CENTRO DE TECNOLOGIA DA INDÚSTRIA QUÍMICA E TÊXTIL
FACULDADE SENAI-CETIQT
CURSO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL TÊXTIL
DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA
O ESTUDO DO IMPACTO DO DESENVOLVIMENTO DE
NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL
DIEGO SANCHES FERNANDES
______________________________________________________
Rio de Janeiro
2007
DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO
DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL
Diego Sanches Fernandes
por
Diego Sanches Fernandes
Faculdade SENAI/CETIQT
Bacharelado em Engenharia Industrial Têxtil
Orientador: Prof. Leonardo Garcia Teixeira Mendes
Co-orientador: Prof. Ariel Vicentini de Souza Martins
Rio de Janeiro, Novembro de 2007
i
DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO
DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL
Diego Sanches Fernandes
DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO
DO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL
Monografia do Projeto de Graduação submetida à Comissão Examinadora do Curso de
Engenharia Industrial Têxtil da Faculdade SENAI-CETIQT como parte dos requisitos
necessários à obtenção do grau de Bacharel em Engenharia Industrial Têxtil.
Aprovada por:
_________________________
Prof. Ariel Vicentini de Souza Martins
Engenheiro Têxtil, M. Sc. Engenharia Mecânica
__________________________
Prof. Ronaldo Luiz de Souza
Engenheiro Químico, Especialista em Ensino Superior
__________________________
Prof. Leonardo Garcia Teixeira Mendes
Engenheiro Químico, M. Sc. Engenharia de Produção
Rio de Janeiro, novembro de 2007.
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DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO
DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL
Diego Sanches Fernandes
RESUMO
O projeto de produto é uma atividade que possui caráter importantíssimo para a
manutenção da competitividade das empresas, no entanto, este processo de projetar
produtos envolve muitas fases e muitos investimentos. Este estudo de caso visa
apresentar os impactos gerados por projetos de produto em uma empresa têxtil e
relacionar com o desempenho das fases do projeto.
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DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO
DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL
Diego Sanches Fernandes
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - As fases do projeto de produto ......................................................................12
Figura 2 - As idéias podem originar-se dentro e fora da organização ............................14
Figura 3 - Seleção de conceitos .....................................................................................15
Figura 4 - Dificuldade e custo na modificação de projetos .............................................19
Figura 5 - Processo de desenvolvimento de novos produtos da empresa .....................24
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Diego Sanches Fernandes
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Tabela base 1...............................................................................................33
Tabela 2 – Tabela base 2...............................................................................................34
Tabela 3 – Capacidade Instalada e Tempos de Utilização ............................................36
Tabela 4 - Resumo das Informações dos Projetos.........................................................36
Tabela 5 - Dados para o cálculo do IDCP ......................................................................38
Tabela 6 - Dados para o calculo do IDEP ......................................................................39
Tabela 7 - Dados para o calculo do IUC ........................................................................40
Tabela 8 - Dados para o calculo do Investimento Total em DNP ...................................41
Tabela 9 - Dados para o calculo do Índice de Investimento...........................................42
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DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL
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LISTA DE ANEXOS
Anexo 1 - Detalhamento dos tempos utilizados em prototipia............................................ 47
Anexo 2 - Detalhamento dos tempos de pilotagem............................................................ 48
Anexo 3 - Capacidade Instalada da Fábrica....................................................................... 49
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LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Índice de Desempenho do Conceito ............................................................38
Gráfico 2 – Índice de Desempenho da Especificação dos Projetos ..............................39
Gráfico 3 - Índice de Utilização da Capacidade Produtiva pelo DNP .............................40
Gráfico 4 - Índice de Utilização da Capacidade Produtiva pelo DNP ............................43
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LISTA DE SIGLAS
CDP
Capacidade total utilizada no desenvolvimento de produtos
CPM
Capacidade de produção de cada máquina
CTI
Capacidade Total Instalada
DNP
Desenvolvimento de Novos Produtos
DP
Desenvolvimento de Produtos
IDCP
Índice de Desempenho do Conceito dos Projetos
IDEP
Índice de Desempenho da Especificação dos Projetos
IINV
Índice de Investimento
ITDNP
Investimento Total em Desenvolvimento de Novos Produtos
IUC
Índice de Utilização da Capacidade
TMPr
Tempo utilizado em cada máquina por artigo
TPrP
Tempo de prototipia do projeto
TTPr
Tempo total por protótipo
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SUMÁRIO
1 - INTRODUÇÃO..........................................................................................................10
2 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA................................................................................11
2.1 – PROJETO DE PRODUTO............................................................................................................... 11
2.2 - ETAPAS DO PROJETO DE PRODUTO .......................................................................................... 13
2.2.2 - TRIAGEM DO CONCEITO ....................................................................................................... 14
2.2.3 - PROJETO PRELIMINAR .......................................................................................................... 16
2.2.4 - AVALIAÇÃO E MELHORIA ...................................................................................................... 16
2.2.5 - PROTOTIPIA E PROJETO FINAL ........................................................................................... 16
2.3 - INVESTIMENTOS EM PROJETO DE PRODUTO........................................................................... 18
3 - ESTUDO DE CASO ..................................................................................................20
3.1 - O PROJETO FORTEX ..................................................................................................................... 20
3.2 - A EMPRESA .................................................................................................................................... 20
3.3 - O SETOR DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS ................................................................... 21
3.4 - O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS ........................................................... 21
4 - PROCEDIMENTO METODOLÓGICO ......................................................................25
5 – ANÁLISE DE RESULTADOS ..................................................................................38
6 - CONCLUSÃO ...........................................................................................................44
7 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................45
8 - ANEXOS ...................................................................................................................46
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1 - INTRODUÇÃO
A manutenção da atividade de uma empresa comercial só é possível devido à
receita obtida pela venda de seus produtos. Para manter-se competitiva no mercado
atual, onde são encontrados produtos de grande diversidade, lança-se mão do
desenvolvimento de novos produtos, como uma estratégia de alcançar os clientes e
fidelizá-los.
No entanto, a empresa ao decidir desenvolver um novo produto, deve ter em
mente que este é um processo complexo e que envolve diversos riscos e elevados
investimentos.
O projeto de produto é uma atividade hierarquizada que consiste de diversas
etapas, que evoluem da concepção à especificação do produto. Entre as fases do
projeto, torna-se necessário a validação das decisões tomadas, e então a prototipia
é utilizada para avaliação do produto. Em algumas empresas, a prototipia é
realizada na própria linha de produção. Esta atividade absorve elevados
investimentos e gera inúmeros inconvenientes entre a equipe de produção e a
equipe de projeto de produto.
O objetivo deste trabalho é apresentar, a partir de dados de prototipia dos
projetos, o impacto gerado pelo desenvolvimento de novos produtos em uma
empresa têxtil e relacionar estes valores com a eficiência obtida nas etapas de
projeto de produto, buscando ao final, realizar uma análise do desempenho das
atividades de projeto com os investimentos realizados.
No capitulo 2 serão apresentadas as bases teóricas referentes ao projeto de
produto e à tomada de decisões nos projetos, bem como as definições de prototipia
e pilotagem. O Capítulo 3 abordará o estudo de caso, apresentando a empresa e os
processos de desenvolvimento de produtos utilizado. O Capítulo 4 apresentara a
metodologia utilizada para o tratamento dos dados coletados e no Capitulo 5 será
realizada a análise dos dados. No Capítulo 6 serão apresentadas as conclusões do
trabalho e sugestões para trabalhos futuros.
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2 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 – PROJETO DE PRODUTO
Uma pessoa ao comprar um novo produto não tem idéia dos bastidores
envolvidos no trabalho de obtenção deste produto. Indiferentemente de ser um carro ou
um tecido, o procedimento de desenvolvimento de novos produtos (DNP) é quase o
mesmo. É um processo que envolve duas partes, o consumidor, que possui
necessidades e desejos que precisam ser supridas, e a empresa, que precisa detectar
estas necessidades dos clientes e transformá-las em produtos em tempo hábil para
atendê-los. O projeto de produtos tem seu inicio com o consumidor e nele termina.
Ao desenvolver novos produtos, as empresas devem reduzir os riscos envolvidos
no processo, pois, o investimento em muitos dos casos é elevado e o objetivo é obter
retorno destes produtos. Um projeto de produto falho pode gerar um produto com
rejeição pelo mercado, e que, representará para empresa uma tragédia.
Um produto é qualquer coisa que possa ser oferecida aos consumidores para
satisfazer suas necessidades e expectativas e estes produtos integram três aspectos
importantes: um conceito, que é um conjunto de benefícios esperados pelos clientes; o
próprio produto, que proporciona os benefícios definidos pelo conceito; e um processo,
que representa a produção industrial do produto (Slack et al., 1999).
Inicialmente a tarefa do Marketing é reunir informações dos clientes para
compreender e identificar suas necessidades e expectativas e também para procurar
oportunidades de mercado. Seguindo isto, a tarefa dos projetistas de produtos é
analisar essas necessidades e expectativas e criar uma especificação para o produto. A
especificação é então usada como entrada para a operação de manufatura, que produz
e fornece os produtos aos clientes. Portanto, a produção deve sempre ser considerada
nas decisões envolvidas durante o projeto.
Segundo o PMI – Project Management Institute, projeto é “um esforço temporário
empreendido para criar um produto ou serviço único”. A partir desta definição podemos
afirmar que um projeto possui: datas de inicio e conclusão definidos, objetivos claros e
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únicos, utilização de recursos financeiros e de materiais (investimentos), e consumo de
muito esforço da equipe de projeto para o alcance destes objetivos.
