ANO IV, Edição nº 10 - Publicação Trimestral: Janeiro / Fevereiro e Março de 2013 Preço de Apoio: 1€ Director da Revista: Joaquim M. C. Carlo s N. DL: 335394/11 Reportagem nas pág. 6 e 7 Editorial Ficha Técnica da TRIBUNA DA ADASCA TRIBUNA Nº. 10 No alvor do ano 2013 ANO IV * Edição Trimestral Janeiro / Fevereiro e Março Estatuto editorial da Tribuna da Adasca Joaquim Carlos Director da Tribuna da ADASCA DIRECTOR/ADMINISTRADOR: Joaquim M.C. Carlos C.P.TE-Nº. 525 CORPO REDACTORIAL: Direcção da ADASCA FOTOGRAFIA: Arquivo da ADASCA e Diversos Registo na ERC nº. 125948 N. DL: 335394/11 ISSN 2182-3049 PROPRIEDADE/EDIÇÃO: Associação de Dadores de Sangue do Concelho de Aveiro – ADASCA N.I.P.C.: 507 949 145 DESIGN & PAGINAÇÃO: Carlos Serrano IMPRESSÃO: Mercis, Publicidade e Marketing, Lda Rua Camilo Castelo Branco, 145, 3830-582 Gafanha da Nazaré. 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Ano Novo que desejamos seja plenamente Feliz e inteiramente Próspero para quantos doam sangue e lêem a Tribuna da ADASCA e por ela nutrem algo de simpatia. No alvor de mais um Novo Ano, no desbobinar do calendário da vida, estamos com todos eles, simpatizantes e amigos da causa Humana e Justa a que nos devotámos em prol duma sociedade melhor, mais sã de corpo e de alma, mais solidária. Com aqueles que nos têm acompanhado ao longo duma caminhada em que nos não faltaram ainda a Coragem e a Persistência para derrubar os obstáculos com que temos deparado. Com quantos acreditam – e somos mais de 2500 – no advento de uma nova época para a Medicina Transfusional consolidar a sua posição como meio de conseguir uma Saúde e Bem-Estar plenos da população carecida de componentes sanguíneos, cujas culpas não lhes pertencem, mas, sim aos ciclos da vida. Com essas pessoas que nos estimulam, no dia-a-dia, a continuar nesta luta com o seu apoio incondicional e o seu querer indefectível. Isso nos tem feito prosseguir de batalha em batalha, de vitória em vitória. Mas falta-nos ganhar a guerra com as armas da Razão e da Justiça que nos assistem, na reposição da isenção das taxas moderadoras aos dadores de sangue nos hospitais. Guerra que terá o seu armistício no dia em que a reposição das taxas moderadoras seja uma realidade nos hospitais neste País, condição única para que Portugal volte a ser auto-suficiente em reserva de sangue. Nesta terra que tanto ambiciona ver realizado o anseio de muitas centenas de cidadãos dadores de sangue, deixo uma garantia: não vamos cruzar os braços, estaremos sempre atentos ao evoluir dos acontecimentos. Que o ano de 2013 seja, realmente o ano da concretização plena desse anseio, bem vivo naqueles que um dia se viram reabilitados para a vida através da Medicina Transfusional. Bem presente nos que confiam hoje como ontem no já consagrado Estatuto do Dador de Sangue, apesar de ainda não ter sido regulamentado. Quanto ao Seguro do Dador, que já atingiu a maior idade há muito, aguardamos que se transforme numa realidade. Outros votos não podemos formular, porque o futuro não se avizinha nada fácil. Porque esses mais do que nenhuns são sentidos pelos que confiam no Governo da Nação e sabem do mérito de que a sua decisão se revestiria. Decisão em prol de Portugal e dos cidadãos solidários, que anseiam ver reconhecida a sua dignidade como dadores de sangue, que todos nós nos orgulhamos de ser portugueses e de viver sob a sua Bandeira, em Paz e Liberdade. D e acordo com a Lei de Imprensa em vigor a que esta publicação está sujeita, torna-se público o Estatuto Editorial pelo qual a TRIBUNA DA ADASCA se orienta em toda a sua actividade de comunicação e informação, para a promoção da dádiva de sangue. Assim: 1 – A TRIBUNA DA ADASCA, é uma publicação trimestral, imparcial em matéria política e religiosa, que visa informar com rigor e transparência, a sociedade no seu geral para a máxima importância da dádiva de sangue, não remunerada a favor da comunidade doente. 2 – A TRIBUNA DA ADASCA, assume o respeito integral pelos princípios Deontológicos e da Ética jornalística, como os demais direitos democráticos consagrados na Constituição da República Portuguesa, e os vigentes na Lei da Imprensa de modo a atingir os objectivos que se propõe na área da sensibilização comunitária para a dádiva de sangue. 