Bancos CONGLOMERADO FINANCEIRO ALFA Relatório Analítico Base: Dez/12 Rating brAA+ O banco apresenta solidez financeira intrínseca excelente. São instituições dotadas de negócio seguro e valorizado, boa situação financeira atual e histórica. O ambiente empresarial e setorial pode variar sem, porém, afetar as condições de funcionamento do banco. O risco é irrisório. Data: 06/mai/2013 Validade: 28/fev/2014 Sobre o Rating Perspectiva: Estável Observação: Histórico: Dez/12: Afirmação: AA+ (LP) Afirmação: A-1 (CP) Jun/12: Afirmação: AA+ (LP) Afirmação: A-1 (CP) Set/11: Afirmação: AA+ (LP) Afirmação: A-1 (CP) Mar/11: Afirmação: AA+ (LP) Afirmação: A-1 (CP) Dez/02: Atribuição: AA (Estável) Analistas: Luis Miguel Santacreu Tel.: 55 11 3377 0703 [email protected] Leonardo dos Santos Tel: 55 11 3377 0706 [email protected] Austin Rating Serviços Financeiros Rua Leopoldo Couto Magalhães, 110 – conj. 73 São Paulo – SP CEP 04542-000 Tel.: 55 11 3377 0707 Fax: 55 11 3377 0739 www.austin.com.br FUNDAMENTOS DO RATING O Comitê de Classificação de Risco da Austin Rating, em reunião realizada no dia 06 de maio de 2013, afirmou os ratings ‘brAA+’ de longo prazo e ‘brA-1’ de curto prazo para o Conglomerado Financeiro Alfa. A perspectiva permanece estável. O Conglomerado, composto de instituições financeiras participantes do sistema bancário brasileiro, opera com configuração semelhante a um banco múltiplo. A história do Conglomerado Financeiro Alfa teve início em 1925, quando foi fundado o Banco da Lavoura de Minas Gerais. Em 1972, o Banco da Lavoura recebe o nome de Banco Real, dando início ao seu processo de expansão, tornando-se um dos maiores bancos privados do país. Em 1998, parte da estrutura do Grupo Real foi vendida – o Banco Comercial e a Companhia de Crédito Imobiliário – ao banco holandês, ABN Amro Bank. Após a venda, permaneceram com o antigo controlador do Banco Real, Dr. Aloysio Faria, as empresas Banco Real de Investimento, Cia. Real de Crédito, Financiamento e Investimento, Cia. Real de Arrendamento Mercantil, Cia. Real Corretora de Câmbio e Valores Mobiliários, que foram renomeados e, juntamente com o Banco Alfa (criado posteriormente), formaram o Conglomerado Financeiro. Por meio do braço de varejo, oferece produtos como financiamento de veículos e crédito consignado para clientes de alta renda. A área de atacado é responsável por operações de upper middle e grandes grupos econômicos, além da gestão de recursos de terceiros. O rating se enquadra na metodologia de avaliação de solidez financeira de instituições bancárias, empregada pela Austin. No encerramento do exercício findo em dezembro de 2012, o saldo da carteira de crédito do Conglomerado Alfa registrou um destacado aumento de 22,7% em doze meses, enquanto o nível de inadimplência medido pela Austin Rating (contratos vencidos acima de 15 dias) ficou em apenas 0,8% no período. Tal indicador reflete a sustentação da política de análise, aprovação e monitoramento das operações de crédito adotada pelo Conglomerado, mesmo em condições de aumento das concessões de crédito. Paralelamente, o rating retrata o conservadorismo da política de provisionamento com a constituição de provisões adicionais, o que tem gerado elevada cobertura ante os créditos em atraso (dez/11: 2,18x; dez/12: 1,86x). O rating valida a presença de uma base patrimonial robusta do Conglomerado, com elevado nível de adequação de capital calculado pelo indicador de Basileia (dez/12: 15,7%) e a elevada e comprovada capacidade de suporte do controlador, em caso de necessidade. Também como aspecto positivo, observa-se a continuidade da estratégia em curso, com atuação diversificada como banco comercial junto aos segmentos de pessoas físicas e jurídicas, e como banco de investimentos na concessão de credito e na busca de negócios geradores de fees. O Conglomerado tem priorizado a exposição a ativos não voláteis, manter o resultado de forma recorrente e consistente, preservar um caixa líquido confortável e o devido casamento de prazos entre ativos e passivos. Por outro lado, o Alfa tem como desafio manter-se competitivo e rentável, em um mercado de acirrada concorrência, esta oriunda dos bancos médios e grandes nos segmentos de financiamento a empresas e na modalidade de crédito consignado para servidores públicos federais. Adicionalmente, ressalta-se a pressão governamental pela redução do spread bancário, que poderá prejudicar as margens da intermediação financeira e o resultado líquido das instituições no médio prazo. Bancos CONGLOMERADO FINANCEIRO ALFA A classificação de risco de instituições financeiras realizada pela Austin Rating avalia o risco de crédito de curto e longo prazo da instituição. As notas atribuídas obedecem a uma escala de classificação nacional e servem como parâmetro de comparação entre as instituições bancárias que atuam no Brasil e, eventualmente, com atividades no exterior. A escala da Austin não leva em conta e tampouco se limita ao rating soberano do país, este empregado como teto para ratings internacionais. O processo analítico da Austin Rating leva em conta, além dos fatores políticos, macroeconômicos, setoriais e regulatórios aplicados às instituições financeiras, os aspectos quantitativos (análise das demonstrações financeiras e indicadores de desempenho, Capitalização, Ativos, Captação, Resultado e Liquidez) e aspectos qualitativos (Controle Acionário, Suporte, Grupo Econômico, Administração, Estrutura Operacional e Estratégia de Médio e Longo Prazo) intrínsecos à instituição financeira em análise. Qualidade dos Ativos O Conglomerado Financeiro Alfa, possuía R$ 14.536 milhões em ativos em dezembro de 2012, registrando um aumento de 22% na comparação com dez/11. A carteira de crédito contabilizou um saldo de R$ 8.427 milhões, respondendo por 58% da base de ativos. A carteira de títulos e valores mobiliários alcançou R$ 4.314 milhões, equivalendo a 29,7% do total de ativos e as aplicações interfinanceiras de liquidez R$ 894,2 milhões ou 6,1% do total. A carteira de crédito obteve crescimento de 22,7% entre dez/11 e dez/12. No encerramento do exercício do ano passado, a posição em empréstimos e títulos descontados equivalia a 53,2% do total da carteira, seguido de financiamentos, com 41,4%. As demais modalidades (financiamentos rurais, ACCs, leasing e outras) possuíam menor peso no portfólio de crédito do Conglomerado Alfa. Em termos de