UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA OBTENÇÃO DE UM SINO ATMOSFÉRICO DE RESGATE Por: Artur Almeida de Carvalho Orientador Prof. Nelsom José Veiga de Magalhães Rio de Janeiro 2012 2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA OBTENÇÃO DE UM SINO ATMOSFÉRICO DE REGATE Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do Mestre – Universidade Candido Mendes como requisito parcial para conclusão do curso se pós-graduação “Lato Sensu” e obtenção do grau de especialista em Gestão de Projetos. Por:. Artur Almeida de Carvalho 3 AGRADECIMENTOS A DEUS em primeiro lugar e, aos professores e colegas do curso de Gestão de Projetos, e aos amigos de trabalho da Diretoria de Engenharia Naval do Comando da Marinha. 4 DEDICATÓRIA Dedico esta monografia aos meus Pais, meus Avós, minha Esposa, minha Filha, meu Neto, meu Irmão e aos Amigos da Diretoria de Engenharia Comando da Marinha. Naval do 5 RESUMO A presente monografia aborda a necessidade das organizações governamentais pautarem suas obtenções pelas modernas técnicas de gerenciamento de projetos, amplamente consagradas pelo mercado, capazes de possibilitar a melhoria do gasto público, dos padrões de qualidade das obtenções e o tempo dispendido para tal. Dentre as diversas ferramentas “Gestão de Projetos”, esta monografia exemplifica o gerenciamento do projeto de Obtenção de um Sino Atmosférico de Resgate, para a Marinha do Brasil, pautado nas técnicas de gerenciamento de projetos preconizadas pelo PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE. Dentro desse contexto, aborda inicialmente a definição dos requisitos técnicos de projeto e construção do Sino Atmosférico de Resgate, para a elaboração da Especificação de Contrato, ponto de partida para a abertura do projeto de obtenção. No capítulo seguinte, esta monografia apresenta a definição dos principais conceitos apresentados pelo PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE, necessários para o devido entendimento e aplicação das técnicas utilizadas. Finalizando esta monografia, o último capítulo exemplifica o gerenciamento do Projeto de Obtenção do Sino Atmosférico de Resgate para a Marinha do Brasil, aplicando as técnicas de gerenciamento de projetos preconizadas pelo PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE. Com essa proposta, esta monografia pretende apresentar a necessidade da evolução nas técnicas de gerenciamento de projetos aplicadas aos empreendimentos governamentais, tendo em vista que, nos dias de hoje, no contexto mundial é defendida a filosofia de fazer mais com menos e ambientalmente sustentável. 6 METODOLOGIA O trabalho será desenvolvido tomando como base o Guia do Conjunto de Conhecimentos e gerenciamento de Projetos (PMBOK, 4ª Edição), na literatura existente sobre gestão de projetos de diferentes autores, baseada nas técnicas preconizadas pelo PMI, consulta a websites, normas e regulamentos internos ostensivos que regulamentam as obtenções da Marinha do Brasil e documentação disponibilizada pelo curso de Gestão de Projetos do Instituto A Vez do Mestre – Turma K222. 7 SUMÁRIO IINTRODUÇÃO 8 CAPÍTULO I – O PRODUTO 10 CAPÍTULO II – O PROJETO SOB A LUZ DO GUIA PMBOK 28 CAPITULO III – PROPOSTA DE OBTENÇÃO DE UM SINO ATMOSFÉRICO DE RESGATE ADEQUADA AS PRÁTICAS DO PROJECT MANAGEMENT BODY OF KNOWLEDGE - PMBOK 33 CONCLUSÃO 66 ANEXOS 68 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 84 WEBGRAFIA PESQUISADA 85 ÍNDICE 86 FOLHA DE AVALIAÇÃO 90 8 INTRODUÇÃO A disciplina “Gerência de Projetos” surgiu nos Estados Unidos e seus conceitos principais têm raízes no século XIX. Seu percursor foi Henry Gantt, especialista em técnicas de planejamento e controle, que utilizou o gráfico de barras como uma ferramenta de gerência do projeto, associado às teorias de Frederick Winslow Taylor da administração científica. O início da era moderna da gerência de projetos foi na década de 50. Antes disso, os projetos eram controlados utilizando-se basicamente os gráficos de Gantt, técnicas informais e ferramentas simples. Naquele tempo, dois modelos do projeto matemático foram desenvolvidos: o PERT (Program Evaluation and Review Technique), desenvolvido como parte do programa do míssil do submarino “Polaris”, pela Marinha Americana, conjuntamente com a Lockheed Corporation; e o CPM (Critical Path Method), desenvolvido em conjunto por DuPont Corporation e Remington Rand Corporation, para projetos de manutenção de plantas industriais, espalhando-se rapidamente em muitas empresas. Em 1969, o Project Management Institute (PMI) iniciou o desenvolvimento de uma metodologia de gerenciamento para servir aos interesses das mais diversas empresas, da indústria de software à indústria da construção. Em 1981, os diretores do PMI autorizaram o desenvolvimento de um guia de projetos, o Project Management Body of Knowledge, contendo os padrões e as linhas mestras das práticas que passaram a ser amplamente utilizadas. Nos tempos atuais, há uma série de recursos disponíveis aos profissionais ligados ao desenvolvimento de um projeto que, sem uma utilização adequada dessas ferramentas, fica difícil um bom desenvolvimento de qualquer projeto. 9 No nosso caso, vamos estudar e aplicar passo a passo, as técnicas de gerenciamento de projetos preconizadas pelo PMI para a obtenção de um Sino Atmosférico de Resgate, desde a geração da necessidade até sua entrega e operação. Desde a década de 1970, levando em conta a vastidão do Atlântico Sul, natural teatro de nossas operações navais, e a magnitude de nossos interesses no mar, a Marinha do Brasil (MB) constatou, desde logo, que, no que tangia a posse de submarinos convencionais, não era o bastante para o cumprimento de sua missão constitucional de defender a soberania, integridade territorial e interesses marítimos do país. Tornava-se então mister a aquisição de novos submarinos convencionais. A partir do momento em que a Marinha do Brasil (MB) teve seus cinco novos submarinos IKL-209, incorporados a sua frota naval, por volta dos anos 90, surgiu a necessidade da obtenção de um Sino Atmosférico de Resgate para incorporar-se ao Navio de Socorro Submarino, NSS “Felinto Perry”, com a finalidade de resgatar a tripulação de submarinos sinistrados. Então temos aí a necessidade geradora, ou seja, a necessidade de socorrer com alta confiabilidade, a tripulação de submarinos sinistrados, até 300 metros de profundidade. 10 CAPÍTULO I O PRODUTO 1.1 – Considerações Iniciais O Sino Atmosférico de Resgate (SAR) consistirá, fundamentalmente, de um compartimento habitável, mantido a pressão atmosférica, e uma saia de acoplamento, livremente alagada. A figura 1.1 apresenta o Sino Atmosférico de Resgate (SAR), objeto do nosso projeto. Figura 1.1 – Sino Atmosférico de Resgate – Marinha do Brasil A movimentação do SAR, após sua imersão, em direção ao submarino ou a superfície, será efetuada pela ação de um guincho hidráulico sobre o cabo de tração conectado ao submarino. Nessa situação, o cabo de sustentação não exercerá qualquer ação sobre o SAR, sendo recolhido ou liberado conforme a necessidade. A figura 1.2 apresenta um exemplo de sistema de imersão para o Sino Atmosférico de Resgate, objeto do nosso projeto. 11 Figura 1.2 – Sistema de Imersão do SAR – Fonte: PHOENIX INTERNATIONAL, (www.phnx-international.com/satfads.html), acesso em 29/11/2011. O suprimento de ar comprimido, óleo hidráulico e energia elétrica, além de conexões para comunicação, será efetuado através de um umbilical, manobrado por um carretel motorizado, fixado ao guindaste instalado a bordo do navio de salvamento de submarinos. 1.2 – Requisitos de Projeto e Construção do Produto 1.2.1 – Requisitos de Operação e Funcionamento O SAR será operado e monitorado a partir de um Painel de Controle Interno, instalado no próprio SAR, e um Painel de Controle Externo, instalado a bordo do navio de salvamento. 1.2.2 – Requisitos Dimensionais e de Desempenho a) O SAR será capaz de efetuar operações de resgate em submarinos sinistrados até uma profundidade de 300 metros, considerada valor contratual. O valor limite aceitável e o fator de variação deverão ser, respectivamente, 280 metros e 5 metros. b) O volume mínimo interno do compartimento habitável, sem descontar o volume ocupado pelos equipamentos instalados em seu interior, não será 12 inferior a 3,90 m3. Independente do atendimento ao requisito supracitado, a contratada deverá demonstrar, claramente, através do Desenho de Arranjo Geral, em todas as fases do processo (projeto básico e projeto de construção), que o espaço disponível no interior do compartimento habitável, após a instalação de todos os sistemas, equipamentos e componentes, é suficiente para transporte de oito pessoas, sendo dois tripulantes e seis resgatados. Nessa situação, será possível efetuar abertura ou fechamento das tampas de escotilhas e atuar qualquer comando ou dispositivo no interior do sino. A figura 1.3 apresenta um arranjo proposto para o Sino Atmosférico de Resgate, objeto do nosso projeto. Figura 1.3 – Arranjo do Sino Atmosférico de Resgate – Fonte: CONSUB Equipamentos e Serviços LTDA (1992). c) O guincho hidráulico, localizado na saia de acoplamento, efetuará a movimentação do sino, em direção ao submarino ou à superfície a uma velocidade não inferior a 20m/min, através de manobra com o cabo de tração conectado ao submarino. Essa velocidade é considerada valor contratual. O valor limite aceitável e o fator de variação deverão ser, respectivamente, 18 m/min e 0,5 m/min. 13 d) As características dos dispositivos de fixação do SAR ao submarino, assim como dos sistemas de esgoto, lastro e equalização, permitirão que as operações de acoplamento sejam efetuadas com o submarino inclinado de ângulos de 45 graus. 1.2.3 – Requisitos Ambientais Os sistemas, equipamentos, componentes, acessórios e instrumentos localizados no interior do compartimento habitável serão capazes de operar normalmente quando submetidos a uma pressão de 5 bar e os itens localizados externamente ao compartimento habitável, a uma pressão de 31 bar. 1.2.4 – Requisitos de Sistemas e Componentes 1.2.4.1 - Umbilical a) Deverá ser fornecido um umbilical, com 450 metros de comprimento, destinado a prover as funções de apoio entre o navio de salvamento e o SAR. b) O umbilical deverá ser capaz de prover as seguintes funções de apoio: i) suprimento de óleo hidráulico; ii) retorno de óleo hidráulico; iii)suprimento de ar comprimido; iv) equalização coma atmosfera/retorno de ar comprimido; v) energia elétrica; vi) comunicação telefônica; vii) comunicação visual; viii) sensor de profundidade. 