APTIDÃO CARDIORRESPIRATÓRIA É a possibilidade do indivíduo em sustentar um exercício, que proporcione um ajuste cardiorrespiratório e hemodinâmico global ao esforço, realizado com intensidade e duração mais ou menos longa, onde a energia necessária para a realização desse exercício provém principalmente do metabolismo oxidativo. A aptidão cardiorrespiratória, assim como a resistência muscular localizada, é importante para o desempenho das atividades diárias das pessoas, possibilitando bom desempenho nas atividades laborativas ou de lazer, sem que se instale a fadiga, sendo influenciada principalmente pela: a) Capacidade respiratória celular. b) Fluxo sanguíneo periférico. AVALIAÇÃO FUNCIONAL A avaliação funcional representa a mensuração e interpretação da capacidade de mobilização metabólica (bioenergética) a partir do resultado obtido de protocolo (teste) específico. OBJETIVOS PARA A REALIZAÇÃO DE UMA AVALIAÇÃO FUNCIONAL O principal objetivo, para a realização de uma avaliação funcional, inclui investigação do processo de adequação dos ajustes fisiológicos as demandas metabólicas que ultrapassam as necessidades de repouso que representa a identifi‐
cação da capacidade aeróbia máxima do avaliado. É possível encontrar outros objetivos, a partir dos dados coletados do teste ergométrico, entre eles: a) Identificação da potência aeróbia máxima. b) Observação do comportamento do ECG durante o esforço progressivo. c) Possibilitar a correta prescrição de exercícios baseado no resultado, adequando volume e intensidade para a atividade a ser desenvolvida. d) Servir como parâmetro comparativo do grau de evolução do treinamento físico, quando aplicado de forma regular. e) Possibilitar a comparação com avaliações futuras. f) Avaliar o grau da dor precordial, g) Determinar o grau de comprometimento de uma coronariopatia. h) Avaliar a resposta pressórica e cronotrópica ao esforço. i) Avaliar o comportamento eletrocardiográfico em esforço. j) Avaliar a capacidade laborativa. POTÊNCIA E CAPACIDADE AERÓBIA Potência: ‐ é a medida da quantidade máxima de energia que pode ser produzida pelo metabolismo aeróbio por uma determinada unidade de tempo. Capacidade: ‐ indica teoricamente a quantidade total de energia que pode ser fornecida pelo sistema aeróbio. De maneira simples, podemos definir potência aeróbia como a capacidade que um indivíduo tem em realizar uma atividade física com duração superior a quatro minutos, onde a energia requerida para esta atividade provém primordialmente do metabolismo oxidativo dos nutrientes. O consumo de oxigênio V02 é a medida mais exata de que dispomos para avaliarmos a potência aeróbia de um indivíduo ao realizar um trabalho físico. É definido como sendo a quantidade de oxigênio que um indivíduo consegue captar do ar alveolar, transportar aos tecidos pelo sistema cardiovascular e utilizar a nível celular na unidade de tempo. O consumo de oxigênio se comporta de maneira diferente quanto a idade, sexo, constituição corporal, ambiente, etc., sendo relativamente constante em um dado indivíduo, embora também possa diminuir por falta de atividade física aeróbia, como também possa aumentar após um período de treinamento aeróbio. Dentro das diversas variáveis que compõe a Aptidão Física Geral, a potência aeróbia é uma das mais importantes, pois de sua avaliação podemos obter dados sobre o sistema cardio‐respiratório de um indivíduo e de que forma várias funções fisiológicas se adaptam ás necessidades metabólicas quando da realização de um trabalho físico. O consumo de oxigênio é geralmente expresso em: ‐ I(min) ‐1 (litros por minuto); ‐ ml(kg‐min) ‐1 (mililitros por kg de peso corporal por minuto); ‐ Met (1 unidade metabólica que corresponde ao consumo de 02 , em condições de repouso e