Ano III - número 8
maio a julho de 2009
Dia de
solidariedade
Segunda edição do Dia do
Voluntariado mobiliza mais de mil
colaboradores no Brasil e Peru
Sumário
Marcello vitorino/FULLPRESS
Grafiteiro pinta o muro do Lar de Nice, em São Paulo, durante o 2º Dia do Voluntariado
04
06
Entrevista
Eugenio Mussak fala
sobre metacompetência
Capa
Dia do Voluntariado aproxima
Solví da comunidade
14
Corporativo
15
11
Mercados e Negócios
18
12
Mercados e Negócios
13
Práticas de Sucesso
10
Gestão de Riscos ajuda empresas
a aproveitar oportunidades
Koleta entra no mercado
de construção civil
Vega fecha contrato de limpeza
pública em Araçatuba
Salvador adota barco
para coleta de resíduos
Práticas de Sucesso
GRI cria Programa
de Fomento à Pesquisa
Lugares
Os serviços da Viasolo
e da Essencis em Betim
Opinião
Viviane Mansi escreve sobre a
importância da comunicação
19
Notas
20
Em foco
A revista Solví é uma publicação trimestral interna, editada pela Superintendência Estratégica de Talentos do Grupo Solví.
Os textos assinados por articulistas não traduzem necessariamente a visão da empresa.
Presidente: Carlos Leal Villa | Diretor Técnico: Tadayuki Yoshimura | Diretor Financeiro: Ricardo Froes
Diretor de Saneamento: Masato Terada | Diretora de Gestão de Riscos: Célia Francini
Gerenciamento: Carlos Balote | Coordenação: Fernanda Curcio
Edição, reportagem e textos: Nilva Bianco (MTb 514/SC) | Fotografia: Marcello Vitorino (Mtb 27.290/SP)
Projeto editorial e gráfico: Fullpress – textos, fotos & idéias | Impressão: D’Lippi Print | Tiragem: 2.000 exemplares
Colaboradores: Mônica Pontes (revisão), Rafael Escudeiro e Thais Escudeiro (revisão espanhol), Viviane Mansi (artigo), Rabiscos (ilustrações)
Foto de Capa: Marcello Vitorino/Fullpress (O garoto Vitor Colella, 7 anos, participa do Dia do Voluntariado em São Paulo)
Comentários e sugestões: Rua Bela Cintra, 967, 10º andar, Bela Vista, São Paulo, SP, CEP 01415-000 | e-mail: [email protected] www.solvi.com
editorial
A busca e a oferta de soluções ambientais nos conectam
naturalmente ao conceito de responsabilidade socioambiental. Quando construímos aterros, nós não apenas os construímos dentro das mais avançadas especificações técnicas, mas
nos preocupamos em neutralizar seus resíduos, em envolver
os moradores do entorno na sua operação, em organizar famílias de catadores em cooperativas, dando-lhes dignidade e perspectivas
econômicas efetivas.
Da mesma forma, quando cuidamos da limpeza pública ou do saneamento de uma cidade, não nos limitamos a varrer ruas, coletar resíduos,
distribuir água e coletar esgoto, mas nos preocupamos
em conscientizar a população sobre a importância de
preservar o espaço público, reduzir o volume de resíduos
gerados e economizar água; quando fechamos um contrato de gerenciamento de resíduos com uma empresa,
tomamos a iniciativa de analisar o impacto ambiental
do seu modelo de negócios, de forma a encontrar as
melhores soluções. E, por meio da Solví Valorização
Energética, ainda produzimos energia seguindo o conceito de matriz energética renovável, muitas vezes a
partir do que era considerado lixo.
A consciência cada vez maior sobre a importância do nosso trabalho e também a percepção
de que o próprio crescimento do Grupo depende da oferta de soluções completas e capazes de operar mudanças mais profundas na comunidade
fizeram com que a responsabilidade socioambiental fosse totalmente incorporada ao que fazemos, e tenho o orgulho de
afirmar que a Solví vem preparando uma geração de gestores
para a qual simplesmente não é concebível outra forma de
fazer negócios.
Os gestores de todas as empresas do Grupo têm no Instituto
Solví um grande aliado e um importante parceiro para ampliar
essa visão e torná-la cada vez mais efetiva e presente. O Instituto está preparado para dar-lhes suporte em um planejamento que contemple os aspectos econômico, social e ambien­tal,
e também para atuar junto aos clientes, compartilhando seu
know how. Reforçar o senso de pertencimento de cada colaborador da Solví e estimular seu envolvimento em ações de vo­
luntariado tem sido outra frente importante de atuação do Ins­
tituto, e que certamente nos fará evoluir ainda mais enquanto
organização. As imagens do 2º Dia do Voluntariado publicadas
nesta edição da Revista Solví mostram que sim, nós podemos
mudar muita coisa quando trabalhamos com nossos corações,
mentes e mãos unidos em um mesmo objetivo.
O poder de mudar
Carlos Leal Villa
Presidente da Solví
03 04
Entrevista
Além das
Revista Solví - O que é
metacompetência?
Eugenio Mussak - É uma evolução do
conceito de competência. Enquanto
competência significa a capacidade
que temos de atingir objetivos, resolver
problemas e também de competir, ou,
do ponto de vista humano, a conjunção
de conhecimento habilidade e a atitude,
a metacompetência é a transcendência
da competência, ou seja, é o “ir além”.
Competente é aquele que atinge o objetivo esperado, e metacompetente é
aquele que vai além, de alguma forma
surpreende o cliente. Mas essa também
é uma idéia antiga, e a virtude da expressão metacompetência é que ela organiza esse pensamento. O que colocamos na equação da metacompetência é
que ela é o produto das competências
essenciais com as chamadas competências transversais, aquelas que colaboram com a competência essencial potencializando o produto principal.
As habilidades humanas, de
relacionamento, também compõem
a metacompetência?
“O líder deve estimular
seu funcionário a estar
permanentemente
construindo novas
idéias; a curiosidade
é fundamental, é
uma das bases do
empreendedorismo.”
04
revista solví | MAIO A JULHO DE 2009
Antes de consultor, colunista, empresário ou médico (sua
formação original), Eugenio Mussak se considera um educador.
Como um dos mais conceituados palestrantes do país, ele
prega a necessidade das empresas atuarem como centros
de aprendizado contínuo para seus funcionários, e destes
manterem acesa a chama da curiosidade e a vontade de
aprender, pois só assim conseguirão atingir a metacompetência.
Competência, metacompetência e autodesenvolvimento são
temas desta entrevista do professor Mussak para a Revista Solví.
Existe uma série de qualidades humanas que, quando colocadas à disposição do nosso trabalho, potencializam muito nossa competência técnica:
a disposição de atender, a inteireza no
relacionamento, a ética, a demonstração
de interesse, o comprometimento, a
simpatia, a atitude, o sorriso, o olho no
olho. Não é incomum vermos um profissional tecnicamente bem formado ser
demitido com a alegação de que era
difícil, de relacionamento complicado e
sem interesse pelas outras pessoas. Hoje
não queremos apenas bons profissio­
nais, queremos boas pessoas exercendo
suas funções.
