CURSO DE 2º CICLO EM GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS E
COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL
Manual de ESTÁGIOS
A COORDENAÇÃO DO CURSO DE 2º CICLO EM GRHCO
Coimbra
2014-2015
1
Introdução
1. Competências gerais do estágio em GRH e CO
2. Objetivos do estágio em GRH e CO
2.1. Objetivos gerais
2.2. Objetivos específicos
2.3. Dinâmica do estágio
3. Processo de planificação dos estágios
4. Critérios de colocação em estágio
5. Duração e questões estruturais dos estágios
6. Áreas temáticas mais frequentes
7. Seminários de supervisão
8. Assiduidade nos seminários de estágio
9. Processo de avaliação do estágio
10. Intervenientes no estágio
10.1. Gabinete de Estágios
10.2. Coordenador
10.3. Supervisor
10.4. Orientador
10.5. Estagiário
11. Articulação entre supervisores, orientadores e estagiários
12. Reuniões de coordenação com os supervisores
13. Entrega do Relatório de Estágio
14. Outras disposições
14.1. Situações de equivalência
14.2. Outras situações
2
Introdução
Sendo o Instituto Superior Miguel Torga uma instituição que procura responder
ao acréscimo de solicitações surgidas na atual conjuntura, e tendo a unidade curricular
Estágio um cariz profissionalizante, torna-se crucial proporcionar uma formação que
complemente e aperfeiçoe as competências socioprofissionais e o conhecimento do
mundo profissional, estabelecendo a ponte entre a teoria e a prática.
Deste modo, o Estágio é parte integrante do 2º ano do Curso de 2º Ciclo em
Gestão de Recursos Humanos e Comportamento Organizacional que, a par da realização
de uma dissertação, de cariz científico, possibilita ao aluno a ligação entre uma vertente
prática e teórica. Para a implementação deste objetivo, torna-se fundamental a ligação da
dimensão pedagógica à vertente profissionalizante pelo que é importante o contacto com
a comunidade em geral e com o mundo do trabalho em particular.
O Estágio visa responder de forma eficaz por um lado, aos alunos que estão
inseridos no regime de Bolonha, e que não tiveram a possibilidade de ter efetuado um
estágio de cariz pré profissional e, por outro, a alunos que já o tenham realizado e até já
possam estar inseridos no mercado de trabalho mas necessitam atualizar e aperfeiçoar
as suas competências no âmbito da gestão de recursos humanos e do comportamento
em contexto organizacional.
Sendo um período de elevada intensidade de aprendizagem e especificidade, o
Estágio constitui-se como um momento por excelência da formação prática do aluno, em
contacto direto com a realidade, e pressupondo a articulação constante entre o ISMT e a
comunidade. Assim, o Estágio oferece a possibilidade de aquisição de novos
conhecimentos teóricos e técnicos numa constante articulação entre a formação e as
experiências tidas e preconizadas em contexto de trabalho pelo que decorre em
empresas e instituições de diferente natureza cujos profissionais da área, devidamente
articulados com os supervisores do ISMT, acompanham os alunos.
3
1. Competências gerais do estágio em GRH e CO
1. Desenvolve uma compreensão global sobre as competências profissionais na área
dos recursos humanos, considerando a missão da empresa e a dinâmica implementada
pela mesma ao nível da gestão de recursos humanos;
2. Adquire e desenvolve competências técnicas, relacionais e organizacionais através da
aplicação de métodos e técnicas de intervenção em gestão de recursos humanos,
relevantes para a inserção na vida ativa;
3. Intervém em contexto profissional de modo a aperfeiçoar competências profissionais e
a conhecer a realidade empresarial/institucional e o mundo do trabalho;
4. Possibilita a interação com profissionais experientes e o trabalho em equipa;
5. Reconhece e conquista novas e potenciais dimensões do saber, compreender e saber
fazer;
6. Possibilita a articulação entre a prática empresarial desenvolvida no local de estágio e
a investigação;
7. Desenvolve hábitos de trabalho, espírito empreendedor e sentido de responsabilidade
profissional.
2. Objetivos do estágio em GRH e CO
2.1. Objetivos gerais
O Estágio em GRH e CO tem como objetivos gerais:
1. Facultar experiência específica na área empresarial, mais propriamente na área de
gestão de recursos humanos;
2. Facilitar e promover a inserção na vida profissional através da promoção do
conhecimento e integração na dinâmica institucional/empresarial;
3. Desenvolver a aplicação de métodos e técnicas de intervenção na área de gestão de
recursos humanos dos quais salientamos o recrutamento, análise curricular, planeamento
de horários/férias/formações, controlo da assiduidade, processamento de salários,
procedimentos concursais, planos de formação e de higiene e segurança no trabalho,
avaliação de desempenho e conhecimento de programas informáticos e ferramentas de
gestão de pessoal.