equivale a 3,5 ml(kg‐min) ‐1 ). As avaliações da potência aeróbia se iniciaram há quase um século e assim hoje existe uma infinidade de testes que ora são simples e altamente aplicáveis, ora são altamente complexos, geralmente traduzindo o grau de desenvolvimento científico e tecnológico do país do pesquisador. Na avaliação da potência aeróbia podemos usar alguns aparelhos denominados ergômetros, dos quais podemos citar: a bicicleta ergométrica (mecânica ou eletromagnética), a esteira rolante, o banco de madeira, o remo‐ergômetro (específico para remadores), a "swiming‐flume" (específica para nadadores), como também podemos considerar as pistas de atletismo e quadras de esporte. As medidas realizadas nesses ergômetros podem ser feitas de duas formas: direta: ‐ onde o VO2 do indivíduo é analisado através de métodos químicos e físicos, com um custo operacional elevado e que em termos de aplicação para grandes populações é pouco viável sendo, no entanto, a medida de maior precisão; indireta: ‐ avaliação em geral, baseada na relação linear que existe entre a freqüência cardíaca (F.C.) e o VO2 , medido quando as requisições e produção energética tenham chegado a equilíbrio (steady‐state). Esse tipo de avaliação é feita utilizando‐se nomogramas, fórmulas, análises de regressão, desenvolvidos a partir de medidas diretas e com o objetivo de predizer o VO2 do indivíduo partindo de um teste submáximo. ¾
MEDIDA DIRETA DO CONSUMO MÁXIMO DE OXIGÊNIO ATRAVÉS DA ERGOESPIROMERIA Para medidas do consumo máximo de oxigênio feitas de forma direta utiliza‐se a ergoespirometria ou teste cardiopulmonar. Este teste faz a determinação das trocas gasosas (consumo de oxigênio e produção de gás carbônico) através dos gases inspirados e expirados. Além da monitorização eletrocardiográfica e da pressão arterial, o sistema de máscara ou bocal interligado a equipamento eletrônico também irá permitir a passagem de gases expirados, os quais serão analisados e registrados. Clip específico impedirá respiração por via nasal (Serra, 1997). Os protocolos de esforço preconizados devem ser individualizados, independente do ergômetro utilizado. Tem sido recomendado, pela melhor identificação do limiar anaeróbio e por permitir maiores níveis de VO2máx, os denominados protocolos de rampa. Estes caracterizam‐se por incrementos de carga em reduzido intervalo de tempo (até mesmo de 6seg), com duração total do teste variando entre 8 e 12 minutos. A aplicação de questionários preditores da potência aeróbia máxima do indivíduo testado, indicaria qual o VO2 estimado a ser alcançado aos 10 minutos de exercício, assim como seu grau de incremento (Serra, 1997). LIMIAR ANAERÓBIO Pode ser definido como a intensidade de esforço, ou o consumo de oxigênio acima da qual a produção de ácido láctico supera sua própria remoção, provocando aumento na ventilação. Assim, simultaneamente, eleva‐se a ventilação pulmonar, porém sem proporcional elevação do consumo de oxigênio, resultar do em aumento da relação VE/VO2 ‐ equivalente respiratório de VO2 ‐ que é o índice utilizado na avaliação da eficiência respiratória. Pode ser caracterizado como a intensidade de exercício em que o VE/VO2 atinge o menor valor. O limiar anaeróbio é muito utilizado na avaliação e prescrição de exercício de atletas e não‐atletas. Normalmente, indivíduos não treinados atingem o limiar anaeróbio entre 50‐70% do VO2máx, enquanto atletas atingem o limiar anaeróbio em até 85% do VO2máx. CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS PROTOCOLOS DE TESTAGEM Existe um grande número de protocolos que apresentam pontos positivos e negativos, porém a escolha de um determinado teste deverá necessariamente ter como orientação a interferência dos seguintes fatores: objetivos do teste; população a ser testada; disponibilidade de material. Dentre os erros mais comuns, observados durante a utilização da esteira rolante em uma avaliação, destacam‐se: deslocamento com os joelhos fletidos; inclinação do tronco á frente; correr olhando para o solo; correr não mantendo um equilíbrio nas duas pernas; passadas curtas; permitir ao avaliado que apóie as mãos no suporte lateral ou frontal. ¾
