V SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE A Reforma da Atenção Primária em Portugal Luis Pisco Missão para os Cuidados de Saúde Primários Rio de Janeiro 25 Março 2010 ÍNDICE 1. A reforma da Atenção Primária de Saúde 2. As Unidades de Saúde Familiar 3. Os Agrupamentos de Centros de Saúde 4. Alguns Resultados O CASO PORTUGUÊS Nos últimos 30 anos a situação ã económica ó e social de Portugal teve um extraordinário progresso. A melhoria sistemática e sustentada dos nossos serviços de saúde, ao longo desse período, é um facto indiscutível. indiscutível GANHOS EM SAÚDE No inicio dos anos 70, Portugal adoptou uma estratégia integrada de atenção ã primária i á i através é de d uma rede d pública úbli de d Centros C de d Saúde S úd com enfermeiros, médicos de família e médicos de saúde pública. Significativo avanço no estado de saúde: nos anos 60 a mortalidade infantil era de 60 por 1000; trinta anos mais tarde era de 5.0, entre as melhores na União Europeia. Hoje é de 3.3 European Observatory of Health Systems and Policies O Serviço Nacional de Saúde Teve e tem um papel muito importante na melhoria da Saúde dos Portugueses. Atenção Primária de Saúde realidade em 2005 10,5 milhões de residentes 351 Centros de Saúde (com 1.823 1 823 extensões) 7.034 Médicos de Família e 7.368 Enfermeiros de Família % utentes inscritos, inscritos mas sem MF atribuído: 11,2% 11 2% Acessibilidade pouco facilitada Liberdade de escolha escolha, pelo cidadão, cidadão do seu MF MF, ou de mudança de Médico de Família reduzida Médicos e Enfermeiros de Família são funcionários públicos do SNS (remuneração independente do desempenho), com baixo nível de satisfação profissional O SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE Embora o Sistema de Saúde pareça teoricamente bom, na realidade enfrenta muitos problemas. O SNS é uma estrutura muito centralizada e burocrática. Não existem incentivos para um bom desempenho nem para a qualidade; ç dos profissionais constitui um desafio e uma A insatisfação ameaça ao desenvolvimento da Medicina Familiar; O debate acerca da reforma do Sistema de Saúde e a procura de soluções alternativas tem-se tem se intensificado nos últimos anos anos. ESTRATÉGIA DE REFORMA QUE PERMITA OBTER: Doentes – melhores cuidados de saúde. Profissionais – recompensa pelas boas práticas. Financiadores – contenção de custos. How physicians can change the future of health care Michael E E. Porter Elizabeth Teisberg JAMA, March 14, 2007 – vol 297, No. 10 DADOS DE BASE: PRODUÇÃO E CUSTOS Dimensão e produção de um CS médio usuários: 30.834 sem médico de família: 10,8% utilizadores: 19 19.792 792 médicos: 20,9 enfermeiros: 20,6 consultas: 97.315 Custo por usuário: €216,5 vencimentos dos médicos: €34,8, vencimentos de enfermeiros: €14,0 custos administrativos e de direcção: €18,6 custos com MCDT: €40,9 custos com medicamentos: €84,3 outros custos: €24 Custos totais de um CS médio €6.674.690 Análise dos Custos dos Centros de Saúde e do Regime Remuneratório Experimental Prof. Miguel Gouveia Grupo de Trabalho da APES DADOS DE BASE: PRODUÇÃO E CUSTOS Custo por utilizador: € 337,3 vencimentos médicos: €54,2 custos com MCDT: €63,7 custos com medicamentos: €131,4 Custo por consulta: € 68,6 vencimentos de médicos: €11,0 custos