Podemos desenvolver a
metacompetência?
Claro, ela pode ser desenvolvida, e
para isso é preciso que a pessoa tenha
desejo de fazê-lo. Vivemos em uma sociedade em que não podemos parar de
aprender, em todos os setores: técnico,
cultural, comportamental, de cuidados
com a saúde, com o networking. Há muito tempo se acabou a era em que fazer
uma faculdade era suficiente. Temos
que fazer cursos relacionados ao nosso
trabalho, pós-graduação, MBA, cursos
de língua e sobre outros assuntos, pois
pessoas com boa cultura geral não
­apenas são mais interessantes como se
tornam mais perceptivas, com maior capacidade de adaptação, de criatividade,
inovação e relacionamento. Preocupamme as pessoas que são excessivamente
focadas e transformam o seu foco em
um fator de alienação.
Que metacompetência esperamos
encontrar em um jovem que está
entrando em uma empresa? E em um
gestor?
Quando contratam um jovem, as empresas estão interessadas em seu
desempenho, mas, mais do que isso,
estão interessadas em sua disposição
para aprender. Um jovem que não apre­
senta alto desempenho mas demons­tra
grande disposição para aprender é bem
aceito de um modo geral pelas empresas, pois elas compreendem o papel edu­
cador que possuem. Se a pessoa ­ti­­v­er o
que chamamos de “brilho no olho” ela
será bem-vinda. O perfil oposto é o do
indivíduo que tem um bom desempenho, mas não demonstra mais von-
tade de aprender. Isso acontece depois
de alguns anos e a empresa tem que
se preocupar com essa pessoa por dois
motivos: primeiro porque ela não vai
manter o alto desempenho se não mantiver também a vontade de aprender; o
segundo é que este profissional acomodado acaba se transformando, com sua
postura, em um modelo para os outros
que estão entrando e têm vontade de
aprender. Quanto ao gestor, para ser
metacompetente, tem que ir além dos
conhecimentos técnicos de gestão, que
são o planejamento, organização e controle. Os gestores metacompetentes se
destacam nos aspectos humanos de
gestão, como o exercício da liderança,
inspirar as pessoas.
tante para a criação de ambientes de aprendizado. O
líder deve estimular seu
funcionário a estar permanentemente cons­
truindo novas idéias.
A curiosidade é fundamental, é uma das
bases do empreendedorismo, portanto a empresa não deve bloquear
a curiosidade natural, especialmente do jovem. E
quando há um ambiente de
aprendizado há também um
ambiente de confiança, de colaboração, de auto-desenvolvimento e de produtividade.
Qual o papel da empresa no
desenvolvimento desse aprendizado
contínuo e dessa vontade de
aprender dos funcionários?
Nós somos extremamente influenciados pelo ambiente no qual estamos inseridos. O conhecimento não é algo que
possa ser transferido e sim construído,
essa é a idéia do construtivismo, linha
pedagógica que tem duas figuras em
sua origem. Uma é o educador suíço Jean
Piaget, que nos disse que o educador
é aquele que está estimulando a cons­
trução do conhecimento no educando,
seja ele aluno, filho ou funcionário. A
segunda figura do construtivismo foi o
russo Lev Vygotsky, que trabalhou no
que chamamos de construtivismo social. Ele nos disse que aprendemos com
o meio em que estamos inseridos. Para
as organizações, entender um mínimo
do construtivismo social é muito impor-
E aos profissionais, que
responsabilidade lhes cabe pelo
seu próprio desenvolvimento?
O profissional tem que ter a atitude,
o desejo de estar em permanente
aprendizado, e aí encontramos muitos
recursos para que esse aprendizado
aconteça, desde cursos livres até
leituras e acesso às informações através do mundo
da filosofia, das artes, da
literatura, que nos diz
muito mais sobre o ser
humano que os livros
técnicos. Nas empresas usamos o princípio
da andragogia, que é a
pedagogia do adulto.
Nós temos que assumir
a responsabilidade principal pelo nosso desenvolvimento.
ACERVO PESSOAL
competências
05
CAPA
FOTOS: MARCELLO VITORINO/FULLPRESS
“N
unca tinha visto nada assim, estou
emocionado”, diz João de Souza,
de 74 anos. O homem grisalho e de porte
firme observa a atividade frenética ao
seu redor: pessoas passando com galões
de tinta, tapetes de grama, lixas, rolos de
pintura. Seu João está acostumado a ver
indivíduos doando seu tempo ao Lar da
Infância de Nice, já que ele mesmo é vo­
luntário há 35 anos. No dia 28 de junho,
no entanto, foi a primeira vez que presen­
ciou tanta gente trabalhando em mutirão, colaboradores da Solví e familiares
que arregaçaram as mangas no 2º Dia do
Voluntariado.
Localizado na Vila Carrão, zona
leste de São Paulo, o Lar de Nice foi fundado em 1972 como braço filantrópico
do Centro Espírita Irmã Nice, atuante
na região desde a década de 40. Com a
doação de um grande terreno, a entidade
pôde construir o prédio para receber o
que na época era chamado de orfanato,
e hoje de abrigo. “Sem dúvida a história
da entidade, sua importância na região
e sua carência por melhorias de infraestrutura foram determinantes para que
a escolhêssemos”, comenta a coordenadora do Instituto Solví, Cláudia Sérvulo
da Cunha Dias.
Antes de decidir pela realização do
Dia do Voluntariado dos colaboradores
Um dia perfeito
Até a chuva deu uma trégua em São Paulo
no dia 28 de junho, quando quase 400
pessoas saíram de casa para ir à zona leste
escrever mais um capítulo de solidariedade
na história do Lar da Infância de Nice
06
Nesta página, crianças brincam na
área de lazer do Lar de Nice após
sua revitalização, e colaborador trabalha em pintura de gradil
revista solví | MAIO A JULHO DE 2009
Muitos dias
de trabalho
João de Souza: voluntário do Lar de Nice há 35
anos, encantou-se com a iniciativa da Solví
de São Paulo no Lar de Nice, outras nove
entidades foram visitadas pelo Comitê de
Responsabilidade Social da Holding, uma
das mostras do amadurecimento desta
para a 1ª edição do evento. Reuniões
com os comitês das empresas envolvidas
na ação (GRI, Koleta, Essencis, Loga, Vega
ABC, Vega Central e CSC, além da Hol­
ding), formação de grupo de trabalho,
visitas prévias à entidade e a realização
de algumas etapas mais pesadas do trabalho com antecedência foram outras
conseqüências do planejamento.“Dentro
das diretrizes do Programa Solví de Vo­
luntariado temos algumas orientações,
como a de que o vínculo com a entidade
não se limite a um único dia, mas se fortaleça e se aprimore por meio de programas como Consultoria Voluntária, e que
esse relacionamento, se possível, não se
limite à entidade beneficiada, mas extrapole para a comunidade na qual ela
está inserida”, acrescenta Cláudia.
e o salão de eventos, e na Unidade 1, que
funciona apenas como abrigo.