14 c) Será incorporado ao umbilical um cabo de poliéster, de 12,5 mm de diâmetro, destinado a fornecer ao mesmo resistência a tração. Todo o umbilical receberá um revestimento de vinilona, ou similar, para proteção dos elementos internos. d) Ao longo da operação, o umbilical será fixado ao cabo de sustentação por meio de grampos, espaçados de 10 metros. e) A Contratada, deverá fornecer uma caixa para armazenagem do umbilical. A caixa será construída em aço; tubos serão soldados à borda superior a fim de evitar danos ao umbilical. A forma e dimensão da caixa irão assegurar que todo o comprimento do umbilical será armazenado sem quinas ou curvatura inadequada. A caixa será dotada de furos para drenagem e de vergalhão junto à borda, pelo lado externo, para permitir a fixação de uma cobertura de lona. 1.2.4.2 – Guincho a) O SAR será dotado de um guincho hidráulico, localizado na saia de acoplamento, destinado a manobrar o cabo de tração. b) A capacidade de tração do guincho será adequada para se sobrepor à flutuabilidade máxima do SAR e as forças de arrasto geradas a uma velocidade de 20 m/min. c) O tambor do guincho será capaz de armazenar, pelo menos, 360 metros de cabo de aço inoxidável, 7/16” de diâmetro, construção 6 x 37, a ser fornecido pela Contratada. Serão providos meios que garantam o ensarilhamento correto do cabo no tambor. d) O guincho será provido de uma embreagem, destinada a permitir a livre liberação do cabo e, consequentemente, a subida do SAR a uma velocidade superior à fornecida pelo guincho. 15 1.2.4.3 – Carretel Motorizado a) Deverá ser fornecido um carretel motorizado, a ser instalado próximo à extremidade da lança do guindaste de manuseio do SAR, destinado a efetuar as manobras de lançamento e recolhimento do umbilical. b) O carretel deverá ser atuado hidraulicamente, empregando a alimentação proveniente do próprio guindaste. c) Os valores de carga lateral (“grip”) e de tração exercidas pelo carretel irão assegurar um manuseio eficaz do umbilical, a uma velocidade não inferior a 20 m/min. d) Será fornecido um painel de comando para o carretel motorizado, incluindo controle de “grip” e velocidade; este painel deverá ser tão compacto quanto possível, de modo a ser incorporado ao comando e linhas de alimentação hidráulica do guindaste. 1.2.4.4 – Saia de Acoplamento e Acessórios a) A geometria da saia de acoplamento irá garantir a existência de um espaço vazio cujas dimensões sejam, no mínimo, aquelas indicadas na figura 4.4 do documento NAVSEA 0994-LP-013-9010. Esse espaço vazio permanecerá como tal na condição de abertura da tampa de escotilha do submarino, ou seja, com a tampa de escotilha do SAR já aberta. b) A geometria do anel de vedação será conforme indicado na figura 4.3 do documento citado acima. O anel de vedação será capaz de selar irregularidades na superfície da plataforma de até 3,2mm. c) Serão providos quatro esticadores, do tipo manilha- manilha, para auxiliar a fixação do sino ao submarino. O pino das manilhas terá um diâmetro de 28,5mm. Serão instalados oito olhais em posições adequadas da saia de acoplamento. 16 d) Será provida uma peça de proteção do anel de vedação, que envolva o anel quando o SAR não estiver em operação. 1.2.4.5 – Tampas de Escotilha e Visores a) O SAR será dotado de duas tampas de escotilha, sendo uma localizada no fundo do compartimento habitável, para acesso ao interior da saia de acoplamento e outra, na lateral do sino. b) A tampa de escotilha inferior será dotada de visor circular. Adicionalmente, o SAR será dotado de quatro visores, distribuídos pelo compartimento habitável. c) As tampas de escotilha possuirão meios de acionamento por ambos os lados. 1.2.4.6 – Dispositivo de Fixação do Cabo de Sustentação a) O SAR será dotado de um dispositivo destinado à fixação do cabo de sustentação. A carga nominal de trabalho do dispositivo levará em consideração as cargas dinâmicas causadas pelos movimentos do SAR durante as operações de lançamento e recolhimento. b) O dispositivo será dotado de recursos que possibilitem a liberação do cabo de sustentação, do interior do compartimento habitável. A liberação do cabo de sustentação será possível em condições em que a carga atuante no cabo seja igual a ate 150% da carga nominal de trabalho; nessa condição, o esforço sobre a alavanca de liberação não excederá 30 Kg. c) Será provido de um “rabicho”, fabricado de cabo de aço, destinado a efetuar a ligação entre o SAR e o cabo do guindaste de lançamento. Será provido, ainda, um flutuador, acoplado ao “rabicho”, destinado a eliminar o efeito do cabo de sustentação sobre o SAR. 17 1.2.4.7 – Sistema de Ar Comprimido a) O SAR será provido de um sistema de ar comprimido com pressão de operação de 70 bar (1000psi), alimentado pelo navio de salvamento através do umbilical. b) O sistema possuirá configuração e flexibilidade de operação que permitam a execução das seguintes funções: i) esgoto individual de cada um dos tanques de lastro e saia de acoplamento; ii) suspiro individual, durante o alagamento , de cada um dos tanques de lastro e da saia de acoplamento; iii) equalização da pressão da saia de acoplamento e do sino com a pressão interna do submarino, até o limite de 5 bar; iv) despressurização da saia de acoplamento e de cada um dos tanques de lastro para o interior do SAR ou diretamente para a superfície através do umbilical. c) O sistema de ar comprimido será capaz de executar qualquer uma das funções citadas no item anterior acima com o SAR operando cominclinações variáveis de 0 (zero) a 45 graus. d) A quantidade e localização das redes de esgoto e de suspiro serão compatíveis com a geometria dos tanques de lastro e da saia de acoplamento, visando evitar a retenção de agua ou a formação de bolsões de ar em qualquer condição de operação do SAR. e) Serão previstos meios que permitam verificar se os tanques de lastro ou a saia de acoplamento estão completamente cheios, após um processo de alagamento. 18 f) As características do sistema permitirão que sejam que sejam atendidos os seguintes requisitos de desempenho: i) tempo máximo de alagamento dos tanques de lastro igual a 30 segundos; ii) tempo máximo de esgoto dos tanques de lastro igual a 100 segundos; iii) tempo máximo de alagamento da saia de acoplamento igual a 30 segundos; iv) tempo máximo de esgoto da saia de acoplamento igual a 60 segundos; v) tempo máximo de despressurização da saia de acoplamento e dos tanques de lastro igual a 60 segundos; vi) taxa mínima de pressurização da saia de acoplamento e SAR igual a 0,5 bar/minuto. Os valores mencionados acima são relativos a uma profundidade de 300 metros para esgoto e de 30 metros para alagamento. g) Os seguintes pontos, no mínimo, possuirão monitoramento de pressão: i) pressão externa (profundidade); ii) pressão interna do SAR; iii) pressão no interior da saia de acoplamento; iv) pressão disponível do ar comprimido fornecido através do umbilical. h) Sempre que possível, os componentes do sistema (válvulas, manômetros, etc), serão agrupados por função ( esgoto – suspiro/alagamento – equalização/respiração) e instalados em locais de fácil acesso e visualização. 19 i) As redes de ar comprimido em contato com a água do mar deverão ser fabricadas em CuNi 90/10 ASTM-B466 706 ou CuNi 70/30 ASTM-B466 715. j) As redes de ar comprimido no interior do SAR deverão ser fabricadas CuNi 90/10 ASTM-B466 706, CuNi 70/30 ASTM-B466 715 ou Aço Inox AISI-316 Ti. k) As válvulas e acessórios em contato com a água do mar, deverão ter seu corpo fabricado em Bronze Alumínio ASTM-B148 95500 ou Bronze ASTMB62 e seus acessórios internos fabricados em Bronze Alumínio ASTM-B150 61400. m) As válvulas e acessórios no interior do SAR, deverão ter seu corpo fabricado em Bronze Alumínio ASTM-B148 95500, Bronze ASTM-B26 ou Aço Inox AISI-316 Ti, e seus acessórios internos fabricados em Bronze Alumínio ASTM-B150 61400 ou aço Inox AISI-316 Ti. 1.2.4.8 – Sistema de Esgoto e Lastro a) As operações de esgoto dos tanques de lastro e da saída de acoplamento permitirão uma rápida e eficiente saída de água neles contida quando da injeção de ar comprimido, devendo ser atendidos os requisitos de tempo estabelecido no item 1.2.4.7 f), qualquer que seja a configuração daqueles elementos. b) A quantidade e localização das redes de esgoto será compatível com a geometria dos tanques de lastro, conforme descrito no item 1.2.4.7 d). c) Serão previstos meios para um pronto alagamento dos tanques de lastro e saia de acoplamento. As válvulas de comando serão instaladas em local de fácil acesso, permitindo uma ordem lógica de acoplamento, em conjunto com as válvulas de ar comprimido para esgoto e dos suspiros, com meios para verificação do enchimento total dos mesmos, como descrito no item 1.2.4.7 e). 20 d) As redes de esgoto e lastro do SAR deverão ser fabricadas CuNi 90/10 ASTM-B466 706. e) As válvulas e acessórios do sistema de esgoto e lastro do SAR deverão ter seu corpo fabricado em Bronze Alumínio ASTM-B148 95500, e seus acessórios internos fabricados em Bronze Alumínio ASTM-B150 61400. d) A velocidade da água nas redes não excederá 3,5 m/s. 1.2.4.9 – Sistema de Controle Ambiental 1.2.4.9.1 – Suprimento de Oxigênio a) O SAR será dotado de um sistema destinado a restituir o oxigênio queimado pela respiração dos tripulantes. b) O sistema ira operar automaticamente e será composto basicamente de: i) um sensor de concentração de oxigênio; ii) uma válvula com abertura automática, acionada pelo sinal proveniente do sensor; iii) dispositivo de controle e ajuste da quantidade de oxigênio insuflado no SAR; iv) um ou mais reservatórios para armazenar oxigênio gasoso a alta pressão; v) redes, válvulas e acessórios. c) o insulflamento de oxigênio será feito próximo a entrada dos absorvedores de CO2 de forma a possibilitar uma maior homogeneização da atmosfera do SAR. d) O volume de gás armazenado fornecera uma autonomia ao SAR de 240 homens/hora, no mínimo. 21 e) Serão previstos, ainda, meios que possibilitem o insulflamento manual de oxigênio no caso de falha no sistema automático. f) Todas as redes, válvulas e reservatórios do sistema de oxigênio serão capazes de resistir a 150% da máxima pressão existente no sistema, sem danos ou avarias. g) Os reservatórios de O2 possuirão indicadores de pressão e dispositivos externos para rápida recarga dos mesmos. 1.2.4.9.2 – Absorção de CO2 a) O SAR será dotado de um sistema destinado a absorver o dióxido de carbono gerado pela respiração dos tripulantes. A remoção desse gás do ar ambiente será realizada pela passagem do ar através de elementos absorvedores de CO2. b) O sistema será composto de cartuchos (“canisters’) com elementos absorvedores de CO2, e possuirá uma autonomia mínima de 30 horas, considerando o numero máximo de ocupantes do SAR. c) A circulação do ar através dos filtros absorvedores de CO2 será efetuada por meio de ventilação forçada produzida por ventiladores instalados nos filtros. d) A possibilidade de ocorrência de pressões acima da atmosférica será considerada no projeto do sistema, tendo em vista que a pressão interna do SAR poderá ser eventualmente equalizada com a pressão reinante no interior do submarino. e) O sistema possuirá pelo menos dois sistemas de filtragem de CO2 independentes e ira prever meios que possibilitem isola-los. 22 1.2.4.9.3- Analisadores de Gases a) O SAR será provido com analisadores automáticos, digitais, que permitam a avaliação da concentração de O2 e CO2 existentes na atmosfera do interior do SAR. b) Os analisadores irão incorporar alarmes sendo o de O2 de alta e baixa concentração e o de CO2 de alta concentração. c) O sensor de concentração de O2 do analisador poderá, possuir intertravamento eletro/eletrônico para sua utilização no sistema automático de insulflamento de O2. d) O SAR será provido, também, de um sistema alternativo (tipo ampola reagente) a ser utilizado em condições de emergência, para avaliação das concentrações de O2 e CO2. 