ANO IV, Edição nº 10 - Publicação Trimestral: Janeiro / Fevereiro e Março de 2013 Preço de Apoio: 1€
Director da Revista: Joaquim M. C. Carlo s
N. DL: 335394/11
Reportagem nas pág. 6 e 7
Editorial
Ficha Técnica da TRIBUNA DA ADASCA
TRIBUNA Nº. 10
No alvor do ano 2013
ANO IV * Edição Trimestral
Janeiro / Fevereiro e Março
Estatuto editorial da Tribuna da Adasca
Joaquim Carlos
Director da Tribuna da ADASCA
DIRECTOR/ADMINISTRADOR:
Joaquim M.C. Carlos
C.P.TE-Nº. 525
CORPO REDACTORIAL:
Direcção da ADASCA
FOTOGRAFIA:
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N. DL: 335394/11
ISSN 2182-3049
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Concelho de Aveiro – ADASCA
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TIRAGEM: 1.000 Exemplares / Trimestral
Distribuição Gratuita aos sócios da ADASCA
PREÇO DE APOIO: 1€
POLÍTICA EDITORIAL: Os artigos são da inteira responsabilidade dos respectivos autores, cabendo ao
Director a decisão final da publicação dos mesmos em
conformidade com a Lei da Imprensa em vigor, e de
acordo com o Estatuto Editorial que rege este órgão
de informação para a promoção da dádiva de sangue.
Autoriza-se a transcrição de artigos desde que seja
mencionada a sua fonte de origem, ou solicitada por
escrito, caso contrário incorre-se na prática de plágio
que é punível criminalmente.
2 TRIBUNA DA ADASCA
M
ais um ano que começa. Novas esperanças despertam
em nós e uma maior confiança nos faz crer numa acção fecunda
e positiva de quem dirige a vida do
País.
Ano Novo que desejamos seja plenamente Feliz e inteiramente Próspero
para quantos doam sangue e lêem a
Tribuna da ADASCA e por ela nutrem
algo de simpatia.
No alvor de mais um Novo
Ano, no desbobinar do calendário da
vida, estamos com todos eles, simpatizantes e amigos da causa Humana
e Justa a que nos devotámos em prol
duma sociedade melhor, mais sã de
corpo e de alma, mais solidária.
Com aqueles que nos têm
acompanhado ao longo duma
caminhada em que nos não faltaram
ainda a Coragem e a Persistência
para derrubar os obstáculos com que
temos deparado.
Com quantos acreditam – e
somos mais de 2500 – no advento
de uma nova época para a Medicina
Transfusional consolidar a sua posição
como meio de conseguir uma Saúde e
Bem-Estar plenos da população carecida de componentes sanguíneos, cujas culpas não lhes pertencem, mas,
sim aos ciclos da vida.
Com essas pessoas que nos
estimulam, no dia-a-dia, a continuar
nesta luta com o seu apoio incondicional e o seu querer indefectível. Isso
nos tem feito prosseguir de batalha
em batalha, de vitória em vitória. Mas
falta-nos ganhar a guerra com as armas da Razão e da Justiça que nos
assistem, na reposição da isenção das
taxas moderadoras aos dadores de
sangue nos hospitais.
Guerra que terá o seu armistício no dia em que a reposição
das taxas moderadoras seja uma
realidade nos hospitais neste País,
condição única para que Portugal
volte a ser auto-suficiente em reserva
de sangue.
Nesta terra que tanto ambiciona ver realizado o anseio de
muitas centenas de cidadãos dadores
de sangue, deixo uma garantia: não
vamos cruzar os braços, estaremos
sempre atentos ao evoluir dos acontecimentos.
Que o ano de 2013 seja,
realmente o ano da concretização
plena desse anseio, bem vivo naqueles que um dia se viram reabilitados para a vida através da Medicina
Transfusional. Bem presente nos
que confiam hoje como ontem no
já consagrado Estatuto do Dador de
Sangue, apesar de ainda não ter sido
regulamentado. Quanto ao Seguro do
Dador, que já atingiu a maior idade
há muito, aguardamos que se transforme numa realidade.
Outros votos não podemos formular, porque o futuro não se
avizinha nada fácil. Porque esses mais
do que nenhuns são sentidos pelos
que confiam no Governo da Nação
e sabem do mérito de que a sua decisão se revestiria.
Decisão em prol de Portugal e
dos cidadãos solidários, que anseiam
ver reconhecida a sua dignidade como
dadores de sangue, que todos nós
nos orgulhamos de ser portugueses e
de viver sob a sua Bandeira, em Paz e
Liberdade.
D
e acordo com a Lei de
Imprensa em vigor a que
esta publicação está sujeita, torna-se público o Estatuto Editorial
pelo qual a TRIBUNA DA ADASCA
se orienta em toda a sua actividade de comunicação e informação, para a promoção da dádiva de sangue. Assim:
1 – A TRIBUNA DA ADASCA, é uma
publicação trimestral, imparcial
em matéria política e religiosa,
que visa informar com rigor e
transparência, a sociedade no seu
geral para a máxima importância
da dádiva de sangue, não remunerada a favor da comunidade
doente.
