Economia
Faccamp
2010
O que é Economia?
Princípio da escassez:
desejos humanos ilimitados X recursos e bens limitados
 O princípio da escassez é o fundamento da Ciência Econômica.
Provavelmente, os problemas econômicos não existiriam, se os
recursos não fossem escassos, mediante os desejos ilimitadas dos
indivíduos.
 As pessoas consumiriam maior quantidade de bens se pudessem
obtê-los gratuitamente. Isso porque nossos desejos materiais são
virtualmente ilimitados, ao passo que os recursos econômicos para
satisfazê-los são limitados (escassos). Por isso, nos preocupamos
em como utilizar de forma mais racional estes recursos, de maneira
que possamos atender as nossas necessidades.
Fonte: MANKIW (2002).
O que é Economia?
 A Ciência Econômica tem como objetivo estudar a forma
como os homens decidem empregar recursos produtivos
escassos, que podem ter aplicações alternativas, para
produzir diversas mercadorias, ao longo do tempo, distribuílas para consumo, agora e no futuro, por pessoas e grupos da
sociedade. (Paul Samuelson, 1972)
 Em síntese: a Economia é o estudo da forma pela qual a
sociedade administra seus recursos escassos. Na maioria
das sociedades os recursos não são alocados por um único
planejador central, mas pela ação combinada de milhões de
famílias, empresas e governos.
A Economia como Ciência
Modelos em economia
 Sabemos que na Biologia são utilizadas réplicas plásticas do corpo
humano. Esses modelos procuram demonstrar várias partes do
corpo humano, ainda que omitam importantes pormenores. Assim, é
claro que nenhum cientista confundiria um modelo plástico
com o corpo humano e sua complexidade.
 Como na Biologia, a Economia também se utiliza de modelos para
apreender o funcionamento do mundo (e das sociedades). Esses
modelos econômicos são compostos por diagramas e equações, e
não tem a pretensão de incluir todos os aspectos da realidade
econômica. Eles permitem apenas uma visão um pouco mais clara
de parte do que realmente é essencial em uma economia qualquer.
Fonte: MANKIW (2002).
A Economia como Ciência: modelos em economia
Primeiro Modelo: o diagrama do fluxo circular de renda (sem governo
e sem comércio exterior)
Pagamento por bens e serviços
(receita)
Bens e serviços
vendidos
Mercado de
Bens e serviços
•Empresas vendem
•Famílias compram
• Consomem bens e serviços
• produzem e vendem bens e serviços
• Possuem fatores de
produção e os vendem
• Compram e utilizam fatores de
produção
Salários, aluguéis e lucros (renda
paga pelos fatores de produção)
Bens e serviços
comprados
Famílias
Empresas
Insumos para produção
Pagamento por bens e serviços
(despesa)
Mercado de fatores de
Produção
• Famílias vendem
• Empresas compram
Terra, trabalho e capital
(fatores de produção)
Fluxo de
Renda
Fluxo de Bens e Serviços
Fonte: MANKIW (2002).
Fluxo de Moeda
A Economia como Ciência: modelos em economia
Primeiro Modelo: o diagrama do fluxo circular de renda (com governo e com
comércio exterior)
Pagamento por bens e serviços
(receita)
Bens e serviços
vendidos
Empresas
Mercado de
Bens e serviços
•Empresas vendem
•Famílias compram
Fluxo de
bens e
serviços
• produzem e vendem bens e serviços
• Compram e utilizam fatores de
produção
Insumos para produção
Salários, aluguéis e lucros (renda
paga pelos fatores de produção)
Exterior
(Empresas e governos)
Impostos
Fiscalização
GOVERNO
• Fornece bens e
serviços
• Cobra impostos
Fiscalização
Mercado de fatores de
Produção
• Famílias vendem
• Empresas compram
Pagamento por bens e serviços
(despesa)
Bens e serviços
comprados
Fluxo de
bens e
serviços
Famílias
• Consomem bens e serviços
Impostos
• Possuem fatores de
produção e os vendem
Terra, trabalho e capital
(fatores de produção)
Fluxo de
Renda
Fluxo de Bens e Serviços
Fluxo de Moeda
A Economia como Ciência: modelos em economia
Segundo Modelo: Fronteira de Possibilidades de Produção
 A fronteira de possibilidades de produção é um gráfico que mostra as
várias combinações de produto que uma economia pode produzir
potencialmente, dados os fatores de produção e a tecnologia disponíveis no
momento.