setores de atividade, a carteira espelha, sobretudo, as atividades de créditos realizadas pelo Banco Alfa de Investimentos e Financeira Alfa, cabendo às pessoas físicas 38,3%, indústria por 33,8%, serviços por 17,2%, comércio por 8,7%, dentre outros. Em dezembro de 2012 a carteira manteve a excelente qualidade de crédito reportada historicamente. O indicador de inadimplência medido pela Austin Rating (contratos vencidos acima de 15 dias) ficou em 0,8% e em concordância com o nível histórico reportado pelo Conglomerado, abaixo de 1%. A instituição mantém uma política conservadora de provisionamento, registrando em dez/12 um estoque de provisão adicional de R$ 46,7 milhões ante R$ 75,2 milhões de saldo mínimo contabilizado segundo a Resolução 2.682 do Banco Central do Brasil. O volume total de provisões (mínima + adicional) apresentava elevada folga de 1,86x o valor de contratos vencidos. O volume de créditos baixados a prejuízo no período montou R$ 23 milhões no exercício 2012, apresentando regularidade ante o ano anterior (dez/11: R$ 22 milhões) e peso muito reduzido ante o total da carteira (dez/12: 0,27%; dez/11: 0,33%). Devido ao seu perfil de atuação junto às pessoas jurídicas, apresenta certa concentração entre os maiores devedores. Tal aspecto tem sido mitigado pela qualidade da carteira e seu baixo nível de inadimplência, a presença de garantias líquidas para determinados clientes e, no caso, das atividades de financiamento às pessoas físicas, conta com a garantia dos bens envolvidos nos financiamentos, bem como do mecanismo de consignação em folha de pagamento. Em dez/12, o maior devedor respondia por apenas 1,5% do saldo total da carteira, e os 20 maiores devedores por 18,3%. Com relação ao Patrimônio Líquido, concentravam 6,8% e 84,5%, respectivamente. O saldo da carteira de títulos e valores mobiliários registrou aumento de 13,7% entre dez./11 e dez./12. Os recursos estavam aplicados majoritariamente (98,5% do total em dez./12) em títulos públicos federais (LFT, LTN e NTN), espelhando o baixo risco de crédito da carteira. As aplicações interfinanceiras de liquidez se compunham de ativos com boa qualidade creditícia, predominando títulos públicos federais e, depósitos interfinanceiros emitidos por bancos de primeira linha. Capitalização O patrimônio líquido do Conglomerado tem crescido ano a ano e encontra-se em patamar confortável com a trajetória de expansão dos ativos almejada pela alta administração do Alfa. Em dez/12, o PL montava R$ 1.924 milhões, gerando um aumento de apenas 0,6% em doze meses. O lucro líquido de R$ 182 milhões no exercício do ano passado foi parcialmente destinado ao pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio e, parcela restante, para reservas. 2 Bancos CONGLOMERADO FINANCEIRO ALFA O indicador de Basileia do Conglomerado Alfa declinou ao longo do exercício 2012, de 19,1% em dez/11 para 17,6% em junho e 15,71% em dezembro passado, dada a expansão na carteira de crédito no período. Apesar da queda observada, o banco mantém-se bem capitalizado, reportando um indicador superior ao limite mínimo de 11% estabelecido pelo Banco Central do Brasil. Em dezembro de 2012, a alavancagem em crédito do Conglomerado ficou em 4,4x, ante 3,6x em dez/11. Embora ligeiramente mais elevado, a Austin considera este patamar de alavancagem adequado para seu perfil. Por meio de empresa de administração, participações e representações, cabe ao Dr. Aloysio de Andrade Faria, o controle majoritário das ações ordinárias de todas as instituições financeiras em atividade, participantes do Conglomerado Alfa. O Patrimônio Líquido e o resultado das empresas em dezembro de 2012 encontram-se em quadro destacado ao final do relatório. A capacidade financeira do controlador é comprovadamente muito elevada. Entendemos que o mesmo demonstrase comprometido com o crescimento e fortalecimento do Conglomerado Financeiro. A conjunção destes fatores minimiza os riscos ligados à adequação de capital e alavancagem. Captação/Liquidez Em dezembro de 2012, o total de recursos captados somava R$ 11.706 milhões, registrando um crescimento de 25,2% em relação ao mesmo período no ano anterior. A estrutura de captação do Conglomerado se compunha em ordem decrescente de R$ 3.583 milhões oriundos de letras financeiras, de R$ R$ 2.332 milhões de depósitos interfinanceiros, R$ 2.003 milhões de captações no mercado aberto, R$ 1.191 milhões de operações de repasses do BNDES e FINAME, R$ 1.012 milhões de letras de arrendamento mercantil, R$ 630 milhões de depósitos a prazo, R$ 304 milhões de empréstimos no exterior, dentre outras de menor magnitude. No encerramento do exercício do ano 2012, o banco apresentava adequado casamento de prazos entre os ativos e passivos. A soma das disponibilidades, aplicações interfinanceiras de liquidez, carteira títulos e valores mobiliários e operações de crédito vincendas apresentava cobertura de 1,32x as obrigações com depósitos, captações no mercado aberto, e empréstimos e repasses vencendo em até 3 meses, conforme exibido em tabela ao final do relatório. Já para os ativos com vencimento acima de 3 meses, o Conglomerado Alfa exibia uma cobertura de 1,10x. O Conglomerado possui um Comitê de Caixa, com o propósito de gerenciar o risco de liquidez em suas posições. Este se reúne diariamente, com vistas a avaliar os mercados, o fluxo de caixa das empresas financeiras e definir a estratégia a ser adotada no dia. As posições são monitoradas on-line e casadas nos prazos e moedas. Em conformidade com a Resolução 2.804 do BC, realiza-se diariamente o fluxo de caixa projetado das empresas do Conglomerado. Em dezembro de 2012, mantinha posição líquida (disponibilidades + aplicações interfinanceiras de liquidez + títulos para negociação e disponíveis para venda) de R$ 3.424 milhões, o que equivalia a 1,3 vezes o total dos depósitos classificados no passivo circulante e 1,8x o seu patrimônio líquido. A posição líquida era confortável para honrar os compromissos com aplicadores. O Conglomerado exibe ligeira concentração em torno dos maiores aplicadores, característica de bancos de seu perfil, sem rede de agências, o que exige gestão mais rigorosa de seu caixa, para fazer frente a eventuais saques de seus grandes depositantes. É importante destacar que o Conglomerado opera com captações de qualidade e com carência de liquidez, fato que mitiga o risco anteriormente