“ESTRATÉGIAS DE INOVAÇÃO”
Aveiro, 05/11/2002
António de Castro Vide
António Castro Vide, ECV, P “Estratégias de Inovação” Universidade de Aveiro - Novembro 2002
Alguns conceitos

Inovação
Conversão de novos conhecimentos em benefícios
económicos e sociais: considera-se que são o fruto de
interacções amplas e complexas entre muitos
participantes que constituem um sistema de Inovação

Sistema de Inovação
Envolvente local, regional, nacional ou internacional da
actividade inovadora. Para além das empresas, um
sistema de inovação inclui o sistema de IDT, o sector de
financiamento da Inovação, os serviços, planos de apoio
empresarial e as redes através das quais estes
componentes interagem.
(in Innovation & Technology Transfer – European Commission, Enterprise DG)
António Castro Vide, ECV, P “Estratégias de Inovação” Universidade de Aveiro - Novembro 2002
Alguns conceitos

«Modelo linear» de Inovação
Uma visão da inovação simplificada (e amplamente
desacreditada): simples transferências de tecnologias do
sector de IDT para a industria: actualmente substituído
pelo «modelo sistémico» de Inovação

«Modelo sistémico» de Inovação
A Inovação depende de interacções complexas e
continuas entre muitas pessoas, organismos e factores
envolventes: a investigação e o desenvolvimento não
são a “fonte” da Inovação, mas sim um entre outros
elementos essenciais
(in Innovation & Technology Transfer – European Commission, Enterprise DG)
António Castro Vide, ECV, P “Estratégias de Inovação” Universidade de Aveiro - Novembro 2002
Alguns conceitos
Plano Estratégico: é um processo contínuo e
sistemático, através do qual se tomam decisões sobre o
que se pretende que seja o futuro, como atingi-lo e como
avaliar o seu sucesso. O Plano Estratégico não termina
nas decisões, inclui também planos operacionais de
acção; é um plano global que não realça somente
algumas unidades funcionais e que define os
relacionamentos entre a “instituição” e o meio externo.

Vectores: linhas de intervenção gerais,
caracterizadoras e de desenvolvimento que, por analogia
com o conceito matemático, são quantificáveis, tem um
sentido e uma direcção.
António Castro Vide, ECV, P “Estratégias de Inovação” Universidade de Aveiro - Novembro 2002
Alguns conceitos
 Objectivos
Estratégicos: são linhas de
desenvolvimento através das quais se pretende que
instituição caminhe para se ir aproximando, cada vez
mais, da Missão que assumiu. São estratégicos, não só
pela sua importância, mas principalmente porque
envolvem toda a “instituição” e devem reflectir o seu
relacionamento com o ambiente que a rodeia.
 Visão: Conjunto de expectativas e de previsões a
médio e a longo prazo que os dirigentes têm
relativamente à “instituição”.
António Castro Vide, ECV, P “Estratégias de Inovação” Universidade de Aveiro - Novembro 2002
Alguns conceitos

Análise “SWOT”: metodologia de análise da
situação interna da “instituição”, bem como do ambiente
externo que a envolve, com o objectivo de se
identificarem os pontos fortes, pontos fracos, as
oportunidades e as ameaças, com vista à planificação do
futuro tendo por base critérios objectivos, realistas e
científicos (da terminologia inglesa Strengths,
Weaknesses, Opportunities, Threats).
António Castro Vide, ECV, P “Estratégias de Inovação” Universidade de Aveiro - Novembro 2002
Alguns conceitos
Objectivo: Uma declaração muito específica,
mensurável de algo que a organização pretende
alcançar. Os objectivos devem ser traçados como
resultados e não como meios. Para serem mais
motivadores, os objectivos devem preencher os
seguintes critérios:
a) Serem muito claros, precisos e quantificáveis para permitir
resultados mensuráveis;
b) Serem ajustados a níveis ambiciosos, mas atingíveis.
c) Receberem o conselho e o consentimento das pessoas
responsáveis pela realização das tarefas.
d) Terem programações de tempo definidas e associadas à sua
realização
António Castro Vide, ECV, P “Estratégias de Inovação” Universidade de Aveiro - Novembro 2002
Alguns conceitos
PROCESSOS
INOVAÇÃO
PESSOAS
ORGANIZAÇÕES
In SLAPPENDEL, Carol, “Perspectives on Innovation in Organizations”, Organization Studies, Winter, 1996
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“ESTRATÉGIAS DE INOVAÇÃO REGIONAIS”
O CASO DA REGIÃO CENTRO
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EIR-CENTRO - Metodologia utilizada
Objectivos:
Incentivar a região para a criação de estratégias de
Inovação regionais, objectivas e abrangentes.
melhorar a capacidade dos actores regionais reforçando as
capacidades de IDT.
Criar um enquadramento para futuros investimentos em IDT
Participar no Programa Regional de Acções Inovadoras do
FEDER 2000-2006
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EIR-CENTRO - Metodologia utilizada (cont.)
Resultados esperados:
Enquadramento
Conhecer os sectores industriais (forças e fraquezas) e as tecnologias
 Conhecer as necessidades das empresas
 Conhecer as entidades que podem responder às solicitações das
empresas e o seu “Know-How”

