Seja Bem Vindo! Curso A Importância da Matemática na Educação Infantil www.CursosOnlineSP.com.br Carga horária: 20hs Conteúdo Programático: 1- INTRODUÇÃO 2- HISTÓRIA DA MATEMÁTICA 3- MATEMÁTICA E A CRIANÇA 4- MATEMÁTICA E A CRIANÇA II 5- EDUCAÇÃO MATEMÁTICA 6- CORRENTES DA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA 7- SISTEMA DE NUMERAÇÃO PARA CRIANÇA 8- ESTRUTURAS BÁSICAS A SE TRABALHAR 9- REGRA DE TROCAS 10- ETNOMATEMÁTICA 11- NÚMERO 12- TEORIA DOS NÚMEROS 13- FUNDAÇÕES E MÉTODOS DA MATEMÁTICA 14- FUNDAÇÕES DA MATEMÁTICA 15- O ENSINO DA MATEMÁTICA 16- O PAPEL DO PROFESSOR DE MATEMÁTICA 17- O ALUNO E O ENSINO DA MATEMÁTICA 18- AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM MATEMÁTICA 19- CAPACIDADE DE PENSAR 20- OS MODELOS PRONTOS NO ENSINO DA MATEMÁTICA 1- INTRODUÇÃO Há muito tempo busca-se um consenso quanto à definição do que é a Matemática. No entanto, nas últimas décadas do século XX tomou forma uma definição que tem ampla aceitação entre os matemáticos: matemática é a ciência das regularidades (padrões). Segundo essa definição, o trabalho do matemático consiste em examinar padrões abstratos, tanto reais como imaginários, visuais ou mentais. Ou seja, os matemáticos procuram regularidades nos números, no espaço, na ciência e na imaginação e as teorias matemáticas tentam explicar as relações entre elas. Outra definição seria que é a investigação de estruturas abstratas definidas axiomaticamente, usando a lógica formal como estrutura comum. As estruturas específicas geralmente têm sua origem nas ciências naturais, mais comumente na Física, mas os matemáticos também definem e investigam estruturas por razões puramente internas à matemática (matemática pura), por exemplo, ao perceberem que as estruturas fornecem uma generalização unificante de vários subcampos ou uma ferramenta útil em cálculos comuns. 2- HISTÓRIA DA MATEMÁTICA O primeiro objeto conhecido que atesta a habilidade de cálculo é o osso de Ishango (uma fíbula de babuíno com riscos que indicam uma contagem), e data de 20.000 anos atrás. O desenvolvimento da matemática permeou as primeiras civilizações, e tornou possível o desenvolvimento de aplicações concretas: o comércio, o manejo de plantações, a medição de terra, a previsão de eventos astronômicos, e por vezes, a realização de rituais religiosos. O estudo de estruturas matemáticas começa com a aritmética dos números naturais e segue com a extração de raízes quadradas e cúbicas, a resolução de algumas equações polinomiais de grau 2, a trigonometria e o cálculo das frações, entre outros tópicos. Tais desenvolvimentos são creditados às civilizações acadiana, babilônica, egípcia, chinesa, ou ainda, àquelas do vale dos hindus. Na civilização grega, a matemática, influenciada pelos trabalhos anteriores, e pelas especulações filosóficas, tornou-se mais abstratas. Dois ramos se distinguiram, a aritmética e a geometria. Além disto, formalizaram-se as noções de demonstração e a definição axiomática dos objetos de estudo. 3- MATEMÁTICA E A CRIANÇA O conhecimento matemático inclui-se no conceito de alfabetização em seu sentido mais amplo e como tal não pode ser tratado isoladamente, especialmente no caso da pré-escola. Acredita-se que a criança constrói suas bases matemáticas pela necessidade de resolução de problemas de seu tempo, impostos pela complexidade de situações da sociedade e, como o homem dito “primitivo”, parte de um sentido de número para uma construção abstrata deste, sendo uma construção onde o fator tempo ocupa lugar relevante. Para que o ser humano se relacione bem com a Matemática é necessário que faça todas as relações possíveis entre os objetos: é igual, é diferente, é maior, é menor etc. Do ponto de vista pedagógico, acredita-se ser importante que o professor leve a criança a construir todas as relações possíveis entre os objetos, nas construções do seu próprio brincar: agrupar objetos por suas semelhanças; fazer classificações simples e em série; comparar tamanhos: maior, menor, igual etc. A mesma lógica que faz perceber a Matemática desligada da vida leva o professor de Pré-escola a não querer enxergar sua prática além de seu cotidiano. Essa lógica o faz buscar insistentemente receitas para seu trabalho e o afasta da fundamentação, faz com que ele mesmo queira manter-se limitado, pois é levado a crer que para trabalhar com crianças basta que se goste delas. 