1.2.4.9.4 – Materiais a) Serão empregados os seguintes materiais na fabricação dos componentes do sistema: i) rede de oxigênio: Aço Inoxidável AISI 316 Ti; ii) reservatórios de O2: Aço Cromo Molibdênio (34CrMo4) ASTM A-331 Grau 4135H ou 4137H; iii) as válvulas de O2 deverão ser fabricadas em Aço Cromo Molibdênio ASTM A-331 Grau 4340H; iv) As demais válvulas e acessórios deverão ter seu corpo fabricado em Bronze Alumínio ASTM-B171 Ca 630 ou Aço Inoxidável ASTM A 312 TP 316 N e seus acessórios internos fabricados em Aço Inoxidável ASTM A 312 TP 316N ou BS 970 EM 58. 23 1.2.4.10 – Sistema de Distribuição de Energia Elétrica 1.2.4.10.1 – Geral Todos os equipamentos instalados no SAR receberão alimentação em corrente continua através de um retificador/carregador estático instalado a bordo do navio de salvamento ou através de baterias instaladas no interior do SAR. 1.2.4.10.2 – Retificador/Carregador a) O retificador/carregador será projetado para: i) alimentar os consumidores do SAR e carregar e manter as baterias quando o SAR estiver estivado a bordo do navio de salvamento; ii) alimentar apenas os consumidores do SAR, considerando o comprimento de 450 metros do umbilical, quando o SAR estiver em operação normal. b) O retificador/carregador será projetado para funcionar dentro de suas características nominais, alimentado por um dos sistemas de bordo. c) Quando o SAR estiver estivado a bordo do navio de salvamento, o retificador/carregador carregara completamente as baterias num período máximo de 10 horas, considerando as baterias descarregadas. d) No retificador/carregador serão empregados somente componentes construídos de materiais não-higroscópicos e resistentes a corrosão. e) O resfriamento do equipamento será feito através da circulação natural de ar. 24 1.2.4.10.3 – Baterias a) A alimentação de emergência do SAR será feita por baterias que, em condições normais de serviço do SAR, ficarão em circuito aberto e, quando o SAR se encontrar a bordo do navio de salvamento, ficarão em regime de flutuação. b) as baterias ou o compartimento onde estas estiverem instaladas serão dotadas de filtro catalítico para eliminação do hidrogênio desprendido. c) As baterias possuirão válvulas de segurança para evitar derramamento eletrolítico, entrada de impurezas e explosão do elemento por ação de centelhamento externo. d) As baterias, em condições de emergência, serão capazes de alimentar o sistema de iluminação interna por 24 horas, o sistema de comunicação exterior por duas horas e o sistema de iluminação externa por uma hora. 1.2.4.10.4 – Painel de Distribuição do SAR O SAR irá dispor de um painel de distribuição que receberá energia elétrica do retificador/carregador e das baterias de emergência e distribuirá para os consumidores. Todas as cargas elétricas do SAR serão alimentadas através deste painel. 1.2.4.10.5 – Cabeamento a) O cabo para alimentação de energia elétrica instalado no umbilical possuirá as seguintes características: i) capa externa – Polietileno ou PVC; ii) isolamento – FEP, Polietileno ou PVC; iii) condutor bloqueado (water blocked). 25 b) Todos os cabos utilizados no cabeamento interior do SAR serão fogo-retardantes e livre de halogênio. c) O cabeamento externo será instalado conforme a prática “à prova de explosão”, assinalada pela classe 1, grupo D, divisão 1 do NEC. 1.2.4.11 – Sistema de Iluminação 1.2.4.11.1 – Iluminação Externa O SAR será provido externamente, de um número apropriado de luminárias hiperbáricas de modo a permitir a monitoração do acoplamento através da câmara de TV. 1.2.4.11.2 – Iluminação Interna O SAR será provido internamente de um número apropriado de luminárias à prova de explosão de modo a permitir a monitoração interna do mesmo através da câmara de TV. 1.2.4.12 - Sistema de Comunicação e Sinalização a) O SAR possuirá os seguintes equipamentos de comunicação e sinalização: i) um intercomunicador, a ser instalado no painel de controle externo, acompanhado, no mínimo, de dois cabos telefônicos, de 450 metros, cada, integrantes do umbilical; três combinados de cabeça, a serem utilizados um pelo operador do navio de salvamento e os outros dois por operadores no SAR e dois alto falantes a serem instalados no SAR para comunicação SAR/navio de salvamento; ii) um equipamento de comunicação acústica submarina, com características que possibilitem a comunicação do SAR com o navio de salvamento e com o submarino avariado. Este equipamento será alimentado em 24 Volts pelo navio de salvamento e, em emergência, pelo grupo de 26 baterias do próprio SAR. Deverá, ainda, ser acompanhado, no mínimo, de dois transdutores e cabos para alimentação dos transdutores; iii) um sinalizador luminoso de acionamento automático por pressão; iv) um sinalizador VHF de acionamento automático por pressão; v) uma antena localizadora VHF, a ser instalada no navio de salvamento, para recepção e localização dos sinais emitidos pelo sinalizador de VHF, citado acima; vi) uma câmera de TV, instalada em caixa estanque para monitoração interna do SAR através do visor; vii) uma câmera de TV, instalada em caixa estanque, para monitoração do acoplamento do SAR com o submarino avariado; 1.2.5 – Requisitos Complementares 1.2.5.1 – Estabilidade e Balanço de Flutuabilidade a) O SAR será projetado de modo a ter estabilidade positiva em todas as condições de operação e carregamento. b) Haverá, no interior do compartimento habitável, meios adequados para o transporte de lastro alijável, na forma de 24 blocos de chumbo de 20 Kg, cada, destinado a compensar o peso do pessoal resgatado. c) O SAR terá uma flutuabilidade positiva não inferior a 500 Kg na seguinte condição: i) tanques de lastro vazios, compartimento inferior alagado, lastro alijável a bordo e dois tripulantes no compartimento habitável. d) Numa situação em que o SAR esteja flutuando livremente na superfície, na condição de carregamento acima, a altura metacêntrica do SAR não será inferior a 150 mm. 27 e) Nas operações de lançamento e recolhimento a passagem do SAR pela interface ar/água será feita como sino em condição de flutuabilidade negativa a fim de assegurar fatores dinâmicos aceitáveis nas cargas atuantes sobre o cabo de sustentação e respectivo dispositivo de fixação. 1.2.5.2 – Extinção de Incêndio O SAR será provido de um extintor portátil, do tipo água/gás, com capacidade para 10 litros. 1.2.5.3 – Isolamento Térmico O SAR possuirá isolamento térmico, constituído por espuma de neoprene, aplicada externamente ao casco, com 15 mm de espessura. Todos os requisitos de projeto e construção do Sino Atmosférico de Resgate apresentados neste capítulo, foram extraídos do documento BRASIL. Ministério da Defesa. Comando da Marinha. Diretoria de Engenharia Naval. MB-832/4-K11-596-001-Especificação de Contrato do Sino Atmosférico de Resgate. Rio de Janeiro, RJ, 1992, grau de sigilo OSTENSIVO. 28 CAPÍTULO II O PROJETO SOB A LUZ DO GUIA PMBOK 2.1 – Objetivo do Guia PMBOK O Guia PMBOK (The Project Management Body of Knowledge), desenvolvido pelo Project Management Institute (PMI), atualmente na 4ª Edição, lançada em 2008, tem como objetivo, fornecer uma visão geral do conjunto de conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas, com amplo reconhecimento de sucesso quando aplicáveis à projetos de pequeno e grande porte. O guia não pretende ser tratado como uma metodologia a ser aplicada integralmente em todos os projetos, cabendo à equipe de gerenciamento do projeto em consonância com os ativos de processos organizacionais e os fatores ambientais da organização determinar quais as práticas são adequadas para um projeto especifico. 2.2 – Projeto “Um projeto é um esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou resultado exclusivo. A sua natureza temporária indica um início e um término definidos” (PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE, 2008, p. 5). 2.3 – Gerenciamento de Projetos “O gerenciamento de projetos é a aplicação de conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas às atividades do projeto a fim de atender aos seus requisitos” (PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE, 2008, p. 6). 29 2.4 – Conceitos O Guia PMBOK possui um vocabulário padrão, elemento fundamental para se dialogar, escrever e aplicar os conceitos de gerenciamento de projetos. 2.4.1 – Stakeholders Pela definição de Castro (2011), são indivíduos, grupos ou organizações que podem influenciar positiva ou negativamente um projeto – os interessados. No nosso caso temos como exemplos de stakeholders: - Clientes e usuários - Patrocinador - Escritório de projetos - Gerentes de Projetos - Equipe do projeto - Fornecedores e parceiros comerciais 2.4.2 – Clientes e Usuários “Pessoas ou organizações que usarão o produto, serviço ou resultado do projeto. Os clientes/usuários podem ser internos e/ou externos em relação à organização executora” (PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE, 2008, p. 25). 2.4.3 – Patrocinador “A pessoa ou o grupo que fornece os recursos financeiros, em dinheiro ou em espécie, para o projeto e decide questões importantes que estão além do controle do gerente de projetos” (PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE, 2008, P. 25). 30 2.4.4 – Escritório de Projetos Segundo o (Project Management Iinstitute, 2008, p. 25), um escritório de projetos (Project Manegement Office, PMO) é um órgão ou unidade organizacional que centraliza e coordena o gerenciamento de projetos ou programas sob seu domínio. O PMO tem ainda a finalidade de apoiar as atividades de planejamento e controle e prover com informações especializadas às empresas para que possam, juntamente com seus executivos, planejar suas estratégias. Um PMO pode ter como objetivo, o apoio ao gerenciamento de projetos na forma de treinamento, bem como fornecer software, politicas padronizadas e procedimentos, e até o gerenciamento direto de projetos como parte interessada podendo ter responsabilidade direta ou indireta no resultado do projeto. O PMO tem como características importantes, mais não se limitando a elas: - Desenvolver as melhores práticas e normas de gerenciamento de projetos; - Centralizar o gerenciamento das comunicações entre gerentes de projetos, patrocinadores e partes interessadas dos projetos; - Monitorar prazos e orçamento dos projetos sob sua responsabilidade; e/ou - Servir como base de aconselhamento para gerente de projetos. 31 2.4.5 – Gerente de projetos Pela definição de Castro (2011), o gerente de projetos é a pessoa designada pela organização executora para atingir os objetivos do projeto. É o responsável pelo sucesso ou fracasso do projeto. Deve possuir conhecimento sólido das práticas de gerenciamento de projetos e possuir, entre outras características, flexibilidade, bom senso, liderança forte e habilidades de negociação. 2.4.6 – Equipe do Projeto “Uma equipe de projeto é composta pelo gerente do projeto, pela equipe de gerenciamento do projeto e por outros membros da equipe que executam o trabalho mas não estão necessariamente envolvidos com o gerenciamento do projeto” (PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE, 2008, p. 26). 2.4.7 – Processos “Um processo é um conjunto de ações e atividades inter-relacionadas, que são executadas para alcançar um produto, resultado ou serviço predefinido. Cada processo é caracterizado por suas entradas, as ferramentas e as técnicas que podem ser aplicadas e as saídas resultantes” (PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE, 2008, p. 37). 