CICLOERGOMETRIA X ESTEIRA ROLANTE A seguir serão listadas as principais vantagens e desvantagens da utilização do cicloergômetro e da esteira em um teste ergométrico. 9
Cicloergômetro (bicicleta ergometrica) Principais vantagens: Permite pequenos aumentos de carga; forma mais fácil de prescrição de exercícios; maior facilidade de registro do ECG, da pressão arterial e da ausculta durante o exercício físico; possui uma técnica mais simples no manuseio do instrumento; pode ser utilizado em diferentes posições; fácil de ser transportado; menor custo financeiro para aquisição e manutenção; Principais desvantagens: O cicloergômetro envolve uma menor massa muscular durante o exercício que a esteira, obrigando em geral o avaliado a terminar o teste sem atingir um VO2max mais elevado, comumente observado nos testes máximos em esteira; fadiga precoce do quadríceps femoral, antes que um nível adequado de exercício tenha sido atingido; requer que o avaliado saiba pedalar; para um mesmo VO2max o débito cardíaco é igual ou menor e o volume sistólico é menor ao observado na esteira rolante. 9
Esteira rolante Principais vantagens: Usa um tipo comum de exercício (caminhar / correr); utiliza uma massa muscular maior; impõe para o mesmo VO2, menor stress ao sistema cardiovascular, ou seja, menores níveis de duplo produto, pressão arterial média e freqüência cardíaca. Principais desvantagens: Custo financeiro de aquisição e manutenção elevados; maior dificuldade de registro do ECG e pressão arterial; transporte praticamente inviabilizado devido ao peso e dimensão; nível de ruído elevado; o peso corporal interfere no trabalho físico realizado. 9
Algumas doenças contra‐indicam o teste, tais como: ‐ Enfarto do Miocárdio recente. ‐ Embolia Pulmonar recente. ‐ Doença Cardíaca congênita. ‐ Hipertensão grave. ‐ Doenças do Sistema Nervoso Central em fase aguda. ‐ Doenças Infecciosas agudas... 9
Durante a aplicação do teste, alguns sintomas indicam a necessidade de interrompê‐lo, tais como: ‐ Desmaio iminente. ‐ Dor intolerável. ‐ Confusão mental. ‐ Náusea ou Vômito... CÁLCULO DA FREQÜÊNCIA CARDÍACA MÁXIMA A FCmax é finita, sendo limitada principalmente pela capacidade elétrica do coração. Outra informação importante que o avaliador nunca deve esquecer, está relacionada com a curva negativa da FCmax e o fator idade. Esse fato foi comprovado por diversos pesquisadores como Cooper, Bruce, Ellestad, Sheffield entre outros. Existem várias fórmulas disponíveis para o cálculo da FCmax todas levam em consideração o fator idade. Entretanto, algumas levam em considerarão o grau de condicionamento do indivíduo, visto que a FCM pode sofrer uma modificação segundo o nível de capacidade física, treinado ou destreinado (Fox et al. 1991). Entre as equações mais utilizadas encontram‐se a de Karvonen. Jones e Sheffield, sendo que a deste último é adotada pelo Colégio Americano de Medicina do Esporte. Fórmulas para cálculo da freqüência cardíaca máxima (FCM) Autores Fórmula Karvonen(1) FCM = 220 – idade Jones (2) FCM = 210 ‐ (0,65 x idade) Sheffield (3) Destreinado ‐ FCM = 205 ‐ (0,41 x idade) Treinado ‐ FCM = 198 ‐ (0,41 x idade) Durante a utilização de qualquer uma das equações apresentadas para o cálculo da FCm,X, é interessante considerar a existência de uma flutuarão nos escores previstos para ± 12 bpm (Mastrocolla, 1993). MEDIDAS DA POTÊNCIA