuem empréstimos em curso com a instituição e criticam a realização de programas de empréstimo com condições mais flexíveis (HERKENRATH, 2013). Entretanto, o governo desse país condenou o programa de empréstimo à Grécia estipulado em 2010, afirmando que o Fundo deve envolver o setor privado nos seus arranjos como forma de evitar o risco moral. Além disso, o representante suíço no Conselho do FMI repreendeu as mudanças efetuadas por essa instituição no caso grego quanto ao critério de acesso a recursos, sem a aprovação daquele órgão e frente à forte pressão dos países europeus (VANDAELE, 2014). O país votou a favor da proposta de reforma do Fundo de 2010, que propõe que seu poder de voto seja reduzido para 1,17% (FMI, 2010a; FMI, 2015c). 4.35 Turquia A economia turca é a 17ª maior do mundo com um PIB em PPC de US$ 1,167 trilhão. Ela é crescentemente impulsionada pelos setores industriais e de serviços, embora o tradicional setor agrícola ainda corresponda a cerca de 25% da taxa de emprego do país (CIA, 2014). O país se recuperou muito rapidamente da crise fiscal norte-americana: após uma taxa de crescimento do PIB de -4,8% em 2009, em 2010 e 2011 a Turquia cresceu impressionantes 9,2% e 8,8%, para em seguida estabilizar para aproximadamente 3% nos dois anos seguintes (WORLD BANK, 2015). Como principais desafios para a economia do país, tem-se o alto déficit na conta corrente, a incerteza política doméstica e a instabilidade na sua vizinhança (CIA, 2014). A relação do país com o FMI é controversa em razão da Crise Econômica Turca de 2000. Esta teve origem em um programa desenvolvido pelo governo turco em cooperação com o Fundo que buscava estabilizar a inflação no país, mas acabou falhando e culminando em uma grande evasão de capital (DUFOUR & ORHANGAZI, 2007). Então, um novo programa de empréstimos e medidas propostas pelo FMI em 2001 foi seguido pelo governo que havia se instaurado há pouco tempo no país e ajudou a Turquia a alcançar melhores taxas de crescimento (TURKEY..., s.d.). Atualmente o país possui 0,61% do poder de votos no FMI e com a proposta de reforma de 2010, que apoia, chegaria a 0,95%, tendo em vista que é um dos países emergentes sub-representados no Fundo (FMI, 2010a). 4.36 Ucrânia A Ucrânia tem um PIB de US$ 337,4 bilhões em PPC e é a 42ª economia do mundo. Antiga república soviética, sua economia é composta pela agricultura e pela indústria de metais pesados. No entanto, é dependente energeticamente da Rússia que lhe fornece gás natural. Após a queda da URSS, a Ucrânia se viu dividida entre a aproximação com a Comunidade Europeia ou com a Rússia, e, devido a esse antagonismo, uma severa crise política se instalou no país ano passado, o que culminou na anexação da província da Criméia pela Rússia (UKRAINE PROFILE, 2015). A Ucrânia faz parte do FMI desde 1992 e desde 1996 já tomou uma série de empréstimos com o Fundo. Sua percentagem de votos é de 0,57%, mas com as reformas propostas em 2010 cairia para 0,43%. Mesmo assim, o país votou favoravelmente às reformas. Já abalada pela crise econômica de 2009, na qual a economia ucraniana encolheu 15%, a crise política gerou ainda mais instabilidade econômica, elevando o desemprego e altos níveis de inflação. Com a formação de um governo interino no início de 2014, a comunidade internacional uniu esforços para estabilizar a economia ucraniana por meio de um pacote de ajuda financeira do FMI de US$ 14 a 18 bilhões em março de 2014 (CIA, 2015). 