2.5 – Ciclo de Vida de Projetos Segundo o Project Management Iinstitute (2008), o ciclo de vida de um projeto consiste nas fases que ligam o inicio de um projeto ao seu fim. As fases de um projeto podem variar em função das necessidades de gerenciamento e controle da(s) organização(ões), a natureza do projeto e sua área de aplicação. De uma forma geral o ciclo de vida de um projeto pode ser estruturado com as seguintes fases: - Iniciação; 32 - Planejamento; - Execução; e - Conclusão. 2.6 – Processos de Gerenciamento de Projetos De acordo com o Project Management Iinstitute (2008), a aplicação de 42 processos, agrupados em 5 categorias de grupos de processos e 9 áreas de conhecimento em gerência de projetos, é sugerida pelo guia como uma forma consagrada para o sucesso no gerenciamento de projetos. O anexo 2 apresenta as áreas de conhecimento em gestão de projetos. 33 CAPÍTULO III PROPOSTA DE OBTENÇÃO DE UM SINO ATMOSFÉRICO DE RESGATE ADEQUADA AS TÉCNICAS DO PROJECT MANAGEMENTE BODY OF KNOWLEDGE PMBOK No capítulo a seguir será apresentada a proposta para gerenciamento da obtenção de um Sino Atmosférico de Resgate, estruturada de acordo com os grupos de processos sugeridos pelo PMI (2008). 3.1 – O Projeto - Considerações Iniciais Na área governamental, em especial a militar, a definição dos prérequisitos para um determinado equipamento ou meio naval, normalmente é feita pela alta administração e pelo pessoal que opera os meios, pois são os que vivenciam os óbices do habitat de trabalho e do manuseio dos aparelhos disponíveis. No nosso caso, a obtenção de um Sino Atmosférico de Resgate (SAR), verificando-se as peculiaridades dos requisitos apresentados no capitulo I para o meio a ser obtido, podemos observar que não apenas a alta administração e o pessoal operativo do meio define os pré-requisitos, mas temos a exigência de uma equipe multifuncional de engenheiros e técnicos de varias especialidades para definir os parâmetros técnicos do meio. Como definido, “Projeto é um esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou resultado exclusivo. A natureza temporária indica um início e um término definidos” (PROJECT MANEGEMENT INSTITUTE, 2008, p. 5). Como tal nosso projeto de obtenção do (SAR), será desenvolvido a partir dos requisitos apresentados no capitulo I, até a entrega ao setor operativo do meio. Para o sucesso do empreendimento, deveremos contar com uma 34 infraestrutura multifuncional qualificada e equipamentos, de modo a executar todas as fases do projeto em harmonia e dentro dos prazos previstos. 3.2 – Iniciando o Projeto As estruturas organizacionais dentro da área militar, normalmente são do tipo matricial, no nosso caso usaremos como base a Marinha do Brasil, que possui uma Diretoria Especializada para obtenções de meios navais, a Diretoria de Engenharia Naval. Essa Diretoria é composta de três superintendências, a saber: - Superintendência de Programas, onde estão lotados os gerentes de projeto, administradores, economistas e advogados que tratam de todos os aspectos relacionados à obtenção de meios navais; - Superintendência Técnica, dividida em departamentos, onde são tratados os aspectos puramente técnicos (projeto técnico básico e garantia da qualidade da construção) dos diversos projetos em execução por aquela diretoria. - Superintendência de Administração, dividida em departamentos, onde são tratados os aspectos burocráticos das aquisições, das finanças e os aspectos jurídicos dos diversos projetos. A Superintendência de Programas será tratada como um Project Management Office (PMO) e um gerente de projeto dessa superintendência deverá ser escolhido para gerenciar o projeto de obtenção do Sino Atmosférico de Resgate. A equipe do projeto deverá ser formada por funcionários da Superintendência de Programas, tais como, advogados, administradores e economistas, e funcionários dos demais departamentos da Superintendência Técnica, tais como, engenheiros, desenhistas e técnicos de diferentes áreas. 35 3.2.1 – Elaborando o Termo de Abertura do Projeto O termo de abertura do projeto tem por finalidade autorizar o início do projeto e fornecer ao gerente do projeto um mínimo de informações claras sobre seu projeto e, ao mesmo tempo dar ao gerente a autoridade necessária para usar os recursos da organização. O anexo 3 apresenta um exemplo de termo de abertura do projeto. O gerente do projeto é o receptor gerado pelo termo de abertura, não sendo ele, assim, o responsável pela sua criação. O gerente do projeto pode, eventualmente, participar da sua criação, dando apoio ao executivo que o emitirá. No nosso caso o termo de abertura deverá ser elaborado pelo Superintendente de Programas, juntamente com o gerente do projeto escolhido e deverá ser aprovado pelo Diretor ou pelo Vice-Diretor da Diretoria de Engenharia Naval. 36 3.2.2 – Identificando as Partes Interessadas As partes interessadas podem ser identificadas a partir da tabela 3.1 Tabela 3.1 – Como Identificar Partes Interessadas – Fonte: (MENDES, 2009, p. 115) CATEGORIA DESIGNAÇÃO PARTES INTERESSADAS Entrega dos resultados Responsáveis pela entrega dos produtos Equipe de projeto e alguns subordinados Uso dos produtos Usuários diretos ou indiretos dos resultados Usuários internos ou clientes do projeto Autoridade financeira Aprovam a liberação de fundos ou provisão Executivos, patrocinadores do projeto, de recursos gerentes de negócios, financiadores, investidores e acionistas Contribuintes Fornecem insumos e serviços para o projeto Grupo de serviço, fornecedores e subcontratados Suporte a produtos Asseguram que os produtos estão Grupos de suporte técnico disponíveis para uso Analise/auditoria Afetados pelos resultados Asseguram que os processos apropriados Grupo de revisão técnica, grupos de são seguidos e que a qualidade dos qualidade, grupos de consumidores, produtos gerados cumpre os padrões auditores, agências reguladoras e adequados agências ambientais Afetados pelos produtos ou resultados do Público, imprensa, sindicato, projeto concorrentes, organizações de negociação Projetos relacionados Podem afetar a capacidade de o projeto Outros gerentes de projetos, outras alcançar seus objetivos equipes de projeto (internos e/ou externos) No projeto de obtenção do Sino Atmosférico de Resgate identificam-se as principais partes interessadas: - O patrocinador do projeto: Marinha do Brasil, representada pelo Diretor ou Vice-Diretor da Diretoria de Engenharia Naval; - O cliente: Comando da Força de Submarinos; 37 - O gerente do projeto: O GP será designado pelo Superintendente de Sistemas de comum acordo com o Diretor ou Vice-Diretor da Diretoria de Engenharia Naval; - A equipe de projeto ou PMO: A equipe do projeto deverá ser formada por funcionários da Superintendência de Programas, tais como, advogados, administradores e economistas, e funcionários dos demais departamentos da Superintendência Técnica, tais como, engenheiros, técnicos e desenhistas de diferentes áreas. - O construtor: Empresa contratada através de licitação publica, regida pela LEI 8866, de 21 de junho de 1993, que institui normas para licitações e contratos da Administração Publica, e com grande experiência na construção de equipamentos de Mergulho. 3.3 – Planejando o Gerenciamento do Projeto 3.3.1 – Desenvolvendo o Plano de Gerenciamento do Projeto De acordo com o PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE (2008), o plano de gerenciamento do projeto define como o projeto será executado, monitorado, controlado e encerrado. O plano de gerenciamento do projeto é o processo de documentação das ações necessárias para definir, preparar, integrar e coordenar todos os outros planos de gerenciamento auxiliares e linhas de base dos processos de planejamento, incluindo mas não limitado a: - plano de gerenciamento do escopo do projeto; - plano de gerenciamento do tempo; - plano de gerenciamento dos custos; - plano de gerenciamento da qualidade; 38 - plano de gerenciamento de pessoal; - plano de gerenciamento das comunicações; - plano de gerenciamento dos riscos; e - plano de gerenciamento das aquisições. a) Plano de Gerenciamento do Escopo do Projeto Segundo o Project Management Iinstitute (2008), o plano de gerenciamento do escopo fornece a orientação sobre como o escopo será definido, documentado, verificado, gerenciado e controlado pela equipe de gerenciamento do projeto. O plano de gerenciamento do escopo tem como componentes básicos: i) A declaração do escopo do projeto; ii) A criação da estrutura analítica do projeto (EAP); iii) A Matriz de responsabilidades iv) A criação de um processo de verificação e aceitação formais das entregas do projeto terminadas; v) A criação de um processo de controle das solicitações de mudanças da declaração do escopo. a.1) Declaração de escopo do projeto De acordo com o Project Management Iinstitute (2008), a declaração de escopo do projeto descreve em detalhes, as entregas do projeto e o trabalho necessário para criar essas entregas. No nosso projeto a declaração de escopo deverá ser elaborada pelo gerente do projeto com a participação das partes interessadas, entre elas a Contratada e a Força de Submarinos, devendo a mesma ser aprovada pelo 39 Diretor ou Vice-Diretor da DEN. O anexo 4 apresenta um modelo a ser utilizado para o projeto em questão. a.2) A criação da EAP do projeto Segundo o Project Management Iinstitute (2008), a EAP é uma decomposição hierárquica orientada à entrega do trabalho a ser executado pela equipe de projeto, para atingir os objetivos do projeto e criar as entregas necessárias. A EAP organiza e define o escopo total do projeto. O anexo 5 apresenta a EAP para o nosso projeto. a.3) A Matriz de responsabilidade A matriz de responsabilidade é “uma estrutura que relaciona o cronograma do projeto com a estrutura analítica do projeto para ajudar a garantir que cada componente do escopo de trabalho seja atribuído a uma pessoa responsável” (PMI, 2008, p. 435). O anexo 6 apresenta a Matriz de Responsabilidade do nosso projeto. a.4) Processo de verificação e aceite das entregas do projeto A contratada deverá submeter a à aprovação da DEN os documentos produzidos para o projeto, construção e aprovação do produto, conforme definido no Contrato, de acordo com as datas estabelecidas no mesmo. A partir de data de recebimento, a DEN terá 20 (vinte) dias úteis para devolver o documento analisado à contratada. No caso de a DEN considerar o documento “APROVADO”, a contratada receberá 1 (uma) via do documento aprovado. No caso da DEN considerar o documento como “NÃO APROVADO” ou “APROVADO COM RESTRIÇÕES”, a contratada receberá 2 (duas) vias do documento juntamente com o Relatório de Não Conformidades. A contratado deverá reapresentar o documento em 3 (três) vias, no prazo de 15 (quinze) dias úteis, corrigidas as deficiências observadas. Toda vez que houver uma modificação que implique na alteração de um documento já anteriormente aprovado pela DEN, este documento será 40 ressubmetido à aprovação. O anexo 7 apresenta um modelo de Relatório de Não Conformidades. a.5) Processo de gerenciamento de mudanças do escopo A MB, representada pela Diretoria de engenharia naval, já possui uma sistemática para gerenciamento das mudanças do escopo, onde tais mudanças