V SEMINÁRIO INTERNACIONAL DA PRIMEIRA INFÂNCIA Atenção à Primeira Infância e o Impacto na Redução da Pobreza e da Violência Painel: Pesquisa e Prática em Avaliação de Desenvolvimento Infantil Por que o NEV Desenvolve um Projeto Piloto de Visitação Doméstica? Nancy Cardia Renato Alves Mortes por homicídio de crianças no Brasil Evolução do número de homicídios de crianças de 0 a 14 anos, segundo faixa etária. Brasil, 1980 a 2005. 1.000 900 800 700 600 500 400 300 200 100 0 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 10 a 14 131 149 155 179 176 217 265 267 265 345 376 368 337 377 366 479 513 506 461 485 562 549 593 552 516 555 5a9 61 64 64 77 82 66 78 74 90 93 105 91 96 103 106 111 125 117 102 111 113 101 115 101 118 107 0a4 101 106 116 133 130 108 107 130 136 128 145 148 148 178 149 176 194 167 207 193 183 192 190 183 146 173 Distribuição dos homicídios de crianças de 0 a 14 anos segundo faixa etária. Brasil, 1980 a 2005. 10 a 14 anos 9744 60,2% 0 a 4 anos 3967 24,5% 5 a 9 anos 2471 15,3% Coeficientes de mortalidade (/100.000 hab.) de homicídios, crianças de 0 a 14 anos. Brasil, 1980 a 2005. 3,5 3,0 2,5 2,0 1,5 1,0 0,5 0,0 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 0a4 0,6 0,6 0,7 0,8 0,8 0,7 0,7 0,8 0,8 0,8 0,9 0,9 0,9 1,0 0,9 1,0 1,2 1,1 1,3 1,2 1,1 1,2 1,1 1,1 0,8 1,0 5a9 0,4 0,4 0,4 0,5 0,5 0,4 0,5 0,4 0,5 0,5 0,6 0,5 0,6 0,6 0,6 0,6 0,8 0,7 0,6 0,6 0,7 0,6 0,7 0,6 0,7 0,6 10 a 14 0,9 1,0 1,1 1,2 1,2 1,4 1,7 1,7 1,6 2,1 2,2 2,2 2,0 2,2 2,1 2,7 2,9 2,8 2,6 2,7 3,2 3,1 3,3 3,1 2,8 2,9 Coeficientes de mortalidade (/100.000 hab.) de homicídios, crianças de 0 a 14 anos segundo sexo. Brasil, 1980 a 2005. 6,0 5,0 4,0 3,0 2,0 1,0 0,0 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 total 0,9 1,0 1,1 1,2 1,2 1,4 1,7 1,7 1,6 2,1 2,2 2,2 2,0 2,2 2,1 2,7 2,9 2,8 2,6 2,7 3,2 3,1 3,3 3,1 2,8 2,9 meninos 1,3 1,4 1,5 1,6 1,8 2,1 2,4 2,5 2,5 3,0 3,4 3,1 3,0 3,3 2,8 3,8 4,1 4,1 3,5 3,8 4,6 4,5 4,8 4,3 4,2 4,2 meninas 0,5 0,6 0,6 0,7 0,5 0,7 1,0 0,8 0,7 1,1 1,1 1,2 1,0 1,0 1,3 1,5 1,7 1,6 1,5 1,4 1,8 1,7 1,8 1,7 1,4 1,6 Evolução do número de homicídios por armas de fogo de crianças de 0 a 14 anos, segundo faixa etária. Brasil, 1980 a 2005. 550 450 350 250 150 50 -50 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 10 a 14 55 64 58 54 68 101 116 124 120 149 192 178 162 201 190 280 299 288 282 298 371 366 388 411 359 379 5a9 24 23 20 27 27 21 21 26 31 38 43 29 44 44 46 52 55 51 47 49 65 48 49 53 48 52 0a4 14 20 16 19 31 19 22 32 27 27 46 39 26 60 30 51 49 39 68 39 47 50 43 35 31 37 Distribuição dos homicídios por armas de fogo de crianças de 0 a 14 anos segundo faixa etária. Brasil, 1980 a 2005. 0 a 4 anos 917 12,2% 10 a 14 anos 5553 74,0% 5 a 9 anos 1033 13,8% Coeficientes de mortalidade (/100.000 hab.) de homicídios por armas de fogo, crianças de 0 a 14 anos. Brasil, 1980 a 2005. 2,5 2,0 1,5 1,0 0,5 0,0 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 0a4 0,1 0,1 0,1 0,1 0,2 0,1 0,1 0,2 0,2 0,2 0,3 0,2 0,2 0,4 0,2 0,3 0,3 0,2 0,4 0,2 0,3 0,3 0,3 0,2 0,2 0,2 5a9 0,2 0,2 0,1 0,2 0,2 0,1 0,1 0,2 0,2 0,2 0,3 0,2 0,3 0,2 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,4 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 10 a 14 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,7 0,7 0,8 0,7 0,9 1,1 1,0 0,9 1,1 1,1 1,6 1,7 1,6 1,6 1,6 2,1 2,1 2,2 2,3 2,0 2,0 Em 1985 • Homicídio era a primeira causa de morte para jovens entre 15 e 24 anos, • Era a 12ª causa de morte entre 10 e 14 anos 15 primeiras causas de morte em crianças de 10 a 14 anos em 1980. 