A ave brilhante uma alegoria para a resolução de problemas Produzido por Brian Armour (Redlands Independent College) Traduzido e adaptado por Manuel Montenegro (Faculdade de Engenharia do Porto) A Ave brilhante Uma alegoria para a resolução de problemas Há muito tempo, um casal de aves brilhantes vivia na floresta. Porque será que eram chamadas aves brilhantes? Muitas pessoas vinham de longe só para as observar. O problema da ave brilhante Infelizmente, um dia a ave brilhante bateu com a cabeça numa árvore enquanto voava e sofreu uma fratura craniana. Ela perdeu o instinto para fazer ninhos, e isso é um grande problema para uma ave. Agora as boas notícias... Felizmente, nem tudo eram más notícias. A ave conseguia agora pensar logicamente, como um ser humano. Assim, na Primavera, quando chegou o momento de fazer um ninho, ela tentou utilizar uma estratégia para resolver o problema. 1. Procure compreender o problema. Definição do problema 2. Identique fontes de informação. Pesquisa de informação 3. Recolha informação relevante. Localização e acesso 4. Encontre uma solução. Uso da informação 5. Integre as ideias num produto. Síntese 6. Examine o resultado. Avaliação 1. Procure compreender o problema A ave brilhante pensou profundamente no problema Ela imaginou as necessidades básicas a que um ninho devia responder. Ninho (Forte+Seguro+Abrigado+Aconchegado) = Ninhada saudável 2. Identifique fontes de informação … mas… como desenhar um ninho que satisfizesse estas necessidades? Ela pensou: “Por que não vou ver como as outras aves constroem os seus ninhos?” 3. Recolha informação relevante A ave brilhante estudou o ninho do corvo. Reparou que era constituído por pauzinhos entrelaçados e que estava colocado no alto de uma árvore, longe dos predadores terrestres. Mas, como poderia este emaranhado pouco seguro suportar ventos vortes? 3. Recolha informação relevante Ela gostou do sólido ninho da andorinha, feito de terra lamacenta. Mas parecia óbvio que a lama se dissolveria com uma chuvada mais forte. 3. Recolha informação relevante O ninho do pássaro-tecelão impressionou-a pelo seu entrançado de restos de erva e pêlo de animal. O ninho parecia macio e aconchegante, mas ao mesmo tempo sólido. 4. Encontre uma solução NINHO DE CORVO Alto, afastado dos predadores Pauzinhos entrelaçados Precisa de construção cuidadosa A ave brilhante observou dez tipos de ninhos, mas baseou a sua NINHO DE ANDORINHA solução nos Lama firme Precisa de estar abrigado ninhos do corvo, da andorinha e do NINHO DE PÁSSARO-TECELÃO pássaro-tecelão. Macio e aconchegante Fortemente entrançado Preso a um ramo 5. Integre as ideas num produto A ave brilhante recolheu estas ideias e integrouas, juntamente com as suas, ao produto final: Folhagem para abrigo Preso a um ramo UM NINHO QUE CORRESPONDIA ÀS SUAS NECESSIDADES Forrado com erva e pelo Pauzinhos fixos com lama Ramo alto 5. Integre as ideias num produto Para mostrar que tinha aproveitado ideias de outros, a ave brilhante acrescentou uma pena de corvo, de andorinha e de pássaro-tecelão ao ninho. 6. Examine o resultado Quando acabou de fazer o ninho, a ave brilhante experimentou-o. Ela aconchegou-se no seu macio ninho e sentiu-se segura e confortável - tudo aquilo de que as suas crias iriam precisar! 6. Examine o resultado A ave brilhante, muito satisfeita com o ninho, estava orgulhosa do seu trabalho. Ela anunciou ao seu companheiro que tudo estava pronto para receber as suas crias. SUCESSO! Agora, há muitas aves brilhantes na floresta. Ainda bem que a ave brilhante era tão boa a resolver problemas e a utilizar fontes de informação. Uma ave realmente brilhante… De facto, podemos dizer que esta ave era brilhante de duas maneiras. FIM Este material é copylefted, isto é, pode ser utilizado, copiado e transmitido livre e gratuitamente por quem, por qualquer motivo, o considere interessante e/ou útil, sem ser necessária qualquer autorização especial do autor. No entanto, sob nenhuma circunstância pode ser alterado ou incluído num outro trabalho, e a atribuição ao autor original deve ser sempre mantida. Brian Armour / Manuel Montenegro, 2002