3 – A TRIBUNA DA ADASCA, como órgão de comunicação social sem fins lucrativos, será distribuida gratuitamente aos sócios da ADASCA, dependendo do apoio financeiro de pessoas singulares e de empre- sas que a ela se queiram associar, através de inserção de publicidade nos termos a acordar. 4 – A TRIBUNA DA ADASCA, é um orgão de informação aberto à participação de todos os dadores de sangue, especialistas das diversas áreas da saúde, no sentido de promover um debate construtivo de ideias, e assuntos considerados pertinentes para a dádiva de sangue. 5 – A TRIBUNA DA ADASCA, é um sinal positivo dos tempos que correm, apesar da evolução das ciências médicas, em que a dádiva de sangue continua a ser imprescindivel para fins terapeuticos. 6 – A TRIBUNA DA ADASCA, através da publicação dos artigos de opinião, reportagens e entrevistas, entre outros, tem como objectivo incrementar uma cultura responsavel para a dádiva de sangue, sem distinção de nacionalidades ou credos. TRIBUNA DA ADASCA 3 Dê Sangue Seja herói por uma vida 1- Márcia, uma dadora regular do Pos- Provavelmente só os amigos e a família conhecem estes rostos, mas foi a desconhecidos que to Fixo da ADASCA salvaram vidas. 2- Artista Magui Mateus, embaixadora da ADASCA junto do seu esposo enquanto efectuava a sua dádiva. Por todo o lado, à sua volta prezado leitor, há pessoas extraordinárias: pessoas com um poder 3- Dadores aguardam pela sua vez para efectuar a inscrição junto do administrativo. estas imagens, também tem esse poder. Basta dar um pouco do melhor que há dentro de si, e 4- Diana Lemos sócia da ADASCA a doar sangue acompanhada pelo dador e amigo Paulo. si um herói. imenso, que sem esforço aparente, salvam vidas com um simples gesto. Mas você, que aprecia para além de estar a fazer frente à falta de sangue nos hospitais, estará a salvar vidas e a fazer de Não perca tempo, dê vida a esta causa, faça-nos uma visita. Sede e Posto Fixo da ADASCA estão localizados no Mercado Municipal de Santiago, 1º. Piso. NR TRIBUNA DA ADASCA 5 Centros de Saúde do Distrito de Aveiro cobram taxas moderadoras aos dadores de sangue A Associação de Dadores de Sangue do Concelho de Aveiro - ADASCA, recebe com frequência queixas de dadores de sangue e ex-dadores porque no acto de atendimento nos serviços de consultas nos Centros de Saúde e extensões (agora com a designação de cuidados primários) são obrigados a pagar os valores correspondentes às Taxas Moderadoras, quando a Lei lhes confere a respectiva isenção, conforme a circular emitida pela ACSS. A Lei é clara sobre este assunto, pelo que não compreendemos o porquê destes procedimentos administrativos, fazendo com que muitos dadores deixem de comparecer nos locais de colheitas para efectuar a sua dádiva, alegando que se sentem defraudados. Alguns acusam mesmo a ADASCA de nada fazer para que a legalidade seja reposta, quando os factos provam o contrário, o que nos deixa seriamente incomodados. Estamos perante uma missão / trabalho de costas voltas, ou seja: as associações de dadores tudo fazem para que os 6 TRIBUNA DA ADASCA dadores sejam regulares com as suas dádivas, em contrapartida os Centros de Saúde vrs. Cuidados Primários e extensões desrespeitam descaradamente este elementar princípio. Nem sequer estamos perante um de zelo administrativo, mas, sim, de um surripiar dinheiro aos dadores, naquela máxima no custe o que custar. Se estes funcionários não respeitam os direitos dos dadores de sangue, como podem exigir que os seus próprios sejam respeitados? A sua exigência cai assim por terra. Sejamos sérios minhas senhoras e meus , chega de malabarismos. Não pode haver uma dualidade de leituras sobre esta matéria. A supracitada associação tomou a iniciativa de reenviar a todas as Unidades de Saúde (Cuidados Primários) do Distrito de Aveiro três documentos emitidos pelas entidades competentes a saber: Instituto português do Sangue e da Transplantação (ISPT), A razão é clara e consistente: a retirada das isenções e o seu chumbo na Assembleia da República conforme a Petição nº 89/XII/1ª