4- MATEMÁTICA E A CRIANÇA II A correspondência um a um é a primeira relação matemática que a mente humana faz. É comum ouvir os professores dizerem que as crianças, ao darem folhas de sulfite aos colegas, confundem as palavras e trocam faltou por sobrou, dizendo faltou com folhas ainda nas mãos. A professora está bem-intencionada, e, querendo que a criança perceba a diferença entre os conjuntos, o que "tem mais" e o que "tem menos", acredita que as crianças estejam confundindo as palavras. Na realidade a criança está trabalhando com dois conjuntos - um de crianças e outro de folhas - e entre esses dois conjuntos é preciso que seja feita a correspondência biunívoca. Cremos que antes de enfocar o sentido da palavra é preciso observar os dois conjuntos com os quais a criança trabalha e saber a qual deles está se referindo - se ao conjunto de crianças "faltou", isto é, faltaram crianças para serem dadas folhas, ou se ao conjunto de folhas "sobrou", isto é, há mais folhas do que crianças. 5- EDUCAÇÃO MATEMÁTICA A Educação Matemática também chamada de Didática Matemática (em países europeus) é o estudo das relações de ensino e aprendizagem de Matemática. Está na fronteira entre a Matemática, a Pedagogia e a Psicologia. Desde o início do século XX professores de matemática se reúnem para pensar o ensino dessa matéria nas escolas. A partir da década de 50, a UNESCO organiza congressos sobre educação matemática. E a partir da década de 70 surge inicialmente na França, a didática da matemática enquanto campo para a sistematização dos estudos acerca do ensino da matemática. Os teóricos envolvidos defendiam que cada área de ensino deveria pensar em sua própria didática, reconhecendo que não poderia haver um campo de estudo único que atendesse às especificidades de ensino de cada campo do conhecimento. A organização de campos de pesquisa na área dentro das universidades incentivou a criação de organizações de professores de matemática, que atualmente tem grande influência sobre a elaboração das diretrizes curriculares na área em diversos países. A psicologia científico processos aparece que dá como o campo instrumentos para educativos. Nesse do conhecimento compreender os sentido, as principais correntes da didática da matemática sempre estiveram diretamente ligadas às diferentes tendências da psicologia. 6- CORRENTES DA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA Esta corrente associou o comportamento humano ao dos outros animais. Possui uma abordagem cartesiana, busca encontrar os elementos básicos do pensamento humano e seu comportamento. Thorndike, primeiro comportamentalista a pensar o ensino da matemática, entende a aprendizagem como uma série de conexões entre situações ou estímulo e reposta. E baseia-se em três leis fundamentais para a aprendizagem: Lei do efeito: uma conexão recém estabelecida tem sua força aumentada se acompanhada por uma sensação de satisfação; Lei do exercício: quanto mais utilizada uma conexão, mais forte ela se torna; Lei da prontidão: parte da ideia de que as conexões podem ou não estar prontas para serem postas em prática, se uma conexão está pronta, seu uso gera satisfação, se não está seu uso gera desconforto. 7- SISTEMA DE NUMERAÇÃO PARA CRIANÇA Após a correspondência um a um e com a descoberta de instrumentos pontiagudos o homem passou a grafar na própria argila os desenhos dos objetos, imitando a sua respectiva forma natural. Inicialmente, repetindo o próprio objeto quantas vezes fosse necessário, e depois já trabalhando com a representação. Pela própria natureza do número e trabalhando com relações, o homem conseguiu contar abstratamente, constituir os grupos e formar sistemas de numeração, ficando assim maleável a todo tipo de progresso no cálculo. O sistema de numeração que passou pela História e chegou até nós, principalmente para registros, foi o de base dez. Apesar de trabalhar com os números na base dez, não é imediata e evidente para a criança a presença das estruturas multiplicativas e aditivas que compõem um sistema de numeração. 8- ESTRUTURAS BÁSICAS A SE TRABALHAR A estrutura multiplicativa forma as potências crescentes 4, 4, 4, 4 etc. E para saber a quantidade total usa-se a estrutura aditiva do sistema - cada grupo é somado com o da potência vizinha, por exemplo: 1.16+3.4+3=16+12+3=31. Criar estas estruturas básicas de grupos na mente da criança passa a ser um dos trabalhos didáticos necessários para a fundamentação do conhecimento matemático; pode-se, então, levá-la, a partir da Pré-escola, a fazer o trabalho com agrupamentos em diferentes bases de contagem. A estrutura mental da formação de grupos tem como um de seus primeiros movimentos a regra de trocas: muitos elementos que passam a ser um grupo. Subsequente ao movimento da regra de trocas virá também a construção mental do valor de posição. 