PLANO DE DESENVOLVIMENTO ESTRATÉGICO PARA A PÓS-GRADUAÇÃO DA ÁREA 21: uma contribuição da EF versão preliminar 2007 BREVE HISTÓRICO DA PG - ÁREA 21 - 2002, modificação dos critérios de avaliação da CAPES com grande ênfase na produção intelectual. A Área 21 sofreu forte impacto com o descredenciamento de docentes e o enxugamento dos programas; - o documento de área de 2001-2003 e os subseqüentes (das avaliações de acompanhamento 2004 e 2005) apontam para um esgotamento do modelo vigente e há necessidade de se valorizar os aspectos qualitativos da avaliação; BREVE HISTÓRICO DA PG - ÁREA 21 cont. - Desde 2004, o representante de área na CAPES trabalha com uma comissão de avaliação permanente e sub-comissões, com o propósito de descentralizar tarefas, dar mais transparência às decisões e estabelecer diálogo mais próximo com os coordenadores de programas e comunidade; - Sub-comissões: avaliação dos periódicos; avaliação dos livros e visitas de acompanhamento aos programas; BREVE HISTÓRICO DA PG - ÁREA 21 cont. - maio de 2004, constituição do Fórum Nacional de PósGraduação da Área 21; - 2005, constituição do fórum específico da Fisioterapia Associação Brasileira de Pesquisa e Pós-Graduação em Fisioterapia; - 2006, constituição do Fórum Nacional de Pós-Graduação em Educação Física; BREVE HISTÓRICO DA PG - ÁREA 21 cont. - Desde maio de 2004, o Fórum de Pós-Graduação da Área 21 se reúne duas vezes por ano, ao todo foram 7 encontros; - O último encontro do Fórum, que aconteceu em Florianópolis em maio de 2007, a Área decidiu construir um Plano de Desenvolvimento Estratégico para a Pós-Graduação da Área 21 com vistas, de um lado, a definir as prioridades no âmbito da pós-graduação e, de outro, orientar as ações do nosso representante de área na CAPES; - Naquele momento, então, o CBCE chamou para si a tarefa de sistematizar os principais dilemas e desafios dos programas na área específica; DIAGNÓSTICO E ANÁLISE DA ATUAL PG EM EDUCAÇÃO FÍSICA RESUMO DE INFORMAÇÕES, TABELAS E GRÁFICOS SOBRE OS RESULTADOS DA AVALIAÇÃO TRIENAL 2007 Obs: Os resultados apresentados estão sujeitos a modificação em decorrência da Avaliação de Pedidos de Reconsideração apresentados pelas instituições interessadas. Período Avaliado: 2004-2006. Programas Avaliados 2.266 Cursos Promovidos pelos Programas Avaliados: Doutorados Mestrados Acadêmicos Mestrado Profissional Total 1.182 2.070 157 3.409 Programas de Pós-Graduação em Educação Física 2007 UPE/UFPB 1 Programa UCB/DF UNB 2 Programas 12 Programas 21 Programas 6 Programas USP UGF UNICAMP UNIMEP USJT UFES UNESP/RC UFMG UCB/RJ UNIVERSO UNICSUL UFJF/UFV UFRGS UFSC UDESC UFPR UEM/UEL UFPEL Mestrado: alunos novos e titulados 350 300 EdF Titulados Fono Tit Fono FT Tit FT 250 200 150 100 50 0 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Doutorado: alunos novos e titulados 50 40 EdF Titulados Fono Tit Fono FT Tit FT 30 20 10 0 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Corpo docente 240 200 160 EdF Fono FT 120 80 40 0 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Docentes titulados 3 2 EdF Fono FT 1 0 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 POTENCIALIDADES E DEBILIDADES DA PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA OBJETIVOS com a visita aos programas • Conhecer os programas (dificuldades, limites e perspectivas); • Se aproximar dos grupos de pesquisa com intuito de saber o que estão fazendo, de que modo administram o cotidiano do trabalho na universidade; • Apresentar o trabalho do CBCE para os colegas que não o conhecem (história, princípios, organização); • Chamar a atenção para a necessidade de agregar a comunidade visando assumir o protagonismo na condução dos grandes temas que mobilizam a Área no espaço da associação; • Organizar uma versão preliminar do Plano de Desenvolvimento Estratégico para a Pós-Graduação em Educação Física a ser encaminhado para o Fórum de Pós-Graduação da Área 21. Programas de Pós-Graduação em Educação Física cronograma das visitas VISITADOS * USP • UGF • UNICAMP • USJT • UFSC • UFES • UFRGS • UDESC • UNIMEP * UFJF/UFV * UNIVERSO HOUVE CONTATO * UFMG * UNB * UEM/UEL * UFPEL * UNESP/RC * UFPR NÃO CONSEGUIMOS CONTATO * UCB/DF * UCB/RJ * UNICSUL * UPE/UFPB METODOLOGIA adotada na visita aos programas a) diagnóstico com intuito de identificar principais potencialidades, debilidades e desafios; b) organização das informações coletadas; c) sistematização de todas as informações coletas na forma de uma apresentação; d) contribuição com a discussão para a construção do Plano de Desenvolvimento Estratégico para a PG na forma de encaminhamento deste documento para os coordenadores de PG em EF para apreciação; e) acolhimento das sugestões; f) e sistematização para apresentação no Fórum da EF em Rio Claro. PROTOCOLO adotado na visita aos programas • • • • • • • • • • Objetivos e enfoque Linhas de pesquisa e projetos Integração com a