COMENTÁRIOS EQUIPE INSTITUTO ANÁLISE
- A largada da sucessão e 2014 será com dois candidatos claramente mais
competitivos que os demais: Dilma e Aécio;
- As razões para a competitividade de Dilma, que além disso é favorita, tem a
ver com o fato de se tratar de reeleição em um cenário no qual não há crise
econômica;
- É enorme a vantagem de quem disputa a reeleição, mais ainda quando o seu
governo é bem avaliado, ainda que tenha havido recentemente um redução de
oito pontos percentuais na avaliação positiva;
- Aécio está atrás de Marina na intenção de voto das pesquisas, mas tem um
tempo de televisão maior do que ela e Eduardo Campos, conta com a máquina
política de seu partido e tem uma posição claramente definida, a de oposição;
- Não por acaso na última pesquisa do Datafolha o único beneficiário da queda
de sete pontos percentuais da intenção de voto de Dilma foi Aécio que subiu
quatro pontos.
GOVERNO DILMA
Dilma diz que PT não tem interesse em antecipar debate sobre eleições
A presidente Dilma Rousseff disse nesta quinta-feira que não quer antecipar o
debate sobre as eleições e que isso só interessa à oposição. “As eleições ainda
estão distantes e, antes delas, temos muita coisa importante a fazer”,
completou.
Em seminário organizado para comemorar os 10 anos de governo federal do
PT, Dilma disse ainda que a inflação será mantida sob controle.
“Quem apostar que a inflação vai ficar fora de controle vai perder e vai perder
feio”, completou.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou do evento e disse que é
hora de firmar alianças com partidos da base aliada. A ministra da Casa Civil,
Gleisi Hoffmann, foi tratada como candidata ao governo paranaense e recebida
no evento aos gritos de “governadora”.
Gleisi ressaltou os investimentos que estão sendo feitos em infraestrutura e
habitação e disse que a economia está preparada para um novo ciclo de
desenvolvimento.
“O povo sente que a economia está melhor do que apontam as medidas
tradicionais. O PIB [Produto Interno Bruto] do povo não é o PIB do mercado”,
completou a ministra.
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Para Planalto, Aécio consolidou-se como opositor
As pesquisas de intenção de votos divulgadas nos últimos dias deram uma
certeza às autoridades do Palácio do Planalto: o senador Aécio Neves (PSDBMG) destacou-se entre os pré-candidatos da oposição para as eleições de
2014. O crescimento do tucano, ponderam os integrantes do governo, ocorreu
justamente depois da participação do parlamentar nos programas de rádio e
televisão do PSDB. Agora, os estrategistas do governo irão monitorar o
desempenho de Aécio nas próximas semanas para verificar se esse movimento
se consolidará, mesmo sem novas aparições do senador em rede nacional.
Para justificar essa leitura política, os auxiliares da presidente Dilma Rousseff
lembram que o mesmo não ocorreu com o governador de Pernambuco,
Eduardo Campos, depois das propagandas de rádio e TV do PSB. Na mais
recente pesquisa do Datafolha, por exemplo, Dilma caiu de 58% para 51% das
intenções de voto no cenário que considerou a presidente, Aécio, a ex-ministra
do Meio Ambiente Marina Silva e o governador pernambucano. Aécio cresceu
de 10% para 14%. Já Marina e Eduardo Campos permaneceram com 16% e
6%, respectivamente. As sondagens também registraram uma redução da
avaliação positiva do governo.
No programa de TV do PSDB, Aécio criticou a aceleração da inflação e falou
sobre a sua gestão no governo de Minas Gerais. Não à toa, nos últimos dias
Dilma, integrantes do Executivo e até o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
reforçaram o discurso de que a inflação será mantida sob controle e
demonstraram otimismo em relação à economia.
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Partido de Marina consegue as assinaturas necessárias
A ex-senadora Marina Silva e seus aliados fazem hoje um grande ato em São
Paulo para comemorar a conquista de mais de 523,3 mil assinaturas em apoio à
criação do partido Rede Sustentabilidade. O evento deve dar ânimo ao grupo de
Marina para coletar, no mínimo, outras 200 mil assinaturas até julho, e garantir o
número necessário de apoiadores à nova legenda. A um passo de formalizar o
Rede, Marina intensificou as conversas com parlamentares para atrai-los ao
futuro partido e começou a discutir futuras alianças para 2014, quando deve
disputar a Presidência da República.
Segundo balanço divulgado ontem pelo grupo, o Rede coletou 523.345
assinaturas, que ainda não foram validadas. O número de apoiadores pode ser
menor, já que muitas assinaturas devem ser descartadas pela Justiça Eleitoral
por problemas como duplicidade ou falta de veracidade. Por isso, a meta do
grupo é coletar entre 200 mil e 300 mil assinaturas a mais até o próximo mês.
Para criar um partido, é preciso o apoio de pelo menos 491.949 pessoas. Esse
número equivale a 0,5% dos votos válidos na última eleição para a Câmara dos
Deputados. As assinaturas precisam, ainda, estar distribuídas em pelo menos
nove Estados.
