A ATUAÇÃO E IMPACTO DA INTELIGÊNCIA COMPETITIVA NAS ETAPAS DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 1 INTRODUÇÃO A globalização vem causando efeitos intensos no mercado, pois com a aproximação entre diferentes países e quebras de barreiras entre os mesmos, trazem uma circulação intensa de capital, produtos, pessoas e informações. Tal aproximação vem acirrando cada vez mais a competição no mercado, uma vez que as organizações não competem somente com outras da mesma localidade, mas com organizações de todas as partes do mundo. Concorrência forte no mercado exige também mudanças nas organizações, a fim de adaptá-las ao novo paradigma de mercado. Neste contexto de competição constante entre as organizações,acertos e erros podem ser fatores determinantes para a sobrevivência ou falência das mesmas. Visando minimizar tais falhas as organizações devem se concentrar em seu posicionamento frente ao mercado, porém é imprescindível que tal posicionamento seja planejado e esteja alinhado ao ambiente que circunda a organização e o seu negócio.O planejamento deve ser à base de todo posicionamento, ação, diretriz e caminho a ser decidido pela organização. Um planejamento mal formulado pode comprometer toda a organização, levando-a a erros que podem ser irreparáveis. As estratégias organizacionais também devem ser orientadas segundo um planejamento prévio, pois e neste planejamento que as diretrizes da organização são definidas. O planejamento estratégico é de extrema importância por ser a base para toda ação e posicionamento de mercado adotado pela organização. A elaboração do planejamento estratégico segue uma ordem composta por cinco fases, sendo estas: Análise do ambiente, Definição de diretrizes estratégicas, Formulação de estratégia, Implementação de estratégias e Controle e avaliação. Para que um planejamento estratégico seja formulado de forma mais assertiva possível, é importante que toda a sua elaboração esteja baseada diretamente com o ambiente organizacional. O conhecimento sobre o ambiente organizacional tende a reduzir erros posteriores e permite ajustar as diretrizes à conjuntura. A globalização também afeta a organização no que diz respeito a conhecimento sobre o ambiente, pois, a ampla circulação de informações leva diariamente àorganização inúmeros dados sobre os mais diversos assuntos. Mas é importante ressaltar que não é o número de informações que determinam se o planejamento é ou não bem formulado, mas sim a qualidade e relevância de tais informações. A Inteligência Competitiva trabalha neste contexto com a finalidade de captar, selecionar dados relevantes para o negócio, transformar tais dados em informações e assim sendo, convertê-los em inteligência. São os dados coletados e transformados em informações, servem de respaldo para a tomada de decisão das organizações. E quanto mais relevante e bem analisada estas informações são, maior assertividade terão as decisões.A área de Inteligência Competitivase apresentaextrema relevância para a definição de estratégias organizacionais, se tornando um embasamento para decisões em um mercado de incertezas. O presente trabalho apresenta a relação entre a atuação da Inteligência Competitiva e a elaboração do planejamento estratégico. Assim sendo, determinando as ações e importância da Inteligência Competitiva em todo o processo de definição estratégica da organização. 1.1 Justificativa A área de Inteligência competitiva tem auxiliado muito as organizações que a implantam, pois ela tem o objetivo de captar, analisar e transformar dados em informações. Estas informações tem a finalidade de respaldar as decisões, de forma a minimizar os ricos das mesmas. O mercado cada vez mais competitivo e dinâmico também tem demandado respostas rápidas, flexibilidade e o menor número de erros possíveis das organizações. Para alcançar tal resultado é preciso obter informações e as analisar de forma a entender aconjuntura das decisões e as variáveis envolvidas, podendo assim decidir de forma mais assertiva. Neste contexto torna-se imprescindível a implantação de um sistema que auxilie a entender as variáveis envolvidas nas decisões, e, munido de informações consistentes, definir estratégias que atinjam seus alvos. O tema Inteligência Competitiva apresenta grande relevância para o mercado, uma vez que um planejamento estratégico bem embasado tende a reduzir erros nas ações organizacionais. Em um mercado de competição cada vez mais acirrada, qualquer erro pode ser letal a sobrevivência da organização, sendo de muito valor os dados que minimizem o risco de erro. Os erros nas ações nas organizações podem ter sua origem no planejamento, pois é ele que encaminha as ações da organização. Planejamentos que não condizem com a realidade ambiental tendem a fadar a organização ao fracasso de suas ações, o que consequentemente gera prejuízos. Coletar informações relevantes e trabalha-las de forma a se tornarem inteligência, e esta inteligência utilizada como respaldo para o planejamento estratégico se torna uma alternativa para minimizar falhas. A área de Inteligência é relativamente nova dentro das organizações, necessitando ainda de estudos que possam entender melhor os seus impactos no meio organizacional. Portanto, para o