Um projeto de produto consiste na transformação de idéias em produtos
tangíveis, entretanto, este não é um processo tão simples quanto parece, pois envolve
diversas fases de pesquisa e muito trabalho até sua conclusão. O projeto evolui do
conceito à especificação em fases hierarquizadas, para ao final obter o produto de
acordo com o que o mercado exige.
As várias fases envolvidas no projeto de produto são apresentadas pela figura a
seguir.
Geração do conceito
Triagem
Projeto Preliminar
Avaliação e melhoria
Prototipia e projeto final
O
conceito
O
produto
O
processo
Figura 1 - As fases do projeto de produto [Fonte: Slack, 1999]
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2.2 - ETAPAS DO PROJETO DE PRODUTO
2.2.1 - FASE CONCEITUAL
A fase conceitual de um projeto de produto é o ponto de partida para o
desenvolvimento, e consiste na seleção de idéias para alcançar a definição do conceito
do projeto.
As idéias surgem a partir de informações captadas pela empresa que utiliza de
diversas técnicas para obtê-las. Estas idéias representam uma visão vaga do que o
mercado deseja para o produto, sendo necessária a geração do conceito para estas
idéias. Um conceito é uma descrição breve e sem muito detalhamento do produto, e
apenas traduz as idéias para uma linguagem que seja entendida por todos durante as
etapas seguintes do projeto. Especificam-se quais devem ser as funcionalidades e o
estilo do produto, sem se preocupar muito com a viabilidade de fabricá-lo.
As empresas utilizam-se de alguns recursos na busca de idéias, e estas
informações podem surgir de dentro ou fora da organização, como, idéias de
consumidores, idéias de atividades de produtos concorrentes, idéias dos funcionários,
idéias de Pesquisa e Desenvolvimento e engenharia reversa.
Quem mantém a relação mais próxima com o mercado é o setor de marketing
das empresas que têm a obrigação de manter toda atenção sobre os clientes e obter o
máximo de idéias deles. As pesquisas de mercado seguem uma estrutura de pesquisa
e questionários que se apresenta um pouco rígida e que segundo Slack (1999, p.119)
“ouvir os consumidores de uma maneira menos estruturada, às vezes pode ser um
meio melhor para gerar novas idéias”.
As atividades de empresas concorrentes também são observadas na geração de
idéias, pois, podem ser detectadas novas oportunidades a partir de falhas observadas
em empresas ou produtos concorrentes. No caso de plagio de produtos concorrentes, a
empresa sofre o risco de obter vantagem mercadológica por um curto período de
tempo. A observação detalhada de produtos concorrentes é conhecida como
engenharia reversa, e consiste em desmontar o produto para descobrir como ele é feito.
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Os funcionários também são uma boa fonte de informação, visto que estes, ou
estão envolvidos com os clientes como o pessoal de vendas, ou então com a produção.
O pessoal de vendas esta em contato o tempo todo com idéias de desejos de clientes e
os de produção que podem servir de idéias de melhorias na produção do produto.
O setor de Pesquisa & Desenvolvimento é responsável pelo descobrimento de
inovações e tecnologias para melhoria dos produtos e possui maior importância em
empresas de tecnologia de ponta.
Estas idéias são então avaliadas na busca de apenas uma que atenderá as
expectativas do consumidor e também da empresa, e então se gera o conceito, que
tornará possível a operacionalização do projeto de produto. A figura a seguir apresenta
o processo de geração do conceito.
Fontes
Internas
Análise das necessidades
dos consumidores
Fontes
externas
Departamento
de Marketing
Sugestões do pessoal de
contato com os clientes
Pesquisa
de mercado
Sugestões
dos clientes
Idéias de
pesquisa e desenvolvimento
Ações
dos concorrentes
Geração do conceito
Figura 2 - As idéias podem originar-se dentro e fora da organização [Fonte: Slack,
1999]
2.2.2 - TRIAGEM DO CONCEITO
Diversos conceitos são gerados a partir das idéias, no entanto, nem todos estes
conceitos se tornam produtos. Devem ser avaliados, antes do prosseguimento do
projeto, a viabilidade e os riscos envolvidos na obtenção do novo produto. Esta
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avaliação é realizada por diversos setores da organização até alcançar o conceito que
será operacionalizado.
O setor de marketing, por ser um elo com o consumidor, elimina os conceitos
que apresentam características de fracasso de vendas, não gerando demanda
suficiente para que se tornem viáveis para empresa. Os conceitos que muito se
assemelham ou distanciam dos concorrentes são também alvo do crivo de marketing.
A produção é também uma avaliadora dos conceitos, pois, somente ela é capaz
de informar a possibilidade de produzir aqueles produtos nas quantidades previstas.
O setor financeiro reúne as informações dos conceitos gerados para verificar as
conseqüências financeiras destes conceitos que passaram pela triagem. A figura a
seguir mostra o processo de triagem do conceito.
Diversos
Conceitos
Crivo de
marketing
Crivo de
função produção
Crivo
financeiro
Conceitos
aceitáveis
Figura 3 - Seleção de conceitos [Fonte: Slack, 1999]
15
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2.2.3 - PROJETO PRELIMINAR
Alcançado o conceito dá-se inicio ao projeto preliminar. O objetivo desta etapa é
obter a primeira versão da especificação do produto e dos processos envolvidos na sua
fabricação.
Na especificação do projeto são apresentadas detalhadamente todas as peças
componentes do produto final, e a forma do produto final ao agrupar seus
componentes. Os materiais necessários para sua fabricação também fazem parte da
especificação.
A determinação do processo de produção também é completamente detalhada,
apresentando o fluxo de materiais através da operação produtiva e as diferentes
atividades envolvidas durante a produção.
As ferramentas, equipamentos, fluxos, matéria prima, quantidades, partes
componentes do produto, cores, são alguns dos objetivos do projeto preliminar.
2.2.4 - AVALIAÇÃO E MELHORIA
O objetivo desta etapa é considerar o projeto preliminar e verificar se pode ser
melhorado antes que o produto seja testado no mercado.
2.2.5 - PROTOTIPIA E PROJETO FINAL
O desenvolvimento de um produto após passar pelas fases de adequação das
necessidades do cliente e transformação destas em características técnicas, agora é
hora de iniciar a prototipia para validar estas informações.
A prototipia é a transformação das etapas conceituais e de design em modelos e
protótipos, que possam ser testados e melhorados no decorrer do projeto de produto.
Segundo Baxter (1998) “No projeto de produtos, a palavra protótipo refere-se a
dois tipos de representação dos produtos. Primeiro, no sentido mais preciso da palavra,
refere-se à representação física do produto que será eventualmente produzido
industrialmente. Em segundo lugar, usa-se o termo protótipo no sentido mais lato, para
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qualquer tipo de representação física construída com o objetivo de realizar testes
físicos”.
Um protótipo pode ser requerido em qualquer fase do projeto e é completamente
dependente do tipo de produto a ser desenvolvido, como por exemplo, automóveis,
tecidos, liquidificador.
A prototipia possui duas finalidades principais: certeza e simplificação. A primeira
delas busca a validação das decisões de projeto tomadas anteriormente à elaboração
do protótipo, verificando se o produto possui as características requeridas pelo projeto,
ou seja, se está adequado às necessidades dos clientes. Por outro lado a
“simplificação” aborda a revisão do projeto em busca de simplificações, integrando o
produto à produção, podendo realizar a transição entre escala piloto e escala plena sem
traumas, verificando se o produto está apto à produção (Gurgel, 2001).
A prototipia comporta-se como um instrumento potente para reduzir os riscos do
projeto e eliminar algumas incertezas. No caso do conceito do projeto ser
completamente claro, o protótipo servirá para comprovar tais conceitos e dar
prosseguimento ao projeto. É utilizada também nos casos em que o cliente necessita
do produto para avaliar sua performance.
Nos estágios iniciais do projeto, o protótipo é utilizado para a simulação dos
custos industriais e verificação do atendimento das características inicialmente
propostas. Quando algum problema é detectado no protótipo é necessário retornar as
fases iniciais do projeto para resolver o problema e em seguida realizar novos testes
para confirmação das ações realizadas neste retrocesso pelo ciclo do projeto.
Em contrapartida, a construção de protótipo consome tempo e desvia a atenção
do grupo, que poderia estar se dedicando a outras atividades que adicionem mais valor
ao produto. Portanto, o lema é: só faça se for necessário (Baxter, 1998).
A produção de protótipos e pilotos requer investimentos altos. Como os riscos de
insucesso diminuem ao longo do projeto é importante verificar que ele ainda está
presente, portanto, arriscar alto na geração de protótipos nas fases iniciais do projeto
pode gerar uma grande perda de tempo e dinheiro.
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2.3 - INVESTIMENTOS EM PROJETO DE PRODUTO
O projeto de produto evolui da concepção até a obtenção do produto e os custos
envolvidos neste processo aumentam cumulativamente. Estes custos estão interrelacionados com a tomada de decisões durante as fases do projeto de produto.
Nas fases iniciais do projeto de produto estão, a geração do conceito e a
especificação do produto. Estas atividades envolvem inúmeras opções, e decisões
devem ser tomadas conscientemente com o objetivo de especificar o produto de acordo
com as necessidades dos clientes. Durante estas fases o projeto absorve um
investimento relativamente pequeno comparado ao consumo das fases finais do
projeto.
Nas fases finais do projeto estão envolvidos investimentos significativos para
obtenção do produto, pois, nesta fase protótipos são realizados e para isto alguns
outros custos estão envolvidos.
