RELATÓRIO DE
AUTO-AVALIAÇÃO
2005
Comissão Própria de Avaliação (CPA)
DADOS DA INSTITUIÇÃO
UNIPINHAL - Mantida
Centro Regional Universitário de Espírito Santo do Pinhal - SP
Código da IES: 1230
Reitor
Dr. Walter Hoffmann
Pró-Reitor Acadêmico
Dr. José Eduardo Staut
Pró-Reitor Administrativo
Dr. José Eduardo Vergueiro Neves
FUNDAÇÃO PINHALENSE DE ENSINO (FPE) - Mantenedora
Presidente
Dr. Pedro Henrique Sertorio
Vice-Presidente
Dr. José Eduardo Staut
Diretores
Maria Orcebides Mangilli
Marcelo Miranda
Comissão Própria de Avaliação (CPA) – UNIPINHAL
Coordenação
Vanderlei Barbosa
Representante da UNIPINHAL/FPE
Dr. José Eduardo Staut
Representantes do Corpo Docente, Coordenação de Curso, CPE e Biblioteca
Eduardo Peixoto Rocha
Margarida Montejano da Silva
Margarete Del Bianchi
Maurício Aníbal Delgado
Nilva Terezinha Teixeira
Nirlei Maria Oliveira
Silvia Helena de Oliveira Piazentino
Representantes do Corpo Técnico-Administrativo
Antonio Marcos Teixeira
Luciana Oliveira Ribeiro
Rita de Cássia Bineli Macedo
Representantes do Corpo Discente
Elaine Cristina Secco
Milena Ormastroni Menezes
Valdemar Losano Junior
Representante da Sociedade Civil
Lourenço Del Guerra
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO..................................................................................................................05
INTRODUÇÃO......................................................................................................................06
I. Avaliação Institucional na UNIPINHAL......................................................................11
1. Histórico da Auto-Avaliação...............................................................................11
2. Concepção de Avaliação.......................................................................................12
3. Finalidade e Objetivos........................................................................................20
II. Programa de Auto-Avaliação na UNIPINHAL.........................................................22
1. Procedimentos Metodológicos...........................................................................22
2. Descrição das Atividades...................................................................................24
3. Instrumentos para coleta de dados e informações.....................................25
4. Apresentação e análise dos resultados...........................................................29
III. Avaliação: um projeto em construção.....................................................................34
1. Dimensões da Auto-Avaliação............................................................................34
2. Interpretação crítica da auto-avaliação........................................................36
3. Desafios da avaliação: o que somos, o que temos e onde queremos
chegar..........................................................................................................................45
CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................................48
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................49
ANEXOS.................................................................................................................................53
APRESENTAÇÃO
O objetivo deste Relatório de Auto-Avaliação é apresentar a
contextualização geral da UNIPINHAL, destacando o seu comprometimento
com o processo de avaliação da educação superior e de suas implicações
sociais, frutos das atividades realizadas pela Comissão Própria de Avaliação
(CPA) em 2005, que apontam desafios e possibilidades da auto-avaliação, à luz
das orientações e diretrizes do Sistema Nacional de Avaliação da Educação
Superior (SINAES).
O planejamento, a missão e o desenvolvimento institucionais são
perpassados pela dimensão da avaliação, definindo estratégias pedagógicas,
políticas de ações, incluindo procedimentos para estímulo à produção
acadêmica e à responsabilidade social da IES, considerada especialmente no
que se refere a sua contribuição em relação à inclusão social, ao
desenvolvimento econômico e social, à defesa do meio ambiente, da memória
cultural, da produção artística e do patrimônio cultural.
Planejamento e avaliação, além de criar um vínculo comunicativo com a
comunidade acadêmica e local, ajudam a definir as políticas de atendimento
aos estudantes e principalmente a consolidar o significado social e do
compromisso da IES com uma educação superior de qualidade.
6
INTRODUÇÃO
O Instituto Pinhalense de Ensino – hoje Centro Regional Universitário
de Espírito Santo do Pinhal – teve início em março de 1965, quando ocorreu a
primeira reunião do grupo composto pela professora Maria Orcebides Mangilli,
Dr. José Eduardo Staut, Dr. Pedro Henrique Sertorio e pelo professor
Romildo Miranda (in memorian). A partir de então, elaborado o estatuto da
Instituição, o projeto de instalação e criação de uma Faculdade de Direito
para Pinhal foi delineado.
O processo foi elaborado e no dia 13 de abril de 1966 o Plenário do
Conselho Federal de Educação aprovou o Parecer nº 111/66, do Conselheiro Dr.
Josué Montello, para a criação da Faculdade de Direito de Pinhal, cuja
autorização foi homologada pelo Decreto Federal nº 59406, de 21 de outubro
de 1966. O Concurso Vestibular ocorreu no mês de maio de 1966 e a primeira
aula foi realizada em 6 de junho do mesmo ano.
A Faculdade de Direito ganhou prestígio nos meios educacionais e
jurídicos, sendo reconhecida pelo Decreto Federal nº 68462, em 02 de abril
de 1971. Posteriormente, os dirigentes do Instituto Pinhalense de Ensino
decidiram transformar o Instituto em Fundação. Na época da transformação,
além do curso de Direito, já funcionava também a Faculdade de Agronomia e
Zootecnia “Manoel Carlos Gonçalves”, criada pelo Decreto Federal nº 63687,
de 26 de novembro de 1968, cujo parecer do C.F.E. é o de nº 718/68.
A Fundação Pinhalense de Ensino, buscando ampliar suas áreas de
atividades, procurando atender aos anseios da juventude e às necessidades da
7
região onde estava instalada, entrou com o processo para criação da Faculdade
de Administração. Assim, em 12 de janeiro de 1972, o Conselheiro Alberto
Deodato relatou e o C.F.E. autorizou o funcionamento deste curso, o terceiro
de nível superior instalado em Espírito Santo do Pinhal. A seguir, foi
implantada a Faculdade de Medicina Veterinária, autorizada a funcionar
através do Parecer nº 708/86 do C.F.E., cujo relator era o Dr. Antônio
Fagundes de Souza. Foi reconhecida pelo Parecer nº 34/93, do Conselheiro
Yugo Okida, e teve homologação ministerial, conforme Portaria nº 564/93, de
7 de abril de 1993.
Evidenciava-se, desta forma, que os cursos da Fundação Pinhalense de
Ensino, todos devidamente reconhecidos pelo Governo Federal, foram sendo
instalados gradativamente, demonstrando sempre o grau de maturidade da
Instituição.
Para a formação de recursos humanos e visando suprir as exigências do
mundo
do
trabalho,
criou-se
ainda
a
Faculdade
de
Tecnologia
em
Processamento de Dados, autorizada a funcionar através do parecer do C.F.E.,
em 14 de março de 1988, relatado pelo Conselheiro Pe. Amaral Rosa e
reconhecida no corrente ano pelo Parecer nº 53/93, de autoria do Conselheiro
Layrton Borges de Miranda Vieira, e pela Portaria Ministerial nº 463/93, de 11
de março de 1993.
Então, em 1990, a Fundação Pinhalense de Ensino solicitou ao Conselho
Federal
de
Educação
a
autorização
para
transformação
em
Centro
Universitário, processo nº 23001.000544/90-60, logrando a aprovação em
23/02/1999, recebendo a instituição o nome de Centro Regional Universitário
8
de Espírito Santo do Pinhal – CREUPI, que dirige suas atenções aos diferentes
campos do saber: Educação; Ciências Exatas e da Terra; Engenharia e Ciências
Tecnológicas; Ciências Biológicas e da Saúde; Ciências Agrárias; Ciências
Humanas e Sociais; Letras e Artes.
Atualmente, a UNIPINHAL 1 oferece os seguintes cursos de graduação:
Direito, Administração (Comércio Exterior e Marketing), Pedagogia, Letras
(Português-Inglês/Português-Espanhol), Turismo, Comunicação Social com
habilitação em Publicidade e Propaganda, Ciência da Computação, Enfermagem,
Engenharia de Computação, Engenharia de Alimentos, Engenharia Ambiental,
Engenharia Agronômica, Medicina Veterinária, Farmácia, Ciências Biológicas,
Educação Física e Fisioterapia. Oferece também diversos cursos superiores de
curta duração (2 anos): Gestão de Agronegócios, Gestão de Comércio e de
Serviços, Gestão de Comércio Exterior, Gestão de Finanças Empresariais,
Gestão de Produção Industrial e Operações, Gestão de Recursos Humanos,
Gestão de Suprimentos e Logística. Finalmente, destaca-se uma experiência,
ainda que incipiente, no ensino de pós-graduação lato sensu na área da
Educação e do Direito.
O histórico remontando a origem e o desenvolvimento da UNIPINHAL
revela a missão da IES - que tem uma tradição de 40 anos de dedicação ao
ensino superior - e consolida sua vocação no âmbito de atuação na graduação e
na pós-graduação. Todos os cursos em funcionamento atendem a realidade
regional e se implantaram em função da mesma. Deve-se salientar que, além de
uma estrutura física satisfatória destinada às salas de aulas teóricas e
práticas e aos laboratórios experimentais, há um complexo desportivo para
1
A partir de 08/04/2005, conforme Portaria 1.146, publicada no DOU de 11/04/2005, o CREUPI passou a ser
denominado UNIPINHAL, de acordo com o novo Estatuto da IES.
9
atividades esportivas dos estudantes. Enfim, a meta é conseguir aquilo que
constitui o Centro Universitário, a saber: Ensino, Pesquisa 2 e Extensão, por
meio de prestação de serviços à comunidade. Esta tríade constitui o núcleo
inseparável de um processo educativo único, que consolida os ideais da IES,
mediante a integração com a comunidade, respondendo aos anseios e demandas
de toda a região.
Para tanto, a UNIPINHAL tem como missão: “Oferecer ensino de
excelência, comprometido com a pesquisa e a extensão, no enfrentamento dos
desafios que emergem da comunidade local e regional”, alicerçada em valores
éticos, políticos, sociais e ambientais, que fundamentam a participação
democrática para a conquista de uma cultura emancipatória e transparente.
Considerando que a realidade atual apresenta-se profundamente
marcada por crises de valores humanos, sociais e ambientais, cabe à instituição
de ensino superior o desafio de superar tal realidade, respondendo questões
cruciais: Que profissionais queremos formar? Que sociedade desejamos
instaurar? Que humanidade desejamos construir? A resposta destas questões
possibilitará concretizar um novo paradigma axiológico.
De acordo com Goergen (1999, p.13), a missão institucional deverá
“formar seres humanos, capazes de refletir criticamente tanto sobre a ciência
e as técnicas que são incorporadas pela universidade, quanto sua relação e
sentido na sociedade e no mundo, na perspectiva de um processo emancipatório
que favoreça o ser humano e preserve o meio ambiente. Auto-conhecimento e
2
Embora pelos efeitos da legislação o Centro Universitário não esteja obrigatoriamente incumbido da
prioridade da Pesquisa, torna-se necessário manter as condições que constituem a idéia básica da
universidade, entendida aqui como espaço da cultura e da pluralidade de visões de mundo.
10
conhecimento do mundo social são dimensões importantes da formação para
que o acadêmico seja capaz de tomar decisões conscientes como profissional e
cidadão.”
Em consonância com essa mesma perspectiva, o Relatório de AutoAvaliação é uma exigência ético-política que se apresenta como um desafio a
ser construído coletivamente; não é algo pronto, mas um fazer que ganha seus
contornos e sentidos à medida que ocorre o envolvimento de todos no
processo.
Para a dinamização do processo acadêmico, a estrutura organizacional
da UNIPINHAL, mantida pela Fundação Pinhalense de Ensino (FPE), é
composta de vários segmentos: Reitoria, Conselho Superior de Administração
(CSA), Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONSEPE), PróReitoria Administrativa, Central de Atendimento ao Aluno (CAA), Secretaria
Geral, Pró-Reitoria Acadêmica, Núcleo de Apoio Didático-Pedagógico (NAP),
Comissão Própria de Avaliação (CPA), assessorias e colegiados. A estrutura
organizacional da mantenedora é composta por Conselho Diretor, Presidência,
1ª
Vice-Presidência,
2ª
Vice-Presidência,
Diretoria,
Assessoria
de
Comunicação e Marketing, Departamento Financeiro, Departamento Pessoal,
Departamento de Compras, Departamento de Obras e Tesouraria.
Acrescenta-se à estrutura da IES a Central de Atendimento e
Assistência Psicológica ao Aluno (CAAPA), criada em maio de 2004, com o
serviço de ouvidoria e atendimento psicológico a alunos e funcionários.
11
I. Avaliação Institucional na UNIPINHAL
A Avaliação Institucional na UNIPINHAL tem como foco a qualidade e
a relevância acadêmica e social de suas ações, materializadas na construção
efetiva da cidadania como instrumento de um agir emancipatório, cuja
dimensão política deve levar, necessariamente, a um projeto sóciotransformador da realidade brasileira. Trata-se de uma proposta cujo eixo
integrador consiste na busca permanente de referências visando o
aprimoramento institucional à luz dos princípios fundamentais do SINAES,
que indicam a responsabilidade social e a qualidade da educação superior como
fatores básicos, revelando o compromisso da instituição não somente com os
aspectos legais, mas também com o propósito de correção dos rumos em busca
da qualificação de suas ações institucionais.
1. Histórico da Auto-Avaliação
O processo de auto-avaliação na UNIPINHAL foi institucionalizado em
2000, com a instauração da primeira Comissão de Avaliação Institucional
(CAI). De acordo com a Portaria nº 01/01/2000/DIR e Resolução CSA nº 4, de
02/01/2000, os docentes Celso Leite Villela, José Aparecido Sartori e José
Cezar Fernandes (in memorian) foram os encarregados de conduzir o processo
de avaliação institucional interno.
O encaminhamento da proposta avaliativa, segundo relatórios elaborados
pela primeira comissão, sofreu algumas dificuldades na sua implementação,
como resistências, avanços e retrocessos, devido ao pouco envolvimento e
participação da comunidade acadêmica.
12
Em 2001, a Comissão de Avaliação Institucional (CAI) foi reformulada e,
a
partir
desta
mudança,
outros
procedimentos
metodológicos
foram
incorporados ao processo avaliativo, ampliando o trabalho da comissão, que
contou com novos integrantes, que estabeleceram as diretrizes básicas para
avaliação da IES. Com os dados desta nova comissão, verificou-se que foram
significativas as conquistas no campo da avaliação institucional. A resistência e
o pouco envolvimento da comunidade acadêmica foram, aos poucos, sendo
superados, com o mérito de se criar uma cultura de avaliação envolvendo
diferentes segmentos da IES e da comunidade local, já que a avaliação é um
fator
inerente
a
toda
instituição
e
portanto
indispensável
para
o
aprimoramento da qualidade da educação superior.
De acordo com o novo Sistema Nacional de Avaliação da Educação
Superior (SINAES), instituído pela Lei nº 10.861, de 14/04/2004, a antiga
CAI passou a ser denominada Comissão Própria de Avaliação (CPA), conforme
Portaria da Pró-Reitoria Acadêmica, de 29/07/2004, contando com a
coordenação e a participação de novos integrantes da IES. É importante
salientar que o SINAES traduz como concepção fundamental uma avaliação
pautada pela dimensão pública da educação, ou seja, uma educação de
qualidade como condição sine qua non para o aprimoramento do conhecimento,
da cultura e da democracia.
2. Concepção de Avaliação
A avaliação é inerente à vida humana em todas as suas dimensões, desde
situações simples envolvendo a vida pessoal até os aspectos mais complexos,
que implicam nas relações sociais. A avaliação, sobretudo, faz parte do
13
cotidiano e perpassa todo o universo educacional, em que as reuniões, as
provas, os exames, a sala de aula, os princípios institucionais, as políticas, os
projetos pedagógicos, a estrutura física, dentre outros, são permanentemente
objetos da avaliação.
A concepção de Avaliação Institucional que orienta este projeto está em
conformidade com os princípios e concepções do SINAES, que nasce da
legalidade e da legitimidade de um processo de construção coletiva,
envolvendo os diferentes setores responsáveis pela educação no país, visando
assegurar o compromisso científico-cultural e a responsabilidade social.
Portanto, a concepção subjacente a este projeto de auto-avaliação ultrapassa
amplamente as questões pontuais e busca uma visão de processo que
compreende todas as dimensões da IES: organização institucional, recursos
humanos e infra-estrutura física.
Conforme ressalta Ristoff (1995, p. 40-41), “o princípio da globalidade
expressa, primeiramente, a noção de que é necessário avaliarmos a instituição
não só a partir de uma de suas atividades. O ensino, a pesquisa, a extensão, a
administração, a qualidade das aulas, dos laboratórios, a titulação do corpo
docente, a biblioteca, os registros escolares, as livrarias universitárias, os
serviços, a organização do poder, o ambiente físico, o espírito e as tendências
da vida acadêmica, enfim, todos os elementos que compõem a vida
universitária, devem fazer parte da avaliação para que ela seja a mais
completa possível.”
Retomando a cultura de avaliação que vem sendo construída desde o
Programa de Avaliação Institucional das Universidades Brasileiras (PAIUB), o
14
SINAES tem como objetivo normatizar a educação para o seu aprimoramento
e não para punir as instituições. Não é uma experiência estética nem um
exercício masoquista, mas uma experiência que visa a responsabilidade das
IES com relação à educação como bem público, como vem sendo enfatizado nos
seminários e oficinas promovidos pelo MEC em todo o país.
Esse é um momento ímpar em que se pretende escrever uma nova
história da educação, ampliando o conceito de avaliação que evolui de uma
simples prova para um conjunto de princípios que envolvem os órgãos
institucionais, para a valorização dos aspectos qualitativos, assim como a
institucionalização dos avaliadores, dentre outros.
A auto-avaliação não é de importância restrita ao governo ou ao mercado
de trabalho, devendo ser discutida com seriedade dentro de uma tensão
natural que envolve todo o ato avaliativo. A auto-avaliação deve ser parte
diuturna na atividade acadêmica e administrativa, para que, em qualquer fase
futura, possa ser analisada como marco histórico paradigmático. Neste
processo, a construção de práticas sociais que requerem um processo de
comunicação em todas as suas contradições é uma realidade, levando a
mudanças significativas da educação, em que um sistema universitário conciso
e coeso seja condição para o aperfeiçoamento da democracia e da cultura de
um país. Quanto melhor a qualidade do ensino, mais condições existirão para a
superação da tragédia da empregabilidade e da mobilidade social.
O processo de auto-avaliação da UNIPINHAL baseia-se nos princípios
básicos do SINAES, que nasceu ancorado na Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (LDB) e que, no seu Artigo 9º, Inciso 6, explicita a
15
responsabilidade da União em “assegurar processo nacional de avaliação do
rendimento escolar no ensino fundamental, médio e superior, em colaboração
com os sistemas de ensino, objetivando a definição de prioridades e a melhoria
da qualidade do ensino”.
As etapas dos processos avaliativos em cada instituição têm sintonia
com o Roteiro de Auto-Avaliação Institucional: Orientações Gerais (2004),
desenvolvido pelo MEC, Inep e Conaes. Segundo estas orientações gerais, a
organização da auto-avaliação comporta três etapas, como pode ser visualizado
no Quadro 1.
Quadro 1: Etapas da organização da auto-avaliação
ETAPA 1
ETAPA 2
Preparação
ETAPA 3
Desenvolvimento
Consolidação
ƒ
Constituição da CPA
ƒ
Ações
ƒ
Relatórios Finais
ƒ
Sensibilização
ƒ
Levantamento de
ƒ
Divulgação
ƒ
Elaboração do projeto
dados e informações
ƒ
Balanço Crítico
de auto-avaliação
ƒ
Análise das
informações
ƒ
Relatórios Parciais
A proposta de auto-avaliação da UNIPINHAL, sempre norteada nas
linhas básicas do SINAES, é mais abrangente no que diz respeito à
compreensão do conceito de avaliação, superando uma concepção objetivista e
ampliando o campo da avaliação na perspectiva do desenvolvimento de uma
cultura que compreende a totalidade da IES, ou seja, o comprometimento da
comunidade acadêmica para as mudanças na qualidade da educação na relação
16
com a comunidade local e regional, em conexão com as diretrizes estabelecidas
pelo Ministério da Educação.
Essas relações garantem e promovem um equilíbrio dinâmico das
diferentes dimensões, assegurando o compromisso científico-cultural que
impulsiona as mudanças sociais e contribui efetivamente para formação de
cidadania, evidenciando o compromisso com a construção de uma nova
sociedade.
Neste sentido, o objetivo da avaliação é promover a realização da
autonomia do projeto institucional e garantir a qualidade do ensino, da
pesquisa e da extensão no cumprimento de sua pertinência e de sua
responsabilidade social. A avaliação não é só uma lei, mas um imperativo ético
que envolve a participação da comunidade acadêmica, do setor governamental e
da sociedade civil. A responsabilidade pela consolidação dessa proposta em
relação à educação superior - portadora de um valor científico e social - é do
setor público, que precisa assegurá-la como bem comum.
Essa concepção coloca a avaliação como instrumento da formação cidadã
e do desenvolvimento da sociedade pelo conhecimento, que envolve uma
desafiadora complexidade, entendida aqui como um conjunto de mútuas
interações e de complementaridade, com a finalidade de estabelecer alguns
critérios mínimos de consenso em torno da educação superior.
A educação superior pode ser vista em dois níveis: o primeiro, como bem
público – res-pública, interesse comum pela coisa pública, que cumpre uma
função social, visando a cidadania, a democracia e o desenvolvimento humano; o
17
segundo, como bem individual ligado à ideologia do sucesso, que cumpre uma
função econômica e objetivista, visando o lucro, o mercado e a empresa.
Feita essa distinção, fica evidente que o SINAES coloca ênfase na
avaliação qualitativa, resgatando a dimensão política e cultural da educação e
superando a obsessão pela avaliação quantitativa. Ou seja, todo o processo se
passa na vida universitária, em que se promove valores e oferece visões de
mundo, que comporta subjetividade, intuições e sentimentos.
A educação, sobretudo a superior, tem como fim a sociedade e o bem
público, materializados na autonomia das pessoas, na cidadania pública, na
solidariedade, valores que possibilitam a criação de um projeto de sociedade e
identidade nacional pela qual todos somos responsáveis. Trabalhar seriamente
a construção do conhecimento para que este seja pertinente à sociedade é o
sentido basilar da educação. Essa utilidade social é a responsabilidade central
da IES, buscando instaurar um “paradigma heurístico” que tem como
centralidade o sujeito, função formativa, ética e política numa compreensão
holística que valoriza o processo e envolve, conseqüentemente, a construção
real da instituição, superando o “paradigma experimentalista” que tem como
centralidade o objeto, a função burocrática, o controle e a classificação.
Assim, o que se propõe é transformar o quantitativo em qualitativo, o produto
em processo, criando possibilidades de melhoria e aprimoramento da IES.