4.37 Uganda A Uganda é a 96ª economia do mundo e tem um PIB em PPC de US$54,37 bilhões. O setor mais importante da economia da ugandense é a agricultura, empregando 80% da população produtiva do país. País rico em recursos naturais, tem como maior produto de exportação o café, mas recentemente descobriu reservas de petróleo. A crise do Sudão do Sul tem sido um risco para a economia de Uganda, já que o Sudão é o principal destino de suas exportações. O PIB per capita é de US$1,500 e 24,5% (2009) das pessoas vivem abaixo da linha da pobreza (CIA, 2015). Uganda detém 0,10% dos votos no FMI e concordou somente com a reforma nas quotas do Fundo, sem a reforma do Conselho Executivo, sendo que seu poder de voto não mudaria com a aprovação da reforma. O país já recorreu à ajuda monetária do FMI diversas vezes desde 1971 (FMI, 2015h). O efeito dos ajustes estruturais que condicionam os empréstimos nesse país foi estudado em 1999 pelos pesquisadores Robert Naiman e Neil Watkins. Ao analisar os impactos dos empréstimos do FMI à Uganda nos anos de 1989-92 e 1992-97, eles chegaram à conclusão de que mesmo que o resultado na macroeconomia do país tenha sido bom, houve perdas socioeconômicas para a população. Por exemplo, o processo de privatização das empresas públicas foi bom financeiramente para o governo e para iniciativa privada, mas fez com que mais de 350 mil pessoas fossem demitidas. Outras externalidades foram prejudiciais à população, como a redução no investimento em saúde e educação, o que impacta na aplicação dos ODMs (NAIMAN; WATKINS, 1999). 4.38 Uruguai O Uruguai possui um PIB em PPC de US$ 55,71 bilhões (WORLD BANK, 2015), se encontrando na 77ª posição no ranking mundial das maiores economias, a uma taxa de desemprego moderada, em torno de 6%, de acordo com o FMI (2014). O país vem se esforçando para convencer investidores de que pode ser uma alternativa frente às dificuldades de seus parceiros do Mercosul. O principal argumento para isso é o que se tem a oferecer: estabilidade política e social. A economia do Uruguai é muito menor que a dos seus vizinhos, Brasil e Argentina, mas os fluxos de investimento estrangeiro vêm aumentando (BANCO MUNDIAL; FMI LEMBRA..., 2014). Seu poder de voto no Fundo corresponde a 0,15%, se apresentando a favor da redistribuição de quotas frente à Instituição (FMI, 2015b). De acordo com o FMI, a economia uruguaia pode sofrer com a queda dos preços de bens destinados à exportação, o que faz a instituição acreditar que o país deve reduzir a inflação até a meta estipulada. O Fundo também recomendou ao então presidente José Mujica uma política fiscal mais restritiva para diminuir a dívida pública que o país apresenta e prevenir uma piora junto às economias emergentes (FMI LEMBRA..., 2014). O Uruguai se apressou para pagar suas dívidas e saiu do estigma das condicionalidades do FMI, através de grandes investimentos por parte da Venezuela (MERCOPRESS, 2011). 4.39 Venezuela Com um PIB em PPC avaliado em US$ 438,3 bilhões, a Venezuela é o país de maior reserva de petróleo do mundo, segundo a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP, 2015), entretanto sofre com a falta de diversos produtos, como os de higiene básica, por exemplo, sendo considerada a 54ª maior economia do mundo. No último ano, seu PIB encolheu cerca de 0,5% e a cesta básica aumentou aproximadamente 72% em apenas um ano (BANCO CENTRAL DA VENEZUELA, 2015). Todo esse quadro e os demais indicadores negativos estão vinculados em grande parte à dependência do petróleo. A fim de obter maior controle dos preços e evitar fuga de capitais, o governo venezuelano utiliza o sistema de câmbio fixo desde 2003. Ou seja, as empresas e os cidadãos só podem comprar dólares na taxa oficial, através de uma agência de governo (BARBOSA, 2015). Embora a Venezuela rejeite há oito anos as avaliações econômicas que o FMI realiza, o Fundo está preparado para ajudar o governo a atingir crescimento e estabilidade, de acordo com o porta-voz adjunto da Instituição, William Murray (VENEZUELA PRECISA..., 2014). As relações entre a Venezuela e o Fundo foram comprometidas em 2002, quando o FMI apoiou um governo que chegou ao poder no país depois de um golpe contra o ex-presidente Hugo Chávez, mas este acabou retornando ao cargo (PRESIDÊNCIA DA VENEZUELA, 2002). A Venezuela, como Estado membro do FMI, possui o dever de se submeter a avaliações anuais de sua economia. Entretanto, mesmo que não as considere, não pode sofrer sanções. Assim sendo, em 2007, Chávez criou o Banco do Sul, a fim de abandonar o FMI e também o BM e suas imposições. Contudo, sua ameaça de abandonar as duas instituições nunca foi concretizada (PRESIDÊNCIA DA VENEZUELA, 2007). 