referente á reposição das Taxas Moderadoras dos Dadores nos hospitais, que foi chumbada no dia 16 de Janeiro pelo PSD e CDS é tida como a principal causa, a segunda, a notória falta de respeito nos Centros de Saúde. Com base nas queixas que os dadores nos têm transmitido, pelas entidades competentes, neste caso em concreto do IPST, entidade que mais colheitas de sangue efectua no terreno na zona centro do País. Existe a possibilidade de conceder uma tolerância aos dadores até que possam regularizar a situação junto das Brigadas que são realizadas nas zonas da sua residência, ou no Posto Fixo da ADASCA, na condição de fazer posteriormente prova da mesma através da declaração que é Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), e por fim do próprio Gabinete do ministro da saúde, que continham informação clara sobre este assunto. Se não caíram em saco roto, foram parar aos caixotes do lixo. A quebra de dádivas no Posto Fixo da ADASCA durante o mês de Janeiro foi impressionante, deixando-nos profundamente preocupados. Não se podem inventar desculpas, devemos ser sérios e coerentes com as razões que motivam os dadores a deixar de comparecer nos locais de colheitas. algumas delas inacreditáveis, não podemos ficar de braços cruzados face à injustiça que está a ser praticada contra quem é solidário, sob pena de dentro pouco tempo surgirem de novo apelos do ministério da saúde e pelo IPST, quando são os principais culpados pela situação provocada, e claro os Centros de Saúde também. Por este meio pedi mos e agradecemos a todos os serviços dos Cuidados Primários, a melhor compreensão possível quando atenderem os dadores de sangue, e verificarem a validade das Declarações emitidas emitida. No Posto Fixo da ADAS CA são realizadas 4/5 brigadas por mês, pelo que não é assim tão difícil os dadores regularizarem a sua situação. Uma boa compreensão para com este assunto, creio que ainda não paga qualquer imposto, aliás, a Lei confere essa possibilidade. O Posto Fixo da ADASCA recebe dadores além de Aveiro, Ílhavo, Vagos, Mira, Oiã, Águeda, Estarreja, Albergaria-a-Velha, Furadouro, Esmoriz, Espinho, Sever de Vouga, Talhadas do Vouga, Fermentelos, Branca, Ana- dia, Oliveira do Bairro, Oliveira de Azeméis, entre outras localidades, representando nesta data cerca de 3200 dadores associados de pleno direito. Como foi afirmado acima, não podemos ficar indiferentes face à injustiça que está a ser praticada contra os dadores de sangue no Distrito de Aveiro, pelo que a ADASCA vai apresentar queixa contra estes serviços junto do senhor Provedor de Justiça, além de outras entidades. Ninguém pode invocar a ignorância da Lei, nós cumprimos com o nosso dever. Na ideia dos directores destes serviços deve existir a seguinte expressão: Às malvas com a lei, aqui quem manda somos nós, nós é que sabemos. A propósito: estão satisfeitos com os cortes nos vossos salários? Se querem ver os vossos direitos respeitados, comecem por respeitar os dos outros. Os dadores de sangue deviam ser ressarcidos dos valores que foram forçados a pagar nos Centros de Saúde. Claro que esse dinheiro entrou na caixa registadora, adeus. QUE INJUSTIÇA. (*) Por ser português, o autor do artigo não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico. TRIBUNA DA ADASCA 7 Tu podes fazer a diferença Sim, tu podes fazer a diferença. A tua dádiva pode significar salvar a vida de uma pessoa. Não é possível fabricar sangue artificialmente, só o ser humano o pode doar, o que quer dizer que para os Serviços de Sangue terem sangue disponível dependem do gesto valiosíssimo de quem dá. Se tens 18 anos ou mais, se és saudável, se pesas pelo menos 50 kgs, faz uma visita ao Posto Fixo da ADASCA, e vem observar como decorre a dádiva de sangue. Dar sangue não emagrece, não engorda nem cria habituação. Fonte: IPS Todos os dias é necessário sangue, para os doentes com anemia, cirurgias, pessoas acidentadas, pessoas que fizeram transplantes, doentes oncológicos em quimioterapia, entre muitos outros que fazem tratamentos diários com componentes sanguíneos. Mais informações através do site: www.adasca.pt, [email protected] ou pelo Tm: 964 470 432.