poderão ser propostas por parte da MB quanto por parte da contratada. Para propor essas mudanças será utilizado um formulário próprio chamado Proposta de Modificação a Especificação de Contrato (PMEC), que aborda todos os aspectos relacionados à mudança, analisados, comentados e aprovados por todas as partes interessadas e envolvidas. As PEMEC aprovadas poderão originar termos aditivos ao contrato. As PMEC deverão ser incorporadas a documentação final do projeto. O anexo 8 apresenta o modelo de PMEC. b) Plano de Gerenciamento do Tempo Segundo o Project Management Institute (2008), o plano de gerenciamento do tempo do projeto, define e inclui processos necessários para gerenciar o termino pontual do projeto. A responsabilidade pela integridade do cronograma do projeto é do gerente do projeto e após a sua aprovação a linha de base do cronograma deverá ser salva. A partir dessa aprovação o gerente do projeto deverá garantir a constante atualização do cronograma mensalmente e identificar desvios que possam vir a acontecer, tomando ações corretivas para que a duração total do projeto não seja comprometida. Os processos de gerenciamento de tempo do projeto incluem as seguintes atividades: 41 i) definição das atividades – identificação das ações especificas a serem realizadas para produzir as entregas do projeto; ii) sequência das atividades – identificação e documentação dos relacionamentos entre as atividades do projeto; iii) estimativa dos recursos necessários às atividades – determinação dos recursos (pessoas, equipamentos, suprimentos e/ou materiais), e as quantidades de recursos que serão utilizados para realizar cada atividade; iv) estimativa da duração das atividades – a estimativa da duração é necessária para terminar as atividades do cronograma; e v) desenvolvimento do cronograma – analise de sequências das atividades, suas durações, recursos necessários e restrições do cronograma, visando criar o cronograma de projeto. O cronograma deverá ser dinâmico e realista e utilizando a técnica CPM (Critical Path Method) e aceleração por compressão. O anexo 9 apresenta um cronograma preliminar para o nosso projeto c) Plano de Gerenciamento de Custos O plano de gerenciamento de custo do projeto tem como objetivo principal controlar os custos necessários para que as atividades da execução do projeto cumpram o que foi definido no seu orçamento. Aqui se define também como será feita a atualização do orçamento. O orçamento do projeto está diretamente associado ao custo do contrato, feito através de processo licitatório, sendo fixo e irreajustável. Os custos associados ao nível de esforço (LOE – level of effort) não é aplicável. O cronograma de desembolso deverá estar vinculado necessariamente às entregas do projeto, conforme mostra o exemplo apresentado na tabela 3.2 O controle do orçamento deverá ser mensal e feito por meio da análise do valor agregado (EAV - earned value analysis). Essa técnica foi escolhida 42 pelo fato de permitir que se faça uma análise integrada de escopo, prazo e custo, mostrando desvios do cronograma e do orçamento. Tabela 3.2 – Exemplo de Cronograma de Desembolso - Fonte: Autor Evento Prazo (dias) 1 D 2 D+60 3 D+150 Descrição Data de Eficácia do Contrato Entrega da documentação técnica do projeto do Valor 5% SAR Entrega da documentação técnica do 5% detalhamento do SAR 4 D+250 5 D+310 6 D+310 Aprovação da documentação técnica do SAR 5% Aprovação da documentação do Apoio 5% Logístico integrado do SAR Aprovação da documentação da Garantia da 7 8 9 10 5% Qualidade do SAR Aprovação do pronto “Estrutural” 10 % Aprovação do pronto “Sistemas Mecânicos” 10 % Aprovação do pronto “Sistemas Eletro-eletronicos” do SAR 10 % Aprovação das provas de cais do SAR 20 % Aprovação das provas de mar do SAR 20 % Aceitação final 10 % D+460 D+490 D+520 D+560 11 D+600 12 D+615 Sempre que for identificada uma variação do orçamento maior que 5% do custo agregado do projeto ou uma variação maior que 20% para um item único do projeto, deverá ser conduzida uma reunião para identificar ações que 43 determinem a causa dessa variação e decidir medidas corretivas que serão necessárias d) Plano de Gerenciamento da Qualidade “Planejar a qualidade é identificar os padrões de qualidade relevantes para o sucesso de um projeto e determinar a forma de atingi-los”. (MENDES, 2009, p. 150). O Sino Atmosférico de Resgate deverá ser construído de acordo com a especificação de contrato que por sua vez deverá seguir os requisitos estabelecidos no capitulo I. Deverão ser elaboradas listas de verificação (checklist) de qualidade e formulários de testes, com o propósito de se verificar se as etapas especificadas foram cumpridas e com a qualidade requerida. Deverá ser utilizado também como ferramenta de controle da qualidade o diagrama de Pareto. e) Plano de Gerenciamento de Pessoal O plano de gerenciamento de pessoal tem como objetivo descrever quando e como serão atendidas as necessidades de pessoas para as atividades do projeto. A equipe do projeto deverá ser composta por um grupo de administradores, economistas, advogados, desenhistas, técnicos e engenheiros da DEN que atuam permanentemente neste tipo de atividade e que será responsável pela aprovação dos documentos e pelo comissionamento do SAR construído pela Contratada. No edital de licitação deverá constar que a composição mínima da equipe de projeto e construção da Contratada, deverá ser composta por profissionais com experiência comprovada e a obrigatoriedade de apresentação de relação nominal com a indicação do Registro ou inscrição no 44 Conselho Regional de Engenharia e Agronomia – CREA. No decorrer do contrato deverão ser feitas auditorias para verificação do cumprimento desta exigência. f) Plano de Gerenciamento das Comunicações O plano de gerenciamento das comunicações responde às seguintes questões: o que será informado, quem vai informar e receber a informação, e quando e como a informação será fornecida. Essas respostas ficam armazenadas na matriz de comunicação (Ver tabela 3.3), que deverá ser corretamente preenchida e, posteriormente, consultada e seguida pelo gerente do projeto e sua equipe para que as necessidades dos envolvidos no projeto sejam plenamente satisfeitas. Deverão também ser utilizadas as seguintes ferramentas de comunicação: i) Plano de ação – nesse plano deverão ser colocadas aquelas pendências que surgem no projeto, mas que não vale a pena colocar no cronograma como por exemplo, ações corretivas de problemas de qualidade. O plano de ação deve ser acessível a todos os interessados, em particular aos responsáveis pelas ações. (Ver Anexo 10); e ii) Histórico - Nele deverão ser registradas as principais ocorrências, problemas, decisões, entre outras informações, ordenadas pela data em que ocorreram. O histórico poderá ser usado na análise de lições aprendidas e nos inevitáveis problemas de conflito com a contratada. (Ver Anexo 11). Todas as comunicações documentadas e arquivadas. relevantes deverão ser devidamente 45 Tabela 3.3 – Matriz de Comunicação – Fonte: (MENDES, 2009, p. 155) Tipo de informação Meio de comunicação Periodicidade Reunião Acompanhamento das atividades Softwares SDOC e SPRC e Cronograma Relatório Mensal Mensal Gerente do projeto Carta Nos milestones Contratada Carta Nos milestones Gerente do projeto Contratada PMEC / Reunião Reunião Sob demanda Gerente do projeto Gerente do projeto Gerente do projeto Gerente do projeto Todos os stakeholders Todos os stakeholders Relatório de acompanhamento Entrega de documentação produzida Resultado da análise da documentação produzida Solicitação de mudanças Término do contrato / projeto Pesquisa de satisfação Questionário Gerente do projeto Responsável pelo pacote de trabalho Gerente do projeto Público-alvo Kickoff do projeto (reunião inicial) Registro das atividades Softwares SDOC e SPRC No início do projeto Sob demanda Responsável No término do contrato/projeto No término do projeto Todos os stakeholders Gerente do projeto Patrocinador / Gerente do navio Patrocinador / Gerente do navio Gerente do projeto g) O plano de Gerenciamento dos Riscos Segundo Mendes (2009), no plano de gerenciamento de riscos do projeto, deverá estar descrito como o gerenciamento de riscos estará estruturado e como será executado, incluindo metodologia, regras, responsabilidades e orçamento para gerenciar os riscos incluído nos custos do projeto. O gerenciamento de riscos tem como objetivo auxiliar o gerente do projeto, fazendo com que ele consiga isolar e minimizar os riscos inerentes ao projeto, eliminando-os sempre que possível ou então diminuindo os seus impactos negativos aos objetivos do projeto. 46 O processo de gerenciamento de riscos é composto de cinco etapas: Identificação, análise qualitativa, análise quantitativa, planejamento de respostas e monitoração e controle. O plano de gerenciamento de riscos descreve como elas deverão ser utilizadas durante o ciclo de vida do projeto. a) Identificação dos riscos A identificação dos riscos, consiste em determinar os riscos que podem afetar o projeto. Uma prática muito utilizada é categorizar esses riscos segundo a sua natureza e a risk breakdown structure (RBS) é a ferramenta utilizada para essa finalidade. A tabela 3.4 apresenta a RBS para o projeto. Deverá ser utilizada como ferramenta para a identificação dos riscos as técnicas de rainstorming, entrevista com especialistas e risk profile (lista de perguntas relacionadas a coisas que deram errado em projetos passados). 47 Tabela 3.4 – RBS (Risk breakdown structure) – Fonte: Adaptação (MENDES, 2009, p. 102) RBS – Projeto “Obtenção do Sino Atmosférico de Resgate” Categorias de riscos ---------- Riscos técnicos ----- Engenharia ----- Infra-estrutura -------- Riscos não-técnicos ----- Gerenciais ----- Prazo ----- Custo ----- Pessoal --------- Riscos legais ----- Contratações ----- Governamentais b) Análise qualitativa A análise qualitativa dos riscos consiste em priorizar os riscos identificados por meio da combinação da probabilidade de ocorrência e o respectivo impacto. Cada risco é priorizado de acordo com sua probabilidade de ocorrência e impacto nos objetivos, por meio das percepções dos especialistas, de acordo com as faixas estabelecidas nas tabelas 3.5 e 3.6. c) Análise quantitativa Para determinar a importância de um risco, não basta apenas ver sua probabilidade ou seu impacto isoladamente. É necessário levar as duas 48 dimensões em consideração simultaneamente. Um expediente simples e muito usado é o atribuir valores numéricos para a probabilidade e para o impacto (Ver tabelas 3.5 e 3.6) e multiplicar uma pela outra, de modo a obter uma estimativa da exposição ao risco. Tabela 3.5 – Probabilidade – Fonte: Adaptação (MENDES, 2009, p. 104) Tipo Descrição Valor numérico Baixa a probabilidade de ocorrência é baixa ou imperceptível 1 Média a probabilidade de ocorrência é razoável 2 Alta a probabilidade de ocorrência é alta, com risco iminente 3 Tabela 3.6 – Impacto – Fonte: Adaptação (MENDES, 2009, p. 105) Tipo Descrição Valor numérico Baixa o impacto é irrelevante para o projeto 1 Média o impacto é relevante para o projeto 2 Alta a probabilidade de ocorrência é alta, com risco iminente 3 d) Planejamento de respostas O planejamento de respostas aos riscos consiste em desenvolver ações para minimizar as ameaças e