Modificação em projetos implica custos de modificação, e quando realizadas nas
fases iniciais do projeto, onde o custo é relativamente baixo, somente vantagens são
sentidas. No caso de mudanças nas fases finais do projeto, estas implicam elevados
custos, pois conforme o projeto progride, seus custos são acumulados e isto representa
retrabalho e aumento do investimento em relação ao programado no planejamento do
projeto.
A chave do sucesso no desenvolvimento de novos produtos consiste em investir
mais tempo e talento durante os estágios iniciais quando ainda custam pouco (Baxter,
1998).
Os produtos que começam com uma boa especificação, discutida e acordada
entre todas as pessoas que tomam decisões na empresa, e cujos estágios iniciais de
desenvolvimento sejam bem acompanhados possuem mais chances de sucesso que os
produtos que não obtiveram a atenção necessária.
A figura a seguir apresenta como se comporta os investimentos durante as fases
do projeto de produto.
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Dificuldade e custo para mudar o projeto
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Início da atividade
de projeto
Término da atividade
de projeto
Figura 4 - Dificuldade e custo na modificação de projetos [Fonte: Slack, 1999]
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3 - ESTUDO DE CASO
3.1 - O PROJETO FORTEX
O programa de integração faculdade/empresa Fortex (Fortalecimento Têxtil) é
um programa de qualificação profissional desenvolvido pela faculdade Senai – Cetiqt,
que envolve alunos, empresas têxteis e a Faculdade, com objetivos comuns de
desenvolvimento, incorporação e difusão de conhecimentos de base científica, a partir
de estudos realizados no ambiente fabril.
Neste projeto, todos os envolvidos são favorecidos, através de uma forte aliança
de interesses. As empresas, com suas demandas técnicas e de pesquisa; os docentes
com suas necessidades de estarem atualizados com o ambiente fabril; e por fim, os
alunos, que procuram por uma oportunidade para desenvolver um trabalho de
conclusão de curso (monografia) com tema real.
O cronograma do programa se resume em quatro visitas dos alunos à fábrica,
com duração de 40 horas cada uma, ao longo dos dois últimos anos, ou seja,
semestralmente. Sob a orientação de um docente, são levantados diversos temas,
relacionados preferencialmente ao processo produtivo têxtil, a serem desenvolvidos
com alicerce acadêmico no decorrer do curso. Esta prática permite o aprimoramento
contínuo do conhecimento teórico e prático de docentes e discentes, além de aumentar
as condições de empregabilidade dos futuros profissionais.
3.2 - A EMPRESA
Fundada em 1872 em Minas Gerais, se desenvolveu consideravelmente, e
possui hoje um grande e moderno arsenal tecnológico disponível, que produz cerca de
140 milhões de metros quadrados de tecidos planos por ano.
Possui atualmente 5 unidades fabris, distribuídas pelas cidades de Sete Lagoas,
Pirapora e Caetanópolis, 2 centros de distribuição , e duas centrais localizadas de Belo
Horizonte - MG e São Paulo - SP.
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DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL
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As atividades da empresa são focadas na produção de fios e tecidos planos que,
estão distribuídos em três linhas de produtos: moda, profissional e denim, que visam
atender as empresas fabricantes de peças de vestuário.
3.3 - O SETOR DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS
O setor de DP está localizado na unidade de Sete Lagoas - MG, e trabalha de
forma ”centralizada”, ou seja, é responsável pelo desenvolvimento de todos os novos
produtos da empresa, englobando as linhas moda, profissional e denim.
O objetivo principal do setor é transformar as informações provenientes da área
Comercial em especificações técnicas dos artigos, para serem utilizadas pelo setor de
produção, bem como validar estes desenvolvimentos com a obtenção de protótipos e
pilotos. Realiza, portanto as funções da Engenharia do Produto.
Entretanto não possui autonomia de realizar projetos de melhorias por conta
própria, sendo subordinada a área comercial de onde provêm as informações dos
próximos projetos.
3.4 - O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS
O início do processo de DP ocorre no setor Comercial da empresa. Nesta fase
do projeto busca-se obter informações acerca das necessidades do mercado e
identificação de produtos concorrentes potenciais. Estas informações são obtidas por
pesquisa de mercado, informações da equipe de vendas sobre as necessidades de
seus clientes, visitas a feiras nacionais e internacionais de tecidos, tendências de moda,
entre outras. Após o tratamento destas informações é então gerada uma ficha de
“identidade” do produto, que especifica as características necessárias para o novo
produto, como: gramatura, largura do tecido, acabamentos, entrelaçamento, tipo de
fibra e etc. Em alguns casos estas informações são resumidas com a obtenção de
amostras dos artigos que pretendem desenvolver.
De acordo com a informação recebida do Comercial o setor de DP direciona
suas ações para o detalhamento do projeto. No caso de recebimento de amostra, uma
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DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO
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“autopsia” é realizada no artigo, conhecida como engenharia reversa e então se obtém
diretamente dados como: densidade de fios de trama, densidade de fios urdume,
numero do pente, fios por pua, entre outras. Quando do recebimento da ficha de
“identidade”, os envolvidos no DP com base nos seus conhecimentos técnicos
determinam as especificações para produção do artigo. Estas especificações obtidas
são então reunidas na ficha técnica do projeto.
Os novos projetos estão limitados à utilização de urdumes pré-existentes na
produção, sendo necessário escolher o urdume que melhor se adapte às
especificações técnicas do produto a ser desenvolvido.
A partir das informações detalhadas do projeto, verifica-se a necessidade de
investimentos em insumos (pentes para teares, acabamentos diferenciados, corantes,
etc) para adaptação da produção ao novo produto. O setor financeiro estima o custo do
produto e verifica sua viabilidade econômica, bem como o setor de produção verifica a
capacidade de produzi-lo eficientemente para que os custos e a qualidade se
mantenham de acordo com as especificações do artigo.
O próximo passo é a geração da ordem de produção de experimentos (OPE) que
é enviada à produção para fabricação do protótipo, que é o primeiro teste realizado do
produto.
O setor de Produção recebe a ficha técnica do artigo com todas as
especificações de processo, como: temperatura de processo, pressão, receitas e
velocidade, e a partir de então o protótipo é fabricado na linha de produção com
metragem padrão de 1500m.
Durante o processo de prototipia, cada etapa do fluxo produtivo descreve o
comportamento obtido pelo artigo durante sua fabricação, para que no momento da
avaliação do protótipo também sejam consideradas.
Depois de completada a produção do protótipo, este é enviado ao setor
comercial, o qual analisará o artigo e tomará a decisão de dar continuidade ao projeto
ou abandoná-lo. Geralmente nesta fase, o setor comercial analisa o grau de
conformidade do produto com o inicialmente proposto pela ficha de “identidade”.
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DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO
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Em alguns casos, os protótipos obtêm aprovação com ressalvas, pois, ainda
necessitam de ajustes nas especificações do projeto para o atendimento dos objetivos
iniciais. Portanto, um novo ciclo é realizado pelo projeto, passando pelas fases de
planejamento e execução, buscando adequar-se ao inicialmente proposto.
Este ciclo de planejar, construir e testar, é realizado até que o produto atinja o
nível esperado pelo setor comercial.
Após a obtenção da aprovação do projeto, torna-se necessário a produção piloto
do produto, visando testar os processos de produção e obter melhorias de desempenho
no processamento. A produção piloto é realizada com uma metragem de 4000m para
possibilitar a análise de desempenho do processamento e também produzir quantidade
suficiente para testá-lo no mercado.
Ao final do processo de produção piloto o projeto é encerrado, e a partir deste
momento o artigo passa a ser produzido como integrante do mix de produtos da
empresa.
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Figura 5 - Processo de desenvolvimento de novos produtos da empresa
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4 - PROCEDIMENTO METODOLÓGICO
A metodologia adotada consiste na obtenção do impacto gerado pelos projetos
de DNP em empresa de produção contínua no ano de 2006, e confrontar estes
investimentos com o desempenho obtido nas atividades de projeto durante este
período, e ao final apresentar qual a parte do investimento total que foi utilizado por
produtos de sucesso para empresa.
Os impactos gerados são representados pelo Índice de Capacidade Utilizada e
pelo Investimento Total em Desenvolvimento de Novos Produtos. Os medidores de
desempenho são: o Índice de Desempenho do Conceito dos Projetos, e, o Índice de
Desempenho da Especificação dos Projetos. Por último o Índice de Investimento que
fecha a análise dos dados.
Todos os índices envolvidos na pesquisa, bem como os procedimentos
realizados na obtenção dos dados necessários, serão abordados a seguir.
ÍNDICE DE DESEMPENHO DO CONCEITO DO PROJETO (IDCP)
IDCP = Nº PROJETOS APROVADOS
TOTAL DE PROJETOS
Este índice relaciona os projetos de produto aprovados durante certo período
com o total de projetos realizados no mesmo período. Indica a eficiência da integração
entre os setores envolvidos no ciclo de vida do projeto (Marketing, DP, Produção).
A aprovação de um projeto depende substancialmente da forma que foram
tratadas as informações durante todas as fases do ciclo de vida do projeto, pois, de
nada adianta realizar uma eficiente pesquisa mercadologia na fase conceitual e, nas
fases de planejamento e execução do projeto extrapolarem o tempo estipulado, não
podendo o produto ser lançado no mercado devido a seu atraso, tornando-se
inadequado para aquela situação. Esta é apenas uma das formas de falhas de projeto.