4.40 Zâmbia A Zâmbia possui um PIB em PPC de US$ 25,47 bilhões e sua economia é a 124ª do mundo. A alta do preço do cobre e uma safra abundante de milho em 2010 ajudaram o país a se recuperar da crise econômica mundial de 2009. Problemas como pobreza, alta taxa de nascimento, grande porcentagem de pessoas com HIV/AIDS e distorções políticas no setor agrícola atrapalham o seu melhor desenvolvimento econômico (CIA, 2014). O país detém 0,22% do poder de voto do FMI (FMI, 2015b) e votou contra a reforma no Conselho Executivo, mas a favor da reforma das quotas (FMI, 2015c). Essa mudança, porém, manteria o país com a mesma porcentagem de poder de voto (FMI, 2010a). Após uma queda no preço do cobre em 2014, que faz parte de 70% da receita das suas exportações, o país pediu ajuda ao FMI e estava disposto a seguir um programa que garantisse o empréstimo. Durante o mesmo ano, o governo e o Fundo trabalharam juntos para desenvolver um plano que garantisse estabilidade macroeconômica (ZAMBIA ASKS..., 2014) e uma missão para o país foi feita em dezembro (FMI, 2014d). 5. Questões a serem respondidas no Communiqué ● As condicionalidades são realmente necessárias? ● Como as condicionalidades podem impactar no desenvolvimento dos países? Qual o papel das condicionalidades na promoção dos Objetivos do Milênio? ● Até que ponto elas podem ser adotadas em detrimento dos aspectos sociais? ● Quais reformas podem reduzir as suas externalidades negativas e ao mesmo tempo garantir os pagamentos dos empréstimos? ● Em que medida as condicionalidades ferem a soberania do país? ● Como impedir que as condicionalidades sejam instrumentos usados para interesses dos países mais influentes no Fundo? E como as reformas podem garantir maior leque de opções de condicionalidades para além das tradicionais medidas rígidas (ortodoxas)? ● Como garantir que a governança do Fundo seja mais democrática? ● Quais pontos ainda necessitam ser melhorados além das reformas já propostas e em andamento? Existem alternativas? ● Como possibilitar que as reformas sejam implementadas? 6. Clipping 6.1 Dicas de estudo e pesquisa Confronting Crisis - Global Cooperation and the International Monetary Fund (FMI, 2014) Confronting Crisis - Global Cooperation and the International Monetary Fund, é uma animação produzida em 2014 pelo Fundo Monetário Internacional. O vídeo de aproximadamente cinco minutos conta a história da origem do FMI desde o fim da segunda guerra mundial. Mostrando eventos importantes da história e da economia mundiais como a integração dos estados africanos após a independência, a quebra do padrão dólar-ouro após a guerra do Vietnã, o mundo bipolar da guerra fria, as crises de 1970, 80 e 2008. Mostrando como o sistema econômico internacional projetado na Conferência de Bretton Woods setenta anos atrás foi crucial para lidar com essas situações. O áudio só está disponível na língua inglesa e não há legendas. Disponível em: http://www.imf.org/external/am/2014/mmedia/view.aspx?vid=3832661975001 Life and Debt (2001) Life and Debt (EUA, 2001, 80min - Direção: Stephanie Black) é um documentário americano que mostra os efeitos que as condicionalidades de empréstimos do Fundo Monetário Internacional, Banco Mundial e Banco Interamericano de Desenvolvimento, tiveram na Jamaica. O longa-metragem, do ano de 2001, mostra a vida cotidiana dos cidadãos jamaicanos e o que mudou após o governo aplicar os “ajustes estruturais” exigidos por tais órgãos financeiros para receber ajudar monetária. A obra faz uma crítica às políticas públicas que esses organismos aconselharam o país a tomar e aos seus resultados, uma vez que não houve o desenvolvimento prometido. Máquina