DOSES DE BIOATIVADOR E DESENVOLVIMENTO DE MILHO
LUVISETO, Alex1
ZEIST, Camila1
COPATTI, Edgar1
MUNARO, Jaqueline1
CUNHA, Laerte1
GRAHL, Mártin1
DALLAGNOL, Lilian²
MATTEI, Greice2
MEIRELES, Ronaldo²
URIO, Elisandra²
WEIPPERT, Rosângela²
[email protected]
RESUMO: O milho (Zea Mays L.) representa uma das mais importantes culturas da agricultura, devido a sua
versatilidade de uso, que vai desde a alimentação animal até a indústria de alta tecnologia. O objetivo deste
trabalho foi avaliar a estrutura de plantas, o desenvolvimento radicial e a produtividade de milho em diferentes
doses de bioativador utilizado no tratamento de sementes. O experimento foi implantado no Campus III da
Faculdade IDEAU, Getúlio Vargas - RS. O delineamento foi na forma de blocos ao acaso com quatro repetições
e quatro tratamentos (Testemunha, 150 ml ha-1, 250 ml ha-1 e 400 ml ha-1). O estudo foi conduzido durante a
safra de verão 2014/2015. As variáveis analisadas foram estatura de plantas em estádios V3 e V6, comprimento
de raízes em V6 e produtividade de grãos em maturação fisiológica. Os dados foram submetidos a analise de
variância (ANOVA) e as médias comparadas por teste de Tukey considerando 5% de probabilidade de erro.
Neste contexto o uso de bioativador mostrou diferença estatística para estatura de planta e comprimento de raiz,
porém a produtividade final de grãos nos dados não diferiu.
Palavras chaves: Zea Mays, aminoácido, desenvolvimento radicial.
SUMMARY: Corn (Zea Mays L.) is one of the most important crops of agriculture, due to its versatility of use,
ranging from animal feed to the high-tech industry. The objective of this study was to evaluate the plant height,
root length and grain production in physiological maturity of grain production. The experiment was established
in Campus III of IDEAU School, Getulio Vargas - RS. The design was in the form of blocks with four
replications and four treatments (control, 150 ml ha-1, 250 ml ha-1 and 400 ml ha-1). The study was conducted
during the summer season 2014/2015. The variables constituted in plant height in V3 and V6 plant height and
root length and time of physiological maturity was held on evaluation of end grain production. Data were
submitted to analysis of variance (ANOVA) and means compared by Tukey test considering 5% probability of
1
Acadêmico do Curso de Agronomia – Faculdades IDEAU
2
Docente do Curso de Agronomia – Faculdades IDEAU
2
error. In this context the use of bioactivator showed statistical difference for plant height and root length, but the
final grain yield in the data did not differ.
Key words: Zea Mays, amino acid, root development.
1 INTRODUÇÃO
A agricultura está em constante processo de geração de novos conhecimentos,
buscando, através da pesquisa, conhecer as causas dos efeitos do uso de diferentes substâncias
para a obtenção de maior eficiência na produção agrícola. O desenvolvimento e a
produtividade das culturas são controlados, além de fatores genéticos e ambientais ou tratos
culturais, por fatores fisiológicos ou hormonais. Além dos macro e micronutrientes essenciais,
o uso de bioativadores, também conhecidos no mercado como aminoácidos de última geração,
usados nas culturas agrícolas, tem-se intensificado, obtendo resultados importantes nas
lavouras, o que gera uma necessidade de se conhecer, com maior detalhe, o funcionamento
desses compostos químicos nas plantas. A utilização dessas substâncias aumenta de
importância na medida em que aumenta o potencial genético das culturas e a ausência de
fatores limitantes de clima e solo, quando se objetiva a obtenção de altos rendimentos e a
melhoria da qualidade do produto colhido durante o ciclo de desenvolvimento das culturas
(FLOSS & FLOSS, 2007).