AERÓBIA TESTE DE CORRIDA DE 1000 METROS Objetivo: medir potência aeróbia máxima em crianças de 8 a 13 anos de idade. Material: ‐ avaliado trajando short, camiseta e tênis; ‐ local plano demarcado (pista de atletismo); ‐ 1 cronômetro; ‐ números para serem fixados nas camisetas; ‐ dois avaliadores para um grupo de no máximo 6 avaliados por vez; ‐ folha para anotação. Procedimentos: Saindo da posição em pé sob a voz de comando "Atenção, já!" os avaliados deverão percorrer os 1000 metros no menor tempo possível, não sendo permitido andar durante o teste. O ritmo deverá ser constante. O valor do consumo máximo de oxigênio é calculado através da seguinte fórmula: X = (652,17 ‐ Y) / 6,762 onde: X = consumo máximo de oxigênio em ml/kg.min ‐1 Y = tempo de corrida, em segundos, nos 1000 metros e 652,17 e 6,762 são constantes. Por exemplo: um garoto correu os 1000 metros em 4 minutos e 53 segundos; seu consumo de oxigênio será de 53 ml/kg.min ‐1 Precauções: 1) realizar o teste pela manhã ou a tarde e nunca quando a temperatura estiver muito alta ou muito baixa; 2) orientar com antecedência os avaliados quanto ao horário da última refeição; 3) orientar quanto ao calcado a ser usado (evitar o tênis “novinho”); 4) orientar sobre o ritmo a ser mantido durante o teste; 5) incentivar os mais jovens durante o teste, pois se distraem facilmente; 6) verificar com antecedência o cronômetro; 7) sugerir exercícios de alongamento antes e depois do teste. TESTE DE BANCO DE ASTRAND Objetivo: Avaliar potência aeróbia em jovens e adultos até 35 anos de idade. Material: ‐ 1 banco de madeira com plataforma de 45 x 45 cm e com a seguinte altura, segundo os avaliados: ‐ banco de 40 cm de altura, para jovens de sexo masculino ‐ banco de 33 cm de altura, para jovens de sexo feminino ‐ 1 estetoscópio de canículo longo; ‐ 1 cronômetro; ‐ 1 fita para fixar o estetoscópio; ‐ 1 balança para medida de peso corporal; ‐ 1 metrônomo; ‐ 1 folha de protocolo; ‐ 1 Nomograma de Astrand. Procedimentos: Seguindo um ritmo de 22,5 passadas por minuto o avaliado deverá subir e descer do banco por um período de 5 minutos (90 batidas do metrônomo por minuto). A freqüência cardíaca deverá ser medida nos 15 segundos finais de cada um dos 5 minutos. Terminado o teste, usando o nomograma de Astrand, unimos o peso corporal do indivíduo (linha C) e a freqüência cardíaca do último minuto (linha A) por uma reta que, cruzando a linha b, determina em algum ponto dessa linha o valor do consumo de oxigênio em l/min. Por exemplo: uma mulher terminou o teste com a ‐1
freqüência cardíaca de 156 bpm, sendo seu peso corporal de 61 kg seu consumo de oxigênio será de 2,4 l(min) . Precauções: 1) como no teste de Banco de Balke devemos fixar o estetoscópio no tórax do indivíduo para facilitar a ausculta como também não atrapalhar o avaliado no ritmo de subida e descida do banco, quando da medida da freqüência cardíaca; 2) observar se o ritmo está sendo seguido; 3) treinar a ausculta cardíaca ao som do metrônomo; 4) orientar quanto ao horário da última alimentação. TESTE DE BICICLETA ERGOMÉTRICA ASTRAND Objetivo: Medir potência aeróbia em crianças a partir de 11 anos de idade, adolescentes e adultos. Material: ‐ 1 bicicleta ergométrica (mecânica ou eletromagnética); ‐ 1 estetoscópio; ‐ 1 estigmomanômetro; ‐ 1 balança para medida de peso corporal; ‐ 1 cronômetro; ‐ 1 folha para anotação; ‐ 1 escala de Borg ‐ Percepção Subjetiva de Esforço Procedimentos: 1) regular a altura do selim; 2) o indivíduo deverá pedalar em um ritmo de 60 rotações por minuto (rpm) na bicicleta eletromagnética e a 50 rpm na bicicleta mecânica; 3) o teste será realizado em 8 minutos; 4) desse total de 8 minutos, o avaliado pedalará em uma carga inicial (carga 1) durante 4 minutos e mais 4 minutos na carga 2. Essas cargas serão dadas segundo os seguintes critérios: 9