administrador e para a área acadêmica, se tornam de grande importância pesquisas sobre o tema, que tragam ao profissional da administração mais informações para a utilização das ferramentas. O presente trabalho se justifica no fato da área de inteligência competitiva ser de extrema relevância para a definição de estratégias organizacionais, se tornando um embasamento para decisões em um mercado de incertezas. É importante ressaltar que erros nas decisões podem causar prejuízos financeiros às organizações.O planejamento estratégico bem elaborado e estruturado visa reduzir riscos de erros futuros, o que é possível observando o ambiente da decisão e direcionando as estratégias em cenários futuros. Sendo a obtenção de dados e análises dos mesmos de elevado valor para um resultado satisfatório do planejamento estratégico, se torna de grande importância à inteligência competitiva para a sobrevivência da organização no mercado. Frente a tais aspectos o presente trabalho traz a problemática: Como as informações obtidas pela inteligência competitiva podem auxiliar na elaboração do planejamento estratégico? 1.2 Objetivos 1.2.1 Objetivo Geral Identificar a atuação da inteligência competitiva em cada etapa de elaboração do planejamento estratégico. 1.2.2 Objetivos Específicos • Definir a função da Inteligência competitiva nas organizações; • Explicar cada etapa do planejamento; • Analisar a atuação e impacto da área de Inteligência Competitiva em cada uma das etapas do planejamento estratégico. 1.3 Metodologia A metodologia a ser adotada para o presente trabalho é de natureza exploratória, pois visa um melhor entendimento do tema proposto. Conforme descrito por Gil (1996, p. 41) a pesquisa exploratória “[...] têm como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema [...]”. O presente tem a finalidade de aprofundar a avaliação da Inteligência Competitiva, portanto elevando o conhecimento sobre a área que é ainda pouco pesquisada. Para tanto a análise do tema será baseada no procedimento metodológico da pesquisa bibliográfica, fundamentada por livros e publicações científicas publicadas. A coleta de dados se dará pela compilação dos conceitos de diferentes autores sobre os temas, através da leitura interpretativa, que segundo Gil (1996, p. 79) “[...] tem por objetivo relacionar o que o autorafirma com o problema para o qual se propõe uma solução”. Os dados serão trabalhados posteriormente através de abordagem qualitativa, que objetivará estabelecer a relação entre os dados coletados sobre os temas. 1 Planejamento Estratégico A utilização do conceito de estratégia advém da área militar, que definia basicamente a atuação do general em coordenar a tropa a como alcançar o seu objetivo, vencer a guerra. Com o passar do tempo o conceito e utilização prática da estratégia transpassou somente as áreas militares, ganhando espaço também nas organizações. Kluyver e Pearce (2010) afirmam que muitas definições do termo estratégia são equivocadas, demonstrando pouco do que o conceito realmente significa, sendo assim os autores tratam estratégia da seguinte forma: Estratégia diz respeito a posicionar uma organização para a obtenção de vantagem competitiva. Envolve escolhas a respeito de que setores participar, quais produtos e serviços oferecer e como alocar recursos corporativos. (KLUYVER E PEARCE, 2010, p. 2) Portanto, segundo os autores supracitados, a estratégia tem a finalidade de definir onde a organização deve estar para se manter competitiva, e através de decisões deliberadas, determinar o caminho para alcançar tal posição. Sendo assim a estratégia tem por objetivo criar valor para a organização frente a seus stakeholders e clientes, consequentemente elevando o valor da organização para seus acionistas e/ou proprietários. As estratégias adotadas para definir as diretrizes são delimitadas por planejamentos estratégicos periódicos, que normalmente ocorrem anualmente. Segundo Oliveira (2010, p.4) O planejamento pode ser conceituado como um processo [...] desenvolvido para o alcance de uma situação futura desejada, de um modo mais eficiente, eficaz e efetivo, com a melhor concentração de esforços e recursos pela empresa. O planejamento estratégico tende a reduzir os riscos e incertezas quanto ao panorama futuro da organização, elevando a possibilidade de sucesso para a mesma. Embora existam três tipos de planejamento nas organizações, sendo estes estratégico, tático e operacional, é o planejamento estratégico que define as diretrizes gerais da organização. Oliveira (2010, p. 17) afirma que é o processo de planejamento estratégico que estabelece a direção a ser seguida pela organização, visando adequação ao ambiente e maior competitividade organizacional. Kluyver e Pearce (2010) declaram que o planejamento estratégico se impõe basicamente por duas pressões, sendo a primeira delas a necessidade constante de lidar com questões complexas. Estas variáveis que influenciam a organização, como política, leis, questões sociais, econômicas e ambientais, tem se apresentado de maior impacto as organizações. A segunda pressão a um planejamento é a velocidade com que o ambiente se altera, assim sendo deixando a primeira pressão citada mais complexa, e exigindo observação constante para que a