9- REGRA DE TROCAS Para trabalhar a "regra de trocas" com a criança, podem ser usados diversos tipos de jogos estabelecendo-se a base de troca que pode ser cinco, três, seis, quatro, sete ou qualquer outra base que se queira jogar. Postula-se a contagem em diferentes bases desde à Pré-escola para que se forme na mente da criança a estrutura do sistema de numeração - o que é comum a agrupamentos com qualquer quantidade. Nas séries iniciais do 1 °- Grau (até a 4a. série), a criança vai trabalhar mais especificamente com o sistema de base dez, o que se nos afigura com uma particularidade da estrutura do sistema de agrupamentos com quantidades numéricas. A partir da 5°- série do 1°Grau a criança passa a trabalhar com potenciação: 5², 4³, 2² etc. O que é isto senão a estrutura do sistema de numeração retomada em que brincadeiras todas se com as bases? propõem, É pensando desde agrupamentos nesta a Pré-escola, em diferentes quantidades. Além da progressão geométrica, que é a progressão do sistema de numeração, pode-se trabalhar, também desde a Pré-escola, a progressão aritmética, que é a progressão do número. Foi fazendo a relação sistemática de correspondência entre a progressão aritmética e a progressão geométrica que, em 1588, John Napier descobriu o logaritmo. O professor de Pré-escola que tem uma fundamentação básica da construção matemática pode trabalhar com a criança no sentido da qualidade de sua formação matemática, uma vez que o raciocínio matemático é recorrente e precisa sempre dos raciocínios anteriores. 10- ETNOMATEMÁTICA A etnomatemática surgiu na década de 70, com base em críticas sociais acerca do ensino tradicional da matemática, como a análise das práticas matemáticas em seus diferentes contextos culturais. Mais adiante, o conceito passou a designar as diferenças culturais nas diferentes formas de conhecimento. Pode ser entendida como um programa interdisciplinar que engloba as ciências da cognição, da epistemologia, da história, da sociologia e da difusão. Tomando o campo da matemática como exemplo, numa perspectiva etnomatemática, o ensino desta ganha contornos e estratégias específicas, peculiares ao campo perceptual dos sujeitos aos quais se dirige. A matemática vivenciada pelos meninos em situação de rua, a matemática desenvolvida em classes do ensino supletivo, a geometria na cultura indígena, são completamente distintas entre si em função do contexto cultural e social na qual estão inseridas. 11- NÚMERO Número é um objeto da Matemática usado para descrever quantidade, ordem ou medida. O conceito de número provavelmente foi um dos primeiros conceitos matemáticos assimilados pela humanidade no processo de contagem. Para isto, os números naturais eram um bom começo. O trabalho dos matemáticos nos levou a descobrir outros tipos de números. Os números inteiros são uma extensão dos números naturais que incluem os números inteiros negativos. Os números racionais, por sua vez, incluem frações de inteiros. Os números reais são todos os números racionais mais os números irracionais. O conceito de número na sua forma mais simples é claramente abstrato e intuitivo; entretanto, foi objeto de estudo de diversos pensadores. Pitágoras, por exemplo, considerava o número a essência e o princípio de todas as coisas; para Schopenhauer o conceito numérico apresenta-se "como a ciência do tempo puro". 12- TEORIA DOS NÚMEROS A teoria dos números é o ramo da matemática pura que estuda propriedades dos números em geral, e em particular dos números inteiros, bem como a larga classe de problemas que surge no seu estudo. A teoria dos números pode ser subdividida em muitas áreas, de acordo com o método utilizado e do tipo de questão investigada. Tradicionalmente, a teoria dos números é o ramo da matemática pura que se preocupa com as propriedades dos números inteiros e que envolve muitos problemas que são facilmente compreendidos mesmo por não- matemáticos. A disciplina veio a ocupar-se com uma classe mais vasta de problemas que surgiram naturalmente do estudo dos números inteiros. A teoria dos números pode ser subdividida em vários campos, de acordo com os métodos que são usados e das questões que são investigadas. O termo “aritmética” é também utilizado para se referir à teoria dos números. Esse é um termo antigo, que não é mais tão popular como já foi. A teoria dos números foi também chamada de aritmética superior, mas esse termo também caiu em desuso. Entretanto, esse termo ainda aparece nos nomes de objetos matemáticos relacionados (funções aritméticas, aritmética de curvas elípticas, teorema fundamental da aritmética). Esse sentido do termo aritmética não deve ser confundido ou com aritmética elementar, ou com o ramo da lógica que estuda aritmética de Peano como um sistema formal. Os matemáticos que trabalham na área de teoria dos números são chamados teoristas dos números. 