25
DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO
DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL
Diego Sanches Fernandes
Este índice visa apresentar o quanto o processo de DP contribuiu para a
empresa na obtenção de novos produtos de sucesso, ou seja, produtos que gerarão
receita para a empresa, sendo que, os artigos aprovados tornar-se-ão artigos
integrantes da linha de produtos comercializados.
Expressa a eficiência de acertos nos projetos, abrange informações sobre o
conceito, viabilidade econômica, impactos ambientais, integração com o processo de
produção, entre outras variáveis que são consideradas no momento da aprovação de
um novo produto.
É importante verificar que, a aprovação dos produtos é uma decisão do setor
Comercial, sendo este considerado determinante no resultado obtido. Quanto maior o
índice obtido, melhor o trabalho desenvolvido pela equipe Comercial, que envolve
marketing, financeiro e vendas na busca de projetos promissores para empresa.
ÍNDICE DE DESEMPENHO DA ESPECIFICAÇÃO DO PROJETO (IDEP)
IDEP =
Nº TOTAL DE PROJETOS
Nº TOTAL DE PROTOTIPOS
É no setor de DP que ocorre a transformação dos conceitos gerados pelo setor
Comercial em especificações técnicas, as quais, fazem parte das OPE que são
enviadas ao setor produtivo para a execução do protótipo.
Após fabricar o primeiro protótipo, este retorna ao setor Comercial para obter
aprovação. Quando o projeto necessita de muitos ajustes até obter a aprovação ou
reprovação, verifica-se que existe algo errado com o projeto, e que pode estar sendo
gerado nas especificações do artigo para produção.
O aumento do numero de protótipos realizados para um mesmo projeto
representa o aumento do investimento, e conseqüentemente a utilização da capacidade
instalada é também afetada, gerando desta maneira atrasos nos projetos de produto e
26
DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO
DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL
Diego Sanches Fernandes
na produção dos artigos da linha de produtos, ocasionando indisposição entre a equipe
de produção e o setor de DP.
Este índice relaciona a quantidade total de projetos com a quantidade de
protótipos realizados e representa a eficiência obtida pelo setor de DP em especificar
os artigos para a produção, e no tempo estipulado pelo planejamento do projeto.
Portanto, quando este índice aproxima-se de 100% representa que todos os
produtos foram bem detalhados para produção e obtiveram aprovação de primeira, ou
seja, o numero de projetos é igual ao numero de protótipos, e quanto menor o valor
encontrado maior será o investimento e capacidade utilizada da linha de produção na
produção de protótipos até que o projeto obtenha a resposta final.
ÍNDICE DE UTILIZAÇÃO DA CAPACIDADE (IUC)
IUC = CAPACIDADE UTILIZADA PELO DP
CAPACIDADE INSTALADA
O percentual de ocupação da capacidade produtiva em projetos de produto é
apresentado em relação à capacidade instalada da fabrica e esta intimamente ligado à
eficiência das atividades de DP da empresa, pois, quanto maior o numero
“experimentos” realizados, maior será a ocupação na linha de produção.
Para obter a capacidade utilizada em projetos de produto, tomou-se como
parâmetro o tempo total de maquina utilizado no processamento de todos os projetos
desenvolvidos ao longo do ano. É equivalente à soma dos tempos de prototipia e
pilotagem dos projetos.
O processo de produção de protótipos e pilotos na industria têxtil, na maioria dos
casos, utilizam a própria linha de produção para este fim. Este procedimento, portanto
não é considerado “ideal”, pois, a linha de produção necessita ser preparada para a
fabricação destas “experiências”. Esta preparação demanda esforços dos envolvidos
nos processos produtivos, pois, ao ser gerada uma OPE para os projetos, inúmeras
iniciativas devem ser tomadas no que diz respeito à regulagem de equipamentos e
27
DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO
DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL
Diego Sanches Fernandes
controle das atividades. Cada “experimento” desenvolvido, por não ser um artigo do
mix, geralmente resultam em baixa eficiência de processamento. Este resultado se
caracteriza pelos tempos de setup das maquinas, paradas de maquinas por não
conformidade dos processos, entre outras.
Outro inconveniente verificado está na entrada das OPE, pois acarretam atrasos
na linha de produção que deve seguir um ritmo planejado para o atendimento dos
pedidos de artigos do mix de produtos.
Portanto, a fabricação de “experimentos” na linha de produção representa parte
da capacidade instalada que deveria estar sendo utilizada na fabricação de artigos do
mix de produtos da empresa.
As fases de prototipia e pilotagem são as que consomem a maior parte dos
recursos planejados para os projetos.
A capacidade utilizada no DP é caracterizada como investimento, já que estas
atividades são necessárias para manutenção da competitividade da empresa junto ao
mercado.
Existe uma forte relação com o desempenho das atividades de DP realizadas
anteriormente à elaboração do protótipo, pois, caso o projeto obtenha um maior índice
de desempenho no DP, logo suas atividades de prototipia e pilotagem serão
aproximadas as de uma situação “ideal”, e, portanto consumirão menos recursos da
produção.
INVESTIMENTO TOTAL EM DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS (ITDNP)
ITDNP = METRAGEM TOTAL DE DP x PREÇO MÉDIO DE VENDA POR METRO
Durante o ciclo de vida do projeto os recursos são consumidos de forma
cumulativa, pois, geralmente, na fase de execução do projeto é absorvido maior parte
destes recursos.
28
DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO
DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL
Diego Sanches Fernandes
Ao final de um determinado período, o total de investimento destinado ao
desenvolvimento de produtos é obtido pela soma de todos os recursos utilizados para
cada projeto. Podemos identificar alguns destes recursos como: mão de obra dos
setores envolvidos no DP, matéria prima para a produção dos protótipos e pilotos,
depreciação dos equipamentos, entre outros.
Este investimento total é dependente das eficiências obtidas pelos IDCP e IDEP,
pois, quanto maior o IDCP, maior será a atividade de pilotagem e quanto menor o IDEP
maior será o numero de protótipos fabricados em cada projeto.
Obter o valor investido nas atividades de DP durante determinado período
envolve o conhecimento prévio dos custos envolvidos em cada fase do projeto e a partir
de então se obtém o investimento total.
Uma forma mais simples de estimar este valor consiste na obtenção da
metragem total dos protótipos e pilotos dos projetos e, a partir do valor médio de venda
do metro de tecido obter o “investimento total”.
Este valor obtido é apenas uma estimativa do que o projeto consumiu, pois, no
preço de venda, teoricamente estão envolvidos os custos e os lucros esperados pela
empresa.
ÍNDICE DE INVESTIMENTO (IINV)
IINV = INVESTIMENTO TOTAL DOS PRODUTOS APROVADOS
INVESTIMENTO TOTAL
Todos os projetos iniciados geram custos para a empresa, porém, nem todos os
projetos obtêm aprovação. Os projetos aprovados tornam-se produtos com participação
no faturamento da empresa, gerando lucros para a mesma e os investimentos
realizados na sua elaboração são amortizados durante o ciclo de vida do produto.
29
DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO
DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL
Diego Sanches Fernandes
Nos projetos reprovados, os investimentos acumulados caracterizam-se gastos,
por não representarem geração de receita para empresa no futuro, sendo, portanto
resultado dos riscos envolvidos no processo de DP.
Portanto, nem todos os recursos consumidos pelos projetos são responsáveis
por contribuições futuras do produto para empresa. Para que um investimento possa
ser visto como satisfatório, o projeto de produto, no qual foi investido o capital, deve
obter aprovação para que então gere receitas para empresa durante o ciclo de vida do
produto.
É importante notar que os projetos aprovados consomem maior parte de
recursos, pois, após receber aprovação devem passar pela fase de pilotagem que
necessita de maior metragem para realização do teste de produção. É, portanto,
dependente do IDCP, pois, ao elevar o numero de aprovações, conseqüentemente
aumentara a parcela de recursos consumidos por eles, sendo estes investimentos
rentáveis. Verifica-se também que os projetos aprovados podem possuir mais de um
protótipo realizado e estes também fazem parte do total investido em projetos
aprovados justificando também a influência do IDEP.
A quantificação dos recursos consumidos pelo projeto pode ser obtida de
diversas maneiras, entretanto, visto que a fase de execução do projeto absorve maior
parte dos recursos, a análise foi realizada a partir do investimento em produção de
protótipos e pilotos dos projetos.
A eficiência dos investimentos totais pode ser encontrada pela relação existente
entre a produção de protótipos e pilotos para produtos aprovados e a produção total de
teste de todos os projetos.
Este índice apresenta a parcela do total investido que foi utilizado em projetos de
produto aprovados. Quando este índice se aproximar de 100% representa que os
investimentos foram certeiros e no caso de afastarem-se deste valor deve ser
repensada a forma de desenvolver produtos e buscar identificar os erros, pois, o
investimento terá sido utilizado em grande parte por produtos reprovados.
É uma boa justificativa para buscar alcançar o aumento do nível de tratamento
das informações durante as fases iniciais do projeto e assim reduzir os insucessos e
então obter índices de investimento elevados.
30
DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO
DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL
Diego Sanches Fernandes
PROCEDIMENTO:
Coletou-se na empresa dados referentes aos processos de produção, e também
dos projetos de produto. Os dados de produção referem-se aos valores médios de
trabalho dos equipamentos instalados na unidade de Sete Lagoas - MG, onde são
fabricados todos os protótipos e pilotos para linha moda e profissional. Os dados
referentes aos projetos de produto estão limitados aos desenvolvimentos do ano de
2006 para as linhas moda e profissional.