16,6% Sintomas sinais e afecções mal definidas 16,1% Outros acidentes 13,0% Acidentes de trânsito 8,1% Doenças infecciosas e parasitárias 7,4% Neoplasmas 7,1% Intencionalidade indeterminada Doenças do aparelho circulatório 6,5% Doenças do aparelho respiratório 6,5% 5,7% Doenças do sist nervoso e dos órg sentidos 2,4% Doenças do aparelho digestivo Anomalias congênitas Homicídios 2,2% 1,7% Doenças endóc nutric metab e transt imunitár 1,6% Doenças do aparelho geniturinário 1,6% Doenças do sangue e órgãos hematopoéticos 1,5% 0,0% 2,0% 4,0% 6,0% 8,0% 10,0% 12,0% 14,0% 16,0% 18,0% Em 2005 • Homicídio continua como primeira causa de morte de jovens entre 15 e 24 anos, • E, entre 10 e 14 anos passa a ser a 4ª causa de morte. 15 primeiras causas de morte em crianças de 10 a 14 anos em 2005. 17,1% Acidentes de trânsito 12,3% Outros acidentes 11,2% Neoplasias (tumores) 9,5% Homicídios 7,2% Sint sinais e achad anorm ex clín e laborat 6,3% Doenças do sistema nervoso 6,0% Doenças do aparelho respiratório 5,4% Algumas doenças infecciosas e parasitárias 5,2% Doenças do aparelho circulatório 2,7% Intencionalidade indeterminada 2,5% Malf cong deformid e anomalias cromossômicas Doenças do aparelho digestivo 2,1% Suicídios 1,8% Doenças sangue órgãos hemat e transt imunitár 1,7% Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas 1,6% 0,0% 2,0% 4,0% 6,0% 8,0% 10,0% 12,0% 14,0% 16,0% 18,0% Como prevenir a vitimização violenta de jovens e crianças? • Este é o grande desafio. • Pesquisas mostram que os programas de prevenção mais eficientes começam: na casa e na primeira infância. Estudos em vários países mostram que até os 6 anos, as crianças são vítimas com maior freqüência, dentro da própria família. O agressor é um dos responsáveis: pai, mãe ou tutor: Estados Unidos (Finkelhor e Ormond, 2001), na Suíça (Romain et al, 2003), ou no Japão (Hata et al. 2001). Prevenir a violência promovendo o desenvolvimento saudável • • • • • Contribuem para: Evitar o uso de drogas; Prevenir as diferentes formas de violência; Evitar o fracasso escolar o que, Uma bem sucedida transição para a idade adulta; • desenvolvimento cognitivo, afetivo e social adequados Modelo de desenvolvimento infantil e da adolescência Combina attachment (Bowlby) Com desnvolvimento de identidade (Erickson) Resumo: capacidade de adaptação durante a adolescência é também definida pelo que ocorreu na infância. Prevenir problemas na adolescência exige atuar sobre os estágios de desenvolvimento anteriores O desenvolvimento positivo ou saudável demanda: • considerar a criança de modo integral; • considerar estágios de desenvolvimento, assim como os seus desafios; • considerar as interações da criança com a família, escola, vizinhança, sociedade e contexto cultural. Projeto Piloto de Visitação Doméstica • População alvo: adolescentes grávidas Principais Objetivos: 1- promover o desenvolvimento saúdavel da mãe e de seu/sua filho(a) através do acesso a direitos e a informação e apoio. 2- prevenir a vitimização violenta da mãe e de seu/sua filho(a). Projeto Piloto de Visitação Doméstica OBRIGADO! Núcleo de Estudos da Violência (NEV/USP) www.nevusp.org