13- FUNDAÇÕES E MÉTODOS DA MATEMÁTICA Para clarificar as fundações da matemática, campos como a matemática lógica e a teoria dos conjuntos foram desenvolvidos, assim como a teoria das categorias que ainda está em desenvolvimento. Matemática discreta é o nome comum para o campo da matemática mais geralmente usado na teoria da computação. Isso inclui a computabilidade, complexidade computacional e teoria da informação. Computabilidade examina as limitações dos vários modelos teóricos do computador, incluindo o mais poderoso modelo conhecido - a máquina de Turing. Matemática aplicada considera o uso de ferramentas abstratas de matemática para solver problemas concretos na ciência, negócios e outras áreas. Um importante campo na matemática aplicada é a estatística, que usa a teoria da probabilidade como uma ferramenta e permite a descrição, análise e predição de fenômenos onde as chances têm um papel fundamental. Muitos estudos de experimentação, acompanhamento e observação requerem um uso de estatísticas. 14- FUNDAÇÕES DA MATEMÁTICA Ramo de estudo intimamente ligado com educação matemática que tenta descobrir quais são os axiomas e as definições mais elementares da matemática, e que regras de inferência são aceitáveis ao se trabalhar com tais axiomas. Suas principais vertentes são: Intuicionismo: Na filosofia da matemática, intuicionismo, ou neo- intuicionismo (em oposição ao pré-intuicionismo) é uma abordagem à matemática de acordo com a atividade mental construtiva dos humanos. Qualquer objeto matemático é considerado um produto da construção de uma mente e, portanto, a existência de um objeto é equivalente à possibilidade de sua construção. O intuicionismo também rejeita a abstração de infinito real; isto é, ele não considera como objetos dados entidades infinitas como o conjunto de todos os números naturais ou uma sequência arbitrária de números racionais. Isto requer a reconstrução das fundações da teoria dos conjuntos e do cálculo, chamadas de teoria dos conjuntos construtivista e análise construtivista, respectivamente. Formalismo: O termo formalismo descreve uma ênfase da forma sobre o conteúdo ou significado nas artes, literatura, religião, direito, filosofia, matemática entre outras áreas. Um praticante do formalismo é denominado formalista. Logicismo: Logicismo é a tese de que a matemática -- ou uma parte dela -- reduz-se à lógica -- ou a uma parte da lógica. Gottlob Frege foi um dos primeiros lógicos a defendê-la. 15- O ENSINO DA MATEMÁTICA No âmbito escolar, a educação da matemática é vista como uma linguagem capaz de traduzir a realidade e estabelecer suas diferenças. Na escola a criança deve envolver-se com atividades matemáticas que a educam nas quais ao manipulá-las ele construa a aprendizagem de forma significativa, pois o conhecimento matemático se manifesta como uma estratégia para a realização das intermediações criadas pelo homem, entre sociedade e natureza. Mas, a construção desse conhecimento pelos alunos ainda está muito longe porque a prática desenvolvida por muitos professores ainda é tradicional, a prática deles não leva seus alunos a construírem uma aprendizagem voltada para a realidade na qual seus alunos participam. O ensino da Matemática, em muitas escolas e por muitos professores, ainda está direcionado para atuar como um instrumento disciplinador e excludente. 16- O PAPEL DO PROFESSOR DE MATEMÁTICA Críticas, que de todos os lados se levantam contra os vários aspectos e resultados do ensino da Matemática, vêm, em todo o mundo, ocasionando debates que levam os profissionais da área a repensar o seu papel e a procurar novas estratégias didáticas. Eles buscam atividades matemáticas que sejam realmente educativas e não meramente um treino em uma linguagem sem sentido para o aluno. Se o professor conseguir trabalhar nessa linha, a Matemática será um instrumento de primeira para educar o indivíduo socialmente. Mais ainda, ela será um instrumento ímpar para trabalhar sua formação. Basta lembrar que ela é uma das atividades humanas que exigem o trabalho simultâneo dos dois hemisférios cerebrais. A aplicação de pelos menos dezoito raciocínios e a utilização de pelo menos três inteligências, tendo um fundo emocional não desprezível que a maioria das pessoas desconhece. Profissionais da área que se preocupam em desmistificar o ensino da Matemática acreditam que é possível alcançar esses objetivos desde que seja levada em consideração a realidade das influências sofridas pelos alunos em sala de aula de Matemática. Para eles, em verdade, influências de pelo menos quatro elementos: 1º o professor – 2º o conhecimento lógico-matemático – 3º o ambiente (pais, administração escolar, colegas e espaço físico) – 4º o aluno. 