A CONTRIBUIÇÃO DA EDUCAÇÃO INFANTIL DE QUALIDADE E SEUS IMPACTOS NO INÍCIO DO ENSINO FUNDAMENTAL Maria Malta Campos, Eliana Bahia Bhering, Yara Esposito, Nelson Gimenes, Beatriz Abuchaim, Raquel Valle e Sandra Unbehaum Fundação Carlos Chagas Deborah Fernandes • Objetivos: • Avaliar a qualidade da EI (estudo da qualidade) • Identificar diferenças no desempenho escolar de crianças no início do EF associadas a uma EI de qualidade (estudo de impacto) • Leis no sentido de ampliar o atendimento educacional de crianças entre 0 e 6 anos • Direito das crianças e famílias, creches nos sistemas, formação dos professores, 1ª série com 6 anos, nove anos de escola • Diversas diretrizes não são aplicadas na prática • Situação mais complicada nas creches • Indicadores educacionais no Brasil mostram déficits na educação básica Estudo da qualidade • Pesquisas anteriores – importância da pré-escola e da creche (frequência e qualidade) no futuro • Fortalece o desenvolvimento da criança • Impactos são maiores para crianças de nível socioeconômico mais baixo • Ensino com maior qualidade apresenta maior progresso dos alunos • Importância de avaliar não apenas as precondições (prontidão) da criança – escola, família • Ambientes educativos com estímulo de desenvolvimento e aprendizagem • Pesquisa realizada em 2009 Estudo da qualidade • Pesquisa feita em 6 capitais: Campo Grande, Florianópolis, Teresina, Rio de Janeiro, Fortaleza e Belém • 147 instituições • Sorteada uma turma • Escala e entrevistas • Escala de Avaliação de Ambientes de Pré-escola • Utilizada para crianças entre 4 e 5 anos • 7 subescalas, 470 indicadores (variam entre 1 e 7) • Coleta de dados por equipes das federais locais treinadas • Média total: 3,4 (básico/mínimo) • Diferenças entre os municípios Estudo da qualidade Estudo de impacto • Pesquisa feita em 3 capitais: Campo Grande, Teresina e Florianópolis • Disponibilidade das notas individuais da Provinha Brasil de 2009/1 • Critério de avaliação do EF: Provinha Brasil • Avaliação do nível de alfabetização das crianças no início do EF • 24 questões de múltipla escolha • Resultados podem possibilitar intervenções mais adequadas • Questionários com a famílias • Caracterização socioeconômica e experiência da criança no EI • Objetivo: comparar e contrastar o efeito do EI Estudo de impacto • Grupo que frequentou a EI alcançou uma média mais alta na prova • Casos de pré-escola de boa qualidade tiveram os melhores resultados • Meninas apresentaram uma média superior aos meninos • Alunos na idade esperada para a série (7,5 – 8 anos) apresentaram os melhores resultados • Cerca de 2/3 dos alunos pertencem a famílias com rendimentos inferiores a 2 SM Estudo de impacto • Existência de um efeito do EF nos resultados • Bairros com maior escolaridade • Alto Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) • Importância da pré-escola de boa qualidade • Influência das variáveis é semelhante • Maior influência na nota da prova: idade do aluno, renda familiar e nível de escolaridade no bairro da escola de EF • Alunos que frequentaram uma EI de boa qualidade, quando comparados a seus colegas com as demais condições semelhantes, apresentaram notas mais altas (cerca de +12% na escala da prova). Considerações finais • Dificuldades na nova organização da carreira escolar • Não houve adaptação por parte das escolas (infraestrutura, formação docente, materiais) • Falta de definição sobre os limites de idade • Pressão por parte da justiça • Qualidade das escolas de EI e transição dos alunos entre as duas etapas sofrem os efeitos dessas mudanças • Criança se beneficia no presente e no futuro com o acesso à EI, sendo o benefício diretamente proporcional à qualidade do ensino • Instrumento usado para medir a qualidade das turmas de pré-escola considera uma proposta curricular múltipla, que valoriza a iniciativa da criança, experimentação, aprendizagem e expressão, além de abordar os conhecimentos importantes nessa fase • Necessidade de equilíbrio entre atividades de iniciativa das crianças e a intervenção do adulto melhores resultados de aprendizagem Considerações finais • Necessidade de trabalhar a transição entre a EI e a EF • Urgência de políticas educacionais que acarretem em ganhos de qualidade da EI • Medidas que melhorem a qualidade da EI também melhoram as oportunidades de aprendizagem da criança e seu futuro