2.2. Objetivos Específicos
1. Conhecer a dinâmica da organização e do departamento de recursos humanos;
2.
Realizar práticas de intervenção em recursos humanos em contexto de trabalho e
participar nas diferentes atividades de modo a perceber a dinâmica de trabalho da
empresa.
4
3. Conhecer a organização empresarial, do sector de atividade e do mercado de
trabalho;
4. Integrar uma equipa profissional;
5. Contacto com as técnicas e especificidades da organização, do sector de atividade e
do mercado de trabalho;
6. Aplicar o terreno de competências adquiridas na formação teórica;
7. Desenvolver competências intra e interpessoais;
8. Desenvolver um processo de reflexão sobre a relação dialética estabelecida entre a
teoria e prática.
2.3. Dinâmica do Estágio
Num primeiro momento o Estágio visa essencialmente o primeiro contacto com a
realidade institucional/mercado de trabalho, estruturação desse mesmo contato e da
identidade profissional. Pretende-se, sobretudo, que o aluno possa conhecer e
caracterizar a empresa/instituição bem como conhecer as tarefas e funções específicas
que irá desempenhar. Algumas atividades previstas durante esta fase passam pela visita
aos diferentes departamentos institucionais, com vista à apresentação e inserção do
estagiário na equipa. A empresa/instituição que acolhe os
estagiários
deve,
essencialmente, permitir que os mesmos possam dar conta da realidade institucional,
integrando-o das suas vicissitudes e particularidades. Esta fase de integração do
estagiário deverá decorrer durante aproximadamente quinze dias. Durante a integração,
o aluno deverá elaborar um projeto de estágio onde constem as atividades em que
poderá participar, no sentido de conjugar os seus interesses com os interesses
institucionais.
Num segundo momento, após a integração do estagiário na empresa/instituição,
este deverá constituir-se como um espaço que permita uma formação que dote o
estagiário de competências ao nível da aplicação de métodos e técnicas de intervenção
na área de gestão de recursos humanos.
3. Processo de planificação dos estágios
O processo de planificação dos estágios decorre entre julho e setembro de cada
ano e passa pelas seguintes fases:
-
Informação, acompanhamento e orientação dos candidatos – são realizadas reuniões
com os alunos, entre julho e outubro com o objetivo de os orientar no processo de
5
colocação no local de estágio. São tidos em conta a motivação e o perfil específico de
cada aluno, facultada informação, quer através da coordenação, quer pelos
supervisores e ex-estagiários;
-
Identificação e articulação/”negociação” com as instituições;
-
Eventual elaboração de protocolos interinstitucionais;
-
Reunião de Informação/Colocação com os supervisores;
-
Articulação entre instituições/supervisores/estagiários;
-
Reunião de início de Estágio (a marcar com os alunos).
4. Critérios de colocação em estágio
O acesso às vagas dos locais de estágio dos alunos que tenham transitado para o
segundo ano do Curso de 2º Ciclo em GRH e CO, é feito pela empresa/instituição de
acolhimento do estágio. Todos os interessados têm oportunidade de ir à entrevista (ou
outro processo de seleção que a empresa adote como testes psicotécnicos) de seleção e
consoante a mesma serem selecionados para a(s) vaga(s) em aberto.
5. Duração e questões estruturais dos estágios
- O estágio curricular tem a duração de 420 horas;
- Os horários e períodos de férias são devidamente articulados com as instituições
e respeitando a sua especificidade e dinâmica;
- Em caso de falta ao local de estágio o aluno deve informar imediatamente o
orientador na empresa e logo que possível o supervisor, obrigando-se a repor as horas
em falta;
- O incumprimento das questões estruturais implica o não aproveitamento no
módulo de estágio.
6. Áreas temáticas mais frequentes
•
Intervenção Organizacional
•
Aplicativos da Gestão de Recursos Humanos /Organização
•
Avaliação Psicológica
•
Gestão de Recursos Humanos
•
Seleção e Recrutamento
•
Formação
•
Higiene e Segurança
•
Gestão de Carreira
•
Sistemas de Avaliação de Desempenho
6
•
Gestão Administrativa/Técnica de Recursos Humanos
•
Relações Laborais
•
Projetos de Mudança (Desenvolvimento Organizacional).