Portanto, cabe à avaliação produzir sentido, cooperação e solidariedade na
articulação com o corpo social.
Diante dessas considerações, pode-se perceber que a nova proposta de
avaliação enfatiza, como já mencionado anteriormente, a dimensão qualitativa
18
no processo, que deve levar em conta não só os dados objetivos, mas a
subjetividade e a pertinência da instituição na sua localidade e região. Todas
as ações da CPA, respeitando o perfil das IES, devem ter como finalidade
fortalecer o alargamento da cultura, mediante a produção e disseminação do
conhecimento. Este processo avaliativo consiste fundamentalmente em uma
reflexão crítica sobre o próprio desempenho acadêmico, suas ações,
relacionamentos e inserção social, consubstanciada na missão institucional,
criando uma relação produtiva entre educação e sociedade. Portanto, a
referência fundamental do processo é a qualidade da formação. Na
perspectiva do SINAES, a missão de cada IES deve ser pensada em relação à
sua destinação social, que consolide seu compromisso científico-cultural e sua
responsabilidade social.
Neste contexto, a autonomia da CPA é condição para a instituição
assumir plenamente sua função. Além de conduzir os processos internos de
avaliação institucional, sistematizando as informações recolhidas, tratando e
interpretando dados, ela deve ainda verificar e avaliar a missão e o Plano de
Desenvolvimento Institucional propostos. Os princípios fundamentais que dão
respaldo a este processo compreendem a responsabilidade social, o
reconhecimento da adversidade, o respeito à identidade, a missão e a história
da IES, em conformidade com as dimensões do SINAES. Implica também na
globalidade institucional e na utilização articulada de um conjunto significativo
de indicadores, tendo como finalidade uma orientação construtiva e formativa,
dentro de uma concepção de continuidade do processo avaliativo como
instrumento de política educacional. Portanto, a avaliação é um momento
privilegiado de interação no interior da IES e de oxigenação de seus membros.
19
Dias Sobrinho (1995, pp. 63-70) aponta onze categorias fundamentais
para a compreensão da avaliação institucional, a saber: Totalidade, Integração,
Processo, Pedagogia, Orientação Formativa, Qualidade e Ênfase Qualitativa,
Flexibilidade,
Credibilidade,
Comparabilidade,
Institucionalidade
e
Permanência. Estes conceitos integram um processo único e permanente que
orientam as políticas e as práticas institucionais em uma abordagem coletiva,
qualitativa e formativa.
Na mesma direção, Ristoff (1995, p. 41) aponta para o princípio da
globalidade que “(...) guarda uma visão de que o valor que buscamos com a
avaliação não pode ser absolutizado a partir de indicadores parciais, por
melhor que seja a nossa metodologia, ou por concepções interpretativas que
enrijeçam perspectivas”.
Acrescenta ainda Dias Sobrinho (2003, pp. 41-42): “a avaliação
educativa tem uma lógica diferente da classificação, da comparação
competitiva entre realidades distintas, bem como do controle que visa a
conformidade e a conservação. É muito mais que um retrato momentâneo de
parte de uma realidade fixa. Ultrapassa largamente a simples medida e
verificação. A avaliação educativa requer a construção coletiva de um
pensamento sobre a filosofia educativa, em que emergem os questionamentos a
respeito dos sentidos éticos, políticos, filosóficos, ou seja, profundamente
humanos, que a instituição em seu conjunto está produzindo em suas ações
sociais e educativas. A lógica da avaliação educativa é distinta da lógica do
mero
controle:
não
simplesmente
quantificar
as
proporções
de
uma
aprendizagem obtida, medir a eficiência e produtividade de um curso,
classificar (...), mas focar a questão dos sentidos que se vão construindo nessa
20
comunidade de aprendizagem, de valores e de comunicação, enfim, nessa teia
de relações pessoais e intersubjetivas. Mais que resultados obtidos pelos
alunos ou por uma instituição, o objeto em foco passa a ser prioritariamente as
relações sócio-educativas, isto é, as relações intersubjetivas concretas, as
representações, as estruturas, em função da formação do estudante.”
Nestas asserções pode-se visualizar a possibilidade de uma intervenção
crítica a partir do processo de auto-avaliação cuja finalidade é a qualificação
acadêmica e científica bem como a relevância social da IES em sua
responsabilidade de pensar a realidade e oferecer alternativas de mudança.
De acordo com o Roteiro de Auto-Avaliação Institucional 2004:
Orientações Gerais, a avaliação é um processo contínuo por meio do qual a
instituição elabora conhecimentos sobre sua própria realidade e compreende o
significado do conjunto de suas ações com a finalidade de alcançar qualidade
educativa e relevância social. Portanto, “sistematiza informações, analisa
coletivamente o significado de suas realizações, desvenda formas de
organização, administração e ação, identifica pontos fracos, bem como pontos
fortes e potencialidades, e estabelece estratégias de superação de
problemas” 3 .
3. Finalidade e Objetivos
Este Relatório tem como finalidade apresentar uma análise crítica do
processo de auto-avaliação que vem sendo realizado pela CPA desde o início de
2005, de acordo com as orientações do SINAES, instituído pela Lei nº 10.861,
3
Conferir no Roteiro de Auto-Avaliação Institucional 2004: Orientações Gerais, p. 11.
21
de 14 de abril de 2004, que traz os fundamentos de uma nova concepção de
avaliação institucional. A saber: o foco na qualidade da educação, o
compromisso social e a eficácia acadêmica da IES. É preciso compreender,
pois, o processo avaliativo em sua globalidade, isto é, compreender que a
instituição deve ser avaliada a partir de um conjunto significativo de
indicadores de qualidade visto em sua relação orgânica e não de forma isolada.
E, sobretudo, com a garantia da continuidade do processo avaliativo, o que
supõe uma articulação com os diferentes segmentos da comunidade local, visto
que a educação tem um profundo impacto político e cultural que precisa ser
compartilhado por todos os agentes envolvidos.
Os aspectos mencionados neste Relatório evidenciam o papel da CPA da
UNIPINHAL que é estabelecer um elo entre a IES e as informações
prestadas ao MEC, em continuidade com a proposta de auto-avaliação
encaminhada ao Inep/MEC no final de 2004.
Cabe salientar a importância da avaliação como processo de mediação
para compreender os significados do conjunto das atividades realizadas pela
IES, com o objetivo de melhorar a qualidade da educação e, evidentemente,
alcançar maior relevância social. Este exercício possibilita a identificação dos
pontos fracos e das potencialidades que são referências importantes para a
definição dos rumos da IES.
22
II. Programa de Auto-Avaliação na UNIPINHAL
Nesta segunda parte, a CPA procurou colocar os aspectos metodológicos
do processo de auto-avaliação tendo como critério fundamental que a
avaliação, como muito bem lembra José Dias Sobrinho (1995), “é um
empreendimento permanente e coletivo de produção da qualidade educativa”.
Sendo um processo de construção coletiva, a avaliação deve ter como um dos
traços indispensáveis a cultura avaliativa, perpassada por uma profunda
dimensão ética, isto é, não servindo de mecanismo de punição, mas sim de
instrumento de melhoria dos processos institucionais.
1. Procedimentos Metodológicos
Para atender aos objetivos propostos, a CPA estabeleceu como
procedimento metodológico um plano de ação para implementar o processo de
auto-avaliação na UNIPINHAL que contempla e responde às três etapas da
avaliação interna e aos requisitos sugeridos pelo SINAES, a saber:
9 Preparação: para cumprir os objetivos da auto-avaliação, a primeira
iniciativa foi constituir a CPA para coordenar e articular o processo interno de
avaliação, contando com o apoio dos dirigentes e dos diversos segmentos da
IES no que diz respeito às informações solicitadas para planejamento,
sensibilização e elaboração do Projeto de auto-avaliação, que servirá de base
para legitimar as ações institucionais.
9 Desenvolvimento: esta etapa consiste na concretização das ações
planejadas e na implementação dos instrumentos para coleta de dados e
informações, que serão analisados e servirão de subsídio para a elaboração de
relatórios parciais e finais referentes ao processo de auto-avaliação.
23
9 Consolidação: a etapa de consolidação tem como finalidade oferecer os
requisitos para o relatório final e critérios objetivos para o balanço crítico da
instituição, visando orientar suas práticas políticas e pedagógicas bem como
seu aprimoramento em termos acadêmicos e administrativos. Além disso,
servirá de parâmetro para a avaliação externa prevista no SINAES.
Para
consolidar
o
processo
de
auto-avaliação
foram
utilizados
indicadores obtidos a partir de:
a) Análise documental (PDI, PPI, PPCs, Regimento Geral e regulamentos) e de
dados institucionais disponibilizados por vários órgãos da instituição (Reitoria,
Pró-Reitoria
Acadêmica,
Coordenadoria
de
Pró-Reitoria
Pesquisa
e
Administrativa,
Secretaria
Geral,
Extensão, Biblioteca, Núcleo de Apoio
Pedagógico)
b)
Aproximação
representativos
com
da
a
comunidade
cidade
e
região
através
de
(Diretoria
visitas
Regional
a
setores
de
Ensino,
Departamento Municipal de Educação, Departamento Municipal de Cultura e
Turismo, Departamento de Promoção Social, Departamento Municipal de
Esportes e Lazer, Associação Comercial e Empresarial, Cooperativa dos
Cafeicultores
de
Pinhal
e
Região,
Casa
da
Agricultura,
Agência
de
Desenvolvimento e imprensa local) com o objetivo de qualificar os dados
obtidos.
c) Realização de seminários ampliados visando integrar e socializar as
informações do processo avaliativo.
24
d) Questionários aplicados a diferentes dimensões avaliativas, envolvendo
coordenadores de curso, corpo docente e discente dando continuidade à
avaliação interna.
Estes quatro indicadores constituíram-se a base dos procedimentos
metodológicos para análise institucional na perspectiva da investigação das
fragilidades e potencialidades da instituição e, conseqüentemente, na
intervenção da tomada de decisões e políticas a serem implementadas pela
IES, favorecendo um diálogo produtivo entre os membros da comunidade
acadêmica e local.
2. Descrição das Atividades
A primeira iniciativa da CPA, considerando a experiência anterior de
avaliação na IES, foi analisar os principais documentos institucionais,
resgatando a missão, o perfil e as informações já existentes. Posteriormente,
a CPA realizou diversos encontros com diferentes segmentos da comunidade
local e regional (Anexo 1), estabelecendo diálogos produtivos acerca do papel
da IES no contexto educativo-cultural, abrangendo o Leste Paulista e o Sul de
Minas. Efetivou ainda eventos acadêmico-culturais para o debate sobre o
mundo do trabalho com a participação de egressos (Anexo 2) e a reforma
universitária (Anexo 3). Finalmente, em continuidade ao processo, a CPA
realizou a avaliação interna através de um sistema on-line 4 com questionários
aplicados a coordenadores de curso, docentes e discentes, disponibilizando à
4
O sistema operacional utilizado foi Linux, Linguagem de Programa PHP, Banco de Dados MYSQL,
constituindo-se softwares de linguagens livres, programa de avaliação já utilizado nos anos anteriores. O
sistema foi desenvolvido pelo bacharel em Ciência da Computação Antonio Marcos Teixeira, responsável
pelo CPD Administrativo da UNIPINHAL.
25
comunidade acadêmica a Avaliação Contínua dos Cursos, no período de 08 de
setembro a 28 de outubro de 2005.
Para fazer a avaliação, alunos, professores e coordenadores acessaram
o site www.unipinhal.edu.br/avaliacao e responderam questões referentes ao
trabalho docente e de coordenação, disciplina, auto-avaliação, instituição e
produção científica. Durante o período disponível para a realização da
Avaliação Contínua, os alunos seguiram um roteiro organizado previamente pela
CPA para que o percentual de participação pudesse ser considerável. Docentes
e coordenadores puderam efetuar a pesquisa a partir dos computadores da
IES ou de qualquer computador particular. Com isso, foi possível refletir
sobre as questões educacionais da IES de um modo geral e, em específico, as
de cunho didático-pedagógico, o que demonstra a relevância do processo desde
a sua implementação.
A divulgação sobre o processo de Avaliação foi feita com antecedência
aos coordenadores durante as reuniões de colegiado e aos alunos através da
página eletrônica da UNIPINHAL e do contato direto entre coordenação,
docentes e discentes.
3. Instrumentos para coleta de dados e informações
A avaliação institucional na UNIPINHAL vem se constituindo uma
experiência produtiva de construção de planejamentos e estratégias para
responder às exigências legais e, acima de tudo, para consolidar sua identidade
e sua relevância acadêmica na realidade local e regional. O instrumento criado
inicialmente para dar conta deste processo implicava em procedimento amplo
26
envolvendo docentes, discentes, gestores e técnicos-administrativos. Isso
significou, do ponto de vista institucional, uma rica aprendizagem, que foi
delineando os contornos da avaliação e tem orientado o aprimoramento tanto
do instrumento quanto da própria cultura avaliativa. O Quadro 2 mostra os
instrumentos utilizados para o processo de avaliação 2005.
Quadro 2: Questionários utilizados por discentes (Tabela 1), docentes (Tabela
2) e coordenadores (Tabela 3) e os respectivos itens avaliados
Tabela 1 (Questionário dos discentes)
TRABALHO DOCENTE
1. Forma de ensinar (didática)
2. Clareza na exposição dos conteúdos
3. Envolvimento e estímulo à participação nas aulas
4. Planejamento e organização das aulas
5. Assiduidade (freqüência do professor)
6. Pontualidade (início e término da aula)
7. Relacionamento com os alunos
8. Clareza das regras de avaliação e discussão dos resultados
DISCIPLINA
1. Importância da disciplina na formação profissional
2. Conexão com outras disciplinas
3. Compatibilidade entre as avaliações e os conteúdos ministrados
4. Adequação da carga horária à disciplina
5. Utilização de recursos didáticos variados
6. Quantidade e qualidade do acervo bibliográfico (vídeos, revistas, livros, jornais,
cds etc)
AUTO-AVALIAÇÃO DO ALUNO
1. Participação nas aulas
2. Envolvimento com as atividades propostas em sala de aula
3. Dedicação aos estudos fora do horário de aula
4. Cooperação para manter a disciplina em sala de aula
5 Freqüência na biblioteca para estudo e pesquisa
6. Pontualidade (início e término das aulas)
COORDENAÇÃO DO CURSO
1. Definição de políticas pedagógicas
2. Agilidade na resolução dos problemas
27
3. Transparência nas ações administrativas
4. Acesso ao Coordenador
5. Relacionamento com os alunos
6. Relacionamento com os professores
INSTITUIÇÃO
1. Salas de aula
2. Secretaria Geral
3. Tesouraria
4. Biblioteca
5. Laboratórios
6. Áreas de Lazer/Convivência
7. Lanchonetes
8. Acesso à direção
9. Hospital Veterinário (para alunos do curso M. Veterinária)
10. Central de Atendimento ao Aluno (CAA)
11. Sanitários
Tabela 2 (Questionário dos docentes)
TRABALHO DOCENTE
1. Forma de ensinar (didática)
2. Clareza na exposição dos conteúdos
3. Envolvimento e estímulo à participação nas aulas
4. Planejamento e organização das aulas
5. Assiduidade (freqüência do professor)
6. Pontualidade (início e término da aula)
7. Relacionamento com os alunos
8. Clareza das regras de avaliação e discussão dos resultados
DISCIPLINA
1. Importância da disciplina na formação profissional
2. Conexão com outras disciplinas
3. Compatibilidade entre as avaliações e os conteúdos ministrados
4. Adequação da carga horária à disciplina
5. Utilização de recursos didáticos variados
6. Quantidade e qualidade do acervo bibliográfico (vídeos, revistas, livros, jornais,
cds etc)
COORDENAÇÃO DO CURSO
1. Definição de políticas pedagógicas
2. Agilidade na resolução dos problemas
3. Transparência nas ações administrativas
28
4. Acesso ao Coordenador
5. Relacionamento com os alunos
6. Relacionamento com os professores
INSTITUIÇÃO
1. Salas de aula
2. Secretaria Geral
3. Tesouraria
4. Biblioteca
5. Laboratórios
6. Áreas de Lazer/Convivência
7. Lanchonetes
8. Acesso à direção
9. Hospital Veterinário (para docentes do curso M. Veterinária)
10. Central de Atendimento ao Aluno (CAA)
11. Sanitários
PRODUÇÃO CIENTÍFICA
1. Recursos para a realização de projetos científicos
2. Estímulo à participação de eventos científicos
3. Oferecimento de condições de iniciação à pesquisa aos discentes
4. Definição de políticas e diretrizes de produção científica
Tabela 3 (Questionário dos coordenadores)
TRABALHO DOCENTE
1. Forma de ensinar (didática)
2. Clareza na exposição dos conteúdos
3. Envolvimento e estímulo à participação nas aulas
4. Planejamento e organização das aulas
5. Assiduidade (freqüência do professor)
6. Pontualidade (início e término da aula)
7. Relacionamento com os alunos
8. Clareza das regras de avaliação e discussão dos resultados
AUTO-AVALIAÇÃO DO COORDENADOR
1. Definição de políticas pedagógicas
2. Agilidade na resolução dos problemas
3. Transparência nas ações administrativas
4. Acessibilidade
5. Relacionamento com os alunos
6. Relacionamento com os professores
INSTITUIÇÃO
29
1. Salas de aula
2. Secretaria Geral
3.Tesouraria
4. Biblioteca
5. Laboratórios
6. Áreas de Lazer/Convivência
7. Lanchonetes
8. Acesso à direção
9. Hospital Veterinário
10. Central de Atendimento ao Aluno (CAA)
11. Sanitários
PRODUÇÃO CIENTÍFICA
1. Recursos para a realização de projetos científicos
2. Estímulo à participação de eventos científicos
3. Oferecimento de condições de iniciação à pesquisa aos discentes
4. Definição de políticas e diretrizes de produção científica
4. Apresentação e análise dos resultados
A partir dos dados gerados pela Avaliação Contínua dos Cursos, a CPA
interpretou os resultados como satisfatórios, considerando a participação de
67% dos alunos (Quadro 3), 57% dos docentes no processo (Quadro 4) e 82%
dos coordenadores (Quadro 5), números que legitimam a cultura da avaliação,
refletindo a importância do envolvimento de todos na busca da qualidade do
ensino e das ações institucionais.
Quadro 3: Índice de participação dos alunos
CURSOS
Administração
Administração-Comex
Administração-Market
Ciência Computação
Ciências Biológicas
MATRICULADOS
70
103
48
120
167
PARTICIPANTES
55
84
42
92
126
PERCENTUAL
78,5%
81,5%
87,5%
76,7%
75,4%
30
Com. Social – Publ. Prop.
Direito
Educação Física
Enfermagem (Matutino)
Enfermagem (Noturno)
Eng. Agronômica
Eng. Ambiental
Eng. de Computação
Eng. de Alimentos
Farmácia
Fisioterapia (Matutino)
Fisioterapia (Noturno)
Gestão Agronegócios
Gestão Com. Exterior
Gestão Finan. Empres.
Gestão Prod. Industr.
Gestão Rec. Humanos
Gestão Supr. e Logis.
Letras
Medicina Veterinária
Pedagogia
Turismo
TOTAL UNIPINHAL
127
556
219
139
94
270
238
61
72
214
62
32
08
13
07
18
02
11
109
251
156
55
3.222
105
213
164
74
51
205
191
50
56
134
46
30
07
08
04
16
02
09
89
146
114
49
2.162
82,6%
38,3%
74,8%
53,2%
54,2%
75,9%
80,2%
81,9%
77,7%
62,6%
74,6%
93,7%
87,5%
61,5%
57,1%
88,8%
100%
81,8%
81,7%
58,2%
73,0%
89,0%
67%
Quadro 4: Índice de participação dos docentes
CURSOS
Administração
Ciência Computação
Ciências Biológicas
Com. Social – P. P.
Direito
Educação Física
Enfermagem (Matutino)
Enfermagem (Noturno)
Eng. Agronômica
Eng. Ambiental
Eng. Computação
Eng. De Alimentos
Farmácia
Fisioterapia (Matutino)
DOCENTES
18
13
20
13
28
21
16
15
35
22
10
16
22
20
PARTICIPANTES
15
05
11
09
05
21
08
08
17
15
03
09
14
11
PERCENTUAL
83,3%
38,4%
55,0%
69,2%
17,8%
100%
50%
53,3%
48,6%
68,1%
30%
56,2%
63,6%
55,0%
31
Fisioterapia (Noturno)
Gestão Agronegócios
Gestão Com. Exterior
Gestão Finanças
Gestão Prod. Industrial
Gestão Rec. Humanos
Gestão Supr. e Logist.
Letras
Medicina Veterinária
Pedagogia
Turismo
TOTAL UNIPINHAL
06
18
18
18
18
18
18
11
25
17
10
232
05
02
06
02
07
02
02
07
16
06
10
132
83,0%
11,1%
33,3%
11,1%
39,0%
11,1%
11,1%
63,6%
64,0%
35,2%
100%
57%
Quadro 5: Índice de participação dos coordenadores
CURSO
Administração/Gestão
Ciência da Computação
Ciências Biológicas
Comunicação Social – Hab. em Publicidade e Propaganda
Direito
Educação Física
Enfermagem (Matutino/Noturno)
Engenharia Agronômica
Engenharia Ambiental
Engenharia de Computação
Engenharia de Alimentos
Farmácia
Fisioterapia (Matutino/Noturno)
Letras
Medicina Veterinária
Pedagogia
Turismo
PERCENTUAL DE PARTICIPAÇÃO
COORDENADOR
100%
100%
100%
100%
100%
100%
100%
100%
100%
100%
100%
100%
100%
100%
82%
32
Quadro 6: Resultados Gerais da UNIPINHAL
AVALIADORES
X
ITENS
AVALIADOS
Trabalho Docente
Auto-avaliação
Coordenação
Instituição
Produção Científica
Os
resultados
ALUNOS
DOCENTES
COORDENADORES
8,54
8,54
8,08
7,61
--
-9,22
9,55
8,21
6,52
9,36
9,33
-8,25
6,71
obtidos
na
avaliação
(Quadro
6)
revelaram-se
satisfatórios quanto à docência, coordenação e instituição, que ficaram com
médias acima de 8, correspondentes ao conceito “muito bom”. Com relação ao
item produção científica, a média foi inferior a 7, conceituando-se como
“regular”, conforme Escala de Avaliação (Quadro 7) definida pela CPA.
Cabe ressaltar que embora a pesquisa não seja uma exigência dos
centros universitários, os projetos de iniciação científica e a participação em
eventos são instrumentos fundamentais para o debate acadêmico, que
atualizam a teoria e a prática da ação pedagógica e fundamentalmente
enaltecem a qualidade do ensino.