maximizar as oportunidades do projeto. Para os riscos negativos as estratégias podem ser eliminação, mitigação e transferência. Por outro lado, para os riscos positivos as estratégias são exploração, compartilhamento e melhoria. A tabela 3.7 apresenta as ações planejadas para os ricos identificados para o projeto 49 Tabela 3.7 – Matriz de riscos – Fonte: Adaptação (MENDES, 2009, p. 159) Categoria Gerencial Prazo Prazo Engenharia Prazo Contratações Pessoal Governamental Gerencial Infra-estrutura Custo Descrição do risco Probabilidade Impacto Tratamento Estimativa Indisponibilidade da Alto Alto documentação a ser utilizada na assinatura do Mitigação contrato 9 Atraso na entrega dos Alto documentos Alto Mitigação 9 Atraso na análise dos Alto documentos Alto Mitigação 9 Problemas de escopo e de Alto qualidade do projeto Alto Mitigação 9 Atrasos em atividades do Alto caminho crítico Alto Mitigação 9 Problemas no contrato Médio Alto Transferência 6 Pedido de demissão ou Baixo desvio de função de Alto recurso chave Eliminação 3 Não obtenção da verba Baixo Alto Eliminação 3 Desistência do projeto Baixo Alto Eliminação 3 Problemas com os Baixo softwares de apoio Médio fornecidos pela MB Mitigação 2 Gastos adicionais não previstos Baixo no orçamento Baixo Mitigação 1 Ação Providenciar a obtenção da documentação se possível antes da assinatura do contrato Criar cláusulas contratuais com multas para atrasos e vincular pagamento à entrega da documentação Atuar no gerenciamento do pessoal Adequado processo de seleção de fornecedores e definição correta das especificações Atuar no gerenciamento do pessoal e prever reserva de tempo Envolver o setor jurídico na elaboração do contrato Verificar grau de motivação desses recursos Incluir a contratação no orçamento Manter sempre alto grau de motivação do patrocinador para com o projeto Manter softwares atualizados e definição correta das especificações Pedir mais verba 50 e) Monitoração e controle A monitoração e controle dos riscos consiste em acompanhar riscos identificados, verificar se a sua qualificação sofreu alguma alteração, identificar novos riscos, executar o plano de resposta aos riscos, avaliando sua eficiência durante o Ciclo de vida do projeto. h) Plano de Gerenciamento das Aquisições Na condução de projetos, parte do escopo pode ser executado pela equipe do projeto e parte pode ser objeto de aquisição junto a terceiros. O primeiro passo para o gerenciamento das aquisições é, portanto, verificar o que será necessário contratar para o projeto, necessitando para isso tomar a decisão de fazer ou contratar os pacotes de trabalho constantes da EAP. No caso em questão, todos os pacotes relativos à execução do serviço objeto do projeto serão terceirizados. Para os pacotes a serem contratados, é necessário que a descrição do trabalho a ser realizado ou dos produtos a serem entregues seja elaborada com mais detalhes do que para aqueles que serão gerados pela equipe do projeto. Essa descrição, denominada no PMBOK de declaração de trabalho (statement of work - SOW), é chamada de Especificação de Aquisição na MB, e deve ser redigida de tal forma que permita que os fornecedores entendam o que será fornecido e possam apresentar as suas propostas, devendo ser clara, completa e concisa. Para a elaboração da especificação é importante que se conheça o mercado. Uma das formas de se conhecer o mercado é pela solicitação de informações (request for information - RFI). Assim,por fornecedores identificados como potenciais participantes de um processo de seleção, pode ser enviada uma RFI acerca do serviço que se deseja contratar. É importante que fique claro que não se deseja uma proposta, o que indicaria a intenção de utilizá-la para a seleção do fornecedor. A resposta de uma RFl deve conter necessariamente os preços estimados. 51 Por tratar-se de um tipo de serviço específico não disponível no mercado, é importante manter um cadastro de potenciais fornecedores de modo a facilitar o processo licitatório bem como incentivar as empresas a se estruturarem para a execução desse tipo de serviço. Por tratar-se de empresa pública, o processo de aquisição deverá seguir as regras constantes da Lei nº 8.666/93, que institui as normas para licitações e contratos da administração pública, e alterações posteriores. Visando diminuir os riscos, deverão ser observados os seguintes aspectos: i) O tipo de contrato deverá ser empreitada por etapas, sendo portanto o aceite e o pagamento feito de acordo com as entregas parciais quedeverão estar muito bem definidas. ii) Deverá ser prevista aplicação de multas para as seguintes situações: - atrasos nas entregas parciais; - não aprovação sistemática de documentos; e - reincidência de erros já apontados. iii) O processo de seleção do fornecedor deverá considerar não apenas o preço mas também aspectos técnicos, de formação da equipe e experiências anteriores. Alguns exemplos de avaliações que podem ser feitas são: referências corporativas (outras empresas onde o fornecedor já executou projetos), capacidade financeira (qual o capital do fornecedor) e qualificação do pessoal proposto para desenvolver o trabalho. Os procedimentos necessários para medição, faturamento e pagamento dos direitos da Contratada devem estar claramente explicitados no contrato. Assim, o período para apuração das receitas, os procedimentos para análise e 52 aprovação de medições, bem como o prazo para pagamento de faturas devem ser objeto de cláusulas contratuais. Durante a administração do contrato, deverão ser realizadas avaliações formais de desempenho do fornecedor. Isso será útil não somente para que a Contratada possa corrigir eventuais desvios, mas também poderá servir de subsídio no processo de seleção de fornecedores em futuras contratações 3.4 Execução A fase de execução consiste basicamente em fazer acontecer tudo aquilo que foi planejado e caracteriza-se por um forte trabalho em equipe, focalizado em cumprimento de prazos, metas, qualidade etc. 3.4.1 Reunião de Partida do Projeto (kickoff Meeting) A finalidade da reunião de partida é a de notificar formalmente todos os stakeholders que o projeto começou, e certificar-se de que todos tenham uma compreensão de suas funções (papéis) e responsabilidades. A reunião deverá ter uma pauta contendo os seguintes tópicos - introdução das pessoas na reunião; - apresentação do projeto; - definição e discussão sobre os papéis e responsabilidades; - cronograma do projeto; e - espaço para dúvidas e sugestões. 53 3.4.2 Contratação da Empresa No Brasil, as obtenções e aquisições são realizadas pelos órgãos públicos são regidas pela Lei 8666 de junho de 1993, que institui normas para licitações e contratos da Administração Publica e, conforme exposto em seu Artigo 2 temos: Art. 2 – As obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações, concessões, permissões e locações da Administração Pública, quando contratados com terceiros, serão necessariamente precedidas de licitação, ressalvadas as hipóteses previstas nessa lei. Parágrafo único. Para fins desta lei, considera-se contrato todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da Administração Publica e particulares, em que haja um acordo de vontade para a formação de vinculo e a estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a denominação. Desse modo, em cumprimento à lei, o Gerente do Projeto, deverá coordenar a montagem de um processo licitatório para a obtenção do Sino Atmosférico de Resgate Tão logo o contrato seja assinado, deverá ser promovida uma reunião inicial do contrato (kickoff meeting) visando estabelecer as bases para um adequado relacionamento e administração profissional do contrato. Na reunião inicial devem ser abordados e definidos (ou esclarecidos) aspectos tais como: - escopo dos trabalhos; - papéis e responsabilidades; - programações; - principais produtos e milestones; 54 - informações sobre a organização e contatos principais; - posicionamento quanto à importância do projeto para a organização; - processo de comunicação entre contratante e contratado; - stakeholders; - multas e punições; - plano de comunicação e solução de problemas; - processo para gerenciamento de mudanças; - premissas e restrições; - protocolos; e - resolução de reivindicações (claims). Para a condução da reunião inicial, devem ser observados aspectos tais como: - a reunião deve ser formal; - a agenda deve ser preparada e distribuída com antecedência; - cada parte deve indicar um representante que deverá ser o representante oficial durante a condução do contrato; - a ata deve ser formalizada e distribuída após a reunião; e - a reunião de kickoff deve ser conduzida, de preferência no local de execução dos trabalhos pelo fornecedor. 55 3.4.3 Reunião de Acompanhamento (Follow-up Meeting) A reunião de acompanhamento do projeto deve ocorrer com uma freqüência mensal, ou de forma extraordinária se for identificado algum ponto de risco no decorrer do projeto que demande uma medida corretiva ou tomada de decisão. As informações dos documentos de controle devem sempre embasar essas reuniões, considerando sempre o previsto versus o realizado no que tange a cronograma, custos e desenvolvimento. As medidas corretivas devem ser comunicadas a todos os envolvidos. Com base no cronograma, deverá ser atribuída especial atenção e garantir condições necessárias para o melhor desenvolvimento das seguintes atividades: - atividades críticas (aquelas que não possuem folga no cronograma); - atividades que representam "gargalos", ou seja, se atrasarem comprometerá um sem-número de atividades subseqüentes que dependem de sua conclusão; - atividades responsáveis por custos altos; - atividades que são conclusivas para etapas ou entregas parciais. 3.4.4 Relatório de Desempenho (Status Report) O relatório de desempenho, também chamado de relatório de status, tem a função de manter os stakeholders informados sobre o andamento do projeto. Ele permite a formalização do estágio de desenvolvimento do projeto em um determinado instante do tempo. Contém informações sobre como estão sendo executadas as atividades previstas no plano do projeto. O relatório de desempenho deverá focalizar os seguintes tópicos: - realizações em relação ao plano de trabalho; 56 - comentários sobre trabalhos que deveriam estar concluídos, mas estão atrasados; - problemas encontrados, impacto consequente e o que está sendo feito para resolvê-los; - solicitações de mudança de escopo; - novos riscos identificados 3.4.5 Garantia da Qualidade A garantia da qualidade deverá ser exercida por engenheiros e técnicos especializados da Diretoria de Engenharia Naval a partir da aplicação de Listas de verificação e Formulários de testes elaborados pela Contratada e aprovados pela DEN. As Listas de verificação e os Formulários de testes deverão ser aplicados as fases de projeto e construção do SAR 3.5 Controle “O controle é uma função gerencial que implica estabelecer padrões de desempenho, elaborar e aplicar técnicas de monitoramento e decidir ações corretivas. Essa fase ocorre de maneira simultânea à execução e monitora tudo aquilo que está sendo realizado em relação ao que foi planejado durante a fase de planejamento. O intuito do controle é tomar ações corretivas de modo a reconduzir o projeto à trajetória inicialmente delineada.” (MENDES, 2009, p. 185). Deverá ser aplicada a técnica de análise do valor agregado (EVAearned value analysis) para o controle do projeto, com utilização de marcos com valores ponderados para o cálculo do valor agregado. Os marcos deverão 57 ser os itens previstos no cronograma de desembolso do contrato de obtenção do Sino Atmosférico de Resgate. 