30
Fronteira de Possibilidades de Produção
Exemplo: computadores e carros numa Economia qualquer
Quantidade produzida de
computadores (mil)
27
24
Produção impossível: tendo em vista os
recursos
e
o
desenvolvimento
tecnológico disponíveis no momento.
D●
21
18
C
15
12
Ineficiência: por alguma razão
a economia produz menos do
que
o
permitido
pela
disponibilidade de recursos.
A
9
B●
6
3
0
0
1
2
3
4
Quantidade produzida de carros (mil)
Fonte: MANKIW (2002).
5
6
7
A Economia como Ciência: modelos em economia
Segundo Modelo: Fronteira de Possibilidades de Produção
No gráfico anterior, observamos as seguintes relações:
 Os pontos C e A, indicam a máxima produção (computadores e carros)
possível num determinado momento para essa economia.
 No nosso exemplo, quando a sociedade aloca recursos da indústria
automobilística para a indústria de computadores, movendo a economia de
A para C, abre mão de 1000 carros para obter mais 5000 computadores.
Assim, o custo de oportunidade de 5000 computadores é 1000 carros.
 A fronteira de possibilidades de produção mostra o tradeoff entre a
produção de diferentes bens ao longo do tempo. No entanto, esse tradeoff
pode mudar por vários motivos, gerando o deslocamento (para fora) da
fronteira de possibilidades de produção. Alguns dos principais motivos: (a)
Resultados:
1 (93%);
(93%);
3 (84%);
4 (78%).
alteração na utilização
dos
fatores2de
produção
emeuma
sociedade; e
(b) alteração na capacidade tecnológica da economia.
Fonte: MANKIW (2002).
A Economia como Ciência
 Ciência Econômica e Ideologia - Existem várias correntes econômicas
que se apóiam em proposições metodológicas e em fundamentos
convergentes ou conflitantes entre si. Isso ocorre pelo fato de que a
Economia não é desligada da concepção de mundo (ideologia) do
investigador (cientista), cujos interesses e valores interferem,
conscientemente ou não, em seu trabalho científico. Principais vertentes:
Neoclássica, Keynesiana, e Marxista.
 Ainda que a Economia tenha seu núcleo de análise e seu objeto definidos,
ela mantém permanente diálogo com outras áreas do conhecimento. A
seguir alguns exemplos:
 Economia e História – A pesquisa histórica facilita a compreensão da
realidade econômica e contribui no exercício da previsão econômica. Já os
fatos econômicos podem afetar os rumos da história. Ex. A “Quebra” da bolsa
de Nova York em 1929 alterou profundamente a trajetória histórica de vários
países.
A Economia como Ciência
 Economia, Matemática e Estatística – A Matemática e a Estatística
surgem como ferramentas para estabelecer relações entre as diversas
variáveis econômicas existentes. Elas permitem análises econômicas
na forma de modelos analíticos, bem como tornam possível descrever
de forma sintética importantes conceitos e relações de Economia.
 Economia e Política – São áreas extremamente relacionadas. A
política estabelece as instituições sobre as quais se desenvolverão as
atividades econômicas. Por outro lado, o poder econômico pode, em
alguns casos, subordinar a estrutura política. Ex. a política do “café
com leite” no Brasil (antes de 1930).
 Economia e Geografia – A Geografia nos permite avaliar importantes
fatores à análise econômica, tais como as condições geoeconômicas
dos mercados, a concentração espacial das atividades econômicas, e a
localização das empresas.
A Economia como Ciência
 A Economia, como outros campos da ciência, é estudada em vários
níveis, dividindo-se em dois ramos principais: a Microeconomia e a
Macroeconomia.
 A Microeconomia trata do comportamento das unidades econômicas
individuais, como trabalhadores, famílias, investidores, proprietários de
terras, empresas e quaisquer indivíduos ou entidades que desempenhem um
papel no funcionamento de nossa economia. A Microeconomia explica como
e porque essas unidades econômicas tomam decisões, e de que maneira
interagem em mercados específicos.