Para consolidar e garantir a manutenção dos pontos positivos e criar
condições necessárias para superar os pontos negativos dando continuidade à
cultura avaliativa, a CPA considera a necessidade de dar visibilidade à
avaliação, conforme recomenda as orientações do SINAES. Por conta disso,
preocupou-se em elaborar relatórios a coordenadores de curso com dados
efetivos, além de socializar os resultados através do site da instituição e de
boletim informativo à comunidade acadêmica.
33
Quadro 7: Escala de avaliação
NOTAS
10
9
8
7
6
5
CONCEITOS
EXCELENTE
ÓTIMO
MUITO BOM
BOM
REGULAR
INSUFICIENTE
34
III. Avaliação: um projeto em construção
Desde o início do processo avaliativo da UNIPINHAL pode-se constatar
uma maturidade institucional com relação a esse tema tão necessário e, ao
mesmo tempo, tão desafiador. O que se verifica na experiência da IES é que a
avaliação tem sido um processo em construção que tem permitido um olhar
mais crítico sobre os limites, as potencialidades e as ações acadêmicoinstitucionais.
Percebe-se, além disso, que a comunidade acadêmica vem superando as
resistências e assumindo a avaliação em sua dimensão positiva, como
instrumento formativo-pedagógico. Apesar de todas as conquistas, a CPA tem
consciência de que ainda há muito o que fazer para dar continuidade ao
processo, garantir sua legitimidade e avançar no aperfeiçoamento e
desenvolvimento da cultura avaliativa na UNIPINHAL.
1. Dimensões da Auto-Avaliação
A CPA da Unipinhal procurou pautar as ações referentes ao processo de
auto-avaliação na Lei nº 10.861, de 14 de abril de 2004, que no seu artigo 3°
coloca as dez dimensões que devem servir de orientação à avaliação
institucional, garantindo a organicidade do processo avaliativo em sintonia com
as diretrizes da legislação bem como a especificidade da IES no seu contexto
geral.
Entretanto, entendendo a avaliação como um processo democrático e
integrado das atividades acadêmicas e administrativas da instituição, essas
35
dimensões são contempladas de forma global visando a educação como bem
público, como é enfatizado pelo SINAES. A relação entre a instituição e as
dimensões propostas na SINAES fica evidenciada no Quadro 8, a seguir:
Quadro 8: As dimensões da auto-avaliação de acordo com o SINAES, seu
conteúdo e sua relação com a UNIPINHAL
Dimensões
Dimensão 1
A Missão e o Plano de
Desenvolvimento Institucional
Dimensão 2
A política para o ensino, a pesquisa, a
pós-graduação, a extensão e as
respectivas normas de
operacionalização, incluídos os
procedimentos para estímulo à
produção acadêmica, as bolsas de
pesquisa, de monitoria e demais
modalidades
Dimensão 3
A responsabilidade social da
instituição, considerada
especialmente no que se refere a sua
contribuição em relação à inclusão
social, ao desenvolvimento econômico
e social, à defesa do meio-ambiente,
da memória cultural, da produção
artística e do patrimônio cultural
A comunicação com a sociedade
Dimensão 4
5
Conteúdo
Documentos
institucionais 5
Missão e Plano de
Desenvolvimento
Institucional (PDI)
Projeto Pedagógico
Institucional (PPI),
Projetos Pedagógicos de
Curso, Regulamento da
Coordenadoria de
Pesquisa e Extensão
(CPE), Regimento Geral
e Estatuto da
UNIPINHAL
Projeto de
responsabilidade social 6
Assessoria de imprensa
e marketing
A CPA optou por não inserir os documentos referidos no corpo deste Relatório, visto que todos estão
disponíveis na instituição para serem verificados no momento da visita in loco.
6
O Projeto “Mais Pinhal” é um projeto de responsabilidade social de toda instituição, incluindo todas as
áreas de conhecimento. Dentre as muitas iniciativas contempladas, podemos destacar: projeto de inclusão
digital (Pedagogia), projeto de recuperação e valorização do patrimônio histórico-cultural do município
(Turismo), projeto de recuperação de mata-ciliar e educação ambiental (Engenharia Ambiental), assistência
jurídica (Direito), clínica de atendimento fisioterápico (Fisioterapia), campanha de vacinação anti-rábica
(Medicina Veterinária), campanha de arrecadação de medicamentos e de orientação à saúde preventiva
(Farmácia e Enfermagem) e projeto de práticas esportivas aos alunos de escolas públicas do município
(Educação Física).
36
Dimensão 5
Dimensão 6
Dimensão 7
Dimensão 8
Dimensão 9
As políticas de pessoal, de carreiras
do corpo docente e corpo técnicoadministrativo, seu aperfeiçoamento,
desenvolvimento profissional e suas
condições de trabalho
Organização e gestão da instituição,
especialmente o funcionamento e
representatividade dos colegiados,
sua independência e autonomia na
relação com a mantenedora e a
participação dos segmentos da
comunidade universitária nos
processos decisórios
Infra-estrutura física, especialmente
a de ensino e de pesquisa, biblioteca,
recursos de informação e
comunicação
Planejamento e avaliação,
especialmente em relação aos
processos, resultados e eficácia da
auto-avaliação institucional
Políticas de atendimento a estudantes
e egressos
Plano de Carreira,
Regimento Geral e
Estatuto da
UNIPINHAL
Estatuto da
UNIPINHAL e
Regimento Geral
PDI, CPE, Biblioteca
CPA, Núcleo de Apoio
Didático-Pedagógico
Pró-Reitorias
Administrativa e
Acadêmica, Secretaria,
Coordenação de Cursos
Dimensão 10 Sustentabilidade financeira, tendo em Mantenedora (FPE)
vista o significado social da
continuidade dos compromissos na
oferta da educação superior
2. Interpretação crítica da auto-avaliação
Após uma apresentação geral dos resultados da Avaliação Contínua e das
atividades realizadas pela CPA neste ano de 2005, o objetivo neste momento é
interpretar criticamente o processo de auto-avaliação da UNIPINHAL visando
o aprimoramento do conjunto das ações institucionais, da responsabilidade
37
social da IES junto à comunidade local e regional e da redefinição de suas
prioridades e metas para os próximos anos. Este Relatório apresenta a seguir
os resultados gerais dos itens específicos avaliados por alunos, professores e
coordenadores bem como suas respectivas médias. A leitura destes
indicadores permite um balanço do processo desenvolvido e a projeção de
ações futuras, ampliando a possibilidade de construção de uma visão mais
integrada das atividades de avaliação institucional, envolvendo a CPA e os
demais segmentos da comunidade acadêmica.
Resultados gerais dos itens avaliados durante o
Processo de Avaliação Contínua
AVALIAÇÃO DO PONTO DE VISTA DO ALUNO
Trabalho Docente
1. Forma de ensinar
2. Clareza e exposição dos conteúdos
3. Envolvimento e estímulo à participação nas aulas
4. Planejamento e organização das aulas
5. Assiduidade (freqüência do professor)
6. Pontualidade (início e término da aula)
7. Relacionamento com os alunos
8. Clareza das regras de avaliação e discussão dos resultados
Disciplina
1. Importância da disciplina na formação profissional
2. Conexão com outras disciplinas
3. Compatibilidade entre as avaliações e os conteúdos ministrados
4. Adequação da carga horária à disciplina
5. Utilização de recursos didáticos variados
6. Quantidade e qualidade do acervo bibliográfico
MÉDIAS
8,41
8,36
8,32
8,51
9,05
8,98
8,65
8,50
8,92
8,54
8,57
8,54
8,24
8,07
38
Auto-avaliação
1. Participação nas aulas
2. Envolvimento com as atividades propostas em sala de aula
3. Dedicação aos estudos fora do horário de aula
4. Cooperação para manter a disciplina em sala de aula
5. Freqüência na biblioteca para estudo e pesquisa
6. Pontualidade (início e término das aulas)
Coordenação
1. Definição de políticas pedagógicas
2. Agilidade na resolução dos problemas
3. Transparência nas ações administrativas
4. Acesso ao coordenador
5. Relacionamento com os alunos
6. Relacionamento com os professores
Instituição
1. Salas de aula
2. Secretaria Geral
3. Tesouraria
4. Biblioteca
5. Laboratórios
6. Áreas de lazer/convivência
7. Lanchonetes
8. Acesso à direção
9. Hospital Veterinário
10. Central de Atendimento ao Aluno
11. Sanitários
AVALIAÇÃO DO PONTO DE VISTA DO PROFESSOR
Trabalho Docente (auto-avaliação)
1. Forma de ensinar
2. Clareza e exposição dos conteúdos
3. Envolvimento e estímulo à participação nas aulas
4. Planejamento e organização das aulas
5. Assiduidade (freqüência do professor)
6. Pontualidade (início e término da aula)
7. Relacionamento com os alunos
8. Clareza das regras de avaliação e discussão dos resultados
Disciplina
1. Importância da disciplina na formação profissional
2. Conexão com outras disciplinas
3. Compatibilidade entre as avaliações e os conteúdos ministrados
4. Adequação da carga horária à disciplina
8,73
8,87
8,07
9,01
7,77
8,82
8,00
7,59
7,69
8,30
8,34
8,58
7,57
7,44
7,34
8,68
8,06
7,40
7,57
6,92
8,02
7,28
7,46
MÉDIAS
9,13
9,25
9,18
9,37
9,89
9,71
9,30
9,40
9,60
9,16
9,54
8,88
39
5. Utilização de recursos didáticos variados
6. Quantidade e qualidade do acervo bibliográfico
Coordenação
1. Definição de políticas pedagógicas
2. Agilidade na resolução dos problemas
3. Transparência nas ações administrativas
4. Acesso ao coordenador
5. Relacionamento com os alunos
6. Relacionamento com os professores
Instituição
1. Salas de aula
2. Secretaria Geral
3. Tesouraria
4. Biblioteca
5. Laboratórios
6. Áreas de lazer/convivência
7. Lanchonetes
8. Acesso à direção
9. Hospital Veterinário
10. Central de Atendimento ao Aluno
11. Sanitários
Produção Científica
1. Recursos para a realização de projetos científicos
2. Estímulos à participação de eventos científicos
3. Oferecimento de condições de iniciação à pesquisa aos discentes
4. Definição de políticas e diretrizes de produção científica
AVALIAÇÃO DO PONTO DE VISTA DO COORDENADOR
Trabalho Docente
1. Forma de ensinar
2. Clareza e exposição dos conteúdos
3. Envolvimento e estímulo à participação nas aulas
4. Planejamento e organização das aulas
5. Assiduidade (freqüência do professor)
6. Pontualidade (início e término da aula)
7. Relacionamento com os alunos
8. Clareza das regras de avaliação e discussão dos resultados
Auto-Avaliação do Coordenador
1. Definição de políticas pedagógicas
2. Agilidade na resolução dos problemas
3. Transparência nas ações administrativas
4. Acessibilidade
8,83
8,25
9,44
9,50
9,45
9,78
9,45
9,67
8,19
8,58
8,43
8,98
8,28
7,66
7,44
8,26
8,60
8,01
7,88
6,42
6,42
6,62
6,63
MÉDIAS
9,25
9,25
9,15
9,44
9,67
9,53
9,16
9,44
9,15
9,08
9,31
9,62
40
5. Relacionamento com os alunos
6. Relacionamento com os professores
Instituição
1. Salas de aula
2. Secretaria Geral
3. Tesouraria
4. Biblioteca
5. Laboratórios
6. Áreas de lazer/convivência
7. Lanchonetes
8. Acesso à direção
9. Hospital Veterinário
10. Central de Atendimento ao Aluno
11. Sanitários
Produção Científica
1. Recursos para a realização de projetos científicos
2. Estímulos à participação de eventos científicos
3. Oferecimento de condições de iniciação à pesquisa aos discentes
4. Definição de políticas e diretrizes de produção científica
9,15
9,69
8,38
8,46
8,08
9,62
8,54
7,46
7,08
9,00
8,57
7,83
7,69
6,46
6,54
6,62
7,23
Ao analisar os indicadores gerais obtidos a partir do processo de
avaliação contínua e das demais atividades realizadas no ano de 2005, a CPA
considera toda esta trajetória de auto-avaliação bastante pertinente, tendo
em vista que os resultados gerados possibilitam estabelecer novas atividades e
priorizar novas ações que possam consolidar a identidade da UNIPINHAL, que
tem a seu favor 40 anos de tradição de ensino, estrutura física e corpo
docente altamente qualificado, como demonstram as avaliações das condições
de ensino realizadas pelo MEC/Inep, conforme o Quadro 9.
41
Quadro 9: Avaliações dos Cursos de Graduação realizadas pelo MEC/Inep
CURSOS
AUTORIZAÇÃO
RECONHECINTO/
RENOVAÇÃO DE
RECONHECIMENTO
CONCEITOS OBTIDOS NA COMISSÃO DE
AVALIAÇÃO DE OFERTA
Organização
DidáticoPedagógica
Corpo
Docente
Instalações
CB
CMB
OBSERVAÇÃO
ENADE
Reconhecido
---
Reconhecimento
válido
por 4 (quatro) anos
---
Reconhecimento
válido
por 5 (cinco) anos
---
Decreto nº
70.385 de
10/04/1972
Decreto nº 78.898
de 06/12/1976
CMB
Administração em
Comércio Exterior
Resolução CSA
nº 01 de
07/06/1999
Portaria nº 827
de 11/03/2005
CB
Administração em
Marketing
Resolução CSA
nº 01 de
07/06/1999
Portaria nº 3.737
de 16/11/2004
CB
Ciência da
Computação
Portaria nº 1563
de 26/12/1995
Portaria nº 1.140
de 30/04/2004
---
---
---
Reconhecimento
válido
por 3 (três) anos
---
Ciências Biológicas
(Bacharelado e
Licenciatura)
Resolução CSA
de 05/09/2001
Portaria nº 818
de 11/03/2005
CMB
CB
CMB
Reconhecimento
válido
por 5 (cinco) anos
---
Comunicação Social
– Habilitação em
Publicidade e
Propaganda
Resolução CSA
nº 02 de
20/09/1999
Portaria nº 901
de 17/03/2005
CB
CB
CMB
Reconhecimento
válido
por 4 (quatro)
anos
Decreto nº
59.406 de
21/10/1966
Decreto nº 68.462
de 02/04/1971
CB
Educação Física
(Bacharelado e
Licenciatura)
Resolução CSA
nº 02 de
20/09/1999
Portaria nº 821
de 11/03/2005
CB
CB
CB
Enfermagem
Resolução CSA
de 05/09/2001
Portaria nº 819
de 11/03/2005
CMB
CB
CMB
Reconhecimento
válido
por 5 (cinco) anos
Engenharia
Agronômica
Decreto nº
63.687 de
26/11/1968
Portaria nº 3.734
de 16/11/2004
CMB
CB
CB
Reconhecimento
válido
por 4 (quatro)
anos
Conceito
2
Engenharia
Ambiental
Resolução CSA
nº 02 de
20/09/1999
Portaria nº 3.145 de
13/09/2005
CMB
---
___
Engenharia da
Computação
(noturno)
Resolução CSA
nº 03 de
26/08/2002
---
CMB
Aguardando
publicação da
Portaria
___
Engenharia de
Alimentos
Resolução CSA
nº 02 de
20/09/1999
Portaria nº 820
de 11/03/2005
CB
Reconhecimento
válido
por 3 (três) anos
---
Farmácia – Análises
Clínicas
Resolução CSA
nº 01 de
07/06/1999
Portaria nº 806
de 11/03/2005
CB
Reconhecimento
válido
por 4 (quatro)
anos
Conceito
3
Farmácia – Indústria
Farmacêutica
Resolução CSA
nº 01 de
07/06/1999
Portaria nº 806
de 11/03/2005
CB
Reconhecimento
válido
por 4 (quatro)
anos
Conceito
3
Fisioterapia
Resolução CSA
nº 02 de
20/09/1999
Portaria nº 922
de 17/03/2005
CMB
Administração
Direito
CB
CMB
CB
CMB
CMB
CMB
---
Reconhecido
---
CMB
CB
CB
CB
CB
CB
Reconhecimento
válido
Conceito
por 4 (quatro) anos
3
Sem
conceito
CB
CMB
CR
CB
CB
CMB
Reconhecimento
válido
por 5 (cinco) anos
Conceito
2
42
Letras –
Português/Espanhol
Resolução CSA
nº 02 de
20/09/1999
Portaria nº 824
de 11/03/2005
CB
Letras –
Português/Inglês
Resolução CSA
nº 02 de
20/09/1999
Portaria nº 824
de 11/03/2005
CB
Decreto nº
94.210 de
10/04/1987
Portaria nº 1.344 de
04/07/2001
CMB
Resolução CSA
nº 06 de
28/09/2000
Portaria nº 2.599 de
25/07/2005
CMB
Resolução CSA
nº 01 de
07/06/1999
Portaria nº 3.735
de16/11/2004
CB
Medicina Veterinária
Pedagogia
Turismo
CB
CB
CMB
CB
CB
CMB
CMB
CB
Reconhecimento
válido
por 4 (quatro)
anos
---
Reconhecimento
válido
por 4 (quatro)
anos
---
Aguardando
publicação da
Portaria
Conceito
4
---
---
Reconhecimento
válido
por 4 (quatro)
anos
---
CMB
CMB
43
No entanto, avaliando criticamente cada item específico, a CPA constata
aspectos positivos, revelando o potencial da IES, e também aspectos
negativos, que merecem maior atenção, já que a avaliação tem exatamente
esta finalidade: revelar as fortalezas e os limites da instituição. A consciência
desta tensão permanente entre fortalezas e limites possibilita a instauração
de políticas e metas para o aperfeiçoamento constante. Na perspectiva da
CPA, esse movimento dialético deverá constituir o foco principal das ações
avaliativas. Neste sentido, pode-se chegar a algumas inferências fundamentais
que permitem avaliar a instituição e traçar novos caminhos 7 :
ƒ
A produção científica aparece num percentual abaixo do instituído como
padrão de qualidade. Embora o quesito “pesquisa” não seja uma exigência
dos centros universitários, vale lembrar que os projetos de iniciação
científica e a participação em eventos são instrumentos fundamentais
para o debate acadêmico e a atualização da ação pedagógica, que
enaltecem a qualidade do ensino.
ƒ
No item “áreas de lazer” percebe-se que houve um bom investimento da
IES, com significativa melhoria na qualidade das praças de alimentação,
tanto em termos físicos quanto no que diz respeito aos produtos e
serviços
oferecidos.
No
entanto,
é
um
item
que
precisa
permanentemente ser lembrado para continuar oferecendo um ambiente
acolhedor e um atendimento de qualidade.
7
As inferências apresentadas neste Relatório estão fundamentadas em todo o processo de auto-avaliação que
vem sendo desenvolvido pela Comissão Própria de Avaliação, envolvendo as visitas externas, o processo de
avaliação contínua, sobretudo considerando os encaminhamentos e sugestões dos coordenadores de cursos a
partir dos resultados da avaliação 2005.
44
ƒ
Na percepção dos alunos, o “acesso à direção” foi avaliado com média
6,92, que, embora muito próxima do padrão de qualidade, indica a
necessidade de um diálogo e de uma presença mais constante dos
gestores junto ao corpo discente.
ƒ
No item “Biblioteca”, a avaliação foi positiva e nos últimos anos pode-se
constatar investimentos tanto no acervo quanto na estrutura física.
Porém, como a produção do conhecimento atualmente se dá em larga
escala, sendo muito dinâmica, é necessário uma atenção permanente na
atualização bibliográfica.
ƒ
A imagem institucional da UNIPINHAL precisa ser permanentemente
trabalhada junto à comunidade local e regional, lembrando que a
visibilidade é uma conquista que gera tradição, orgulho e admiração da
IES pelo município e região, transformando-a numa referência cultural e
educativa.
ƒ
As atividades desenvolvidas pela UNIPINHAL são consideradas
indispensáveis pela comunidade, mas a falta de continuidade em alguns
projetos é uma constante que compromete o desdobramento de sua
eficácia e credibilidade.
ƒ
Na análise da CPA, a UNIPINHAL vem consolidando sua identidade
institucional como centro universitário, embora ainda persista uma visão
fragmentada da IES devido à falta de maior integração entre os cursos
e atividades desenvolvidas pela instituição.
45
ƒ
Ter um instrumento de comunicação interna na instituição, como por
exemplo boletins informativos com periodicidade efetiva, garante a
organicidade e o diálogo entre os diferentes setores da IES. Tendo em
vista a complexidade do processo de expansão da UNIPINHAL nos
últimos anos, vê-se a necessidade de criar mecanismos eficazes de
divulgação de suas ações acadêmicas, culturais e sociais.
ƒ
A CPA constatou durante suas visitas externas ser imperativo criar uma
maior unidade entre as ações realizadas pela UNIPINHAL, que supere o
improviso, o pouco profissionalismo e a ausência de planejamento das
atividades e projetos.
3. Desafio da avaliação: o que somos, o que temos e onde queremos
chegar
Estas indagações constituem o desafio de todo processo avaliativo, que
vem ocorrendo na instituição desde 1999, quando as faculdades isoladas foram
transformadas em Centro Universitário. De apenas cinco cursos passamos a 21
atualmente, o que significa um desafio manter o crescimento físico-material
com o desenvolvimento didático-pedagógico. Durante este período, para
responder à demanda e às novas exigências, foram implementadas várias
medidas visando consolidar a identidade e o perfil da UNIPINHAL. Para tanto,
foi criada uma nova estrutura organizacional, como já enfatizado neste
Relatório, com a instauração de reitoria e pró-reitorias (acadêmica e
administrativa), núcleo de apoio pedagógico, núcleo de planejamento e
desenvolvimento institucional, coordenadoria de pesquisa e extensão, comissão
de recredenciamento e reconhecimento de cursos de graduação, ouvidoria,
46
atendimento psicológico, assessoria de imprensa e marketing, comissão de
avaliação, entre outros.
Esta nova composição acadêmico-administrativa resultou em projetos e
programas que, aos poucos, foram delineando o perfil institucional da
UNIPINHAL, a priori com a elaboração do projeto pedagógico institucional,
que redefiniu sua missão e padronizou os projetos pedagógicos de curso,
subsidiando a construção do Plano de Desenvolvimento Institucional que por
sua vez orientou as metas da IES, iluminando práticas sociais materializadas
no projeto “Mais Pinhal”. Evidentemente, todo esse crescimento culminou na
adequação de espaços físicos, implementação de novas tecnologias e ampliação
do quadro docente.
Diante destas constatações ao longo do processo de auto-avaliação, a
CPA apresenta alguns questionamentos: o que somos, o que temos e onde
queremos chegar? As respostas a essas perguntas são indispensáveis na
consolidação do PDI, redefinindo o compromisso da UNIPINHAL com a
formação humana e de qualidade, que atenda às exigências do SINAES e
consolide a instituição. Acrescenta ainda algumas proposituras:
ƒ
Eventos científico-culturais abertos à comunidade repercutem de forma
positiva, como por exemplo nas empresas, na Câmara Municipal, na mídia
local e nas próprias pessoas, como foi o caso do seminário sobre a
Reforma Universitária, realizado pela CPA no primeiro semestre de
2005.