Bioativadores são compostos que incluem aminoácidos e auxiliam o equilíbrio
hormonal das plantas, além de modificar ou alterar diversos processos fisiológicos e
metabólicos, estimulando o desenvolvimento radicial, e que consiste uma mistura de dois ou
mais reguladores vegetais. Esses compostos, dependendo de sua composição, concentração e
proporção estimulam o crescimento vegetal através de uma maior divisão celular, elongação
celular e diferenciação celular, e dessa forma, aumentam a capacidade de absorção de
nutrientes e água, refletindo diretamente na germinação de sementes, crescimento e
desenvolvimento, floração, frutificação, senescência, amenização dos efeitos de estresses
bióticos e abióticos (pragas, doenças, estiagens, mudanças drásticas na temperatura...) que
refletem diretamente na produtividade da cultura. Dos 20 aminoácidos necessários para a
planta, destacam-se alguns: alanina, glicina, lisina arginina, prolina e hidroxiprolina (FLOSS
& FLOSS, 2007).
Os aminoácidos, também chamados de bioativadores ou enraizadores, são moléculas
que contêm simultaneamente grupos funcionais amina e ácido carboxílico. Em bioquímica,
este termo é usado como termo curto e geral para referir os aminoácidos alfa, ou seja, aqueles
3
em que as funções amino e carboxilato estão ligadas a um carbono alifático, denominado
carbono-alfa (carbono-α). Pelo menos um átomo de hidrogênio está ligado a este carbono. A
esfera de coordenação do carbono-α é completada com a presença de uma cadeia lateral,
diferente para diferentes aminoácidos. Os aminoácidos α, que seriam glicina, alanina, leucina,
valina, isoleucina, prolina, fenilalanina, serina, treonina, cisteína, tirosina, asparagina,
glutamina, aspartato, glutamato, arginina, lisina, histidina, triptofano, metionina, sendo
constituintes de todas as proteínas e peptídeos (FLOSS & FLOSS, 2007).
Coelho (2006) afirma que os aminoácidos participam diretamente no metabolismo das
plantas e suas funções estão relacionadas aos aspectos fisiológicos e biológicos. Os seguintes
benefícios têm sido mencionados: a) aumenta emissão de radicelas; b) maior absorção de
nutrientes; c) função quelatizante, facilitando a absorção de outros componentes na planta; d)
maior assimilação de nutrientes pelas células vegetais; e) estímulo ao crescimento acelera a
maturação e aumento da produtividade. As melhores respostas dos aminoácidos nos trabalhos
publicados na literatura têm sido em situações de estresses das plantas, tais como nutricional,
climático, fitotoxicológico, hídrico, etc.
O milho é uma das culturas mais importante para a agricultura brasileira, pertencente
ao reino Plantae do filo Magnoliophyta e da classe Liliopsida, também faz parte da ordem
Proles da família Poaceae, seu gênero é Zea e sua espécie Zea mays (RAVEM et al., 2011).
É uma cultura importante não só no aspecto quantitativo, como também no aspecto
qualitativo, sendo uma das bases da alimentação animal e, consequentemente, humana. Esse
cereal é uma das principais fontes de alimentos para criações, principalmente suínos e aves,
quer via ração quer via silagem de planta inteira e de grãos úmidos, também sendo usado
diretamente na alimentação humana. Além disso, serve como matéria prima para uma grande
variedade de produtos industriais como óleo, cola, álcool bebida, entre outros (VOLPE et al.,
2011).
A produção no Brasil tem-se caracterizado em duas épocas de plantio. Os plantios de
verão, ou primeira safra, na região sul Sudeste e Centro-Oeste. E segunda safra ou safrinha, na
região Centro–Oeste, Paraná e São Paulo. A segunda safra de milho foi introduzida pelos
agricultores com o objetivo de se ter mais uma opção de cultivo para o período de inverno.
Em alguns estados se tornou tão importante que substituiu quase que completamente o cultivo
do trigo. Dois fatores foram importantes para que isto acontecesse. O primeiro, necessidades
técnicas de rotação de cultura com soja, porém com a vantagem de se reduzir o tempo entre
safras de verão, e de produção de cobertura morta para solo no sistema de plantio direto,
assim, o milho safrinha, na maioria das vezes, passou a ser plantado em sucessão à soja logo
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após a sua colheita. O segundo diz respeito à crescente pressão de demanda por milho,
principalmente no período de "entressafra", causando, consequentemente, elevação dos preços
destes grãos nesse período (EMBRAPA, 2008).