3.5.1 A EAV Segundo MENDES (2009), podemos definir a EVA como a avaliação entre o que foi obtido em relação ao que foi realmente gasto e ao que se planejava gastar, no qual se propõe que o valor a ser agregado inicialmente para uma atividade é o valor orçado para ela. - Valor planejado (PV - planned value): o que estava planejado para acontecer no cronograma original até a data de status do projeto. Esse valor indica a parcela do orçamento que deveria ser gasta, considerando o custo da linha de base da atividade. Quando calculamos a soma dos valores orçados de todas as tarefas, passamos a ter o orçamento total do projeto (BAC - budget at completion). - Custo atual (AC - actual cost): o esforço real gasto até a data de status do projeto. Ou seja quanto efetivamente gastamos naquilo que executamos. Esse valor mostra os custos reais decorrentes do trabalho já realizado, provenientes dos dados financeiros. - Valor agregado (EV - eamed value): o que foi efetivamente realizado até a data de status do projeto. Ou seja, quando efetivamente executamos daquilo que planejamos. Esse valor indica a parcela do orçamento que deveria ser gasta, considerando-se o trabalho realizado até a data de status e o custo da linha de base para a atividade. Com base nas três variáveis apresentadas, podem-se proceder as análises de desempenho e de previsões em um momento determinado do projeto: a) Análise do desempenho - Variação de prazo - schedule variance): representa a diferença entre o trabalho realmente produzido e o que estava orçado até a data do status 58 (SV = EV - PV). Analisando os resultados possíveis temos: SV =O (cronograma em dia); SV > O (cronograma adiantado) e SV < O (cronograma atrasado). - Índice de performance de prazo (SPI - schedule performance index): representa a divisão entre o trabalho realmente produzido e o que estava orçado até a data do status (SPI = EV / PV). O resultado mostra a taxa de conversão do valor previsto em valor agregado. Analisando os resultados possíveis temos: SPI = 1 (cronograma em dia); SPI > 1 (percentual que estamos adiantados no cronograma) e SV < I (percentual que estamos atrasados no cronograma). - Variação de custo (CV - cost variance): representa a diferença entre o trabalho realmente produzido e o esforço realizado até a data do status (CV = EV - AC). Analisando os resultados possíveis temos: CV = O (dentro do orçamento); CV > O (abaixo do orçamento; gastamos menos do que estava previsto) e CV < O (estouro de orçamento). - Índice de performance de custo (CPI - cost performance index): representa a divisão entre o trabalho realmente produzido e o esforço realizado até a data do status (CPI = EV/AC). O resultado mostra a taxa de conversão dos valores reais consumidos pelo projeto em valor agregado. Analisando os resultados possíveis temos: CPI = 1 (dentro do orçamento); CPI > I (percentual que gastamos a menos no orçamento) e CPI < 1 (percentual que gastamos a mais no orçamento). - Índice de desempenho de custos de recuperação (TCPI – to complete performance index): representa o índice de desempenho de custo futuro que deve ser produzido para recuperar o CPI realizado até o momento, de modo a projetar um índice de desempenho de custo final igual ao orçamento original. Esse índice é calculado pela divisão entre o trabalho Restante (BAC - EV) pela verba restante (BAC - AC). Exemplificando: se com 50% dos custos orçados já incorridos, o projeto apresentar um CPI de 0,5, será necessário que os outros 59 50% do orçamento produzam um valor agregado tal que gere um TCPI = 1,5, para CPI final seja igual a 1. Sendo assim, podemos constatar que um TCPI excessivamente alto mostra a inviabilidade do cumprimento do orçamento original de um projeto. b) Análise de previsões A EAV oferece a possibilidade de análises de previsões (ou tendências) de duração e de custos para o projeto. No caso do projeto em questão, por tratar-se de empresa pública em que o custo do projeto não poderá variar, deverá ser utilizada apenas a análise de previsão de duração. - Duração estimada (TAC - time to complelion): representa a divisão entre a duração planejada e o índice de performance de prazo (TAC = PAC / SPI) até a data do status. - Índice de adiantamento/atraso na conclusão (DAC - delay al completion): mostra a previsão de quanto tempo um projeto poderá atrasar ou adiantar a partir da data de status. É o resultado da subtração da duração planejada e da duração estimada (DAC = PAC - TAC). Se o DAC for negativo, ele estará informando quanto teremos de atraso e, se for positivo, quanto teremos de adiantamento. A EAV oferece resposta para as questões usualmente geradas na fase de controle, conforme mostra a tabela 3.8. 60 Tabela 3.8 – Perguntas usuais da fase de controle respondidas pela EAV Fonte: (MENDES, 2009, p. 194) Perguntas Como a EAV resolve Como estamos com o nosso cronograma? SV (schedule variance) Com que eficiência estamos utilizando o nosso tempo? SPI (schedule performance index) Qual a previsão de término do projeto? TAC (time to complelion) Como estamos com o nosso orçamento? CV (cost variance) Com que eficiência estamos utilizando os nossos recursos? CPI (cost performance índex) Com que eficiência devemos utilizar os recursos restantes? TCPI (to complete performance index) 3.5.2 Controle da Qualidade O controle da qualidade deverá ser feito através da aplicação do diagrama de Pareto, que é um tipo específico de histograma, onde cada coluna mostra quantos defeitos foram gerados por tipo ou categoria de causa identificada. As colunas são organizadas por ordem decrescente de importância, da esquerda para a direita. A ordem de classificação é usada para direcionar a ação corretiva. A equipe do projeto deverá abordar em primeiro lugar as causas que estão gerando o maior número de defeitos. Os diagramas de Pareto estão conceitualmente relacionados com a Lei de Pareto, que afirma que em geral um número relativamente pequeno de causas é responsável pela maioria dos problemas ou defeitos. Essa regra é conhecida como o princípio 80/20, onde 80% dos problemas se devem a 20% 61 das causas. Os diagramas de Pareto também podem ser usados para resumir vários tipos de dados visando análises 80/20. A figura 3.1 mostra um exemplo de um diagrama de Pareto Figura 3.1- Diagrama de Pareto – Fonte: (PMBOK, 2008, p. 211) 3.6 Encerramento Sendo a última fase do ciclo de vida de um projeto, deve ser utilizada para sistematizar toda a documentação e submetê-la aos stakeholders de forma a possibilitar uma avaliação final e identificação dos erros que ocorreram, para que eles possam ser doravante evitados. Os projetos são encerrados normalmente por duas razões: sucesso ou fracasso. Para medirmos se um projeto obteve sucesso ou fracasso devemos analisar se ele atingiu seus objetivos de custo e cronograma, e se o produto gerado foi aceito com satisfação pelo cliente. 62 3.6.1 Encerramento do Projeto O objetivo desta seção é apresentar as ações que deverão ser tomadas para o procedimento de encerramento do projeto: - garantir que todos os deliverables do produto do projeto tenham sido entregues e aceitos pelo cliente; - revisar o status dos contratos do projeto para verificar se todos os requerimentos foram satisfeitos, mas é importante frisar que se um projeto não encerrou todos os seus contratos, então ele ainda não está encerrado; - notificar os stakeholders do encerramento do projeto; - garantir que todas as questões financeiras do projeto tenham sido encerradas; - documentar as lições aprendidas; - organizar toda a documentação do projeto; e - providenciar a emissão do Termo de aceite e encerramento do projeto, assinado pelo patrocinador. 3.6.2 Encerramento do Contrato O processo de encerramento de contratos consiste em assegurar que todos os aspectos administrativos relativos a um contrato estão concluídos, após a entrega dos produtos ou serviços pelo fornecedor e a correspondente verificação de escopo pelo cliente. (XAVIER, 2008, p. 100) Deverão ser observados os seguintes aspectos: a) Documentação para encerramento do contrato - emitidos pelo contratante: relatório de encerramento do contrato e termo de aceite; e 63 - emitidos pela contratada: atestado de existência reivindicações e relatório de encerramento do contrato. b) Verificação de conformidade com procedimentos É necessário verificar se os procedimentos estabelecidos para encerramento do contrato sob o prisma administrativo foram observados. Por exemplo, não se deve proceder ao pagamento final do fornecedor se o mesmo não houver concluído todos os procedimentos administrativos estabelecidos no contrato, como por exemplo a devolução da documentação de propriedade da MB utilizada para o desenvolvimento do trabalho. c) Auditorias de aquisições Auditorias de aquisições são uma análise estruturada de todos os processos de aquisições desde a decisão de contratar ou não até o encerramento de contratos, visando a identificação de lições aprendidas e a correção de procedimentos. São identificados os pontos positivos e os negativos (lições aprendidas), que poderão ser aplicados em um novo projeto. d) Aceitação e pagamento final o cliente procede à aceitação formal dos produtos ou serviços objeto do fornecimento e efetiva o pagamento final ao fornecedor. É verificado se todos os produtos e serviços constantes do escopo do contrato foram entregues. e) Arquivo do contrato - RFP; - contrato; - cronogramas; - alterações solicitadas e aprovadas; - documentações técnicas; 64 - aditivos ao contrato; - ordens de trabalho; - aprovação dos deliverables; - correspondências do contrato; - avaliações do contratado; - relatórios de desempenho; - cópias das faturas e pagamentos; e - resultados de fiscalizações A destruição dos arquivos relacionados com o fornecimento de produtos e serviços só deverá ser efetivada depois de ultrapassado o período de garantia contratual ou legal. Uma vez reivindicada a responsabilidade de qualquer das partes neste particular, elas poderão se defender utilizando todosos elementos e documentos gerados no âmbito da referida contratação. 3.6.3 Lições Aprendidas De acordo com Winston Churchíll, "aqueles que não estudam a história, estão condenados a repetir seus erros" (PINTO, 1998, p. 244 apud XAVIER, 2008, p. 103). Da mesma forma, no gerenciamento de projetos, tal Afirmativa é um dos pilares para o registro, a estruturação e o compartilhamento daquilo que se aprendeu como decorrência da condução do projeto e da correspondente administração de contratos. Assim, a definição e a Prática sistemática da elaboração e difusão das lições aprendidas conseqüentes da administração de contratos são, do ponto de vista do gerenciamento profissional de projetos, uma necessidade que deve ser percebida e internalizada por todos os membros da equipe do projeto. . As lições aprendidas, uma vez estruturadas, formalizadas e difundidas, passam a constituir o conjunto de informações históricas, que podem servir como 65 informações de entrada para a condução do gerenciamento de aquisições em projetos futuros. A lição aprendida nasce de um desvio do planejado que pode ser positivo (como, por exemplo, uma economia de custo ou de prazo) ou negativo (alguma atividade que não aconteceu conforme o planejado). No caso do desvio negativo, uma ação corretiva será executada, e o resultado deverá ser analisado. Ambos os desvios devem ser registrados, o que constitui o registro de lições aprendidas. O Anexo 11 apresenta o modelo para registro das lições aprendidas. 