ƒ
Um mecanismo interessante para consolidar a imagem da UNIPINHAL,
tornando-a referência cultural, é criar uma cultura de diálogo e debate
sobre temas da atualidade.
47
ƒ
Para dar organicidade às práticas e ações sócio-comunitárias dos
projetos, da história e da imagem da instituição a médio e longo prazos,
em conformidade com que expressa o PDI, é importante pensar na
instauração da “Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários” e da
“Pró-Reitoria de Pós-Graduação” para cuidar dos vínculos entre
comunidade interna e externa.
ƒ
É importante para consolidar a marca da instituição a definição de foco
de ação e de investimento, otimizando recursos humanos, econômicos e
técnicos.
ƒ
Definir o perfil de cada área de conhecimento da instituição, ou seja,
quais os cursos destinados ao ensino, quais os cursos destinados à
formação profissional e quais os cursos focados na pesquisa. A partir
destes critérios, é possível estabelecer com mais clareza as demandas
para cursos de extensão e de pós-graduação.
48
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao fazer as considerações finais sobre o projeto de auto-avaliação da
UNIPINHAL implementado até o momento, a CPA buscou contemplar o Roteiro
de Auto-Avaliação Institucional 2004 e as Diretrizes para Avaliação das
Instituições de Educação Superior, documentos de orientação do SINAES,
instituído pela Lei nº 10.861, de 14 de abril de 2004, que em muito
contribuíram para a prática avaliativa já existente na instituição.
Nesta
perspectiva,
o
processo
de
auto-avaliação
favoreceu
o
aperfeiçoamento da cultura interna de avaliação, permitindo uma reflexão
crítica e constante das metas e prioridades da IES, iluminando suas ações e
planejamentos estratégicos e finalmente permitindo uma visão integrada das
atividades, envolvendo um trabalho coletivo dos diferentes segmentos da
UNIPINHAL
e
de
melhoria
da
qualidade
acadêmico-administrativa-
institucional.
A partir deste processo, a CPA acredita que a continuidade da ação
avaliativa em 2006 terá desdobramentos importantes para o desenvolvimento
e a correção de rumos.
49
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Paulo: Lúmen, 1996.
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Dias; RISTOFF, D. (Orgs.) Universidade Desconstruída: avaliação institucional
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COELHO,
I.
M.
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SOBRINHO, J. D.;
Institucional
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Universidade
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RISTOFF, D. (Orgs.) Universidade Desconstruída:
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1988.
CUNHA, L. A. Qual Universidade? São Paulo: Cortez, 1989. (Coleção Polêmicas
do Nosso Tempo, 31).
CUNHA, L. A. Universidade Crítica. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1983.
CUNHA, L. A. Universidade Temporã. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,
1986.
50
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Apropucc, agosto, 1999.
MASETTO, M. Avaliação Institucional: definições e posicionamentos. Estudos
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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira. Roteiro de Auto-Avaliação Institucional. Brasília:
MEC/Inep, 2004.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Lei 10861/04. Sistema Nacional de Avaliação
da Educação Superior. SINAES. Brasília: DOU nº 72, 15/04/2004, seção 1, pp.
3-4.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Lei 9394/96. Lei de Diretrizes e Bases da
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RISTOFF. D. Avaliação Institucional: pensando princípios. In SOBRINHO, J.
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Cortez, 2002.
51
SILVA Jr. J. R.; SGUISSARDI, V. Novas Faces da Educação Superior no
Brasil. Reforma do Estado e Mudança na Produção. Bragança Paulista: EDUSF,
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brasileira. In: FREITAS, Luiz Carlos de (Org.). Avaliação: construindo o campo
e a crítica. Florianópolis: Insular, 2002.
SOBRINHO, J. D.;
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reformas do estado e da educação superior. Campinas: Autores Associados,
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SOBRINHO, J. D. Concepção de Universidade e de Avaliação Institucional.
Revista Avaliação – RAIES, Campinas, v. 4, n. 2, pp. 29–40, jun. 1999.
52
SOBRINHO, J. D. Funcionamento e modos sociais da Avaliação Institucional.
Revista Avaliação – RAIES, Campinas, v. 4, n. 2, pp. 60–69, mar. 1998.
53
ANEXOS
ANEXO 1
Neste anexo está contido o resumo dos principais encontros realizados pela
CPA com os diferentes segmentos sociais.
Diretoria de Ensino de São João da Boa Vista/SP - 09/03/2005 - Profa.
Maria Helena Beli
Constatações:
ƒ
A diretora apontou algumas demandas referentes às áreas de Filosofia,
História, Geografia e Educação Artística. Ela afirmou que não há
professores habilitados nestas áreas em toda a rede de ensino.
ƒ
Maria Helena também afirmou que a Diretoria de Ensino está aberta à
parceria no campo de estágios em todas as áreas, especificamente nas
áreas de Publicidade, Direito e Computação.
ƒ
Um outro item apontado foi o número restrito de vagas para alunos da
UNIPINHAL no programa Escola da Família, salientando que a Unip de São
José do Rio Pardo oferece hoje 250 vagas.
ƒ
Outra demanda são os cursos de extensão com 200 horas/aula voltados à
capacitação docente da rede pública estadual.
ƒ
Finalmente, a diretora manifestou o desejo da UNIPINHAL participar das
próximas licitações para capacitação de professores.
Coordenação do Curso de Turismo – 11/03/2005 - Profa. Louise Prado
Alfonso e Profa. Luciane Del Grande de Castro
Constatações:
ƒ
A coordenadora relatou a resistência da comunidade pinhalense em relação
à UNIPINHAL, isto é, a “não-aceitação” por parte da população da cidade
às iniciativas da IES.
54
ƒ
Ainda não existe na cidade nenhum diagnóstico do potencial turístico local
e do potencial cultural de Pinhal.
ƒ
A Profa. Luciane destacou que mesmo a Festa do Café, evento tradicional
da cidade, encontra-se descaracterizado. É necessário resgatar o sentido
desta festa, transformando-a em feira, que expresse e recupere o valor
social e econômico da cultura cafeeira.
ƒ
Outro sonho do curso de Turismo é transformar o Simpe – Simpósio de
Pesquisa e Extensão - em um evento marcante da UNIPINHAL.
ƒ
A coordenadora destacou ainda as iniciativas que vêm sendo desenvolvidas
com êxito pelo curso, como por exemplo, as parcerias com os proprietários
de propriedades rurais com grande potencial para o turismo de negócios,
com a Agência de Desenvolvimento, com a Associação Comercial, Coopinhal,
Departamento de Cultura, Jornal A Cidade, entre outros. Além disso,
reforçaram a importância do projeto “City Tour”, com a participação das
escolas da educação básica e o desejo de realizar alguns cursos voltados às
áreas de hospitalidade, garçon e barman, e da Agência de Turismo, abrindo
possibilidades de vínculos entre teoria e prática, além de viabilizar a
colocação dos formandos no mundo do trabalho.
Departamento Municipal de Educação - 14/03/2005 - Profa. Marilda
Miglinski
Constatações:
ƒ
A diretora destacou que a UNIPINHAL dá notoriedade à cidade.
ƒ
Falta de comunicação sobre os acontecimentos realizados em nossa cidade.
Seria necessário utilizar melhor o potencial dos meios de comunicação
locais.
55
ƒ
A diretora enfatizou seu sonho de realizar um projeto de incentivo à
leitura, do qual a UNIPINHAL poderia ser o principal parceiro, já que
possui um grande acervo em sua Biblioteca.
ƒ
Salientou ainda a parceria que já existe com o projeto de estágio do curso
de Pedagogia e o projeto Releitura, de educação de adultos. Reforçou que a
rede melhorou muito com a UNIPINHAL, já que as professoras voltaram a
estudar por conta do Plano de Carreira e a participar de eventos
promovidos pela instituição.
Associação Comercial e Empresarial de Espírito Santo do Pinhal –
21/03/2005 - Maria Eli Bertoldo (gerente)
Constatações:
ƒ
A gerente manifestou o desejo da ACE de implementar alguns eventos e/ou
projetos que dinamizem e dêem vida à cidade, como por exemplo, realizar
um café empresarial, criando um momento de convivência e troca de
experiência entre comerciantes e empresários de Pinhal e, ao mesmo
tempo, oferecendo uma oportunidade de reflexão sobre as áreas comercial,
jurídica, relação internacional, marketing, motivação etc.
ƒ
Como resultado da conversa, chegamos à conclusão de que o importante é
criar vínculos entre UNIPINHAL/ACE e outros segmentos com a finalidade
de descobrir o potencial e a demanda de cada setor e, conseqüentemente,
socializar o que cada um tem de bom em prol do desenvolvimento da cidade.
Departamento Municipal de Cultura e Turismo – 28/03/2005 - Luciano
Belcuore
Constatações:
ƒ
O diretor apresentou a idéia de criação de um calendário de eventos da
cidade, incluindo festas religiosas, carnaval, eventos culturais, inclusive os
ligados à UNIPINHAL, como as semanas de estudo, o Simpe etc. Solicitou
56
ainda o calendário institucional da UNIPINHAL para incluir no calendário
municipal;
ƒ
Ressaltou o apoio da UNIPINHAL para alguns eventos da cidade, como por
exemplo a disponibilização de ônibus para o transporte dos membros da
Banda Filarmônica Cardeal Leme e para membros do coral do Circolo
Italiano;
ƒ
Em vista do evento “Sábado Mania”, idealizado pela EPTV Campinas e que
será realizado no dia 23 de abril em Pinhal, o diretor solicitou uma reunião
com alguns coordenadores de cursos da UNIPINHAL a fim de viabilizar
parcerias para a concretização do evento. Essa reunião ocorreu no dia 1º de
abril
de
2005,
com
(Fisioterapia/Educação
a
participação
das
áreas
Física/Farmácia/Enfermagem),
de
Saúde
Educação
(Pedagogia) e Turismo.
Departamento de Promoção Social – 04/04/2005 - Maria Emiliana
Rostirolla e Cristina Brandão Domingues
Constatações:
ƒ
A assistente social Emiliana achou louvável a iniciativa do diálogo entre a
CPA e os segmentos da comunidade, pois, na sua opinião, o grande desafio
da área da assistência é avaliação sócio-econômica da comunidade local. É
urgente uma pesquisa para levantamento de dados para que se possa
conhecer a cidade;
ƒ
As assistentes Emiliana e Cristina já estiveram na UNIPINHAL em contato
com o coordenador da Engenharia Ambiental para viabilizar o projeto de
catadores de lixo;
ƒ
Informaram ainda da criação do Conselho de Segurança Alimentar, no qual
deveria,
na
sua
opinião,
ter
representantes
da
especificamente das Engenharia Agronômica e de Alimentos;
UNIPINHAL,
57
ƒ
O departamento de Promoção Social ficou incumbido de enviar à CPA a lista
de todas as instituições sociais cadastradas e os respectivos contatos e,
em contrapartida, pediu que a CPA envie uma lista de ações e de pessoas
que poderiam, em algum momento, ser úteis para as atividades sociais.
Casa da Agricultura de Espírito Santo do Pinhal - 11/04/2005 – Eng.
Agrônomo José Eduardo Cruz
Constatações:
ƒ
Cruz apresentou o organograma municipal da Agricultura e afirmou que o
objetivo central da Casa da Agricultura é mediar e mobilizar os setores
sociais vinculados à área rural, unificando os programas e projetos que são
desenvolvidos;
ƒ
O chefe da Casa da Agricultura informou que existe desde 1990 o Plano
Diretor Rural, sendo Pinhal o único município que possui esse plano. Dentro
deste Plano, existem vários projetos, muitos já em andamento como:
Simpoa, Serviço de Informação Municipal de Produtos de Origem Animal,
órgão fiscalizador de leite in natura, queijos, carnes, mel etc; Patrulha
Mecanizada Rural, que atende exclusivamente a zona rural do município,
mantendo as estradas em condições ideais e executa serviços de melhoria
de infraestrutura das propriedades agrícolas; Horto Municipal, centro de
referência no município para reprodução de mudas de árvores frutíferas e
não-frutíferas. Para Cruz, a função do Horto seria repor as árvores das
praças e avenidas e para reflorestamento do município; Coleta Seletiva na
Zona Rural, procedimento que vem ocorrendo uma vez por mês na zona rural
do município, com o trabalho de conscientização da importância da limpeza
para a saúde das pessoas e para a preservação ambiental.
ƒ
Sobre o projeto Ribeirão da Cachoeira, rio que abastece o município, o
diretor mencionou que já foram plantadas 14 mil mudas, uma média de 80
58
espécies por hectare, enfatizando a necessidade de um processo de
envolvimento da UNIPINHAL na continuidade deste projeto, fundamental
para a manutenção da qualidade da vida em todos os sentidos.
ƒ
Cruz sugeriu que a UNIPINHAL registrasse seus laboratórios (análise de
solos, alimentos etc) para prestação de serviços para Pinhal e região.
Jornal A Cidade – 12/04/2005 - José Oscar Tesseroli, João Batista
Giordano e Luís Fernando Perez
Constatações:
ƒ
Os editores responsáveis pelo jornal A Cidade agradeceram a visita dos
membros da CPA e se colocaram à disposição das iniciativas da
UNIPINHAL no sentido de apoio e divulgação de projetos que envolvem a
comunidade.
Cooperativa dos Cafeicultores de Pinhal e Região – 12/04/2005 Clóvis Joly de Lima e Manoel Carlos Gonçalves
Constatações:
ƒ
Clóvis Joly reiterou a concepção da CPA de que Pinhal é carente de
articulação de suas forças, ou seja, há uma profunda fragmentação nas
iniciativas realizadas;
ƒ
Os diretores lembraram e sugeriram que a IES criasse um serviço de
assessoria técnica nas áreas jurídicas, administrativas, ambientais,
agrícolas e segurança alimentar;
ƒ
Enfatizaram ainda que a Coopinhal está aberta a parcerias na área de
estágio
para
diversos
cursos
da
UNIPINHAL
e
na
promoção
e
desenvolvimento de cursos de cooperativismo e formação de lideranças.
Agência de Desenvolvimento de Espírito Santo do Pinhal – 06/05/2005 –
Profa. Dra. Adriana Cavalieri Sais
Constatações:
59
ƒ
Adriana salientou que os objetivos da ADESPI vão ao encontro dessas
iniciativas contempladas no Sinaes;
ƒ
Ela ainda comentou sobre os resultados positivos do workshop realizado no
inicio do ano, ressaltando as sugestões significativas vindas de diversos
grupos e que serão estudadas e debatidas no próximo semestre;
ƒ
Apresentou ainda que a ADESPI, na sua estruturação, possui cinco núcleos
de ação: o econômico, o social, o político, o cultural e o ambiental. A
intenção para o próximo semestre e implementar eventos nas diversas
áreas;
ƒ
Adriana e Vanderlei chegaram a um consenso de que essas iniciativas
poderiam ser consolidadas pela ADESPI em parceria com a CPA.
Departamento Municipal de Esportes e Lazer – 09/03/2005 - Prof.
Roberto Orichio Costa
Constatações:
ƒ
O diretor apontou algumas demandas referentes às áreas de Esporte,
Lazer, Terceira Idade e Educação Física Adaptada. Ele afirmou que a
Prefeitura carece de profissionais habilitados nestas áreas.
ƒ
Roberto Costa também afirmou que a Departamento de Esporte e Lazer
está aberto à parceria no campo de estágios em todas as áreas acima.
ƒ
Finalmente, o diretor manifestou o desejo da UNIPINHAL envolver-se
mais com a comunidade.
ANEXO 2
Este Anexo 2 contém uma síntese do Encontro de Egressos e sua repercussão
na mídia local.
60
I ENCONTRO DE EGRESSOS 8 DA UNIPINHAL - 13/04/2005
O I Encontro de Egressos da UNIPINHAL alcançou plenamente os seus
objetivos: estreitar os laços entre a Instituição e os profissionais por ela
formados, trocar experiências e ouvir dos egressos os desafios do mundo do
trabalho e da sociedade atual. A CPA colheu dados com os egressos presentes
através de questionários - inseridos neste Relatório.
O êxito do evento pode ser constatado pela repercussão na mídia local 9 , que
dedicou seu editorial para o evento. A seguir, a íntegra do texto:
Educação: um processo sem fim
Nos dias de hoje, o maior desafio é o de manter-se atualizado em um contexto
de globalização, complexidade e de “excesso” de informação. Para pensar essa
questão, o Centro Regional Universitário de Espírito Santo do Pinhal
(UNIPINHAL) realizou o I Encontro de Egressos, na noite da última quarta,
dia 13. Este evento foi uma iniciativa da Comissão Própria de Avaliação, que se
insere no contexto da Reforma Universitária e das novas exigências do MEC
de evidenciar a relevância social e acadêmica das instituições de educação
superior. Dentre as inúmeras possibilidades positivas apresentadas pela
programação do evento destacaram-se a exibição de um vídeo institucional
mostrando o conhecimento científico, o know-how técnico e os projetos
realizados pela UNIPINHAL na área social, subseqüente uma palestra
intitulada “Mundo do Trabalho: conhecimento e desafios”, proferida pelo
psicólogo
José
Colozza
Ferreira
e,
finalmente,
um
coquetel
de
confraternização entre os presentes. O objetivo central do encontro consistiu
em estreitar os vínculos e o diálogo entre a Instituição e os profissionais por
8
O I Encontro de Egressos da Unipinhal teve como palestrante o psicólogo José Colozza Ferreira,
especialista em Programação Neurolingüística, Recursos Humanos e Docência do Ensino Superior e
professor da Unipinhal. Além disso, o evento contou com o apoio técnico do curso de Turismo, através da
Profa. Luciane Del Grande de Castro e dos alunos da disciplina ‘Organização e Eventos’. A CPA teve
também o patrocínio da Coopinhal, que ofereceu o Café Gran Reserva aos participantes.
9
O editorial “Educação: Um Processo Sem Fim” foi publicado no jornal A Cidade de 16 de abril de 2005.
61
ela formados. Ao mesmo tempo, ambicionando a troca de experiências dos
egressos no que se refere aos desafios do mundo do trabalho e da sociedade
atual, de modo que, tanto a UNIPINHAL quanto os ex-alunos, possam
aperfeiçoar os conhecimentos acadêmicos que respondam de forma efetiva às
demandas sociais da comunidade local e regional. Iniciativas como esta trazem
enormes benefícios para alavancar recursos técnicos, humanos e éticos
necessários ao desenvolvimento da comunidade local e regional. Esse senso de
responsabilidade somente poderá emergir com o envolvimento das pessoas e é
indispensável para a implementação e o fomento de novas alternativas frente
aos desafios enfrentados cotidianamente pelos profissionais no mundo do
trabalho. A implicação fundamental de iniciativas como esta, de promover e
manter o vínculo entre a Instituição e seus ex-alunos, exerce uma influência
positiva nas pessoas e provoca o tão elevado potencial de uni-las em torno de
questões básicas para o desenvolvimento e aprimoramento das diferentes
áreas do conhecimento, visto que a educação é um processo sem fim que exige
uma permanente atualização. Que a mesma iniciativa seja prosseguida com
todo ardor, coragem e que todos os parceiros dispostos a colaborar possam
reunir e unir forças. Que as escolas e outras instituições de nossa cidade
possam resgatar essa dimensão integradora das pessoas. Que iniciativas como
esta se repitam e que as pessoas, assim como as instituições, possam olhar
nesta perspectiva. Aqui cabe uma palavra de encorajamento e motivação à
UNIPINHAL, à Fundação Pinhalense de Ensino e, em particular, aos membros
da Comissão Própria de Avaliação, comprometidos com a organização do
evento.
62
ANEXO 3
O Anexo 3 traz na íntegra a transcrição da fala do Prof. Dr. César Nunes no
seminário sobre reforma universitária.
SEMINÁRIO “REFORMA UNIVERSITÁRIA: CAMINHOS PARA UMA
EDUCAÇÃO DE QUALIDADE?” - 01/06/2005
No dia 1º de junho de 2005, a Comissão Própria de Avaliação (CPA) e o Núcleo
de Apoio Pedagógico (NAP) da Unipinhal realizaram o Seminário "Reforma
Universitária Brasileira: Caminhos para uma Educação de Qualidade?, com o
objetivo de pensar e discutir os rumos da educação em nosso país.
O palestrante do evento foi o professor Dr. César Nunes e contou com a
participação dos gestores, coordenadores de cursos, professores, alunos da
instituição, empresários, políticos e representantes da comunidade.
O Seminário alcançou uma significativa repercussão entre os gestores e todos
os participantes. Segue a íntegra da palestra:
“Reforma Universitária: Caminhos para uma educação de qualidade?”
Quero manifestar minha alegria e minha honra de estar presente neste
Seminário. Em primeiro lugar pelo convite afetuoso do Vanderlei, que já
manifestou aqui também o apreço que cultivamos em diversos momentos de
nossa vida acadêmica e também por encontrar aqui pessoas muito admiráveis...
Conheço a professora Margarida, a professora Rosa...
Uma frase atribuída ao grande Albert Einstein. Teria dito ele numa de suas
inúmeras palestras que a gente se encontra absolutamente sozinho em duas
situações: antes de morrer e antes de começar uma palestra. Então eu estou
me sentindo um pouco assim... Antes de morrer, claro, cada um de nós vai ter
de se ajustar ao seu destino, com Deus... Mas antes de começar uma palestra a
gente sempre vê as pessoas se apresentando, falando, e fica você e a
obrigação de apresentar aquilo que se propôs. Espero, ao final, que a gente
63
esteja mais juntos na análise da educação. Espero que vocês sejam generosos
comigo na avaliação desta noite.
A primeira tese que eu queria defender para vocês vem de um grande filósofo
chamado Jean Paul Sartre, que é um homem que corta muito duro na crítica
que faz à sociedade. Ele tem um livro chamado Crítica da Razão Dialética, onde
ele diz: “Primeiro, todo homem tem que saber o que fizeram dele para não ser
ingênuo, pois nós somos produtos de instituições históricas passadas. Depois,
todo homem deve escolher decidir o que ele vai fazer com o que fizeram dele”.
Eu acho bonita essa passagem porque é bem dialética. Primeiro saber o que
fizeram de si, de cada um de nós. Nós somos produtos históricos,
internacionalizações de aspirações, aspirações dos pais, da sociedade, do
tempo, e depois se a gente achasse que nós também só somos produto
histórico, a gente não mudaria nada porque a história se perderia a repetir-se
enfadonhamente ao infinito. Mas se a gente também achasse que amanhã a
gente pode começar uma revolução, sem tomar ciência do peso do passado, do
peso da tradição, como se a gente pudesse tudo onipotentemente, nós
seríamos ingênuos e idealistas, no sentido negativo da palavra. Por quê? Porque
a vida, a sociedade, a cultura, a universidade, são um conjunto de complexas
relações entre o passado, que nos condiciona não nos determina, e o futuro,
que nós temos condições de projetar e fazer, com firmeza. Então, essa
dialética que é importante.