O imenso terreno atrás do salão
de eventos da sede foi limpo, aplainado
e gramado, uma horta surgiu do nada, a
quadra foi toda pintada, o playground foi
reformado, os muros pintados e grafitados, e ainda sobrou espaço para um estacionamento que servirá aos eventos sociais e gastronômicos, uma das principais
fontes de renda da entidade. Na Unidade
1, os voluntários trocaram porta, janela e
pintaram uma edícula, que virou sala de
estudos das crianças. Também gramaram
o quintal e deram uma “geral” na brinquedoteca, deixando-a mais aconchegante.
O encarregado de controle operacional da Koleta, Carlos Domingues, adora
o contato com a terra, por isso decidiu participar do grupo responsável pela horta.
Mas não foi sozinho: levou a esposa, Simone,
a filha, Camila, 12, a afilhada Mariana, 13, e
a amiga Lenice. Outro motivo para querer
participar, afirma Carlos, foi o contato com as
Organizar o Dia do Voluntariado
demandou mais de dois meses
de trabalho do Instituto Solví e
dos comitês de Responsabilidade
Socioambiental. Além do
levantamento e visita de 10 entidades
que poderiam ser beneficiadas
pela ação em São Paulo, a equipe
da Holding elaborou diretrizes de
trabalho que foram enviadas às
empresas. “Nossa orientação foi no
sentido de que elas trabalhassem
preferencialmente com instituições
que tivessem uma atuação
reconhecida na comunidade”, diz
Thaís de Morais Escudeiro, assistente
do Instituto Solví. Segundo ela,
o fato de várias unidades terem
realizado ações junto a entidades
de atendimento a crianças refletiu a
vontade das pessoas cadastradas no
Programa Solví de Voluntariado.
Tempo firme
O resultado de todo o planejamento e da capacidade de mobilização
dentro das empresas foi exemplar, ou
histórico, como diria Seu João: quase 400
pessoas participaram da ação. Equipe
azul, laranja, verde, rosa... cada uma delas
cuidou de uma parte do trabalho na sede
do Lar de Nice, onde funcionam a creche
Carlos Domingues e sua “equipe” , responsáveis pela nova horta do Lar de Nice
Mascote - “Folhinha”, um mascote cheio de espírito ecológico apresentado no primeiro gibi editado pelo Instituto
Solví juntamente com outros personagens, foi eleito o mascote oficial do Instituto. Participaram da “eleição” 3.725
colaboradores do Grupo, que depositaram seu voto nas urnas colocadas no Espaço Solví. O próximo passo será a
apresentação da “plataforma ambiental” da Folhinha, que dará o tom dos próximos materiais educativos do Instituto.
0706
CAPA
crianças da instituição. Ele, que nunca havia
participado de uma ação de voluntariado,
elogia o trabalho de divulgação feito dentro do Espaço Solví e o empenho do gestor
da empresa em colaborar com a iniciativa.
Na quadra, Elen Alves de Souza, 22,
e Carolina Duarte Oliveira Nascimento,
21, trabalharam duro, lixando e pintando. As duas, que não se conheciam e não
são colaboradoras do Grupo, foram convidadas por seus namorados a participar da ação. “Viemos para ajudar”. Perto
dali, o garoto Vitor Colella, de sete anos,
chamou a atenção dos voluntários da
equipe laranja, res­ponsável pela reforma
da quadra. Munido de um rolo de pintura, Vítor, que se recusou a ficar na recre­
ação com as ou­tras crianças, passou o
dia compenetrado, ajudando a pintar a
quadra. Iniciou-se no voluntariado juntamente com o pai, Sidney Collela, e a mãe,
Sheila Palma Colella, ambos colaboradores da Loga.“Foi muito bom participar,
e acho que iniciativas como essa são importantes inclusive para a união entre as
empresas do Grupo”, diz Sidney.
Bom para todos
Se o Dia do Voluntariado foi bom
para os voluntários, para o Lar de Nice
foi um grande presente. Hoje a entidade
se mantém por meio de convênios com
a Secretaria Municipal de Assistência e
Desenvolvimento Pessoal, de doações
regulares e eventos para angariar fundos. Com as novas diretrizes para o abrigo de menores, a sede, que na década
de 70 chegou a ter mais de 100 internos,
hoje possui apenas 15, além de funcionar como creche para outras 60 crianças
da região. Na Unidade 1, um sobrado espaçoso próximo dali, outras 20 crianças
são assistidas. A instituição pode atender
menores de até 18 anos, mas a maioria
está na faixa dos seis aos 12 anos. Quase
todos foram encaminhados pelo Juizado de Menores, vítimas de abandono ou
maus tratos. “O intuito é que eles fiquem
o menor tempo possível, mas nem sempre isso acontece”, diz a gerente da Unidade 1, Denise Perie Gil, citando o caso
de um menino que já completou quatro
anos no abrigo.
MARCELLO VITORINO/FULLPRESS
Denise, que trabalha há oito anos
no Lar de Nice, faz parte do grupo de 50
funcionários mantidos pela entidade.
Praticamente todas as atividades para
arrecadação de recursos, como bazar e
organização de eventos, no entanto, são
mantidas pelos voluntários, cerca de 80
pessoas, muitas delas envolvidas com o
abrigo há décadas.
“Eu entrei aqui passando fraldas,
há 36 anos”, conta Conceição Mingrone
Bruno. Da lavanderia ela foi para o bazar,
dali para o Conselho da entidade, até
que em 1982 assumiu a presidência do
Lar de Nice, cargo que ocupa até hoje,
por falta de outro candidato disposto a
assumir a função, que não é remunerada
e exige empenho total. “O voluntariado
é essencial para a entidade, pois não podemos arcar com todos os serviços. Ele
também é importante para os voluntá­
rios, pois quando nos doamos, quando
compartilhamos um pouco do nosso
tempo, do nosso afeto, crescemos como
seres humanos”, diz Conceição, lembrando que muitas das crianças que cresceram no abrigo na década de 70 (quando
a dificuldade de adoção fazia com que
muitas vezes passassem ali toda a sua infância e parte de juventude) permaneceram próximas da entidade e se transformaram elas próprias em voluntárias.
É o caso do psicólogo André Luiz
Fernandes, 39, que viveu no Lar de Nice
dos três aos 21 anos e nunca conheceu
seus pais biológicos. Ele conta que até
os 11, 12 anos, sonhava em ser adotado.