7. Seminários de supervisão
Os seminários são orientados e dinamizados pelos supervisores. Nos seminários
poderão ser trabalhados vários temas teóricos diretamente relacionados com as áreas
temáticas dos estágios referidas no ponto anterior bem como questões de ordem prática.
Com a duração total de 60 horas os seminários têm como objetivos:
1. Facilitar a compreensão da dinâmica do estágio;
2. Acompanhar e monitorizar as atividades desenvolvidas;
3. Funcionar como suporte didático-pedagógico;
4. Funcionar como suporte articulação teórica;
5. Acompanhar os trabalhos escritos solicitados (Relatórios de Atividades e Relatório de
Estágio);
6. Zelar pelo trabalho conjunto dos estagiários como um grupo, promovendo a sua
coesão e facilitando a maximização de recursos interpares e consequente autonomia;
7. Desenvolver competências interpessoais, relacionais e pedagógicas.
8. Assiduidade nos seminários de estágio
1. Os horários dos seminários de supervisão, bem como a distribuição de alunos por
Supervisor serão elaborados pela Coordenação e posteriormente, divulgados aos alunos
e ao Secretariado da ESAE.
2. As sessões de supervisão, durante o período destinado à elaboração do relatório,
serão marcadas de acordo com a carga horária definida.
3. O Supervisor deve, em cada sessão de supervisão, preencher, assinar e dar a assinar
aos alunos a folha de sumário disponível para o efeito, entregando-a, no final de cada
sessão, no Secretariado da ESAE ou colocando-a nos recipientes destinados ao efeito
que se encontram em cada edifício.
4.
Se os alunos faltarem à sessão de supervisão nos horários previamente estipulados
e divulgados, perderão o direito às horas correspondentes.
9. Processo de avaliação do estágio
- O processo de avaliação será feito quer pelo Orientador quer pelo Supervisor do ISMT.
7
- Após a entrega do relatório, o Orientador e o Supervisor preenchem os vários
parâmetros a avaliar, os quais se encontram assinalados na grelha de avaliação
específica para o módulo de estágio.
- Cada um dos parâmetros deverá ser avaliado numa escala de 0 (zero) a 20 (vinte)
valores.
- A nota final corresponderá à média aritmética dos totais atribuídos pelo Orientador e
pelo Supervisor, devendo sofrer arredondamento.
- No caso dos alunos que cumpram as horas de estágio em contexto de trabalho mas que
não apresentem relatório de Estágio em nenhuma das épocas de avaliação (normal,
recurso e especial) o Orientador e o Supervisor preenchem os vários parâmetros a
avaliar,
os
quais
se
encontram
assinalados
na
grelha
de
avaliação
criada
especificamente para estágios não finalizados.
- No caso dos alunos que obtiveram equivalência à frequência do estágio, a avaliação
será feita unicamente pelo Supervisor.
10. Intervenientes no estágio
10.1. Ao Gabinete de estágios compete:
- Organizar e planificar os locais de estágio, estabelecer os contactos institucionais,
formalizar os estágios e elaborar os protocolos;
- Conduzir o processo de colocação dos alunos, seja os que são seriados pelos critérios
definidos pelo Curso, seja os estágios de candidatura espontânea de forma a promover
uma relação com as instituições que permita o acolhimento dos estágios;
- Explicar aos alunos a melhor forma de fazer uma candidatura espontânea e informar
sobre o horário de atendimento no Gabinete de estágios sobre assuntos que tenham a
ver com a colocação no local de estágio.
- Participar nas reuniões com os alunos e o Coordenador.
10.2. Coordenador
Docente da área, a quem compete:
- Informar e orientar os alunos sobre as regras gerais de funcionamento dos estágios e o
seu processo de planificação em articulação com o Gabinete de Estágios;
- Coordenar o trabalho entre os vários supervisores, e entre estes e os orientadores,
sempre que seja necessário;
- Distribuir os alunos em estágio pelos supervisores de estágio, em conjunto com a
Coordenação do 2º ciclo e de acordo com o serviço docente atribuído.
8
10.3. Supervisor
Docente do ISMT tem por funções desenvolver a componente formativa, constituindo-se
igualmente como agente de articulação entre o estagiário e o orientador institucional.
Compete ao supervisor:
- Orientar a dimensão pedagógica dos estágios, (incluindo o relatório final);
- Orientar a dimensão científica dos estágios;
- Manter um contacto regular com orientador institucional no sentido de aferir e integrar a
experiência de estágio num todo coerente, apurando ainda a avaliação das atividades.