mencionado. Além disso, cumpre ponderar que esse risco também é mitigado ao considerarse a base patrimonial do acionista e seu compromisso com as atividades das empresas financeiras e a solidez do Grupo Econômico Alfa, assim como seu relacionamento com seus clientes. Risco de Mercado A política global de exposição ao risco de mercado é estabelecida pelo Departamento de Gestão de Risco de Mercado, que conta com dois comitês: CGRM – Comitê de Gestão de Risco de Mercado, que define a estratégia e os limites de VaR a serem obedecidos pelo Conglomerado e o COGER – Comitê Operacional de Gestão de Riscos, que supervisiona o processo global de riscos. O CGRM é liderado pela Presidência, pela Diretoria de Tesouraria, pela Diretoria de Crédito, pela Diretoria 3 Bancos CONGLOMERADO FINANCEIRO ALFA Financeira/Leasing além do Diretor de Gerenciamento de Risco de Mercado e Departamento de Gestão de Riscos. O COGER é composto por: Diretoria de Tesouraria, Gerentes das Mesas de Tesouraria e de Câmbio, Diretor de Gerenciamento de Risco de Mercado, Controladoria e Departamento de Gestão de Riscos. Cabe a uma área independente o acompanhamento do cumprimento diário das posições, por meio da apuração do VaR, no modelo paramétrico, com intervalo de confiança de 99% para um dia, além de frequentes testes de stress. Em paralelo, obedecendo às exigências do Banco Central, é calculado diariamente o nível de capital para a cobertura do risco de exposição cambial e de operações com taxas prefixadas. A Tesouraria do Conglomerado Alfa pode assumir posições proprietárias especulativas, porém dentro dos limites reduzidos de exposição ao risco de mercado definidos pela Alta Administração da instituição. A Tesouraria responde pela administração do fluxo de caixa do banco, pelo gerenciamento de descasamentos de ativos e passivos e a proteção de eventuais gaps de prazo ou moedas contra flutuações do mercado, por meio de instrumentos financeiros derivativos negociados nas principais clearings (BM&F e CETIP). O uso de instrumentos financeiros derivativos tem como propósito atender às demandas de clientes e reduzir a posição de risco de mercado do Conglomerado. Em dezembro de 2012, as demonstrações financeiras do Conglomerado apresentaram em notas explicativas, uma exposição liquida negativa de swaps de R$ 1,6 milhão, com vistas a neutralizar as exposições relacionadas a descasamentos de taxas pré-fixadas e câmbio. Por conta do uso destes derivativos, em dezembro de 2012, o Conglomerado apresentava as seguintes exposições ao risco de mercado: i) pré de R$ 1.882 milhões; ii) R$ 3,8 milhões em cupom de índices de preços; iii) R$ 490 mil em câmbio à vista; iv) R$ 3,4 milhões em cupom de dólar; e v) R$ 1,6 milhão em futuro de Ibovespa e R$ 48 mil em ações/opções/cotas de FIA, totalizando R$ 1.892 milhões. Em dezembro de 2012, este valor equivalia a 31% do limite total, considerando a soma dos limites em valores por tipo de exposição. Todas as exposições individuais apresentavam ampla folga com respeito aos limites estabelecidos. Risco Operacional A área de Gestão de Riscos responde especificamente pelo risco operacional das empresas do Conglomerado. Em linha com a Resolução 3.380 do Banco Central, as empresas do Conglomerado possuem estrutura, política, processos, procedimentos e sistema de gerenciamento para o corpo diretivo identificar, avaliar, monitorar e controlar os riscos aos quais as empresas do Conglomerado estão submetidas. O gerenciamento de risco operacional é de responsabilidade do departamento de Gestão de Riscos. Sob sua responsabilidade compete a identificação e ações para correção das deficiências de controles e gerenciamento de riscos operacionais e reportá-las ao Comitê de Controles de Risco Operacional. Esta instância determina ações para correções tempestivas de controles e mitigadores de risco. É de responsabilidade do Conselho de Administração, em concomitância com a Presidência do Conglomerado, a aprovação e revisão de toda a estrutura de gerenciamento de risco operacional, incluindo a Política de Gerenciamento de Risco Operacional. O Conselho de Administração em última instância tem a faculdade de se manifestar sobre as medidas mitigadoras tomadas nos níveis anteriores da estrutura de gerenciamento de risco operacional. Em sintonia com boas práticas de Governança Corporativa, o Conglomerado recebe o aporte dos trabalhos realizados pelo Comitê de Auditoria, que exerce o acompanhamento das atividades das áreas de Controles Internos, de Auditoria Interna e Auditoria Externa, dentre outras, ampliando o escopo de cobertura da avaliação do risco operacional envolvido nas empresas. Para o cálculo da parcela do Patrimônio de Referência Exigido (PRE) referente ao risco operacional, o Conglomerado Financeiro Alfa utiliza a Abordagem do Indicador Básico. Em dezembro de 2012, esta parcela montava R$ 82,4 milhões, representando 4,4% do Patrimônio de Referência (PR), nível considerado baixo e de pouco impacto como elemento restritivo à expansão das atividades de crédito do Conglomerado. A Austin entende que a estrutura, a profundidade e a qualidade dos controles internos são adequadas, propiciando ao seu 4 Bancos CONGLOMERADO FINANCEIRO ALFA corpo diretivo, boas condições de gerenciamento, com a rápida identificação na tomada de decisões, visando solucionar possíveis anomalias. Gestão / Estratégia / Governança Corporativa As principais diretrizes que norteiam a estratégia do Conglomerado são: (i) a preferência por empréstimos de curto prazo, buscando reduzir o descasamento de prazos entre as operações ativas e passivas; (ii) concessão de financiamentos de longo prazo utilizando-se de linhas específicas de funding; (iii) montagem de estrutura de concessão de crédito de varejo por convênios; e (iv) desenvolvimento de operações que gerem fee business. A instituição buscará fortalecer sua participação nos segmentos em que se destaca, notadamente nas atividades de empréstimos, repasses, leasing e de comércio exterior, para empresas large corporate e do upper middle, fazendo uso do longo histórico de relacionamento com a clientela e a agilidade do processo decisório, bem como no crédito pessoal consignado destinado a funcionários dos setores público e privado e no financiamento de Veículos - Crédito Direto ao Consumidor (CDC). Como atividades genuínas de investment banking, o Alfa mantém seu longo relacionamento com