CENTRO DE TECNOLOGIA DA INDÚSTRIA QUÍMICA E TÊXTIL FACULDADE SENAI-CETIQT CURSO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL TÊXTIL DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL DIEGO SANCHES FERNANDES ______________________________________________________ Rio de Janeiro 2007 DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL Diego Sanches Fernandes por Diego Sanches Fernandes Faculdade SENAI/CETIQT Bacharelado em Engenharia Industrial Têxtil Orientador: Prof. Leonardo Garcia Teixeira Mendes Co-orientador: Prof. Ariel Vicentini de Souza Martins Rio de Janeiro, Novembro de 2007 i DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL Diego Sanches Fernandes DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL Monografia do Projeto de Graduação submetida à Comissão Examinadora do Curso de Engenharia Industrial Têxtil da Faculdade SENAI-CETIQT como parte dos requisitos necessários à obtenção do grau de Bacharel em Engenharia Industrial Têxtil. Aprovada por: _________________________ Prof. Ariel Vicentini de Souza Martins Engenheiro Têxtil, M. Sc. Engenharia Mecânica __________________________ Prof. Ronaldo Luiz de Souza Engenheiro Químico, Especialista em Ensino Superior __________________________ Prof. Leonardo Garcia Teixeira Mendes Engenheiro Químico, M. Sc. Engenharia de Produção Rio de Janeiro, novembro de 2007. ii DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL Diego Sanches Fernandes RESUMO O projeto de produto é uma atividade que possui caráter importantíssimo para a manutenção da competitividade das empresas, no entanto, este processo de projetar produtos envolve muitas fases e muitos investimentos. Este estudo de caso visa apresentar os impactos gerados por projetos de produto em uma empresa têxtil e relacionar com o desempenho das fases do projeto. iii DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL Diego Sanches Fernandes LISTA DE FIGURAS Figura 1 - As fases do projeto de produto ......................................................................12 Figura 2 - As idéias podem originar-se dentro e fora da organização ............................14 Figura 3 - Seleção de conceitos .....................................................................................15 Figura 4 - Dificuldade e custo na modificação de projetos .............................................19 Figura 5 - Processo de desenvolvimento de novos produtos da empresa .....................24 iv DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL Diego Sanches Fernandes LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Tabela base 1...............................................................................................33 Tabela 2 – Tabela base 2...............................................................................................34 Tabela 3 – Capacidade Instalada e Tempos de Utilização ............................................36 Tabela 4 - Resumo das Informações dos Projetos.........................................................36 Tabela 5 - Dados para o cálculo do IDCP ......................................................................38 Tabela 6 - Dados para o calculo do IDEP ......................................................................39 Tabela 7 - Dados para o calculo do IUC ........................................................................40 Tabela 8 - Dados para o calculo do Investimento Total em DNP ...................................41 Tabela 9 - Dados para o calculo do Índice de Investimento...........................................42 v DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL Diego Sanches Fernandes LISTA DE ANEXOS Anexo 1 - Detalhamento dos tempos utilizados em prototipia............................................ 47 Anexo 2 - Detalhamento dos tempos de pilotagem............................................................ 48 Anexo 3 - Capacidade Instalada da Fábrica....................................................................... 49 vi DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL Diego Sanches Fernandes LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 – Índice de Desempenho do Conceito ............................................................38 Gráfico 2 – Índice de Desempenho da Especificação dos Projetos ..............................39 Gráfico 3 - Índice de Utilização da Capacidade Produtiva pelo DNP .............................40 Gráfico 4 - Índice de Utilização da Capacidade Produtiva pelo DNP ............................43 vii DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL Diego Sanches Fernandes LISTA DE SIGLAS CDP Capacidade total utilizada no desenvolvimento de produtos CPM Capacidade de produção de cada máquina CTI Capacidade Total Instalada DNP Desenvolvimento de Novos Produtos DP Desenvolvimento de Produtos IDCP Índice de Desempenho do Conceito dos Projetos IDEP Índice de Desempenho da Especificação dos Projetos IINV Índice de Investimento ITDNP Investimento Total em Desenvolvimento de Novos Produtos IUC Índice de Utilização da Capacidade TMPr Tempo utilizado em cada máquina por artigo TPrP Tempo de prototipia do projeto TTPr Tempo total por protótipo viii DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL Diego Sanches Fernandes SUMÁRIO 1 - INTRODUÇÃO..........................................................................................................10 2 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA................................................................................11 2.1 – PROJETO DE PRODUTO............................................................................................................... 11 2.2 - ETAPAS DO PROJETO DE PRODUTO .......................................................................................... 13 2.2.2 - TRIAGEM DO CONCEITO ....................................................................................................... 14 2.2.3 - PROJETO PRELIMINAR .......................................................................................................... 16 2.2.4 - AVALIAÇÃO E MELHORIA ...................................................................................................... 16 2.2.5 - PROTOTIPIA E PROJETO FINAL ........................................................................................... 16 2.3 - INVESTIMENTOS EM PROJETO DE PRODUTO........................................................................... 18 3 - ESTUDO DE CASO ..................................................................................................20 3.1 - O PROJETO FORTEX ..................................................................................................................... 20 3.2 - A EMPRESA .................................................................................................................................... 20 3.3 - O SETOR DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS ................................................................... 21 3.4 - O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS ........................................................... 21 4 - PROCEDIMENTO METODOLÓGICO ......................................................................25 5 – ANÁLISE DE RESULTADOS ..................................................................................38 6 - CONCLUSÃO ...........................................................................................................44 7 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................45 8 - ANEXOS ...................................................................................................................46 ix DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL Diego Sanches Fernandes 1 - INTRODUÇÃO A manutenção da atividade de uma empresa comercial só é possível devido à receita obtida pela venda de seus produtos. Para manter-se competitiva no mercado atual, onde são encontrados produtos de grande diversidade, lança-se mão do desenvolvimento de novos produtos, como uma estratégia de alcançar os clientes e fidelizá-los. No entanto, a empresa ao decidir desenvolver um novo produto, deve ter em mente que este é um processo complexo e que envolve diversos riscos e elevados investimentos. O projeto de produto é uma atividade hierarquizada que consiste de diversas etapas, que evoluem da concepção à especificação do produto. Entre as fases do projeto, torna-se necessário a validação das decisões tomadas, e então a prototipia é utilizada para avaliação do produto. Em algumas empresas, a prototipia é realizada na própria linha de produção. Esta atividade absorve elevados investimentos e gera inúmeros inconvenientes entre a equipe de produção e a equipe de projeto de produto. O objetivo deste trabalho é apresentar, a partir de dados de prototipia dos projetos, o impacto gerado pelo desenvolvimento de novos produtos em uma empresa têxtil e relacionar estes valores com a eficiência obtida nas etapas de projeto de produto, buscando ao final, realizar uma análise do desempenho das atividades de projeto com os investimentos realizados. No capitulo 2 serão apresentadas as bases teóricas referentes ao projeto de produto e à tomada de decisões nos projetos, bem como as definições de prototipia e pilotagem. O Capítulo 3 abordará o estudo de caso, apresentando a empresa e os processos de desenvolvimento de produtos utilizado. O Capítulo 4 apresentara a metodologia utilizada para o tratamento dos dados coletados e no Capitulo 5 será realizada a análise dos dados. No Capítulo 6 serão apresentadas as conclusões do trabalho e sugestões para trabalhos futuros. 