organização se adapte ao ambiente. Tal planejamento é de responsabilidade do mais alto nível hierárquico da organização, porém para que estas estratégias sejam definidas da melhor forma e cumpram seu objetivo de manter a organização competitiva, é preciso seguir um processo decisório de qualidade. Para tanto o planejamento estratégico deve seguir uma metodologia em etapas, que possibilitem uma estruturação sequenciada do planejamento. As etapas do planejamento diferem entre autores, porém no presente trabalho serão apresentadas as relações entre duas metodologias, sendo estas a apresentada por Certo e Peter (2010) e a descrita por Oliveira (2010). Certo e Peter (2010) definem a metodologia composta por cinco etapas: Diagnóstico ou análise do ambiente, Estabelecimento de diretrizes estratégicas, Formulação de estratégia, Implantação e Controle e avaliação. Porém Oliveira (2010) divide as etapas em quatro, sendo estas: Diagnóstico estratégico, missão da empresa, Instrumentos prescritivos e quantitativos e controle e avaliação. As duas metodologias se reiteram na primeira e ultima etapa do planejamento, apresentando informações que se complementam sobre diagnóstico e controle. Porém os autores se contrapõe nas demais etapas, ressaltando que os citam aspectos similares na confecção do planejamento, divergindo na ordem sequencial de tais variáveis, análises e metodologias complementares. Oliveira (2010) define a segunda etapa como missão da empresa, que segundo o autor deve determinar a missão, propósitos, cenários, postura estratégica e macro estratégias e macro politicas. Para o autor a terceira etapa é a responsável pela definição de objetivos e metas, estratégias e politicas, projetos e planos de ação, bem como das variáveis quantitativas de orçamento. Em contrapartida, Certo e Peter (2010) delimitam na segunda etapa as diretrizes organizacionais como missão e objetivos. A terceira etapa os autores definem como formulação da estratégia, fase destinada a projetar e selecionar as estratégias necessárias à realização dos objetivos. A etapa de implementação somente é citada por Certo e Peter (2010), não sendo referenciada por Oliveira (2010). A análise a seguir será baseada na metodologia de cinco etapas, sendo apresentadas as ideias complementares definidas por Oliveira (2010) e demais autores. 1.1.1 Análise do ambiente A primeira etapa do processo de planejamento estratégico é analisar o ambiente interno e externo da organização. Esta etapa tem a finalidade de entender o ambiente para, com informações reais, concretas e confiáveis, respaldar o restante do planejamento. Certo e Peter (2010, p. 28) entendem o ambiente como o compilado de fatores, sendo eles externos e internos, que podem afetar a definição e execução dos objetivos. Os autores ressaltam ainda a importância de tal etapa segundo a teoria sistêmica, onde se enfatiza que as organizações são sistemas abertos e que recebem impactos diretos do ambiente que os cerca. Portanto, conhecer o ambiente organizacional se torna essencial para a competitividade e, consequentemente, para a sobrevivência da organização. Certo e Peter (2010, p. 28) descrevem que a análise do ambiente tem como finalidade principal dar respaldo para que a administração possa se prevenir, e assim reagir aos eventos ocorridos em seu ambiente. Tal afirmação é reiterada por Oliveira (2010, p.63) quando o autor ressalta que a alta administração precisa estar atenta constantemente ao ambiente, “Com a finalidade de evitar que o desafio estratégico surja num momento em que a empresa está despreparada para enfrentá-lo [...]”. Oliveira (2010) define alguns componentes necessários a um efetivo diagnóstico, sendo a visão primeiro ponto destacado pelo autor. A visão da empresa é entendida por Oliveira (2010) como os “[...] limites que os proprietários e principais executivos da empresa conseguem enxergar entro de um período de tempo mais longo e uma abordagem mais ampla”. Portanto, a visão precisa definir o que a organização espera para o seu futuro, onde pretende chegar. Tal definição auxilia na busca por informações de mercado mais focadas, bem como delimita caminhos para o planejamento estratégico. O segundo ponto destacado pelo autor são os valores, e são estes o conjunto de valores e crenças da organização. Oliveira (2010) ressalta ainda que os valores devem estar correlacionados a ética e a moral da empresa. O terceiro componente de atenção no diagnóstico de ambiente é análise ambiental propriamente dita. O ambiente ao qual a organização precisa estar atenta se divide em ambiente externo e ambiente interno. Entender as variáveis de tais ambientes é imprescindível para saber o que o mercado espera e onde se pretende chegar, bem como o que já compõe a organização e o que deve ser aprimorado e conquistado para o alcance daquela posição de mercado, respectivamente aos ambientes acima citados. Segundo Oliveira (2010, p. 71) a análise do ambiente externo tem como objetivo entender a relação entre a organização e seu ambiente considerando em termos de oportunidades e ameaças. Os autores ainda reforçam a importância de tal análise afirmando que: “[...] o conhecimento efetivo sobre o ambiente é fundamental para o processo estratégico, no sentido de se obter