Ambiente Térmico/Qualidade do ar
Segurança e
Higiene no
Trabalho
Ambiente Térmico/Qualidade do ar
Higiene e Segurança no Trabalho
Módulo III
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Apresentação
AMBIENTE TÉRMICO
/
QUALIDADE DO AR
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Introdução
No que diz respeito ao quadro do melhoramento das condições de trabalho,
assim como na qualidade de vida, o ambiente térmico desempenha grande
parte das vezes um papel fundamental.
Muitas vezes , o Ser humano é frequentemente exposto a ambientes
térmicos (temperaturas extremas) que podem ocasionar danos para a
saúde, dado que estas se afastam consideravelmente da temperatura normal
do corpo humano.
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Introdução
O homem necessita de manter constante a temperatura do corpo (cerca
de 37 ºC), para que o desenvolvimento de todas as funções corporais que
são acompanhadas de processos químicos e físicos garantam um
funcionamento óptimo das principais funções do organismo.
O Calor gerado no corpo tem de ser cedido, em cada instante, ao
ambiente, de modo a que a temperatura do corpo permaneça
constante.
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Introdução
Mecanismos de regulação
O corpo dispõe de mecanismos reguladores que controlam as trocas de
calor com o ambiente. Quando o equilíbrio é ameaçado, o corpo reage.
Estas reacções podem ir desde tremores à transpiração, que ajudam a
restabelecer as condições normais e mantenham o corpo em equilíbrio.
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Introdução
Mecanismos de regulação
Os mecanismos de regulação deixam de ser eficazes quando o corpo
está submetido a condições ambientais demasiado severas; ocorrem então
alterações físicas e psíquicas que em casos extremos podem ser irreversíveis.
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Introdução
A realização de um trabalho pode originar uma exposição
significativa ao calor / frio ou á humidade, dependendo das
condições locais.
Desde que o homem esteja devidamente protegido, pode realizar a
sua actividade eficientemente mesmo em situações climáticas adversas.
É essencial o bem estar dos trabalhadores para a obtenção do
máximo de eficiência.
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Introdução
O número de Industrias que apresentam condições térmicas desfavoráveis
é muito elevado e são muitos os trabalhadores que desenvolvem muitas
vezes, as suas actividades profissionais em ambientes muito quentes ou
frios, o que pode colocar a sua saúde em perigo.
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Introdução
Construção civil
Câmaras frigoríficas
Ambientes frios
Calor Seco
Ambientes quentes
Calor Húmido
Fundições de ferro e aço
Indústria de vidro
Pastelarias
Industria de borrachas
Fábricas de cerâmica
Industrias mineiras
Lavandarias
Cozinhas
Fábricas de conservas
Tintorarias
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Conceitos
Homeotermia – Estado que resulta da manutenção da temperatura interna
do corpo que é assegurada sempre que o fluxo de calor de calor produzido
pelo corpo é igual ao fluxo de calor cedido ao ambiente.
Ou seja, o calor gerado pelo corpo tem de ser cedido ao meio ambiente, de
modo a manter a sua temperatura constante ( cerca de 37 º C).
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Conceitos
37,8 ºC
Ambientes quentes
Temperatura normal
36,2 ºC
37 ± 0,8 ºC
Ambientes frios
HIPERTERMIA
HOMEOTERMIA
HIPOTERMIA
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Conceitos
Equilíbrio térmico
O processo de equilíbrio térmico do corpo humano, pretende que a
energia interna produzida, o metabolismo, iguale as trocas de calor e
trabalho com o exterior.
Metabolismo
O metabolismo corresponde à energia utilizada pelo corpo.
1.
Metabolismo Basal – Calor libertado durante o repouso absoluto
2.
Metabolismo de actividade – depende do chamado esforço físico,
podendo ser muito superior ao metabolismo basal.
