SIBUTRAMINA O cloridrato de Sibutramina é uma amina terciária inibidora da recaptação da serotonina e da noradrenalina, reduzindo acentuadamente o ganho do peso corporal juntamente com a diminuição da ingestão calórica pelo aumento das respostas à saciedade pós-ingestão e aumenta o gasto de energia pelo aumento da taxa metabólica. Indicação: Tratamento da obesidade quando a perda de peso está clinicamente indicada; deve ser usado em conjunto com dieta e exercícios, quando somente a dieta e exercícios não são eficientes. Farmacocinética: Os níveis plasmáticos máximos foram obtidos 1,2 horas após uma única dose oral de 20mg e a meia-vida da sibutramina é de 1,1 horas. A via urinária é a principal via de eliminação da sibutramina e de seus metabólitos que são excretados, preferencialmente, na urina. Dose Usual: Cápsulas de 10mg ao dia. A perda de peso torna-se evidente em 4 semanas. Caso ocorra resposta inadequada aumentar a dose para 15mg ao dia. Contra-Indicação: Pacientes com hipersensibilidade a sibutramina, anorexia nervosa, bulimia nervosa e desordens da alimentação, conhecimento ou suspeita de gravidez e lactação. Precaução: Não recomendar o uso para menores de 18 anos e idosos com mais de 65anos, gravidez e lactação. Efeitos Adversos: Pode ocorrer: dor de cabeça, secura na boca, insônia, dor nas costas, vasodilação, taquicardia, palpitações, anorexia, constipação, aumento de apetite, náuseas, dispepsia, vertigem, parestesia, dispnéia, sudorese, alteração do paladar e disminorréia. Interação Medicamentosa: Não administrar outros medicamentos de ação central para redução de peso. Referência Bibliográfica: Dicionário de Especialidades Farmacêuticas – DEF – 30º Edição 2001/2002. ANFEPRAMONA - DIETILPROPRIONA Anfepramona, antigamente chamada de dietilpropiona, fármaco que interfere no metabolismo e nutrição, provocando anorexia, isto é, redução ou perda de apetite. Devem ser usados apenas como coadjuvantes no tratamento da obesidade. É considerado o menos perigoso dos anorexígenos para pacientes que sofrem de hipertensão leve a moderada. Utilizada na forma de cloridrato. Indicação: Obesidade exógena, durante curto tempo (poucas semanas), em conjunto com regime de redução de peso baseada na restrição calórica, exercício e modificação de comportamento. Farmacocinética: Duração da ação: comprimidos, 4 horas; comprimidos de ação prolongada, 12 horas. Anfepramona e seus metabólitos atravessam as barreiras placentária e hematoencefálica e são também excretados pelo leite. Posologia: Via oral: 25mg, 3vezes ao dia 1 hora antes das refeições. Contra-indicação: Arterosclerose adiantada, doença cardiovascular sintomática, hipertensão, hipertiroidismo, hipersensibilidade a aminas simpatomiméticas, estados agitados, isquemia cerebral, glaucoma, lactação, gravidez, consumo de álcool. Precaução: Não se recomenda seu uso em crianças até 12 anos de idade. Efeitos adversos: Nervosismo, insônia, irritabilidade, fraqueza, tensão, confusão, tremor, cefaléia, secura da boca, paladar desagradável, irritação ocular, hipertensão, sudorese. Interação medicamentosa: O uso da anfepramona com álcool potencializa os efeitos sobre o sistema nervoso central. A clopromazina pode antagonizar o efeito anorexígeno da anfepramona. Referência bibliográfica: KATZUNG, B. G. Farmacologia Básica e Clínica, Guanabara Koogan, 6ºedição, 1997. FEMPROPOREX É um anorexígeno mais suave que a anfepramona. Usado na forma de cloridrato. Após a administração oral é biotransformado em anfetamina. Indicação: Utilizada como anorexígeno, adjunto no tratamento da obesidade exógena moderada a severa, durante curto tempo (poucas semanas), em conjunto com regime de redução de peso baseada na restrição calórica, exercício e modificação de comportamento. Farmacocinética: Duração da ação: comprimidos, 4 horas; comprimidos de ação prolongada, 12 horas. Anfepramona e seus metabólitos atravessam a barreira placentária e hematoencefálica. O fármaco e seus metabólitos são excretados pelo leite. Posologia: Via oral: adultos, 20 a 25mg/dia, em tomada única ou tomadas divididas. Contra-Indicação: Arterosclerose adiantada, doença cardiovascular sintomática, hipertensão, hipertiroidismo, hipersensibilidade a aminas simpatomiméticas, estados agitados, isquemia cerebral, glaucoma, lactação, gravidez, consumo de álcool. Precaução: Não se recomenda seu uso em crianças até 12 anos de idade. Efeitos Adversos: Nervosismo, insônia, irritabilidade, fraqueza, tensão, confusão, tremor, cefaléia, secura da boca, paladar desagradável, irritação ocular, hipertensão, sudorese. Interação Medicamentosa: O femproporex pode diminuir os efeitos hipotensivos dos agentes anti-hipertensivos, especialmente clonidina, guanetidina, metildopa ou alcalóides da Rauvolfia. Podem aumentar os efeitos hipoglicêmicos da insulina e sulfoniluréias. O uso do álcool potencializa os efeitos do SNC. Antidepressivos tricíclicos podem diminuir seus efeitos anorexígenos. Outros estimulantes do SNC ou hormônios tireoidianos podem aumentar os efeitos estimulantes. Referência Bibliográfica: KATZUNG, B. G. Farmacologia Básica e Clínica, Guanabara Koogan, 6ºedição, 1997. FLUOXETINA A Fluoxetina, derivado