Reforço das estruturas de apoio ao sector empresarial
Fortalecimento dos Centros de IDT
 Melhoria relações instituições de ensino e investigação e empresas
 Acesso a tecnologias existentes no estrangeiro
 Participação em Redes Tecnológicas e de Inovação Internacionais

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EIR-CENTRO - Metodologia utilizada (cont.)
Resultados esperados (cont):
Plano de projectos - Projectos de IDT nas empresas
que aumentem as auditorias tecnológicas e energéticas nas empresas
 que melhorem o nível tecnológico e a gestão nas empresas
 que indentifiquem a oferta e a procura de tecnologia na Região
 que facilitem a internacionalização

Acções de promoção e de divulgação
Programas de promoção da Inovação
 Programas de formação na área da inovação
 Participação em Programas nacionais e comunitários
 Participação em redes internacionais.

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EIR-CENTRO - Metodologia utilizada (cont.)
Vectores-força: Vector “Base-topo” ; Vector “Regional”;
Vector“Estratégia”;Vector“Integração”;Vector“Internacional”
Análise “SWOT”
Análise das principais tendências tecnológicas e
industriais na região
Análise e diagnóstico da oferta tecnológica
Modos de intervenção e orientações dos principais
actores da região
Definição e implementação de um sistema de
monitorização e avaliação
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EIR-CENTRO - A Inovação e a Região Centro:
Alguns Indicadores
População Activa: taxa de actividade mais alta do país:
– Total - 56,2% (vs. 50,4% para Portugal) (Homens - 61% (vs.
57,2%); Mulheres - 51,7% (vs. 44,1%))
 A importância do emprego na região Centro, no total nacional,
aumentou na última década
 Em termos sectoriais verifica-se uma predominância dos
serviços ao nível do emprego desta região (42%), o sector
primário apresenta ainda um elevado peso (26%)
 A região do Baixo Vouga concentra quase 40% dos empregos
na indústria da Região
 Baixa taxa de desemprego (1,7%) (H - 1.6%; M - 2.1%)