da Economia O portal educativo “Guia do Estudante” criou um infográfico interativo onde é possível simular algumas variáveis da macroeconomia e ver o que acontece com a economia de um país. Por meio da “Máquina da Economia” o estudante é capaz de aprender quais são os efeitos da política monetária, fiscal e cambial na dívida pública, PIB, inflação e balança comercial de um país, enquanto aprende esses conceitos. Disponível em: https://almanaque.abril.com.br/infograficos/macroeconomia Economia Descomplicada Economia Descomplicada é uma série de sete vídeos rápidos produzidos pela Tv Senado com o intuito de explicar de maneira simples e intuitiva os principais conceitos econômicos, em outras palavras, descomplicando o “economês”. Partindo de conceitos básicos (escassez, custo de oportunidade, lei da demanda e oferta) o curso avança pelos assuntos da macroeconomia (política monetária, fiscal, cambial, comercial e fluxo de renda); trata de questões da economia nacional (administração de sistema de mercado, falhas de mercado, externalidades, regulação de monopólio) até chegar a assuntos mais complexos como crescimento e desenvolvimento econômico. Tudo isso em poucos minutos, de uma maneira simples, aplicando a situações cotidianas. Disponível em: http://www12.senado.leg.br/senado/ilb/multimidia/videos-educacionais/economiadescomplicada World Economic Outlook no Google Public Data Explorer O World Economic Outlook é uma coletânea de dados econômicos dos países membros do FMI, produzida pelo Fundo e que pode ser visualizada em uma plataforma do Google. Essa plataforma permite visualizar os dados em forma de gráfico, comparar os dados de um país com o outro, entre outras coisas. Disponível em: http://www.google.com/publicdata/explore?ds=k3s92bru78li6_&hl=en&dl=en#!ctype=l&st rail=false&bcs=d&nselm=h&met_y=pppgdp&scale_y=lin&ind_y=false&rdim=world&idi m=world:Earth&idim=country:CN:US&ifdim=world&hl=en_US&dl=en&ind=false BBC Country Profiles A empresa jornalística BBC News disponibiliza em sua página uma ferramenta muito útil de pesquisa, onde é possível pesquisar países, territórios ou organização internacionais e se informar sobre os mais variados aspectos. Tais como história, economia, perfil social, entre outros. Disponível em: http://news.bbc.co.uk/2/hi/country_profiles/default.stm CIA Factbook O Factbook é uma publicação da Agência de Inteligência Americana que compila informações de todos os países, como dados econômicos, sociais, históricos e militares. É possível ver o perfil de um determinado país, de uma região ou ainda comparar os dados. Disponível em: https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/ Novíssimo dicionário de Economia O Novíssimo dicionário da Economia é uma obra organizada por Paulo Sandroni que contém definições dos principais termos econômicos. Disponível em: http://sinus.org.br/2014/wpcontent/uploads/2013/11/FMI.BMNov%C3%ADssimo-Dicion%C3%A1rio-deEconomia.pdf 6.2 Notícias ‘Troika’ asiática se reúne para discutir reforma do FMI e Ucrânia Ministros das Relações exteriores da Rússia, China e Índia se reuniram para discutir a defesa de seus interesses regionais, a presença Russa na Ucrânia e a reforma do FMI (MIRZAIAN, 2015). Leia mais em: http://br.rbth.com/internacional/2015/02/04/troika_asiatica_se_reune_para_discutir_reform a_do_fmi_e_ucrania_29295.html Banco de Desenvolvimento dos BRICS é alternativa credível ao FMI Especialistas afirmam que Banco dos BRICS, com sede em Xangai, é alternativa ao FMI e Banco Mundial, instituições controladas pelos EUA. A nova instituição tem uma proposta mais igualitária e democrática (MATSENKO, 2015). Leia mais em: http://br.sputniknews.com/mundo/20150224/251979.html FMI marca junho como prazo final para reformas na governança Com o prazo inicial em 2012, o principal empecilho para a reforma na governança do FMI é o Congresso Americano, que até agora não aprovou a decisão. Autoridades financeiras do mundo