“Mas de repente eu percebi que esta era
a minha casa, e que as pessoas que vi­
nham aqui voluntariamente dar o me­
lhor de si para as crianças, elas eram meu
pai e minha mãe; eu tive vários pais e
mães, sempre recebendo o melhor de
cada um, todo o apoio e toda a estrutura
de que precisei; eu tive sorte”, diz André,
que hoje procura fazer o mesmo pelas
crianças do Lar de Nice.
A equipe responsável pela organização do Dia do Voluntariado em São Paulo
Febrace - O Instituto Solví foi um dos patrocinadores da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia 2009 (Febrace - www.lsi.
usp.br/febrace), promovida pelo Laboratório de Sistemas Integráveis da Escola Politécnica da USP. Dirigida a estudantes do
último ano do Ensino Fundamental e do Ensino Médio e Técnico de escolas públicas e particulares de todo o Brasil, a feira
reuniu este ano 172 escolas, 282 projetos científicos e 12 mil visitantes.
08
revista solví | MAIO A JULHO DE 2009
iniciativas EM OUTROS LOCAIS
ARQUIVO INSTITUCIONAL VEGA SALVADOR
Salvador e Camaçari (BA) - na Vega Salvador, os cerca de 120 voluntários realizaram atividades de manutenção
na Creche comunitária Frutos de Mães, além de apresentação de quadrilha, concurso de dança e forró e oficina
com materiais recicláveis. Ainda em Salvador, 40 voluntários da Battre fizeram a doação de alimentos e fraldas
descartáveis no Lar Vida e também desenvolveram atividades recreativas com as crianças. Em Camaçari, a entidade
escolhida pela Camaçari Ambiental para a ação, que mobilizou 30 voluntários, foi a Creche Esperança IV, que recebeu
a doação de móveis e eletrodomésticos, além de reforma de áreas internas, pintura e jardinagem.
Betim, Sete Lagoas, Caeté e Divinópolis (MG) – nesta edição do
Dia do Voluntariado a Viasolo reuniu 161 voluntários, que se dedicaram a ações na Associação Creche e Orfanato
Presidente Tancredo de Almeida Neves, em Betim, na APAE de Sete Lagoas, na comunidade de Ferrador, em
Divinópolis, e no Lar dos Idosos Padre Vicente Cornélio Borges, em Caeté (que reuniu também os colaboradores de
Sabará). Em Betim foram realizadas pintura de fachada, do piso e playground da creche, construção de uma casa
de bonecas, plantio de grama e mudas. Em Sete Lagoas a programação na APAE incluiu palestra e oficina sobre
reciclagem, exibição de desenho animado, limpeza de horta e brincadeiras típicas de festa junina. Em Divinópolis,
os colaboradores trabalharam na capina, revitalização dos jardins, poda de árvores e retirada de entulhos, enquanto
em Caeté a programação no asilo incluiu almoço, bate-papo, jogos e um “momento de beleza”.
ARQUIVO INSTITUCIONAL VIASOLO
ARQUIVO INSTITUCIONAL KOLETA RJ
Rio de Janeiro (RJ) – a Koleta RJ reuniu 79 voluntários em uma série de atividades no bairro do Colégio, na Zona
Norte do Rio de Janeiro. Eles trabalharam em locais como a Avenida Pastor Martin Luther King e Praça do Metrô,
realizando jardinagem e pintura de pilastras com temas ambientais.
ARQUIVO INSTITUCIONAL ÁGUAS DO AMAZONAS
Manaus (AM) – os 100 voluntários da Águas do Amazonas passaram
o dia na Escola Professor Sebastião Norões, no bairro Compensa 3,
e na Associação dos Moradores de Compensa, no bairro de Compensa 2. Houve distribuição de 200 kits
escolares, 32 cestas básicas para a comunidade atingida pela enchente do Rio Negro, além de atividades
como oficinas e recreação para as crianças. Para os pais,foram oferecidos curso básico de encanador,
palestra sobre como se comportar em entrevista de emprego e ajuda na produção de currículo.
ARQUIVO INSTITUCIONAL VEGA REGIONAL SUL
Novo Hamburgo, São Leopoldo, Canoas, Rio Grande, Farroupilha (RS) – os 148 voluntários da Vega,
SL Ambiental, Rio Grande Ambiental e Farroupilha Ambiental trabalharam em benefício de escolas públicas e
entidades de atendimento a crianças, como o Núcleo Amigo da Criança Santo Afonso e Escola Municipal Maria
Quitéria (Novo Hamburgo), Instituto Comunitário Miguel Jefinny (Canoas), Escola José Fanton (Farroupilha),
Escola de Educação Infantil Santa Marta (São Leopoldo) e Creche Doe Amor (Rio Grande). As equipes se dividiram
em atividades como doação de cestas básicas, recreação, jardinagem e manutenção de áreas internas e externas.
ARQUIVO INSTITUCIONAL VEGA ARAÇATUBA
São Carlos e Araçatuba (SP) – cento e trinta colaboradores
das duas unidades da Vega desenvolveram as atividades em duas creches: a Santa Clara de Assis,
em Araçatuba, e Pedro Pucci, em São Carlos. Serviços de pintura, revitalização de áreas internas e
externas, varrição e poda de árvores foram executadas pelos voluntários.
ARQUIVO INSTITUCIONAL RELIMA
Lima (Peru) – em sua “estréia” no Dia do Voluntariado, realizado em
5 de julho, a Vega Peru e a Relima conseguiram mobilizar 60 pessoas,
entre colaboradores e familiares, que se envolveram em várias
frentes de ação no Colégio República de Brasil. As atividades incluíram pintura dos pontos mais críticos do prédio,
limpeza e varrição, renovação de áreas verdes e estabelecimento de pontos para segregação de resíduos.
0906
Corporativo
Riscos sob
controle
Gerência de Riscos identifica e monitora fatores
que podem ser previstos e até explorados,
antes de se transformem em problemas
N
o mundo dos negócios, o que para uns é risco, para
outros pode ser oportunidade. A diferença está na
forma como os fatos são identificados e gerenciados. É
a partir dessa premissa que atua a Gerência de Riscos
da Solví, subordinada à Diretoria de Gestão de Riscos.
A área tem no gerente Norival Zanata seu principal articulador. Com experiência em auditoria e consultoria, Zanata explica que o conceito de gestão de riscos
é amplo, partindo do planejamento estratégico até as
atividades operacionais da Organização. “Não se trata
de evitar riscos, pois quem se limita a fazer isso não
cresce, e sim explorá-los de forma controlada”, ressalta o
gestor. Um exemplo fácil? Ele cita a crise econômica recente, na qual, paradoxalmente, muitas empresas estão
crescendo - entre outros motivos, porque ­sou­be­­­­­r­­­am
ver as oportunidades ocultas por trás do cenário de dificuldades.