Ao ver um conjunto de estudantes, professores, coordenadores, vejo que isso
é o retrato de uma fração da sociedade brasileira e do projeto de democracia.
Diversas gerações convivendo juntas na direção das melhores condições para
todos. Isso que é importante.
E aí eu diria: como entender a educação, a universidade e as reformas
universitárias? São três, portanto, questões que nós vamos analisar.
64
Em primeiro lugar, cumpre dizer que a educação nunca foi no Brasil um
investimento, uma dimensão prioritária. Queria lembrar vocês países que
fizeram revoluções de base sempre tiveram na educação um elemento
fundamental de crescimento econômico e aprimoramento cultural da sociedade
como um todo. Por exemplo: a França, país berço da revolução burguesa, 1789.
A França, um dos países mais ricos do mundo e que acabou de dizer um não à
União Européia, à constituição da EU. A França, de 1794 até meados do século
XVIII, investiu pesadamente na erradicação do analfabetismo, na formação
dos jovens e na formação universitária das massas. A França tem um grande
expoente chamado Napoleão Bonaparte, que dizia: Alfabetizem cada cidadão,
rasguem a constituição, ensine com um pedaço da constituição, mas não haverá
liberdade em França enquanto houver um francês que não saiba ler, pois a
educação é a base da democracia. Sem educação não se fala em verdadeira
democracia. Educação para todos. A França levou 60, 70 anos, erradicou o
analfabetismo, universalizou a educação média, universalizou a educação
infantil hoje e massificou o ensino superior em 56% da população
economicamente ativa. É o país de maior nível universitário do mundo. Nenhum
país do mundo chegou a 100%. A França chegou ao máximo, 56% no ensino
superior.
Outro país capitalista famoso burguês: Inglaterra. A Inglaterra fez a
revolução gloriosa, investiu 100 anos em campanha de erradicação do
analfabetismo e entrou no século XIX já avançada e no século XX vencida a
questão educacional. E hoje é um dos países mais ricos do mundo, uma pequena
ilhota que mantém o poder tecnológico e o poder político sobre grande parte
do globo, da geopolítica internacional. A Inglaterra, país berço da revolução
industrial, universalizou a educação básica e massificou o ensino superior em
50% da população economicamente ativa.
65
O Japão, país riquíssimo, segunda economia do mundo, até 1945, final da
segunda guerra mundial, ostentava índices de analfabetismo muito próximos ao
chamado hoje terceiro mundo. O Japão, com o Plano Marshall, com a
reconstrução pós-guerra, investiu pesadamente em educação e o Japão hoje
universalizou a educação básica, educação infantil, ensino fundamental e ensino
médio, e massificou o ensino superior em 50% da população economicamente
ativa. Três exemplos de países capitalistas. Vamos pegar, com toda
contradição e cuidado, os países do socialismo, da experiência de 100 anos de
socialismo do século XX, hoje questionada em muitos aspectos. A Rússia, país
sede da União Soviética, em 1917 contava com 88% de analfabetos. Quando o
muro caiu em 89, uma crise profunda, a taxa de analfabetismo da Rússia e dos
demais países da União Soviética era zero. Ela massificou a educação básica e
universalizou o ensino superior em 45 a 48% da população economicamente
ativa.
Vamos lembrar um país contraditório da América: Cuba. 1959, ano da revolução
cubana, com todas as contradições do regime castrista, Cuba tinha 86% de
analfabetos. Hoje o analfabetismo em Cuba é zero. Universalizou a educação
básica e massificou o ensino superior em 49% da população economicamente
ativa.
Ou seja, eu queria que vocês acompanhassem o meu raciocínio. Países
capitalistas de base, países socialistas de base, os dois fizeram da educação
um elemento fundamental para entrar no século XX e avançar no século XXI
com condições de fazer uma revolução econômica e conseqüentemente cultural.
Agora, quanto esses países investem ainda hoje para manter o seu sistema
educacional? A França, 12% do PIB, Produto Interno Bruto francês, que é o
quarto maior do mundo. Inglaterra: 10% do PIB, quinto maior do mundo. Japão:
9% do PIB, do segundo maior país do mundo. Cuba: 8,8% do PIB para manter o
66
sistema educacional. A Rússia, que foi União Soviética e voltou a ser Rússia:
10% do PIB para manter o sistema educacional, sem nenhum analfabeto, com
todas as crianças de 7 a 14 anos na escola, com todas as crianças que deveriam
fazer o ensino médio na escola e o ensino superior com 50% da população
economicamente ativa.
Agora, depois de fazer esse cenário positivo, eu queria perguntar: e o Brasil?
O Brasil, na América inteira, só ganha de um país, só ganha do Haiti. É o
segundo país que menos investe, em ordem inversa, em educação da América
inteirinha. O Brasil investe 4,6% do PIB em educação. O Haiti 1,8, o Paraguai,
que nós pejorativamente achamos um país complicado, investe 5,5 do PIB
paraguaio, a Argentina 8,5, o Chile 10%, Venezuela 11%. Então, com 4,6 do PIB
e ainda falo para vocês: dos 4,6, 65% são para as universidades e somente
35% para a educação básica, contemplando três modalidades: educação infantil
de 0 a 6, educação fundamental de 7 a 14 e a partir do ano que vem de 6 a 14,
e ensino médio de 15 a 17. Então, a educação brasileira é o primo pobre do
irmão do vizinho do pobre da sociedade brasileira. É uma completa
improvisação.
Saiu hoje o relatório do IPEA, que é o órgão que integra do Brasil à ordem
internacional da economia. A tese do IPEA hoje é assim: o país de maior
concentração de renda do mundo chama-se Serra Leoa, onde 1% da população
tem 68% da renda nacional. O segundo país de maior concentração de riqueza
do mundo chama-se Brasil, onde 1% da população concentra 50% da renda
nacional, ou seja, o Brasil ainda precisa repensar macroeconomicamente para
depois pensar no ponto de vista das condições sociais, econômicas que a gente
deseja, precisa pensar o financiamento.
E mais ainda, preste um pouco de
atenção comigo. O Brasil, além de ter um sistema educacional completamente
não-universalizado, tem um sistema universitário contraditório e ainda os
67
índices do Brasil são o seguinte: taxa de analfabetismo 2002: 11,8% da
população brasileira. Era 13,6% caiu para 11,8%. Ou seja, 11% da população
brasileira não sabe ler e escrever, não consegue olhar no ônibus e entender
para onde vai, não decodifica qualquer leitura. O que divide a história da préhistória é a invenção da escrita. Das crianças que deveriam estar na educação
infantil, de 0 a 6 anos, a rede privada e a rede pública brasileira cobrem 27%
das crianças em idade de freqüentar. Ou seja, não chega a 30%. Das crianças
que deveriam estar na escola de 7 aos 14 anos, educação fundamental,
obrigatório por lei, que o conselho tutelar pode prender o pai e a mãe se
quiser, o Brasil, a muito custo, conseguiu nos últimos quatro anos, atingir a
taxa de 97% das crianças. Mas a que preço? Em São Paulo, escolas-contêiner
de lata, com 40 crianças e um professor dentro da lata. Em Campinas, escolascontêiners com 45 crianças, no Jardim Montecristo, e duas professoras
dentro de um contêiner a 40 graus. Não é escola. Uma coisa é universalizar o
acesso, outra coisa é a qualidade da permanência. Então, nós vimos que
chegamos a 97% mas não universalizamos. E no ensino médio o Brasil só
preenche 46% das crianças e dos adolescentes que deveriam estar na escola,
não chega a 50. E no ensino superior? Somente 11% da população brasileira.
Ou seja, a educação é no Brasil privilégio de classe, não é ainda um direito
universal.
Privilégio,
conquista
para
alguns,
improvisação
para
outros,
dependendo do ponto de vista que está sendo trabalhado. Então, nós estamos
num lugar difícil de olhar. A educação não recebe no Brasil todos os dividendos
e as prioridades que deveria receber, nem por valorização econômico-política
nem por valorização ético-filosófica. Os poderosos querem que a educação
seja fator de qualificação para ganhar mais, comprar mais, crescer
economicamente, e os mais pobres, grosso modo, querem que os filhos vão para
a escola para se vender melhor no mercado de trabalho. Mas quase sempre a
68
valoração é econômico-social e não política-filosófica. Esse é um dado. Agora, o
segundo. Se ainda não conquistamos a escolaridade universal, como haveremos
de constituir um rumo do desenvolvimento do terceiro milênio? Vocês devem
ter acompanhado em dezembro do ano passado, saiu a classificação do Brasil
no índice econômico mundial. O Brasil é a 11ª economia do mundo, é o número
11, o 11º mais rico em termos de PIB. Já fomos o oitavo, hoje somos o 11 e a
tendência é que caia para 14 na próxima classificação agora. Mas se fosse 11,
tivesse um time dos países, nós seríamos titulares. Agora tem um novo índice,
que mede nutrição, quanto a gente come, escolaridade, quantos anos de escola,
saneamento, chamado IDH, Índice de Desenvolvimento Humano. No IDH, o
Brasil é o número 69. Caiu agora em fevereiro para 74, na mesma escala
decimal da Índia, Irã, Bangladesh, África do Sul, ou seja, classificação
primária. A economia é rica, mas a sociedade brasileira é pobre do ponto de
vista econômico e social. A economia pode ser vertiginosa, mas o povo
brasileiro padece de males do século XVIII, distribuição de renda, acesso à
escolaridade, dentição, nutrição, trabalho, habitação, transporte etc. Esse
dado material nos assusta um pouco porque eu pergunto assim: será que nós
não temos educação e escola para todos, porque chegamos atrasados à
revolução burguesa? Não. Eu queria fazer com vocês um quadro sartriano do
que fizeram de nós no passado e depois nos perguntarmos o que poderíamos
fazer do futuro. Mas notem bem. O ano passado, a prefeitura de São Paulo
celebrou os 450 anos da cidade. São Paulo foi fundada em 1554, o José de
Anchieta subiu de Peruíbe pela grande muralha que era a serra do mar, e com
os índios, escolheu entre os rios Pirapitingui, Anhembi e Tietê um lugar para
fazer uma fundação. O que ele fez, uma igreja? Não, ele fundou um colégio
jesuíta, pátio do colégio. Ou seja, São Paulo nasceu do lado de uma escola,
como Estado e como instituição, pátio do colégio jesuíta. Então, se alguém um
69
dia for a Salvador, vai na praia da Barra, onde tem uma cruz de malta, escrito
assim: Aqui aportaram os primeiros padres jesuítas junto com o primeiro
governador geral Tomé de Souza, 1548, trazendo consigo os elementos
civilizadores do Brasil, a cana, a gado e o padre. A cana de açúcar que veio da
Índia para tomar o lugar do pau-brasil, o gado que veio da Europa para tomar
lugar dos búfalos que havia em Marajó, e o padre que aqui não existia. Os
padres jesuítas fizeram uma rede de escolas: Salvador, 1553, Vitória, Nossa
Senhora dos Remédios, em Manaus, Reis Magos, de Natal, Medianeira do Rio
de Janeiro, Niterói e os sete povos das missões. Ou seja, educação o Brasil
tem desde a primeira hora, escolas universitárias ou similares a elas têm
desde a primeira hora. Mas para quem e para quê era essa escola, a
determinação política. A escola jesuíta não era para todos. Os padres jesuítas
diziam assim: depois de ouvir o espírito e escutar os irmãos decidimos que aos
filhos da Europa sejam dada toda a instrução clássica e nestas terras tórridas
e cálidas seja dada apenas a catequese e a instrução moral. Catequese para o
povo e educação para a elite. Essa foi a opção da educação.
A primeira reforma universitária, grosso modo, foi aquela inaugurada pela
Ratio Studiorium, aquela do programa de ensino da companhia de Jesus, criada
em 1555 e promulgada em 1599. No capítulo 1, que fala sobre o fim da
educação, está escrito assim: “O máximo da educação consiste em se fazer
obedecer piedosamente como um cadáver. Educar é produzir obediência,
educar é produzir corpos obedientes”. Primeiro princípio da educação jesuíta,
primeira reforma educacional. Segundo princípio da educação jesuíta: Quanto
mais vocês quiserem que os alunos cresçam em perfeição mais os controle a
formação da competição”. Tirou nove, tirou oito, sete, seis. Emulação. Terceiro
princípio: “Sob doutrina não se discuta. Vale o princípio latino. O professor
falou, acabou qualquer debate”. Magistrocentrismo. Então, magistrocentrismo,
70
emulação e disciplinarização são três categorias da pedagogia de Santo Inácio
de Loyola. São três características do currículo jesuíta do século XVI.
Dou aula na Unicamp pós-graduação, no mestrado e no doutorado e na
graduação. Pedi que as minhas alunas de Pedagogia fossem perguntar a outras
colegas que já trabalhavam algumas sugestões. Uma delas era: pergunte para
elas o que eles entendem por criança. Gente, eu levei um susto. Porque quando
você fala de coisas mais simples, você revela seu pensamento e sua ontologia,
sua pureza. Quase 90% das professoras não sabiam responder o que era
criança, não tinham uma visão científica de criança. Tinham uma visão senso
comum e o senso comum você não precisa estar na universidade para definir.
Algumas delas diziam assim: criança é uma borboleta que voa. Eu tinha vindo de
uma banca na USP para chegar na Unicamp e percebi que várias borboletas
tinha batido no meu carro e morrido. Eu me senti um Herodes. Criança é mais
do que borboleta. Uma outra dizia: criança é uma flor que desabrocha. Ridículo.
Versão Hebe Camargo do mundo. Criança é a pedra que se lapida para o bem.
Olha, lapidar criança! Outra: criança é o vaso que se molda com amor. Aí está
uma pedagogia: achar que a gente educa moldando, controlando, determinando
o comportamento disciplinar. A primeira reforma educacional brasileira era
elitista, seletiva, autoritária, aristocrata, excludente e conservadora. Essa
universidade serviu aos interesses do país agrário-exportador, latifundiário,
extrativista, moldado pela rede jesuíta. A segunda reforma educacional
brasileira foi conduzida pelo Sebastião José de Carvalho, o Marquês de
Pombal, a reforma pombalina. O Marquês de Pombal era um homem rude, um
déspota, e disse a D. José, rei de Portugal: “Eu não farei de Portugal um país
sério enquanto os padres jesuítas estiverem no reino. Ou manda os padres
embora ou eu não sou ministro”. D. José ficou 30 dias em crise e expulsou os
jesuítas do Brasil e de Portugal inteiro. Aí, Marquês de Pombal fez a segunda
71
reforma, só que ele criou um costume que depois foi seguido por muitos
governos: tirar o que havia e não colocar nada no lugar. Mandou os padres
embora e ficou sem professores no Brasil. As faculdades ou cursos superiores,
que não eram faculdades reconhecidas por Coimbra, ficaram sem professores.
E ele criou por decreto no dia 15 de outubro de 1764 o edito da instrução
pública no reino português – por isso 15 de outubro é o dia do professor.
Aliás, eu tenho a honra e a alegria de ser amigo do Lauro Ferreira Lima, um dos
maiores pesquisadores de educação no Brasil, que hoje está velhinho, com 92
anos. Ele escreveu uma tese sobre educação pública no Brasil e ele defendeu
que quem criou a educação pública no Brasil foi o Marquês de Pombal com essa
lei que instruiu a educação, porque antes era função dos padres e com esta lei
o Estado assumiu a educação, mesmo que improvisadamente. Só que quando ele
escreveu esta tese, o ministro da Educação chamava-se Jarbas Passarinho.
Então, ele colocou o melhor título que eu já vi: “A Educação Pública no Brasil:
de Pombal a Passarinho”. Pombal começou e Passarinho acabou. Então a
reforma do Marquês de Pombal foi para inglês ver, uma reforma falsa, que
mudou a estrutura jurídica, mas não investiu, não criou estruturas
curriculares, não avançou na educação brasileira. Criou as aulas régias, aulas
avulsas, aulas magnas, aulas superpostas no currículo brasileiro. O professor
chegava num lugar, ficava três meses numa cidade, matriculava trinta alunos,
dava umas aulas intensivas e depois tinha o direito de emitir diplomas. Só que
ganhava o boi do fazendeiro e dava o diploma para o parente do fazendeiro,
ganhava um pedaço de terra, uma casa, criando no Brasil o mito do
“bacharelismo”, gente que vai à faculdade para ter diploma, mas não se
preocupa com a formação, quer ter canudos, guerra dos canudos. Está
preocupado com o papel, como se o papel fosse mudar sua condição pessoal. A
segunda reforma universitária não foi seletiva, foi bacharelista.
72
Eu tive a honra de ter sido aluno do Paulo Freire na Unicamp por quatro anos,
fui assistente dele por um semestre, de apagar a lousa, de carregar o
apagador, tanto tiete que era. Hoje eu dou aula num departamento que a sala
do lado é de Demerval Saviani e a da frente era, até bem pouco atrás, de
Rubem Alves. Estou, graças a Deus, num lugar de pesquisa e Paulo Freire dizia
assim: “O bacharelista é aquele que pensa que o diploma vai lhe dar nobreza. Eu
acho terrível advogado e médico, quando você vai no consultório, encheu de
diploma a parede como se diploma fosse prêmio. A gente sabe que alguém é
bom pelo exercício da profissão e não pelos diplomas que ele pendura na
parede”. O bacharelismo é o culto do diploma. O sinhozinho de terra queria ser
doutorzinho e foi buscar na universidade a chancela patrimonialista,
nobiliática, aristocrática para continuar exercendo seus podres poderes. Era
isso que a universidade representou.
Terceira reforma educacional brasileira: D. João VI. D. João VI veio correndo
de Napoleão Bonaparte. Napoleão, poderoso, aquele mesmo que eu citei, passa
a ser a Europa o país poderoso, capitalista, invadiu a Espanha, colocou o irmão
no trono da Espanha, invadiu a Bélgica, colocou o outro irmão. (...)
E a corte que nunca tinha estado aqui, veio para o Rio de Janeiro. O Rio tinha
30 mil habitantes e vieram 27 mil a mais. Tomaram as casas, tomaram tudo,
invadiram o Rio de Janeiro do dia para a noite. D. João VI, correndo de
Napoleão, chegou aqui e por decreto criou o Banco do Brasil para guardar o
dinheiro português, a Biblioteca Nacional para guardar os poucos livros que
trouxeram – porque eles deixaram em Lisboa somente os gatos pingados – até
os santos das igrejas foram trazidos. E ele por decreto criou a Academia Real
Militar, para criar forte do Rio de Janeiro. Então o primeiro ensino superior do
Brasil foi militar; Academia de Engenharia Civil para construir casas para uma
corte que não tinha casa, morava debaixo dos coqueiros; e Academia de Belas
73
Artes para dar uma função àquela cortesã que não tinha o que fazer,
meretrismo.
Se a gente colocar a metáfora da casa que é sempre usada em educação, no
Brasil construiu-se primeiro o telhado, sem que houvesse as pilastras, os
fundamentos, não havia educação primária nem secundária, quisera ensino
superior no Brasil. Então a terceira reforma: a Reforma Joanina. O que era ser
universitário no período Joanino? Era servir à corte, era ter uma função de
trabalho para servir à corte, ser acadêmico, engenheiro civil ou meretrista ou
bacharel em direito da corte. Então uma reforma aristocrata atrasada jesuíta,
uma reforma improvisada pombalina e uma reforma joanina onde o ensino
superior era ilustração das elites e nunca projeto de desenvolvimento nacional.
Quarta reforma educacional brasileira: república. Eu não quero ser irônico,
mas se a gente perguntar para grande parte do nosso sofrido povo brasileiro o
que é república vão dizer que é moradia de estudante. República é fundamento
do poder, regime, base de igualdade, onde todo homem nasce livre igual. O
primeiro ministro da educação brasileira chama-se Benjamin Constant. Mas
antes de colocar Benjamin Constant eu queria que vocês lembrassem o que ele
era. Tenente Coronel Benjamin Constant, militar, positivista. Positivismo era a
filosofia da França que pregava a primazia do estado contra a sociedade, era a
direitização do liberalismo, era o que havia de mais conservador. Foi Benjamin
Constant que escreveu na bandeira brasileira Ordem e Progresso, princípio do
positivismo. Fosse ele um liberal escreveria Liberdade e Justiça, ou um
socialista utópico Igualdade e Solidariedade. Mas Ordem e Progresso é o
princípio do estado brasileiro. A ordem e o progresso, segurança para o
desenvolvimento, crescer o bolo para distribuir, superávit primário é a base do
crescimento, a direita e a esquerda, ordem e progresso, a dinâmica do estado
autoritário contra a sociedade. E aí, o discurso do Benjamin Constant que fez a
74
quarta reforma é assim: Chega de um país de noviços, de um país de súditos do
imperador e fiéis à igreja. Com isso não há democracia e liberdade.
Enterraremos a igreja católica, enterraremos o currículo atrasado, a república
é leiga, enterraremos o Brasil do passado. A escola e a universidade não serão
mais santuárias da anistia da pátria. Agora a escola será o quartel do futuro.
Saiu de sacristia para virar quartel. É difícil fazer uma nação de gente cidadã
emancipada, saindo da sacristia e entrando no quartel.
Para vocês terem uma idéia, a reforma de Benjamin Constant tirou os dias
santos do calendário das faculdades brasileiras, Direito e Medicina. Tirou toda
e qualquer alusão aos santos, porque ela era leiga e colocou no lugar a alusão
cívico-patriótica, com algumas coisas estranhas, me desculpem. Colocou o dia
da árvore, num país que destruiu suas florestas. Eu me lembro que quando eu
era aluno do grupo escolar a professora trazia uma muda num cestinho e levava
os aluninhos para o fundo da escola, onde fazia uma cova (berço a partir de 92,
já que cova é onde se coloca coisas mortas), plantava e a gente dizia poemas
para a árvore. Eu dizia alguns versos e todo mundo batia palmas para a árvore.
Uma semana depois, a árvore morria porque ninguém lembrava de regá-la. Os
meninos faziam da árvore uma trave do jogo de futebol, ou seja, o meio
ambiente no Brasil era discurso formalista, para a professora mostrar, mas
nunca foi viscerado orgânico no Brasil. Até hoje, o discurso é absolutamente
formalista, representativo, concluísta. Tem pessoas capazes de discutir meio
ambiente fumando na cara do outro, resquício desta formação aristocrata.