Os dados de produção obtidos foram:
•
Horas de trabalho mensal da fabrica;
•
Descrição das máquinas instaladas;
•
Velocidade média de cada máquina;
•
Eficiência média teórica de cada máquina;
Os dados de projeto de produto obtidos foram:
•
Fluxo do processo produtivo de cada projeto;
•
Número de protótipos fabricados por projeto;
•
Situação final de cada projeto (Aprovado; Reprovado; Stand By);
•
Metragem padrão de protótipo;
•
Metragem padrão de piloto;
Os dados de fluxo de produção dos projetos são considerados apenas à partir da
etapa de tecelagem, pois, o desenvolvimento de novos produtos partem de rolos de
urdume prontos de outros artigos da linha de produtos.
Para alcançar os objetivos do trabalho de apresentar o impacto das atividades de
desenvolvimento de produtos na produção utilizaram-se os índices apresentados
anteriormente para realizar a análise dos resultados.
31
DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO
DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL
Diego Sanches Fernandes
Os dados a serem utilizados pelos índices são obtidos a partir de uma tabela
base que resume todas as informações, e a partir dai obtém-se os dados necessários
para alcançar o resultado de cada índice.
Foram agrupados os principais dados coletados, gerando-se a tabela base 1,
apresentada a na página seguinte, que relaciona cada projeto com o seu fluxo
produtivo, e será considerada como “tabela base” no decorrer do trabalho.
As três primeiras colunas contêm o nome de cada equipamento, bem como sua
velocidade e eficiência. Da quarta coluna em diante, são apresentados os fluxos de
processamento dos projetos de produto desenvolvidos em 2006, contendo uma
numeração para cada equipamento utilizado o logo do fluxo de processo do artigo e
que representa o numero de vezes que o artigo foi processado por aquele
equipamento. Na penúltima linha da tabela esta discriminada a quantidade de
protótipos executados por projeto, e na ultima linha a situação final de cada um deles.
Os projetos em situação final “stand by” serão considerados nas análises como
“reprovado”, pois, estes projetos não obtiveram aprovação até o fechamento do ano de
2006 e, portanto não se realizou pilotagem destes artigos.
32
PROTÓTIPOS REALIZADOS
SITUAÇÃO FINAL DO PROJETO
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
PROJETO 17
PROJETO 18
PROJETO 19
PROJETO 20
PROJETO 21
PROJETO 22
PROJETO 23
PROJETO 16
PROJETO 15
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
2
2
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
2
2
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
PROJETO 26
1
1
1
PROJETO 25
1
1
PROJETO 24
1
1
PROJETO 14
1
1
1
PROJETO 13
1
PROJETO 12
1
1
PROJETO 11
1
PROJETO 10
1
PROJETO 9
1
PROJETO 8
1
PROJETO 7
60
60
60
60
60
60
60
60
60
45
65
65
45
45
45
38
60
50
60
50
40
42
41
50
20
22
22
35
34
39
30
36
39
25
25
25
25
45
45
45
45
0,42
PROJETO 6
50
50
50
50
60
60
60
60
90
80
80
80
80
80
80
60
70
60
70
60
70
70
60
60
75
70
70
70
70
70
70
75
75
70
70
70
70
85
85
85
85
82,4
PROJETO 5
1-ENROLADEIRA TECIDO CRU 1
1-ENROLADEIRA TECIDO CRU 2
2-ENROLADEIRA TECIDO CRU 1
2-ENROLADEIRA TECIDO CRU 2
1-CHAMUSCADEIRA 1
1-CHAMUSCADEIRA 2
2-IMPREGNADEIRA 1
2-CHAMUSCADEIRA 1
2-CHAMUSCADEIRA INJECTA 1
1-ALVEJAMENTO 1
2-ALVEJAMENTO 1
2-ALVEJAMENTO 2
1-MERCERIZADEIRA 1
2-MERCERIZADEIRA 1
2-MERCERIZADEIRA 2
1-TERMOSOL 1
1-PAD DRY 1
2-PAD DRY 1
1-FOULARD 1
2-FOULARD 1
PRE LAVAGEM ALV
1-LAVADEIRA 1
1- LAVADEIRA TERMOSOL
2-LAVADEIRA 1
ESTAMPARIA
1-POLIMERIZADEIRA 1
1-POLIMERIZADEIRA 2
1-RAMA 1
1-RAMA 2
1-RAMA 3
1-RAMA 4
2-RAMA 1
2-RAMA 2
2-LIXADEIRA 1
2-LIXADEIRA 2
2-LIXADEIRA 3
2-LIXADEIRA 4
1-SANFORIZADEIRA 1
1-SANFORIZADEIRA 2
2-SANFORIZADEIRA 1
2-SANFORIZADEIRA 2
TEARES GMM
PROJETO 4
Veloc.(m/min)
PROJETO 3
EFICIENCIA
TEORICA
(%)
PROJETO 2
MAQUINAS
PROJETO 1
DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO
DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL
Diego Sanches Fernandes
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
3
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
2
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
4
A
2
A
1
R
4
A
2
A
2
A
1
A
2
R
3
A
1
A
1
A
1
A
1
A
1
A
1
S
2
S
1
A
1
A
1
A
1
S
1
R
2
A
2
S
1
R
1
A
2
R
Tabela 1 – Tabela base 1
33
DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO
DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL
Diego Sanches Fernandes
METRAGEM PADRÃO DE PROTÓTIPO
METRAGEM PADRÃO DE PILOTO
PREÇO MÉDIO DE VENDA POR METRO
Tabela 2 – Tabela base 2
1500
4000
R$
8,00
metros
metros
por metro
Dois procedimentos serão adotados para apresentar os dados da tabela 1. No
primeiro caso será obtido o tempo de utilização da capacidade produtiva pelo
desenvolvimento de novos produtos e, no outro caso, serão obtidos dados referentes às
aprovações de projetos e quantidade de recursos consumidos.
A partir da tabela base encontraremos os tempos de prototipia e pilotagem
envolvidos no desenvolvimento de produtos, bem como a capacidade instalada da
fabrica. Estes dados são apresentados detalhadamente nos anexos 1, 2 e 3 e seguem
o seguinte procedimento para obtenção destes:
Para encontrar os tempos de prototipia e pilotagem utilizaremos a tabela base
que oferece dados de produção e informações sobre a situação final do projeto.
Nas colunas que se referem aos projetos, no lugar do “número de vezes” que o
artigo passou em cada processo substituiremos pelo “tempo” utilizado pelo artigo em
cada fase de seu processamento.
A descrição do tempo utilizado em cada máquina por artigo (TMPr) durante o
processo de fabricação é obtido da seguinte forma:
TMPr= METRAGEM PADRÃO DE PROTOTIPO x Nº PASSAGENS NA MAQUINA
VELOCIDADE x EFICIÊNCIA
O tempo total por protótipo (TTPr) significa, o mesmo que dizer, que é o tempo
que um artigo consumiu de trabalho de maquina durante sua fabricação. É a soma dos
tempos utilizados em cada máquina do fluxograma de produção do artigo.
TTPr = ∑ TMPr
34
DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO
DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL
Diego Sanches Fernandes
Dependendo do numero de protótipos que um projeto fabricou, encontra-se o
tempo de prototipia do projeto (TPrP), que consiste no tempo total de maquina utilizado
pelos protótipos fabricados para um mesmo projeto.
TPrP = numero de protótipos do projeto x TTPr
Ao final da obtenção dos tempos de prototipia de cada projeto, somando-os
encontra-se o tempo total de prototipia utilizado pela fabricação de prototipos no ano de
2006.
TEMPO TOTAL DE PROTOTIPIA = ∑ TPrP
O anexo 2 apresenta os tempos de pilotagem e sua obtenção segue o mesmo
procedimento realizado na obtenção dos tempos de prototipia. É importante verificar
que a fabricação piloto somente é realizada quando o projeto obtiver aprovação do
protótipo, portanto, nesta tabela só encontraremos os projetos aprovados. A pilotagem
é realizada apenas uma vez em cada projeto aprovado e os tempos estão relacionados
a metragem padrão de piloto que é equivalente a 4000m.
O anexo 3 apresenta os valores da capacidade produtiva de cada maquina
instalada na fábrica, bem como a capacidade total instalada, que é a soma das
capacidades de produção de cada máquina. Para obter o anexo 3 procede-se da
seguinte forma:
A partir da quantidade instalada de equipamentos, da eficiência media de
trabalho e do tempo total de trabalho anual obtemos a capacidade produtiva em
minutos de cada equipamento durante o ano de 2006. Portanto, neste calculo a hora
deve ser transformada em minutos e isto explica a multiplicação do valor “60” na
formula a seguir. O tempo total de trabalho é o total de horas trabalhadas durante o ano
e relaciona turnos de trabalho, quantidade de horas de trabalho do turno, e quantidade
de dias trabalhados durante o ano.
35
DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO
DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL
Diego Sanches Fernandes
CPM = Nº de horas trabalhadas no ano x 60 min x Nº de equipamentos instalados
Ao final da obtenção da capacidade de produção de cada máquina encontramos
a capacidade total instalada (CTI) somando-se todos estes valores.
CAPACIDADE TOTAL INSTALADA = ∑ CPM
Á partir dos valores encontrados nos anexos 1,2 e 3 obteve-se um resumo
destes dados e é apresentado a seguir pela tabela “tempos”.
TEMPOS
TEMPOS DE PROTOTIPIA
TEMPOS DE PILOTAGEM
CAPACIDADE INSTALADA
202142
216410
54050216
minutos
minutos
minutos
Tabela 3 – Capacidade Instalada e Tempos de Utilização
A capacidade total utilizada no desenvolvimento de produtos (CDP), portanto, é a
soma dos tempos de prototipia e pilotagem dos projetos.