Manutenção de receitas, gestão de contratos, relação com as comunidades e meio ambiente são exemplos de categorias de riscos inerentes às atividades do
Grupo Solví que terão prioridade nas ações planejadas
pela Gerência de Riscos, de forma a focar os objetivos
de crescimento, resultado e geração de valor para a Organização.
O primeiro passo será desenhar um “mapa” de
riscos de negócio em cada empresa em conjunto com
todos os gestores, tendo como diretriz o planejamento
10
revista solví | MAIO A JULHO DE 2009
estratégico, de forma a elaborar um plano de ação para
cada um deles. “Isso requer um consenso sobre o que
é relevante em cada empresa e o comprometimento
dos gestores em colocar o assunto em sua pauta diária”,
lembra Zanata.
Segundo a diretora de Gestão de Riscos Célia Francini, esta abordagem está em linha com as iniciativas
de governança corporativa adotadas pelo Grupo Solví,
e o papel da Gerência de Riscos será auxiliar no aprimo­
ramento contínuo das estruturas de controle interno
dos processos, permitindo um gerenciamento mais assertivo das operações, gerando valor e contribuindo
para o crescimento dos negócios.
Mercados e Negócios
Koleta na
construção civil
Empresa fecha contrato com a Even Construtora
e Incorporadora, para a destinação de resíduos de 18 obras
MARCELLO VITORINO/FULLPRESS
D
epois de dois anos de
prospecções junto a emprei­
teiras e construtoras, a Koleta SP
fechou, no mês de junho, seu primeiro contrato na área. O novo
clien­te é a Even Construtora e Incorporadora, que inicialmente terá
18 de seus canteiros de obras aten­
didos, o que corresponde à retirada
e destinação mensais de oito mil
toneladas de resíduos.
“Este é o resultado de um forte
trabalho no sentido de conscientizar as empresas de construção
civil a darem um destino correto aos
resíduos que geram, em conformidade com o que preconiza a norma
ISO 14001 de responsabilidade ambiental, permitindo a total rastreabilidade desses resíduos”, diz o gerente
geral da Koleta, Julio Mirage, ressaltando que todo o material retirado
das construções será depositado em
locais aprovados pela Cetesb.
A conquista do primeiro clien­
te neste importante segmento
econômico implica em investimentos como a compra de novos cami­
nhões, caixas brooks e também na
contratação e treinamento de colaboradores.
Segmento importante
Só na cidade de São Paulo, a
construção civil gera atualmente
297 mil empregos, segundo dados
do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Es-
Caio Maccari Formigoni, coordenador operacional, Vagner Sousa Rodrigues, consultor comercial e
William Hayacibara, técnico comercial da Koleta SP, envolvidos no atendimento ao novo cliente
tado de São Paulo). O setor é um dos
que mais emprega no país, com dois
milhões de trabalhadores, e graças à
ampliação do crédito vêm reagindo
à crise econômica. Só na capital pau-
lista foram lançadas 4.215 unidades
habitacionais de janeiro a abril deste
ano, de acordo com a Embraesp
(Empresa Brasileira de Estudos do
Patrimônio).
CARRETAS - Também em junho, a Koleta começou a operar o
transporte de grandes volumes resíduos em longa distância, atividade
que antes era terceirizada. A empresa adquiriu inicialmente duas carretas, frota que será ampliada em breve. Mensalmente são transportadas cerca de 200 toneladas de resíduos classe I para co-processamento
na unidade da Essencis de Magé (RJ). A operação própria representa
economia e me­lhores serviços aos clientes. Cada carreta possui capacidade para cerca de 27 toneladas de resíduos.
11 12
Mercados e Negócios
ARQUIVO INSTITUCIONAL VEGA ARAÇATUBA
FOTOS: ARQUIVO INSTITUCIONAL ADA
Equipes de motoristas e
coletores da nova unidade
Na rota da Vega
Empresa inicia contrato emergencial em Araçatuba; serviços
incluem coleta, varrição e operação de aterro sanitário
E
m março a Vega fechou contrato
com a Prefeitura de Araçatuba,
voltando a prestar serviços de limpeza pública após seis anos sem
atuar na cidade do noroeste paulista. Em relação ao antigo compromisso, no entanto, os serviços foram ampliados, e agora abrangem
oito itens.
Coleta domiciliar e seletiva,
coleta de resíduos de serviços de
saúde, coleta de inertes, operação
de usina de triagem e de aterro
sanitário, varrição de ruas, equipe
de serviços diversos e limpeza de
bueiros fazem parte do escopo
do contrato emergencial, fechado
após processo licitatório. A validade é de 180 dias, com possibilidade de renovação.
“Queremos permanecer na cidade e prestar os melhores serviços”,
diz o gerente de desenvolvimento
de negócios da Vega para São Paulo,­
12
revista solví | MAIO A JULHO DE 2009
Pedro Pierucci, ressaltando que
Araçatuba, com 200 mil habitantes,
vive uma fase de crescimento ace­
lerado com a instalação de grandes
usinas de álcool na região.
“A cidade é o centro de um pólo
econômico que inclui municípios
como Birugüi, Guararapes e Valparaíso, o que vai de encontro ao projeto
da empresa de investir em aterros
regionais que atendam à demanda
que muitas cidades pequenas e médias têm de adaptar-se à legislação
no que diz respeito à destinação de
seus resíduos”, ressalta o supervisor
da unidade, Gabriel Soares Lopes.
A partir do atual contrato, a empresa pretende propor soluções para
questões como o tempo de vida do
atual aterro sanitário da cidade, que
se esgota em cerca de seis meses.
Entre as alternativas possíveis está a
criação de uma célula emergencial
junto ao atual aterro.
A Vega em Araçatuba...
4.000 toneladas de resíduos
coletados ao mês
1.500 quilômetros de ruas
varridas ao mês
3.700 toneladas de recicláveis
processadas ao mês na usina de triagem
200 colaboradores
...e no Brasil
2,9 milhões de toneladas de resíduos
coletados em 2008
1 milhão de quilômetros varridos por ano
11 milhões de pessoas
beneficiadas pelos serviços
11 mil colaboradores
MARCELLO VITORINO/FULLPRESS
Práticas de sucesso
Salvador ganha
barco para coleta
Catamarã será utilizado na limpeza da Península Joanes, que
recebe até três toneladas de lixo por dia
ARQUIVO INSTITUCIONAL VEGA SALVADOR
Imagem do novo modelo de barco e
detalhe de seu braço mecânico
L
ocalizada na Baía de Todos os Santos, na zona norte
de Salvador, a Península Joanes abriga uma população de cerca de 10 mil pessoas. Muitas delas vivem em
palafitas suspensas sobre as águas e apesar do trabalho
de conscientização ambiental que vem sendo realizado
pela Vega Salvador, infelizmente continuam a usar o mar
como lixeira. Realizar a limpeza pública em condições
tão adversas foi um desafio encarado pela Vega, que
lançou mão de ferramentas adequadas ao meio, como
uma rede para a contenção de resíduos e um recémadquirido barco coletor, que tornará o trabalho mais
produtivo e seguro.