clientes de alta renda, oferecendo serviços de asset management, carteira administrada, consultoria financeira e private banking. Em paralelo, mantém atuação na originação e distribuição de renda fixa e variável, operações estruturadas e de swaps, bem como no mercado secundário, na compra e venda de ações e ouro. A área de private banking busca manter como diferenciais a qualidade e a agilidade no atendimento, com grupos capacitados para satisfação das necessidades de seus clientes. A Alta Administração do Conglomerado tem como meta que os negócios geradores de fees em cinco anos passem a responder por 30% do total das receitas, cabendo às operações de crédito os 70% remanescentes. Em termos de funding, tem privilegiado a emissão de Letras Financeiras, títulos que detém prazo compatível com as operações de crédito consignado e financiamento de veículos. Paralelamente, foca na preservação de níveis de liquidez da instituição ante um passivo que exibe ligeira concentração em torno dos maiores aplicadores. A Austin vê como positivo o posicionamento cauteloso adotado pelo Conglomerado, de revisão periódica das projeções de crescimento segundo as condições de mercado, manutenção de uma estrutura enxuta, com o objetivo de redução de custos fixos, gestão do descasamento de prazos e aumento de sua posição ativa líquida. O modelo estratégico busca, em última instância, operações com baixa exposição a risco de crédito e a conservação da solidez da instituição, sendo que a rentabilidade sobre o patrimônio líquido próxima de 9,0% é vista como satisfatória pelos gestores. Os administradores possuem larga experiência adquirida em instituições de primeira linha e encontram-se nas empresas do acionista há muitos anos, o que confere previsibilidade na condução das atividades, no alcance de metas, preservação de princípios de conduta e no controle dos riscos. Desempenho O Conglomerado Alfa reportou lucro líquido de R$ 182 milhões no exercício 2012, o que significou em termos comparativos, a um aumento de 11,5% com respeito ao ganho reportado no ano anterior. A rentabilidade sobre aos ativos ficou em 1,3% e a rentabilidade sobre o PL final em 9,5%. As receitas com operações de crédito evoluíram 14,8%, perfazendo R$ 1.143 milhões no ano passado. Já o resultado de operações com títulos e valores mobiliários declinou 7,6% para R$ 457,7 milhões. Em linhas gerais, as receitas da intermediação financeira ficaram estáveis no período de comparação, subindo apenas 5%, para R$ 1.677 milhões em dez/12. As despesas de captação no mercado (incluem depósitos e letras financeiras) caíram 2,1%, totalizando R$ 756 milhões e as despesas com empréstimos e repasses R$ 107,7 milhões, uma redução de 20,8%. As despesas com provisão para créditos de liquidação duvidosa subiram 197,8%, alcançando R$ 44,3 milhões. O resultado bruto da intermediação financeira cresceu 5,7%, de R$ 541,8 milhões no exercício 2011 para R$ 572,8 milhões em 2012, elevando a margem bruta da intermediação financeira, de 35,0% em dez/11 para 36,2% em dez/12, nível 5 Bancos CONGLOMERADO FINANCEIRO ALFA ligeiramente superior à mediana estatística calculada pela Austin para bancos atuando em seu segmento de atividade (dez/12: 35,5%). O Conglomerado Alfa opera com um quadro de colaboradores bem dimensionado, número reduzido de agências, regionais e lojas da financeira, o que o tem levado a registrar bons indicadores de custos. O indicador de eficiência apresentou em dez/12 (42,8%) ligeira piora na comparação com dez/11 (38,4%). Embora o resultado bruto tenha crescido e as receitas de prestação de serviços evoluído 48,1% (dez/12: R$ 81 milhões), as despesas de pessoal cresceram 22,8% para R$ 168,3 milhões e as outras despesas administrativas 15,7%, totalizando R$ 111,6 milhões. Destaque para os serviços de análise de crédito que responderam por 62,7% do total das receitas de serviços. No ano 2012, o Conglomerado apurou lucro na alienação de investimentos (ações da BMF&Bovespa) de R$ 67,5 milhões, ganho que foi neutralizado com o complemento de atualização de provisões para riscos de R$ 74,8 milhões registrado no ano passado (dez/11: R$ 28,4 milhões). Os novos requerimentos de capital mínimo apresentados no Novo Acordo da Basileia (Basileia 3) exigirão dos bancos níveis adicionais de capital e reservas, bem como novas ponderações para classes de ativos, reduzindo eventualmente a capacidade de originação de crédito, caso não sejam empregadas iniciativas, no sentido de formar, ao longo do tempo, reservas por meio da retenção de parte dos lucros apurados a cada exercício. Fatores Exógenos A expectativa para o ano 2013 é de melhora nos fundamentos da economia brasileira que tendem a um crescimento superior do PIB. Entretanto, o aumento dos níveis de inflação e a dimensão do aumento da taxa básica de juros, podem sinalizar para um desempenho menos vigoroso da economia brasileira este ano. Para alguns produtos ofertados pelos bancos brasileiros de varejo, já se percebe o aumento da taxa bruta final cobrada aos clientes e um movimento de ligeira elevação dos spreads praticados. O crescimento da carteira de crédito dos bancos e os níveis de inadimplência a serem reportados encontram-se, assim, atrelados à magnitude destes aumentos das taxas de juros. Os bancos médios contam, desde abril de 2009, com a presença da modalidade de depósitos a prazo com a garantia especial do FGC (DPGE) que, por sua configuração, restabeleceu a captação doméstica e a originação de operações de crédito com prazos mais alongados. Desde janeiro de 2012 iniciou-se a redução gradual do volume de depósitos emitidos pelas instituições financeiras com esta garantia. Tal modalidade não tem feito parte da estrutura de funding do Conglomerado Alfa que dispõe de limite integral junto ao Fundo Garantidor de Crédito. A partir de julho de 2012 foi criada a Resolução nº 4.115 pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) referente ao DPGE II, com intuito de restabelecer a captação doméstica de operações de crédito com prazos mais longos para os bancos médios e pequenos, que entrou em vigor a partir de janeiro de 2013. Inicialmente o DPGE II só estará disponível para as carteiras de crédito consignado e de veículos. A nova modalidade desses depósitos, o DPGE II, contará com um lastro em créditos do banco emissor (por meio da alienação fiduciária de recebíveis) para