Segunda coisa que a reforma universitária do Benjamin Constant fez: dia do
livro, num país que não lê. Há mais livrarias na cidade de Paris do que todas as
livrarias do Brasil juntas. A igreja proibiu os livros, os militares achavam os
livros subversivos e hoje os preços são proibitivos. Paulo Freire, quando dava
essa aula pra gente, dizia assim: “Brasileiro não lê por causa da tradição
75
cultural. O brasileiro é sovacólogo, representa, põe o livro debaixo do sovaco e
pensa que pó osmose vai passar na sua caixola, mas não passa não”. E ele dizia:
Como é que pode alguém ensinar criança a ler se ele mesmo não lê, como é que
pode alguém ensinar o gosto de escrever se ele mesmo não escreve? Vou citar
Platão: Tudo o que sai da alma toca na alma. No Brasil de iletrados e não
leitores. Eu dou anamnese, memória de leitura no primeiro ano de Pedagogia e
de Filosofia. Sabe quais os livros que os alunos leram? Os obrigatórios do
vestibular e o que pinga, o Pequeno Príncipe, Paulo Coelho, Como ficar rico,
Como ficar bonito em dois minutos, essas bobagens. Só livros equivocados.
Raramente alguém manifesta uma anamnese de leitura referenciada, crítica. E
aí não tem jeito, é verdade evangélica: ninguém dá o que não tem. Se vocês
vierem aqui para buscar o diploma não se iludam. Vão ter o diploma mas não a
formação. Mas se vierem buscar o conhecimento, venham, estudem, debatam,
reflitam, gastem o tempo que têm para se formar neste momento. Gastem
tudo o que puder para fazer de vocês mesmos ricos em informações, em
cultura, em sabedoria, que é mais do que um papel por parede, que não muda
por lei, que o ladrão não rouba, que a traça não corrói, que o tempo não destrói.
O conhecimento. Busquem o conhecimento. Esse é o contraponto de qualquer
história.
Outra coisa curiosa que o Benjamin Constant colocou além dia da árvore e do
livro, é o soldado, o civismo. Essa reforma vai de 1889 até 1930, a quarta
reforma universitária brasileira.
Em 1930, vem a quinta reforma. Um dia, quando criança, vi o filme Os Dez
Mandamentos e fiquei assustadíssimo quando vi a cena em que o povo passava
no meio do mar e o mar se separava. Aí, o padre me explicou que isso era um
divisor de águas, dividia todo mundo. Eu queria que vocês guardassem essa
imagem. O Brasil até 30 é uma coisa, é o Brasil agrário. De 30 para cá é o
76
divisor de águas, é o Brasil moderno, o Brasil burguês, o Brasil capitalista. Até
30, o Brasil é uma fazenda iluminada, é o Brasil pré-capitalista, que extraiu
cacau, algodão, cana de açúcar, café, todos os produtos agrícolas que havia e
os minerais, ouro, prata, pedras preciosas. Mas não produziu nada, a não ser
produtos do extrativismo. Getúlio Vargas é aquele que muda o Brasil agrário
para o Brasil industrial, o Brasil rural para o Brasil urbano. Getúlio inaugurou o
Cristo Redentor, em 31, sem que estivesse acabado, só tinha o braço direito.
Getúlio com o Cardeal do Rio de Janeiro disse assim, mais ou menos: Vamos
fazer do Brasil não mais esta fazenda iluminada que até agora nos trouxe.
Traremos para o Brasil as chaminés do futuro, as sirenes do progresso, a
industrialização.
E de 30 até 2005, até agora, são 75 anos de industrialização brasileira, 75
anos de modernização brasileira, 75 anos que o Brasil desenvolveu-se
vertiginosamente. Mas contraste esses 75 anos com os dados que eu falei no
começo da palestra. O que custou a modernização do Brasil? Os rios, olhem o
Tietê, Pinheiros, Piracicaba, o Mogi Guaçu? O que sobrou das florestas, agora
nestes últimos dois anos devastadas na Amazônia. Do ar poluído. Eu moro em
Barão Geraldo, a cinco quilômetros da Replan, o ar é quase que irrespirável. A
Usp ficava à beira de uma bucólica via para o Rio Grande do Sul e hoje está
encalacrada no centro de uma cidade absurdamente violenta. O modelo da
cidade brasileira é um modelo violento, destruidor, destruidor da vida, incapaz
de produzir uma cidadania. 75 anos vendemos a nossa primogenitura por um
prato de lentilhas. Para chegar ao poder do capitalismo absoluto entregamos a
nossa ternura, a nossa cultura, a família, o afeto, o respeito aos mais velhos, a
religiosidade, o carinho, a hospitalidade, todos os valores que nós tínhamos
conservado por 430 anos. O Brasil foi rápido demais e não conseguiu
acompanhar...
77
Uma coisa que eu gostaria de lembrar, numa aula de Paulo Freire, ele disse:
Estou muito feliz porque recebi o título de doutor honoris causa da
Universidade de Bolonha, na Itália, que foi a primeira universidade do mundo. E
quando ela foi fundada? 1090. e eu queria que vocês guardassem essa data.
Universidade de Paris 1215, a de Oxford, 1614. A primeira universidade
brasileira: 1931, criada por Getúlio Vargas. A Usp, criada em 1934, a Unicamp,
1967, ou seja, universidade no Brasil, perto dos nove séculos de Bolonha, nós
estamos engatinhando. Havia outras faculdades isoladas desde o século XVII,
mas universidade é só isso. Então, eu queria que vocês observassem. Getúlio
fez tudo às pressas por decreto. A educação de Getúlio, a reforma de Getúlio
conduzido por Francisco Campos e Gustavo Capanema, foi uma reforma que
ampliou o ensino superior. Mas havia três grandes teorias políticas em 1930. A
primeira, o liberalismo, crença na liberdade de mercado, na liberdade de
comércio, na liberdade do indivíduo, capitaneado pela Inglaterra e pelos
Estados Unidos. A segunda, o comunismo, representado pela Rússia, União
Soviética, e por Joseph Stalin, um totalitarismo de Estado. E a terceira via
era o fascismo ou nazismo, representado por Adolph Hitler e Benito Mussolini.
Qual das três teorias Getúlio se filiou? Ao liberalismo? Não. Ao comunismo?
Não. Ao fascismo, nazismo. O Estado brasileiro é um Estado de alma fascista.
Getúlio tem um decreto que diz assim: Busquemos o exemplo dos países mais
ordeiros da Europa. A nossa escola básica será como a escola italiana fascista
e a nossa escola superior como a escola alemã, nazista. O modelo da
universidade brasileira é a Alemanha, de Hitler, e o modelo do grupo escolar é
a Itália, de Benito Mussolini. Sabe como era o grupo escolar? Meio quarteirão,
as paredes ovaladas, o muro, o frontispício da escola voltada para o sol
nascente, uma imitação de granito para entrar na escola, vitrais italianos, uma
porta de madeira, sala de diretores, inspetoria de alunos, biblioteca, sala de
78
ciências e num país tropical como o nosso um pátio para-militar onde não havia
nenhuma árvore e as salas de aula hierarquicamente justapostas: 1ª, 2ª, 3ª e
4ª séries. Os alunos entravam pelos fundos, pela pedagogia da nuca, pelo
tamanho. E entravam em fila e o grupo escolar chamou para pensar essa escola
Domenico Benini e Silvio Colucci, os dois arquitetos italianos que na Itália
tinham pensado o campo de concentração. Nós fomos jesuítas, pombalinos,
joaninos, positivistas e fascistas. É difícil transformar isso numa população.
Imagine como fazer cidadãos, uma nação que por 300 anos foi catolicista
medieval, por 100 anos militar positivista e já há 40 sob o domínio da Rede
Globo. Como transformar num cidadão em crítico, reflexivo, humanista,
sensível,
responsável,
eticamente
elevado,
esteticamente
desenvolvido,
politicamente democrático, socialmente participativo, tolerante? Um cidadão
com esse plasma cultural. Fomos plasmados no fogo do autoritarismo e das
ideologias mais conservadoras do nosso colonialismo cultural e histórico. E aí
Getúlio faz o grupo escolar. Como é que as escolas do grupo escolar e a
universidade da reforma de Getúlio Vargas estabelecia? Pensem bem. Getúlio
tem um discurso que ele faz quando ele nomeia Gustavo Capanema ministro: A
escola brasileira seja como uma pirâmide, tenha a base no chão para que todos
possam chegar mas seja tão rígida e competente que só os mais aptos cheguem
ao topo. Escola seletiva, escola pirâmide. A escola tinha que fazer a seleção
social, todo mundo entrava igualmente. Eu me lembro de uma diretora que
dizia: matriculem todo mundo, vai ficar só uma quarta série mesmo. Como é que
o Getúlio selecionava as pessoas na época? Pelo currículo fascista, pelo
currículo autoritário, pela avaliação. Tive um professor chamado Romano que
dizia assim: no dia do Armageddon, que era como ele definia a prova, o sol se
escurecerá, a lua perderá a claridade, as estrelas cairão do céu quando eu
ditar a primeira pergunta. Estejam atentos porque eu não vou repetir! Dá um
79
branco. Quando terminava a prova ele dizia assim: você tirou 1,5 porque você é
lerdo e burro. Eu era chamado de lerdo, de lerdinho, eu era leso, tem que
fazer cópia no final de semana e eu ficava copiando no sábado. Entregava para
a gente um caderno dizendo: é o caderno da caixa de assistência. Escrevam
miudinho porque se acabar o caderno não tem outro. Até hoje eu escrevo
miudinho. Primeiro dia que ele se encontrou comigo foi na igreja: você é filho
da dona Maria Helena? Eu deixei ela por um décimo. O ano que vem você vai
cair comigo. Aquele dia eu não consegui participar da missa. Já era o ano que
vem. Ou seja, a inspiração da reforma de Getúlio Vargas foi fascista. Só se
recrudesceu à avaliação autoritária porque a escola tinha que fazer seleção
social, porque antes, em Pirassununga, que é bem perto daqui, o Instituto de
Educação de Pirassununga, 2 mil metros de construção, tinha 17 alunos. A
aprovação era como a da Usp. Cinco vagas e três candidatos. Agora de 30 para
cá, o povo, com o êxito rural, vem para a cidade e então a escola tem que ser
pirâmide, tem que ser funil. E como que Getúlio criou uma reforma educacional
para selecionar. Pela pedagogia fascista, pelo papel magistrocêntrico do
professor, pela inspiração onde os alunos iam espirrando a partir da avaliação.
Ele dizia: a sua mãe ficou por um décimo. Eu acho que foi meio edipiano porque
eu fiz três faculdades. Fiz dois anos de especialização, fiz quatro anos de
mestrado, cinco anos de doutorado, dois anos de pós-doutorado e estou
terminando a livre docência, que são seis anos. Escrevi 17 livros na minha vida
e eu hoje não falo isso para ser pedante, tenho coragem de dizer que
professor que deixa aluno por um décimo é burro!?! É ignorante!?! A escola
existe para promover. Se alguém não atingiu a média no tempo refaça-se a
estratégia para promover, para criar mecanismos de elevação. Tudo o que
existe na escola é para que o aluno aprenda. Se o aluno não aprendeu, a escola
é negada, o professor, o diretor, o coordenador, a biblioteca, todo mundo.
80
Porque a escola existe para que o aluno aprenda. Agora a pedagogia fascista
inspirou a reforma de Getúlio Vargas, que tinha como função selecionar os
pobres com uma profunda estrutura autoritária. Esse professor, se alguém
conversasse na sala ele só olhava, a segunda vez ele tossia e a terceira vez ele
jogava o apagador e tinha uma pontaria! Agora, imaginem, vocês, que visão
política dava direito ao professor de jogar o apagador numa criança? Fascismo.
Porque está por trás da reforma educacional uma visão política e é isso que eu
quero que vocês entendam no século XX. A reforma do século XX, primeira é
de Getúlio e essa é fascista e a função da reforma de Getúlio é selecionar os
pobres, formar a classe média e formar a elite. Tinha prova aos sábados,
sabatina, prova mensal, prova bimensal, prova trimestral, prova semestral,
prova anual, exame final, segunda época e o temido exame de admissão ao
ginásio, uma bitola, que deixava no Estado do Paraná, 68% das crianças fora.
Eu fiz exame de admissão. Passamos eu e mais duas pessoas, numa sala de 24
pessoas. Foi uma calamidade! Quem parava na quarta série, recebia diploma de
quarta série, para título de eleitor e carteira de trabalho. Quem conseguia
entrar para o ginásio aí tinha uma formação pesada. Podia fazer um colegial
técnico. Se era homem, comércio e contabilidade, se era mulher, escola normal.
E quem fazia o científico ou clássico podia ir para a universidade. Se era
homem, direito, engenharia, medicina, se era mulher, serviço social,
enfermagem, biblioteconomia e pedagogia. Estava dividido o capital escolar
pelas classes sociais brasileiras com a reforma Francisco Campos. Ela vai de
1930 a 1971, 40 anos da hegemonia desta reforma. Mas eu falo isso com o
coração cheio de dor, porque quem passava para o ginásio tinha: francês, latim,
greco,
canto
orfeônico,
fanfarra,
academia
libero-cultural,
literatura
portuguesa, concurso de trovas e prendas domésticas para as mulheres. A
escola brasileira estava entre as 20 escolas melhores do mundo na
81
classificação tipológica dos anos 30 e 40, apesar de rígida, de conservadora,
apesar do apagador. Ela era rígida e rigorosa para essa seleção de gente. Em
71, seis anos depois do golpe militar, Jarbas Passarinho, tenente coronel,
assina um acordo com os Estados Unidos e cria a lei 5692. Tive um colega que
era tão capacho, tão lambe-botas dos militares que colocou na placa do carro
5692. Esse homem, Jarbas Passarinho, escreveu assim: Chega de seguirmos a
Europa. Nossa universidade e nossas escolas se pautam pelos modelos
europeus. A partir de agora, para democratizar o acesso, vamos seguir os
irmãos do Norte, que fazem uma escola para o trabalho e para o civismo. Ou
seja, a escola de 71 para cá deixou de ser centro cultural, de aculturação de
classes, e passou a ser centro de assistência social aos pobres. Eu fui dar uma
palestra como essa no colégio Culto a Ciência, em Campinas, colégio que foi
fundado pelos positivistas. Foi o Benjamin Constant que inaugurou em 1894.
Depois de fazer a palestra, uma corte me levou para conhecer a escola, a
biblioteca, maravilhosa, tinha uma carteira separada e uma fitazinha ao redor
com uma plaquinha: “Nesta carteira estudou o eminente brasileiro Alberto
Santos Dumont”. Embaixo: “Eu também. Tonhão”. Eu queria que vocês
pensassem comigo. Houve uma época em que na escola pública brasileira estava
gente da classe social de Alberto Santos Dumont. Uma das três famílias mais
ricas do Brasil, que tinha tanto dinheiro que podia colocar o filho para fazer
inventos ao redor da Torre Eiffel. Não era custeado por grandes grupos
econômicos, era com o dinheiro da família. Estudava no colégio Culto à Ciência.
Hoje quem está na escola pública? Os Tonhões e as Tonhonas... Por isso,
quando a escola pública foi para servir as elites ela teve francês, inglês, latim,
canto orfeônico, grego, literatura. Agora que são os pobres que entraram na
escola, ela precisa dar o quê? Merenda, controle de zoonoses, vacinação,
campanha do piolho, campanha da dengue, folclore, semana junina, só festa,
82
mas não cultura. A escola virou um centro cultural de assistência médicoprimária. Jarbas Passarinho acabou com a escola. Fez da escola uma instituição
de apoio social e não uma instituição de apoio social-cultural, como deveria ser.
E aí, o que acontece? De 71 para cá definham as bibliotecas, os professores
foram destituídos do seu papel. A professora primária minha, depois que o
professor Romano acabou com a minha cabeça, era muito boa. Ela me fazia
copiar, eu era lerdo, e eu ia na casa dela e depois ela me dava pão com
mortadela e um copo de quisuco. Eu adorava! Ficava lá só por causa do quisuco.
Ela tinha uma biblioteca, professora primária municipal. Hoje quem tem
biblioteca? Poder aquisitivo. Jarbas Passarinho acabou com as licenciaturas,
dividiu bacharelado e licenciatura. Criou licenciatura curta, fundiu estudos
sociais, abriu uma fissura na universidade brasileira, criou uma reforma, a de
68, segunda reforma, para preparar o Brasil para o neo-tecnicismo que havia
naquele momento. E a universidade brasileira passou um momento de
estrangulamento político e depois de perda na qualidade institucional social. Os
professores
perderam
salários,
organização,
formação,
coordenação,
organização do espaço pedagógico. Aliás, hoje eu vejo que muitos professores
estão com a auto-estima baixa. Eu ando por esse país aí e vejo: “Sem caminhão,
o Brasil pára”. O caminhoneiro está com a auto-estima lá em cima né... Outro
dia vi num caminhão: “Nós carregamos o Brasil nas costas”. Cheguei na Usp
para participar de uma banca e estava assim: “Sem advogado não há justiça.
Consulte um advogado”. Santa pretensão dos advogados. Aí chego na Unicamp
para dar aula e me deparo com uma plaquinha artesanalmente feita: “Não
adianta me seqüestrar, sou professor”. Mas eu coloco esse quadrinho como
retrato do espólio, da expropriação que o professor sofreu nos últimos 40
anos, econômico, organizacional, formacional, político. A reforma de 68, ao
invés de querer modernizar a escola, separou as áreas, fragmentou e criou uma
83
legião de pessoas preparadas para o trabalho mas não com formação
acadêmico-social. Penso que a primeira função da universidade é formar a
pessoa humana com as condições de pensar, refletir, entender e apropriar-se
do conhecimento humano. A segunda função da universidade é formar o
cidadão, alguém para viver na cidade, para respeitar as leis, para contribuir
com o país como sujeito. A terceira função da universidade é formar o
profissional, competente, habilidoso, adquirindo condições de dominar os
processos tecnológicos do seu tempo. (...)
ANEXO 4
O Anexo 4 aponta a estrutura física da UNIPINHAL.
Central
Área: 60.000 m2
Área Construída: 55.000 m2
Localização: Rodovia Pinhal-Jacutinga
Funcionam nesta Unidade: Cursos de Administração, Gestão, Ciência da
Computação, Direito, Eng. Agronômica, Fisioterapia, Eng. Ambiental, Eng. de
Alimentos, Farmácia, Fisioterapia, Letras, Medicina Veterinária, Comunicação
Social em Publicidade e Propaganda, Turismo, Pedagogia, Enfermagem, Ciências
Biológicas, Engenharia de Computação, Reitoria, Pró-Reitorias, Secretaria,
salas de aulas, laboratórios, laboratórios de agência de viagem, de projeção de
idiomas, estúdio de TV, de rádio, agência escola, auditório, gráfica e
dependências da FPE.
Área de Pesquisa I
Área:242.000 m2
84
Área construída: 10.000 m2
Área cultivada: 16,9 ha
Complexo Desportivo: 121.000 m2
Localização: Rodovia Pinhal-Jacutinga
Funcionam nesta área: Curso de Educação Física, Hospital Veterinário, salas
de aula, laboratórios e áreas de Experimentação.
Morro Azul - Área de Pesquisa II
Área: 653.000 m2
Área construída: 10.000 m2
Área cultivada: 55,6 ha
Utilização: aulas práticas, estágios, “dia de campo” para produtores, técnicos e
agrônomos e área de Experimentação.
Localização: Rodovia SP 346 — km. 204
Campus Experimental “Dr. Alcides de Carvalho”
Área de Pesquisa III
Área: 10 ha
Utilização: aulas práticas, estágios, “dias de campo" para produtores, técnicos
e agrônomos e área de Experimentação.
Localização: Entrada ao lado do trevo situado na Rodovia SP 346, saída de
Espírito Santo do Pinhal.
Anexo 5
Indicadores de acervo, espaço físico e funcionamento da Biblioteca da
UNIPINHAL.
85
A Biblioteca da UNIPINHAL foi criada em 21/10/1966 através do Decreto
Federal nº 54.406 e esta cadastrada junto ao Conselho Regional de
Biblioteconomia CRB/8 sob o nº 16.569 em 29/04/1974 com a denominação de
Biblioteca
"Alayde
Ramacciotti
Sertório".
Encontra-se
como
órgão
complementar da UNIPINHAL, diretamente subordinada a Pró-Reitoria
Acadêmica.
O modelo organizacional é caracterizado pela centralização das atividades de
processamento técnico da informação, aquisição de material bibliográfico,
treinamento técnico e atendimento aos usuários. Na organização do acervo
adota-se a Classificação Universal Decimal (CDU), edição média em língua
portuguesa, e para indexação utiliza-se o Thesaurus Spines como cabeçalho de
assunto. Na descrição do acervo utiliza o Anglo American Cataloguing Rules
(AACR2). As formas de acesso e uso dos recursos da Biblioteca estão
descritas no Regulamento da Biblioteca.
A informação constitui-se em matéria-prima para profissionais em qualquer
área de atuação e fundamental suporte à pesquisa, ensino e extensão. Neste
sentido a UNIPINHAL - Centro Regional Universitário de Espírito Santo do
Pinhal coloca à disposição de alunos, professores, funcionários e a comunidade
em geral acesso aos recursos informacionais constante no acervo da
Biblioteca. Em consonância com as tecnologias de informação a Biblioteca
disponibiliza seus recursos para seus usuários presenciais e remotos utilizando
a rede Internet. Optou-se pela virtualização de produtos e serviços que
possam atender questões básicas de referência, isto posto em catálogo online,
reservas de livros via Web, acompanhamento de empréstimo/devolução via
Internet , serviços de referência via e-mail, lista de aquisições, videoteca,
publicações em CD-ROM, lista de títulos dos periódicos da UNIPINHAL, além
86
outros recursos tais como acesso a bibliotecas virtuais, recursos eletrônicos,
bases de dados e mecanismos de busca.
Endereço da Biblioteca: www.unipinhal.edu.br/biblioteca
Infra-estrutura informacional
A coleção é formada por livros, teses, periódicos, relatórios, folhetos,
trabalhos de conclusão de curso, bases de dados, periódicos em CD-ROM e
fitas de vídeo, abrangendo todas as áreas de atuação da Instituição. O acervo
geral consta com 21.163 títulos de livros e 42.666 exemplares.
A coleção de periódicos possui 1.139 títulos, 3.320 títulos de folhetos,
relatórios, trabalhos de conclusão de curso e 1.387 fitas de vídeo e bases de
dados em CD-ROM e DVD-ROM.
Acervo
Livros
Área do Conhecimento
Periódicos
Títulos
Exemplares
Ciências Agrárias
6.370
12.306
328
Ciências Biológicas
1.039
2.657
30
Ciências da Saúde
1.104
3.198
149
Ciências Exatas e da Terra
2.270
4.987
54
Ciências Humanas
2.818
4.389
91
Ciências Sociais e Aplicadas
5.544
13.931
303
Engenharias
431
1.122
31
Lingüística, Letras e Artes
1.587
2.006
51
Total:
21.163
44.596
1.037
87
Obs: para a elaboração do quadro acima utilizou-se a tabela de área do
conhecimento elaborada pelo CNPq.