 A Macroeconomia trata do comportamento da economia como um todo.
Trata da produção total de bens e serviços, do crescimento do produto, das
taxas de inflação e do desemprego, do balanço de pagamentos, das taxas de
câmbio, do orçamento do governo e das taxas de juros. Em síntese, a
Macroeconomia lida com as principais variáveis econômicas e com os
problemas do dia-a-dia.
Fonte: MANKIW (2002); DORNBUSCH & FISCHER (1991); PINDYCK & RUBINFELD (2002).
O que é um Mercado?
 O conjunto de vendedores e compradores que interagem entre si,
resultando na possibilidade de trocas, constitui um Mercado. Ex. unidades
produtoras (empresas) e unidades consumidoras (famílias). A extensão de
um mercado é determinada tanto geograficamente quanto em termos de
faixas de produtos que nele estão inseridos.
 Mercado competitivo (em concorrência perfeita): possui muitos
vendedores e compradores, de modo que nenhum comprador ou
vendedor individualmente consiga exercer um impacto significativo sobre
os preços. Nesse mercado, pressupõe-se que os bens e serviços
ofertados sejam todos iguais (qualidade, marca, rótulo, etc.). Não há
barreiras de acesso para esse mercado aos novos empresários. A
interação entre Demanda e Oferta que estudaremos a seguir ilustra o
funcionamento de um mercado competitivo.
Fonte: MANKIW (2002).
Fonte: MANKIW (2002); NELLIS e PARKER (2003); e O’SULLIVAN, SEFFRIN E NISHIJIMA (2004).
O que é um Mercado?
 Mercado não competitivo: pode ou não possuir muitos
produtores, porém determinadas empresas exercem grande
influência sobre o preço do produto. Podem surgir Monopólios
(uma empresa é a única vendedora de um produto sem
substitutos próximos) ou Oligopólios (poucos produtores
oferecem produtos idênticos ou muito similares, com baixa
competição de preços entre si). Ex. TV a cabo e produção de
petróleo no Oriente Médio.
Fonte: MANKIW (2002).
Fonte: MANKIW (2002); NELLIS e PARKER (2003); e O’SULLIVAN, SEFFRIN E NISHIJIMA (2004).
Interação entre Oferta e Demanda
O lado da Demanda
 A demanda (procura) de uma pessoa ou grupo de pessoas por um determinado
bem qualquer indica o quanto esta pessoa ou grupo de pessoas desejam consumir
deste bem num determinado período de tempo. Mas o que determina a quantidade
demandada de um bem qualquer? Há uma série de fatores determinantes da
demanda de um bem:
 Preço do bem. Lei da demanda: tudo o mais mantido constante, quando o preço de um
bem aumenta, a quantidade demandada cai.
• Renda. Se a demanda por um bem cai quando a renda cai, chamamos esse bem de bem
normal. Por outro lado, se a demanda por um bem aumenta quando a renda cai chamamos
esse bem de bem inferior.
• Preço de outros bens relacionados com o bem procurado. Quando a queda no preço
de um bem reduz a demanda por outro bem, dizemos que se trata de bens substitutos.
Quando a queda no preço de um bem aumenta a demanda por outro bem, os bens são
chamados complementares.
• Gostos / Expectativas. O gosto é um dos fatores determinantes da formação da
demanda. Já as expectativas em relação ao futuro também podem afetar a demanda por
um bem ou serviço.
Fonte: MANKIW (2002).
Interação entre Oferta e Demanda
O lado da Demanda
 Como vimos, são muito os fatores determinantes (Preço, Renda, Preço de produtos
relacionados, Gostos e Expectativas) da demanda. Imagine agora que para a formação da
demanda todos esses determinantes permaneçam constantes, exceto o preço do bem.
Para isso, usaremos a expressão latina ceteris paribus, que serve para lembrar que todas
as variáveis, que não aquela que está sendo estudada, são mantidas constantes. Assim,
temos:
 Esquema de demanda: tabela que mostra a relação entre preço de um bem e
quantidade demandada.
 Curva de demanda: gráfico da relação entre preço de um bem e quantidade
demandada.
Esquema de demanda individual (Exemplo)
Fonte: MANKIW (2002).