O cultivo de milho cresceu muito em plantio de segunda safra, ou seja, ficando muito
sensível a estresses hídricos por ocasião de seu momento reprodutivo onde essa cultura
demanda de 7 a 8 mm de água por dia. O desenvolvimento da cultura pode ser afetado por
restrições ao crescimento do sistema radicial, devido ao caráter ácido do subsolo,
aumentando, assim os efeitos maléficos dos veranicos, que são afetados pelo solo, bem como
em relação à fase fenológica da cultura, que representa um componente significativo das
interações genótipo x ambiente (G x A) no rendimento de grãos (RODRIGUÊS et al., 2009).
O nível de produtividade observado na cultura do milho tem aumentado nos últimos
anos como a consequência do intenso melhoramento genético. Apresenta características
agronômicas importantes, como a elevada produção de grãos, uso desta cultura como
alternativa de rotação e sucessão de culturas, e inclusive à grande diversidade de épocas de
plantio, o mesmo permanece no campo durante praticamente todo o ano (WEBER, 2010).
Além desses pontos, as melhorias nas práticas culturais e de condução de lavouras, como a
prática de plantio direto, rotação de culturas e a adequada utilização de fertilizantes e
tecnologia do emprego de aminoácidos, vêm ajudando e elevar esses índices de produção.
Sonego (2012) afirma que as empresas produtoras de insumos têm investido no
desenvolvimento de novos produtos para a incorporação de bioestimulantes e aditivos às
sementes a cada ano, pois as mesmas são o principal insumo da agricultura moderna,
responsáveis por todo o potencial genético e produtivo que garante o sucesso do
empreendimento agrícola.
Para uma nutrição adequada e um bom desenvolvimento da planta, é de suma
importância que exista um sistema radicial bem disposto e desenvolvido no solo. Kluthcouski
& Stone (2003), relatam que as raízes são a parte das plantas menos conhecidas, estudadas,
entendidas e apreciadas, pelo fato de não poderem ser vistas, porém são elas que servem de
suporte à planta e atuam como a principal fonte, absorvendo e translocando água e nutrientes.
No sistema plantio direto, que não ocorre o revolvimento do solo, pode influenciar o
crescimento e a distribuição do sistema radicial nos primeiros anos de cultivo, devido à
compactação superficial do solo, caracterizada pelo aumento da densidade do solo e redução
de sua porosidade total (SANTANA, 2012). Depois de efetuada a semeadura do milho, em
condições normais de campo, a semente embebe água e começa a se desenvolver, sendo a
radícula o primeiro órgão a se alongar (BERTICELLI & NUNES, 2008). Bassoi et al. (1994)
5
citam que o crescimento do sistema radicial do milho está condicionado a fatores químicos,
físicos e biológicos do solo, o pH, o teor de alumínio trocável, a densidade global, a
armazenagem de água e a condutividade hidráulica influenciam o crescimento radicial.
Na cultura do milho as raízes concentram-se nos 20 cm superficiais, e a profundidade
efetiva de exploração depende do tipo de solo, sendo que o desenvolvimento mais intenso das
raízes do milho ocorre até a oitava semana após a semeadura. Para melhor formação da
arquitetura radicial objetivando maiores produtividades, pode-se optar pelo uso de
enraizadores, que estimulam e aumentam a formação de raízes, sendo que existe grande
evidência de que a arquitetura radicular é um aspecto fundamental da produtividade das
plantas, especialmente nos muitos ambientes caracterizados por uma baixa disponibilidade de
água e nutrientes, a estruturação do sistema radicular tem relação direta com o aumento da
produção (BETICELLI & NUNES, 2008).
Em muitas regiões agricultáveis ocorre o período de seca causando a deficiência de
nutrientes e vários outros fatores indispensáveis para o desenvolvimento e produção das
culturas. Com isso é necessário o bom desenvolvimento do sistema radicial para melhorar a
utilização de recursos que estão disponíveis. A partir daí busca-se a utilização dos
bioestimulantes que servem como alternativa potencial à aplicação de fertilizante para
estimular a produção de raízes (SANTANA, 2012).
O objetivo do presente trabalho foi avaliar a estatura de plantas, o desenvolvimento
radicial e a produtividade final de grãos de milho sob diferentes doses de bioativador,
utilizado no tratamento de sementes.