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Metabolismo
Parâmetros
Mesma actividade
Varia principalmente com a área
corporal
Unidades de medida
W/m²
Valor típico de área corporal de um adulto
Variações de pessoa para pessoa
1.8 m²
1,4 m² a 2,3 m²
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Quantificação do metabolismo
Métodos
Segundo a norma ISO8996
De acordo com o tipo de actividade
Usando tabelas de actividades específicas
Usando a pulsação cardíaca ( relação oxigénio gasto – energia
produzida
medindo directamente o volume de oxigénio utilizado
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Quantificação do metabolismo
Em função do tipo de actividade
W / m²
W
Actividade
65
115
descansar
0
A descansar
1
Baixa
100
180
A andar <3,5 km/h
2
Moderada
165
295
3,5 a 5,5 km/h
3
Elevada
230
415
5,5 a 7 km/h
4
Muito elevada
290
520
A correr > 7 km/h
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Quantificação do metabolismo
Em função da ocupação
Ocupação
Pintor
W / m²
100-130
Professor
85-100
Laboratório
85-100
Agricultor – condutor de tractor
85-110
Forneiro de carvão
Secretária
Condutor de autocarro
Às compras
115-175
70-85
75-125
100-120
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Quantificação do metabolismo
Em função da postura do corpo
Postura do corpo
W / m²
Sentado
10
Ajoelhado
20
De gatas
20
De pé
25
De pé parado
30
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Equação do Equilíbrio térmico
As trocas de calor entre o corpo humano e o ambiente podem expressar-se
por:
H=0eM=±K±C±R–E
H – Calor armazenado
M – Calor produzido por metabolismo (trabalho)
K – Troca por condução
C - Troca por convecção
R – Troca por radiação
E – Troca por evaporação
A energia calorífica produzida pelo organismo deve assim equilibrar as trocas
de calor com o meio ambiente, uma vez H = 0
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Equação do Equilíbrio térmico
Conclusões:
Conforme se deduz em circunstâncias normais de saúde e conforto, a
temperatura do corpo mantém-se constante, graças a um equilíbrio entre a
produção interna de calor, devida à perda de metabolismo, e a perda de
calor para o meio ambiente.
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Equação do Equilíbrio térmico
Conclusões:
O Fluxo de calor produzido no organismo deve ser efectuar a sua
transferência pela PELE.
O fluxo de calor trocado com o ambiente pode processar-se por 4 vias :
condução (K), convecção (C), radiação (R) e a evaporação (E).
M=±K±C±R-E
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Mecanismos de Trocas de calor
Os mecanismos de troca de calor são os seguintes:
CONDUÇÃO – o calor propaga-se por contacto, entre uma superfície e
o corpo, essencialmente pelas mãos e pés.
CONVECÇÃO – Troca de calor entre a pele e o ar ambiente. A
agitação e a temperatura do ar determinam uma maior ou menor
evaporação.
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Mecanismos de Trocas de calor
RADIAÇÃO – Troca de calor da superfície mais quente para a mais fria
sem contacto físico. Corpos sólidos incandescentes emitem grandes
radiações, sendo a maior ou menor proximidade determinante.
EVAPORAÇÃO – Realiza-se essencialmente através das pele pela
sudação e dos pulmões (evaporação imperceptível) ou pelo suor
(evaporação perceptível). A temperatura, agitação e humidade do ar são
factores determinantes para aumentar ou diminuir a evaporação.
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Fluxo de calor por evaporação
A evaporação ao transportar o calor latente do corpo constitui uma perda
de calor para o organismo, tendo lugar no homem a nível do aparelho
respiratório e da pele.
PELE – Água que sai através das glândulas soporíferas
VIAS RESPIRATÓRIAS – em situações de elevada temperatura, estas
perdas são desprezáveis em comparação com as perdas de calor por
sudação (suor).
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Fluxo de calor por evaporação
VESTUÁRIO
O vestuário constitui uma barreira entre a superfície cutânea e o
ambiente. Esta barreira age tanto sobre as trocas de calor por convecção
e radiação, como sobre trocas por evaporação.
Um Homem ao estar vestido, cria-se um microclima em volta da superfície
cutânea coberta cuja temperatura de radiação característica é a face
interna do interior.
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Fluxo de calor por evaporação
VESTUÁRIO
Na ISO7730 o vestuário é caracterizado por uma unidade própria, o “Clo”
(de clothing). Esta unidade, corresponde ao isolamento, ou seja
resistência térmica de um conjunto de vestuário, utilizado em ambientes
interiores, durante o Inverno.
Exemplo de vestuário padrão – Fato, camisa, gravata, colete, sapatos,
meias)
um
Clo = 0,155ºK.Km‾².W ‾¹
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Fluxo de calor por evaporação
VESTUÁRIO
Nu
( clo)
ºK.m‾².W ‾¹
0
0
Calções
0.1
0.016
Vestuário tropical
0.3
0.047
Vestuário leve de Verão
0.5
0.078
Vestuário de trabalho
0.7
0.124
Vestuário de Inverno para
ambiente interior
1.0
0.155
Fato completo
1.5
0.233
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M3-A2.1 (Parte 3)