CDP = TEMPOS DE PROTOTIPIA + TEMPOS DE PILOTAGEM
Utilizando novamente a tabela base obtém-se a tabela a seguir que apresenta
dados de projetos como, quantidade de projetos aprovados, quantidade de protótipos
realizados no total dos projetos, bem como a metragem e os investimentos envolvidos
nestas atividades de DNP.
PROJETO
PROTOTIPIA
PILOTAGEM METRAGEM DE DP
APROVADOS 17
29
17
111500
REPROVADOS 9
13
0
19500
TOTAL
26
42
17
131000
Tabela 4 - Resumo das Informações dos Projetos
INVESTIMENTO
R$ 892.000,00
R$ 156.000,00
R$ 1.048.000,00
36
DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO
DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL
Diego Sanches Fernandes
Estes dados foram extraídos da “tabela base 1”, analisando as duas ultimas
linhas desta tabela que contêm o número de protótipos fabricados por projeto e a
situação final do projeto.
Primeiramente selecionaram-se todos os projetos aprovados e verificou-se a
quantidade de protótipos realizados por eles. Em seguida obtém-se a quantidade de
protótipos fabricados para os projetos reprovados.
Como somente os projetos aprovados resultam em produção piloto, logo a
quantidade de projetos é igual a quantidade de pilotos, e os projetos reprovados e em
“stand by”, como não passaram por esta fase, resultam em nenhum piloto fabricado
como apresentado pela tabela.
No campo referente à metragem fabricada de produto para os projetos,
utilizaram-se as metragens padrão de protótipos e pilotos multiplicados pela freqüência
de fabricação destes testes. Portanto, a metragem total de produtos fabricados para os
projetos é a soma dos resultados de prototipia e pilotagem.
Os investimentos realizados em prototipia e pilotagem são apresentados ao final
da tabela, e é o resultado da multiplicação das metragens pelo valor médio de venda.
Ao final, portanto, encontra-se a quantidade total de projetos, protótipos e pilotos
dos projetos realizados na empresa durante o ano de 2006 , bem como as metragens
fabricadas e os investimentos totais envolvidos.
37
DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO
DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL
Diego Sanches Fernandes
5 – ANÁLISE DE RESULTADOS
INDICE DE DESEMPENHO DO CONCEITO DO PROJETO
QUANTIDADE DE PROJETOS APROVADOS
QUANTIDADE TOTAL DE PROJETOS
ÍNDICE DE DESEMPENHO DO CONCEITO DOS PROJETOS
Tabela 5 - Dados para o cálculo do IDCP
17
26
65%
ÍNDICE DE DESEMPENHO DO
CONCEITO
65%
Gráfico 1 – Índice de Desempenho do Conceito
Este resultado mostra que os setores envolvidos na elaboração do conceito e
especificação do produto obtiveram desempenho médio, podendo alcançar melhorias.
Esta melhoria pode ser obtida intensificando as atividades de conceito, obtendo
maiores informações acerca do mercado para não ocasionar erros de especificação do
produto, já que no momento da aprovação são estes os critérios analisados.
O aumento na eficiência global representa que as decisões estão sendo tomadas
adequadamente durante o ciclo de projeto de produto. Entretanto, esta eficiência baixa
38
DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO
DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL
Diego Sanches Fernandes
resulta no aumento do numero de projetos que não contribuirão na geração de receitas
para empresa.
ÍNDICE DE DESEMPENHO DA ESPECIFICAÇÃO DOS PROJETOS
QUANTIDADE TOTAL DE PROJETOS
QUANTIDADE TOTAL DE PROTÓTIPOS
ÍNDICE DE DESEMPENHO DA ESPECIFICAÇÃO DOS PROJETOS
26
42
62%
Tabela 6 - Dados para o calculo do IDEP
INDICE DE DESEMPENHO NA
ESPECIFICAÇÃO DOS PROJETOS
62%
Gráfico 2 – Índice de Desempenho da Especificação dos Projetos
Como este valor indica a eficiência do detalhamento do projeto para produção,
verifica-se que este pode obter melhorias, e assim impactará na redução da prototipia
na linha de produção, e conseqüentemente haverá redução dos investimentos
envolvidos nas atividades de desenvolvimento de produtos.
É importante ressaltar que a prototipia representa parte do investimento de um
projeto, mas não é a maior parte dele, porém, o aumento da quantidade de protótipos
39
DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO
DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL
Diego Sanches Fernandes
pode indicar atrasos para conclusão dos projetos, ocasionados pelo retrocesso entre as
fases do projeto de produto devido às falhas de especificação.
É na especificação do projeto que se pode obter redução nos investimentos,
pois, no caso de produtos aprovados a pilotagem é inevitável, e esta sim consome
maior parte dos investimentos dos projetos.
ÍNDICE DE UTILIZAÇÃO DA CAPACIDADE
CAPACIDADE UTILIZADA EM DNP
418551,4
minutos
CAPACIDADE INSTALADA DA FABRICA
54050215,7
minutos
IUC
0,77%
Tabela 7 - Dados para o calculo do IUC
% DE UTILIZAÇÃO DA CAPACIDADE
PRODUTIVA PELO DNP
99,23%
PRODUÇÃO
DP
0,77%
Gráfico 3 - Índice de Utilização da Capacidade Produtiva pelo DNP
40
DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO
DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL
Diego Sanches Fernandes
A capacidade instalada da fabrica representa o quanto poderia estar sendo
produzido com os equipamentos disponíveis, durante algum período. Entretanto esta
capacidade total é a soma do que a empresa produziu, com os tempos ociosos do
processo durante o período. A produção de protótipos e pilotos são parte do que a
empresa produziu em um período e são considerados investimentos, pois, a empresa
deixou de faturar com a venda destes artigos.
O resultado obtido, apesar de pequeno em relação a capacidade instalada da
fabrica, é sensível a diversas situações.
Analisando pela visão de processo, verificamos que apesar de pequeno, impacta
bastante nas atividades dos funcionários responsáveis pela preparação técnica para o
processamento dos protótipos e pilotos. Necessita de um tempo maior de atenção e
geralmente baixa a eficiência de trabalho do setor.
A atividade de projeto também esta envolvida neste índice, pois, quanto maior a
qualidade das informações processadas no projeto anteriormente a produção de
protótipos, menor será a utilização da produção na fabricação destes. Desta forma, o
projeto necessita ser trabalhado afunilando suas decisões em busca de informações
que irão gerar acertos e, portanto reduzir as tentativas durante o projeto.
Desta forma os projetos se conduziriam de acordo com o modelo ideal do projeto onde
o protótipo será o teste de mercado, o qual vai confirmar o produto no mercado, sendo
necessário apenas uma pois as informações anteriormente processadas foram de
qualidade.e a piloto seria o teste do processo
INVESTIMENTO TOTAL EM DNP
METRAGEM TOTAL EM DP
PREÇO MÉDIO DE VENDA POR METRO
INVESTIMENTO TOTAL EM DNP
131000
metros
R$
8,00
por metro
R$
1.048.000,00
Tabela 8 - Dados para o calculo do Investimento Total em DNP
41
DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO
DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL
Diego Sanches Fernandes
O investimento total encontrado representa um valor significativo e é um esforço
financeiro que poderia estar sendo aplicado em outras ocasiões, entretanto, é um
investimento necessário. Os recursos são consumidos gradualmente durante o projeto,
e nas fases de teste consomem a maior parte destes valores.
Durante as fases de prototipia e pilotagem o projeto consome mais recursos, e
por estarmos analisando artigos resultantes de um fluxo de produção continuo podemos
obter o valor dos projetos a partir da metragem produzida de protótipo e piloto, já que
estas são as fases mais caras do desenvolvimento.
Uma maneira de reduzir estes custos seria focar sempre na qualidade do
tratamento das informações da fase conceitual até a especificação, e desta forma
garantir a geração do menor numero de experimentos na linha de produção. Isto
garantiria uma redução nos investimentos de cada projeto e então no total investido
pela empresa em um determinado período.
Ao compararmos o investimento total com a taxa de ocupação da capacidade
produtiva, verificamos que um é dependente do outro, pois, ao aumentar a utilização
em desenvolvimento de produtos, maior será o capital investido.
ÍNDICE DE INVESTIMENTO
INVESTIMENTO EM PROJETOS APROVADOS
R$
INVESTIMENTO TOTAL EM DP
R$
ÍNDICE DE INVESTIMENTO
85%
Tabela 9 - Dados para o calculo do Índice de Investimento
892.000,00
1.048.000,00
42
DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO
DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL
Diego Sanches Fernandes
ÍNDICE DE INVESTIMENTO
INVESTIMENTOS
EM PROJETOS
APROVADOS
85%
Gráfico 4 - Índice de Utilização da Capacidade Produtiva pelo DNP
Este índice obteve um valor positivo, pois, de todo investimento destinado ao
desenvolvimento de novos produtos 85% foi consumido por projetos que obtiveram
aprovação final.
Indica que este investimento possui grandes chances de obter retorno em médio
prazo, pois, durante o ciclo de vida do produto, ou seja, o tempo que o artigo fica
disponível no mercado, este valor será amortizado.
Apesar do alto índice encontrado, nota-se que os investimentos em produtos
aprovados podem ser reduzidos consideravelmente reduzindo o numero de protótipos
realizados nos projetos, que são parte integrante dos investimentos.