2 MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi conduzido na área experimental da Faculdade IDEAU, Campus III
no município de Getúlio Vargas localizado na região do Alto Uruguai no estado do Rio
Grande do Sul. Os solos predominantes no local são o Latossolo Vermelho Alumino férrico
húmico (Unidade de Erechim) e Nitossolo Vermelho Distroférrico latossólico (Unidade de
Estação) (EMBRAPA, 2006) e o clima da região é o fundamental úmido (f) e variedade
subtropical (Cfa) (KUINCHTNER & BURIAL, 2001), sendo a precipitação média anual é de
1781 mm.
O experimento foi disposto na forma de blocos ao acaso, com quatro tratamentos e 4
quatro repetições totalizando 16 parcelas. Os tratamentos testados foram: bioativador Nobrico
Star TS em três doses nas concentrações de 150 ml ha-1, 250 ml ha-1 e 400 ml ha-1 no
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tratamento de semente utilizando-se um misturador e a testemunha (sem aplicação de
produto).
As parcelas foram constituídas de três metros de largura e 4,5 m de comprimento,
totalizando área útil de 13,50 m2 por parcela. O hibrido de milho utilizado foi DOW 2A620
PW com tratamento de semente industrial com Thiametoxan e Fipronil com semeadura no dia
08 de novembro de 2014 sendo as sementes semeadas diretamente no campo. Para o controle
de pragas e plantas daninhas utilizou-se das técnicas necessárias e disponíveis na região para a
condução do experimento.
O espaçamento foi de 0,45 m para distâncias entre linhas e aproximadamente de 0,33
m entre plantas na linha. Foram semeadas 27 sementes em 4,5 m, numa profundidade entre 4
e 5 cm. Posterior realizou-se o raleio para ficar com população final de 66600 plantas ha-1. No
sulco de semeadura foram incorporados 250 kg ha-1 do fertilizante da marca Macrofértil, de
formulação 09-25-20.
Em cada uma das 16 parcelas foi coletada três plantas de milho para avaliação dos
dados de estatura de plantas, avaliada no estádio fenológico V3 e V6, e comprimento de
raízes, avaliado em estádio V6. Ambas variáveis foram obtidas com auxilio de uma trena. A
produtividade de grãos foi obtida em maturação fisiológica, tendo sido realizada a debulha
dos grãos de forma manual das espigas coletadas nas três plantas colhidas. Cada tratamento
foi pesada com auxilio de balança de precisão, sendo os valores armazenados e verificados o
teor de umidade, do peso total de cada tratamento foi efetuado o desconto (baseado em tabela
comercial) da umidade de grãos, chegando-se assim ao valor real de produtividade.
Os dados foram submetidos à análise de variância (ANOVA) e as médias comparadas
por teste de Tukey considerando 5% de probabilidade de erro.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A estatura de plantas de milho no estádio fenológico V3 foi maior quando aplicadas as
doses de 250 e 400 ml ha-1, as quais não diferiram entre si, mas sim dos tratamentos com dode
de 150 ml ha-1 e testemunha (Figura 1). Berticelli & Nunes (2008) analisando o uso de
tratamento com enraizador na cultura do milho não obteve diferença na altura de plantas e
diâmetro de colmo.
Estudo realizado por Klahold et al. (2006) em relação ao efeito do bioestimulante
Stimulate® aplicado via semente e via pulverização foliar no desenvolvimento e na
produtividade da soja (Glicine max) com variáveis, altura de plantas, massa seca de folhas e
7
número de vagens por planta não verificou diferença significativa entre os tratamentos. Para
as variáveis, massa seca de flores, massa seca de raízes, razão raiz/parte aérea e número de
flores por planta, verificou diferença estatística, de modo que alguns tratamentos foram
superiores aos da testemunha. Para produção e à produtividade não houve diferença
significativa em função da aplicação de bioestimulantes para o número de grãos por vagem.
Figura 1 - Estatura de plantas de milho em estádio fenológico V3.
A estatura de plantas em estádio fenológico V6 não diferiu significativamente entre as
doses testadas, mas sim quando comparadas à testemunha (Figura 2). Bertolini et al. (2010)
avaliando a produção de grãos de soja em função da aplicação de um bioestimulante aplicado
via sementes e via foliar em três estádios fenológicos da cultura V5, R1 e R5 mostrou que o
bioestimulante proporcionou incremento no número de vagens por planta e produtividade de
grãos tanto em aplicação via sementes quanto via foliar. Com relação ao aumento de
produtividade, o bioestimulante foi mais efetivo em fase reprodutiva.