o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) exigindo uma contribuição menor ao fundo, de 1% ao ano para 0,3% ao ano sobre o volume desses depósitos, quando houver a alienação de recebíveis. O limite para captação de DPGE sem alienação fiduciária de recebíveis ao FGC, DPGE I, continuará sendo reduzido à razão de 20% ao ano, até a completa proibição de sua emissão, a partir de janeiro de 2016. As instituições financeiras, que tiverem limite disponível para captar recursos pela modalidade antiga podem continuar emitindo DPGE I, mas terão que deixar de captar com esses depósitos quando começarem a captar pela nova regra. Ainda de acordo com o CMN, não há qualquer mudança para os depositantes e investidores. A cobertura do FGC para os papéis permanece em até R$ 20 milhões nas mesmas hipóteses e condições atualmente em vigor. As mudanças na ponderação de risco para cessões de crédito com coobrigação entraram em vigor em 2012, requerendo das instituições financeiras uma base patrimonial compatível com a absorção no balanço de operações de crédito consignado e de financiamento de veículos, cedidas com coobrigação. No caso da Financeira (instituição financeira do Conglomerado Alfa), 6 Bancos CONGLOMERADO FINANCEIRO ALFA tal medida não afeta sua operação, a partir do momento em que não realiza cessões, bancando os financiamentos em seu balanço integralmente. Os novos requerimentos de capital mínimo apresentados no Novo Acordo da Basileia (Basileia 3) exigirão dos bancos níveis adicionais de capital e reservas, bem como novas e adicionais ponderações para classes de ativos, reduzindo eventualmente, a capacidade de originação de crédito, caso não sejam empregadas iniciativas, no sentido de formar, ao longo do tempo, resevas por meio da retenção de parte dos lucros apurados a cada exercício. A Austin não acredita que estas mudanças em discussão (Basileia 3) sejam um obstáculo para a expansão das operações do Conglomerado Alfa, tendo em vista a folga tradicionalmente mantida pelo banco em relação ao mínimo exigido. Da mesma forma, o estoque de créditos tributários de imposto de renda e contribuição social não pesará negativamente reduzindo o Patrimônio de Referência do Conglomerado, uma vez que este foi constituído somente sobre diferenças temporárias e o banco não apresenta prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social. A pressão governamental para redução do spread bancário iniciou-se com as instituições públicas alcançando os grandes bancos. O desafio recai sobre os bancos médios e pequenos e, sobre modalidades de crédito que já exibiam spreads mais reduzidos, o que viria a prejudicar as margens e o resultado destas instituições financeiras. Em linha, o Alfa vem gradualmente incorporando em sua carteira de crédito operações com spreads mais elevados. PERSPECTIVA A perspectiva estável incorpora a opinião da Austin de que o Conglomerado Alfa manterá os controles internos e gestão de riscos que se refletem na excelente qualidade de sua carteira de crédito, além de se manter rentável no longo prazo. A instituição mantém uma estrutura conservadora na assunção de riscos alinhada ao seu objetivo de rentabilidade sobre o patrimônio. A manutenção de uma base patrimonial robusta, com folga no indicador de Basileia, também contribui para a manutenção da nota, assim como a elevada capacidade financeira do seu controlador. A perspectiva também considera o desafio de manter sua rentabilidade em um cenário de redução de spreads, bem como manter uma adequada gestão de prazos entre os ativos e fontes de captação. Como fatores determinantes para que a perspectiva seja alterada para negativa, salientamos uma piora substancial na qualidade dos ativos, uma piora prolongada do desempenho econômico-financeiro ou uma mudança no comprometimento do acionista controlador. Entre as condicionantes que podem ensejar, mas que não garantem a alteração da perspectiva para positiva, destacamos o crescimento da base patrimonial, a expansão e diversificação da carteira de crédito, a manutenção da alavancagem em patamar considerado adequado pela Austin Rating, a ampliação das fontes de funding em modalidades compatíveis, a manutenção da liquidez em patamar adequado e a obtenção de desempenho consistente. INFORMAÇÕES UTILIZADAS A classificação fundamenta-se na metodologia da Austin Rating para instituições financeiras, disponível no site www.austin.com.br. A classificação se apoiou no acesso às informações contábeis e gerenciais do Conglomerado Alfa. O grau de abertura das informações contábeis e gerenciais apresentadas nas notas explicativas das demonstrações financeiras e pela administração do banco foi considerado satisfatório pela Austin Rating, permitindo uma análise aderente à metodologia. A Austin Rating declara que as informações recebidas foram julgadas como sendo suficientes para o monitoramento dos ratings do Conglomerado Financeiro Alfa. A presente análise teve por base demonstrações financeiras auditadas, consideradas fidedignas. Desse modo, a Austin Rating não utiliza procedimentos de auditoria para verificação destas informações. A análise considera a premissa de que as demonstrações financeiras apresentadas refletem devidamente a situação patrimonial da instituição. 7 Bancos CONGLOMERADO FINANCEIRO ALFA DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS (Base: Demonstrações Financeiras Combinadas do Conglomerado Financeiro Alfa de 31/12/12 envolvendo as demonstrações financeiras individuais do Banco Alfa S/A, da Financeira Alfa S/A - CFI, do Banco Alfa de Investimento S/A e suas controladas Alfa Arrendamento Mercantil S/A, Alfa Corretora de Câmbio e Valores Mobiliários, BRI Participações Ltda., segundo suas respectivas participações, auditados pela KPMG Auditores Independentes, sem ressalvas). R$ mil Conglomerado Financeiro Alfa Capital Social Patrimônio Líquido Resultado Banco Alfa de Investimento S/A 500.000 1.141.249 66.187 Banco Alfa S/A 36.000 77.166 6.979 Financeira Alfa S/A CFI 297.000 703.839 94.365 Alfa Arrendamento Mercantil S/A 178.300 278.617 12.742 Alfa Corretora de Câmbio e Valores Mobiliários S/A 127.000 201.943 39.105 BRI Participações Ltda. 26.868 334.732 17.088 Fonte: Demonstrações Financeiras Combinadas de dezembro de 2012 R$ mil Extrato do Ativo jun/10 dez/10 jun/11 dez/11 jun/12 dez/12 Aplicações Interfinanceiras de Liquidez 39.460 131.122 146.709 555.628 578.299 894.189 T.V.M. 