“Há cerca de cinco anos instalamos uma rede com
cerca de 500 metros de extensão, para evitar que o lixo
se espalhasse pela baía”, conta o supervisor da Unidade
Salvador, Alexandre Castilho Flores. Até este ano, a “pesca”
dos resíduos na península era feita por meio de uma balsa
puxada por um barco, no qual iam um marinheiro e quatro
coletores. A média de lixo retirado por viagem era de 500
quilos, sendo que a quantidade total em um dia chega
a três toneladas. Como a balsa era muito lenta, o serviço
tomava todo o dia da equipe.
O novo barco, um catamarã com motor de popa, foi
fabricado no Rio de Janeiro. “Nos inspiramos nos barcos
utilizados na Lagoa Rodrigo de Freitas”, diz o supervisor.
Segundo ele, o novo veículo, que entrou em operação no
mês de julho, permitirá a coleta de até uma tonelada por
viagem, com apenas um marinheiro e dois coletores, que
utilizam roupas especiais, coletes salva-vidas e ganchos
para a retirada do lixo das águas. Todo o resíduo é colocado em uma espécie de braço mecânico, que depois o
deposita dentro do barco.
“Ganhamos em segurança e mobilidade com este
equipamento”, afirma Alexandre, lembrando que as campanhas educativas junto à comunidade da Penísula Joanes
terão continuidade.
13
PRÁTICAS DE SUCESSO
ARQUIVO PESSOAL
Maiara Goulart,
uma das primeiras
estudantes
­envolvidas no
projeto, testa
o protótipo de
­biodigestor em
laboratório
bolsista da Universidade do Estado do
Amazonas trabalhará em uma avaliação
comparativa entre os sistemas de bio­
pilha e landfarming, utilizados para
tratamento de solos contaminados. Na
Ford de Camaçari (BA), a GRI implantará
um Centro de Pesquisa e Inovação que
contará com três bolsistas do Departamento de Engenharia da Universidade
de Salvador (UNIFACS), responsáveis
por avaliar novas formas de tratamento
dos resíduos gerados no complexo.
Biodigestor
Bolsa-Inovação
GRI investe em parcerias com universidades e clientes para
estimular a busca de soluções inovadoras e se diferenciar
E
m sua busca por novos talentos
e por soluções inovadoras, a GRI
implementou o Programa de Fomento e Apoio à Pesquisa, FAP, que
estimula a cooperação científica entre empresa e universidade para o
desenvolvimento de novas tecnologias, sistemas e processos em meio
ambiente.
“Apostamos nestas parcerias
oferecer soluções ambientais dife­
renciadas aos clientes no cotidiano
operacional de nossas unidades de
negócio”, ressalta o supervisor técnico
Mauro Renan, que coordena o programa juntamente com o analista Márcio
Adilson de Oliveira.
O primeiro passo é fazer contato
14
revista solví | MAIO A JULHO DE 2009
com cursos como o de Engenharia
em instituições de ensino superior
reconhe­cidas em suas regiões, propondo a indicação de alunos para participar do projeto, com o acompanhamento de docentes das instituições e
técnicos da GRI. Estabelecida a parceria, o graduando recebe da empresa
uma bolsa de apoio à pesquisa para
se dedicar integralmente a um projeto
que tem como objetivo primordial a
busca de soluções ambientais para os
clientes GRI.
Desde abril, quando o FAP foi
lançado, foram iniciados projetos junto a clientes como Petrobras, Ford e
Tractebel. Em Manaus (AM), na refinaria
Isaac Sabbá (REMAN Petrobras), um
Em Capivari de Baixo (SC), o desafio será a instalação de um biodigestor para a transformação da matéria
orgânica descartada na unidade em
energia. O processo foi testado com
sucesso nos laboratórios da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul)
pela estudante de Engenharia Química
Maiara Goulart Medeiros, que já é estagiária da GRI. Ela transformou o projeto em trabalho de conclusão de curso
e agora está envolvida no desafio de
reproduzir a experiência em escala real.
“Se conseguirmos, isso representará um
ganho para o cliente e para mim será
uma oportunidade de desenvolvimento profissional”, diz Maiara.
Na opinião do supervisor de ope­
rações Rafael Sandrini, todos ga­nham
com a iniciativa. “A GRI fortalece a cultura de inovação e também seu relacionamento com os clientes, por meio
de um forte diferencial, enquanto os
estudantes adquirem experiência e perspectiva profissional.” Além do paga­
mento de bolsas com valores de até R$
1.200,00 a GRI estimulará a pu­blicação
dos resultados das pesquisas e a participação dos pesquisadores em congressos e eventos científicos.
Lugares
LÉO MOURA
Colaborador da Viasolo em Betim trabalha em processo de
autoclavagem, utilizado para resíduos de serviços de saúde
Indústria e ambiente
Betim, primeira cidade a implantar um aterro sanitário licenciado
em Minas Gerais, deve ganhar CTR com capacidade regional
L
ocalizada na região metropolitana de Belo Horizonte
(MG), Betim possui alguns marcos significativos em
seu desenvolvimento, como a chegada da Estrada de
Ferro Oeste de Minas, em 1910, a construção da rodovia
Fernão Dias, na década de 50 e a instalação da fábrica
da Fiat nos anos 70, o que atraiu outras indústrias e
transformou o município no segundo pólo automotivo
do país e o segundo maior PIB de Minas Gerais, atrás
apenas da capital.
Betim possui hoje cerca de 415 mil habitantes, contra pouco mais de 18 mil pessoas na década de 60. A cidade, no entanto, manteve-se atenta à destinação de seus
resíduos, sendo a primeira a inaugurar um aterro sanitário
licenciado pela Fundação Estadual de Meio Ambiente de
Minas Gerais (FEAM), em 1996.
É neste aterro, localizado no bairro Citrolândia, que a
Viasolo Engenharia Ambiental, empresa resultante de uma
sociedade entre a Vega Engenharia Ambiental e a Construtora Barbosa Mello, deposita diariamente as 200 toneladas
de resíduos domésticos coletados na cidade. O contrato
com o município foi iniciado em 2000, e após nova concorrência, é renovável até 2012, incluindo ainda serviços
como varrição de ruas, coleta seletiva, coleta e tratamento
dos resíduos de serviços de saúde (iniciativa na qual Betim
mais uma vez é pioneira no Estado). A Viasolo também
presta serviços nos municípios de Sete Lagoas, Divinó­polis,
Sabará e Caeté.