com MCDT: €13,0 custos com medicamentos: €26,7 Análise dos Custos dos Centros de Saúde e do Regime Remuneratório Experimental Prof. Miguel Gouveia Grupo de Trabalho da APES NOVAS FORMAS DE PRESTAÇÃO DA MEDICINA FAMILIAR A evidência científica a nível internacional indica que os sistemas de saúde baseados em atenção primária efectiva, com profissionais altamente treinados e exercendo na comunidade, p cuidados com maior prestam efectividade, tanto em termos de custos como em termos clínicos, em comparação com os sistemas com uma fraca orientação para a atenção primária . Barbara Starfield. The New England Journal of Medicine November 2008. NOVAS FORMAS DE PRESTAÇÃO DA MEDICINA FAMILIAR Na Europa, é necessário um maior investimento na atenção primária para permitir que os sistemas de saúde cumpram o seu potencial em benefício dos doentes. Esse investimento tem a ver não só com recursos humanos e infra-estruturas, mas também com formação educação, formação, educação investigação e melhoria contínua da qualidade. What are the advantages and disadvantages of restructuring a health care system to be more focused on primary care services? WHO Regional Office for Europe’s Health Evidence Network (HEN) January 2004. OBSERVATÓRIO EUROPEU ANALISA MUDANÇAS ORGANIZACIONAIS NA APS Livro corrobora Princípios da Reforma Portuguesa www.euro.who.int Três investigadores do Observatório Europeu dos Sistemas e Políticas de Saúde editaram um livro que faz o ponto da situação em matéria de atenção primária e enuncia algumas recomendações quanto ao futuro. futuro Para que os resultados sejam os esperados, há que apostar: no trabalho em equipa, em listas de usuários, maior acessibilidade, num pagamento diferenciado, na informatização dos serviços. Cada vez mais a atenção primária é entendida como a base dos sistemas de saúde. Tempo Medicina Online número 1180 de 2006.05.15 NOVAS FORMAS DE PRESTAÇÃO DA MEDICINA FAMILIAR Novembro 90 CENTRO DE SAÚDE Um Centro de Saúde é, e se não é deveria ser, um serviço de proximidade. Pequeno na dimensão, leve na estrutura, simples na organização, organização afável na relação que estabelece com os utilizadores, fá il no contacto. fácil t t (Henrique Botelho, 2001) ECONOMIAS DE ESCALA 800 600 6 Custos 400 200 0 O aumento do volume de actividade dos centros de saúde provoca uma diminuição dos seus custos médios: muitos centros são demasiado pequenos. Custos Médios p por Utente 0 50000 100000 Utentes 150000 200000 Análise dos Custos dos Centros de Saúde e do Regime Remuneratório Experimental Prof. Miguel Gouveia Grupo de Trabalho da APES A RECONFIGURAÇÃO DOS CENTROS DE SAÚDE A constituição de pequenas unidades funcionais autónomas (USF), prestadoras de cuidados de saúde à população, que proporcionarão p p maior p proximidade ao cidadão e maior qualidade de serviço. obedece a um duplo movimento A agregação de recursos e estruturas de gestão, gestão eliminando concorrências estruturais, obtendo economias de escala. (ACES) SOBRE A MCSP • A Missão para os Cuidados de Saúde Primários (MCSP) é uma estrutura de p directa do Ministro da Saúde,, criada p pela Resolução ç missão na dependência do Conselho de Ministros nº157/2005, de 12 de Outubro, para conduzir o projecto global de lançamento, coordenação e