5.736.959 4.212.035 3.912.882 3.793.313 3.720.221 4.313.763 Operações de crédito 5.505.895 6.120.183 6.513.464 6.868.499 7.789.583 8.426.736 Permanente 22.166 20.192 18.951 18.941 19.254 13.282 Ativo Total 11.798.822 11.056.300 11.162.350 11.912.286 12.923.947 14.535.780 jun/10 dez/10 jun/11 dez/11 jun/12 dez/12 Depósitos 3.145.188 2.206.297 2.168.257 2.388.208 3.108.544 2.990.635 Captações no mercado aberto 2.806.639 2.502.168 2.473.627 2.588.544 1.750.632 2.002.612 Recursos de Aceites e Emissão de Títulos 1.279.736 1.748.790 2.007.189 2.533.027 3.617.201 4.962.533 Empréstimos e repasses 1.332.972 1.520.742 1.508.867 1.514.026 1.481.787 1.494.675 Patrimônio Líquido 1.739.119 1.792.121 1.849.198 1.912.352 1.962.038 1.923.828 Passivo Total 11.798.822 11.056.300 11.162.350 11.912.286 12.923.947 14.535.780 R$ mil Extrato de Passivo 8 Bancos CONGLOMERADO FINANCEIRO ALFA R$ mil Extrato do Demonstrativo de Resultados jun/10 dez/10 jun/11 dez/11 jun/12 dez/12 Receitas da intermediação financeira 645.689 1.271.229 657.926 1.494.884 814.187 1.500.078 Despesas da intermediação financeira -441.466 -823.979 -411.653 -953.047 -509.472 -927.229 -12.908 20.025 -5.993 -14.873 -13.532 -44.296 Resultado bruto da intermediação financeira 204.223 447.250 246.273 541.837 304.715 572.849 Receitas de prestação de serviços 21.447 45.366 26.262 54.741 40.143 81.058 Despesas de pessoal -54.938 -111.833 -65.563 -132.462 -83.944 -168.283 Outras despesas administrativas -51.050 -112.789 -45.860 -96.509 -53.529 -111.626 Outras receitas/despesas operacionais -1.186 -48.941 -37.941 -94.546 -65.874 -31.173 Resultado Operacional 110.503 202.156 113.710 253.603 130.105 316.318 Lucro Líquido 87.293 159.386 75.602 163.245 86.226 182.047 Provisões para créditos de liquidação duvidosa Carteira de Crédito jun/10 dez/10 jun/11 dez/11 jun/12 dez/12 Total de Crédito 5.505.895 6.120.183 6.513.464 6.868.499 7.789.583 8.426.736 Risco nível AA 2.706.728 1.921.443 1.920.210 1.568.375 1.525.581 1.400.556 Risco nível A 1.829.776 3.059.303 3.256.659 3.816.980 4.583.017 5.076.796 Risco nível B 680.773 923.001 1.180.335 1.290.160 1.485.260 1.751.985 Risco nível C 194.439 166.741 130.141 155.261 155.107 150.967 Risco nível D 20.227 19.424 4.733 13.549 13.888 8.634 Risco nível E 24.047 7.503 2.789 4.536 4.556 10.161 Risco nível F 14.332 2.615 3.388 3.496 4.144 5.653 Risco nível G 3.469 2.658 2.337 2.496 2.025 3.303 Risco nível H 32.104 17.495 12.872 13.646 16.005 18.681 Total de Créditos em Atraso 60.078 37.259 36.281 44.672 54.955 65.366 Provisão Mínima – Resolução 2.682 72.725 54.386 49.502 56.502 64.672 75.164 Provisão em excesso ao mínimo estabelecido pela Resolução 2.682 92.513 46.917 46.778 40.715 37.403 46.700 Provisão Total 165.238 101.303 96.280 97.217 102.075 121.864 Provisão Total/ Créditos em Atraso (x) 2,75 2,72 2,65 2,18 1,86 1,86 Provisão Total/ Write-Offs (x) 6,97 1,79 7,83 4,42 10,58 5,30 Provisão Total/ Perda Líquida (x) 10,04 2,48 72,77 40,61 40,75 17,19 Write-Offs/ Total de Crédito (%) 0,43 0,92 0,19 0,32 0,12 0,27 Perda Líquida/ Total de Crédito (%) 0,30 0,67 0,02 0,03 0,03 0,08 Recuperações/ Write-Offs (%) 30,57 27,69 89,24 89,11 74,05 69,14 9 Bancos CONGLOMERADO FINANCEIRO ALFA LIQUIDEZ – Balanço Patrimonial por Prazos – 12/12 < 3 meses > 3 meses 7.589 - Aplicações interfinanceiras de liquidez 894.189 - Títulos e valores mobiliários 57.836 4.255.927 Operações de crédito 3.453.901 4.907.469 TOTAL DO ATIVO 4.413.515 9.163.396 609.532 2.381.103 Disponibilidades Depósitos Captação no mercado aberto 2.002.612 - Recursos de aceites e emissão de títulos 421.763 4.540.770 Empréstimos e repasses 267.731 1.226.944 Obrigações por operações de venda de ativos financeiros 13.275 186.325 Box de opções flexíveis 34.078 22.345 TOTAL DO PASSIVO 3.348.991 8.357.487 COBERTURA (1)/(2) 1,32x 1,10x R$ milhões LIQUIDEZ – Caixa Livre e Equivalente Caixa Disponibilidades dez/09 dez/10 dez/11 jun/12 dez/12 7.343 7.499 9.762 6.507 7.589 234.498 131.122 555.628 578.299 894.189 Aplicações Interfinanceiras de Liquidez T.V.M. (Carteira Própria Disponível para Venda + Carteira Própria para Negociação) 2.852.012 2.269.072 2.112.411 2.017.747 2.522.618 Liquidez Total 3.093.853 2.407.693 2.677.801 2.602.553 3.424.396 Liquidez Total/ Depósitos (Passivo Circulante) 1,07 1,99 2,08 1,77 1,64 Liquidez Total/ Patrimônio Líquido 1,85 1,34 1,40 1,33 1,78 10 Bancos CONGLOMERADO FINANCEIRO ALFA INDICADORES DE DESEMPENHO ADEQUAÇÃO DO CAPITAL jun/10 dez/10 jun/11 dez/11 jun/12 dez/12 Capitalização 17,3 19,4 19,9 19,1 17,9 15,3 Concentração em Crédito 46,8 55,5 58,5 57,8 60,4 58,0 Alavancagem de Crédito (em vezes) 3,2 3,4 3,5 3,6 4 4,4 Índice da Basiléia 20,9 20,5 19,5 19,1 17,6 15,7 LIQUIDEZ jun/10 dez/10 jun/11 dez/11 jun/12 dez/12 Liquidez Corrente 138,8 132,6 132,8 128,4 147,3 132,0 Liquidez Imediata 105,1 84,7 88,8 85,9 105,9 91,3 QUALIDADE DO ATIVO jun/10 dez/10 jun/11 dez/11 jun/12 dez/12 Inadimplência (>60 dias) 0,8 0,4 0,3 0,4 0,4 0,5 3 1,7 1,5 1,4 1,3 1,5 2,4 1,3 1,1 1,3 1,5 2,0 jun/10 dez/10 jun/11 dez/11 jun/12 dez/12 Intermediação 8,8 8,9 8,9 9,5 9,3 7,4 Eficiência 47 45,6 40,1 38,4 39,9 42,8 11,4 11,6 11,4 12 12 9,8 jun/10 dez/10 jun/11 dez/11 jun/12 dez/12 30,6 34 36 35 35,7 36,2 Rentabilidade s/ PL 10 8,9 8,3 8,5 8,9 9,5 Retorno sobre Ativo 1,5 1,4 1,4 1,4 1,3 1,3 Provisionamento Comprometimento do PL (>60 dias) CUSTO Custo Total RENTABILIDADE Margem Bruta 11 Bancos CONGLOMERADO FINANCEIRO ALFA ORGANOGRAMA SOCIETÁRIO EM 30/06/2012 12 Bancos CONGLOMERADO FINANCEIRO ALFA Classificação da Austin Rating Solidez Financeira brAAA O banco apresenta solidez financeira intrínseca excepcional. Normalmente trata-se de grandes instituições, dotadas de negócio seguro e valorizado, excelente situação financeira atual e histórica. O ambiente empresarial e setorial pode variar sem, contudo, afetar as condições intrínsecas de funcionamento do banco. O risco é quase nulo. brAA O banco apresenta solidez financeira intrínseca excelente. São instituições dotadas de negócio seguro e valorizado, boa situação financeira atual e histórica. O ambiente empresarial e setorial pode variar sem, porém, afetar as condições de funcionamento do banco. O risco é irrisório. brA O banco apresenta solidez financeira intrínseca boa. São instituições dotadas de negócio seguro e valorizado, boa situação financeira atual e histórica. O ambiente empresarial e setorial pode variar