2 – A TRIBUNA DA ADASCA,
assume o respeito integral pelos princípios Deontológicos e da
Ética jornalística, como os demais
direitos democráticos consagrados na Constituição da República
Portuguesa, e os vigentes na Lei
da Imprensa de modo a atingir os
objectivos que se propõe na área
da sensibilização comunitária para
a dádiva de sangue.
3 – A TRIBUNA DA ADASCA, como
órgão de comunicação social sem
fins lucrativos, será distribuida gratuitamente aos sócios da ADASCA,
dependendo do apoio financeiro
de pessoas singulares e de empre-
sas que a ela se queiram associar,
através de inserção de publicidade
nos termos a acordar.
4 – A TRIBUNA DA ADASCA, é um
orgão de informação aberto à participação de todos os dadores de
sangue, especialistas das diversas áreas da saúde, no sentido de
promover um debate construtivo
de ideias, e assuntos considerados pertinentes para a dádiva de
sangue.
5 – A TRIBUNA DA ADASCA, é um
sinal positivo dos tempos que
correm, apesar da evolução das
ciências médicas, em que a dádiva de sangue continua a ser
imprescindivel para fins terapeuticos.
6 – A TRIBUNA DA ADASCA,
através da publicação dos artigos de opinião, reportagens e
entrevistas, entre outros, tem
como objectivo incrementar uma
cultura responsavel para a dádiva de sangue, sem distinção de
nacionalidades ou credos.
TRIBUNA DA ADASCA 3
Dê Sangue
Seja herói por uma vida
1- Márcia, uma dadora regular do Pos-
Provavelmente só os amigos e a família conhecem estes rostos, mas foi a desconhecidos que
to Fixo da ADASCA
salvaram vidas.
2- Artista Magui Mateus, embaixadora da ADASCA junto do seu esposo
enquanto efectuava a sua dádiva.
Por todo o lado, à sua volta prezado leitor, há pessoas extraordinárias: pessoas com um poder
3- Dadores aguardam pela sua
vez para efectuar a inscrição junto
do administrativo.
estas imagens, também tem esse poder. Basta dar um pouco do melhor que há dentro de si, e
4- Diana Lemos sócia da ADASCA a
doar sangue acompanhada pelo dador e amigo Paulo.
si um herói.
imenso, que sem esforço aparente, salvam vidas com um simples gesto. Mas você, que aprecia
para além de estar a fazer frente à falta de sangue nos hospitais, estará a salvar vidas e a fazer de
Não perca tempo, dê vida a esta causa, faça-nos uma visita. Sede e Posto Fixo da ADASCA estão
localizados no Mercado Municipal de Santiago, 1º. Piso.
NR
TRIBUNA DA ADASCA 5
Centros de Saúde do Distrito de Aveiro cobram taxas moderadoras aos dadores de sangue
A
Associação de Dadores de
Sangue do Concelho de
Aveiro - ADASCA, recebe
com frequência queixas de dadores de sangue e ex-dadores
porque no acto de atendimento
nos serviços de consultas nos
Centros de Saúde e extensões
(agora com a designação de cuidados primários) são obrigados a
pagar os valores correspondentes
às Taxas Moderadoras, quando
a Lei lhes confere a respectiva
isenção, conforme a circular emitida pela ACSS.
A Lei é clara sobre este
assunto, pelo que não compreendemos o porquê destes
procedimentos administrativos,
fazendo com que muitos dadores
deixem de comparecer nos locais
de colheitas para efectuar a sua
dádiva, alegando que se sentem
defraudados. Alguns acusam mesmo a ADASCA de nada fazer para
que a legalidade seja reposta,
quando os factos provam o contrário, o que nos deixa seriamente
incomodados.
Estamos perante uma
missão / trabalho de costas voltas, ou seja: as associações de
dadores tudo fazem para que os
6 TRIBUNA DA ADASCA
dadores sejam regulares com
as suas dádivas, em contrapartida os Centros de Saúde vrs.
Cuidados Primários e extensões
desrespeitam
descaradamente
este elementar princípio. Nem sequer estamos perante um de
zelo administrativo, mas, sim,
de um surripiar dinheiro aos dadores, naquela máxima no custe
o que custar. Se estes funcionários
não respeitam os direitos dos dadores de sangue, como podem
exigir que os seus próprios sejam
respeitados? A sua exigência cai
assim por terra. Sejamos sérios
minhas senhoras e meus , chega
de malabarismos. Não pode haver uma dualidade de leituras
sobre esta matéria.