acompanhamento da estratégia t té i de d reconfiguração fi ã dos d centros t d saúde de úd e implementação i l t ã das d unidades de saúde familiar. • P Pela l Resolução R l ã do d Conselho C lh de d Ministros Mi i t nº º 60/2007, 60/2007 de d 24 de d Abril, Ab il o mandato da MCSP foi prorrogado por dois anos. REFORMA DA ATENÇÃO PRIMÁRIA DE SAÚDE Principais objectivos Melhorar a acessibilidade Aumentar a satisfação de Profissionais e Usuários Melhorar a Qualidade e a Continuidade de Cuidados Melhorar a eficiência Missão para os Cuidados de Saúde Primários 2005 ÍNDICE 1. A reforma da Atenção ç Primária de Saúde 2. As Unidades de Saúde Familiar 3. Os Agrupamentos de Centros de Saúde 4. Alguns Resultados UNIDADES DE SAÚDE FAMILIAR As USF,, são pequenas p q equipas q p multiprofessionais, p , formadas voluntariamente, auto-organizadas, compostas por 3 a 8 médicos de família, por um mesmo número de enfermeiros de família e profissionais administrativos, que abarcam uma população ã entre 4.000 e 14.000 pessoas. E Estas t equipas i di dispõe õ d de autonomia t i técnica, té i funcional f i le organizativa, e, muito importante, um sistema de pagamento misto, (capitação/salário/ objectivos), incentivos financeiros e profissionais que recompensam o mérito e são sensíveis à produtividade, acessibilidade, mas também, e sobretudo, à qualidade. MODELO ORGANIZACIONAL A criação das USF é um processo voluntário da base para o topo Total envolvimento dos profissionais de saúde Escolha da equipa Autonomia organizacional Definição do Plano de Acção Gestão em função de objectivos Co-responsabilização C bili ã REFORMA DA ATENÇÃO PRIMÁRIA DE SAÚDE Principais características Adesão voluntária de Profissionais e Usuários Trabalho em Equipa Multiprofissional Obrigatoriedade de Sistema de Info mação Informação Regime remuneratório sensível ao desempenho Regime de incentivos Contratualização ç e Avaliação ç REFORMA DA APS Satisfação ç dos Profissionais www.jmfamilia.com RESULTADOS OBTIDOS por mês Candidaturas e USF em actividade p 400 2006 2007 2008 2009 350 300 250 200 150 Março 2006 100 Setembro 2006 50 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 USF EM ACTIVIDADE 234 Candidaturas activas - 108 102 B 127A Ganho 360.562 2.936.776 POPULAÇÃO EM USF INE 2008 Continente 10 135 309 4% 12% 19% 29% PROFISSIONAIS ABRANGIDOS 3500 3000 2500 2000 1500 1000 500 0 Administrativos Médicos Enfermeiros Total Dez 2006 230 286 292 808 Dez 2007 569 712 738 2.019 Dez 2008 896 1.116 1.140 3.152 1.477 4.153 PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS Estrutura Média – 208 USF Missão para os Cuidados de Saúde Primários 2009 DL das USF – Modelo B REMUNERAÇÃO Ligada g ao Desempenho p A remuneração dos médicos integra 3 componentes: Coordenação da USF 910 € mês. Remuneração base Vencimento 35h DE. Corresponde a 1550 utentes Formação de internos 520 € mês. Suplementos Associados ao aumento da lista, aos domicílios e ao alargamento de horário Compensações pelo desempenho Realização de actividades específicas e carteira adicional Domicílios 30 € - máx. 20 mês. METODOLOGÍA DA CONTRATUALIZAÇÃO Contratualização ç Externa Contratualização Interna METODOLOGÍA DA CONTRATUALIZAÇÃO Grupo de trabalho para o desenvolvimento da contratualização com os Cuidados de Saúde Primários Despacho n.