10.4. Orientador
Profissional da empresa de acolhimento do estágio a quem compete o acompanhamento
direto do aluno, integrando-o na instituição e apoiando-o nas diversas atividades de
estágio. É da sua responsabilidade:
- Promover a integração e acompanhamento do estagiário na instituição ao nível do
envolvimento nas diferentes atividades e equipas de trabalho;
- Definir conjuntamente com o supervisor o projeto de estágio;
- Participar nas reuniões de acompanhamento e avaliação.
10.5. Estagiário
O aluno estagiário poderá submeter à Coordenação e ao Gabinete de Estágios uma
proposta relativamente a um local do seu interesse para a realização do estágio em data
a definir anualmente pela Coordenação (no caso de instituições que não façam parte do
conjunto já estabelecido pela Coordenação). Compete-lhe:
- Integrar-se institucionalmente e desenvolver as tarefas destinadas;
- Desenvolver uma postura profissional e conduta ética;
- Frequentar as sessões de supervisão;
- Elaborar o relatório final de estágio e outros solicitados pelo supervisor.
11. Articulação entre supervisores, orientadores e estagiários
Compete ao supervisor fazer a articulação destes contatos, promovendo a realização de:
- Reuniões com os orientadores de formalização, planificação e acompanhamento dos
estágios (nas quais o estagiário deverá participar);
- Reuniões de avaliação com os orientadores, devendo, de seguida, ser proporcionado
feedback ao aluno.
12. Reuniões de coordenação com os supervisores
Realizam-se periodicamente, com os objetivos de:
9
- Definição de estratégias gerais para os estágios, planificação de atividades, e
avaliação/acompanhamento;
- Acompanhamento das atividades, identificação de problemas, gestão/maximização de
recursos;
- Articulação e uniformização das supervisões e avaliações;
- Produção de documentos escritos técnico-pedagógicos.
13. Entrega do Relatório de Estágio
No ato de entrega do relatório de estágio, os (as) alunos (as) deverão fazer-se
acompanhar dos seguintes elementos:
•
Três exemplares do relatório em suporte de papel, redigidos de acordo com o
documento “Regras de Redação do Relatório de Estágio” (ver imagem no site do
ISMT, em ESAE/Documentos);
•
Um exemplar do relatório em formato digital:
- O CD deverá ser entregue em capa rígida e a apresentação dessa capa deverá
ser igual à do relatório em suporte de papel, em formato reduzido;
- O CD deverá conter dois ficheiros separados e obrigatoriamente em formato pdf:
um com o relatório e o outro com os anexos e apêndices (se for o caso);
- O CD deverá ser entregue devidamente identificado;
•
Os relatórios de estágio deverão ser entregues da seguinte forma: um exemplar
ao orientador, um exemplar ao supervisor, um exemplar no Secretariado da
ESAE. O CD deverá ser igualmente entregue no Secretariado da ESAE.
Nota: Ficarão disponíveis para acesso ao público, na Biblioteca do ISMT, os relatórios
cuja classificação seja igual ou superior a dezasseis valores.
14. Outras disposições
14.1. Situações de equivalência
No caso dos alunos a quem é dada equivalência à unidade curricular de Estágio, podem
ser observadas duas situações:
- O aluno que obteve equivalência ao estágio devido ao facto de no seu percurso escolar
anterior ter realizado um estágio equivalente (ex: aluno que tem licenciatura em Gestão
de Recursos Humanos, Economia ou outra área onde obteve as competências préprofissionais necessárias). Neste caso, a nota de estágio será dada de acordo com os
critérios de equivalência já definidos, mantendo os valores atribuídos na instituição onde
o estágio foi realizado.
10
- O aluno que obteve equivalência à frequência de estágio, uma vez que no seu percurso
profissional desenvolve ou desenvolveu atividades que lhe forneceram as competências
práticas e pré-profissionais exigidas pelo estágio curricular. Neste caso, o aluno terá
apenas de realizar o relatório de estágio, sendo para tal supervisionado por um docente
que o acompanhará ao longo deste processo.
14.2. Outras situações
Infrações ou casos especiais não contemplados no presente Manual serão submetidos à
apreciação da Coordenação do Curso de 2º Ciclo em Gestão de Recursos Humanos e
Comportamento Organizacional do ISMT.
11
Download

Manual de ESTÁGIOS - Instituto Superior Miguel Torga