Política de Aquisição, Expansão e Atualização
1. Introdução
A função da Biblioteca "Alayde Ramacciotti Sertório" é de fornecer infraestrutura informacional em apoio às atividades de ensino, pesquisa e extensão
desenvolvidas na UNIPINHAL. Através do desenvolvimento de coleções, a
Biblioteca obtém recursos informacionais necessários para cumprir esta
função. Desta forma, o desenvolvimento de coleções caracteriza-se por um
processo de tomada de decisão que determina a conveniência de se adquirir,
manter ou descartar materiais bibliográficos, embasado em critérios
previamente estabelecidos.
Destaca-se assim, a importância de uma política de desenvolvimento de
coleções formalizada, que represente um plano de ação utilizado para fins de
tomada de decisão.
2. Responsabilidade Pela Seleção
2.1. Seleção Qualitativa
A seleção qualitativa do material bibliográfico a ser adquirido ficará a cargo
do corpo docente, conhecedor da literatura na respectiva área do
conhecimento, havendo também a participação do corpo discente, através de
sugestões que serão analisadas e aprovadas pelos Coordenadores de Curso.
2.2. Seleção Quantitativa (Critérios)
2.2.1. Livros Didáticos - Bibliografia Básica
Nacionais:
88
Material de informação indispensável para o desenvolvimento da disciplina.
Serão adquiridas anualmente as bibliografia básica e complementar dos cursos.
O número de exemplares será calculado na base de 1 (um) exemplar para cada
15 (quinze) alunos. Destaca-se que para alguns cursos adotam-se outros
critérios em função dos padrões de qualidade do MEC. Os casos especiais de
aumento de cotas de compras serão estudados pelos Coordenadores de Cursos.
Importados:
Estes livros não serão adquiridos na mesma proporção dos nacionais, em
virtude do alto custo do material.
2.2.2. Livros Didáticos - Bibliografia Complementar
Serão adquiridos 2 (dois) exemplares, exceto nos casos em que haja demanda
efetuada pelo Coordenador do Curso.
3. Critérios Para Seleção Do Material
Devem-se
observar
os
seguintes
critérios
para
seleção
do
material
bibliográfico:
adequação do material aos objetivos e nível educacional da Instituição;
autoridade do autor/editor;
imparcialidade;
atualização da edição;
qualidade técnica;
custo justificável;
idioma acessível à maioria dos usuários;
números de usuários potenciais que poderão utilizar o material;
89
3.1. Critérios Para O Cancelamento Da Aquisição Do Material
Serão adotados os seguintes critérios para o cancelamento da aquisição do
material bibliográfico:
quando um novo título for mais abrangente do que o já existente no acervo
da Biblioteca da UNIPINHAL;
quando não existir mais interesse no título pelo Departamento, por motivos
devidamente justificáveis;
outros que atendam aos interesses da disciplina ou da Instituição;
Observação: no caso de cancelamento e/ou inclusão de títulos, deverá ser
enviado à Biblioteca ofício pelo Coordenador do Curso, devidamente
fundamentado, para apreciação sobre a questão.
4. Fontes De Seleção
Ainda que a responsabilidade de seleção qualitativa seja do corpo docente,
será obrigação da Administração da Biblioteca a divulgação entre docentes
dos novos materiais bibliográficos existentes no mercado livreiro, através das
seguintes fontes:
Fontes de seleção para livros:
bibliografias gerais e especializadas;
catálogos, listas e propagandas de editoras e livreiros;
lista de obras básicas e outras que venham completar as já mencionadas;
Fontes de seleção para periódicos:
catálogo, lista e propagandas de editoras e livreiras;
listas de obras básicas e outras fontes que venham auxiliar na seleção do
referido material;
90
5. Prioridades de Aquisição
Devido à grande quantidade de material bibliográfico produzido nas diversas
áreas, torna-se impossível a aquisição de todo o material disponível no
mercado. Sendo assim, ficam estabelecidas as prioridades abaixo relacionadas
para aquisição:
cursos em implantação e/ou em fase de reconhecimento, disciplinas novas
e/ou alterações de currículos;
renovação de assinaturas de periódicos científicos e de referência que já
façam parte de lista básica, conforme indicações dos docentes;
atualização das obras para cursos de graduação;
cursos de pós-graduação em fase de reconhecimento, credenciamento ou
recredenciamento;
desenvolvimento de pesquisa;
Os casos não previstos serão submetidos à apreciação do Diretor de Ensino.
6. Doação
A Biblioteca solicitará às firmas comerciais e entidades científicas e culturais
doação de materiais de interesse para a comunidade universitária. Os
materiais recebidos como doações serão submetidos aos mesmos critérios do
material bibliográfico comprado.
Para seleção das obras doadas serão feitas consultas a especialistas da área,
passando em seguida, a fazer parte da coleção da Biblioteca . Caso os
materiais não interessem, a Biblioteca poderá dispor dos mesmos da seguinte
forma:
doá-los e/ou permutá-los com outras instituições;
armazená-los em depósito;
descartá-los;
91
7. Critérios Para Seleção De Doações
Livros:
autoridade do autor, editor e tradutor se forem o caso;
relevância do conteúdo para a comunidade universitária;
condições físicas do livro;
indicação do título em bibliografia e abstracts;
Periódicos:
existência do título na coleção;
no caso de inexistência do título, serão aceitos somente aqueles cujo
conteúdo seja adequado aos interesses da comunidade universitária;
indexação do título em índices, abstracts e citação em bibliografias;
adequação do conteúdo aos interesses da comunidade universitária;
Trabalhos acadêmicos:
elaborados de acordo com as normas da ABNT;
com conceitos A e/ou nota 9 (nove) ou superior;
8. Intercâmbio De Publicações
A Biblioteca efetuará intercâmbio, com outras instituições congêneres, dos
seguintes tipos de material:
publicações da própria UNIPINHAL;
material recebido por doação em quantidade desnecessária ou cujo
conteúdo não interessa à comunidade universitária;
duplicatas de periódicos;
material retirado do acervo, para descarte;
92
9. Desbastamento do Material Bibliográfico
Processo pelo qual se retiram do acervo ativo título e/ou exemplares, parte de
coleções, quer para remanejamento ou descarte. Deverá ser um processo
contínuo e sistemático, para manter a qualidade da coleção, sendo feito no
máximo a cada 5 (cinco) anos.
10. Remanejamento
É a armazenagem em depósito da Biblioteca do material bibliográfico retirado
do acervo ativo, com o objetivo de abrir espaço para materiais novos. Este
material ficará organizado e à disposição da comunidade, quando solicitado.
11. Critérios para Remanejamento
coleções de periódicos correntes, anteriores aos últimos 10 (dez) anos;
coleções de periódicos de compras encerradas e que tenham possibilidade
de serem reativadas;
coleções de periódicos e títulos de livros de valor histórico, determinados
pela Comissão Consultiva da Biblioteca e não utilizados durante os últimos 5
(cinco) anos;
12. Descarte de Material Bibliográfico
Descarte é o processo pelo qual, após uma avaliação criteriosa, os materiais
bibliográficos são retirados da coleção, seja para serem colocados em
depósito, doados a outras instituições, ou ainda eliminados do acervo devido às
condições físicas.
Livros:
93
As obras selecionadas para descarte serão submetidas a avaliações de uma
Comissão constituída para que esta emita parecer favorável ou não em relação
ao descarte das mesmas.
Para o descarte de obras devem ser observados os seguintes critérios:
inadequação: obras que já não apresentam mais interesse para a instituição;
obras de 1º e 2 º graus e ainda obras adquiridas sem uma seleção cuidadosa
e que se revelaram inadequadas aos programas de ensino e pesquisa;
desatualização: obras de conteúdos já superados por novas edições ou
ultrapassadas pelo seu tempo de publicação. Este critério dependerá muito
da área de conhecimento a que se referem às obras. Nesse caso, a Comissão
de Biblioteca deverá convocar especialistas da área para um parecer
técnico sobre as mesmas.
desuso: obras não utilizadas (consulta/empréstimo) nos últimos 10 (dez)
anos;
condições físicas: material deteriorado pelo uso, sem condições de
encadernação, sujo, infectado ou rasgado;
duplicidade: descartar as duplicatas de um mesmo título em número
elevado, cuja demanda não é expressiva;
Periódicos:
Serão descartados:
coleções não correntes e sem demanda;
periódicos de interesse temporário;
periódicos recebidos em duplicatas;
Trabalhos Científicos:
94
Serão descartados:
os elaborados sem normalização segundo a ABNT;
com conceitos obtidos inferiores a “A” ou nota 9 (nove);
Todas as obras descartadas serão repassadas para instituições congêneres,
através de intercâmbio.
13. Reposição de Material
Os materiais desaparecidos não serão repostos automaticamente. A reposição
deverá ser feita obedecendo aos seguintes critérios:
demanda do título;
importância e valor do título;
cobertura do assunto por outros títulos;
número de exemplares existentes;
existência de outro título mais recente;
14. Avaliação da Coleção
Avaliação quantitativa e qualitativa do acervo da Biblioteca será condição
imprescindível para a reformulação da Política de Desenvolvimento da Coleção.
Deverão constar neste estudo os seguintes aspectos da coleção:
distribuição
percentual
por
área:
através
de
estatísticas
serão
estabelecidos percentuais de materiais existentes em cada área do
conhecimento e comparados com os cursos oferecidos e pesquisas em
desenvolvimento. A análise dos resultados demonstrará quais os cursos que
devam ter a sua coleção implementada e quais as áreas de pesquisa
desprovidas que necessitam de providências especiais;
95
estatísticas de empréstimo e consultas: a análise de estatísticas de uso do
material permitirá a determinação dos títulos que requerem duplicações e
daqueles cuja duplicação é desnecessária;
15. Estudo da Comunidade
A opinião da comunidade universitária será um parâmetro seguro para se
verificar a capacidade da Biblioteca em atender eficientemente a demanda de
informação dos seus usuários. Assim, a Biblioteca de acordo com sua
disponibilidade de pessoal procurará realizar regularmente estudos com o
objetivo de avaliar suas coleções, como também determinar interesses e
necessidades da comunidade universitária.
16. Revisão da Política de Seleção
A cada 2 (dois) anos, a política de desenvolvimento de coleções deverá ser
revisada com a finalidade de garantir a sua adequação à comunidade
universitária, aos objetivos da Biblioteca e aos da própria instituição.
17. Referências Bibliográficas
CARVALHO, Maria Carmen Romcy, KLAES, Rejane R. Desenvolvimento de
coleções
em
Bibliotecas
Universitárias.
In:
Seminário
Nacional
de
Bibliotecas Universitárias, 7, novembro de 1991. Rio de Janeiro, 1991. 25p.
Universidade Estadual de Londrina. Biblioteca Central. Política de
desenvolvimento de coleções da Biblioteca Central da Universidade Estadual
de Londrina. Londrina, 1989. 17p.
Universidade Estadual de Ponta Grossa. Biblioteca Central. Comissão
Consultiva da Biblioteca Central. Política de desenvolvimento de coleções da
Biblioteca Central da Universidade de Ponta Grossa. Ponta Grossa, 1988. 9p.
96
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS. Deliberação CONSU-A 38/89. Campinas. 4p.;
BASES DE DADOS
A
Biblioteca
da
Unipinhal
possui
em
sua
homepage
(www.unipinhal.edu.br/biblioteca), link para diversas bases de dados, divididas
por área de conhecimento.
Produtos e Serviços Informacionais
Tornar disponível a informação para a comunidade universitária e a comunidade
em geral é um dos pressupostos básicos do atendimento aos usuários na
Biblioteca da UNIPINHAL. Para tanto, diversos produtos e serviços são
oferecidos tais como:
♦
Empréstimo domiciliar: este serviço é facultado a todos os usuários
inscritos na Biblioteca;
♦
Reserva de material: os usuários podem solicitar este tipo de serviço
pessoalmente ou via Internet para reservar obras por períodos específicos;
♦
Consulta local: as coleções das bibliotecas estão à disposição de toda a
comunidade para este tipo de serviço;
♦
Levantamento bibliográfico: este serviço é oferecido mediante consultas
nas bases de dados local, bem como através de agendamento de horário
para pesquisa em bases de dados em CD-ROM e Internet;
♦
Pesquisa na Internet: possibilita o acesso a instituições de pesquisas,
universidades, centros de pesquisas, bases de dados, acervos eletrônicos,
bibliotecas virtuais, etc;
97
♦
Treinamento aos usuários: treinamento de usuários na busca e uso da
informação em fontes impressas e eletrônicas, programa Bem-Vindo
calouros, Projeto Aula na Biblioteca, elaboração e publicação de documentos
para usuários;
♦
Listagem de aquisições: enviada periodicamente impressa ou via e-mail aos
docentes
e
discentes
para
divulgação
de
novos
títulos,
além
da
disponibilização na Internet;
♦
Normalização técnica: orientação quanto a normalização de referências
bibliográficas de trabalhos de conclusão de curso e artigos científicos
seguindo os padrões do conjunto de normas da ABNT;
♦
Catalogação na fonte: elaboração de ficha catalográfica de livros e
trabalhos de conclusão de curso.
♦
Reserva
de
livros
online
(www.unipinhal.edu.br/biblioteca): serviço
disponível na homepage da Biblioteca, onde o usuário pode efetuar reservas
de livros de qualquer terminal conectado a Internet;
♦
Catálogo online (www.unipinhal.edu.br/biblioteca): através deste serviço
o usuário pode consultar o acervo de livros, teses e eventos do
UNIPINHAL;
♦
BDC
–
Biblioteca
Digital
da
UNIPINHAL
(www.unipinhal.edu.br/biblioteca): serviço online para armazenamento e
obtenção de documentos, provendo acesso controlado e mecanismos
eficientes para busca de textos completos, tais como Anuários, Artigos,
Boletins,
Eventos,
Informativo
CREUPI,
Obras
Raras,
Eletrônicos, Teses e Dissertações e Trabalhos Acadêmicos;
Periódicos
98
♦
Serviço de acompanhamento de empréstimo/devolução via internet:
através deste serviço o usuário pode acompanhar as transações realizadas
na biblioteca, tais como empréstimos, devoluções e livros em atraso;
♦
Projeto aula na Biblioteca: através deste serviço, os professores poderão
utilizar toda a infra-estrutura oferecida pela Biblioteca, para dar uma
maior dinâmica às aulas facilitando o processo de aprendizagem, bem como
estimulando o uso do acervo;
♦
Comutação
bibliográfica
(Comut
online):
o
serviço
de
comutação
bibliográfica consiste no intercâmbio entre bibliotecas que integram uma
rede de cooperação na qual os usuários podem solicitar artigos existentes
em outras bibliotecas brasileiras;
♦
Transmissão/Recepção de documentos via PROSPERO: a biblioteca
dispõe do software PROSPERO, o qual possibilita o envio e a recepção de
documentos
via
Internet,
proporcionando
uma
maior
agilidade
no
atendimento aos usuários;
♦
Consulta a bases de dados: disponibilização de 10 microcomputadores
para acesso a Internet e CD-ROM (Orientador Adviser, Informa Jurídico,
Scielo, BIREME, CABDirect, Agrícola, etc);
♦
Serviço de reprografia: a instituição conta com 4 pontos de xerox
localizados em suas dependências, atendendo aos usuários de todos os
cursos;
Participação em programas cooperativos
♦
BIREME - Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em
Ciências da Saúde: pesquisa nas principais bases de dados na área de
saúde com solicitação de cópias via Comut online e via PROSPERO;
99
♦
Catálogo Coletivo Nacional de Publicações Seriadas - CCN: catálogo com
a descrição da coleção de periódicos das Instituições brasileiras. Possibilita
a consulta e localização de periódicos via Internet;
♦
REBAE – Rede de Bibliotecas da Área de Engenharia: criada em 1994
tem como objetivo principal Elaborar acordos de cooperação e adotar
normas comuns, visando melhorar a qualidade do atendimento aos usuários
da área de Engenharia e implementar o uso de novas tecnologias, facilitando
o acesso à informação e ao documento, no Brasil e exterior.
Informatização
A Biblioteca encontra-se com seu acervo informatizado. Utiliza-se o software
LIBROS v. 2.18 com módulos integrados desenvolvidos para cadastro,
alteração, consulta, exclusão, emissão de relatórios, emissão de recibos e
emissão de etiquetas para as bases de dados de Livros, Periódicos, Folhetos,
Recortes e Relatórios, além de cadastro de usuários, empréstimos e reserva
de obras.
Também
encontra-se
disponível
na
Internet
no
endereço
www.unipinhal.edu.br/biblioteca o Catálogo Online da UNIPINHAL, o serviço
de Reserva/renovação de obras online. Utiliza-se também o software SeCs v.
2.3 – software desenvolvido pela BIREME para cadastro de periódicos e
posterior envio do arquivo para o CCN – Catálogo Coletivo Nacional, mantido
pelo IBICT.
Além destes recursos, encontram-se informatizados Bases de dados para
Multimeios, Mapoteca, envio e recebimento de artigos via Próspero, Projeto
Aula na Biblioteca.
Recursos de informática
100
A
Biblioteca
possui
uma
rede
de
computadores
com
arquitetura
cliente/servidor com 1 servidor e 23 terminais sendo 6 terminais para acesso
as bases de dados local (Livros, Periódicos, Folhetos, Recortes e Relatórios),
11
terminais
para
acesso
a
Internet,
2
terminais
para
empréstimos/devoluções, 3 terminais para serviços administrativos e 1
terminal para transmissão/recepção de documentos via software ARIEL.
Biblioteca na Internet
Na homepage da Biblioteca (www.unipinhal.edu.br/biblioteca) o usuário poderá
consultar o acervo de livros, teses, eventos e obras de referência da
UNIPINHAL, além de efetuar reservas e renovação de livros, fazer o
acompanhamento das transações realizadas na Biblioteca, consultarem as
novas aquisições e solicitar documentos através do Comut online. Pode ainda,
solicitar pesquisas, informações sobre normalização de trabalhos, elaboração
de ficha catalográfica, também poderá consultar outras bibliotecas, catálogos,
instituições de pesquisas, bases de dados nacionais e internacionais e
periódicos eletrônicos. Na homepage da Biblioteca destacam-se os seguintes
serviços:
Š Catálogo online: serviço que possibilita o acesso via Internet ao acervo de
livros, teses, eventos e obras de referência da UNIPINHAL. A base de
periódicos encontra-se em fase de estruturação para disponibilização na
Internet;
Š Periódicos Digitais UNIPINHAL: disponibilização dos periódicos publicados
pelos cursos da UNIPINHAL em formato eletrônico;
Š Elaboração
de
trabalhos
acadêmicos
(Monografias
e
TCC):
disponibilização para consulta de professores e alunos de apostilas
elaboradas de acordo com as normas da ABNT. As apostilas disponibilizadas
101
são:
Š NBR 17724/2002 – Apresentação de trabalhos acadêmicos;
Š NBR 10520/2002 – Citações;
Š NBR 6023/2002 – Referências bibliográficas;
Š Periódicos eletrônicos: acesso a base de dados Scielo de diversos paises,
inclusive o Brasil, com texto completo dos artigos;
Š Novas aquisições: serviço voltado aos docentes e discentes, onde os
mesmos podem consultar as aquisições de livros, fitas de vídeo e CD-ROMs;
Š Reserva de livros: serviço criado para possibilitar que os alunos façam a
reserva de livros via Internet;
Š Serviço de acompanhamento de empréstimo/devolução via internet:
através deste serviço o usuário pode acompanhar as transações realizadas
na biblioteca, tais como empréstimos, devoluções e livros em atraso;
Š Bases de dados: contém links para pesquisas em bases de dados tais como
SEADE, ERIC e Banco de dados do IBGE;
Š Biblioteca Digital do MEC: ambiente virtual que permite a coleta, a
integração, a preservação e o compartilhamento de conhecimentos, sendo
seu principal objetivo o de promover o amplo acesso às obras literárias,
artísticas e científicas (na forma de textos, sons, imagens e vídeos), já em
domínio público ou que tenham a sua divulgação devidamente autorizada, que
constituem o patrimônio cultural brasileiro e universal.
Infra-estrutura para recuperação de informações
A Biblioteca da UNIPINHAL oferece aos seus usuários a seguinte infraestrutura para recuperação de informações:
Š Software PROSPERO: através deste software a Biblioteca solicita ou envia
documentos para qualquer Instituição do país ou exterior. O usuário poderá
102
solicitar um artigo de um periódico ou um capítulo de um livro em qualquer
biblioteca e recebê-lo em 24 horas;
Š Comut online: o serviço de comutação bibliográfica consiste no intercâmbio
entre bibliotecas que integram uma rede de cooperação na qual os usuários
podem solicitar artigos existentes em outras bibliotecas brasileiras;
Š Internet: os usuários também têm a sua disposição além dos mecanismos de
pesquisa da própria rede na busca de informações, o acesso a bases de dados,
centros de pesquisas, bibliotecas virtuais, acervos eletrônicos e universidades;
Acesso à informação
Para acesso a informação os usuários tem a sua disposição:
Consulta local:
A consulta do material bibliográfico nas salas de leitura é facultada ao público
em geral após consulta nos terminais da Biblioteca. Obras destinadas
exclusivamente para consulta local:
•
dicionários, enciclopédias, índices bibliográficos, etc.
•
obras raras;
•
obras reservadas por docentes;
•
periódicos;
•
publicações em CD-ROM;
•
fotografias;
Consulta online:
A consulta online é realizada através do Catálogo online disponível na
homepage da Biblioteca.
No Catálogo online estão disponíveis livros, teses, eventos e obras de
referência da UNIPINHAL.
103
Empréstimo domiciliar:
O empréstimo domiciliar é facultado a professores, alunos e funcionários da
UNIPINHAL.
Empréstimo domiciliar - Limites
Categoria
Qde. Obras
Prazo
Alunos
06
10 dias
Alunos de pós-graduação
06
15 dias
Docentes
10
30 dias
Funcionários
06
10 dias
Reserva de obras:
Será efetuada pelo próprio interessado que deverá manter contato diário com
a Biblioteca, pois a partir da devolução da(s) obra(s) a(s) mesma(s) ficará(ão) a
sua disposição por 24 horas. O usuário que não retirar a(s) obra(s)
reservada(s) dentro deste prazo terá sua reserva cancelada automaticamente.
Reserva/renovação online:
Os usuários também podem efetuar reservas via Internet através da consulta
ao Catálogo online e preenchimento de formulário específico. A reserva online
segue as mesmas regras da reserva normal.
Instalações físicas e equipamentos para usuários
A Biblioteca ocupa uma área total de 1.200 m2, possui 2 salas para estudo em
grupo, 1 sala para estudo individual com 8 cabines, além de uma sala de 100 m2
com 5 mesas e 35 cadeiras específicas para utilização pelo Projeto Aula na
104
Biblioteca.
Os usuários têm a sua disposição 6 terminais para acesso as bases de dados
local (Livros, Periódicos, Folhetos e Trabalhos de Conclusão de Curso), além de
11 terminais para acesso a Internet e bases de dados em CD-ROM.