Em Betim atuam cerca de 500 colaboradores, que em
2008 receberam um total de 28.827 mil horas de treinamento, o que certamente impacta positivamente nos níveis
de aprovação dos serviços pela população, que chegou a
90% na última pesquisa semestral. “A busca contínua pelas
soluções mais avançadas para os clientes fez da Viasolo a
mais especializada e estruturada empresa no setor de limpeza urbana de Minas Gerais”, diz o supervisor comercial
Alan Pierre de Espíndula Vieira, ressaltando que, a médio
prazo, a Viasolo também pretende ser referência em destinação final de resíduos.
15
Lugares
Léo moura
A colaboradora Luana Vieira de
Souza (à frente) trabalha
no serviço de varrição
Antecipando-se mais uma vez às necessidades futuras, já que o crescimento da geração de resíduos domiciliares e o esgotamento do atual aterro estão entre as
principais preocupações ambientais de Betim, a empresa
desenvolveu o projeto de um novo aterro com características regionais, atualmente em fase de licenciamento. Localizado às margens da rodovia MG-050, o aterro ocupará uma
área de 24 dos 117 hectares disponíveis e terá capacidade
para 2,2 milhões de toneladas de resíduos domiciliares. “As
expectativas são muito boas, pois temos um bom projeto,
uma ótima relação com o cliente e credibilidade junto ao
órgão ambiental”, diz Alan Pierre.
A Essencis Soluções Ambientais está em Betim desde
2004, também em sociedade com a Construtora Barbosa
Mello. No CTR Betim a empresa opera um aterro de 612 mil
m² e capacidade para três milhões de m³ de resíduos classe
I, II A e II B. Seus 250 clientes, indústrias de várias partes do
Estado, depositam no local em média 13 mil toneladas de
resíduos ao mês.
Segundo o superintendente regional da Essencis,
­Aluísio Peres, além da destinação final de resíduos no aterro,
o CTR Betim vem investindo no conceito de multitecnologia.
Ainda este ano, a empresa deve disponibilizar os serviços de
dessorção térmica (processo para tratamento de solos contaminados) e tratamento de efluentes líquidos como lodo,
percolado e outros resultantes de processos industriais.
“Aten­deremos a uma grande demanda da indústria, para a
qual a empresa pública de saneamento já não possui capacidade”, diz Aluísio.
Números e curiosidades
O nome Betim tem origem em Joseph Rodrigues Betim, cunhado do bandeirante Fernão Dias Paes Leme, que em 1711 obteve a
Carta de Sesmaria do território localizado no Vale do Ribeirão da Cachoeira, hoje Rio Betim.
Desde 2007 Betim mantém o Centro de Referência em Energias Renováveis (CRER), com ações focadas na ampliação e na
melhoria do acesso a fontes sustentáveis e de baixo custo para a população de baixa renda e na redução das emissões de gases
poluentes. A cidade é hoje referência nacional no uso de energia solar, incluindo a instalação de painéis solares em seus projetos de
habitação popular.
Hoje a coleta seletiva de resíduos abrange 70% das residências de Betim e representa um volume de 200 toneladas/mês,
integralmente doadas à Associação de Catadores de Papel, Papelão e Materiais Reaproveitáveis de Betim (Ascapel).
16
revista solví | MAIO A JULHO DE 2009
ARQUIVO INSTITUCIONAL VIASOLO
Clientes industriais
serviços PRESTADOS pela
VIASOLO e ESSENCIS
Viasolo
• Coleta e transporte do lixo domiciliar
• Coleta e transporte de resíduos da coleta seletiva
• Operação e manutenção de usina de
compostagem de lixo orgânico
• Coleta, transporte e tratamento dos resíduos
de serviços de saúde
• Varrição de vias e logradouros públicos
• Fornecimento de equipe padrão para serviços
diversos e para limpeza e conservação de bocas
de lobo
• Fornecimento de equipe para manutenção
do aterro sanitário de Betim
• Locação de equipamentos para a operações
do aterro sanitário
Vista do aterro da Essencis,
que recebe resíduos industriais
Essencis
• Operação de Aterro Classe I, II A e II B
• Armazenamento temporário
• Pré-tratamento de resíduos
• Co-processamento
• Dessorção térmica (TDU)
• Biopilha
• Laboratório
• Manufatura reversa
• Engenharia e consultoria ambiental
17
OPINIÃO
Lideranca e
comunicacao
Sempre dizemos que a comunicação interna é importante porque
ela ajuda os colaboradores a entenderem melhor o negócio, cria coalizão
entre as pessoas, aumenta a produtividade e facilita qualquer processo
de mudança, entre outras vantagens.
Mas quem deve ser o protagonista de
toda essa história: é o departamento
de Comunicação? Recursos Humanos? O presidente? Cada um deles
tem um papel definido, mas para que
a comunicação seja boa e relevante,
ela deve ser um compromisso de todos nós.
Ninguém é mais influente que o líder,
e cada um de nós exerce esse papel
em determinadas atividades, mesmo
que a liderança não venha determinada pelo nosso cargo. É o caso de
um projeto especial, de um trabalho
que nos foi atribuído ou mesmo a
habilidade que alguns têm para ser
referência na equipe.
O líder é a fonte preferida de informação, pois dá o “tom” das mensagens. De fato, tornar-se um líder se
faz também através da comunicação
e influência junto ao seu grupo,
seus pares e demais áreas dentro de
uma organização. O líder se constrói
­através do tecido das relações com
as demais pessoas, em que o elo fundamental é feito de credibilidade,
consistência, continuidade, clareza e
18
revista solví | MAIO A JULHO DE 2009
transparência de suas mensagens e
atitudes.
Cinco décadas de pesquisa provam
que os supervisores imediatos são
o recurso preferido de informação
dos colaboradores, portanto líderes
atentos precisam aproveitar esse
espaço de diálogo para estimular a
troca de idéias, valorizar as pessoas
pelo que elas fazem de bom, tornan­­
do-as exem­plos a serem seguidos,
conectando tais ações com a visão
de futuro ou o plano de negócios da
empresa.
Por parte da corporação, há a res­
ponsabilidade de criar formas para
que a informação chegue a todos os
colaboradores da maneira e no tempo corretos, de criar fóruns abertos
para que haja comunicação de mão
dupla. Mas também é fundamental
que o líder consiga estabelecer um
elo forte com as pessoas, que crie um
am­biente seguro para o trabalho, pois
há um impacto bastante expressivo
no engajamento dos colaboradores,
em sua disposição para alcançar
um objetivo comum à organização,
entendido ao mesmo tempo como
coletivo e individual.
Comunicação exige técnica sim - e
nesse caso vale a pena recorrer à
área de Comunicação – mas é, acima
de tudo, a atitude que nos conecta a
todo tipo de oportunidade.
