Cidade Anápolis, de 03 a 09 de agosto de 2012 11 Investimento Aeroporto de Cargas têm obras reiniciadas com R$ 30 milhões Reativação do canteiro de obras do terminal aeroviário cria novo ânimo para a política econômica de Goiás, tendo Anápolis como um dos mais importantes pilares Claudius Brito O Governo do Estado está desembolsando R$ 30 milhões para a retomada das obras do Aeroporto de Cargas de Anápolis, que integra do Plano de Plano de Ação Integrada de Desenvolvimento (PAI), que será lançado oficialmente na próxima quarta-feira, 08, em Goiânia, no Oliveira´s Place, pelo Governador Marconi Perillo (PSDB), que não pôde estar na Cidade na última quinta-feira, 02, quando foi assinada a ordem de serviço para a execução do projeto de remodelação do aeroporto, devido estar acometido por uma virose. Coube ao secretário estadual de Gestão e Planejamento, Giuseppe Vecci, a missão de representar Marconi Perillo no evento, que também não teve a presença do Prefeito Antônio Gomide (PT), impedido de participar de atos Máquinas, operários e técnicos já estão trabalhando na área onde funcionará o Aeroporto de Cargas de Anápolis dessa natureza, por estar disputando a reeleição isso, disse, o próprio Go- com o Governo Federal e operar com aeronaves de secretário Giuseppe Vecgrande porte. Pouco tem- ci assinalou que o Goverpara o cargo. Ele foi repre- vernador determinou que com a iniciativa privada. No dia 02 de agosto po depois, os serviços se no do Estado tem grande sentado, na ocasião, pelo a equipe encontre novas secretário municipal de fontes de recursos para de 2010, ainda na gestão iniciaram, mas logo foram interesse em viabilizar o Desenvolvimento Urba- que a obra não seja, no- do ex-governador Alci- interrompidos. A nova projeto que, segundo ele, no Sustentável, Clodoveu vamente, paralisada. Uma des Rodrigues, foi reali- pista fica próxima a um não irá servir, apenas, a proposta, apontada pelo zada a audiência pública galpão que, ironicamente, Anápolis, mas a Goiás e à Reis. Segundo informou o próprio secretário, seria o que marcaria o início das pertenceu a um projeto região Centro-Oeste. secretário Giuseppe Vecci, aproveitamento de recur- obras, licitadas, à época, que não decolou: a fábrica os R$ 30 milhões não são sos dos leilões de créditos no valor de R$ 94 mi- de aviões para uso agríco- Apoio O presidente da Goiasuficientes para executar do Programa Fomentar. lhões, prevendo-se a im- la Dromader, da PZL Miea totalidade do projeto, Além disso, existem ou- plantação de uma pista lec da Polônia. Isso, ainda sindustrial, Ridoval Chiareloto, aproveitou a soleorçado em cerca de R$ tros caminhos, como, por com três mil metros de na década de 90. Curiosidades à parte, o nidade, com a presença de 120 a R$ 140 milhões. Por exemplo, buscar parcerias extensão, adequada para várias lideranças políticas e empresariais, para conclamar apoio a Marconi Perillo que, segundo ele, vem sendo alvo de perseguição política e de injustiças. “Mas ele (Marconi) não pára de trabalhar, seu compromisso com Goiás é muito maior do que essas picuinhas. O Governador tem um carinho muito grande para com Anápolis. E, se tem dois governos que mais respeitaram a Cidade, foram os dele e o de Henrique Santillo”, destacou. Plataforma Multimodal terá edital publicado até janeiro de 2013 Para os presidentes da Associação Comercial e Industrial de Anápolis (ACIA) e da FIEG Regional Anápolis, Luiz Medeiros e Ubiratan Lopes, respectivamente, a retomada das obras do Aeroporto de Cargas é um reconhecimento que o Governo faz à importância do Município, do ponto de vista da economia goiana. “Precisamos apoiar o Governador, para que Goiás tenha estabilidade política”, reforçou o dirigente da ACIA. O secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, Clodoveu Reis, disse que a obra tem uma importância estratégica muito grande para o crescimento do Estado e não só de Anápolis e que a mesma simboliza o bom momento que a Cidade atravessa, inclusive, quanto às parcerias administrativas entre o Município, o Estado e o Governo Federal. Fim de incentivos fiscais preocupa o Governo A Secretário Giuseppe Vecci, em Anápolis, assinou a autorização para o recomeço das obras do terminal de cargas aéreas O secretário estadual de Gestão e Planejamento, Giuseppe Vecci, aproveitou a sua vinda a Anápolis e deu outra importante notícia para o empresariado: até janeiro, por determinação do Governador Marconi Perillo, deverá ser lançado o edital da Plataforma Logística Multimodal, projeto lançado em 2007 e com infraestrutura realizada em um terreno de cerca de 600 mil metros quadrados, localizado próximo ao Distrito Agro Industrial. Segundo informou o secretário, foi contratada uma consultoria internacional para revisar e reavaliar todo o projeto, assim como para definir os perfis e quantidades de volumes de cargas, os deslocamentos, o melhor aproveitamento dos modais rodoviário, ferrovi- ário e aéreo. De acordo com Vecci, trata-se de uma obra muito cara e o Governo não tem, no momento, disponibilidade de caixa para a sua execução. Daí, a necessidade de lançar um edital para atrair capital privado, por meio de concessão ou Parceria Público Privada (PPP). “Mas, ninguém vem investir, se não tiver um projeto muito bem elaborado”, defendeu o se- cretário Giuseppe Vecci, dizendo, ainda, que não procedem as críticas em relação à privatização, citando que a China, por exemplo, é um país comunista, mas nos últimos anos tem sua economia aberta para investimentos. “Por que nós, aqui em Goiás, vamos ter este preconceito contra o capital privado, que vem para atender o interesse público?”, questionou. retomada das obras do Aeroporto de Cargas e do projeto da Plataforma Logística Multimodal está associada à preocupação do Governo Estadual, com a possibilidade de o Supremo Tribunal Federal acatar a Súmula Vinculante 069, que irá, na prática, impedir os estados de concederem incentivos fiscais para atrair investimentos. De acordo com Giuseppe Vecci, “Goiás passa por um momento excepcional de geração de emprego, de produção industrial, de elevação do Produto Interno Bruto”, mas, segundo ele, isso pode retroceder se houver, de fato, queda dos incentivos fiscais, prática que vem sendo utilizada há várias décadas para garantir a competitividade perante os estados industrializados das regiões Sul e Sudeste, sobretudo. Para o secretário, uma alternativa que está sendo construída é essa, ou seja, criar outros diferenciais para atrair os investimentos, fortalecendo a infraestrutura para receber as empresas. Ele, porém, adiantou que essa não é a única frente. O Governo de Goiás estuda, ainda, uma espécie de plano “B”, para o caso de os estados mais fortes conseguirem derrubar os incentivos fiscais. “O Aeroporto de Cargas e a Plataforma Logística estarão sediados em Anápolis, mas serão ferramentas de desenvolvimento de Goiás e do Centro-Oeste”, enfatizou.