Sistemas Distribuídos Francisco Brasileiro Aula 3: Princípios Básicos As figuras que aparecem nesses slides são de Veríssimo&Rodrigues, reproduzidas com o consentimento dos mesmos. Notações formais • É normalmente conveniente tratar com processos ao invés de processadores – Um sistema distribuído é composto por N processos que executam em M processadores – Processadores são conectados por canais de comunicação • A evolução do sistema é modelada por uma sequência de eventos eip – Um evento modifica o estado do processo p • A história H é uma seqüência de tuplas contendo um evento eip e o estado de p após eip • Uma execução (run) é um conjunto de histórias dos processos que forma o sistema distribuído Eventos • Eventos podem ser locais ou podem ser trocas de mensagem • Eventos ordenados e concorrentes Precedência [Lamport] • Se a e b são eventos no mesmo processo e a precede b, então a b • Se a é o envio da mensagem m e b é a recepção da mensagem m, então a b • Se a b e b c, então a c Estado global • Especificação – Se no tempo t cada processo pi está no estado Si e as mensagens em transito no canal cij que liga pi a pj é S(cij), então o estado global é dado por S = {S1, S2, ... Sn} U {S(cij), 1≤i,j≤n, i ≠j} • Como computar S internamente? – Troca de mensagens mudará o estado do sistema! – Há protocolos de snapshot que resolvem este problema Snapshots distribuídos Tempo e relógios • O que é o tempo real? – Função monotônica contínua e crescente [Newtoniano] • O que é 1 segundo? – Divisor de um dia solar – Relógios atômicos • A linha do tempo – timestamps – duração de intervalos • Relógios O papel do tempo • Gravar e observar a localização de eventos na linha do tempo – seqüênciamento de eventos que formam um estado global – medir a duração entre dois eventos • Forçar o futuro posicionamento de eventos na linha do tempo – sincronização Medindo tempo em sistemas distribuídos • Como medir durações distribuídas? • Como reconciliar diferentes linhas do tempo? – Ex. qual o tempo de transmissão de uma mensagem? • Tempo global × tempo real Relógios locais físicos • O hardware (rf) implementa uma função monotônica discreta e crescente que mapeia o tempo real t em um tempo de relógio rf(t) • Imperfeições de relógios físicos – Granularidade (g) – Taxa de desvio (r) Propriedades de um relógio físico • Granularidade – Relógios físicos avançam em ticks (tk) • g = rf(tk+1) – rf(tk) • Taxa de desvio – Depende da qualidade do relógio e das condições do ambiente (ex. temperatura) • 0 ≤ 1-r ≤ (rf(tk+1) – rf(tk))/g ≤ 1+r Para que serve um relógio local? • Prover timestamps para eventos locais • Medir durações locais – Qual o erro causado pela taxa de desvio? – r é tipicamente na ordem de 10-5 • Definir timeouts • Medir durações de atraso round-trip Relógios globais • Um relógio global é construído através da sincronização de relógios locais por um protocolo de sincronização de relógio – Cada processo p cria um relógio virtual (rvp) a partir do seu relógio local (rfp) – Os relógios virtuais são criados de forma a estarem sincronizados – São resincronizados de tempos em tempos – NTP é o protocolo mais comum para isso Propriedades de um relógio global • Convergência (d): quão próximo os relógios estão sincronizados logo após uma resincronização • Precisão (p): quão próximos os relógios se mantêm sincronizados entre si em qualquer tempo • Exatidão (a): quão próximos os relógios estão sincronizados em relação a uma linha de tempo absoluta de referência – Requer um dispositivo de sincronização externa (ex. GPS) em algum lugar do sistema • Taxa de desvio (r): é a taxa instantâneo de desvio do relógio global Propriedades de um relógio global Eventos • Eventos podem ser locais ou podem ser trocas de mensagem • Eventos ordenados e concorrentes Precedência [Lamport] • Se a e b são eventos no mesmo processo e a precede b, então a b • Se a é o envio da mensagem m e b é a recepção da mensagem m, então a b • Se a b e b c, então a c Estado global • Especificação – Se no tempo t cada processo pi está no estado Si e as mensagens em transito no canal cij que liga pi a pj é S(cij), então o estado global é dado por S = {S1, S2, ... Sn} U {S(cij), 1≤i,j≤n, i ≠j} • Como computar S internamente? – Troca de mensagens mudará o estado do sistema! – Há protocolos de snapshot que resolvem este problema Snapshots distribuídos Tempo e relógios • O que é o tempo real? – Função monotônica contínua e crescente [Newtoniano] • O que é 1 segundo? – Divisor de um dia solar – Relógios atômicos • A linha do tempo – timestamps – duração de intervalos • Relógios O papel do tempo • Gravar e observar a localização de eventos na linha do tempo – seqüênciamento de eventos que formam um estado global – medir a duração entre dois eventos • Forçar o futuro posicionamento de eventos na linha do tempo – sincronização Medindo tempo em sistemas distribuídos • Como medir durações distribuídas? • Como reconciliar diferentes linhas do tempo? – Ex. qual o tempo de transmissão de uma mensagem? • Tempo global × tempo real Relógios locais físicos • O hardware (rf) implementa uma função monotônica discreta e crescente que mapeia o tempo real t em um tempo de relógio rf(t) • Imperfeições de relógios físicos – Granularidade (g) – Taxa de desvio (r) Propriedades de um relógio físico • Granularidade – Relógios físicos avançam em ticks (tk) • g = rf(tk+1) – rf(tk) • Taxa de desvio – Depende da qualidade do relógio e das condições do ambiente (ex. temperatura) • 0 ≤ 1-r ≤ (rf(tk+1) – rf(tk))/g ≤ 1+r Para que serve um relógio local? • Prover timestamps para eventos locais • Medir durações locais – Qual o erro causado pela taxa de desvio? – r é tipicamente na ordem de 10-5 • Definir timeouts • Medir durações de atraso round-trip Relógios globais • Um relógio global é construído através da sincronização de relógios locais por um protocolo de sincronização de relógio – Cada processo p cria um relógio virtual (rvp) a partir do seu relógio local (rfp) – Os relógios virtuais são criados de forma a estarem sincronizados – São resincronizados de tempos em tempos – NTP é o protocolo mais comum para isso Propriedades de um relógio global • Convergência (d): quão próximo os relógios estão sincronizados logo após uma resincronização • Precisão (p): quão próximos os relógios se mantêm sincronizados entre si em qualquer tempo • Exatidão (a): quão próximos os relógios estão sincronizados em relação a uma linha de tempo absoluta de referência – Requer um dispositivo de sincronização externa (ex. GPS) em algum lugar do sistema • Taxa de desvio (r): é a taxa instantâneo de desvio do relógio global Propriedades de um relógio global