todo ameaçaram agir sem os EUA, caso esse país não aprovasse a reforma até 1º de janeiro. Entretanto, o prazo final foi prorrogado até junho de 2015 (FMI MARCA…, 2015). Leia mais em: http://exame.abril.com.br/economia/noticias/fmi-marca-junho-como-prazofinal-para-reformas-de-governanca Desenvolvimento: FMI coloca obstáculos às metas do milênio A organização não governamental ActionAid Internacional (AAI) acredita que as condicionalidades dos empréstimos do FMI, principalmente o represamento de gastos públicos, afeta negativamente o desenvolvimento dos países mais pobres e, consequentemente, a execução dos ODMs (JIM, 2005). Leia mais em: http://www.ipsnoticias.net/portuguese/2005/09/americalatina/desenvolvimento-fmi-coloca-obstculos-s-metas-do-milnio/ Lagarde reclama de reforma de cotas do FMI estar parada nos EUA Diretora-gerente do Fundo diz estar desapontada com o fato de o Congresso Americano não ter aprovado as reformas previstas em 2010 para as quotas e governança do FMI. Mesmo assim, ela ainda possui confiança que as reformas irão acontecer (LAMUCCI, 2015). Leia mais em: http://www.valor.com.br/financas/3862244/lagarde-reclama-de-reforma-decotas-do-fmi-estar-parada-nos-eua Grécia paga 2ª parte de empréstimo com o FMI Essa semana, a Grécia pagará a segunda parcela de restituição do empréstimo para o Fundo Monetário Internacional no valor de 340 milhões de euros. Autoridades do Fundo e da União Europeia estão no país para verificar se o governo grego está cumprindo as condições do programa (HERMAN, 2015). Leia mais em: http://exame.abril.com.br/economia/noticias/grecia-paga-2a-parte-de- emprestimo-com-fmi-diz-porta-voz Pagamento ao FMI não significa melhora da situação em Portugal A ministra das finanças portuguesa afirmou que o país conseguiu acumular um montante de reservas significativo, possibilitando a devolução do empréstimo. Apesar da antecipação do pagamento da dívida, Portugal continua sufocado com as medidas de austeridade (MUZELL, 2015). Leia mais em: http://www.portugues.rfi.fr/economia/20150217-antecipacao-de-reembolsoao-fmi-nao-significa-melhora-da-situacao-em-portugal FMI busca saída para reforma interna mesmo sem aval dos EUA Reforma que dá maior relevância para os países em desenvolvimento está parada no congresso norte-americano desde dezembro do ano passado. Caso os EUA não aprovem a medida, o Fundo estuda a possibilidade de reformar a governança sem o aval norteamericano (TREVISAN, 2015). Leia mais em: http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,fmi-busca-saida-para-reformainterna-mesmo-sem-o-aval-dos-eua-imp-,1625844 FMI cita ausência de ‘compromissos claros’ em lista de reforma grega A carta enviada por ministros gregos para o FMI não continha compromissos claros sobre a continuidade do programa de reformas. No entanto, a diretoria-geral do FMI diz que o que os compromissos gregos são suficientes para continuar o programa de ajuda financeira oferecido pela comunidade internacional (FMI CITA..., 2015). Leia mais em: http://g1.globo.com/economia/noticia/2015/02/fmi-cita-ausencia-decompromissos-claros-em-lista-de-reforma-grega.html 7. Referências Bibliográficas ALEXIS TSIPRAS assume como primeiro-ministro da Grécia. G1, 26 jan. 2015. Disponível em: <http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/01/alexis-tsipras-assume-comoprimeiro-ministro-da-grecia.html>. Acesso em: 08 fev. 2015. ANDERLINI, J. China expands plans for World Bank rival. Financial Times, Pequim, 24 jun. 2014. Disponível em: <http://www.ft.com/intl/cms/s/0/b1012282-fba4-11e3-aa1900144feab7de.html#axzz35d7vQQWB>. Acesso em 07 fev. 2015. ARMITSTEAD, L. IMF accepts it was wrong on George Osborne's austerity. The Telegraph, 06 jun. 2014. Disponível em: <http://www.telegraph.co.uk/finance/economics/10881540/IMF-accepts-it-was-wrong-onGeorge-Osbornes-austerity.html>. Acesso em: 03 fev. 2015. AUSTRALIAN TREASURY. 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