10 DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL Diego Sanches Fernandes 2 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 – PROJETO DE PRODUTO Uma pessoa ao comprar um novo produto não tem idéia dos bastidores envolvidos no trabalho de obtenção deste produto. Indiferentemente de ser um carro ou um tecido, o procedimento de desenvolvimento de novos produtos (DNP) é quase o mesmo. É um processo que envolve duas partes, o consumidor, que possui necessidades e desejos que precisam ser supridas, e a empresa, que precisa detectar estas necessidades dos clientes e transformá-las em produtos em tempo hábil para atendê-los. O projeto de produtos tem seu inicio com o consumidor e nele termina. Ao desenvolver novos produtos, as empresas devem reduzir os riscos envolvidos no processo, pois, o investimento em muitos dos casos é elevado e o objetivo é obter retorno destes produtos. Um projeto de produto falho pode gerar um produto com rejeição pelo mercado, e que, representará para empresa uma tragédia. Um produto é qualquer coisa que possa ser oferecida aos consumidores para satisfazer suas necessidades e expectativas e estes produtos integram três aspectos importantes: um conceito, que é um conjunto de benefícios esperados pelos clientes; o próprio produto, que proporciona os benefícios definidos pelo conceito; e um processo, que representa a produção industrial do produto (Slack et al., 1999). Inicialmente a tarefa do Marketing é reunir informações dos clientes para compreender e identificar suas necessidades e expectativas e também para procurar oportunidades de mercado. Seguindo isto, a tarefa dos projetistas de produtos é analisar essas necessidades e expectativas e criar uma especificação para o produto. A especificação é então usada como entrada para a operação de manufatura, que produz e fornece os produtos aos clientes. Portanto, a produção deve sempre ser considerada nas decisões envolvidas durante o projeto. Segundo o PMI – Project Management Institute, projeto é “um esforço temporário empreendido para criar um produto ou serviço único”. A partir desta definição podemos afirmar que um projeto possui: datas de inicio e conclusão definidos, objetivos claros e 11 DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL Diego Sanches Fernandes únicos, utilização de recursos financeiros e de materiais (investimentos), e consumo de muito esforço da equipe de projeto para o alcance destes objetivos. Um projeto de produto consiste na transformação de idéias em produtos tangíveis, entretanto, este não é um processo tão simples quanto parece, pois envolve diversas fases de pesquisa e muito trabalho até sua conclusão. O projeto evolui do conceito à especificação em fases hierarquizadas, para ao final obter o produto de acordo com o que o mercado exige. As várias fases envolvidas no projeto de produto são apresentadas pela figura a seguir. Geração do conceito Triagem Projeto Preliminar Avaliação e melhoria Prototipia e projeto final O conceito O produto O processo Figura 1 - As fases do projeto de produto [Fonte: Slack, 1999] 12 DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL Diego Sanches Fernandes 2.2 - ETAPAS DO PROJETO DE PRODUTO 2.2.1 - FASE CONCEITUAL A fase conceitual de um projeto de produto é o ponto de partida para o desenvolvimento, e consiste na seleção de idéias para alcançar a definição do conceito do projeto. As idéias surgem a partir de informações captadas pela empresa que utiliza de diversas técnicas para obtê-las. Estas idéias representam uma visão vaga do que o mercado deseja para o produto, sendo necessária a geração do conceito para estas idéias. Um conceito é uma descrição breve e sem muito detalhamento do produto, e apenas traduz as idéias para uma linguagem que seja entendida por todos durante as etapas seguintes do projeto. Especificam-se quais devem ser as funcionalidades e o estilo do produto, sem se preocupar muito com a viabilidade de fabricá-lo. As empresas utilizam-se de alguns recursos na busca de idéias, e estas informações podem surgir de dentro ou fora da organização, como, idéias de consumidores, idéias de atividades de produtos concorrentes, idéias dos funcionários, idéias de Pesquisa e Desenvolvimento e engenharia reversa. Quem mantém a relação mais próxima com o mercado é o setor de marketing das empresas que têm a obrigação de manter toda atenção sobre os clientes e obter o máximo de idéias deles. As pesquisas de mercado seguem uma estrutura de pesquisa e questionários que se apresenta um pouco rígida e que segundo Slack (1999, p.119) “ouvir os consumidores de uma maneira menos estruturada, às vezes pode ser um meio melhor para gerar novas idéias”. As atividades de empresas concorrentes também são observadas na geração de idéias, pois, podem ser detectadas novas oportunidades a partir de falhas observadas em empresas ou produtos concorrentes. No caso de plagio de produtos concorrentes, a empresa sofre o risco de obter vantagem mercadológica por um curto período de tempo. A observação detalhada de produtos concorrentes é conhecida como engenharia reversa, e consiste em desmontar o produto para descobrir como ele é feito. 13 DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL Diego Sanches Fernandes Os funcionários também são uma boa fonte de informação, visto que estes, ou estão envolvidos com os clientes como o pessoal de vendas, ou então com a produção. O pessoal de vendas esta em contato o tempo todo com idéias de desejos de clientes e os de produção que podem servir de idéias de melhorias na produção do produto. O setor de Pesquisa & Desenvolvimento é responsável pelo descobrimento de inovações e tecnologias para melhoria dos produtos e possui maior importância em empresas de tecnologia de ponta. Estas idéias são então avaliadas na busca de apenas uma que atenderá as expectativas do consumidor e também da empresa, e então se gera o conceito, que tornará possível a operacionalização do projeto de produto. A figura a seguir apresenta o processo de geração do conceito. Fontes Internas Análise das necessidades dos consumidores Fontes externas Departamento de Marketing Sugestões do pessoal de contato com os clientes Pesquisa de mercado Sugestões dos clientes Idéias de pesquisa e desenvolvimento Ações dos concorrentes Geração do conceito Figura 2 - As idéias podem originar-se dentro e fora da organização [Fonte: Slack, 1999] 2.2.2 - TRIAGEM DO CONCEITO Diversos conceitos são gerados a partir das idéias, no entanto, nem todos estes conceitos se tornam produtos. Devem ser avaliados, antes do prosseguimento do projeto, a viabilidade e os riscos envolvidos na obtenção do novo produto. Esta 14 DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL Diego Sanches Fernandes avaliação é realizada por diversos setores da organização até alcançar o conceito que será operacionalizado. O setor de marketing, por ser um elo com o consumidor, elimina os conceitos que apresentam características de fracasso de vendas, não gerando demanda suficiente para que se tornem viáveis para empresa. Os conceitos que muito se assemelham ou distanciam dos concorrentes são também alvo do crivo de marketing. A produção é também uma avaliadora dos conceitos, pois, somente ela é capaz de informar a possibilidade de produzir aqueles produtos nas quantidades previstas. O setor financeiro reúne as informações dos conceitos gerados para verificar as conseqüências financeiras destes conceitos que passaram pela triagem. A figura a seguir mostra o processo de triagem do conceito. Diversos Conceitos Crivo de marketing Crivo de função produção Crivo financeiro Conceitos aceitáveis Figura 3 - Seleção de conceitos [Fonte: Slack, 1999] 15 DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL Diego Sanches Fernandes 2.2.3 - PROJETO PRELIMINAR Alcançado o conceito dá-se inicio ao projeto preliminar. O objetivo desta etapa é obter a primeira versão da especificação do produto e dos processos envolvidos na sua fabricação. Na especificação do projeto são apresentadas detalhadamente todas as peças componentes do produto final, e a forma do produto final ao agrupar seus componentes. Os materiais necessários para sua fabricação também fazem parte da especificação. A determinação do processo de produção também é completamente detalhada, apresentando o fluxo de materiais através da operação produtiva e as diferentes atividades envolvidas durante a produção. As ferramentas, equipamentos, fluxos, matéria prima, quantidades, partes componentes do produto, cores, são alguns dos objetivos do projeto preliminar. 