UNIPÊ – Centro Universitário de João Pessoa Curso de Ciências da Computação Teoria da Computação MÁQUINAS UNIVERSAIS Fabrício Dias [email protected] Agenda Algoritmo – Definições Máquina – Definições Máquina Universal Codificação de conjuntos estruturados e programas monolíticos Exemplos Algoritmo Termo usado intuitivamente para a solução de um problema Problema ALGORITMO Solução Algoritmo Solução de um problema: Descrição finita e não-ambígua; Passos discretos; Executáveis mecanicamente em um tempo finito. 4 Algoritmo Limitações de tempo podem, eventualmente, determinar se um algoritmo pode ou não ser utilizado na prática; Entretanto, limitações de tempo não são restrições teóricas pois a inexistência de limitações não implica recursos ou descrições infinitas. 5 Algoritmo Assim, recursos de tempo e de espaço devem ser “tanto quanto necessários”. 6 Algoritmo Considerando que um algoritmo deve possuir uma descrição finita, alguns tipos de dados podem não satisfazer tal condição, por exemplo os números irracionais O número Assim, no que segue, o estudo é restrito aos algoritmos definidos sobre o conjunto dos números naturais. 7 Algoritmo Algoritmos definidos sobre o conjunto dos números naturais. Qualquer conjunto contável pode ser equivalente ao dos naturais, através de uma codificação. 8 Máquina Conceito: Interpreta os programas de acordo com os dados fornecidos; É capaz de interpretar um programa desde que possua uma interpretação para cada operação ou teste que constitui o programa. Máquina O conceito de programa satisfaz à noção intuitiva de algoritmo; Entretanto, é necessário definir a máquina a ser considerada; Tal máquina deve ser suficientemente: Simples Poderosa 10 Máquina Simples: Permite estudos de propriedades, sem a necessidade de considerar características nãorelevantes; Permite estabelecer conclusões gerais sobre a classe de funções computáveis; Poderosa: Capaz de simular qualquer característica de máquinas reais ou teóricas. 11 Máquina Universal Se for possível representar qualquer algoritmo como um programa em uma máquina, então esta é denominada de máquina universal. 12 Máquina Universal Evidências de que uma máquina é universal: Evidência Interna. Qualquer extensão das capacidades da máquina universal não aumenta o seu poder computacional; Evidência Externa. Outros modelos que definem a noção de algoritmo são, no máximo, computacionalmente equivalentes. 13 Codificação de conjuntos estruturados Problema da codificação de conjuntos estruturados: onde elementos de tipos de dados estruturados são representados como números naturais. 14 Codificação de conjuntos estruturados Definição: para um dado conjunto estruturado X, a idéia básica é definir uma função injetora: c: X → ou seja, uma função tal que, para todo x,y X, tem-se que: se c(x) = c(y), então x=y Neste caso, o número natural c(x) é a codificação do elemento estruturado x. 15 Exemplo 1 Codificação de n-Uplas Naturais Suponha que é desejado codificar, de forma única, elementos de Nn como números naturais, ou seja, deseja-se uma função injetora: c: Nn → N 16 Exemplo 1 Uma codificação simples é a seguinte: a) pelo Teorema Fundamental da Aritmética, cada número natural é unicamente decomposto em seus fatores primos; 17 Exemplo 1 Uma codificação simples é a seguinte: b) suponha que p1 = 2, p2 = 3, p3 = 5 e assim sucessivamente. Então, a codificação c: Nn → N definida como segue é unívoca (suponha (x1, x2, ..., xn) em Nn): c(x1, x2, ..., xn) = p1x1 * p2 x2 * ... * pnxn 18 Exemplo 2 Codificação de Programas Monolíticos Um programa monolítico pode ser codificado como um número natural. Suponha um programa monolítico P = (I, r) com n instruções rotuladas onde {F1, F2, ..., Ff} e {T1, T2, ..., Tt} são os correspondentes conjuntos de identificadores de operações e testes; 19 Exemplo 2 Codificação de Programas Monolíticos a) b) Seja P' = (I, 1) como P, onde 1 é o rótulo inicial, e 0 o único rótulo final; Assim, uma instrução rotulada pode ser de uma das duas seguintes formas: Operação: r1: faça Fk vá_para r2 Teste: r1: se Tk então vá_para r2 senão vá_para r3 20 Exemplo 2 Codificação de Programas Monolíticos Cada instrução rotulada pode ser denotada por uma quádrupla ordenada, onde a primeira componente identifica o tipo da instrução: a) Operação (0): r1: faça Fk vá_para r2 (0, k, r2, r2) Teste (1): r1: se Tk então vá_para r2 senão vá_para r3 (1, k, r2, r3) b) 21 Exemplo 2 Codificação de Programas Monolíticos Usando a codificação, o programa monolítico P’, visto como quádruplas ordenadas pode ser codificado como segue: cada quádrupla (instrução rotulada) é codificada como um número natural. Assim, o programa monolítico P’ com m instruções rotuladas pode ser visto como uma n-upla; 22 Exemplo 2 Codificação de Programas Monolíticos por sua vez, a n-upla correspondente ao programa monolítico P’ é codificada como um número natural, usando a codificação. 23 Exemplo 2 Codificação de Programas Monolíticos Suponha o número p = (2150)*(3105) Portanto, o programa possui duas instruções rotuladas correspondentes aos números 150 e 105. Relativamente às decomposições em seus fatores primos, tem-se que: 150 = 21*31*52*70 105 = 20*31*51*71 24 Exemplo 2 Codificação de Programas Monolíticos o que corresponde às quádrulas: (1, 1, 2, 0) e (0, 1, 1, 1), que é o mesmo que: 1: se T1 então vá_para 2 senão vá_para 0 2: faça F1 vá_para 1 25 Exemplo Codificar o programa monolítico em um único número natural P1. F->1, G->2. 1: 2: 3: 4: 5: 6: 7: 8: faça se T faça se T faça se T faça se T F vá_para 2 então vá_para G vá_para 4 então vá_para F vá_para 6 então vá_para G vá_para 8 então vá_para 3 senão vá_para 5 1 senão vá_para 0 7 senão vá_para 2 6 senão vá_para 0 26 Exemplo 1: 2: 3: 4: 5: 6: 7: 8: faça se T faça se T faça se T faça se T F vá_para 2 (0, 1,2, 2) então vá_para 3 senão G vá_para 4 (0, 2, 4, 4) então vá_para 1 senão F vá_para 6 (0, 1, 6, 6) então vá_para 7 senão G vá_para 8 (0, 2, 8, 8) então vá_para 6 senão vá_para 5 (1, 1, 3, 5) vá_para 0 (1, 1, 1, 0) vá_para 2 (1, 1, 7, 2) vá_para 0 (1, 1, 6, 0) 27 Exemplo que correspondem aos seguintes números naturais: 1: 20.31.52.72 = 3675 2: 21.31.53.75 = 12605250 3: 20.32.54.74 = 13505625 4: 21.31.51.70 = 30 5: 20.31.56.76 = 5514796875 6: 21.31.57.72 = 7350 7: 20.32.58.78 = 20266878520000 8: 21.31.56.70 = 93750 28 Exemplo Transformando o programa monolítico em um número natural, temos que P1: P1 = 23675 * 312605250 * 513505625 * 730 * 115514796875* 137350 * 1720266878520000 * 1993750 29 Dúvidas????