º 7816/2009 de 9 de Março de 2009 da Ministra da Saúde RELATÓRIOS DA CONTRATUALIZAÇÃO 2008 INDICADORES DE DESEMPENHO Tipos de Indicadores Disponibilidade Acessibilidade Produtividade Qualidade técnico-científica Efectividade Eficiência Satisfação INDICADORES ASSOCIADOS AOS INCENTIVOS FINANCEIROS Médicos Enfermeiros e secretários clínicos Vigilância Planeamento Familiar 2 Indicadores Planeamento Familiar Vigilância da Gravidez 3 Indicadores de Vigilância da G Gravidez id Seguimento da criança no 1º e 2º ano de vida Vigilância da diabetes Vigilância da hipertensão Cuidados domiciliários 6 Indicadores de seguimento da criança no 1º 1 e 2º 2 ano de vida 3 Indicadores de vigilância da diabetes 3 Indicadores vigilância da hipertensão CONTRACTUALIZAÇÃO z z z Proposta USF 2008 Nº AC Nº 1.4 3.12 Percentagem de consultas ao utente pelo seu próprio médico de família 75,00% 80,00% z 75,00% 151 1.5.1 3 15 3.15 T Taxa de d utilização tili ã global l b l dde consultas lt 65 00% 65,00% 66 84% 66,84% z 67 00% 67,00% 1.7.1 4.18 Taxa de visitas domiciliárias médicas por mil utentes 30,00 ‰ 35,50 ‰ z 35,00 ‰ 180,00 ‰ 151,13 ‰ z 150,00 ‰ 50,00% 35,11% z 50,00% 80,00% 81,82% z 82,00% 70 00% 70,00% 88 23% 88,23% z 90 00% 90,00% 98,00% 100,00% z 100,00% 1.7.2 Indicador Valor Valor Contratualiza Estimado d 2008 do a 31/12/2008 Taxa de visitas domiciliárias de enfermagem por mil utentes Percentagem de mulheres entre os 50 e 69 anos com 5.1.2 mamografia registada nos últimos dois anos 4.30 2.5.1 5.4 261 2.6.1 5 10 5.10 2.7.1 6.1 Percentagem de diabéticos com pelo menos uma HbA1C registada nos últimos três meses Percentagem de hipertensos com registo de pressão arterial nos últimos seis meses Percentagem de crianças com PNV actualizado aos 2 anos INCENTIVOS INSTITUCIONAIS 50% 100% S/ incentivos Valor anual dos incentivos institucionais 9.600 € Norte 12% 28% 60% 15.200 € 20.000 € Centro 32% 8% 60% Sul 13% 22% 65% 199.866,67 € UNIDADES DE SAÚDE FAMILIAR Fases e Metodologia g de Implementação p ç 1ª Fase DOCUMENTOS DA CANDIDATURA CANDIDATURA FORMULÁRIO ELECTRÓNICO Regulamento Interno Plano de Acção Manual de Articulação Carta da Qualidade 3ª Fa ase 2ª Fas se AVALIAÇÃO E PARECER TÉCNICO AUTOAVALIAÇÃO IMPLEMENTAÇÃO ACOMPANHAMENTO 1-3-6-12 Meses RELATÓRIO (1º ANO) ACREDITAÇÃO (2º E 3º ANO) AVALIAÇÃO CRUZADA ACREDITAÇÃO EXTERNA ÍNDICE 1 A reforma da Atenção Primária de Saúde 1. 2. As Unidades de Saúde Familiar 3. Os Agrupamentos de Centros de Saúde 4. Alguns Resultados A RECONFIGURAÇÃO DOS CENTROS DE SAÚDE Nova matriz organizacional e funcional assente em: Unidades funcionais com autonomia gestionária, Constituídas por equipas multiprofissionais Funcionamento em rede Compromissos assistenciais contratualizados O AGRUPAMENTO DE CENTROS DE SAÚDE Âmbito de actuação Cuidados personalizados de saúde (individual e familiar) ACES Âmbito de actuação Saúde Pública ã na comunidade (grupos e comunidade) Intervenção Serviços de Suporte Tecnologias l i de Informação Recursos Humanos Planeamento Financeiro Assessoria Especializada Governação Clínica Instalações e Equipamentos Compras Monitorização UNIDADES FUNCIONAIS E RESPECTIVAS MISSÕES Cuidados de saúde à pessoa e à família Unidade de Saúde Familiar (USF) Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) com liberdade de escolha em função dos recursos disponíveis. As USF distinguem-se g das UCSP p pelo nível de desenvolvimento de dinâmica de equipa, designadamente pelos compromissos de cooperação inter profissional livremente assumidos. UNIDADES FUNCIONAIS E RESPECTIVAS MISSÕES Cuidados organizados e orientados para grupos e ambientes específicos: Unidade de Cuidados na Comunidade (UCC) Unidade de Saúde Pública (USP) cuidados de abrangência comunitária e de apoio e complementaridade da acção das USF e das UCSP As USF, UCSP e UCC articulam-se necessariamente com a USP sempre que estiver em causa a defesa e promoção da saúde colectiva. UNIDADES FUNCIONAIS E RESPECTIVAS MISSÕES Saúde p populacional, p , ambiental e p pública Unidade de Saúde Pública (USP) Intervenções orientadas para garantir o bem público comum no domínio da saúde. Observatório Ob tó i de d saúde úd local, l l unidade id d de d administração d i i t ã de d saúde úd populacional, de coordenação de estratégias locais de saúde de âmbito comunitário e de autoridade de saúde. saúde UNIDADES FUNCIONAIS E RESPECTIVAS MISSÕES Apoio p técnico-assistencial a todas as unidades Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados (URAP) Competências e meios específicos complementares da acção das outras unidades funcionais. A URAP é uma unidade id d que organiza i e coordena d múltiplos últi l meios, recursos e competências assistenciais específicos, de cada ACES cuja missão é a de apoiar as demais unidades funcionais. ACES, funcionais UNIDADES FUNCIONAIS E RESPECTIVAS MISSÕES Apoio p logístico g ao funcionamento de todas as equipas q p e dos órgãos de gestão Unidade de Apoio à Gestão (UAG) viabilização do funcionamento adequado de toda a organização. A UAG é uma unidade id d de d “back-office” “b k ffi ” que viabiliza i bili que, em cada d momento, existam condições materiais e objectivas para que todos possam cumprir a sua missão. missão Conselho Directivo da ARS, I.P. Estrutura Orgânica ACES Gabinete do Cidadão Unidade de Apoio à Gestão Director Executivo Conselho da Comunidade Conselho Executivo Conselho Clínico ECLCCI – Equipa q p Coordenadora Local de Cuidados Continuados Integrados. UCC – Director Clínico 3 Adjuntos ECLCCI Unidade de Cuidados na Comunidade. UCSP – Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados. URAP – Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados. USF – Unidade de Saúde Familiar. USP – Unidade de Saúde Pública. Centro de Saúde Centro de Saúde USF UCSP UCC USP URAP USF UCSP UCC A hierarquia técnica deverá ser instituída através da formação de um Conselho Clínico, cujo presidente é o Director Clínico. Organizar e controlar as actividades de formação contínua; Dar instruções para o cumprimento das normas técnicas emitidas pelas entidades competentes; Análise de efectividade de práticas clínicas, adopção de Competências na área de Governação Clínica protocolos e práticas baseadas na evidência, homogeneização das práticas utilizadas nas várias unidades operativas; Fixar pprocedimentos qque ggarantam a melhoria contínua da qualidade dos cuidados de saúde; Realização de auditorias clínicas e gestão do risco clínico e global; Promover a divulgação de medidas de desempenho, garantindo a transparência; Promover a investigação e aprendizagem interna; Verificar o grau de satisfação dos utentes e dos profissionais. PROCESSO DE MUDANÇA Constituição de USF; Agrupamentos de Centros de Saúde; Introdução ã de novo modelo de gestão; ã Instituição de governação clínica; Reorganização R i ã d dos serviços i de d suporte. t ÍNDICE 1 A reforma da Atenção Primária de Saúde 1. 