a adequada compatibilidade entre a empresa e as forças externas que afetam, direta ou indiretamente, seus propósitos, objetivos, metas, estratégias, políticas, estrutura, recursos, planos, programas, projetos, procedimentos etc.” (OLIVEIRA, 2012, p. 72) Certo e Peter (2010) subdivide tal ambiente em geral e operacional, e destacam ainda que são variáveis as quais a organização não tem controle. O ambiente geral é composto por componentes econômicos, sociais, políticos, legais e tecnológicos. Para os autores o ambiente operacional é definido por clientes, concorrentes, mão-de-obra, fornecedores e componentes internacionais (para as que as utilizem), variáveis ligadas ao setor de atuação da organização. A análise interna da organização evidencia as forças e fraquezas da organização, ou seja, suas qualidades e deficiências. Esta análise deve ser realizada em comparação com outras organizações do mesmo segmento de mercado, possibilitando avaliar as variáveis que a organização deve melhorar e as que são seus pontos de diferencial. Certo e Peter (2010) ressaltam ainda que as variáveis internas são de mais fácil percepção e controle, sendo os aspectos aos quais as organizações tem como alterar. Oliveira (2010, p. 81) destaca ainda um terceiro aspecto da análise interna, os pontos neutros. Segundo o autor são pontos que “por falta de um critério ou parâmetro de avaliação, não estão sendo considerados nem como deficiências, nem como qualidades da empresa.”. Porém tais variáveis devem receber atenção, pois em longo prazo podem se tornar pontos fortes ou fracos da mesma. Certo e Peter (2010) definem 5 aspectos a serem observador no ambiente interno, são estes: aspectos organizacionais, de pessoal, marketing, produção e financeiros. Porém Oliveira (2010) subdivide a análise interna em: funções a serem analisadas e desempenhadas, aspectos organizacionais (reiterando os autores acima citados), abrangência de processos administrativos e operacionais, níveis de controle e avaliação, critérios de avaliação e obtenção de informações. O quarto aspecto levantado por Oliveira (2010) para o diagnóstico de ambiente e a integração dos fatores considerados na análise interna e externa, é o ponto de visão holística para os dados percebidos no ambiente. O quinto componente a ser considerado e a análise de concorrentes. Segundo Oliveira (2010) é necessário que se tenha de um sistema de informações sobre os concorrentes, possibilitando assim projetar a simular suas ações futuras. O Sexto e último componente destacado por Oliveira (2010) são os formulários, o autor sugere tabelas específicas para cada etapa da análise de ambiente. É importante ressaltar que diversos autores delimitam fases e metodologias para o processo de análise, e segundo Certo e Peter (2010) não há um processo ideal para tal análise que determine os riscos a organização. Para Certo e Peter (2010) cada organização realiza a análise ambiental com as ferramentas e metodologias que mais se adequarem as suas necessidades, porem ressaltam que: [...] determinar a relevância para a organização dos diversos níveis ambientais, bem como das diversas questões estratégicas, pode ajudar a melhorar a qualidade da análise ambiental, independente do método usado. (CERTO; PETER, 2010, p. 47) Todo processo realizado nas organizações devem ser posteriormente avaliados, a fim de identificar se alcançou seus objetivos e quais melhorias realizar no processo. Certo e Peter (2010, p. 46) enfatizam quatro aspectos que destacam uma análise de ambiente bem-sucedida, são eles: Quando ligadas a área de planejamento: Os resultados de uma análise ambiental só terão efetividade se repercutirem no planejamento da organização, o que se analisa no ambiente deve ser base para a definição das diretrizes da organização; Informações para a alta administração: A área da organização que mais demanda informações ambientais é a alta administração, a análise se torna bem-sucedida ao suprir esta demanda de forma satisfatória; Apoiada pela alta administração: Como as demais áreas da organização, a análise também só e entendida como importante pela organização a partir do momento que a alta administração a valoriza. Realizada por pessoas com habilidades estrategistas: O analista deve captar e ponderar os dados com a finalidade que aquela informação gere efetivamente estratégia para a empresa. É imprescindível que a análise ambiental alcance seu objetivo principal, respaldar a alta administração de informações para decidir pelo melhor direcionamento estratégico para a organização. 1.1.2 Diretrizes Estratégicas A etapa de definição das diretrizes estratégicas segue diretamente após a análise do ambiente. Uma vez levantadas e analisadas as variáveis ambientais, é preciso definir o pensamento estratégico que guiará a organização. Certo e Peter (2010, p. 55) explicam que nesta etapa o primeiro objetivo é definir a missão e os objetivos da organização. A missão é a declaração da razão de ser da organização, nela é determinado qual o negócio da organização, que Certo e Peter (2010, p.56) afirmam ser “[...] uma declaração muito ampla das diretrizes organizacionais.”