sem, porém, afetar as condições de funcionamento do banco. O risco é muito baixo. brBBB O banco apresenta solidez financeira intrínseca adequada. Normalmente são instituições com ativos dotados de cobertura. Tais bancos apresentam situação financeira razoável e estável. O ambiente empresarial e setorial pode ter uma variação mais acentuada do que nas categorias anteriores e apresenta algum risco nas condições intrínsecas de funcionamento do banco. O risco é baixo. brBB O banco apresenta solidez financeira intrínseca regular. Apresenta parâmetros de proteção adequados, mas vulneráveis às condições econômicas, gerais e setoriais, que podem afetar as condições intrínsecas de funcionamento do banco. O risco é médio. brB O banco apresenta solidez financeira intrínseca regular. Apresenta parâmetros de proteção adequados, tem uma vulnerabilidade grande às condições econômicas, gerais e setoriais, que pode afetar as condições intrínsecas de funcionamento do banco. O risco é médio. brCCC O banco apresenta baixa solidez financeira, exigindo eventual assistência externa, apresenta uma vulnerabilidade muito grande às condições econômicas, gerais e setoriais, que podem afetar as condições intrínsecas de funcionamento do banco. O risco é alto. brCC O banco apresenta baixa solidez financeira, exigindo eventual assistência externa, apresenta uma vulnerabilidade muito grande às condições econômicas, gerais e setoriais, que podem afetar as condições intrínsecas de funcionamento do banco. O risco é muito alto. brC O banco apresenta péssima solidez financeira, exigindo eventual assistência externa. Tais instituições estão limitadas por um ou mais dos seguintes elementos: negócio de questionável valor; condições financeiras deficientes; e um ambiente empresarial altamente desfavorável. O risco é altíssimo. Sinais de (+) mais e (-) menos são utilizados para identificar uma melhor ou pior posição dentro de uma mesma escala de rating. 13 Bancos CONGLOMERADO FINANCEIRO ALFA DISCLAIMERS/AVISOS LEGAIS AUSTIN RATING NÃO AUDITA AS INFORMAÇÕES UTILIZADAS PARA A ATRIBUIÇÃO DE UMA CLASSIFICAÇÃO DE RISCO DE CRÉDITO, NÃO LHE SENDO POSSÍVEL ATESTAR A VERACIDADE DAS MESMAS. As classificações de atribuídas pela Austin Rating baseiam-se em informações consideradas suficientes para a emissão de uma classificação, sendo tais informações coletadas de fontes consideradas confiáveis e fidedignas. Essas informações, incluindo todo o tipo de informação confidencial, são analisadas na forma como são recebidas e, eventualmente, compiladas pelos analistas designados para a análise, tomando-se os devidos cuidados para que não haja alteração no sentido ou significado das mesmas. Não obstante os cuidados na obtenção, cruzamento e compilação da informação para efeitos da análise de rating, a Austin Rating não pode se responsabilizar pela veracidade de referidas informações. A Austin Rating utiliza todos os esforços para garantir o que considera como nível mínimo de qualidade da informação para que se proceda a atribuição dos seus ratings, fazendo, sempre que possível, a checagem dessas informações com outras fontes também confiáveis. Contudo, a Austin Rating não faz a auditoria de tais informações e nem sempre pode realizar a verificação ou confirmação das informações recebidas durante um processo de rating, não lhe sendo possível, desse modo, atestar a veracidade das mesmas. AS CLASSIFICAÇÕES DE RISCO DE CRÉDITO EMITIDAS PELA AUSTIN RATING, INCLUINDO AQUELA(S) EXPRESSA(S) NESTE DOCUMENTO, CONSISTEM EM OPINIÕES SOBRE A QUALIDADE DE CRÉDITO FUTURA DE UM EMISSOR E/OU EMISSÃO, E NÃO DEVEM SER ENTENDIDAS COMO SUGESTÕES, ACONSELHAMENTOS OU RECOMENDAÇÕES DE COMPRA, MANUTENÇÃO OU VENDA. As opiniões e as eventuais simulações realizadas pela Austin Rating, incluindo aquelas dispostas neste relatório, constituem-se meramente no julgamento da Austin Rating acerca da capacidade e da vontade futuras de um emissor em honrar suas obrigações totais e/ou específicas, sendo tal julgamento expresso por meio de símbolos (letras), que consistem graduações dentro de escalas absoluta (global) ou relativa (nacional). A Austin Rating não utiliza nessas escalas as definições de “grau de investimento” e de “grau especulativo”. Essa agência entende não caber a ela, mas sim aos agentes de mercado, a definição de quais graduações podem ser considerados como “grau de investimento” e de “grau especulativo”. A determinação de uma classificação de risco pela Austin Rating não consiste e não deve ser considerada como sugestão ou recomendação de investimento, manutenção ou desinvestimento. A Austin Rating não presta serviços de consultoria de investimento. AS OPINIÕES EMITIDAS PELA AUSTIN RATING, INCLUSIVE AQUELAS CONTIDAS NESTE RELATÓRIO, NÃO DEVEM SUBSTITUIR A ANÁLISE E O JULGAMENTO PRÓPRIOS DOS USUÁRIOS DOS RATINGS, ESPECIALMENTE DOS INVESTIDORES. AS CLASSIFICAÇÕES DE RISCO DE CRÉDITO DA AUSTIN RATING NÃO PRESSUPÕEM A CERTEZA DE FATOS. As opiniões externadas pela Austin Rating em seus relatórios de classificação de risco referem-se à qualidade creditícia futura, incorporando determinadas suposições e previsões sobre eventos futuros que podem não se concretizar (tornarem-se fatos). Desse modo, a despeito de estarem baseadas em informações e fatos presumidamente verdadeiros, as classificações podem ser afetadas por acontecimentos futuros ou condições não previstas no momento de uma ação de rating. AS CLASSIFICAÇÕES DE RISCO DE CRÉDITO ATRIBUÍDAS PELA AUSTIN RATING SÃO OPINIÕES VÁLIDAS EXCLUSIVAMENTE PARA A DATA EM QUE SÃO EMITIDAS. A Austin Rating possui mecanismos de vigilância apropriados e envida seus melhores esforços para que suas opiniões (ratings) estejam atualizadas, programando revisões com o menor intervalo de tempo possível entre elas e fazendo revisões não programadas sempre que de conhecimento de fato novo e relevante. Contudo, essa agência não pode assegurar que todas as informações, especialmente aquelas de caráter não público, estejam refletidas tempestivamente em suas classificações, ou que fatos supervenientes à emissão de uma determinada classificação de risco não afetem ou afetarão a classificação de risco. As classificações e demais opiniões que a sustentam refletem a percepção do Comitê de Classificação de Risco dessa agência exclusivamente na data em que as mesmas são emitidas (data de emissão de relatórios, informativos e outros documentos