Na bicicleta eletromagnética CARGA 1 CARGA 2 9
Crianças / Sedentários
25 watts
1 a 2 watts/Kg
Jovens
50 watts
2,0 watts/Kg
Atletas 50 watts 2,0 a 2,5 watts/Kg
Na bicicleta mecânica CARGA 1 CARGA 2 Crianças / Sedentários
0,5 Kg
2% do peso corporal
Jovens e Atletas 1,0 Kg 4% do peso corporal
5) depois de calculada a carga 2 o teste poderá ser iniciado após ter‐se medido a freqüência cardíaca de repouso e a pressão arterial; 6) o avaliado iniciará o teste na rotação apropriada para o cicloergômetro, medindo‐se a frequência cardíaca e a pressão arterial a todo minuto; 7) passados os primeiros 4 minutos, o avaliado pedalará na carga 2; se no segundo minuto desta carga a freqüência cardíaca, apesar de ter aumentado com o esforço não tiver atingido a 120 bpm, deveremos aumentar a carga 2 em mais 25 watts ou 0,5 kg e prosseguir por mais 4 minutos nesta nova carga; 8) na carga 2 espera‐se que a frequência cardíaca se estabilize em torno do 3o. e 4o. minuto, com valores entre 140 e 170 bpm; 9) esse equilíbrio (steady‐state) pode ser definido por convenção como uma diferença não superior a 4 bpm entre a freqüência cardíaca do penúltimo e último minuto da carga 2; 10) caso esse equilíbrio não tenha acontecido no decorrer desse tempo, deveremos fazer com que o avaliado pedale por mais um ou dois minutos, quando então esse fato deve ocorrer. 11) para o cálculo do consumo de oxigênio utilizamos o Nomograma de Astrand; 12) partindo‐se então da freqüência cardíaca do último minuto da carga 2 e a correspondente carga de trabalho (linha D), unimos esses dois pontos uma reta e obtemos o consumo de oxigênio na linha b: existe um fator de correção por idade que deverá ser calculado; Fator de correção por idade Fator a ser utilizado na correção do consumo de oxigênio máximo. Este fator deve ser multiplicado pelo valor encontrado no Nomograma. IDADE FATOR DE CORREÇÃO 15 25 35 40 45 50 55 60 65 1,10 1,00 0,87 0,83 0,78 0,75 0,71 0,68 0,65 Precauções: 1) observar sempre os possíveis sinais e sintomas de interrupção imediata do teste, descrito no Capítulo de Aspectos Gerais; 2) observar se o ritmo de pedaladas está sendo mantido; 3) quando utilizar bicicleta mecânica verificar se a carga de trabalho se mantém constante, com o aquecimento da correia; 4) sempre anotar os resultados logo após serem medidos; 5) realizar o teste num ambiente ventilado, tranqüilo e de preferência com precisão e cuidado; 6) não permitir que o avaliado faça o teste descalço, a não ser que este esteja acostumado; 7) quando utilizar o nomograma observar corretamente as colunas correspondentes aos sexo masculino e feminino. TESTE DE CORRIDA DE 12 MINUTOS Objetivo: medir potência aeróbia em crianças a partir de 12 anos de idade, adolescentes e adultos. Material: pista de atletismo ou local plano demarcado de 50 em 50 metros; 1 cronômetro; números para serem fixados nas camisetas dos avaliados; apito e folha para anotação dos resultados. Procedimentos: 1) com antecedência orientar os avaliados quanto: ao vestuário que deverá ser de calção, camiseta e tênis; ao horário da última refeição que deverá ter uma precedência de 2 horas com relação a realização do teste; àqueles que fumam pede‐se não fumar pelo menos 2 horas antes e 2 horas depois do teste ou ainda mais que deixem de fumar para melhorarem sua potência aeróbia; 2) o teste tem como objetivo fazer o avaliado percorrer a maior distância possível em 12 minutos sendo permitido o andar durante o teste; 3) na medida do possível o ritmo das passadas deverá ser constante durante todo o teste; 4) o número de avaliados em cada teste poderá ser de 20 ou 30 de uma única vez, dependendo da prática do avaliador como também da possibilidade