66 CONCLUSÃO Na área governamental, em especial a militar, a definição dos pré-requisitos para um determinado meio ou equipamento, normalmente é feita pela alta administração e pelo pessoal que opera os meios. No caso da obtenção de um Sino Atmosférico de Resgate foi observado que, para a elaboração da Especificação de Aquisição (futura Especificação de Contrato), condizente com as necessidades e peculiaridades dos requisitos exigidos para o meio em questão, é fundamental a criação de uma equipe multifuncional bem formada, composta de engenheiros e técnicos de varias especialidades, com experiência comprovada nesse tipo de equipamento naval, para definir os parâmetros técnicos. Com a criação do projeto para obtenção do Sino Atmosférico de Resgate, pautado pelas técnicas de gerenciamento de projetos preconizadas pelo PMI, sinalizou a possibilidade concreta de melhoria do gasto público, o que representa uma necessidade crescente, dado o atual contexto das finanças públicas. Assim sendo, a ferramenta “Gestão de Projetos” torna-se extremamente necessária para aumentar a eficiência da gestão dos gastos do setor público do país. Verificou-se então que para colocar em prática essa ferramenta, é necessário a nomeação de um Gerente de Projetos para conduzir a obtenção do Sino Atmosférico de Resgate, devendo este contar com uma formação acadêmica sólida e uma combinação de habilidades gerenciais, analíticas, administrativas e interpessoais. O Gerente do Projeto deverá coordenar a sua equipe do projeto, apontar as diretrizes e controlar toda a execução do projeto. O gerente do Projeto, como em toda a administração pública, é a figura fundamental na preparação da Licitação para a obtenção do Sino Atmosférico 67 de Resgate, coordenando juntamente com a área jurídica da sua equipe de projeto, a montagem do Edital da Licitação e seus diversos documentos. Na fase de execução da construção, que é a obtenção propriamente dita, é que observamos a dinâmica da ferramenta “Gestão de Projetos”, preconizada pelo PMI, com os devidos acompanhamentos e controles dos planos gerenciais de escopo, tempo, custo, qualidade, RH, comunicações, riscos e aquisições, tornando com isso a certeza da entrega de um Sino Atmosférico de Resgate dentro dos padrões de qualidade, tempo e custo estabelecidos no contrato. Na fase de encerramento do projeto, que se caracteriza pela entrega física do Sino Atmosférico de Resgate, e o encerramento do contrato oficialmente, vale lembrar a necessidade da aplicação dos conceitos de melhoria contínua durante todo o desenvolvimento dos programas de gestão, já que sua dinâmica requer o constante aperfeiçoamento dos métodos, processos e qualificação das equipes, principalmente no que tange a Administração Publica. 68 ANEXOS Índice de anexos Anexo 1 >> Abreviaturas; Anexo 2 >> Mapeamento de Grupos de Processos de Gerenciamento de Projetos e Áreas de Conhecimento; Anexo 3 >> Termo de Abertura do Projeto; Anexo 4 >> Declaração de Escopo; Anexo 5 >> Estrutura Analítica do Projeto no Formato Lista Hierárquica; Anexo 6 >> Matriz de Responsabilidades; Anexo 7 >> Relatório de Não Conformidades; Anexo 8 >> Proposta de Modificação à Especificação de Contrato; Anexo 9 >> Cronograma Resumido do Projeto; Anexo 10 >> Plano de Ação; Anexo 11 >> Registro de Lições Aprendidas 69 ANEXO 1 ABREVIATURAS DEN – Diretoria de Engenharia Naval MB – Marinha do Brasil PMBOK – Project Management Body of Knowledge (Guia do Conhecimento em Gerenciamento de Projetos) PMI – Project Management Institute PMO – Project Managemente Office SAR – Sino Atmosférico de Resgate 70 ANEXO 2 Mapeamento de Grupos de Processos de Gerenciamento de Projetos e Áreas de Conhecimento Fonte: (PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE, 2008, p. 43) 71 ANEXO 3 Termo de Abertura do Projeto Fonte: Adaptação (MENDES, 2009, p. 36)) TERMO DE ABERTURA DO PROJETO ELABORADO POR: DATA DE EMISSÃO: PROJETO CLIENTE GERENTE DO PROJETO PATROCINADOR JUSTIFICATIVADO PROJETO DESCRIÇÃO SUMÁRIA DO PROJETO OBJETIVOS DO PROJETO PRINCIPAIS RISCOS DO PROJETO MARCOS DO PROJETO DATA PRAZO FINAL DO PROJETO ORÇAMENTO SUMÁRIO APROVAÇÃO DO PATROCINADOR NOME E CARGO: DATA E HORA DA APROVAÇÃO: 72 ANEXO 4 Declaração de Escopo Fonte: Adaptação (MENDES, 2009, p. 145) Preparado por: Descrição do Projeto: Objetivo: Justificativa: Produto do projeto: Premissas: Restrições: Entregas do Projeto: Não Englobado no Escopo: Orçamento Total do Projeto: Aprovado por: 73 ANEXO 5 Estrutura Analítica do Projeto no Formato Lista Hierárquica Fonte: Adaptação (MENDES, 2009, p. 34) 74 PROJETO DE OBTENÇÃO DO SINO ATMOSFÉRICO DE RESGATE 1 GERENCIAMENTO DO PROJETO ---------- ---------- 1.1 1.2 1.3 ---------2 3 4 1.4 Termo de Abertura do Projeto ------------------------------------ 1.1.1 Elaborar TAP ------------------------------------ 1.1.2 Aprovar TAP Plano de Gerenciamento do Projeto ------------------------------------ 1.2.1 Declaração do Escopo ------------------------------------ 1.2.2 EAP ------------------------------------ 1.2.3 Matriz de Responsabilidades ------------------------------------ 1.2.4 Cronograma ------------------------------------ 1.2.5 Orçamento Controle ------------------------------------ 1.3.1 Reuniões ------------------------------------ 1.3.2 Relatórios Termo de Encerramento do Projeto PROJETO E DETALHAMENTO DO PRODUTO ---------- 2.1 Elaboração da EC ---------- 2.2 Aprovação da EC ---------- 2.3 Licitação ---------- 2.4 Contratação da Empresa ---------- 2.5 Elaboração da Documentação Técnica do Projeto do SAR ---------- 2.6 Elaboração da Documentação Técnica do Detalhamento do SAR ---------- 2.7 Aprovação da Documentação Técnica do SAR ---------- 2.8 Elaboração da Documentação do Apoio Logístico Integrado ---------- 2.9 Aprovação da Documentação do Apoio Logístico Integrado ---------- 2.10 Elaboração da Documentação da Garantia da Qualidade ---------- 2.11 Aprovação da Documentação da Garantia da Qualidade CONSTRUÇÃO ---------- 3.1 Aprovação do Pronto “Estrutural” ---------- 3.2 Aprovação do Pronto “Sistemas Mecânicos” ---------- 3.3 Aprovação do Pronto “Sistemas Eletro-Eletrônicos” ---------- 3.4 Aprovação das “Provas de Cais” do SAR ---------- 3.5 Aprovação das “Provas de Mar” e “Aceitação Final” do SAR FECHAMENTO DA OBTENÇÂO ---------- 4.1 Encerramento do Contrato ---------- 4.2 Relatório de Encerramento do Projeto 75 ANEXO 6 Matriz de Responsabilidades Fonte: Adaptação (MENDES, 2009, p. 43) 76 ANEXO 7 Relatório de Não Conformidades Fonte: Adaptação de DIRETORIA DE ENGENHARIA NAVAL (2000) RELATÓRIO DE NÃO CONFORMIDADES NA DOCUMENTAÇÃO CODIFICAÇÃO: NAVIO: CONTRATADA : CONTRATO Nº : DATA: RELATÓRIO Nº __________ FOLHA de EQUIPAMENTO/MATERIAL: TÍTULO DO DOCUMENTO NÃO CONFORMIDADES POR DOCUMENTO) ( AS NÃO CONFORMIDADES DEVERÃO SER SEPARADAS CLASSI F G ELABORADO POR: ASS.: NOME: L Depto 77 ANEXO 8 Proposta de Modificação à Especificação de Contrato Fonte: Adaptação de DIRETORIA DE ENGENHARIA NAVAL (2000) PROPOSTA DE MODIFICAÇÃO À ESPECIFICAÇÃO DE CONTRATO No. ______________ Contrato no : ____/____-____/____ Codificação da Especificação de Contrato: ____________________________ DEN: Proponente: Contratada: 1 – Contratada 2 – Parte do Objeto contratual a que se refere a alteração 3 – Descrição detalhada da alteração (anexando estudos, desenhos e especificações elaboradas) . Data: Assinatura: Nome: 78 4 – Relação da documentação técnica a ser alterada, caso seja aprovada a Proposta 5 – Comentários do Departamento Técnico da Organização que encaminha a Proposta (incluindo considerações sobre desempenho, efeitos sobre outros sistemas, estabilidade do navio, segurança, etc.) A presente PMEC visa aumentar a segurança da embarcação e da tripulação durante as fainas de Data: Assinatura: Nome: 6 – Parecer do Gerente de Projeto da Organização que encaminha a Proposta (incluindo considerações sobre preços e prazos) Data: Assinatura: Nome: 79 7 – Comentários do Departamento Técnico da Organização que recebe a proposta (incluindo considerações sobre desempenho, efeitos sobre outros sistemas, estabilidade do navio, segurança, etc.) Data: Assinatura: Nome: 8 – Parecer do Gerente de Projeto da Organização que recebe a Proposta (incluindo considerações sobre preços e prazos) Data: Assinatura: Nome: 9 – Decisão da DEN 9.1 – Parecer do Gerente Data: Assinatura: Nome: 9.2 – Ratificação do Chefe do Departamento Data: Assinatura: Nome: 80 9.3 – Ratificação do Superintendente de ............................. Data: Assinatura: Nome: 9.4 – Ratificação do Diretor Data: Assinatura: Nome: 81 ANEXO 9 Cronograma Resumido do Projeto Fonte: Adaptado pelo Autor (MENDES, 2009, p. 68) PROJETO DE OBTENÇÃO DO SINO ATMOSFÉRICO DE RESGATE DURAÇÃO J (DIAS) 1 Gerenciamento do Projeto 1.1 Termo de Abertura do Projeto 1.1.1 Elaborar TAP 1.1.2 Aprovar TAP 1.2 Plano de Gerenciamento do Projeto 1.2.1 Declaração de Escopo 1.2.2 EAP 1.2.3 Matriz de Responsabilidades 1.2.4 Cronograma 1.2.5 Orçamento 1.3 Controle 1.3.1 Reuniões 1.3.2 Relatórios 1.4 Termo de Fechamento do Projeto 2 Projeto e Detalhamento do Produto 2.1 Elaboração da EC 2.2 Aprovação da EC 2.3 Licitação 2.4 Contratação da Empresa 2.5 Elaboração da Documentação Técnica do Projeto do SAR 2.6 Elaboração da Documentação Técnica do Detalhamento do SAR 2.7 Aprovação da Documentação Técnica do SAR 2.8 Elaboração da Documentação do Apoio Logístico Integrado 2.9 Aprovação da Documentação do Apoio Logístico Integrado 2.10 Elaboração da Documentação da Garantia da Qualidade do SAR 2.11 Aprovação da Documentação da Garantia da qualidade do SAR 3 Construção 3.1 Aprovação do Pronto Estrutural 3.2 Aprovação do Pronto dos Sistemas Mecânicos 3.3 Aprovação do Pronto dos Sistemas Eletro-Eletrônicos 3.4 Aprovação da Prova de Cais do SAR 3.5 Aprovação da Prova de Mar do SAR 4 Fechamento da Obtenção 4.1 Encerramento do Contrato 4.2 Relatório de Encerramento do Projeto 730 30 15 15 60 15 15 15 30 30 730 365 365 15 480 45 15 45 15 45 180 225 90 60 90 60 540 30 30 30 30 45 30 30 30 F M A M 2012 J J A S O N D J F M A M J 2013 J A S O N D 82 ANEXO 10 Plano de Ação Fonte: Adaptação (MENDES, 2009, p. 124) Projeto: OBTENÇÃO DO SINO ATMOSFÉRICO DE RESGATE DATA TOPICO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 REGISTRO RESPONSÁVEL DATA LIMITE DATA DATA DESCRIÇÃO DA QUESTÃO PREVISÃO SOLUÇÃO STATUS/ SOLUÇÃO 83 ANEXO 11 Registro de Lições Aprendidas Fonte: Adaptação (MENDES, 2009, p. 196) Projeto: Data: Gerente do Projeto: POSITIVO Escopo Tempo Custos Riscos Comunicação Qualidade Aquisições Gestão de Pessoal Gestão de Fornecedores NEGATIVO Escopo Tempo Custos Riscos Comunicação Qualidade Aquisições Gestão de Pessoal Gestão de Fornecedores 84 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA BARCAUI, André Baptista et al. 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