. Oliveira (2010, p. 110) complementa tal citação ao dizer que a missão traduz valores e crenças da organização, delimitando suas áreas de atuação no mercado. A definição bem estruturada da missão é de extrema importância para a organização, pois ela facilita para quem a lê entender o que a organização é e quais os seus rumos. Podem-se citar alguns impactos positivos na organização através da missão organizacional definida, sendo o primeiro deles o de estabelecer um norte único à organização, sendo uma declaração explícita do papel da organização para os seus funcionários. Para Oliveira (2010) a missão tem função de orientar e delimitar as ações empresariais, portanto tende a encaminhar as ações a um único alvo. O fato de manter um alvo único para a organização evita que sejam perseguidos objetivos diferentes e conflitantes. A missão também auxilia a organização a se orientar em suas distribuições de recurso, concedendo prioridade às áreas de maior importância estratégica. Consequentemente, a missão consegue orientar os cargos necessários na organização bem como as responsabilidades e a quem destiná-las. Oliveira (2010) determina ainda a missão como uma definição que retrata um horizonte em que a organização deseja atuar. São os negócios que surgem neste horizonte, e se apresentam viáveis, que a organização se empenhará em realizar. Para o autor os negócios escolhidos para atuação da organização são denominados de propósitos, sendo estas “[...] grandes áreas de atuação selecionadas no contexto da missão estabelecida.”. Certo e Peter (2010, p. 57) ressaltam ainda que a missão é a uma das bases dos objetivos organizacionais, uma vez que estes são reflexos dela. Os objetivos organizacionais são alvos pelos quais a organização impõe seus esforços. Os objetivos estabelecidos no planejamento servem de direcionamento para os gestores nas decisões, orienta organização para cumprir metas e também serve de balizador para avaliações de desempenho. Oliveira (2010, p.145) define objetivo como “[...] alvo ou ponto quantificado, com prazo de realização e responsável estabelecidos, que se pretende alcançar através de esforço extra.”. O autor ainda trabalha com o conceito de meta como passo para alcançar um objetivo, diferindo do conceito utilizado por autores como Kluyver e Pearce (2010, p.131) que definem como “[...] um objetivo estabelecido que envolve quantidade e prazo.”, conceito este mais difundido entre autores de estratégia. Certo e Peter (2010, p. 61) delimitam oito áreas chaves que necessitam ser contempladas nos objetivos, são estas: posicionamento de mercado, inovação, produtividade, níveis de recursos, lucratividade, desempenho e desenvolvimento dos executivos, desempenho e atitudes dos funcionários e responsabilidade. Embora o objetivo principal das organizações seja obter lucro, a lucratividade não deve ser tomada como único foco da organização. Os objetivos devem ser estabelecidos e internalizados pelos que compõe a organização, principalmente de seus gestores. Assim sendo, pode-se afirmar que os objetivos, se não forem alvo constantes dos gestores, não cumprem a sua finalidade de encaminhar a organização à posição de mercado desejada. Oliveira (2010, p. 149) conclui que: “Para serem úteis, os objetivos devem ser mais do que palavras; devem ter significado concreto para o executivo, com a finalidade de obter sua participação e comprometimento de forma real, efetiva e contínua.” (OLIVEIRA, 2010, p. 149). Os objetivos devem ser delimitados de forma verticalizada na organização, começando pelos mais amplos aos mais específicos. Sendo assim Oliveira (2010) ressalta que, definida a missão, primeiro de se determinam os objetivos da organização, depois os objetivos de cada uma das áreas funcionais e sequencialmente as metas e seus respectivos responsáveis. 1.1.3 Formulação Estratégica A formulação de estratégias diz respeito a dar caminhos para que a organização alcance os objetivos. Certo e Peter (2010, p. 76) descrevem que “[...] é da análise do ambiente que provêm às informações necessárias para que se inicie o processo de formulação de estratégias.”. Portanto, a etapa de análise do ambiente, é de extrema importância para esta fase do planejamento estratégico, pois é dela que advêm as informações para conduzir a definição dos melhores caminhos a serem seguidos. Segundo Oliveira (2010, p.187) a estratégia tem grande influência nas variáveis internas da organização, pois elas que auxiliam a observar quais as necessidades da estrutura organizacional. Deste modo, a definição de quais estratégias serão utilizadas pode determinar o alcance ou não dos objetivos da organização. Para Oliveira (2010) tal definição é denominada postura estratégica, que “[...] é estabelecida por uma escolha consciente das alternativas de caminho e ação para cumprir sua missão.”. Para Kluyver e Pearce (2010) as organizações enfrentam quatro desafios principais para a formulação da estratégia, sendo o primeiro deles a análise do ambiente, seguida pela antecipação da reação dos concorrentes, a identificação das possíveis estratégias e por último a escolha da melhor estratégia. Um conceito descrito por Oliveira (2010) pode ser incluso a etapa de formulação de estratégia, o que é descrito pelo autor como elaboração de cenários. Segundo Oliveira (2010, p.51) cenários “[...] representam situações, critérios e medidas para a preparação do futuro da empresa.”