2.2.4 - AVALIAÇÃO E MELHORIA O objetivo desta etapa é considerar o projeto preliminar e verificar se pode ser melhorado antes que o produto seja testado no mercado. 2.2.5 - PROTOTIPIA E PROJETO FINAL O desenvolvimento de um produto após passar pelas fases de adequação das necessidades do cliente e transformação destas em características técnicas, agora é hora de iniciar a prototipia para validar estas informações. A prototipia é a transformação das etapas conceituais e de design em modelos e protótipos, que possam ser testados e melhorados no decorrer do projeto de produto. Segundo Baxter (1998) “No projeto de produtos, a palavra protótipo refere-se a dois tipos de representação dos produtos. Primeiro, no sentido mais preciso da palavra, refere-se à representação física do produto que será eventualmente produzido industrialmente. Em segundo lugar, usa-se o termo protótipo no sentido mais lato, para 16 DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL Diego Sanches Fernandes qualquer tipo de representação física construída com o objetivo de realizar testes físicos”. Um protótipo pode ser requerido em qualquer fase do projeto e é completamente dependente do tipo de produto a ser desenvolvido, como por exemplo, automóveis, tecidos, liquidificador. A prototipia possui duas finalidades principais: certeza e simplificação. A primeira delas busca a validação das decisões de projeto tomadas anteriormente à elaboração do protótipo, verificando se o produto possui as características requeridas pelo projeto, ou seja, se está adequado às necessidades dos clientes. Por outro lado a “simplificação” aborda a revisão do projeto em busca de simplificações, integrando o produto à produção, podendo realizar a transição entre escala piloto e escala plena sem traumas, verificando se o produto está apto à produção (Gurgel, 2001). A prototipia comporta-se como um instrumento potente para reduzir os riscos do projeto e eliminar algumas incertezas. No caso do conceito do projeto ser completamente claro, o protótipo servirá para comprovar tais conceitos e dar prosseguimento ao projeto. É utilizada também nos casos em que o cliente necessita do produto para avaliar sua performance. Nos estágios iniciais do projeto, o protótipo é utilizado para a simulação dos custos industriais e verificação do atendimento das características inicialmente propostas. Quando algum problema é detectado no protótipo é necessário retornar as fases iniciais do projeto para resolver o problema e em seguida realizar novos testes para confirmação das ações realizadas neste retrocesso pelo ciclo do projeto. Em contrapartida, a construção de protótipo consome tempo e desvia a atenção do grupo, que poderia estar se dedicando a outras atividades que adicionem mais valor ao produto. Portanto, o lema é: só faça se for necessário (Baxter, 1998). A produção de protótipos e pilotos requer investimentos altos. Como os riscos de insucesso diminuem ao longo do projeto é importante verificar que ele ainda está presente, portanto, arriscar alto na geração de protótipos nas fases iniciais do projeto pode gerar uma grande perda de tempo e dinheiro. 17 DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL Diego Sanches Fernandes 2.3 - INVESTIMENTOS EM PROJETO DE PRODUTO O projeto de produto evolui da concepção até a obtenção do produto e os custos envolvidos neste processo aumentam cumulativamente. Estes custos estão interrelacionados com a tomada de decisões durante as fases do projeto de produto. Nas fases iniciais do projeto de produto estão, a geração do conceito e a especificação do produto. Estas atividades envolvem inúmeras opções, e decisões devem ser tomadas conscientemente com o objetivo de especificar o produto de acordo com as necessidades dos clientes. Durante estas fases o projeto absorve um investimento relativamente pequeno comparado ao consumo das fases finais do projeto. Nas fases finais do projeto estão envolvidos investimentos significativos para obtenção do produto, pois, nesta fase protótipos são realizados e para isto alguns outros custos estão envolvidos. Modificação em projetos implica custos de modificação, e quando realizadas nas fases iniciais do projeto, onde o custo é relativamente baixo, somente vantagens são sentidas. No caso de mudanças nas fases finais do projeto, estas implicam elevados custos, pois conforme o projeto progride, seus custos são acumulados e isto representa retrabalho e aumento do investimento em relação ao programado no planejamento do projeto. A chave do sucesso no desenvolvimento de novos produtos consiste em investir mais tempo e talento durante os estágios iniciais quando ainda custam pouco (Baxter, 1998). Os produtos que começam com uma boa especificação, discutida e acordada entre todas as pessoas que tomam decisões na empresa, e cujos estágios iniciais de desenvolvimento sejam bem acompanhados possuem mais chances de sucesso que os produtos que não obtiveram a atenção necessária. A figura a seguir apresenta como se comporta os investimentos durante as fases do projeto de produto. 18 Dificuldade e custo para mudar o projeto DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL Diego Sanches Fernandes Início da atividade de projeto Término da atividade de projeto Figura 4 - Dificuldade e custo na modificação de projetos [Fonte: Slack, 1999] 19 DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL Diego Sanches Fernandes 3 - ESTUDO DE CASO 3.1 - O PROJETO FORTEX O programa de integração faculdade/empresa Fortex (Fortalecimento Têxtil) é um programa de qualificação profissional desenvolvido pela faculdade Senai – Cetiqt, que envolve alunos, empresas têxteis e a Faculdade, com objetivos comuns de desenvolvimento, incorporação e difusão de conhecimentos de base científica, a partir de estudos realizados no ambiente fabril. Neste projeto, todos os envolvidos são favorecidos, através de uma forte aliança de interesses. As empresas, com suas demandas técnicas e de pesquisa; os docentes com suas necessidades de estarem atualizados com o ambiente fabril; e por fim, os alunos, que procuram por uma oportunidade para desenvolver um trabalho de conclusão de curso (monografia) com tema real. O cronograma do programa se resume em quatro visitas dos alunos à fábrica, com duração de 40 horas cada uma, ao longo dos dois últimos anos, ou seja, semestralmente. Sob a orientação de um docente, são levantados diversos temas, relacionados preferencialmente ao processo produtivo têxtil, a serem desenvolvidos com alicerce acadêmico no decorrer do curso. Esta prática permite o aprimoramento contínuo do conhecimento teórico e prático de docentes e discentes, além de aumentar as condições de empregabilidade dos futuros profissionais. 3.2 - A EMPRESA Fundada em 1872 em Minas Gerais, se desenvolveu consideravelmente, e possui hoje um grande e moderno arsenal tecnológico disponível, que produz cerca de 140 milhões de metros quadrados de tecidos planos por ano. Possui atualmente 5 unidades fabris, distribuídas pelas cidades de Sete Lagoas, Pirapora e Caetanópolis, 2 centros de distribuição , e duas centrais localizadas de Belo Horizonte - MG e São Paulo - SP. 20 DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL Diego Sanches Fernandes As atividades da empresa são focadas na produção de fios e tecidos planos que, estão distribuídos em três linhas de produtos: moda, profissional e denim, que visam atender as empresas fabricantes de peças de vestuário. 3.3 - O SETOR DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS O setor de DP está localizado na unidade de Sete Lagoas - MG, e trabalha de forma ”centralizada”, ou seja, é responsável pelo desenvolvimento de todos os novos produtos da empresa, englobando as linhas moda, profissional e denim. O objetivo principal do setor é transformar as informações provenientes da área Comercial em especificações técnicas dos artigos, para serem utilizadas pelo setor de produção, bem como validar estes desenvolvimentos com a obtenção de protótipos e pilotos. Realiza, portanto as funções da Engenharia do Produto. Entretanto não possui autonomia de realizar projetos de melhorias por conta própria, sendo subordinada a área comercial de onde provêm as informações dos próximos projetos. 