Preço do sorvete
R$
Quantidade demandada de
sorvete
0,00
12
1,50
6
3,00
0
Interação entre Oferta e Demanda
O lado da Demanda
Curva de demanda individual (exemplo)
Preço do sorvete (R$)
3,00
1,50
0
06
12
Quantidade demandada
de sorvete
 Essa curva de demanda individual representa graficamente o esquema de demanda
apresentado no slide anterior, e mostra como a quantidade demandada do bem (sorvete)
varia à medida que seu preço se altera. Observa-se a lei da demanda em operação: tudo
o mais mantido constante, quando o preço de um bem aumenta, a quantidade
demandada cai.
Fonte: MANKIW (2002).
Interação entre Oferta e Demanda
O lado da Demanda
Esquema de demanda de mercado: mostra a demanda de mercado, que é o somatório de
todas as demandas individuais por um dado bem ou serviço.
Esquema de demanda individual e de mercado (Exemplo)
Preço do
sorvete
(R$)
Quantidade demandada
de sorvete
Quantidade demandada
de sorvete
Quantidade demandada
de sorvete
Consumidor A
Consumidor B
Mercado
0,00
12
7
19
1,50
6
4
10
3,00
0
1
1
Preço do sorvete (R$)
Curva de demanda de mercado
(exemplo)
3,00
1,50
0
Fonte: MANKIW (2002).
1
10
Quantidade demandada de
sorvete
19
Interação entre Oferta e Demanda
O lado da Demanda
Deslocamentos da curva de demanda
Variáveis que afetam a quantidade
demandada
Uma alteração nesta variável...
Preço
Representa um movimento ao longo da curva de demanda
Renda
Desloca a curva de demanda
Preço dos bens relacionados
Desloca a curva de demanda
Gostos / Expectativas
Desloca a curva de demanda
Número de compradores
Desloca a curva de demanda
Preço do sorvete
Aumento da
demanda
Redução da
demanda
D2
D1
D3
Quantidade demandada de
sorvete
Fonte: MANKIW (2002).
Interação entre Oferta e Demanda
O lado da Oferta
 A Oferta: a quantidade oferecida de qualquer bem ou serviço é a quantidade que
os vendedores querem e podem vender. Há uma série de fatores determinantes da
oferta de um bem ou serviço:
 Preço do bem. Lei da oferta: tudo o mais mantido constante, a quantidade
oferecida do bem aumenta quando seu preço aumenta.
 Preço dos insumos. A quantidade de um bem oferecida por uma empresa se
relaciona negativamente com os preços dos insumos usados em sua
fabricação.
• Tecnologia. Ao reduzir os custos da empresa, os avanços tecnológicos
aumentam a quantidade oferecida de um bem.
• Expectativas. Se a empresa espera que o preço de um bem aumente no
futuro próximo, ela poderá estocar parte da produção desse bem para vende-lá
no futuro.
Fonte: MANKIW (2002).
Interação entre Oferta e Demanda
O lado da Oferta
 Vejamos agora como a quantidade oferecida de um bem varia com o preço, mantendo
constantes os preços dos insumos, a tecnologia e as expectativas.
 Esquema de oferta: tabela que mostra a quantidade fornecida pela empresa a cada
preço.
 Curva de oferta: gráfico que representa a relação entre o preço de uma mercadoria e a
quantidade oferecida
Esquema de oferta de um bem (Exemplo)
Preço do sorvete (R$)
Quantidade ofertada de
sorvete
0,00
0
1,50
2
3,00
5
Fonte: MANKIW (2002).
Interação entre Oferta e Demanda
O lado da Oferta
Curva de oferta de um bem (exemplo)
Preço do sorvete (R$)
3,00
1,50
0
02
05
Quantidade de sorvete
 Essa curva de oferta de um bem representa graficamente o esquema de oferta
apresentado no slide anterior, e mostra como a quantidade ofertada do bem (sorvete)
varia à medida que seu preço se altera. Observa-se a lei da oferta em operação: tudo o
mais mantido constante, a quantidade oferecida do bem aumenta quando seu o preço
aumenta.
Fonte: MANKIW (2002).