A supracitada associação
tomou a iniciativa de reenviar a
todas as Unidades de Saúde (Cuidados Primários) do Distrito de
Aveiro três documentos emitidos pelas entidades competentes
a saber: Instituto português do
Sangue e da Transplantação (ISPT),
A razão é clara e
consistente: a retirada das isenções e o seu chumbo na Assembleia da República conforme a
Petição nº 89/XII/1ª referente
á reposição das Taxas Moderadoras dos Dadores nos hospitais, que foi chumbada no dia
16 de Janeiro pelo PSD e CDS é
tida como a principal causa, a
segunda, a notória falta de respeito nos Centros de Saúde.
Com base nas queixas que
os dadores nos têm transmitido,
pelas entidades competentes,
neste caso em concreto do IPST,
entidade que mais colheitas de
sangue efectua no terreno na
zona centro do País.
Existe a possibilidade de
conceder uma tolerância aos dadores até que possam regularizar
a situação junto das Brigadas que
são realizadas nas zonas da sua
residência, ou no Posto Fixo da
ADASCA, na condição de fazer
posteriormente prova da mesma através da declaração que é
Administração Central do Sistema
de Saúde (ACSS), e por fim do
próprio Gabinete do ministro da
saúde, que continham informação
clara sobre este assunto. Se não
caíram em saco roto, foram parar
aos caixotes do lixo.
A quebra de dádivas no
Posto Fixo da ADASCA durante
o mês de Janeiro foi impressionante, deixando-nos profundamente preocupados. Não se podem inventar desculpas, devemos
ser sérios e coerentes com as
razões que motivam os dadores
a deixar de comparecer nos locais
de colheitas.
algumas delas inacreditáveis, não
podemos ficar de braços cruzados face à injustiça que está a ser
praticada contra quem é solidário,
sob pena de dentro pouco tempo surgirem de novo apelos do
ministério da saúde e pelo IPST,
quando são os principais culpados
pela situação provocada, e claro
os Centros de Saúde também.
Por este meio pedi
mos e agradecemos a todos os
serviços dos Cuidados Primários,
a melhor compreensão possível
quando atenderem os dadores
de sangue, e verificarem a validade das Declarações emitidas
emitida.
No Posto Fixo da ADAS
CA são realizadas 4/5 brigadas
por mês, pelo que não é assim
tão difícil os dadores regularizarem a sua situação. Uma boa
compreensão para com este
assunto, creio que ainda não
paga qualquer imposto, aliás, a
Lei confere essa possibilidade.
O Posto Fixo da ADASCA
recebe dadores além de Aveiro,
Ílhavo, Vagos, Mira, Oiã, Águeda, Estarreja, Albergaria-a-Velha,
Furadouro,
Esmoriz,
Espinho,
Sever de Vouga, Talhadas do
Vouga, Fermentelos, Branca, Ana-
dia, Oliveira do Bairro, Oliveira de
Azeméis, entre outras localidades,
representando nesta data cerca
de 3200 dadores associados de
pleno direito.
Como foi afirmado acima,
não podemos ficar indiferentes
face à injustiça que está a ser
praticada contra os dadores de
sangue no Distrito de Aveiro, pelo
que a ADASCA vai apresentar
queixa contra estes serviços junto do senhor Provedor de Justiça,
além de outras entidades.
Ninguém pode invocar a
ignorância da Lei, nós cumprimos
com o nosso dever. Na ideia dos
directores destes serviços deve
existir a seguinte expressão: Às
malvas com a lei, aqui quem
manda somos nós, nós é que
sabemos. A propósito: estão
satisfeitos com os cortes nos
vossos salários? Se querem ver
os vossos direitos respeitados,
comecem por respeitar os dos
outros.
Os dadores de sangue
deviam ser ressarcidos dos valores que foram forçados a pagar nos Centros de Saúde. Claro
que esse dinheiro entrou na caixa
registadora, adeus. QUE INJUSTIÇA.
(*) Por ser português, o autor do artigo
não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico.
TRIBUNA DA ADASCA 7
Tu podes fazer a diferença
Sim, tu podes fazer a diferença.
A tua dádiva pode significar salvar a vida de uma pessoa.
Não é possível fabricar sangue artificialmente, só o ser humano
o pode doar, o que quer dizer que para os Serviços de Sangue
terem sangue disponível dependem do gesto valiosíssimo de
quem dá.
Se tens 18 anos ou mais, se és saudável, se pesas pelo menos
50 kgs, faz uma visita ao Posto Fixo da ADASCA, e vem observar
como decorre a dádiva de sangue. Dar sangue não emagrece,
não engorda nem cria habituação.
Fonte: IPS
Todos os dias é necessário sangue, para os doentes com anemia,
cirurgias, pessoas acidentadas, pessoas que fizeram transplantes,
doentes oncológicos em quimioterapia, entre muitos outros que
fazem tratamentos diários com componentes sanguíneos.
Mais informações através do site: www.adasca.pt, [email protected] ou pelo Tm: 964 470 432.
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