3.4 - O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS O início do processo de DP ocorre no setor Comercial da empresa. Nesta fase do projeto busca-se obter informações acerca das necessidades do mercado e identificação de produtos concorrentes potenciais. Estas informações são obtidas por pesquisa de mercado, informações da equipe de vendas sobre as necessidades de seus clientes, visitas a feiras nacionais e internacionais de tecidos, tendências de moda, entre outras. Após o tratamento destas informações é então gerada uma ficha de “identidade” do produto, que especifica as características necessárias para o novo produto, como: gramatura, largura do tecido, acabamentos, entrelaçamento, tipo de fibra e etc. Em alguns casos estas informações são resumidas com a obtenção de amostras dos artigos que pretendem desenvolver. De acordo com a informação recebida do Comercial o setor de DP direciona suas ações para o detalhamento do projeto. No caso de recebimento de amostra, uma 21 DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL Diego Sanches Fernandes “autopsia” é realizada no artigo, conhecida como engenharia reversa e então se obtém diretamente dados como: densidade de fios de trama, densidade de fios urdume, numero do pente, fios por pua, entre outras. Quando do recebimento da ficha de “identidade”, os envolvidos no DP com base nos seus conhecimentos técnicos determinam as especificações para produção do artigo. Estas especificações obtidas são então reunidas na ficha técnica do projeto. Os novos projetos estão limitados à utilização de urdumes pré-existentes na produção, sendo necessário escolher o urdume que melhor se adapte às especificações técnicas do produto a ser desenvolvido. A partir das informações detalhadas do projeto, verifica-se a necessidade de investimentos em insumos (pentes para teares, acabamentos diferenciados, corantes, etc) para adaptação da produção ao novo produto. O setor financeiro estima o custo do produto e verifica sua viabilidade econômica, bem como o setor de produção verifica a capacidade de produzi-lo eficientemente para que os custos e a qualidade se mantenham de acordo com as especificações do artigo. O próximo passo é a geração da ordem de produção de experimentos (OPE) que é enviada à produção para fabricação do protótipo, que é o primeiro teste realizado do produto. O setor de Produção recebe a ficha técnica do artigo com todas as especificações de processo, como: temperatura de processo, pressão, receitas e velocidade, e a partir de então o protótipo é fabricado na linha de produção com metragem padrão de 1500m. Durante o processo de prototipia, cada etapa do fluxo produtivo descreve o comportamento obtido pelo artigo durante sua fabricação, para que no momento da avaliação do protótipo também sejam consideradas. Depois de completada a produção do protótipo, este é enviado ao setor comercial, o qual analisará o artigo e tomará a decisão de dar continuidade ao projeto ou abandoná-lo. Geralmente nesta fase, o setor comercial analisa o grau de conformidade do produto com o inicialmente proposto pela ficha de “identidade”. 22 DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL Diego Sanches Fernandes Em alguns casos, os protótipos obtêm aprovação com ressalvas, pois, ainda necessitam de ajustes nas especificações do projeto para o atendimento dos objetivos iniciais. Portanto, um novo ciclo é realizado pelo projeto, passando pelas fases de planejamento e execução, buscando adequar-se ao inicialmente proposto. Este ciclo de planejar, construir e testar, é realizado até que o produto atinja o nível esperado pelo setor comercial. Após a obtenção da aprovação do projeto, torna-se necessário a produção piloto do produto, visando testar os processos de produção e obter melhorias de desempenho no processamento. A produção piloto é realizada com uma metragem de 4000m para possibilitar a análise de desempenho do processamento e também produzir quantidade suficiente para testá-lo no mercado. Ao final do processo de produção piloto o projeto é encerrado, e a partir deste momento o artigo passa a ser produzido como integrante do mix de produtos da empresa. 23 DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL Diego Sanches Fernandes Figura 5 - Processo de desenvolvimento de novos produtos da empresa 24 DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL Diego Sanches Fernandes 4 - PROCEDIMENTO METODOLÓGICO A metodologia adotada consiste na obtenção do impacto gerado pelos projetos de DNP em empresa de produção contínua no ano de 2006, e confrontar estes investimentos com o desempenho obtido nas atividades de projeto durante este período, e ao final apresentar qual a parte do investimento total que foi utilizado por produtos de sucesso para empresa. Os impactos gerados são representados pelo Índice de Capacidade Utilizada e pelo Investimento Total em Desenvolvimento de Novos Produtos. Os medidores de desempenho são: o Índice de Desempenho do Conceito dos Projetos, e, o Índice de Desempenho da Especificação dos Projetos. Por último o Índice de Investimento que fecha a análise dos dados. Todos os índices envolvidos na pesquisa, bem como os procedimentos realizados na obtenção dos dados necessários, serão abordados a seguir. ÍNDICE DE DESEMPENHO DO CONCEITO DO PROJETO (IDCP) IDCP = Nº PROJETOS APROVADOS TOTAL DE PROJETOS Este índice relaciona os projetos de produto aprovados durante certo período com o total de projetos realizados no mesmo período. Indica a eficiência da integração entre os setores envolvidos no ciclo de vida do projeto (Marketing, DP, Produção). A aprovação de um projeto depende substancialmente da forma que foram tratadas as informações durante todas as fases do ciclo de vida do projeto, pois, de nada adianta realizar uma eficiente pesquisa mercadologia na fase conceitual e, nas fases de planejamento e execução do projeto extrapolarem o tempo estipulado, não podendo o produto ser lançado no mercado devido a seu atraso, tornando-se inadequado para aquela situação. Esta é apenas uma das formas de falhas de projeto. 25 DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL Diego Sanches Fernandes Este índice visa apresentar o quanto o processo de DP contribuiu para a empresa na obtenção de novos produtos de sucesso, ou seja, produtos que gerarão receita para a empresa, sendo que, os artigos aprovados tornar-se-ão artigos integrantes da linha de produtos comercializados. Expressa a eficiência de acertos nos projetos, abrange informações sobre o conceito, viabilidade econômica, impactos ambientais, integração com o processo de produção, entre outras variáveis que são consideradas no momento da aprovação de um novo produto. É importante verificar que, a aprovação dos produtos é uma decisão do setor Comercial, sendo este considerado determinante no resultado obtido. Quanto maior o índice obtido, melhor o trabalho desenvolvido pela equipe Comercial, que envolve marketing, financeiro e vendas na busca de projetos promissores para empresa. ÍNDICE DE DESEMPENHO DA ESPECIFICAÇÃO DO PROJETO (IDEP) IDEP = Nº TOTAL DE PROJETOS Nº TOTAL DE PROTOTIPOS É no setor de DP que ocorre a transformação dos conceitos gerados pelo setor Comercial em especificações técnicas, as quais, fazem parte das OPE que são enviadas ao setor produtivo para a execução do protótipo. Após fabricar o primeiro protótipo, este retorna ao setor Comercial para obter aprovação. Quando o projeto necessita de muitos ajustes até obter a aprovação ou reprovação, verifica-se que existe algo errado com o projeto, e que pode estar sendo gerado nas especificações do artigo para produção. O aumento do numero de protótipos realizados para um mesmo projeto representa o aumento do investimento, e conseqüentemente a utilização da capacidade instalada é também afetada, gerando desta maneira atrasos nos projetos de produto e 26 DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL Diego Sanches Fernandes na produção dos artigos da linha de produtos, ocasionando indisposição entre a equipe de produção e o setor de DP. Este índice relaciona a quantidade total de projetos com a quantidade de protótipos realizados e representa a eficiência obtida pelo setor de DP em especificar os artigos para a produção, e no tempo estipulado pelo planejamento do projeto. Portanto, quando este índice aproxima-se de 100% representa que todos os produtos foram bem detalhados para produção e obtiveram aprovação de primeira, ou seja, o numero de projetos é igual ao numero de protótipos, e quanto menor o valor encontrado maior será o investimento e capacidade utilizada da linha de produção na produção de protótipos até que o projeto obtenha a resposta final. ÍNDICE DE UTILIZAÇÃO DA CAPACIDADE (IUC) IUC = CAPACIDADE UTILIZADA PELO DP CAPACIDADE INSTALADA O percentual de ocupação da capacidade produtiva em projetos de produto é apresentado em relação à capacidade instalada da fabrica e esta intimamente ligado à eficiência das atividades de DP da empresa, pois, quanto maior o numero “experimentos” realizados, maior será a ocupação na linha de produção. Para obter a capacidade utilizada em projetos de produto, tomou-se como parâmetro o tempo total de maquina utilizado no processamento de todos os projetos desenvolvidos ao longo do ano. É equivalente à soma dos tempos de prototipia e pilotagem dos projetos. O processo de produção de protótipos e pilotos na industria têxtil, na maioria dos casos, utilizam a própria linha de produção para este fim. Este procedimento, portanto não é considerado “ideal”, pois, a linha de produção necessita ser preparada para a fabricação destas “experiências”. Esta preparação demanda esforços dos envolvidos nos processos produtivos, pois, ao ser gerada uma OPE para os projetos, inúmeras iniciativas devem ser tomadas no que diz respeito à regulagem de equipamentos e 27 DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL Diego Sanches Fernandes controle das atividades. Cada “experimento” desenvolvido, por não ser um artigo do mix, geralmente resultam em baixa eficiência de