Interação entre Oferta e Demanda
O lado da Oferta
Esquema de Oferta de mercado: a quantidade oferecida no mercado é a soma das
quantidades fornecidas por todos os produtores.
Esquema de oferta demanda individual e de mercado (Exemplo)
Preço do
sorvete
(R$)
Quantidade de sorvete
Quantidade de sorvete
Quantidade de sorvete
Produtor A
Produtor B
Mercado
0,00
0
0
0
1,50
2
2
4
3,00
5
8
13
Curva de oferta de mercado
(exemplo)
Preço do sorvete (R$)
3,00
1,50
Fonte: MANKIW (2002).
0
4
13
Quantidade de sorvete
Interação entre Oferta e Demanda
O lado da Oferta
Deslocamentos da curva de oferta
Variáveis que afetam a quantidade
ofertada
Uma alteração nesta variável...
Preço
Representa um movimento ao longo da curva de oferta
Preço dos insumos
Desloca a curva de oferta
Tecnologia
Desloca a curva de oferta
Expectativas
Desloca a curva de oferta
Número de produtores
Desloca a curva de oferta
Preço do sorvete
Redução da
oferta
Aumento da
oferta
S3
S1
S2
Fonte: MANKIW (2002).
Quantidade de sorvete
Interação entre Oferta e Demanda
Equilíbrio entre demanda e oferta
 Equilíbrio: situação em que demanda e oferta coincidem. O preço no qual as curvas se
cruzam é o preço de equilíbrio e a quantidade, a quantidade de equilíbrio.
 Excesso de oferta: situação em que a quantidade ofertada é maior do que a quantidade
demandada.
 Escassez: situação em que a quantidade demandada é maior do que a quantidade ofertada.
Preço do sorvete (R$)
Oferta
Excesso
2,50
Ponto de Equilíbrio (entre preço e
quantidade)
2,00
1,50
Escassez
Demanda
Fonte: MANKIW (2002).
4
7
10
Quantidade de sorvete
Interação entre Oferta e Demanda
Equilíbrio entre demanda e oferta
 Um aumento na demanda desloca a curva de demanda para a direita (de D1 para D2).
O preço e quantidade de equilíbrio aumentam (novo equilíbrio).
Preço do sorvete
Oferta
(R$)
Novo
Equilíbrio
2,50
Equilíbrio
inicial
2,00
D2
D1
4
Fonte: MANKIW (2002).
7
10
Quantidade de sorvete
Interação entre Oferta e Demanda
Equilíbrio entre demanda e oferta
 Um fato que provoque uma redução na quantidade ofertada a qualquer preço dado
desloca a curva de oferta para a esquerda (de S1 para S2). O preço de equilíbrio aumenta
e a quantidade de equilíbrio cai.
S2
Preço do sorvete
S1
(R$)
Novo
Equilíbrio
2,50
Equilíbrio inicial
2,00
Demanda
Fonte: MANKIW (2002).
4
7
10
Quantidade de sorvete
Interação entre Oferta e Demanda
Equilíbrio entre demanda e oferta
O que acontece ao preço e à quantidade quando a oferta ou a
demanda se deslocam?
Quadro resumo
Nenhuma mudança na
oferta
Um aumento da
oferta
Uma redução da
oferta
Nenhuma mudança
na demanda
P igual
Q igual
P cai
Q aumenta
P aumenta
Q cai
Um aumento da
demanda
P aumenta
Q aumenta
P ambíguo
Q aumenta
P aumenta
Q ambígua
Uma redução da
demanda
P cai
Q cai
P cai
Q ambígua
P ambíguo
Q cai
Fonte: MANKIW (2002).
Interação entre Oferta e Demanda
Equilíbrio entre demanda e oferta:
o caso dos preços dos ovos nos EUA
 O preço dos ovos nos EUA caiu 59% entre 1970 e
1998.
 A oferta aumentou devido ao crescimento da
mecanização na criação de aves e à redução no custo
de produção.
 A demanda diminuiu em razão da crescente
preocupação do consumidor com a saúde (colesterol,
etc. ).
Interação entre Oferta e Demanda
Equilíbrio entre demanda e oferta:
o caso dos preços dos ovos nos EUA
S 1970
Preço por dúzia
Equilíbrio inicial
S 1998
Nesse caso, os preços
caíram
até
um
novo
equilíbrio ser atingido ao
preço de US$ 0,26 e uma
quantidade de 5.300 milhões
de dúzias.