2. As Unidades de Saúde Familiar 3. Os Agrupamentos de Centros de Saúde 4. Alguns Resultados MONITORIZAÇÃO DA SATISFAÇÃO DOS USUÁRIOS DAS USF Constituídas até Novembro de 2008 146 USF 25.725 Questionários enviados 16.768 Questionários entregues aos usuários 12.713 Questionários recebidos 75,8% Taxa de resposta global 0 4% Erro máximo 0,4% Pedro Lopes Ferreira MODELO CONCEPTUAL DA SATISFAÇÃO DOS USUÁRIOS sexo Idade escolaridade Dados sócio-demográficoss Experiência S A T I S F A Ç Ã O D O S U T I L I Z A D O R E S Indicadores EUROPEP relação e comunicação cuidados médicos informação e apoio continuidade e cooperação organização dos serviços Áreas específicas oferta de outros serviços resposta recursos humanos instalações 1ª consulta Opiniões e atitudes recomendar mudar de USF surpresas SATISFAÇÃO GLOBAL EUROPEP TEMPO PARA CUIDAR RELAÇÃO E COMUNICAÇÃO HUMANIDADE ENVOLVIMENTO DOS DOENTES CONFIDENCIALIDADE DO PROCESSO CUIDADOS MÉDICOS INFORMAÇÃO E APOIO CONTINUIDADE E COOPERAÇÃO ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS EFECTIVIDADE COMPETÊNCIA/PRECISÃO TIPO DE INFORMAÇÃO ACONSELHAMENTO CONTINUIDADE COOPERAÇÃO ENTRE PRESTADORES ACESSIBILIDADE E ESPERA APOIO EM GERAL ÁREAS ESPECÍFICAS SERVIÇOS AO DOMICÍLIO OFERTA DE OUTROS SERVIÇOS RESPOSTA A NECESSIDADES ESPECIAIS CONTACTO PARA PREVENÇÃO RAPIDEZ DE ATENDIMENTO RESPOSTA RESPEITO E PRIVACIDADE LIBERDADE DE ESCOLHA COMPETÊNCIA, CORTESIA E CARINHO DOS MÉDICOS RECURSOS HUMANOS COMPETÊNCIA, CORTESIA E CARINHO DOS ENFERMEIROS COMPETÊNCIA CORTESIA E CARINHO DOS ADMINISTRATIVOS COMPETÊNCIA, CORTESIA E CARINHO DOS ADMINISTRATIVOS PONTUALIDADE CONFORTO INSTALAÇÕES LIMPEZA HORÁRIO DE ATENDIMENTO QUESTIONÁRIO EUROPEP INDICADORES EUROPEP 0% Tempo para cuidar 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 70,9% Humanidade 77,5% Envolvimento dos doentes 78,8% Confidencialidade do processo Efectividade Competência/Precisão Tipo de informação Aconselhamento Continuidade 81,8% 73,0% , 76,7% 73,9% 72 2% 72,2% 76,9% Cooperação entre prestadores 66,9% Acessibilidade e espera 65,8% Apoio em geral 77,8% ÁREAS ESPECÍFICAS DE SATISFAÇÃO 0% Serviços ao domicílio Resposta a necessidade especiais Contacto para prevenção Contacto para prevenção Rapidez no atendimento Respeito Lib d d d Liberdade de escolha lh Médicos Enfermeiros Ad i i t ti Administrativos Pontualidade Conforto Limpeza Li Horário 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 64,4% 73,0% 68 2% 68,2% 71,1% 79,5% 68 6% 68,6% 80,1% 80,9% 76 7% 76,7% 74,6% 75,0% 80,7% 74,3% INDICADORES EUROPEP 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Relação e comunicação Amplitude 2009-2005 8,9% Cuidados médicos Informação e apoio Continuidade e cooperação Organização dos serviços 15,2% 13,6% 16,5% 26,4% 60 MONITORIZAÇÃO DA SATISFAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DAS USF Constituídas até Novembro de 2008 143 USF 2 821 