processamento. Este resultado se caracteriza pelos tempos de setup das maquinas, paradas de maquinas por não conformidade dos processos, entre outras. Outro inconveniente verificado está na entrada das OPE, pois acarretam atrasos na linha de produção que deve seguir um ritmo planejado para o atendimento dos pedidos de artigos do mix de produtos. Portanto, a fabricação de “experimentos” na linha de produção representa parte da capacidade instalada que deveria estar sendo utilizada na fabricação de artigos do mix de produtos da empresa. As fases de prototipia e pilotagem são as que consomem a maior parte dos recursos planejados para os projetos. A capacidade utilizada no DP é caracterizada como investimento, já que estas atividades são necessárias para manutenção da competitividade da empresa junto ao mercado. Existe uma forte relação com o desempenho das atividades de DP realizadas anteriormente à elaboração do protótipo, pois, caso o projeto obtenha um maior índice de desempenho no DP, logo suas atividades de prototipia e pilotagem serão aproximadas as de uma situação “ideal”, e, portanto consumirão menos recursos da produção. INVESTIMENTO TOTAL EM DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS (ITDNP) ITDNP = METRAGEM TOTAL DE DP x PREÇO MÉDIO DE VENDA POR METRO Durante o ciclo de vida do projeto os recursos são consumidos de forma cumulativa, pois, geralmente, na fase de execução do projeto é absorvido maior parte destes recursos. 28 DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL Diego Sanches Fernandes Ao final de um determinado período, o total de investimento destinado ao desenvolvimento de produtos é obtido pela soma de todos os recursos utilizados para cada projeto. Podemos identificar alguns destes recursos como: mão de obra dos setores envolvidos no DP, matéria prima para a produção dos protótipos e pilotos, depreciação dos equipamentos, entre outros. Este investimento total é dependente das eficiências obtidas pelos IDCP e IDEP, pois, quanto maior o IDCP, maior será a atividade de pilotagem e quanto menor o IDEP maior será o numero de protótipos fabricados em cada projeto. Obter o valor investido nas atividades de DP durante determinado período envolve o conhecimento prévio dos custos envolvidos em cada fase do projeto e a partir de então se obtém o investimento total. Uma forma mais simples de estimar este valor consiste na obtenção da metragem total dos protótipos e pilotos dos projetos e, a partir do valor médio de venda do metro de tecido obter o “investimento total”. Este valor obtido é apenas uma estimativa do que o projeto consumiu, pois, no preço de venda, teoricamente estão envolvidos os custos e os lucros esperados pela empresa. ÍNDICE DE INVESTIMENTO (IINV) IINV = INVESTIMENTO TOTAL DOS PRODUTOS APROVADOS INVESTIMENTO TOTAL Todos os projetos iniciados geram custos para a empresa, porém, nem todos os projetos obtêm aprovação. Os projetos aprovados tornam-se produtos com participação no faturamento da empresa, gerando lucros para a mesma e os investimentos realizados na sua elaboração são amortizados durante o ciclo de vida do produto. 29 DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL Diego Sanches Fernandes Nos projetos reprovados, os investimentos acumulados caracterizam-se gastos, por não representarem geração de receita para empresa no futuro, sendo, portanto resultado dos riscos envolvidos no processo de DP. Portanto, nem todos os recursos consumidos pelos projetos são responsáveis por contribuições futuras do produto para empresa. Para que um investimento possa ser visto como satisfatório, o projeto de produto, no qual foi investido o capital, deve obter aprovação para que então gere receitas para empresa durante o ciclo de vida do produto. É importante notar que os projetos aprovados consomem maior parte de recursos, pois, após receber aprovação devem passar pela fase de pilotagem que necessita de maior metragem para realização do teste de produção. É, portanto, dependente do IDCP, pois, ao elevar o numero de aprovações, conseqüentemente aumentara a parcela de recursos consumidos por eles, sendo estes investimentos rentáveis. Verifica-se também que os projetos aprovados podem possuir mais de um protótipo realizado e estes também fazem parte do total investido em projetos aprovados justificando também a influência do IDEP. A quantificação dos recursos consumidos pelo projeto pode ser obtida de diversas maneiras, entretanto, visto que a fase de execução do projeto absorve maior parte dos recursos, a análise foi realizada a partir do investimento em produção de protótipos e pilotos dos projetos. A eficiência dos investimentos totais pode ser encontrada pela relação existente entre a produção de protótipos e pilotos para produtos aprovados e a produção total de teste de todos os projetos. Este índice apresenta a parcela do total investido que foi utilizado em projetos de produto aprovados. Quando este índice se aproximar de 100% representa que os investimentos foram certeiros e no caso de afastarem-se deste valor deve ser repensada a forma de desenvolver produtos e buscar identificar os erros, pois, o investimento terá sido utilizado em grande parte por produtos reprovados. É uma boa justificativa para buscar alcançar o aumento do nível de tratamento das informações durante as fases iniciais do projeto e assim reduzir os insucessos e então obter índices de investimento elevados. 30 DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL Diego Sanches Fernandes PROCEDIMENTO: Coletou-se na empresa dados referentes aos processos de produção, e também dos projetos de produto. Os dados de produção referem-se aos valores médios de trabalho dos equipamentos instalados na unidade de Sete Lagoas - MG, onde são fabricados todos os protótipos e pilotos para linha moda e profissional. Os dados referentes aos projetos de produto estão limitados aos desenvolvimentos do ano de 2006 para as linhas moda e profissional. Os dados de produção obtidos foram: • Horas de trabalho mensal da fabrica; • Descrição das máquinas instaladas; • Velocidade média de cada máquina; • Eficiência média teórica de cada máquina; Os dados de projeto de produto obtidos foram: • Fluxo do processo produtivo de cada projeto; • Número de protótipos fabricados por projeto; • Situação final de cada projeto (Aprovado; Reprovado; Stand By); • Metragem padrão de protótipo; • Metragem padrão de piloto; Os dados de fluxo de produção dos projetos são considerados apenas à partir da etapa de tecelagem, pois, o desenvolvimento de novos produtos partem de rolos de urdume prontos de outros artigos da linha de produtos. Para alcançar os objetivos do trabalho de apresentar o impacto das atividades de desenvolvimento de produtos na produção utilizaram-se os índices apresentados anteriormente para realizar a análise dos resultados. 31 DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL Diego Sanches Fernandes Os dados a serem utilizados pelos índices são obtidos a partir de uma tabela base que resume todas as informações, e a partir dai obtém-se os dados necessários para alcançar o resultado de cada índice. Foram agrupados os principais dados coletados, gerando-se a tabela base 1, apresentada a na página seguinte, que relaciona cada projeto com o seu fluxo produtivo, e será considerada como “tabela base” no decorrer do trabalho. As três primeiras colunas contêm o nome de cada equipamento, bem como sua velocidade e eficiência. Da quarta coluna em diante, são apresentados os fluxos de processamento dos projetos de produto desenvolvidos em 2006, contendo uma numeração para cada equipamento utilizado o logo do fluxo de processo do artigo e que representa o numero de vezes que o artigo foi processado por aquele equipamento. Na penúltima linha da tabela esta discriminada a quantidade de protótipos executados por projeto, e na ultima linha a situação final de cada um deles. Os projetos em situação final “stand by” serão considerados nas análises como “reprovado”, pois, estes projetos não obtiveram aprovação até o fechamento do ano de 2006 e, portanto não se realizou pilotagem destes artigos. 32 PROTÓTIPOS REALIZADOS SITUAÇÃO FINAL DO PROJETO 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 PROJETO 17 PROJETO 18 PROJETO 19 PROJETO 20 PROJETO 21 PROJETO 22 PROJETO 23 PROJETO 16 PROJETO 15 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 PROJETO 26 1 1 1 PROJETO 25 1 1 PROJETO 24 1 1 PROJETO 14 1 1 1 PROJETO 13 1 PROJETO 12 1 1 PROJETO 11 1 PROJETO 10 1 PROJETO 9 1 PROJETO 8 1 PROJETO 7 60 60 60 60 60 60 60 60 60 45 65 65 45 45 45 38 60 50 60 50 40 42 41 50 20 22 22 35 34 39 30 36 39 25 25 25 25 45 45 45 45 0,42 PROJETO 6 50 50 50 50 60 60 60 60 90 80 80 80 80 80 80 60 70 60 70 60 70 70 60 60 75 70 70 70 70 70 70 75 75 70 70 70 70 85 85 85 85 82,4 PROJETO 5 1-ENROLADEIRA TECIDO CRU 1 1-ENROLADEIRA TECIDO CRU 2 2-ENROLADEIRA TECIDO CRU 1 2-ENROLADEIRA TECIDO CRU 2 1-CHAMUSCADEIRA 1 1-CHAMUSCADEIRA 2 2-IMPREGNADEIRA 1 2-CHAMUSCADEIRA 1 2-CHAMUSCADEIRA INJECTA 1 1-ALVEJAMENTO 1 2-ALVEJAMENTO 1 2-ALVEJAMENTO 2 1-MERCERIZADEIRA 1 2-MERCERIZADEIRA 1 2-MERCERIZADEIRA 2 1-TERMOSOL 1 1-PAD DRY 1 2-PAD DRY 1 1-FOULARD 1 2-FOULARD 1 PRE LAVAGEM ALV 1-LAVADEIRA 1 1- LAVADEIRA TERMOSOL 2-LAVADEIRA 1 ESTAMPARIA 1-POLIMERIZADEIRA 1 1-POLIMERIZADEIRA 2 1-RAMA 1 1-RAMA 2 1-RAMA 3 1-RAMA 4 2-RAMA 1 2-RAMA 2 2-LIXADEIRA 1 2-LIXADEIRA 2 2-LIXADEIRA 3 2-LIXADEIRA 4 1-SANFORIZADEIRA 1 1-SANFORIZADEIRA 2 2-SANFORIZADEIRA 1 2-SANFORIZADEIRA 2 TEARES GMM PROJETO 4 Veloc.