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PROTOCOLOS INICIAIS PARA MICROPROPAGAÇÃO DE HORTELÃ
(Mentha viridis)
(Art. 170 pesquisa)
Ciências Agrárias
Guilherme Gazola Knabben e Gilmar Pezzopane Plá
Curso de Agronomia – Campus Tubarão.
Introdução
Resultados e Discussão
A cultura de tecidos é uma ferramenta com alto potencial de aplicação no
melhoramento vegetal. Ela pode ser utilizada desde a multiplicação de material genético,
para a troca e avaliação de germoplasma, até a produção de mudas livres de vírus.
Nessa técnica pequenos fragmentos de tecido vivo, chamados de explantes, são isolados
de um organismo vegetal desinfetado e cultivados assepticamente por períodos
indefinidos em um meio de cultura apropriado. O objetivo é obter nova planta idêntica à
original, ou seja, realizar uma clonagem vegetal de modo a obter um novo individuo
mantendo-se o genótipo idêntico ao ancestral.
A composição e concentração de reguladores de crescimento no meio são fatores
determinantes no padrão de desenvolvimento na maioria dos sistemas de cultura de
tecidos, sendo as auxinas e as citocininas as classes mais utilizadas neste sistema de
cultivo. (Torres et al, 2001)
A vitrificação é uma das principais anomalias que tem recebido atenção especial
nos últimos anos, tendo sido observado a interação simultânea de diversos fatores
interferindo nas principais vias metabólicas como a fotossintese, transpiração e
respiração. Plantas vitrificadas são caracterizadas por apresentarem baixos níveis de
lignina e celulose; baixa resistência de parede celular ; hipertrofia celular); folhas
entumescidas e quebradiças.
A hortelã (Mentha viridis L.) da família Lamiaceae é muito utilizada na medicina
popular. As mentas possuem efeitos antiespasmóticos, diuréticas, carminativas,
estomáquicas, além das propriedades tônicas e estimulantes, favorecem a expectoração,
no uso contra tosses e asma. Aliviam as dores de cabeça e reumáticas, sua ação
rapidamente difunde-se pelo sistema nervoso, especialmente no periférico. Sendo
também largamente utilizada pelas industrias de vários países para extração do óleo
essencial, que é rico em monoterpenos, com propriedades cosméticas, farmacêuticas,
culinárias, bem como para fabricação de licores (Brugnera et al, 1999).
Conforme mostra a tabela 1, a percentagem de explantes vitrificados aumentou
conforme as concentrações dos reguladores de crescimento ANA e BAP, também
aumentaram, enquanto que no meio MS, sem reguladores de crescimento
(considerado como padrão no experimento) esta não ocorreu. Os eventuais fatores
da vitrificação têm sido atribuídos ao potencial osmótico, concentração dos
reguladores de crescimento, especialmente a citocinina, umidade e a concentração
salina do meio de cultura (DAGUIN & LETOUZÉ, 1986).
Já para os resultados relacionados com a contaminação dos explantes,
conforme mostra a tabela 2, observa-se que o aumento na concentração de ANA
levaram a uma diminuição dos níveis de contaminação destes, enquanto que o
aumenta na concentração de BAP não alterou a percentagem de contaminação. Este
resultado, de uma forma generalista, mostra um efeito antagônico ao processo de
vitrificação.
Objetivo
Este trabalho tem como objetivo determinar o meio de cultura ideal para
micropropagação da Mentha viridis, estabelecendo a melhor concentração e combinação
dos fitorreguladores.
Tabela 1-Porcentagem de explantes de hortelã vitrificados - Fonte: Knabben, 2009
% de Vitrificados
Resultados e Discussão
Conforme mostra a tabela 1, a percentagem de explantes vitrificados aumentou
conforme as concentrações dos reguladores de crescimento ANA e BAP, também
aumentaram, enquanto que no meio MS, sem reguladores de crescimento (considerado
como padrão no experimento) esta não ocorreu. Os eventuais fatores da vitrificação têm
sido atribuídos ao potencial osmótico, concentração dos reguladores de crescimento,
especialmente a citocinina, umidade e a concentração salina do meio de cultura (DAGUIN
& LETOUZÉ, 1986).
Já para os resultados relacionados com a contaminação dos explantes, conforme
mostra a tabela 2, observa-se que o aumento na concentração de ANA levaram a uma
diminuição dos níveis de contaminação destes, enquanto que o aumenta na concentração
de BAP não alterou a percentagem de contaminação. Este resultado, de uma forma
generalista, mostra um efeito antagônico ao processo de vitrificação.
0%
ANA: 0,4 mg/l
10,5%
ANA: 0,5 mg/l
18%
ANA: 0,75 mg/l
38,5%
BAP: 0,5 mg/l
43, 5%
BAP: 0,75 mg/l
56, 5%
A
Tabela 2-Porcentagem de explantes de hortelã contaminados -Fonte:Knabben,
2009.
% Contaminados
MS Normal
0%
ANA: 0,4 mg/l
28,75%
ANA: 0,5 mg/l
16,25%
ANA: 0,75 mg/l
2,5%
BAP: 0,5 mg/l
5%
BAP: 0,75 mg/l
5%
Metodologia
O presente trabalho foi realizado no laboratório de produção vegetal da
Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL).
Foram utilizados como fonte de explantes, segmentos nodais com
aproximadamente 1 cm de comprimento, retirados de plantas cultivadas in vitro em meio
MS semi-solido com 30 g L-1 de sacarose e 100 mg L-1 de mionositol, foram divididos em
6 tipos de concentração, que são: MS normal, ANA (Ácido Naftaleno Acético ) 0,4mg L-1 ,
ANA 0,5 mg L-1 , ANA 0,75 mg L-1 , BAP (Benzil Amino Purina) 0,5 mg L-1 e BAP 0,75 mg
L-1 em frascos com tampas contendo 30ml cada sendo colocados quatro explantes por
recipiente. O experimento contou com quatro repetições de vinte frascos.
Tais plantas foram mantidas em sala de crescimento com temperatura de 25 ± 2°,
com densidade de fluxo de fótons de 40 µmol m-2 s-1 provida por lâmpadas fluorescente
branca - fria e fotoperíodo de 16 h.
MS Normal
Conclusões.
Ao analisar os resultados do projeto concluímos que ao aumentarmos a
concentração do regulador de crescimento ANA (ácido naftaleno acético) e BAP
(benzilaminopurina), aumenta a percentagem de vitrificação das plantas de hortelã
cultivadas in vitro, comprovando assim que em níveis elevados são prejudicias ao
desenvolvimento das mesmas.
Mas também é importante ressaltar o comportamento das plantas de hortelã
cultivadas in vitro no meio de cultura MS(1962), sem reguladores do crescimento, as
quais não apresentaram sintomas de vitrificação e contaminação, o que de certa
forma vem de encontro ao objetivo geral deste trabalho.
Referências Bibliográficas
TORRES, A.C.; BARBOSA, N.V. dos R.; WILLADINO, L.; GUERRA, M.G.;
FERREIRA, C.F.; PAIVA, S.A.V. Meios e condições de incubação para a cultura
de tecidos de plantas: Formulações de meios para a cultura de tecidos de
plantas. Circular Técnica n° 24. Embrapa, Brasília, p 1-20, 2001.
BRUGNERA, A., CARDOSO, D., BOUERI, M.A. E MALUF, W.R. CULTIVO E
PROPRIEDADES MEDICINAIS DA HORTELÃ. Boletim Técnico de Hortaliças n°
34. UFLA, Departamento de Agricultura, 1 Ed. Julho, 1999.
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