propilamínico cíclico, é inibidor potente e seletivo da captura de serotonina nas fendas sinápticas do SNC. Possui também efeito anorexígeno. Indicação: Tratamento de depressão maior, de distúrbio obsessivo-compulsivo, bulemia nervosa. Farmacocinética: Absorvida rapidamente pelo trato gastrintestinal, amplamente distribuída pelo organismo, início de ação entre 1 a 4 semanas, excretada principalmente (80%) pela urina sobre a forma de metabólitos. Dose usual: Depressão: via oral, dose inicial de 20mg/dia em dose única pela manhã. A dose pode ser aumentada depois de algumas semanas. Doses superiores a 20mg/dia devem ser fracionadas, pela manhã e à noite. Doses para pacientes geriátricos não devem exceder 60mg/dia. Não se determinaram a segurança e a eficácia em crianças. Contra-Indicação: Hipersensibilidade ao fármaco, gravidez, lactação. Precaução: Evitar o uso de bebidas alcoólicas durante o tratamento; deve ser usada com cautela em pacientes debilitados ou em pacientes que tomam múltiplos medicamentos ativos sobre o SNC, pacientes estes que podem ser mais suscetíveis a convulsões induzidas pela fluoxetina; devese levar em consideração a relação risco-benefício quando existem os seguintes problemas médicos: convulsões, diabetes melito, insuficiência hepática, insuficiência renal. Efeitos Adversos: Exantema e urticária, ansiedade, nervosismo, insônia, hipomania, anorexia, com freqüente perda de peso, reação alérgica ou síndrome semelhante à doença do sono, náuseas, vômito, cefaléia, convulsões, tremor, sonolência, secura da boca, diarréia, tontura. Interação Medicamentosa: Pode prolongar a meia-vida do diazepam; álcool e outros depressores do SNC podem potencializar os seus efeitos; triptofano causa agitação, inquietação e distúrbios gastrintestinais. Referência Bibliográfica: Katsung; Farmacologia básica e clínica, 6º edição; Ed. Lange, 1998. Rang,Dale,Ritter ;Farmacologia,3º edição, Ed. Guanabara e Koogan. Korolkovas; Dicionário Terapêutico, Ed. Guanabara e Koogan, 1997/98. ALANTOÍNA NOME QUÍMICO: 5-ureído-Hidantoína / Diureido Delácido Glioxílico FÓRMULA MOLECULAR: C4 H6 N4 O3 PESO MOLECULAR: 158,10 SOLUBILIDADE: pouco solúvel em água, muito pouco solúvel em álcool, praticamente insolúvel em éter e clorofórmio. INDICAÇÃO: possui ação antiirritante auxiliando o sistema de defesa da pele no processo de proliferação de novas células e estimulando a epitelização. A alantoína porém, não é considerada como um cicatrizante apesar de auxiliar no processo. PRINCIPAIS USOS: proteção temporária de fístulas, arranhões e queimaduras; previne e protege contra irritação, rachadura da pele e lábios; mantém menos seca e mais suave, feridas oriundas de queimaduras pelo frio ou febre; tratamento e proteção de assaduras em bebês pelo uso de fraldas. CONCENTRAÇÃO USUAL: de 0,5 a 2,0% em cremes, loções e xampus. TOLERÂNCIA: excelente. Não foram relatados efeitos tóxicos, reações alérgicas ou estados irritativos quando utilizado sobre a pele. ARMAZENAMENTO: recipiente hermeticamente fechado, ao abrigo da luz e umidade. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: BATISTUZZO, J. A O; ITAYA, M.; ETO, Y. Formulário MédicoFarmacêutico, Tecnopress, 2000. DIAZEPAM Pertence a classe dos benzodiazepínicos, usado principalmente como sedativo-hipnótico e ansiolítico. Indicação: Por via oral: às vezes é útil como adjuvante a outros fármacos anticonvulsivantes em espasmos monoclônicos e crises atônicas. Farmacocinética: Por via oral, rápida e completamente absorvido no trato gastrintestinal; meia-vida prolongada em crianças prematuras, pacientes idosos e com doença hepática; excretado pelos rins, principalmente na forma de metabólitos. Posologia: Via oral: adultos – 2 a 10mg duas a quatro vezes por dia, começando com dose baixa e aumentando a quantidade gradativamente; crianças, inicialmente 2 a 4 mg por dia em doses individuais. Contra-Indicação: Hipersensibilidade ao fármaco, insuficiência hepática ou renal, insuficiência pulmonar crônica, depressão mental, tendências suicidas, miastenia grave, glaucoma de ângulo estreito, gravidez e lactação. Precaução: Evitar a ingestão de álcool ou outros depressores do SNC durante o tratamento; não se empenhar em atividades que exijam completa vivacidade mental, tais como operar máquinas ou dirigir automóveis; são geralmente excretados pelo leite materno; o uso prolongado e/ou doses elevadas podem causar dependência física ou psíquica, após o uso prolongado, a suspensão deve ser gradual, para evitar a síndrome de abstinência. Efeitos Adversos: Sonolência e ressaca diurnas, mas com menor freqüência que as produzidas por barbitúricos, ataxia, tontura, obnubilação, diplopia, amnésia, hipotensão, tremor, incontinência urinária,constipação, fala empastada e leucopenia. Interação Medicamentosa: Aumenta os efeitos de anticoagulantes orais do grupo cumarínico; álcool, barbitúricos e outros depressores do SNC aumentam a depressão com risco maior de apnéia; carbamazepina diminui suas concentrações séricas; ranitidina diminui sua absorção e reduz sua concentração plasmática em 25%. Referência Bibliográfica: KATZUNG, B. G. Farmacologia Básica e Clínica, Guanabara Koogan, 6ºedição, 1997.