(m/min) PROJETO 3 EFICIENCIA TEORICA (%) PROJETO 2 MAQUINAS PROJETO 1 DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL Diego Sanches Fernandes 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 4 A 2 A 1 R 4 A 2 A 2 A 1 A 2 R 3 A 1 A 1 A 1 A 1 A 1 A 1 S 2 S 1 A 1 A 1 A 1 S 1 R 2 A 2 S 1 R 1 A 2 R Tabela 1 – Tabela base 1 33 DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL Diego Sanches Fernandes METRAGEM PADRÃO DE PROTÓTIPO METRAGEM PADRÃO DE PILOTO PREÇO MÉDIO DE VENDA POR METRO Tabela 2 – Tabela base 2 1500 4000 R$ 8,00 metros metros por metro Dois procedimentos serão adotados para apresentar os dados da tabela 1. No primeiro caso será obtido o tempo de utilização da capacidade produtiva pelo desenvolvimento de novos produtos e, no outro caso, serão obtidos dados referentes às aprovações de projetos e quantidade de recursos consumidos. A partir da tabela base encontraremos os tempos de prototipia e pilotagem envolvidos no desenvolvimento de produtos, bem como a capacidade instalada da fabrica. Estes dados são apresentados detalhadamente nos anexos 1, 2 e 3 e seguem o seguinte procedimento para obtenção destes: Para encontrar os tempos de prototipia e pilotagem utilizaremos a tabela base que oferece dados de produção e informações sobre a situação final do projeto. Nas colunas que se referem aos projetos, no lugar do “número de vezes” que o artigo passou em cada processo substituiremos pelo “tempo” utilizado pelo artigo em cada fase de seu processamento. A descrição do tempo utilizado em cada máquina por artigo (TMPr) durante o processo de fabricação é obtido da seguinte forma: TMPr= METRAGEM PADRÃO DE PROTOTIPO x Nº PASSAGENS NA MAQUINA VELOCIDADE x EFICIÊNCIA O tempo total por protótipo (TTPr) significa, o mesmo que dizer, que é o tempo que um artigo consumiu de trabalho de maquina durante sua fabricação. É a soma dos tempos utilizados em cada máquina do fluxograma de produção do artigo. TTPr = ∑ TMPr 34 DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL Diego Sanches Fernandes Dependendo do numero de protótipos que um projeto fabricou, encontra-se o tempo de prototipia do projeto (TPrP), que consiste no tempo total de maquina utilizado pelos protótipos fabricados para um mesmo projeto. TPrP = numero de protótipos do projeto x TTPr Ao final da obtenção dos tempos de prototipia de cada projeto, somando-os encontra-se o tempo total de prototipia utilizado pela fabricação de prototipos no ano de 2006. TEMPO TOTAL DE PROTOTIPIA = ∑ TPrP O anexo 2 apresenta os tempos de pilotagem e sua obtenção segue o mesmo procedimento realizado na obtenção dos tempos de prototipia. É importante verificar que a fabricação piloto somente é realizada quando o projeto obtiver aprovação do protótipo, portanto, nesta tabela só encontraremos os projetos aprovados. A pilotagem é realizada apenas uma vez em cada projeto aprovado e os tempos estão relacionados a metragem padrão de piloto que é equivalente a 4000m. O anexo 3 apresenta os valores da capacidade produtiva de cada maquina instalada na fábrica, bem como a capacidade total instalada, que é a soma das capacidades de produção de cada máquina. Para obter o anexo 3 procede-se da seguinte forma: A partir da quantidade instalada de equipamentos, da eficiência media de trabalho e do tempo total de trabalho anual obtemos a capacidade produtiva em minutos de cada equipamento durante o ano de 2006. Portanto, neste calculo a hora deve ser transformada em minutos e isto explica a multiplicação do valor “60” na formula a seguir. O tempo total de trabalho é o total de horas trabalhadas durante o ano e relaciona turnos de trabalho, quantidade de horas de trabalho do turno, e quantidade de dias trabalhados durante o ano. 35 DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL Diego Sanches Fernandes CPM = Nº de horas trabalhadas no ano x 60 min x Nº de equipamentos instalados Ao final da obtenção da capacidade de produção de cada máquina encontramos a capacidade total instalada (CTI) somando-se todos estes valores. CAPACIDADE TOTAL INSTALADA = ∑ CPM Á partir dos valores encontrados nos anexos 1,2 e 3 obteve-se um resumo destes dados e é apresentado a seguir pela tabela “tempos”. TEMPOS TEMPOS DE PROTOTIPIA TEMPOS DE PILOTAGEM CAPACIDADE INSTALADA 202142 216410 54050216 minutos minutos minutos Tabela 3 – Capacidade Instalada e Tempos de Utilização A capacidade total utilizada no desenvolvimento de produtos (CDP), portanto, é a soma dos tempos de prototipia e pilotagem dos projetos. CDP = TEMPOS DE PROTOTIPIA + TEMPOS DE PILOTAGEM Utilizando novamente a tabela base obtém-se a tabela a seguir que apresenta dados de projetos como, quantidade de projetos aprovados, quantidade de protótipos realizados no total dos projetos, bem como a metragem e os investimentos envolvidos nestas atividades de DNP. PROJETO PROTOTIPIA PILOTAGEM METRAGEM DE DP APROVADOS 17 29 17 111500 REPROVADOS 9 13 0 19500 TOTAL 26 42 17 131000 Tabela 4 - Resumo das Informações dos Projetos INVESTIMENTO R$ 892.000,00 R$ 156.000,00 R$ 1.048.000,00 36 DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL Diego Sanches Fernandes Estes dados foram extraídos da “tabela base 1”, analisando as duas ultimas linhas desta tabela que contêm o número de protótipos fabricados por projeto e a situação final do projeto. Primeiramente selecionaram-se todos os projetos aprovados e verificou-se a quantidade de protótipos realizados por eles. Em seguida obtém-se a quantidade de protótipos fabricados para os projetos reprovados. Como somente os projetos aprovados resultam em produção piloto, logo a quantidade de projetos é igual a quantidade de pilotos, e os projetos reprovados e em “stand by”, como não passaram por esta fase, resultam em nenhum piloto fabricado como apresentado pela tabela. No campo referente à metragem fabricada de produto para os projetos, utilizaram-se as metragens padrão de protótipos e pilotos multiplicados pela freqüência de fabricação destes testes. Portanto, a metragem total de produtos fabricados para os projetos é a soma dos resultados de prototipia e pilotagem. Os investimentos realizados em prototipia e pilotagem são apresentados ao final da tabela, e é o resultado da multiplicação das metragens pelo valor médio de venda. Ao final, portanto, encontra-se a quantidade total de projetos, protótipos e pilotos dos projetos realizados na empresa durante o ano de 2006 , bem como as metragens fabricadas e os investimentos totais envolvidos. 37 DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL Diego Sanches Fernandes 5 – ANÁLISE DE RESULTADOS INDICE DE DESEMPENHO DO CONCEITO DO PROJETO QUANTIDADE DE PROJETOS APROVADOS QUANTIDADE TOTAL DE PROJETOS ÍNDICE DE DESEMPENHO DO CONCEITO DOS PROJETOS Tabela 5 - Dados para o cálculo do IDCP 17 26 65% ÍNDICE DE DESEMPENHO DO CONCEITO 65% Gráfico 1 – Índice de Desempenho do Conceito Este resultado mostra que os setores envolvidos na elaboração do conceito e especificação do produto obtiveram desempenho médio, podendo alcançar melhorias. Esta melhoria pode ser obtida intensificando as atividades de conceito, obtendo maiores informações acerca do mercado para não ocasionar erros de especificação do produto, já que no momento da aprovação são estes os critérios analisados. O aumento na eficiência global representa que as decisões estão sendo tomadas adequadamente durante o ciclo de projeto de produto. Entretanto, esta eficiência baixa 38 DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL Diego Sanches Fernandes resulta no aumento do numero de projetos que não contribuirão na geração de receitas para empresa. ÍNDICE DE DESEMPENHO DA ESPECIFICAÇÃO DOS PROJETOS QUANTIDADE TOTAL DE PROJETOS QUANTIDADE TOTAL DE PROTÓTIPOS ÍNDICE DE DESEMPENHO DA ESPECIFICAÇÃO DOS PROJETOS 26 42 62% Tabela 6 - Dados para o calculo do IDEP INDICE DE DESEMPENHO NA ESPECIFICAÇÃO DOS PROJETOS 62% Gráfico 2 – Índice de Desempenho da Especificação dos Projetos Como este valor indica a eficiência do detalhamento do projeto para produção, verifica-se que este pode obter melhorias, e assim impactará na redução da prototipia na linha de produção, e conseqüentemente haverá redução dos investimentos envolvidos nas atividades de desenvolvimento de produtos. É importante ressaltar que a prototipia representa parte do investimento de um projeto, mas não é a maior parte dele, porém, o aumento da quantidade de protótipos 39 DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL Diego Sanches Fernandes pode indicar atrasos para conclusão dos projetos, ocasionados pelo retrocesso entre as fases do projeto de produto devido às falhas de especificação. É na especificação do projeto que se pode obter redução nos investimentos, pois, no caso de produtos aprovados a pilotagem é inevitável, e