43
DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO
DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL
Diego Sanches Fernandes
6 - CONCLUSÃO
Desenvolver produtos nas empresas é a essência para manter a competitividade,
entretanto, este processo deve ser realizado dentro de limites para não acarretar
elevados investimentos em vão, já que é um processo que envolve muitos riscos.
Verifica-se que o desempenho das atividades de projeto de produto, do conceito
até a especificação para a produção, impacta significativamente nos investimentos e na
ocupação da linha de produção de empresas de produção continua, visto que as fases
de projeto de produto se sobrepõem com o processo. Portanto, manter-se atento
durante a condução de novos projetos, aumentando o nível de qualidade na tomada de
decisões, pode gerar redução dos investimentos e melhoria para a produção, que
sofrerá menos com a fabricação de protótipos e pilotos.
Verifica-se também que os investimentos realizados podem ou não representar
produtos de sucesso para empresa.
Sugere-se para trabalhos futuros, avaliar a viabilidade de implantação de uma
planta piloto para prototipia de projetos, visto que esta é uma fase que gera
indisposição para a equipe de produção e atrasos para a equipe de projeto.
44
DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO
DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL
Diego Sanches Fernandes
7 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BAXTER, M. Projeto de Produto: guia prático para o design de novos produtos. 2.
ed. rev. São Paulo: Edgard Blücher, 1998.
COBRA, Marcos. Administração de marketing. 2.ed. São Paulo: Atlas, 1992.
GURGEL, Floriano C. A. Administração do Produto. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2001.
KEELING, Ralph. Gestão de Projetos: uma abordagem global. São Paulo: Saraiva,
2002.
KOTLER, P.; ARMSTRONG, G. Princípios de Marketing. Rio de Janeiro: Editora LTC,
1999.
KOTLER, Philip. Administração de Marketing: análise, planejamento,
implementação e controle. 5.ed. São Paulo: Atlas, 1998.
PAHL, Gerhard... et al. Projeto na engenharia: fundamentos de desenvolvimento
eficaz de produtos, métodos e aplicações. São Paulo: Edgard Blücher, 2005.
SLACK, Nigel ...(et al.). Administração da Produção. Edição Compacta. São Paulo:
Atlas, 1999.
45
DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO
DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL
Diego Sanches Fernandes
8 - ANEXOS
46
EFICIÊNCIA TEORICA %
PROJETO 9
PROJETO 10
PROJETO 11
PROJETO 12
PROJETO 13
PROJETO 14
PROJETO 15
PROJETO 16
PROJETO 17
PROJETO 18
PROJETO 19
PROJETO 20
PROJETO 21
PROJETO 22
PROJETO 23
PROJETO 24
PROJETO 25
PROJETO 26
TEMPOS DE PROTOTIPIA
PROJETO 8
1500
Veloc.(m/min)
60
60
60
60
60
60
60
60
60
45
65
65
45
45
45
38
60
50
60
50
40
42
41
50
20
22
22
35
34
39
30
36
39
25
25
25
25
45
45
45
45
0,42
PROJETO 2
PROJETO 3
PROJETO 4
PROJETO 5
PROJETO 6
Anexo 1 - Detalhamento dos tempos utilizados em prototipia
50,0
50,0
0,0
0,0
50,0
0,0
0,0
50,0
0,0
0,0
0,0
0,0
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0,0
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0,0
50,0
50,0
50,0
50,0
50,0
50,0
50,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
50,0
50,0
0,0
50,0
50,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
50,0
50,0
50,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
50,0
50,0
50,0
50,0
50,0
50,0
50,0
50,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
41,7
41,7
41,7
41,7
41,7
41,7
41,7
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
27,8
27,8
0,0
0,0
27,8
0,0
0,0
27,8
27,8
27,8
0,0
27,8
27,8
0,0
27,8
27,8
0,0
0,0
27,8
27,8
27,8
0,0
27,8
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
41,7
41,7
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
28,8
28,8
0,0
0,0
28,8
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
28,8
0,0
0,0
28,8
28,8
28,8
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
28,8
28,8
0,0
28,8
28,8
0,0
28,8
28,8
0,0
28,8
28,8
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
28,8
28,8
28,8
0,0
0,0
41,7
41,7
41,7
41,7
41,7
41,7
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
41,7
41,7
41,7
41,7
41,7
41,7
41,7
41,7
41,7
41,7
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
41,7
0,0
41,7
41,7
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
41,7
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
41,7
0,0
41,7
0,0
0,0
41,7
41,7
41,7
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
65,8
65,8
65,8
0,0
0,0
0,0
65,8
65,8
0,0
0,0
65,8
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
35,7
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
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0,0
0,0
0,0
0,0
50,0
0,0
50,0
50,0
0,0
0,0
0,0
50,0
50,0
50,0
0,0
0,0
50,0
50,0
0,0
50,0
0,0
0,0
50,0
50,0
50,0
0,0
50,0
50,0
50,0
50,0
0,0
0,0
35,7
35,7
0,0
35,7
35,7
35,7
0,0
0,0
35,7
0,0
0,0
35,7
0,0
0,0
35,7
35,7
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
35,7
35,7
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0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
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0,0
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0,0
0,0
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0,0
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51,0
51,0
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51,0
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153,1
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0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
51,0
102,0
102,0
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102,0
102,0
51,0
51,0
51,0
51,0
51,0
0,0
0,0
0,0
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61,0
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0,0
0,0
61,0
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0,0
50,0
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50,0
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0,0
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50,0
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0,0
50,0
50,0
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0,0
50,0
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50,0
0,0
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100,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
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0,0
97,4
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0,0
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0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
122,4
0,0
61,2
61,2
61,2
61,2
61,2
61,2
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
61,2
61,2
61,2
61,2
61,2
61,2
61,2
61,2
61,2
61,2
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
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0,0
0,0
0,0
0,0
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0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
54,9
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
54,9
0,0
54,9
54,9
0,0
54,9
54,9
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
55,6
0,0
0,0
55,6
0,0
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0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
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0,0
0,0
0,0
0,0
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0,0
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0,0
0,0
0,0
0,0
51,3
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0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
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51,3
51,3
51,3
51,3
51,3
0,0
0,0
0,0
85,7
85,7
85,7
85,7
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85,7
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
85,7
85,7
0,0
0,0
85,7
0,0
0,0
0,0
85,7
85,7
85,7
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
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0,0
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0,0
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0,0
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0,0
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0,0
0,0
0,0
0,0
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0,0
0,0
0,0
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0,0
0,0
0,0
0,0
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0,0
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0,0
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0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
39,2
39,2
39,2
39,2
39,2
39,2
39,2
39,2
39,2
0,0
0,0
39,2
39,2
0,0
39,2
39,2
39,2
39,2
39,2
39,2
39,2
39,2
39,2
39,2
39,2
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
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0,0
0,0
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0,0
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0,0
0,0
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39,2
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0,0
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0,0
0,0
0,0
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0,0
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0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
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0,0
0,0
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0,0
0,0
4368,9 4368,9 4368,9 4368,9 4368,9 4368,9 4368,9 4368,9 4368,9 4368,9 4368,9 4368,9 4368,9 4368,9 4368,9 4368,9 4368,9 4368,9 4368,9 4368,9 4368,9 4368,9 4368,9 4368,9 4368,9 4368,9
4822,9 4783,8 4862,3 4862,3 4683,5 4828,1 4742,4 4878,9 4711,4 4712,0 4685,1 4677,2 4712,0 4719,3 4762,9 4794,5 4833,4 4833,4 4979,5 4883,8 4883,8 4705,0 5076,9 4862,3 4862,3 4876,6
4
2
1
4
2
2
1
2
3
1
1
1
1
1
1
2
1
1
1
1
1
2
2
1
1
2
19291,7 9567,7 4862,3 19449,3 9366,9 9656,2 4742,4 9757,7 14134,2 4712,0 4685,1 4677,2 4712,0 4719,3 4762,9 9588,9 4833,4 4833,4 4979,5 4883,8 4883,8 9410,0 10153,8 4862,3 4862,3 9753,2