de se ter um auxiliar; 5) o início do teste se fará sob a voz de comando "Atenção! Já!" acionando‐se o cronômetro concomitantemente e o término do teste se fará com um apito; 6) o avaliador e se possível um auxiliar permanecerão na linha de saída, no caso de se utilizar uma pista de atletismo, e irão anotar uma a uma, as voltas de cada avaliado; 7) deve‐se avisar aos avaliados o tempo já decorrido de teste, de preferência de 3 em 3 minutos, para que os avaliados possam dosar melhor o ritmo de corrida de acordo com suas condições; 8) não se aconselha permitir aos avaliados que corram o último minuto do teste em velocidade bem superior do que aquela que já vinha sendo mantida, pois o teste tem como objetivo avaliar a potência aeróbia e um "pique" como este levaria os avaliados a se exercitarem em anaerobiose, o que não vem de encontro ao objetivo do teste; 9) orientar os avaliados que terminado o teste estes deverão permanecer o mais próximo possível do local de chegada, para que você possa anotar a quantidade de metros percorridos nesta última volta; 10) aconselha‐se aos indivíduos que terminarem o teste extremamente extenuados que se deitem por uns 2 ou 3 minutos, mantendo os membros inferiores uma posição mais elevada do que o resto do corpo e logo após andem. Queremos ressaltar que o ideal seria continuar andando após o término do teste, fazendo‐se uma recuperação ativa; 11) após serem computados os metros percorridos por cada avaliado, utiliza‐se as tabelas seguintes classificando‐
os em 5 categorias diferentes de acordo com a idade e o sexo; os valores de consumo máximo de oxigênio encontrados pela equação: VO2máx = (Distância – 504,1) / 44,9 Precauções: 1) como em todo teste de esforço máximo o avaliado aqui também deverá antes de mais nada passar por exame médico para verificar se ele se encontra em condições de realizar um esforço máximo, sendo que deverão ser observadas as contra‐indicações absolutas e relativas ao esforço descritas no capítulo de Aspectos Gerais; 2) com antecedência ir ao local da avaliação e verificar se a metragem do local está correta; 3) realizar o teste pela manhã ou a tarde e nunca quando a temperatura estiver muito alta ou muito baixa, de preferência entre 18 e 25 0 C.; 4) recomenda‐se que um aquecimento de aproximadamente 5 minutos seja dado para todos os avaliados contendo exercícios de alongamento da musculatura dos membros inferiores e superiores, como também do tronco. HOMENS I. Muito Fraca II. Fraca III. Razoável IV. Boa V. Excelente <30 anos <1600 1600‐2000 2000‐2400 2400‐2800 >2800 30‐39 anos
<1500
1500‐1800
1800‐2200
2200‐2650
>2650
40‐49 anos
<1350
1350‐1650
1650‐2100
2100‐2500
>2500
>50 anos
<1300
1300‐1600
1600‐2000
2000‐2400
>2400
<30 anos <1500 1500‐1800 1800‐2150 2150‐2650 >2650 30‐39 anos
<1350
1350‐1650
1650‐2000
2000‐2500
>2500
40‐49 anos
<1200
1200‐1500
1500‐1800
1800‐2350
>2350
>50 anos
<1000
1000‐1350
1350‐1650
1650‐2150
>2150
MULHERES I. Muito Fraca II. Fraca III. Razoável IV. Boa V. Excelente Nível de Aptidão Física do American Heart Association ‐ AHA ‐ Para Mulheres ‐ Vo2 max em ml(kg.min)
Idade Muito Fraca Fraca
Regular
Boa Excelente
20 ‐ 29 ‐ 24 24 ‐ 30
31 ‐ 37
38 ‐ 48 > 49
30 ‐ 39 ‐ 20 20 ‐ 27
28 ‐ 33
34 ‐ 44 > 45
40 ‐ 49 ‐ 17 17 ‐ 23
24 ‐ 30
31 ‐ 41 > 42
50 ‐ 59 ‐ 15 15 ‐ 20
21 ‐ 27
28 ‐ 37 > 38
60 ‐ 69 ‐ 13 13 ‐ 17
18 ‐ 23
24 ‐ 34 > 35
Nível de Aptidão Física do American Heart Association ‐ AHA ‐ Para Homens ‐ Vo2 max em ml(kg.min)
Idade Muito Fraca Fraca
Regular
Boa Excelente
20 ‐ 29 ‐25 25 ‐ 33
34 ‐ 42
43 ‐ 52 > 53
30 ‐ 39 ‐23 23 ‐ 30
31 ‐ 38
39 ‐ 48 > 49
40 ‐ 49 ‐20 20 ‐ 26
27 ‐ 35
36 ‐ 44 > 45
50 ‐ 59 ‐18 18 ‐ 24
25 ‐ 33
34 ‐ 42 > 43
60 ‐ 69 ‐16 16 ‐ 12
23 ‐ 30
31 ‐ 40 > 41
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