esta sim consome maior parte dos investimentos dos projetos. ÍNDICE DE UTILIZAÇÃO DA CAPACIDADE CAPACIDADE UTILIZADA EM DNP 418551,4 minutos CAPACIDADE INSTALADA DA FABRICA 54050215,7 minutos IUC 0,77% Tabela 7 - Dados para o calculo do IUC % DE UTILIZAÇÃO DA CAPACIDADE PRODUTIVA PELO DNP 99,23% PRODUÇÃO DP 0,77% Gráfico 3 - Índice de Utilização da Capacidade Produtiva pelo DNP 40 DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL Diego Sanches Fernandes A capacidade instalada da fabrica representa o quanto poderia estar sendo produzido com os equipamentos disponíveis, durante algum período. Entretanto esta capacidade total é a soma do que a empresa produziu, com os tempos ociosos do processo durante o período. A produção de protótipos e pilotos são parte do que a empresa produziu em um período e são considerados investimentos, pois, a empresa deixou de faturar com a venda destes artigos. O resultado obtido, apesar de pequeno em relação a capacidade instalada da fabrica, é sensível a diversas situações. Analisando pela visão de processo, verificamos que apesar de pequeno, impacta bastante nas atividades dos funcionários responsáveis pela preparação técnica para o processamento dos protótipos e pilotos. Necessita de um tempo maior de atenção e geralmente baixa a eficiência de trabalho do setor. A atividade de projeto também esta envolvida neste índice, pois, quanto maior a qualidade das informações processadas no projeto anteriormente a produção de protótipos, menor será a utilização da produção na fabricação destes. Desta forma, o projeto necessita ser trabalhado afunilando suas decisões em busca de informações que irão gerar acertos e, portanto reduzir as tentativas durante o projeto. Desta forma os projetos se conduziriam de acordo com o modelo ideal do projeto onde o protótipo será o teste de mercado, o qual vai confirmar o produto no mercado, sendo necessário apenas uma pois as informações anteriormente processadas foram de qualidade.e a piloto seria o teste do processo INVESTIMENTO TOTAL EM DNP METRAGEM TOTAL EM DP PREÇO MÉDIO DE VENDA POR METRO INVESTIMENTO TOTAL EM DNP 131000 metros R$ 8,00 por metro R$ 1.048.000,00 Tabela 8 - Dados para o calculo do Investimento Total em DNP 41 DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL Diego Sanches Fernandes O investimento total encontrado representa um valor significativo e é um esforço financeiro que poderia estar sendo aplicado em outras ocasiões, entretanto, é um investimento necessário. Os recursos são consumidos gradualmente durante o projeto, e nas fases de teste consomem a maior parte destes valores. Durante as fases de prototipia e pilotagem o projeto consome mais recursos, e por estarmos analisando artigos resultantes de um fluxo de produção continuo podemos obter o valor dos projetos a partir da metragem produzida de protótipo e piloto, já que estas são as fases mais caras do desenvolvimento. Uma maneira de reduzir estes custos seria focar sempre na qualidade do tratamento das informações da fase conceitual até a especificação, e desta forma garantir a geração do menor numero de experimentos na linha de produção. Isto garantiria uma redução nos investimentos de cada projeto e então no total investido pela empresa em um determinado período. Ao compararmos o investimento total com a taxa de ocupação da capacidade produtiva, verificamos que um é dependente do outro, pois, ao aumentar a utilização em desenvolvimento de produtos, maior será o capital investido. ÍNDICE DE INVESTIMENTO INVESTIMENTO EM PROJETOS APROVADOS R$ INVESTIMENTO TOTAL EM DP R$ ÍNDICE DE INVESTIMENTO 85% Tabela 9 - Dados para o calculo do Índice de Investimento 892.000,00 1.048.000,00 42 DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL Diego Sanches Fernandes ÍNDICE DE INVESTIMENTO INVESTIMENTOS EM PROJETOS APROVADOS 85% Gráfico 4 - Índice de Utilização da Capacidade Produtiva pelo DNP Este índice obteve um valor positivo, pois, de todo investimento destinado ao desenvolvimento de novos produtos 85% foi consumido por projetos que obtiveram aprovação final. Indica que este investimento possui grandes chances de obter retorno em médio prazo, pois, durante o ciclo de vida do produto, ou seja, o tempo que o artigo fica disponível no mercado, este valor será amortizado. Apesar do alto índice encontrado, nota-se que os investimentos em produtos aprovados podem ser reduzidos consideravelmente reduzindo o numero de protótipos realizados nos projetos, que são parte integrante dos investimentos. 43 DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL Diego Sanches Fernandes 6 - CONCLUSÃO Desenvolver produtos nas empresas é a essência para manter a competitividade, entretanto, este processo deve ser realizado dentro de limites para não acarretar elevados investimentos em vão, já que é um processo que envolve muitos riscos. Verifica-se que o desempenho das atividades de projeto de produto, do conceito até a especificação para a produção, impacta significativamente nos investimentos e na ocupação da linha de produção de empresas de produção continua, visto que as fases de projeto de produto se sobrepõem com o processo. Portanto, manter-se atento durante a condução de novos projetos, aumentando o nível de qualidade na tomada de decisões, pode gerar redução dos investimentos e melhoria para a produção, que sofrerá menos com a fabricação de protótipos e pilotos. Verifica-se também que os investimentos realizados podem ou não representar produtos de sucesso para empresa. Sugere-se para trabalhos futuros, avaliar a viabilidade de implantação de uma planta piloto para prototipia de projetos, visto que esta é uma fase que gera indisposição para a equipe de produção e atrasos para a equipe de projeto. 44 DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL Diego Sanches Fernandes 7 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BAXTER, M. Projeto de Produto: guia prático para o design de novos produtos. 2. ed. rev. São Paulo: Edgard Blücher, 1998. COBRA, Marcos. Administração de marketing. 2.ed. São Paulo: Atlas, 1992. GURGEL, Floriano C. A. Administração do Produto. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2001. KEELING, Ralph. Gestão de Projetos: uma abordagem global. São Paulo: Saraiva, 2002. KOTLER, P.; ARMSTRONG, G. Princípios de Marketing. Rio de Janeiro: Editora LTC, 1999. KOTLER, Philip. Administração de Marketing: análise, planejamento, implementação e controle. 5.ed. São Paulo: Atlas, 1998. PAHL, Gerhard... et al. Projeto na engenharia: fundamentos de desenvolvimento eficaz de produtos, métodos e aplicações. São Paulo: Edgard Blücher, 2005. SLACK, Nigel ...(et al.). Administração da Produção. Edição Compacta. São Paulo: Atlas, 1999. 45 DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O ESTUDO DO IMPACTO DO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL Diego Sanches Fernandes 8 - ANEXOS 46 EFICIÊNCIA TEORICA % PROJETO 9 PROJETO 10 PROJETO 11 PROJETO 12 PROJETO 13 PROJETO 14 PROJETO 15 PROJETO 16 PROJETO 17 PROJETO 18 PROJETO 19 PROJETO 20 PROJETO 21 PROJETO 22 PROJETO 23 PROJETO 24 PROJETO 25 PROJETO 26 TEMPOS DE PROTOTIPIA PROJETO 8 1500 Veloc.(m/min) 60 60 60 60 60 60 60 60 60 45 65 65 45 45 45 38 60 50 60 50 40 42 41 50 20 22 22 35 34 39 30 36 39 25 25 25 25 45 45 45 45 0,42 PROJETO 2 PROJETO 3 PROJETO 4 PROJETO 5 PROJETO 6 Anexo 1 - Detalhamento dos tempos utilizados em prototipia 50,0 50,0 0,0 0,0 50,0 0,0 0,0 50,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 50,0 50,0 50,0 50,0 50,0 50,0 50,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 50,0 50,0 0,0 50,0 50,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 50,0 50,0 50,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 50,0 50,0 50,0 50,0 50,0 50,0 50,0 50,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 41,7 41,7 41,7 41,7 41,7 41,7 41,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 27,8 27,8 0,0 0,0 27,8 0,0 0,0 27,8 27,8 27,8 0,0 27,8 27,8 0,0 27,8 27,8 0,0 0,0 27,8 27,8 27,8 0,0 27,8 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 41,7 41,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 28,8 28,8 0,0 0,0 28,8 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 28,8 0,0 0,0 28,8 28,8 28,8 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 28,8 28,8 0,0 28,8 28,8 0,0 28,8 28,8 0,0 28,8 28,8 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 28,8 28,8 28,8 0,0 0,0 41,7 41,7 41,7 41,7 41,7 41,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 41,7 41,7 41,7 41,7 41,7 41,7 41,7 41,7 41,7 41,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 41,7 0,0 41,7 41,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 41,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 41,7 0,0 41,7 0,0 0,0 41,7 41,7 41,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 65,8 65,8 65,8 0,0 0,0 0,0 65,8 65,8 0,0 0,0 65,8 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 35,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 50,0 0,0 50,0 50,0 0,0 0,0 0,0 50,0 50,0 50,0 0,0 0,0 50,0 50,0 0,0 50,0 0,0 0,0 50,0 50,0 50,0 0,0 50,0 50,0 50,0 50,0 0,0 0,0 35,7 35,7 0,0 35,7 35,7 35,7 0,0 0,0 35,7 0,0 