A
A
R
A
A
A
A
R
A
A
A
A
A
A
S
S
A
A
A
S
R
A
S
R
A
R
202141,5
PROJETO 7
METRAGEM PADRÃO DE PROTÓTIPO
MAQUINAS
1-ENROLADEIRA TECIDO CRU 1
50
1-ENROLADEIRA TECIDO CRU 2
50
2-ENROLADEIRA TECIDO CRU 1
50
2-ENROLADEIRA TECIDO CRU 2
50
1-CHAMUSCADEIRA 1
60
1-CHAMUSCADEIRA 2
60
2-IMPREGNADEIRA 1
60
2-CHAMUSCADEIRA 1
60
2-CHAMUSCADEIRA INJECTA 1
90
1-ALVEJAMENTO 1
80
2-ALVEJAMENTO 1
80
2-ALVEJAMENTO 2
80
1-MERCERIZADEIRA 1
80
2-MERCERIZADEIRA 1
80
2-MERCERIZADEIRA 2
80
1-TERMOSOL 1
60
1-PAD DRY 1
70
2-PAD DRY 1
60
1-FOULARD 1
70
2-FOULARD 1
60
PRE LAVAGEM ALV
70
1-LAVADEIRA 1
70
1- LAVADEIRA TERMOSOL
60
2-LAVADEIRA 1
60
ESTAMPARIA
75
1-POLIMERIZADEIRA 1
70
1-POLIMERIZADEIRA 2
70
1-RAMA 1
70
1-RAMA 2
70
1-RAMA 3
70
1-RAMA 4
70
2-RAMA 1
75
2-RAMA 2
75
2-LIXADEIRA 1
70
2-LIXADEIRA 2
70
2-LIXADEIRA 3
70
2-LIXADEIRA 4
70
1-SANFORIZADEIRA 1
85
1-SANFORIZADEIRA 2
85
2-SANFORIZADEIRA 1
85
2-SANFORIZADEIRA 2
85
TEARES GMM
82,4
TEMPO TOTAL POR PROTÓTIPO
NUMERO DE PROTOTIPOS
TEMPO TOTAL DE PROTOTIPIA DO PROJETO
SITUAÇÃO
TEMPO TOTAL DE PROTOTIPIA DOS PROJETOS EM 2006
PROJETO 1
MAQUINAS
Veloc.(m/min)
60
60
60
60
60
60
60
60
60
45
65
65
45
45
45
38
60
50
60
50
40
42
41
50
20
22
22
35
34
39
30
36
39
25
25
25
25
45
45
45
45
0,42
PROJETO 6
PROJETO 7
PROJETO 9
PROJETO 10
PROJETO 11
PROJETO 12
PROJETO 13
PROJETO 14
PROJETO 17
PROJETO 18
PROJETO 19
PROJETO 22
PROJETO 25
TEMPOS DE PILOTAGEM
PROJETO 5
4000
PROJETO 2
Anexo 2 - Detalhamento dos tempos de pilotagem
133,3
133,3
0,0
133,3
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
133,3
133,3
133,3
133,3
0,0
0,0
0,0
133,3
0,0
133,3
133,3
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
133,3
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
133,3
133,3
133,3
133,3
133,3
133,3
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
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0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
111,1
111,1
111,1
111,1
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
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0,0
0,0
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0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
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0,0
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0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
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0,0
0,0
0,0
0,0
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0,0
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74,1
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74,1
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0,0
74,1
74,1
0,0
74,1
74,1
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0,0
0,0
74,1
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0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
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0,0
111,1
111,1
0,0
0,0
0,0
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76,9
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76,9
0,0
0,0
0,0
0,0
76,9
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0,0
76,9
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0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
76,9
0,0
76,9
76,9
76,9
76,9
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76,9
76,9
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0,0
0,0
0,0
0,0
76,9
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111,1
111,1
111,1
111,1
0,0
0,0
0,0
0,0
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0,0
111,1
111,1
111,1
111,1
111,1
0,0
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0,0
0,0
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111,1
111,1
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0,0
0,0
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175,4
175,4
0,0
0,0
175,4
175,4
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0,0
0,0
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0,0
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133,3
0,0
0,0
0,0
133,3
133,3
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0,0
133,3
133,3
0,0
0,0
133,3
0,0
133,3
0,0
0,0
95,2
0,0
95,2
95,2
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0,0
95,2
0,0
0,0
95,2
95,2
95,2
0,0
0,0
95,2
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
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0,0
0,0
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0,0
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0,0
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0,0
0,0
136,1
136,1
0,0
136,1
136,1
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
272,1
272,1
136,1
136,1
136,1
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
162,6
0,0
0,0
133,3
0,0
133,3
0,0
0,0
0,0
133,3
133,3
0,0
0,0
133,3
133,3
0,0
0,0
133,3
0,0
133,3
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
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0,0
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0,0
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0,0
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0,0
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326,5
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163,3
163,3
163,3
163,3
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
163,3
163,3
163,3
163,3
163,3
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
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0,0
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0,0
0,0
0,0
146,5
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0,0
0,0
0,0
146,5
0,0
146,5
146,5
0,0
146,5
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
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0,0
0,0
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0,0
0,0
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0,0
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0,0
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0,0
0,0
148,1
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
136,8
136,8
136,8
136,8
0,0
228,6
228,6
228,6
0,0
228,6
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
228,6
0,0
228,6
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
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0,0
0,0
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0,0
0,0
0,0
0,0
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0,0
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0,0
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0,0
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0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
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0,0
0,0
0,0
0,0
104,6
104,6
104,6
104,6
104,6
104,6
104,6
0,0
0,0
104,6
104,6
104,6
104,6
104,6
104,6
104,6
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
104,6
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
104,6
104,6
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
11650,5 11650,5 11650,5 11650,5 11650,5 11650,5 11650,5 11650,5 11650,5 11650,5 11650,5 11650,5 11650,5 11650,5 11650,5 11650,5 11650,5
12861,2 12756,9 12966,2 12489,2 12875,0 12646,4 12563,7 12565,3 12493,6 12472,5 12565,3 12584,9 12889,1 12889,1 13278,6 12546,7 12966,2
216409,9
PROJETO 4
METRAGEM PADRÃO DE PILOTO
EFICIÊNCIA TEORICA %
1-ENROLADEIRA TECIDO CRU 1
50
1-ENROLADEIRA TECIDO CRU 2
50
2-ENROLADEIRA TECIDO CRU 1
50
2-ENROLADEIRA TECIDO CRU 2
50
1-CHAMUSCADEIRA 1
60
1-CHAMUSCADEIRA 2
60
2-IMPREGNADEIRA 1
60
2-CHAMUSCADEIRA 1
60
2-CHAMUSCADEIRA INJECTA 1
90
1-ALVEJAMENTO 1
80
2-ALVEJAMENTO 1
80
2-ALVEJAMENTO 2
80
1-MERCERIZADEIRA 1
80
2-MERCERIZADEIRA 1
80
2-MERCERIZADEIRA 2
80
1-TERMOSOL 1
60
1-PAD DRY 1
70
2-PAD DRY 1
60
1-FOULARD 1
70
2-FOULARD 1
60
PRE LAVAGEM ALV
70
1-LAVADEIRA 1
70
1- LAVADEIRA TERMOSOL
60
2-LAVADEIRA 1
60
ESTAMPARIA
75
1-POLIMERIZADEIRA 1
70
1-POLIMERIZADEIRA 2
70
1-RAMA 1
70
1-RAMA 2
70
1-RAMA 3
70
1-RAMA 4
70
2-RAMA 1
75
2-RAMA 2
75
2-LIXADEIRA 1
70
2-LIXADEIRA 2
70
2-LIXADEIRA 3
70
2-LIXADEIRA 4
70
1-SANFORIZADEIRA 1
85
1-SANFORIZADEIRA 2
85
2-SANFORIZADEIRA 1
85
2-SANFORIZADEIRA 2
85
TEARES GMM
82,4
TEMPO DE PILOTAGEM POR PROJETO
TEMPO TOTAL DE PILOTAGEM DOS PROJETOS
PROJETO 1
CAPACIDADE INSTALADA
HORAS DE TRABALHO DA FABRICA POR ANO:
6192 horas
EQUIPAMENTOS
DADOS TÉCNICOS
EFICIÊNCIA VELOCIDADE
(%)
(m/min)
1-ENROLADEIRA TECIDO CRU 1
1
50
60
1-ENROLADEIRA TECIDO CRU 2
1
50
60
2-ENROLADEIRA TECIDO CRU 1
1
50
60
2-ENROLADEIRA TECIDO CRU 2
1
50
60
1-CHAMUSCADEIRA 1
1
60
60
1-CHAMUSCADEIRA 2
1
60
60
2-IMPREGNADEIRA 1
1
60
60
2-CHAMUSCADEIRA 1
1
60
60
2-CHAMUSCADEIRA INJECTA 1
1
90
60
1-ALVEJAMENTO 1
1
80
45
2-ALVEJAMENTO 1
1
80
65
2-ALVEJAMENTO 2
1
80
65
1-MERCERIZADEIRA 1
1
80
45
2-MERCERIZADEIRA 1
1
80
45
2-MERCERIZADEIRA 2
1
80
45
1-TERMOSOL 1
1
60
38
1-PAD DRY 1
1
70
60
2-PAD DRY 1
1
60
50
1-FOULARD 1
1
70
60
2-FOULARD 1
1
60
50
PRE LAVAGEM ALV
1
70
40
1-LAVADEIRA 1
1
70
42
1- LAVADEIRA TERMOSOL
1
60
41
2-LAVADEIRA 1
1
60
50
ESTAMPARIA
2
75
20
1-POLIMERIZADEIRA 1
1
70
22
1-POLIMERIZADEIRA 2
1
70
22
1-RAMA 1
1
70
35
1-RAMA 2
1
70
34
1-RAMA 3
1
70
39
1-RAMA 4
1
70
30
2-RAMA 1
1
75
36
2-RAMA 2
1
75
39
2-LIXADEIRA 1
1
70
25
2-LIXADEIRA 2
1
70
25
2-LIXADEIRA 3
1
70
25
2-LIXADEIRA 4
1
70
25
1-SANFORIZADEIRA 1
1
85
45
1-SANFORIZADEIRA 2
1
85
45
2-SANFORIZADEIRA 1
1
85
45
2-SANFORIZADEIRA 2
1
85
45
TEARES GMM
141
82,4
0,42
CAPACIDADE TOTAL INSTALADA
MÁQUINAS
CAPACIDADE
INSTALADA
(min/ano)
INSTALADOS
Anexo 3 - Capacidade Instalada da Fábrica
185760
185760
185760
185760
222912
222912
222912
222912
334368
297216
297216
297216
297216
297216
297216
222912
260064
222912
260064
222912
260064
260064
222912
222912
557280
260064
260064
260064
260064
260064
260064
278640
278640
260064
260064
260064
260064
315792
315792
315792
315792
43164679,68
54050215,68
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desenvolvimento de uma metodologia para o estudo do