US$ 0,61
US$ 0,26
D 1970
Novo
Equilíbrio
D 1998
5.300
5.500
Quantidade (milhões de dúzias)
Interação entre Oferta e Demanda
Equilíbrio entre demanda e oferta:
o caso do preço do ensino universitário nos EUA
 O preço do ensino universitário
aumentou 68% entre 1970 e 1995.
nos
EUA
 A oferta diminuiu em razão de custos mais
elevados com equipamentos e manutenção das
salas de aula, laboratórios e bibliotecas, além de
salários mais altos do corpo docente.
 A demanda aumentou em razão do maior número
de estudantes que ingressam na universidade após
concluir o ensino médio.
Interação entre Oferta e Demanda
Equilíbrio entre demanda e oferta:
o caso do preço do ensino universitário nos EUA
Novo
Equilíbrio
Preço
(Custo anual)
S 1995
S 1970
US$ 4.573
US$ 2.530
Equilíbrio inicial
Nesse caso, os
preços aumentaram
até um novo ponto
de equilíbrio ser
atingido
ao preço de US$
4.573
e uma quantidade
de
12,3 milhões de
alunos
matriculados
D 1995
D 1970
7,4
12,3
Quantidade (milhões de alunos
matriculados)
Elasticidade e suas aplicações
 Os compradores em geral demandam maiores quantidades de um bem quando
seu preço é baixo, quando suas rendas são maiores ou quando os preços dos bens
complementares são menores. Para medir a resposta da demanda às alterações
nesses determinantes, usamos o conceito de Elasticidade.
Elasticidade: resposta (sensibilidade) da quantidade demandada ou da
quantidade ofertada a variações em seus determinantes.
Tipos de elasticidades:
 Elasticidade-preço da demanda;
 Elasticidade-renda da demanda;
 Elasticidade-cruzada da demanda;
 Elasticidade-preço da oferta.
Fonte: MANKIW (2002).
Elasticidade e suas aplicações
Elasticidade-preço da demanda
Elasticidade-preço da demanda (EPD) = (Q2 – Q1) / [(Q2 + Q1) / 2]
(P2 – P1) / [(P2 + P1) / 2]
Quadro Resumo: Elasticidade-Preço da Demanda (EPD)
EPD = 1
Demanda com
elasticidade unitária.
EPD > 1
Demanda elástica.
EPD tende ao infinito
Demanda perfeitamente
elástica
EPD < 1
Demanda inelástica
EPD = 0
Demanda perfeitamente
inelástica
Fonte: MANKIW (2002).
Elasticidade e suas aplicações
Elasticidade-preço da demanda
Elasticidade-preço da demanda: como vimos, a lei da demanda afirma que uma queda
no preço de um bem aumenta a quantidade demandada por ele. A elasticidade-preço da
demanda mede o quanto a quantidade demandada responde a variações no preço.
Determinantes da elasticidade-preço da demanda:
 Grau de essencialidade do bem (necessidades versus supérfluos): bens cujo
consumo é essencial para a vida das pessoas tendem a ter sua demanda pouco sensível a
alterações nos preços. Desta forma, os bens de primeira necessidade (alimentos básicos,
remédios, por exemplo) tendem a ter Demanda inelástica, enquanto os chamados bens
supérfluos (jóias, roupas finas, etc.) tendem a ter Demanda elástica.
 Disponibilidade de substitutos próximos: a elevação do preço da manteiga provocará
uma queda do consumo de manteiga que poderá ser substituída pela margarina. Neste
caso, pequenas variações no preço da manteiga tendem a provocar um grande impacto
sobre a quantidade demandada de manteiga. Por outro lado, como os ovos não tem
substitutos muito próximos, a demanda por ovos é provavelmente menos elástica do que a
demanda por manteiga. Assim, quanto maior o número de substitutos de um bem mais este
bem tende a ter Demanda elástica.
 O peso do bem no orçamento do consumidor: quando o peso relativo de um bem no
orçamento total do consumidor é muito pequeno a tendência é que sua demanda seja
pouco sensível as alterações nos preços, e tenha, portanto, Demanda inelástica. Por outro
lado, caso o bem represente uma parcela significativa do orçamento, sua Demanda tende
a ser elástica.