. Portanto, a elaboração de cenários é destinada a desenhar, de acordo com dados históricos levantados no diagnóstico, os futuros possíveis e os prováveis posicionamentos da organização neles. Tais cenários podem demonstrar a organização as possíveis variáveis a serem encontradas no futuro, sendo assim a organização pode definir suas estratégias de forma a reduzir os riscos vindouros. As estratégias devem ser a definição de um caminho através do qual as organizações alcancem seus objetivos. Oliveira (2010, p. 185) destaca que preferencialmente, estas estratégias devem ser compostas de soluções inovadoras e diferenciadas, visando melhorar a organização frente aos aspectos ambientais não controláveis. Certo e Peter (2010, p. 90) descrevem uma abordagem baseadas nas cinco forças competitivas estruturadas por Michael Porter, forças essas que servem de orientador para a definição das estratégias. As forças de Porter se delimitam em barreiras a novos entrantes, poder de barganha com fornecedores e com os clientes, produtos substitutos e concorrência. Depois de avaliado o ambiente são definidas o que Oliveira (2010) define como macro estratégias, que segundo o autor são as grandes ações ou estratégias amplas. Certo e Peter (2010) bem como Kluyver e Pearce (2010) descrevem os possíveis posicionamentos citando as estratégias propostas por Michael Porter. Podem-se definir as estratégias em três posicionamentos, segundo Porter (1989), são estes: liderança por custo, Diferenciação e enfoque. Tais estratégias são denominadas pelo autor como estratégias competitivas genéricas, e segundo Kluyver e Pearce (2010) são chamadas genéricas por, na teoria, se aplicarem a qualquer negócio ou setor. A estratégia de liderança em custo para Porter (1989) significa a organização buscar formas de reduzir seus custos, e assim obter vantagem competitiva através de preços de venda mais baixos. A organização pode adotar algumas táticas como produção em escala, novas tecnologias, acessos vantajosos a matérias primas, entre outros para alcançar redução de custos. Certo e Peter (2010, p.93) destacam que tal estratégia “[...] permite uma empresa retorno acima da média de seu setor, apesar de grandes forças competitivas.”. A segunda apresentada por Porter (1989, p.12) é a de diferenciação, abordada pelo autor onde a empresa “[...] procura ser única em sua indústria, ao longo de algumas dimensões amplamente valorizadas pelos compradores.”. Esta estratégia se baseia em escolher atributos e se diferenciar neles, se mantendo em vantagem em relação a seus concorrentes. O terceiro formato proposto é o enfoque, que segundo Certo e Peter (2010, p.93) descrevem como “[...] uma estratégia em que segmentam os mercados e se apela somente para um ou alguns grupos de consumidores ou compradores industriais.”. Porter (1989) divide em enfoque em custo e enfoque na diferenciação, onde ambas se baseiam em se diferenciar dos demais do mercado. Porém não se trata do segmento amplo, e sim de uma área focada do segmento. A estratégia deve ser fundamentada em um enfoque de mercado, onde as organizações se atem a um grupo delimitado de clientes. Porém as estratégias apresentadas por Porter (1989) não são absolutas, recebendo criticas de outros autores. Kluyver e Pearce (2010) retratam que as estratégias genéricas não são sempre viáveis a organização, e que os gestores optam por estratégias que sejam mais completas, que englobassem mais de uma estratégia a fim de atender as necessidades dos clientes. Certo e Peter (2010) cita então tipos de posicionamentos que determinam as estratégias posteriores, segundo os autores a organização pode optar por três posicionamentos: Concentração, Estabilidade e Crescimento. A estratégia de concentração é onde a organização se foca em uma linha de negócio, se especializando em uma atividade. A segunda estratégia proposta por Certo e Peter (2010) é denominada de estabilidade, tendo como objetivo se concentrar em suas linhas de negócios e em mantê-las em produtivas. Oliveira (2010) descreve estratégia similar chamada de manutenção, porém se baseando na prioridade em manter a organização estável no mercado. Também é citada pelos autores Certo e Peter (2010) a estratégia de crescimento, reiterada por Oliveira (2010). O posicionamento descrito pelos autores visa crescer as vendas e lucros dentro dos negócios onde a organização já atue. A organização também pode crescer se expandindo para outros negócios, posicionamento este denominado por Oliveira (2010) como estratégia de desenvolvimento. O autor ainda incrementa com a estratégia de sobrevivência, onde a organização se vê em um ambiente não favorável, em que deve se concentrar em se manter viva em meio às situações negativas de mercado. A última estratégia a ser delimitada são as estratégias funcionais, onde após definidas as estratégias globais da organização é preciso determinar as estratégias menores para o alcance dos resultados. Certo e Peter (2010, p.96) definem que tais estratégias são definidas pelos especialistas das áreas que “Coletivamente, descrevem as tarefas específicas que devem ser executadas para a implementação da estratégia.”. 