Instalações
♦
Espaço: 585 m2;
♦
Mobiliário: balcão em madeira para atendimento de usuários, 176 estantes,
8 guarda-volumes, 9 expositores para periódicos, 1 expositor para jornais;
♦
Equipamentos: sistema anti-furto, 7 carrinhos para manuseio de livros, 7
extintores de incêndio, sistema de iluminação adequado, sistema de
sinalização adequado, 10 tomadas para utilização de notebooks e laptops;
Instalações para estudos individuais
♦
Espaço: sala com 80 m2;
♦
Mobiliário: 3 mesas, 17 cadeiras, 8 cabines individuais, 8 luminárias.
Instalações para estudo em grupos
♦
Espaço: 500 m2;
Mobiliário: 32 mesas, 130 cadeiras.
Horário de funcionamento
A Biblioteca da UNIPINHAL funciona nos seguintes horários:
Segunda a sexta: 08 às 23:00 hs.
Sábado................: 08 às 12:00 hs
Equipe
Nome:
Nirlei Maria Oliveira - CRB 8/6192
105
Cargo:
Coordenadora da Biblioteca
Titulação:
Mestra em Biblioteconomia pela PUC-Campinas
Especialista em Informação Tecnológica pela UFSC
Especialista em Planejamento de Sistema de Informação pela
PUC-Campinas
Especialista em Avaliação Institucional – UNB/IESB
Horário:
08:00 às 12:00 hs
14:00 às 18:00 hs
Nome:
Ledir Alves da Silva
Cargo:
Bibliotecária - CRB 8/2385
Titulação:
Graduação em Biblioteconomia
Horário:
12:00 às 15:30 hs
18:30 às 23:00 hs
Nome:
Fábio Augusto Cavazani
Cargo:
Operador de Computador
Titulação:
Tecnólogo em Processamento de Dados
Especialista em Análise de Sistemas pela PUC-Campinas
Horário:
07:30 às 12:00 hs
14:00 às 17:30 hs
Nome:
Vilma Manoel
Cargo:
Atendimento ao usuário
Titulação:
Graduação em Administração de Empresas
Horário:
08:00 às 12:00 hs
14:30 às 18:30 hs
106
Nome:
Julio César Silvestre
Cargo:
Aux. de Biblioteca
Titulação:
Técnico em Contabilidade
Horário:
13:00 às 17:00 hs
19:00 às 23:00 hs
Nome:
Marcos Aurélio Mangilli
Cargo:
Aux. de Biblioteca
Horário:
08:00 às 12:00 hs
13:00 às 17:00 hs
Nome:
Gilvan Lopes de Oliveira
Cargo:
Aux. de Biblioteca
Horário:
13:00 às 17:00 hs
19:00 às 23:00 hs
Anexo 6
Este anexo refere-se ao corpo docente da UNIPINHAL, obtido no Catálogo de
Cursos 2006.
NOME DO PROFESSOR(A)
ÁREA
TITULAÇÃO
ADAUTO DE CARVALHO ROSAS FILHO
Ciências Agrárias
Mestre
ADINAN CARLOS NOGUEIRA
Ciências Sociais Aplicadas
Especialista
ADRIANA CAVALIERI SAIS
Ciências Agrárias
Doutora
ALBERTO BARBOSA DE SOUZA
Ciências Sociais Aplicadas
Especialista
ALESSANDRA COSTA PANUNTO
Ciências da Saúde
Mestre
ALESSANDRA OLIVEIRA GUIMARÃES
Ciências da Saúde
Mestre
ALEXANDRE COTRIN GIALUCA
Ciências Sociais Aplicadas
Graduado
107
ANA CAMILLA FRANCA DE NEGRI
Ciências Sociais Aplicadas
Mestre
ANA CLAUDIA C. L. TRESMONDI
Ciências Agrárias/da Saúde
Doutora
ANA LUCIA R. DE A. VERGUEIRO
Lingüística, Letras e Artes
Mestre
ANAMARIA CANDIDO RIBEIRO
Ciências Agrárias
Doutora
ANDRE LUIS PARADELA
Ciências Agrárias
Doutor
ANDRÉ LUIZ DA SILVA MELO
Ciências Sociais Aplicadas
Mestre
ANDREA DESIDÉRIO DA SILVA
Ciências da Saúde
Graduada
ANDREA THOMANN SILVA
Ciências da Saúde
Especialista
ANGELA MARIA DE PAIVA
Ciências Sociais Aplicadas
Graduada
ANTONIO AUGUSTO T. P. DE MORAES
Ciências Exatas e da Terra
Mestre
ANTONIO CARIA NETO
Ciências Sociais Aplicadas
Graduado
ANTONIO CARLOS TURCATI TOBIAS
Ciências Agrárias
Doutor
APARECIDO EVANGELISTA DE ASSIS
Ciências Sociais Aplicadas
Mestre
ARMANDO TEDESCHI FILHO
Ciências Sociais Aplicadas
Mestre
ARMANDO VAGNER RE
Ciências Sociais Aplicadas
Especialista
ARNALDO R. DOS SANTOS JUNIOR
Ciências da Saúde/
Doutor
ARTHUR ANTONIO ROCHA FERREIRA
Ciências Sociais Aplicadas
Graduado
AUGUSTO ALVES FERREIRA
Ciências Sociais Aplicadas
Especialista
AUREA AMALIA VIANNA
Ciências da Saúde
Graduada
BENEDITO C. DLESSANDRE OLIVEIRA
Ciências da Saúde
Graduado
BENEDITO DE FREITAS BUENO
Ciências Agrárias
Mestre
BENITO TOMAS GIORDANI
Ciências Exatas e da Terra
Mestre
CARLOS ALBERTO BARBOSA
Ciências Agrárias
Mestre
CARLOS ALEXANDRE MIGLINSKI
Ciências Exatas e da Terra
Mestre
CARLOS ANTONIO C. MACIEL
Ciências Agrárias
Doutor
CELENE FERNANDES BERNARDES
Ciências Agrárias
Doutora
CÉLIO BARALDI
Lingüística, Letras e Artes
Graduado
CELSO H. ZUPPI DA CONCEIÇÃO
Ciências Agrárias
Mestre
CELSO LEITE VILLELA
Ciências Agrárias
Mestre
CHESTON C. HONORATO PEREIRA
Ciências Agrárias
Mestre
CINTIA DE LIMA ROSSI SILVA
Ciências da Saúde
Mestre
CLARA ALICE FRANCO DE ALMEIDA
Ciências Exatas e da Terra
Mestre
CLEMENTINA T.DE J.MONFARDINI
Ciências Humanas
Mestre
CLODOALDO APARECIDO DE M. LIMA
Ciências Exatas e da Terra
Mestre
CONRADO AUGUSTO G. FEDERICI
Ciências da Saúde
Mestre
108
CRISTINA PORTO P. FILIPONI
Ciências da Saúde
Especialista
DANIEL IBRAIM PIRES ATALA
Ciências Agrárias
Mestre
DANIELA CRISTINA L.DE CARVALHO
Ciências da Saúde
Mestre
DANIELA REGINA DA SILVA
Ciências Sociais Aplicadas
Graduada
DARCIO GOMES PEREIRA
Ciências da Saúde
Doutor
DENILSON STEFANELLI
Ciências Agrárias
Graduado
DIORACI GARCIA PINATTI
Ciências Exatas e da Terra
Mestre
EDMILSON V. FRANCESCHINELLI
Ciências Sociais Aplicadas
Mestre
EDUARDO DIEHL FLEIG
Ciências Biológicas
Graduado
EDUARDO MANSANO BAUMAN
Ciências Sociais Aplicadas
Especialista
EDUARDO PEIXOTO ROCHA
Ciências Sociais Aplicadas
Mestre
EDUARDO TOKUITTI TOKUNAGA
Ciências Sociais Aplicadas
Graduado
ELAINE AP. ALMEIDA LEME
Ciências Sociais Aplicadas
Especialista
ELIANA JUNQUEIRA BARBOSA COSTA
Ciências Sociais Aplicadas
Mestre
ELIANA KEFALAS OLIVEIRA
Ciências Sociais Aplicadas
Mestre
ELIANE APARECIDA DE ANDRADE
Ciências da Saúde
Mestre
ELIANE AVELAR S. OCTAVIANI
Ciências Sociais Aplicadas
Especialista
ELIAS JOSÉ DA SILVA
Ciências da Saúde
Mestre
ELISANGELA MARIA DE S. BALDIN
Ciências da Saúde
Especialista
ELSON DE ALMEIDA
Ciências da Saúde
Mestre
EMERSON DE OLIVEIRA BATISTA
Ciências Exatas e da Terra
Mestre
ENILENE DE FRANCA CORDEIRO
Ciências da Saúde
Mestre
ERICH SOARES NOGUEIRA
Ciências Sociais Aplicadas
Mestre
FABIA TRENTIN
Ciências Sociais Aplicadas
Especialista
FABIO AUGUSTO G. VIEIRA REIS
Ciências Agrárias
Mestre
FABRICIO BERNARDO DE J. BRASIL
Ciências Agrárias
Doutor
FERNANDA HELENA MORGON
Ciências da Saúde
Mestre
FERNANDO HENRIQUE DE FARIA
Ciências Exatas e da Terra
Graduado
FILOGONIO DE ASSIS BEZERRA
Ciências Sociais Aplicadas
Mestre
FLAVIA DOMITILA COSTA MORAIS
Ciências Sociais Aplicadas
Mestre
FRANCIS PEDROSO
Ciências Sociais Aplicadas
Graduado
GEORGIANA SAVIA BRITO AIRES
Ciências Agrárias
Mestre
GERSON ARAUJO DE MEDEIROS
Ciências Agrárias
Doutor
GILBERTO JOSE HUSSAR
Ciências Agrárias
Mestre
GILMAR DA SILVA
Ciências Agrárias
Mestre
109
GINEL JOÃO C. RODRIGUES FLORES
Ciências Sociais Aplicadas
Graduado
GIOVANA RUOTOLO CARVALHO
Ciências da Saúde
Graduada
GISELE ACERRA BIONDO
Ciências Sociais Aplicadas
Especialista
GISLENE VERDINI
Ciências Exatas e da Terra
Graduada
ILKA DE OLIVEIRA MOTA
Ciências Sociais Aplicadas
Mestre
INES APARECIDA M. MANDELLI
Ciências Sociais Aplicadas
Mestre
JAIRO JACINTO DE MORAES
Ciências Sociais Aplicadas
Especialista
JESU APARECIDO A. DE OLIVEIRA
Ciências Sociais Aplicadas
Graduado
JOAO DELBIN
Ciências Sociais Aplicadas
Mestre
JOAO FRANCISCO DE A. MATTOS
Ciências Agrárias
Mestre
JOAO GERALDO MOLINARI PERES
Ciências Agrárias
Mestre
JOÃO GUILHERME CREN CHIMINAZZO
Ciências da Saúde
Graduado
JOSE ALBERTO SICLAIR PIEDADE
Ciências Sociais Aplicadas
Graduado
JOSÉ ANTÔNIO MENDES
Ciências da Saúde
Doutor
JOSE APARECIDO SARTORI
Ciências Agrárias
Mestre
JOSE CARLOS BOSSOLO
Ciências Sociais Aplicadas
Mestre
JOSÉ COLOZZA FERREIRA
Ciências Sociais Aplicadas
Especialista
JOSE EDUARDO QUEIROZ REGINA
Ciências Sociais Aplicadas
Especialista
JOSE EDUARDO VERGUEIRO NEVES
Ciências Sociais Aplicadas
Especialista
JOSE EYMARD DA SILVA
Ciências Humanas
Mestre
JOSE FERNANDO DE OLIVEIRA
Ciências da Saúde
Especialista
JOSE FRANCISCO DE SOUZA
Ciências da Saúde
Doutor
JOSÉ LUIZ VIGNA SILVA
Ciências Humanas
Especialista
JOSÉ RAFAEL MADUREIRA
Ciências da Saúde
Mestre
JOSÉ RENATO BORELLI
Ciências Exatas e da Terra
Mestre
JOSE TARCISIO F. DE CAMARGO
Ciências Exatas e da Terra
Doutor
JULIANA SALOMAO DORETTO
Ciências Agrárias
Mestre
JULIO CÉSAR BALLERINI SILVA
Ciências Sociais Aplicadas
Especialista
JULIO CESAR OCTAVIANI
Ciências Agrárias
Doutor
JUSCELINO VIEIRA MENDES
Ciências Sociais Aplicadas
Graduado
LARISSA RAFAELA GALATTI
Ciências da Saúde
Graduada
LEANDRO BENEDINI BRUSADIN
Ciências Sociais Aplicadas
Graduado
LEANDRO BERTONI C. TEIXEIRA
Ciências Agrárias
Especialista
LEANDRO PETINARI
Ciências da Saúde
Mestre
LEONARDO MEIZIKAS
Ciências Sociais Aplicadas
Graduado
110
LILIA MARIA ROSAMIGLIA MARQUES
Ciências Agrárias
Doutora
LILIAN GOBBO FREITAS BUENO
Ciências da Saúde
Graduada
LIVIA PRADO ALFONSO
Ciências Sociais Aplicadas
Graduada
LOUISE PRADO ALFONSO
Ciências Sociais Aplicadas
Graduada
LUCIA MARIA TONZAR RISTORI OZAKI
Ciências da Saúde
Graduada
LUCIANA CRISTINO DIOGO
Ciências da Saúde
Graduada
LUCIANE DEL GRANDE DE CASTRO
Ciências Sociais Aplicadas
Graduada
LUCIANO PASOTI MONFARDINI
Ciências Sociais Aplicadas
Mestre
LUIS FERNANDO LOBÃO DE MORAIS
Ciências Sociais Aplicadas
Doutor
LUIZ CARLOS P. NASCIMENTO
Ciências Sociais Aplicadas
Graduado
LUIZ FELIPE FERREIRA
Ciências Sociais Aplicadas
Especialista
LUIZ FERNANDO LETTIERI NEGRI
Ciências da Saúde
Graduado
LUIZ MARCELO RIBEIRO DA LUZ
Ciências da Saúde
Mestre
LUIZ SEABRA JUNIOR
Ciências da Saúde
Especialista
LUZIMAR GOULART GOUVEA
Lingüística, Letras e Artes
Mestre
MAGDA CRISTINA ZANFORLIN INADA
Ciências Sociais Aplicadas
Mestre
MANOEL DE CASTRO LEITE NETTO
Ciências Agrárias
Mestre
MARCELO DE AGUIAR COIMBRA
Ciências Sociais Aplicadas
Mestre
MARCELO J. DELLA MURA JANNINI
Ciências da Saúde
Mestre
MARCELO RODRIGUES DA CUNHA
Ciências da Saúde
Mestre
MARCIA CARVALHO GARCIA
Ciências da Saúde
Especialista
MARCIO ANTONIO FERREIRA
Ciências Humanas
Mestre
MARCIO YUJI TOKUNAGA
Ciências Sociais Aplicadas
Graduado
MARCO ANTONIO GALLI
Ciências Agrárias
Doutor
MARGARETE CONSORTI BELLAN
Ciências da Saúde
Graduada
MARGARETE DEL BIANCHI
Ciências Agrárias
Mestre
MARGARIDA MONTEJANO DA SILVA
Ciências Humanas
Mestre
MARIA ADRIANA M. LOBO E SILVA
Ciências Agrárias
Doutora
MARIA APARECIDA BARIN
Ciências da Saúde
Graduada
MARIA CELIA RAMOS BELLENZANI
Ciências Agrárias
Doutora
MARIA CONCEICAO AMGARTEN
Ciências Sociais Aplicadas
Mestre
MARIA DA GRACA O. A. TOMAZIELLO
Ciências Sociais Aplicadas
Especialista
MARIA DO ROSÁRIO H. BARBOSA
Ciências Humanas
Especialista
MARIA EUGENIA GARCIA PORTO
Ciências Exatas e da Terra
Doutora
MARIA HELENA CALAFIORI
Ciências Agrárias
Mestre
111
MARIA RAQUEL S. M. DOS SANTOS
Ciências Agrárias
Mestre
MARIANNA STELLA ZIBORDI
Ciências Agrárias
Doutora
MARIO JOSE JORGE SABHA JUNIOR
Ciências da Saúde
Mestre
MARIO OSVALDO BERTOCHI
Ciências da Saúde
Mestre
MARISTELA PIMENTEL PINTO
Ciências Agrárias
Mestre
MARISTELA REIS D. PICCININI
Ciências Agrárias
Mestre
MARLI GABRIEL DE MELO ALMEIDA
Ciências da Saúde
Graduada
MARLIETE PEREIRA DE LIMA
Ciências Exatas e da Terra
Especialista
MARTA WILK DONIDA
Ciências Agrárias
Mestre
MAURICIO ANIBAL DELGADO
Ciências da Saúde
Mestre
MAURICIO SALVETI DE OLIVEIRA
Ciências Exatas e da Terra
Mestre
MAURO DEL GUERRA FILHO
Ciências Sociais Aplicadas
Especialista
MELCHIOR ANTONIO MOMESSO
Ciências da Saúde
Doutor
MILENA DE SOUZA LIMA PAULISTA
Ciências Humanas
Graduada
MIRIAM C. DOS ANJOS DE SANTIAGO
Lingüística, Letras e Artes
Graduada
MISAEL VICTOR NICOLUCI
Ciências Sociais Aplicadas
Especialista
MONICA DE AVELAR S. GONÇALVES
Ciências Sociais Aplicadas
Especialista
MONICA LURI GIBOSHI
Ciências Agrárias
Mestre
NILVA TERESINHA TEIXEIRA
Ciências Agrárias
Doutora
NIRLEI MARIA OLIVEIRA
Ciências Agrárias
Mestre
ODILON JOSE ROBLE
Ciências da Saúde
Mestre
PATRICIA A. ZIBORDI ACETI
Ciências Sociais Aplicadas
Mestre
PATRÍCIA BLUMER Z. R. DE SA
Ciências Agrárias
Mestre
PATRICIA FONTOURA VIDAL
Ciências Sociais Aplicadas
Mestre
PATRICIA MANO TRINDADE
Ciências da Saúde
Mestre
PATRICIA POPAK GIORDANO
Ciências da Saúde
Mestre
PAULO AFONSO GRANJEIRO
Ciências da Saúde
Doutor
PAULO CESAR CARNEVALI
Ciências Agrárias
Graduado
PAULO EDUARDO GASPARI
Ciências Agrárias
Mestre
PAULO ROBERTO MOURA LIMA
Ciências da Saúde
Doutor
PAULO SERGIO TOMAZIELLO
Ciências Sociais Aplicadas
Graduado
PEDRO DE ALCANTARA FILHO
Ciências Sociais Aplicadas
Especialista
RAMATIS MONTEIRO AGUIAR
Ciências Sociais Aplicadas
Doutor
REGINA SILVA DOS SANTOS
Ciências Agrárias
Doutora
RENATO MARQUES DE OLIVEIRA
Lingüística, Letras e Artes
Graduado
112
REYMAR COUTINHO DE ANDRADE
Ciências Agrárias
Mestre
RICARDO CUNHA BERNARDES
Ciências da Saúde
Mestre
RICARDO DUARTE SILVA
Ciências Agrárias
Mestre
RICARDO FERREIRA C. MONTEIRO
Ciências da Saúde
Graduado
RITA DE CASSIA FERREIRA
Ciências da Saúde
Mestre
RITA DE FÁTIMA DA S. FREITAS
Ciências da Saúde
Graduada
ROBERTO BELLUCCI
Ciências Sociais Aplicadas
Especialista
ROBERTO GARANHANI BARREIROS
Ciências Agrárias
Especialista
ROBERTO MENDES PORTO FILHO
Ciências Agrárias
Doutor
RODRIGO FIGUEIREDO PIERONI
Ciências Humanas
Mestre
ROGERIA MARIA ALVES DE ALMEIDA
Ciências da Saúde
Doutora
ROSA CECÍLIA ANDRAUS
Ciências Humanas
Graduada
ROSANA MARIA ALBERICI OLIVEIRA
Ciências Exatas e da Terra
Doutora
ROSELI M. DE CONTI LOURENÇO
Ciências da Saúde
Doutora
SALIM ANDRAUS JUNIOR
Ciências Humanas
Mestre
SANDRA DE SOUZA LIMA ROCHA
Ciências da Saúde
Doutora
SELMA BERGARA ALMEIDA
Ciências Agrárias
Mestre
SELMA CANDELARIA GENARI
Ciências da Saúde
Doutora
SÉRGIO AUGUSTO FOCHESATO
Ciências Sociais Aplicadas
Graduado
SILVIA HELENA DE O. PIAZENTINO
Ciências Humanas
Mestre
SILVIO DORIA DE A. RIBEIRO
Ciências Agrárias
Doutor
SILVIO FERREIRA JUNIOR
Ciências Sociais Aplicadas
Graduado
SORAYA EL KHATIB
Ciências da Saúde
Doutora
SYLVIA CAMILO RAMALHO
Ciências da Saúde
Mestre
SYMONE BENEDITA M.M. BAUMAN
Ciências da Saúde
Graduada
TAMARA A BARTHOLOMEI FERREIRA
Ciências Sociais Aplicadas
Especialista
TARCISO DEZENA DA SILVA
Ciências Sociais Aplicadas
Graduado
THUE CAMARGO F. DE ORNELLAS
Ciências da Saúde
Especialista
VALDETE MARIA RUIZ
Ciências Humanas
Mestre
VALTER G. DE LIMA JUNIOR
Ciências Sociais Aplicadas
Mestre
VANDERLEI BARBOSA
Ciências Humanas
Mestre
VASCO LUIZ ALTAFIN
Ciências Agrárias
Doutor
VERA MARIA DA ROSA BORGES
Ciências Sociais Aplicadas
Mestre
VINICIUS BONATO
Ciências Biológicas
Doutor
VIRGINIA MARIA DE O. BARTHOLOMEI
Ciências Sociais aplicadas
Graduada
113
WAGNER SATO USHIKOSHI
Ciências da Saúde
Mestre
WALDEMAR YAZBEK JUNIOR
Ciências Agrárias
Mestre
WALMOR DE ALMEIDA N. LARGURA
Ciências da Saúde
Mestre
YOSHIYUKI SAKAMOTO
Ciências Agrárias
Mestre
YULA DE LIMA MEROLA
Ciências da Saúde
Especialista
Anexo 7
Os dados referentes à produção científica da UNIPINHAL estão relatados no
Anexo 7, a partir de informações obtidas na “Coordenadoria de Pesquisa e
Extensão”.
Artigos publicados
Trabalhos em eventos
843
1.603
Produção não-publicada
388
Livros e afins
135
Textos em jornais, revistas e internet
73
Trabalho técnico
543
Produção didático-pedagógica
85
Produção técnica, artística e cultural
31
TOTAL DE TRABALHOS
3.701
Download

Relatório Final de Avaliação 2005 - CPA