Fonte: MANKIW (2002).
Elasticidade e suas aplicações
Elasticidade-preço da demanda: alguns exemplos nos anos 90
Produto
Elasticidade-preço
Automóveis
1,58 (Brasil)
e
1,2 (EUA)
Cerveja
1,13 (Brasil)
Eletricidade
1,6 (Brasil)
e
0,88 (EUA)
Açúcar
0,30 (Brasil)
Fonte: periódicos diversos
Elasticidade e suas aplicações
Elasticidade-preço da demanda: representação gráfica
Preço
Demanda com elasticidade unitária:
elasticidade = 1
5
4
Demanda
80 100
Preço
Demanda elástica:
elasticidade maior do que 1
5
Quantidade
Preço
Demanda inelástica:
elasticidade menor do que 1
5
4
Demanda
4
Demanda
50
100
Fonte: MANKIW (2002).
Quantidade
90 100
Quantidade
Elasticidade e suas aplicações
Elasticidade-preço da demanda: representação gráfica
Demanda perfeitamente inelástica:
elasticidade = 0
Preço
Demanda perfeitamente elástica:
elasticidade infinita
Preço
Demanda
5
4
Demanda
4
100
Fonte: MANKIW (2002).
Quantidade
30
100
Quantidade
Elasticidade e suas aplicações
Receita Total e Elasticidade-preço da demanda
Receita Total: é a quantidade paga pelos compradores e recebida pelos
vendedores do bem, calculada pelo preço do bem multiplicado pela
quantidade vendida (P X Q).
Preço do sorvete
Área do retângulo sob a
curva de demanda =
Receita Total
(R$)
2,50
P X Q = R$ 250
Demanda
100
Fonte: MANKIW (2002).
Quantidade de sorvetes
Elasticidade e suas aplicações
Receita Total e Elasticidade-preço da demanda
Comportamento da Receita Total com Demanda Inelástica: com uma curva de
demanda inelástica, um aumento no preço provoca uma redução
proporcionalmente menor na quantidade demandada. Portanto, a Receita Total
aumentará.
No caso abaixo, um aumento no preço de um remédio
de R$ 2,50 para R$ 6,00 provoca uma queda na
quantidade demandada de 100 para 80 e um aumento
na Receita Total de R$ 250,00 para R$ 480,00
Preço do
Medicamento
Preço do
Medicamento
(R$)
(R$)
6,00
P X Q = R$ 480
2,50
P X Q = R$ 250
Demanda
100
80
Quantidade
Fonte: MANKIW (2002).
Demanda
Quantidade
Elasticidade e suas aplicações
Receita Total e Elasticidade-preço da demanda
Comportamento da Receita Total com Demanda Elástica: com uma curva de
demanda elástica, um aumento no preço provoca uma redução proporcionalmente
maior na quantidade demandada. Portanto, a Receita Total diminuirá.
No caso abaixo, um aumento no preço do sorvete de R$
3,00 para R$ 4,00 provoca uma queda na quantidade
demandada de 50 para 20 e uma diminuição na Receita
Total de R$ 150,00 para R$ 80,00
Preço do
Sorvete
Preço do Sorvete
(R$)
(R$)
4,00
3,00
Demanda
P X Q = R$ 150
50
Quantidade
Fonte: MANKIW (2002).
PXQ
= R$ 80
20
Demanda
Quantidade
Elasticidade e suas aplicações
Maximização do Lucro: Receita Total, Lucro Total e Custo Total
 A teoria econômica (neoclássica) parte da premissa de que as empresas
têm como meta principal a Maximização dos Lucros, no curto e no longo
prazos. O Lucro Total é definido como a diferença entre a Receita Total
(RT) de vendas da empresa e seu Custo Total (CT) de produção. O Custo
Total de produção pode ser subdividido em Custo Fixo (parcela dos custos
que independe da produção) e Custo Variável (parcela dos custos que
depende da produção, e por isso varia).
A empresa maximizará o Lucro no momento em que a
diferença entre RT e CT for a maior possível
Fonte: MANKIW (2002).