oficiais). OS RATINGS DE CRÉDITO EMITIDOS PELA AUSTIN RATING ESTÃO SUJEITOS A ALTERAÇÕES E PODEM, INCLUSIVE, SER SUSPENSOS DENTRO DE UM PRAZO DE VIGÊNCIA DE UM CONTRATO. As classificações podem ser alteradas ou retiradas a qualquer momento e por diversas razões, de acordo com os critérios metodológicos da Austin Rating para o tipo de emissor / emissão classificado. Uma classificação pode ser suspensa e/ou a retirada nas hipóteses em que a Austin Rating identificar: (i) a ausência de informações fidedignas e/ou suficientes para a continuidade da análise, quando ainda há contrato comercial vigente; (ii) a existência de potencial conflito de interesses; e/ou (ii) a não existência e/ou não disponibilização de informações suficientes para realização de referida análise e emissão do rating. AS CLASSIFICAÇÕES DE RISCO DE CRÉDITO ATRIBUÍDAS PELA AUSTIN RATING NÃO DEVEM SER COMPARADAS A CLASSIFICAÇÕES ATRIBUÍDAS POR OUTRAS AGÊNCIAS CLASSIFICADORAS DE RISCO. Em que pese a simbologia adotada pela Austin Rating seguir intencionalmente o padrão adotado pela maioria das agências de classificadoras de risco atuantes sob a jurisdição local, suas classificações não devem ser diretamente comparadas às classificações de outras agências de rating, uma vez que suas definições de default e de recuperação após default e suas abordagens e critérios analíticos são próprios e diferem daqueles definidos e aplicados por outras agências. OS RATINGS DE CRÉDITO EMITIDOS PELA AUSTIN RATING NÃO CONSIDERAM O RISCO DE PERDA DERIVADO DE OUTROS RISCOS QUE NÃO O RISCO DE CRÉDITO, A NÃO SER QUE TAIS RISCOS SEJAM ESPECIFICAMENTE MENCIONADOS EM SEUS RELATÓRIOS E PARECERES FORMAIS. Não obstante a Austin Rating dedicar-se a analisar e ponderar todos os riscos inerentes a um emissor e/ou emissão, incluindo riscos de natureza jurídica e moral, a fim de identificar seu impacto sobre o risco de crédito, as opiniões quanto aos riscos de mercado e liquidez de ativos classificados, por exemplo, não fazem parte do escopo da análise e, por isso, não são consideradas na classificação de risco de crédito. Caso solicitado pelo contratante, a Austin Rating pode fazer análises específicas quanto a riscos de mercado e liquidez de determinados ativos, sendo nesses casos referida avaliação sempre será segregada da análise do risco de crédito e identificada como tal. OS RATINGS E DEMAIS COMENTÁRIOS EMITIDOS PELA AUSTIN RATING, INCLUINDO AQUELES CONTIDOS NESTE DOCUMENTO, REFLETEM OPINIÕES DO COMITÊ DE CLASSIFICAÇÃO DE RISCO DA AUSTIN RATING, E NÃO A OPINIÃO DE UM INDIVÍDUO OU DE UM GRUPO DE INDIVÍDUOS INDISTINTO. As decisões sobre classificações de risco de crédito são tomadas por um Comitê de Classificação de Risco, seguindo metodologias e critérios padronizados para cada tipo de emissor e/ou emissão. Em seus relatórios, informativos e outros documentos oficiais com opiniões de crédito, a Austin Rating divulga os nomes de analistas e membros do Comitê de Classificação de Risco com a finalidade de cumprimento ao disposto no Item I do Artigo 16 da Instrução CVM 521/2012, assim como com o objetivo de favorecer a comunição com os contratantes, investidores e demais usuários de seus ratings, exclusivamente no que diz respeito a dúvidas e comentários ligados a assuntos analíticos decorrentes da leitura e do entendimento de seus relatórios e pareceres formais por essas partes. Não obstante a existência de um canal aberto com os analistas, estes estão orientados a não comentarem sobre os ratings emitidos e a não emitirem opiniões pessoais acerca dos riscos, sendo que, caso o façam, tais comentários e opiniões jamais devem ser entendidos como a opinião da Austin Rating. Do mesmo modo, os analistas e demais colaboradores identificados neste relatório, embora estejam diretamente envolvidos no processo de análise, não são os únicos responsáveis pelas opiniões e, portanto, não devem ser responsabilizados individualmente por qualquer erro ou omissão eventualmente observados neste, nem tampouco pela classificação atribuída. OS SERVIÇOS DE CLASSIFICAÇÃO DE RISCO REALIZADOS PELA AUSTIN RATING GERALMENTE SÃO CONTRATADOS E REMUNERADOS PELOS EMISSORES E ESTRUTURADORES. Os valores cobrados por um serviço de classificação de risco de crédito emitido pela Austin Rating variam de R$ 5.000 a R$ 100.000 anuais (ou o equivalente em outras moedas), sendo que a Austin Rating pode cobrar taxas únicas especiais com desconto quando tratam-se de diversas tranches / séries emitidas por um mesmo ente. AUSTIN RATING NÃO ASSESSORA E/OU PARTICIPA DE PROCESSOS DE COLOCAÇÃO E DE DISTRIBUIÇÃO E NEM PARTICIPA DE “ROAD SHOWS” PARA A VENDA DE ATIVOS POR ELA CLASSIFICADOS E, AINDA, SEUS RELATÓRIOS NÃO DEVEM, EM NENHUMA CIRCUNSTÂNCIA, SUBSTITUIR OS PROSPECTOS E OUTROS DOCUMENTOS, OBRIGATÓRIOS POR LEI OU NÃO, RELACIONADOS A UMA EMISSÃO. EM NENHUMA HIPÓTESE E SOB NENHUMA CIRCUNSTÂNCIA, A AUSTIN RATING E/OU SEUS SÓCIOS, DIRETORES E DEMAIS COLABORADORES DEVEM SER RESPONSABILIZADOS DE QUALQUER FORMA, DIRETA OU INDIRETAMENTE, POR DANOS DE QUAISQUER ORDEM E NATUREZA, INCLUINDO, PORÉM NÃO LIMITANDO-SE À, PERDA DE LUCROS E RENDIMENTOS E CUSTOS DE OPORTUNIDADE, QUE SEJAM DECORRENTES DO INVESTIMENTO EM EMISSORES E OU TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS POR ESSES EMITIDOS QUE MANTENHAM OU TENHAM MANTIDO A QUALQUER TEMPO CLASSIFICAÇÃO DE RISCO DE CRÉDITO DEFINITIVA OU PRELIMINAR PELA AUSTIN RATING, INCLUINDO A(S) CLASSIFICAÇÃO(ÕES) EXPLICITADA(S) NESTE DOCUMENTO. DO MESMO MODO, A AUSTIN RATING SE ISENTA DE TODO E QUALQUER TIPO DE DANO OCASIONADO A TERCEIROS POR QUALQUER OUTRO TIPO DE CONTEÚDO PUBLICADO EM SEUS RELATÓRIOS E INFORMATIVOS E EM SEU WEBSITE, BEM COMO POR AQUELES DECORRENTES DE ATRASO NA DIVULGAÇÃO DE OPINIÕES ATUALIZADAS. © 2013 Austin Rating Serviços Financeiros Ltda. (Austin Rating). Todos os direitos reservados. TODAS AS INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE DOCUMENTO SÃO PROTEGIDAS POR LEI. NENHUMA PARTE DESTE DOCUMENTO PODERÁ SER COPIADA, REPRODUZIDA, REEDITADA, TRANSMITIDA, DIVULGADA, REDISTRIBUÍDA, REVENDIDA OU ARMAZENADA PARA USO SUBSEQUENTE PARA QUALQUER FIM, NO TODO OU EM PARTE, EM QUALQUER FORMA OU POR QUALQUER MEIO QUE SEJA, ELETRÔNICO OU MECÂNICO, INCLUINDO FOTOCÓPIA, GRAVAÇÃO OU QUALQUER OUTRO TIPO DE SISTEMA DE ARMAZENAMENTO E TRANSMISSÃO DE INFORMAÇÃO, E POR QUALQUER PESSOA SEM PRÉVIO CONSENTIMENTO POR ESCRITO DA AUSTIN RATING. 14