Profissionais existentes 2.821 2.398 Profissionais participantes 85,0% Taxa de resposta global 0,8% Erro máximo Pedro Lopes Ferreira MODELO CONCEPTUAL DA SATISFAÇÃO DOS PROFISSIONAIS sexo idade escolaridade Dados Sócio-demográficos SATISFAÇÃO L Local l de d trabalho t b lh DOS Funções na USF PROFISSIONAIS P Prestação t ã de d cuidados id d política líti de d recursos humanos h – coordenador d d recursos humanos moral – estado de espírito superior hierárquico recursos tecnológicos e financeiros – local de trabalho e equipamento vencimento Qualidade Q lid d melhoria contínua da qualidade atendimento ate d e to coordenação de cuidados sensibilidade condições das instalações informações custos dos cuidados horário vínculo responsabilidade experiência de gestão profissão Opiniões e atitudes adequação q ç da formação ç utilização recomendação escolha de novo QUESTIONÁRIO Esta USF como seu local de trabalho 63 SATISFAÇÃO PROFISSIONAL 73,6% POLÍTICA DE RECURSOS HUMANOS 71 3% 71,3% COORDENAÇÃO 75,3% RECURSOS HUMANOS 80,2% ESTADO DE ESPÍRITO 80,3% SUPERIOR HIERÁRQUICO 48,6% VENCIMENTO 61 4% 61,4% LOCAL DE TRABALHO E EQUIPAMENTO , 72,2% QUALIDADE DA USF COMO LOCAL DE TRABALHO 80,3% MORAL 56,0% , RECURSOS TECNOLÓGICOS E FINANCEIROS 77,6% QUALIDADE DA USF NA PRESTAÇÃO DE CUIDADOS 81,1% MELHORIA CONTÍNUA DA QUALIDADE AUMENTO DOS NÍVEIS DE EFICIÊNCIA Análise dos Custos dos Centros de Saúde e do Regime Remuneratório Experimental g Gouveia Prof. Miguel Grupo de Trabalho da APES Num estudo económico prévio “ haveria poupanças medias anuais de 4,3 € por usuário, resultando de um aumento de 2,4 € em salários médicos e em poupanças de 1,9 1 9 € em ECD e 4,9 4 9 € em medicamentos. medicamentos Em 37 USF seria de prever uma poupança de 8,9 M€ AUMENTO DOS NÍVEIS DE EFICIÊNCIA Relatório 2008 Departamento Contratualização da ARS Norte. Em media, cada USF do Norte do País gastou cerca de 170 € em medicamentos e 65 € em ECD ((contra 204 € em medicamentos e 95 € com ECD nos centros de saúde de origem) por utilizador/ano. PROCESSO DE MUDANÇA As USF conseguiram onseg i am simultaneamente: sim ltaneamente mais eficiência, mais acessibilidade, acessibilidade melhor clima laboral, maior satisfação dos cidadãos, cidadãos numa palavra, mais qualidade. São um bom exemplo do sucesso da filosofia de gestão que recomenda não dizer às pessoas como fazer as coisas. Dizer o que fazer e elas surpreender-nos-ão com a sua criatividade. Atribuir uma missão para cumprir e dar liberdade para o fazer. LIÇÕES APRENDIDAS A importância p da criação ç das USF de forma voluntaria de baixo para cima com total envolvimento dos profissionais de saúde. A importância de um forte apoio político. A criação de uma Unidade de Missão A importância de aumentar a acessibilidade dos cidadãos aos serviços e de melhorar a qualidade dos serviços. A importância de uma boa comunicação com a imprensa. Mas o trabalho continua… continua Reforma da Atenção Primária Plano Estratégico g 2010 – 2011 1. Saúde da pessoa, da família e da comunidade 5. Inovação e Qualidade 2. Governação ç clínica e de saúde o ga ação 4. Gestão, organização e participação 3. Recursos humanos e desenvolvimento profissional www.mcsp.min-saude.pt www.mcsp.min-saude.pt Obrigado pela vossa atenção [email protected]