MARCELLO VITORINO/FULLPRESS
Viviane Mansi
é consultora em Comunicação
Corporativa e professora de
Relações Públicas da
Faculdade Casper Líbero
NOTAS
ARQUIVO INSTITUCIONAL VIASOLO
Arte para todos Em 22 de março, 50 colaboradores da unidade Viasolo em
Sete Lagoas, entre eles coletores, varredores e capinadores, conheceram o Palácio
das Artes em Belo Horizonte. O convite foi feito pela Fundação Clóvis Salgado à
Prefeitura de Sete Lagoas, que em parceria com a Viasolo proporcionou aos co­
laboradores um contato direto com a cultura, por meio do projeto “Arte para to­
dos”. Durante a visita, os trabalhadores também tiveram a oportunidade de assistir
ao espetáculo de dança contemporânea “Por instantes de felicidade”, apresentado
pela Cia de dança Quasar, na comemoração de seus 20 anos.
ARQUIVO INSTITUCIONAL SOLVÍ
Show de treinamento
Manufatura reversa
A tecnologia de manufatura reversa
para refrigeradores trazida para o
Brasil pela Essencis já é destaque
como modelo de reaproveitamento
e neutralização de materiais poten­
cialmente poluidores como o CFC.
Em abril a Essencis Manufatura Re­
versa foi considerada uma das “50
empresas do bem” pela revista Isto
É Dinheiro, que realizou um levanta­
mento de companhias que unem
os conceitos de sustentabilidade,
inovação e ainda conseguem poten­
cializar seus negócios e se aproximar
das comunidades onde atuam. De
16 a 18 de junho a empresa também
participou da Mostra de Tecnologias
Sustentáveis, evento realizado em
São Paulo pelo Instituto Ethos, em
paralelo à Conferência Internacional
Empresas e Responsabilidade Social.
ARQUIVO INSTITUCIONAL ÁGUAS DO AMAZONAS
No dia 30 de maio a Águas do Ama­
zonas participou de mais um Ação
Global, projeto criado pelo Sesi e
pela Rede Globo para levar serviços
gratuitos à população. Catorze co­
laboradores de diversos setores
participaram das atividades, que
incluíram recreação para crianças,
aten­dimento para informações
sobre faturas e curso básico de en­
canador. A empresa participa do
projeto há nove anos. Nesta edição,
foram realizados 93.798 atendimen­
tos em saúde, cidadania e lazer, que
beneficiaram 48 mil pessoas.
Em junho a Solví recebeu da
Fede­ração das Indústrias do Esta­
do de São Paulo a Menção Honro­
sa do 15º Prêmio Fiesp de Mérito
Ambiental pelo projeto “Sistema
Integrado de Evaporação de Per­
colado Movido à Biogás de Aterro
Sanitário”. Em atividade no aterro
operado pela SL Ambiental em
São Leopoldo, o sistema colabora
para dar destinação ambiental­
mente correta ao percolado, que
é aquecido e evaporado, e ao bio­
gás, utilizado como combustível
no equipamento. Para completar
o sistema e evitar que o perco­
lado armazenado nas lagoas emi­
ta odor e gás para a atmosfera,
foi desenvolvida também uma
cobertura flutuante para lagoas.
Trinta e um projetos foram inscri­
tos no prêmio, cuja comissão jul­
gadora é formada por entidades
como ABNT, BNDES, Cetesb,
Fundação SOS Mata Atlântica, IPT,
Ibama, Senai, USP, Unesp e Uni­
camp. Na foto, Nelson Pereira dos
Reis e Walter Lazzarin, respectiva­
mente diretor do Departamento
de Meio Ambiente e presidente
do Conselho de Meio Ambiente
da Fiesp, Fernando Rei, presidente
da Cetesb e Alexandre Ferrari, da
Gerência de Destinação Final e
Meio Ambiente da Solví.
ARQUIVO INSTITUCIONAL GRI
ADA na Ação Global
Projetos premiados
Desde abril o analista de quali­
dade e meio ambiente da GRI, An­
dré Apostólico, praticamente não
desfaz as malas. Ele é a “estrela” do
programa Colaborador Consciente,
criado pela empresa para atender
às demandas dos clientes no que
diz respeito a treinamento em
meio ambiente, e que já foi acom­
panhado por mais de mil pessoas
em empresas como Renault, CSN,
Nestlé, Koleta, Ford e Petrobras.
Além de ser um serviço gratuito e
incluir uma palestra sobre o tema
escolhido pelo cliente, o treina­
mento possui uma parte prática,
o “Show da Gestão”. Inspirado no
antigo programa de Silvio Santos,
desta vez com perguntas e respos­
tas sobre meio ambiente, o “show”
é responsável em boa parte pelo
sucesso do treinamento, já que
André conquista o público com
sua performance, transmitindo os
conhe­cimentos de um jeito lúdico.
Você pode sugerir assuntos para a
Revista Solví! Envie um e-mail para
[email protected]
19
EM FOCO
Cenas da mobilização dos
voluntários de São Paulo durante
a segunda edição do Dia do
Voluntariado, no dia 28 de junho
Fotos: Marcello Vitorino/Fullpress
A Solví é uma holding controladora
de empresas de reconhecida
competência que atuam nos
segmentos de resíduos, saneamento,
valorização energética e engenharia,
presentes em todas as regiões
do Brasil e no Peru. A Solví baseia
suas ações no desenvolvimento
sustentável e trabalha para manter
um compromisso primordial:
oferecer soluções para a vida, com
serviços integrados, diferenciados
e inovadores, capazes de contribuir
para a preservação dos recursos
essenciais e para o bem-estar das
comunidades onde atua.
En objetivo
Instituto Solví
Rua Bela Cintra, 967 - 10º andar
01415-000 - São Paulo - SP
PABX: (11) 3124-3500
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Águas do Amazonas S.A.
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69029-160 - Manaus - AM
Fone: (92) 3627-5515
Fax: (92) 3627-5520
e-mail: [email protected]
www.aguasdoamazonas.com.br
Essencis Soluções Ambientais S.A.
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GRI Gerenciamento
de Resíduos Industriais
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Mooca - 03108-030 - São Paulo - SP
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Fax: (11) 2065-3741
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Koleta Ambiental S.A.
Rua Presidente Costa Pinto, 33
Mooca - 03108-030 - São Paulo - SP
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Fax: (11) 2065-3656
e-mail: [email protected]
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Escenas de la movilización de los
voluntarios de São Paulo durante
la segunda edición del Día del
Voluntariado, el 28 de junio
Fotos: Marcello Vitorino/Fullpress
Solví es un holding controlador
de empresas de reconocida
competencia que actúan en los
segmentos de residuos, saneamiento
básico, valorización energética e
ingeniería, presentes en todas las
regiones de Brasil y en Perú. Solví
basa sus acciones en el desarrollo
sustentable y trabaja para mantener
un compromiso primordial:
ofrecer soluciones para la vida, con
servicios integrados, diferenciados e
innovadores, capaces de contribuir
para la preservación de los recursos
esenciales y para el bienestar de las
comunidades donde actúa.
Solví Valorização Energética
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Revista Solví – 08