1.1.4 Implementação Estratégica A implementação da estratégia diz respeito à parte prática da estratégia, é a fase onde o planejamento e transformado em ação na organização. Certo e Peter (2010, p. 109) destacam que a implantação da estratégia tem o mesmo nível de importância de seu planejamento, pois pode determinar o sucesso ou o fracasso da organização. Para a implementação é preciso estabelecer quais variáveis deverão sofrer modificação a fim de se tornar bem sucedida a estratégia. Segundo Oliveira (2010, p. 215) o gestor deve estar atento a sua estrutura organizacional ao implantar a estratégia, assim evitando sobrecargas funcionais. De acordo com os autores, é preferível que se adapte a estratégia ao implementá-la a ter que aplicar métodos corretivos quando a mesma já estiver sendo utilizada. Para Kluyver e Pearce (2010) A implementação de uma estratégia requer o gerenciamento de inúmeras atividades, desde a aquisição e a alocação dos recursos para construir competências, passando pela modelagem da cultura corporativa até chegar à instalação de sistemas adequados de suporte. (KLUYVER E PEARCE, 2010, p.20) Os autores supracitados citam que esta implementação deve estar focada em alinhar os recursos da organização com os necessários a estratégia escolhida. Kluyver e Pearce (2010) ainda complementam que o alinhamento pode ser dividido em duas categorias: Eliminação dos gaps de competências estratégicas e Manutenção do foco estratégico. A eliminação dos gaps de competências se relaciona as diferenças entre o que a organização tem a oferecer e as necessidades que o mercado exige ou exigirá. Segundo Certo e Peter (2010) que determinadas estratégias demandam mudanças mínimas de adequação, enquanto outras exigem mudanças mais radicas para adaptação. Portanto é extremamente importante que se avaliem os gaps para que a organização possa modificar os pontos necessários a implementação eficaz de seu planejamento. Na manutenção do foco estratégico a prioridade é garantir que o que foi dito será realmente cumprido. Para tanto é preciso que se mantenha uma comunicação sobre a estratégia, sejam garantidas a alocação exata dos recursos e a criação de incentivos ao alinhamento correto. A implantação exige um trabalho de comunicação maciço na organização, de forma que todos os funcionários internalizem tais estratégias e se dediquem a executá-las. Porém Oliveira (2010, p. 215) ressalta que tal comunicação não deve se restringir do operacional ao estratégico, mas que a deve haver uma ampla comunicação da alta hierarquia com a área operacional. Esta comunicação tende a evitar problemas de resistência a mudanças, bem como facilita a identificação de pontos práticos que podem afetar o sucesso da estratégia aplicada. Para Certo e Peter (2010) a fase da implementação exigem quatro habilidades de execução: Interação, alocação, monitoração e organização. Uma das bases de mudanças bem executadas e o poder de influenciar a equipe a caminhar para o norte proposto, o que é comtemplado da habilidade de interação. Nesta habilidade são gerenciados os comportamentos, é preciso tem empatia a fim de levar a equipe sem problemas de resistência às mudanças. A habilidade de alocação está ligada ao papel do administrador, pois se concentra em saber mensurar e distribuir recursos da melhor forma. Certo e Peter (2010, p.130) destacam a habilidade de monitoração como a que “[...] implica o uso eficiente de informações cuja finalidade é corrigir quaisquer desvios que surjam no processo de implementação.”. Portanto tal habilidade está ligada ao acompanhamento das ações, e correções de possíveis erros. O gestor precisa lidar com as organizações informais, e usufruir de seus benefícios, para tanto necessita ter habilidade de organização. Esta habilidade leva o gestor a, segundo Certo e Peter (2010, p.131), “[...] „personalizar‟ a organização informal para facilitar a realização de estratégia”, assim percebendo os desvios com maior rapidez para corrigi-los a tempo. Na fase de implementação é preciso que a ações sejam eficientes e levem ao alcance dos objetivos. Certo e Peter (2010) ressaltam ainda que deve ser avaliado se a estratégia está sendo bem efetuada, e se os objetivos estão sendo perseguidos e alcançados. 1.1.5 Controle e Avaliação A última etapa do planejamento estratégico é o controle e avaliação do que foi planejado e executado. Certo e Peter (2010, p. 138) descrevem que “controlar é fazer com que algo aconteça da forma como foi planejado.”. Para controlar é precisa saber os resultados esperados, assim sendo possível comparar e diagnosticar o que está correto e o que precisa de intervenção. Para Oliveira (2010, p. 260) o controle é definido como: [...] função do processo administrativo que, mediante a comparação com padrões previamente estabelecidos, procura medir e avaliar o desempenho e o resultado das ações, com a finalidade de realimentar os tomadores de decisões, de forma que possam corrigir ou reforçar esse desempenho ou interferir em outras funções do processo administrativo, para assegurar que os resultados satisfaçam às metas, aos desafios e aos objetivos estabelecidos. É importante destacar que não é controle que garante a eficiência da estratégia, o planejamento e implantação devem estar bem estruturados a fim de que o controle