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EIR-CENTRO - A Inovação e a Região Centro:
Alguns Indicadores
 A população activa apresenta baixos níveis de educação
formal:
• cerca de 53% com menos de 4 anos de escolaridade
• 9,3% terminaram o secundário
• 7,6% com ensino superior
Com reflexos ao nível profissional:
• 9,3% de quadros superiores e científicos
• 64,7% profissões pouco qualificadas
 O padrão geográfico de distribuição empresarial é idêntico ao
de distribuição demográfica, ainda que neste caso a tendência
seja, definitivamente, para o crescimento
 A terciarização está patente na evolução da estrutura produtiva
da região
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EIR-CENTRO - A Inovação e a Região Centro:
Alguns Indicadores
 Modelo de desenvolvimento dos últimos anos: opção pelo
emprego, mais do que pela produtividade
 Especialização industrial por factor-chave de competitividade:
destacam-se os recursos naturais
Desvios:
 Serra
da Estrela e Cova da Beira: custo do trabalho
 Beiras Interiores e Baixo Vouga: diferenciação do produto
 Baixo Mondego: economias de escala O padrão geográfico de
distribuição empresarial é idêntico ao de distribuição demográfica,
ainda que neste caso a tendência seja, definitivamente, para o
crescimento
António Castro Vide, ECV, P “Estratégias de Inovação” Universidade de Aveiro - Novembro 2002
EIR-CENTRO - A Inovação e a Região Centro:
Alguns Indicadores
Infraestruturas Científicas e Tecnológicas:
– Universidades: Aveiro, Beira Interior, Coimbra,
Católica, Internacional
– Politécnicos: Águeda, Castelo Branco, Coimbra,
Guarda, Leiria, …
– Institutos de Investigação
– Centros Tecnológicos: CENTIMFE, CITEVE, CTCV
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EIR-CENTRO - Análise
“SWOT”
Pontos Fortes
Pontos Fracos
Oportunidades
Ameaças
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EIR-CENTRO - Análise
“SWOT”
Análise cruzada
 POTENCIALIDADES (Forças internas x oportunidades)
 CONSTRANGIMENTOS (Fraquezas x oportunidades)
 VULNERABILIDADES (Forças internas x Ameaças)
 PROBLEMAS (Fraquezas x Ameaças)
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EIR-CENTRO - Proposta
de
Acções/Vectores estratégicos
 ACÇÃO 1: VALORIZAÇÃO DOS RESÍDUOS INDUSTRIAIS
BANAIS E PRESERVAÇÃO DO AMBIENTE
 ACÇÃO 2: VALORIZAÇÃO E GESTÃO DOS RECURSOS
FLORESTAIS
 ACÇÃO 3: SISTEMA DE INOVAÇÃO CENTRADO NA SAÚDE
 ACÇÃO 4: DESENVOLVIMENTO DE NOVOS MATERIAIS E
NOVAS APLICAÇÕES
 ACÇÃO 5: TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
 ACÇÃO 6: MOBILIZAR A REGIÃO PARA A INOVAÇÃO
(ELABORAÇÃO DO PLANO ESTRATÉGICO DE INOVAÇÃO PARA A REGIÃO
CENTRO DE PORTUGAL, PARTICIPAÇÃO EM REDES DE INOVAÇÃO, BOLSA DE
INOVAÇÃO, ENTRE OUTRAS ACTIVIDADES)
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EIR-CENTRO - Aprofundamento
da Inovação
na Região: “Clusters” propostos
 CLUSTERS EXISTENTES:
 FLORESTA, MADEIRA E PAPEL
 MOLDES E PLÁSTICOS
 CERÂMICA, CIMENTO E VIDRO (FILEIRA CASA)
 CLUSTERS EMERGENTES:
 SAÚDE E CIÊNCIAS DA QUALIDADE DE VIDA
 TELECOMUNICAÇÕES
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EIR-CENTRO - Participação
no Programa
Regional de Acções Inovadoras do FEDER
2000-2006
 TEMAS:
 ECONOMIA REGIONAL BASEADA NO CONHECIMENTO E NA
INOVAÇÃO TECNOLÓGICA
 eEUROPEREGIO: A SOCIEDADE DE INFORMAÇÃO AO
SERVIÇO DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL
 IDENTIDADE REGIONAL E DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL
 ACÇÕES/PROJECTOS-PILOTO:
 EM TODOS OS TEMAS E INSERIDOS NOS VECTORES DE
DESENVOLVIMENTO ESTRATÉGICO
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EIR-CENTRO - Fase
seguinte (2003/2004)
Desenvolvimento dos vectores estratégicos
Consolidação da EIR - Estratégia de Inovação
Regional
Aprofundamento das potencialidades de alguns
"clusters": estudos-piloto de sistemas de produção da
inovação em dois “clusters”: Floresta, Madeira e Papel
(existente) e Saúde e Ciências da Qualidade de Vide
(emergente)
criação de um "Fórum para a Inovação Regional"
divulgação e promoção da Inovação
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Conclusão
In “Athena” Février 97, pág 269
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