17- O ALUNO E O ENSINO DA MATEMÁTICA Ninguém quer enfrentar dificuldades, suportar dores ou ter sofrimentos indevidos. Por outro lado, as coisas que são capazes de provocar satisfação real nas pessoas não causam aborrecimento a elas, porque nelas, as pessoas sempre descobrem experiências novas. É razoável, então, pensar que as abordagens da aprendizagem que não conseguem dar satisfação às pessoas ou manter seu interesse, não trarão mais alegria e plenitude para a vida delas. Assim, para levar o aluno a aprender, é necessário fazer que o objeto da aprendizagem lhe se agradável e divertido. A criança e o jovem gostam de movimentar-se, conversar, perguntar, rabiscar, brincar, colorir, cantar, jogar e, principalmente, agir. Em Educação Matemática todas essas ações que a criança ou jovem adoram tornamse veículos estupendos para o aluno aprender. Para que sobrevivam ao máximo, a aprendizagem que a escola propicia deve preparar esse indivíduo, então, à flexibilidade. Isto significa que, a cada instante, as pessoas são exigidas a se safarem de situações-problemas de diferentes aspectos. Deverão aprender a resolver essas situações-problemas para serem consideradas capazes para assumirem responsabilidades. 18- AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM MATEMÁTICA Atualmente as escolas, na sua grande maioria, possuem uma política de avaliação de rendimento escolar centrada por assim dizer, na dicotomia aprovação/reprovação. Neste contexto, não há espaço para uma prática de avaliação, que ajude na identificação de superação de dificuldades no processo de ensino e aprendizagem, tanto do aluno como do professor. A avaliação na maioria das nossas escolas, públicas ou não, é eminentemente somativa, sempre preocupada com os resultados finais que levam a situações irreversíveis no que diz respeito ao desempenho dos alunos, sem que sejam levadas em contas a muitas implicações, inclusive sociais, de um processo decisório fatal do ponto de vista educativo. É Fundamental ver o aluno como um ser social e político sujeito de seu próprio desenvolvimento. O professor não precisa mudar suas técnicas, seus métodos de trabalhos; precisa sim, ver o aluno como alguém capaz de estabelecer uma relação cognitiva e efetiva. 19- CAPACIDADE DE PENSAR Aprender Matemática significa, fundamentalmente, utilizarse do que distingue o ser humano, ou seja, a capacidade de pensar, refletir sobre o real vivido e o concebido, transformar este real, utilizando em sua ação, como ferramenta, o conhecimento construído em interações com as necessidades surgidas no aqui e no agora. Na verdade, os grandes matemáticos só o foram por terem trabalhado sobre questões que eram cruciais em seu momento. Este fazer histórico não tem sido parte integrante do ritual escolar que faz o discurso ideológico dos modelos prontos, do imobilismo e da estagnação, que formam educadores para o reforço dessas fórmulas acabadas e sem espaço para a criação. 20- OS MODELOS PRONTOS NO ENSINO DA MATEMÁTICA E o ensino da Matemática tem cumprido brilhantemente este papel reforçado de modelos prontos. A mesma lógica que faz perceber a Matemática desligada da vida leva o professor de Pré-escola a não querer enxergar sua prática além de seu cotidiano. Essa lógica o faz buscar insistentemente receitas para seu trabalho e o afasta da fundamentação, faz com que ele mesmo queira manter-se limitado, pois é levado a crer que para trabalhar com crianças é suficiente gostar. É fácil, então, inferir o porquê de as pessoas não aprenderem a Matemática. Questionando: vale a pena mesmo conseguir aprender o simulacro de ciência que se apresenta na Escola? O que fazer da criatividade, das hipóteses que o pensamento insiste em elaborar apesar das armadilhas impostas pelos modelos? Delineia-se, então, a grande responsabilidade da Educação Infantil. Afinal ela é a ponte primeira pela qual a criança, ainda curiosa, ainda inquieta, penetra o edifício do sistema educacional. Parece-nos ser a reflexão sobre o papel da Educação Infantil e, no caso específico, a reflexão acerca da Educação matemática, ministrada na Educação Infantil, um caminho para a realização de rupturas consideráveis e construção de um novo tipo de saber matemático.