0,0 35,7 0,0 0,0 35,7 35,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 35,7 35,7 35,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 51,0 51,0 51,0 0,0 51,0 51,0 153,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 51,0 102,0 102,0 51,0 102,0 102,0 51,0 51,0 51,0 51,0 51,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 61,0 0,0 0,0 0,0 61,0 0,0 0,0 0,0 50,0 0,0 50,0 50,0 0,0 0,0 0,0 0,0 50,0 50,0 0,0 0,0 50,0 50,0 0,0 0,0 0,0 0,0 50,0 50,0 50,0 0,0 50,0 50,0 50,0 50,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 100,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 97,4 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 122,4 0,0 61,2 61,2 61,2 61,2 61,2 61,2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 61,2 61,2 61,2 61,2 61,2 61,2 61,2 61,2 61,2 61,2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 54,9 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 54,9 0,0 54,9 54,9 0,0 54,9 54,9 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 55,6 0,0 0,0 55,6 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 51,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 51,3 51,3 51,3 51,3 51,3 51,3 51,3 51,3 0,0 0,0 0,0 85,7 85,7 85,7 85,7 0,0 85,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 85,7 85,7 0,0 0,0 85,7 0,0 0,0 0,0 85,7 85,7 85,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 39,2 39,2 39,2 39,2 39,2 39,2 39,2 39,2 39,2 0,0 0,0 39,2 39,2 0,0 39,2 39,2 39,2 39,2 39,2 39,2 39,2 39,2 39,2 39,2 39,2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 39,2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 39,2 39,2 0,0 0,0 39,2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 4368,9 4368,9 4368,9 4368,9 4368,9 4368,9 4368,9 4368,9 4368,9 4368,9 4368,9 4368,9 4368,9 4368,9 4368,9 4368,9 4368,9 4368,9 4368,9 4368,9 4368,9 4368,9 4368,9 4368,9 4368,9 4368,9 4822,9 4783,8 4862,3 4862,3 4683,5 4828,1 4742,4 4878,9 4711,4 4712,0 4685,1 4677,2 4712,0 4719,3 4762,9 4794,5 4833,4 4833,4 4979,5 4883,8 4883,8 4705,0 5076,9 4862,3 4862,3 4876,6 4 2 1 4 2 2 1 2 3 1 1 1 1 1 1 2 1 1 1 1 1 2 2 1 1 2 19291,7 9567,7 4862,3 19449,3 9366,9 9656,2 4742,4 9757,7 14134,2 4712,0 4685,1 4677,2 4712,0 4719,3 4762,9 9588,9 4833,4 4833,4 4979,5 4883,8 4883,8 9410,0 10153,8 4862,3 4862,3 9753,2 A A R A A A A R A A A A A A S S A A A S R A S R A R 202141,5 PROJETO 7 METRAGEM PADRÃO DE PROTÓTIPO MAQUINAS 1-ENROLADEIRA TECIDO CRU 1 50 1-ENROLADEIRA TECIDO CRU 2 50 2-ENROLADEIRA TECIDO CRU 1 50 2-ENROLADEIRA TECIDO CRU 2 50 1-CHAMUSCADEIRA 1 60 1-CHAMUSCADEIRA 2 60 2-IMPREGNADEIRA 1 60 2-CHAMUSCADEIRA 1 60 2-CHAMUSCADEIRA INJECTA 1 90 1-ALVEJAMENTO 1 80 2-ALVEJAMENTO 1 80 2-ALVEJAMENTO 2 80 1-MERCERIZADEIRA 1 80 2-MERCERIZADEIRA 1 80 2-MERCERIZADEIRA 2 80 1-TERMOSOL 1 60 1-PAD DRY 1 70 2-PAD DRY 1 60 1-FOULARD 1 70 2-FOULARD 1 60 PRE LAVAGEM ALV 70 1-LAVADEIRA 1 70 1- LAVADEIRA TERMOSOL 60 2-LAVADEIRA 1 60 ESTAMPARIA 75 1-POLIMERIZADEIRA 1 70 1-POLIMERIZADEIRA 2 70 1-RAMA 1 70 1-RAMA 2 70 1-RAMA 3 70 1-RAMA 4 70 2-RAMA 1 75 2-RAMA 2 75 2-LIXADEIRA 1 70 2-LIXADEIRA 2 70 2-LIXADEIRA 3 70 2-LIXADEIRA 4 70 1-SANFORIZADEIRA 1 85 1-SANFORIZADEIRA 2 85 2-SANFORIZADEIRA 1 85 2-SANFORIZADEIRA 2 85 TEARES GMM 82,4 TEMPO TOTAL POR PROTÓTIPO NUMERO DE PROTOTIPOS TEMPO TOTAL DE PROTOTIPIA DO PROJETO SITUAÇÃO TEMPO TOTAL DE PROTOTIPIA DOS PROJETOS EM 2006 PROJETO 1 MAQUINAS Veloc.(m/min) 60 60 60 60 60 60 60 60 60 45 65 65 45 45 45 38 60 50 60 50 40 42 41 50 20 22 22 35 34 39 30 36 39 25 25 25 25 45 45 45 45 0,42 PROJETO 6 PROJETO 7 PROJETO 9 PROJETO 10 PROJETO 11 PROJETO 12 PROJETO 13 PROJETO 14 PROJETO 17 PROJETO 18 PROJETO 19 PROJETO 22 PROJETO 25 TEMPOS DE PILOTAGEM PROJETO 5 4000 PROJETO 2 Anexo 2 - Detalhamento dos tempos de pilotagem 133,3 133,3 0,0 133,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 133,3 133,3 133,3 133,3 0,0 0,0 0,0 133,3 0,0 133,3 133,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 133,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 133,3 133,3 133,3 133,3 133,3 133,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 111,1 111,1 111,1 111,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 74,1 74,1 0,0 74,1 0,0 0,0 74,1 74,1 0,0 74,1 74,1 0,0 0,0 0,0 74,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 111,1 111,1 0,0 0,0 0,0 76,9 76,9 0,0 76,9 0,0 0,0 0,0 0,0 76,9 0,0 0,0 76,9 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 76,9 0,0 76,9 76,9 76,9 76,9 0,0 76,9 76,9 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 76,9 0,0 0,0 111,1 111,1 111,1 111,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 111,1 111,1 111,1 111,1 111,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 111,1 0,0 111,1 111,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 111,1 0,0 0,0 0,0 0,0 111,1 0,0 111,1 0,0 0,0 111,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 175,4 175,4 175,4 0,0 0,0 175,4 175,4 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 95,2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 133,3 0,0 133,3 0,0 0,0 0,0 133,3 133,3 0,0 0,0 133,3 133,3 0,0 0,0 133,3 0,0 133,3 0,0 0,0 95,2 0,0 95,2 95,2 0,0 0,0 95,2 0,0 0,0 95,2 95,2 95,2 0,0 0,0 95,2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 136,1 136,1 0,0 136,1 136,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 272,1 272,1 136,1 136,1 136,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 162,6 0,0 0,0 133,3 0,0 133,3 0,0 0,0 0,0 133,3 133,3 0,0 0,0 133,3 133,3 0,0 0,0 133,3 0,0 133,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 326,5 0,0 163,3 163,3 163,3 163,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 163,3 163,3 163,3 163,3 163,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 146,5 0,0 0,0 0,0 0,0 146,5 0,0 146,5 146,5 0,0 146,5 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 148,1 0,0 0,0 148,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 136,8 136,8 136,8 136,8 0,0 228,6 228,6 228,6 0,0 228,6 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 228,6 0,0 228,6 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 104,6 104,6 104,6 104,6 104,6 104,6 104,6 0,0 0,0 104,6 104,6 104,6 104,6 104,6 104,6 104,6 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 104,6 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 104,6 104,6 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 11650,5 11650,5 11650,5 11650,5 11650,5 11650,5 11650,5 11650,5 11650,5 11650,5 11650,5 11650,5 11650,5 11650,5 11650,5 11650,5 11650,5 12861,2 12756,9 12966,2 12489,2 12875,0 12646,4 12563,7 12565,3 12493,6 12472,5 12565,3 12584,9 12889,1 12889,1 13278,6 12546,7 12966,2 216409,9 PROJETO 4 METRAGEM PADRÃO DE PILOTO EFICIÊNCIA TEORICA % 1-ENROLADEIRA TECIDO CRU 1 50 1-ENROLADEIRA TECIDO CRU 2 50 2-ENROLADEIRA TECIDO CRU 1 50 2-ENROLADEIRA TECIDO CRU 2 50 1-CHAMUSCADEIRA 1 60 1-CHAMUSCADEIRA 2 60 2-IMPREGNADEIRA 1 60 2-CHAMUSCADEIRA 1 60 2-CHAMUSCADEIRA INJECTA 1 90 1-ALVEJAMENTO 1 80 2-ALVEJAMENTO 1 80 2-ALVEJAMENTO 2 80 1-MERCERIZADEIRA 1 80 2-MERCERIZADEIRA 1 80 2-MERCERIZADEIRA 2 80 1-TERMOSOL 1 60 1-PAD DRY 1 70 2-PAD DRY 1 60 1-FOULARD 1 70 2-FOULARD 1 60 PRE LAVAGEM ALV 70 1-LAVADEIRA 1 70 1- LAVADEIRA TERMOSOL 60 2-LAVADEIRA 1 60 ESTAMPARIA 75 1-POLIMERIZADEIRA 1 70 1-POLIMERIZADEIRA 2 70 1-RAMA 1 70 1-RAMA 2 70 1-RAMA 3 70 1-RAMA 4 70 2-RAMA 1 75 2-RAMA 2 75 2-LIXADEIRA 1 70 2-LIXADEIRA 2 70 2-LIXADEIRA 3 70 2-LIXADEIRA 4 70 1-SANFORIZADEIRA 1 85 1-SANFORIZADEIRA 2 85 2-SANFORIZADEIRA 1 85 2-SANFORIZADEIRA 2 85 TEARES GMM 82,4 TEMPO DE PILOTAGEM POR PROJETO TEMPO TOTAL DE PILOTAGEM DOS PROJETOS PROJETO 1 CAPACIDADE INSTALADA HORAS DE TRABALHO DA FABRICA POR ANO: 6192 horas EQUIPAMENTOS DADOS TÉCNICOS EFICIÊNCIA VELOCIDADE (%) (m/min) 1-ENROLADEIRA TECIDO CRU 1 1 50 60 1-ENROLADEIRA TECIDO CRU 2 1 50 60 2-ENROLADEIRA TECIDO CRU 1 1 50 60 2-ENROLADEIRA TECIDO CRU 2 1 50 60 1-CHAMUSCADEIRA 1 1 60 60 1-CHAMUSCADEIRA 2 1 60 60 2-IMPREGNADEIRA 1 1 60 60 2-CHAMUSCADEIRA 1 1 60 60 2-CHAMUSCADEIRA INJECTA 1 1 90 60 1-ALVEJAMENTO 1 1 80 45 2-ALVEJAMENTO 1 1 80 65 2-ALVEJAMENTO 2 1 80 65 1-MERCERIZADEIRA 1 1 80 45 2-MERCERIZADEIRA 1 1 80 45 2-MERCERIZADEIRA 2 1 80 45 1-TERMOSOL 1 1 60 38 1-PAD DRY 1 1 70 60 2-PAD DRY 1 1 60 50 1-FOULARD 1 1 70 60 2-FOULARD 1 1 60 50 PRE LAVAGEM ALV 1 70 40 1-LAVADEIRA 1 1 70 42 1- LAVADEIRA TERMOSOL 1 60 41 2-LAVADEIRA 1 1 60 50 ESTAMPARIA 2 75 20 1-POLIMERIZADEIRA 1 1 70 22 1-POLIMERIZADEIRA 2 1 70 22 1-RAMA 1 1 70 35 1-RAMA 2 1 70 34 1-RAMA 3 1 70 39 1-RAMA 4 1 70 30 2-RAMA 1 1 75 36 2-RAMA 2 1 75 39 2-LIXADEIRA 1 1 70 25 2-LIXADEIRA 2 1 70 25 2-LIXADEIRA 3 1 70 25 2-LIXADEIRA 4 1 70 25 1-SANFORIZADEIRA 1 1 85 45 1-SANFORIZADEIRA 2 1 85 45 2-SANFORIZADEIRA 1 1 85 45 2-SANFORIZADEIRA 2 1 85 45 TEARES GMM 141 82,4 0,42 CAPACIDADE TOTAL INSTALADA MÁQUINAS CAPACIDADE INSTALADA (min/ano) INSTALADOS Anexo 3 - Capacidade Instalada da Fábrica 185760 185760 185760 185760 222912 222912 222912 222912 334368 297216 297216 297216 297216 297216 297216 222912 260064 222912 260064 222912 260064 260064 222912 222912 557280 260064 260064 260064 260064 260064 260064 278640 278640 260064 260064 260064 260064 315792 315792 315792 315792 43164679,68 54050215,68