Segundo Pedro Ivo Batista, coordenador de organização do Rede, o grupo se
empenhará a partir de agora na validação das assinaturas. As listas com os
nomes dos apoiadores precisam ser checadas pelos cartórios eleitorais e depois
registradas no Tribunal Superior Eleitoral. "Potencialmente já superamos a
exigência legal, mas os dados ainda precisam ser processados", afirmou.
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Campos diz não querer atrapalhar governo Dilma
Um dos principais críticos da economia do governo Dilma Rousseff na base
aliada, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), disse nesta
quinta-feira (13) não querer atrapalhar a administração de sua possível
adversária na disputa presidencial do próximo ano.
"Nosso objetivo é ajudar o governo. Não é atrapalhar o governo", afirmou.
Campos disse não se considerar um crítico e que os apontamentos que faz
também são feitos por "muita gente" da equipe econômica do governo federal.
"Estou torcendo para [a economia] dar certo. Quero contribuir com ideias. Todo
mundo está discutindo", disse o governador.
"Você acha que é proibido a gente discutir? [É] proibido a gente dar uma
opinião, a gente sugerir como pode ser feito?", questionou durante entrevista
concedida no Recife, após um evento marcado por protestos na periferia da
cidade.
Campos tem feito uma série de críticas ao desempenho da economia do
governo Dilma Rousseff. Na quarta-feira (12), o governador sugeriu que Dilma
faça como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) que, em
2002, chamou os pré-candidatos à Presidência para discutir os rumos do país.
"É importante que a gente aprenda com esses bons momentos da história",
disse Campos.
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Inflação une Lula e FHC; controle de gastos os desune
Os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Fernando Henrique Cardoso
(PSDB) coincidiram no diagnóstico sobre a conjuntura econômica, mas
discordaram sobre a saída para a armadilha antinflacionária. Ambos foram
serenos em relação à inflação. Em Canoas, Lula disse que "um sobressalto ou
outro" não vai tirar o Brasil "do caminho do crescimento e da distribuição de
renda". Ele afirmou estar "mais otimista" com a economia brasileira agora do
que quando ocupava a Presidência da República, mas garantiu que não se
sente animado a voltar ao cargo.
Em São Paulo, onde participou de debate com o sociólogo Manuel Castells, no
instituto que leva seu nome, FHC afirmou que não há um descontrole da
inflação no país e que a subida dos preços poderia ser controlada por medidas
fáceis. Além da política monetária, com a elevação já feita da taxa de juros, FHC
defendeu a utilização da política fiscal.
"Está num nível que dá pra corrigir com relativa facilidade. Desde que seja feita
também política fiscal. Não é fazer austeridade como nos países europeus",
disse.
Ao comentar a primeira queda na aprovação de governo da presidente Dilma
Rousseff, divulgada por pesquisas do Datafolha e da CNT/MDA, o tucano disse
que a lua de mel "durou muito".
FHC também defendeu o senador mineiro Aécio Neves, presidenciável de seu
partido, que foi comparado por Dilma ao Velho do Restelo, personagem do
escritor Luís de Camões conhecido pelo pessimismo. "Ela é que está olhando
para trás. Ela precisava fazer uma autocrítica. São os que olham para o
passado. Isso é que é o Velho do Restelo", disse o ex-presidente, ao fim de
palestra do sociólogo espanhol Manuel Castells em sua fundação, o IFHC.
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Dilma oferece cargo para manter base
Preocupada com a montagem dos palanques estaduais para sua reeleição, a
presidente Dilma Rousseff entrou na articulação para impedir deserções de
aliados, à custa de cargos no governo. Ao receber, na quarta-feira,12, a exprefeita de Fortaleza Luizianne Lins (PT), que ameaça migrar para o PSB do
governador Eduardo Campos (Pernambuco), Dilma lhe ofereceu uma cadeira na
assessoria especial da Secretaria de Políticas para Mulheres.
A presidente fez o convite ao pedir a Luizianne que fique no PT e ajude sua
campanha. Além disso, afagou a ex-prefeita ao dizer que confia no acordo entre
ela e o deputado José Guimarães (CE), líder do PT na Câmara, em nome do
projeto nacional.
Luizianne recusou a oferta, alegando que não pode sair de Fortaleza, onde é
professora universitária. Dilma incumbiu então o ministro do Desenvolvimento,
Fernando Pimentel, de procurar algo mais "adequado" para a petista. "Para mim
foi muito importante o apoio da presidente. Saí da conversa fortalecida", disse
Luizianne.
Apesar das iniciativas de Dilma, a ex-prefeita ainda avalia a oferta de Eduardo
Campos, possível candidato do PSB à Presidência. "Não vou esnobar quem
olhou para mim num momento de isolamento", avisou. Em confronto com o
governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), Campos propôs a Luizianne a
candidatura ao Senado ou até ao governo cearense pela sigla que preside.
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Visão Analítica 14.06.13