auxilie o alcance das metas. Oliveira (2010) ressalta ainda que antes de ser ter um efetivo controle é preciso observar quatro aspectos, são estes: motivação, capacitação, informação e tempo. O aspecto de motivação diz respeito a observar se as metas e objetivos foram entendidos e aceitos pela organização, bem como o sistema de recompensa e punição atrelado a implantação da nova estratégia. Para tanto é imprescindível avaliar se a organização e seus funcionários estão capacitados a tal controle e avaliação. Para o controle também é importante observar se estão munidos de informação suficientes e relevantes, a fim de comparar o realizado ao projetado. O último aspecto é o tempo, analisando se os gestores tem disponibilidade do mesmo para se atentar as tarefas de controle e avaliação. De forma mais aprofundada pode-se citar que existe uma especificidade quando o controle se relaciona a estratégia. Certo e Peter (2010, p.139) descrevem como controle estratégico a ação que “[...] se concentra em monitorar e avaliar o processo da administração estratégica garantindo que esta funcione apropriadamente.”. Certo e Peter (2010) destacam três finalidades básicas ao controle e avaliação: Medir desempenho, comparar com os padrões e determinar ações corretivas. Oliveira (2010) porém incrementa tal proposição com um etapa inicial de estabelecimento de padrões de medida. A primeira etapa sugerida por Oliveira (2010) se atem a levantar os padrões estabelecidos pelas metas, objetivos e demais especificações determinadas no planejamento. O segundo passo descrito pelos autores são as medidas de desempenho, tem significa determinar o que será medido, e utilizar critérios e ferramentas para que esta métrica seja possível. Certo e Peter (2010) ressaltam ainda que cada organização opta pela metodologia que lhe for favorável, porém deve observar a importância de que todas as áreas envolvidas pelos objetivos estratégicos devem estar comtempladas na mensuração. A terceira etapa a ser executada se destina a comparar o desempenho apurado ao padrão esperado. Para Oliveira (2010) as informações obtidas da comparação dos resultados pode servir a vários tomadores de decisão da organização, de funcionários a alta administração. A última etapa é a de ações corretivas, que tem como objetivo modificar algo na organização para o melhor alcance dos objetivos e metas. Normalmente ocorre quando algo errado é diagnosticado na comparação entre padrão esperado e realizado. Porém Oliveira (2010) destaca que a ação corretiva também pode servir para reforçar aspectos positivos apresentados por determinada situação. Certo e Peter (2010, p.155) complementam que “Objetivos e padrões podem ter sido preestabelecidos em um nível muito baixo, caso em que deve ser tomada uma atitude corretiva imediata para torna-los mais desafiadores.”. O processo de controle e avaliação e destaca por Oliveira (2010) como aquele que demanda informações, porém também as gera. Se por um ladoesta fase necessita de dados para monitorá-los, por outro o processo transforma tais dados em informações relevantes para decisões e avalições. Segundo Certo e Peter (2010, p. 155) “Para obter sucesso no controle estratégico, os executivos devem dispor de informações válidas e confiáveis que reflitam as diversas medidas de desempenho organizacional”. Pois de acordo com os autores, sem um sistema de informações os dados coletados podem se tornar subjetivos, e não cumprir seu objetivo principal de melhorar os resultados. Oliveira (2010) descreve que a organização deve estar atenta a aspectos importantes das informações. O primeiro aspecto citado é o tipo de informação, levantando quais os dados necessários e os seus respectivos dados. O autor atenta ainda para a frequência de coleta de tais dados, sendo estes determinados por sua criticidade. Importante ressalta que quanto mais alto o nível organizacional mais espaçada será a frequência dos dados, sendo o nível operacional o mais constante em envio de dados, pois é o nível onde mais são geradas informações para controle. Outro aspecto citado é a qualidade das informações, levantado por Oliveira (2010, p.264) que “O executivo deve dispensar muita atenção ao conteúdo, forma, canais, periodicidade, velocidade e precisão das informações para o controle e avaliação do planejamento estratégico.”. Observando se os dados correspondem às necessidades para avaliação, e se são confiáveis e idôneos. O último aspecto a ser observado nos dados coletados são as fontes, que são citadas por Oliveira (2010) como duas fontes principais: os coordenadores de desenvolvimento e os usuários do sistema. Os coordenadores são fontes de dados sobre as realizações dos objetivos, metas e demais aspectos da estratégia, porém estes podem ser parciais nos dados passados. A fim de eliminar possíveis distorções de dados, as informações são cruzadas com as da segunda fonte, os usuários, e os dados concretos de desempenho. As informações tem papel essencial no controle, pois delas advém os padrões esperados, o desempenho executado e baseado em análises, a avaliação de resultados. Certo e Peter (2010) ressaltam que “As informações são vitais ao controle estratégico eficiente.”, bem como a todas as fases do planejamento estratégico.