8
Figura 2 - Estatura de plantas de milho em estádio fenológico V6.
O comprimento de raiz avaliado em estádio fenológico V6 foi proporcionalmente
maior conforme o aumento da dose (Figura 3). Houve diferença entre a maior dose e a menor
dose testada e a testemunha. Genegitz et al. (2008) avaliando o efeito de bioestimulantes nas
sementes de milho e sorgo não obteve diferença estatística entre os tratamentos para as duas
culturas. Porém o milho apresentou maior massa seca de raiz, maior comprimento e maior
superfície radicial quando comparado ao sorgo.
Figura 3 - Comprimento de raízes de milho em estádio fenológico V6.
9
Krenchinski et al. (2014) estudou parâmetros agronômicos na cultura do milho de
segunda safra com o uso de bioestimulante via tratamento de semente. Avaliou altura de
plantas, diâmetro de colmo, área foliar, produtividade dentre outras. O bioestimulante
propiciou um crescimento inicial superior à testemunha e na altura final das plantas tratadas
apresentou resultado significativo com relação às não tratadas. Para parâmetros vegetativos
como área foliar, diâmetro de colmo não apresentou diferença significativa. De acordo com
este estudo realizado, o uso do bioestimulante mostrou-se positivo melhorando especialmente
o crescimento das plantas, massa de mil sementes e aumentando a produtividade durante o
cultivo de segunda safra.
A produtividade de grãos não apresentou diferença significativa entre os tratamentos
(Figura 4). Neto et al. (2010) avaliando efeitos de diferentes bioestimulantes aplicados no
tratamento de semente de milho avaliou diversas variáveis dentre elas o diâmetro de colmo,
tombamento e produtividade. O uso de bioestimulante apresentou diferentes respostas,
mostrando que esses produtos têm efeitos agronômicos positivos para a cultura estudada
como redução do tombamento e maior incremento de produtividade.
Ferreira et al. (2007) avaliando o efeito do bioestimulantes Stimulate® e fertilizante
liquido Cellerate® aplicados via tratamento de sementes na cultura do milho realizado seis
meses antes da semeadura e na pré-semeadura, resultou em incremento na massa seca de raiz,
já para massa seca de parte aérea foi maior para as plântulas oriunda de sementes tratadas pelo
fertilizante. Quando as sementes tratadas com o bioestimulantes e pelo fertilizante na présemeadura observou maior desenvolvimento das plantas e consequentemente maior altura de
espigas. Para produtividade, número de espigas e número de plantas não houve diferença
significativa entre os tratamentos.
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Figura 4 - Produtividade de grãos de milho sob diferentes doses de bioativador.
Trabalho realizado por Alleoni et al. (2000) avaliando doses (0, 250, 0,375 e 0,750 l
-1
ha ) e fases de aplicação (semente, 3º trifólio, 15 dias após 3º trifólio e inicio do
florescimento) com o produto Stimulate® (mistura de reguladores vegetais: ácido indól
butírico, ácido giberélico e cinetina) na cultura do feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.) mostrou
que a aplicação nas sementes não proporcionou aumento significativo na produtividade assim
como no parcelamento das doses também não foi favorável. Rabêlo & Bayão (2015) afirmam
que os bioestimulantes exercem funções importantes no desenvolvimento do feijão, tornando
a planta mais resistente a estresses ambientais, trazendo benefícios para a planta quando da
utilização e aplicação de forma correta.
A legislação brasileira não reconhece a utilização de aminoácido nos cultivos o qual é
apresentado como um aditivo ou muitas vezes não compõe as características expressas nos
rótulos dos produtos. A difusão dessa tecnologia na maioria das vezes é feita através de
experimentos como este realizado pelos autores.
4 CONCLUSÃO
A estatura de plantas e o comprimento de raízes de milho foram proporcionalmente
maiores conforme o aumento da dose de bioativador. A produtividade de grãos não diferiu
entre os tratamentos testados, sendo indiferente o uso e a dose utilizada de bioativador.
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