Elasticidade e suas aplicações
Maximização do Lucro: Receita Total, Lucro Total e Custo Total
 Temos então as seguintes definições:
Receita Total (RT) = Preço (P) X Quantidade (Q)
Lucro Total (LT) = Receita Total (RT) – Custo Total (CT)
Custo Total (CT) = Custo Fixo (CF) + Custo Variável (CV)
 Podemos, portanto, observar que a decisão de elevar preços com o
intuito de aumentar o Lucro Total (LT) em uma determinada empresa
deverá, em princípio, atender: (a) ao conhecimento prévio da
elasticidade-preço da demanda (que condiciona a Receita Total) para o
produto ou serviço dessa empresa; e (b) à estrutura de custos de
produção nessa empresa.
Fonte: MANKIW (2002).
Elasticidade e suas aplicações
Elasticidade-renda da demanda
A elasticidade-renda da demanda é usada para descrever como a quantidade
demandada varia quando a renda dos consumidores sofre uma alteração.
Elasticidade-renda da demanda (ERD) = variação percentual da quantidade demandada
variação percentual da renda
Quadro Resumo: Elasticidade-Renda da Demanda (ERD)
Fonte: MANKIW (2002).
ERD < 0
Bem inferior
ERD > 0
Bem normal
Elasticidade e suas aplicações
Elasticidade-renda da demanda: alguns exemplos nos anos 90
Produto
Elasticidade-renda (Brasil)
Arroz
0,016
Pão
0,091
Azeite
0,846
Farinha de Mandioca
- 0,361
Fonte: periódicos diversos
Elasticidade e suas aplicações
Elasticidade-cruzada da demanda
A elasticidade-cruzada da demanda é usada para descrever como a quantidade
demandada de um bem varia quando o preço de outro bem sofre uma alteração.
Elasticidade-cruzada da demanda (ECD) = variação percentual da quantidade demandada do bem 1
variação percentual no preço do bem 2
Quadro Resumo: Elasticidade-Cruzada da Demanda (ERD)
Fonte: MANKIW (2002).
ECD > 0
Bem substituto
ECD < 0
Bem complementar
Elasticidade e suas aplicações
Elasticidade-preço da Oferta
A elasticidade-preço da oferta mede o quanto a quantidade oferecida responde às alterações
no preço do bem.
Elasticidade-preço da Oferta (EPO) = variação percentual da quantidade ofertada
variação percentual do preço
Quadro Resumo: Elasticidade-Preço da oferta (EPO)
EPO = 1
Oferta com elasticidade
unitária.
EPO > 1
Oferta elástica.
EPO tende ao infinito
Oferta perfeitamente
elástica
EPO < 1
Oferta inelástica
EPO = 0
Oferta perfeitamente
inelástica
Fonte: MANKIW (2002).
Elasticidade e suas aplicações
Elasticidade-preço da Oferta: representação gráfica
Preço
Oferta com elasticidade unitária:
elasticidade = 1
Oferta
5
4
100
Preço
Oferta elástica: elasticidade
maior do que 1
125
Quantidade
Preço
5
5
4
Oferta inelástica: elasticidade
menor do que 1
Oferta
Oferta
4
100
200
Fonte: MANKIW (2002).
Quantidade
100 110
Quantidade
Elasticidade e suas aplicações
Elasticidade-preço da Oferta: representação gráfica
Oferta perfeitamente inelástica:
elasticidade = 0
Preço
Oferta perfeitamente elástica:
elasticidade infinita
Preço
Oferta
5
4
Oferta
4
100
Fonte: MANKIW (2002).
Quantidade
30
100
Quantidade
Elasticidade e suas aplicações
Elasticidade-preço da Oferta: representação gráfica
 A elasticidade-preço da Oferta pode variar numa empresa: uma vez que as
empresas têm uma capacidade máxima de produção, a elasticidade da oferta pode
ser bastante alta quando a quantidade oferecida é pequena e muito baixa quando a
quantidade oferecida é grande.
Preço
Oferta
15
Pequena elasticidade:
menor do que 1
12
Grande elasticidade:
maior do que 1
4
3
0
Fonte: MANKIW (2002).
100
200
500 525
Quantidade
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Introdução a economia