graduação Infra-estrutura Atividades complementares Intercâmbios institucionais e convênios Características da produção e da formação Fomento e bolsas O sistema de avaliação da CAPES Outras informações ALGUMAS CONSIDERAÇÕES relativas às potencialidades e debilidades dos programas visitados 1 Ainda há carência de bolsas proporcionalmente ao número de estudantes; 2 Os programas enfatizam disciplinas específicas em detrimento das temáticas relativas à Filosofia da Ciência, Didática e Ensino, História da Ciência, Ciência e Ética e Metodologia da Pesquisa; 3 Há tendência em enfatizar o produto (dissertação, tese, papers) e não o processo de formação; ALGUMAS CONSIDERAÇÕES cont. 4 Há muita preocupação com a veiculação do conhecimento e a ênfase em determinado tipo de publicação em detrimento de outros (artigo em revista indexada internacional em detrimento de periódicos nacionais de ampla divulgação); 5 Não há uma cultura de vínculo entre a comunidade científica e as associações científicas, ou seja, significativa parte dos pesquisadores e estudantes desconhece o trabalho e a função do CBCE e de outras associações. Aqueles que já ouviram falar não sabem a importância e o compromisso das associações no que se refere à política científica e tecnológica do país; 6 Precisamos investir mais no sentido de agregar pesquisadores, líderes e grupos – no nível da graduação (iniciação científica), especialização, mestrado e doutorado com objetivo de promover a interação, colaboração e o convívio entre os grupos; ALGUMAS CONSIDERAÇÕES cont. 7 A comunidade científica é pouco informada a respeito da lógica que move os órgãos de avaliação e fomento. Parcela expressiva dos docentes e estudantes desconhecem os procedimentos da avaliação e não têm clareza de como funciona a relação entre CAPES, CNPq, FAPs e FINEP e comunidade científica, entre outros pontos. Disso decorre que há necessidade de acesso a uma informação mais elaborada e orientada, especialmente quando consideramos os pesquisadores na fase de iniciação. É fundamental disponibilizar os links para acesso da comunidade via o portal do CBCE, por exemplo, mas também orientar para a lógica e os princípios que determinam hoje os rumos da política científica da pós-graduação no Brasil e dos pesquisadores que têm no ensino superior seu espaço de produção de conhecimento; ALGUMAS CONSIDERAÇÕES cont. 8 É preciso garantir a regularidade dos apoios e financiamentos para os grupos para que não aconteça interrupção nos projetos de pesquisa; 9 Há necessidade de integrar pós-graduação e graduação; - As atividades relativas a inserção social ainda não são devidamente valorizadas; ALGUMAS CONSIDERAÇÕES cont. 11 No que se refere a infra-estrutura, há uma estrutura básica boa, entretanto, para as áreas tecnológicas há necessidade de se investir na sustentabilidade; a dinâmica de compartilhamento de espaço e equipamento está diretamente vinculada à lógica da avaliação e portanto, há necessidade de incentivar, melhorar e promover a colaboração entre programas e grupos de pesquisa; 12 Não há uma cultura da área de intercâmbio e cooperação. A maior parte das iniciativas são individuais, pessoais e não estratégias do programa; 13 Com relação às características da produção e da formação, há uma tendência em se agregar subáreas. Entretanto, já se observa programas voltados para a formação e a produção especifica. Nesse sentido, há necessidade de se formular modelos de avaliação que contemplem todas essas vertentes da área; ALGUMAS CONSIDERAÇÕES cont. 14 Com relação aos programas associados há dificuldades de distribuição de verbas e demais encaminhamentos administrativos por parte da CAPES; 15 É importante considerarmos a avaliação dos periódicos de outras áreas. Há revistas bem avaliadas na área da educação, por exemplo, que quando adotadas na Grande Área da Saúde têm seu valor reduzido; DESAFIOS E AÇÕES a serem operacionalizadas 1 Organizar um encontro com as associações científicas específicas, líderes de grupos, programas e demais interessados para: mapearmos as linhas de pesquisa e áreas de concentração a fim de discutir a conformação dos programas que agregam o campo da Educação Física/Ciências do Esporte; e, discutirmos a respeito da formação na pós-graduação em Educação Física/Ciências do Esporte e do mestrado profissional; 2 Disponibilizar no portal do CBCE informações relativas à avaliação dos programas (quem visitou, quais os principais comentários, quais os critérios que definiram as pontuações, entre outros dados) para que os coordenadores e a comunidade tenham acesso às informações e às avaliações de todos os programas (quem avaliou, quais os principais comentários, etc.); DESAFIOS E AÇÕES a serem operacionalizadas cont. 3 Definir estratégias para a formação de novos núcleos nas regiões nordeste, centro-oeste e norte; 4 Elaborar e apresentar proposta de indicadores para avaliação de periódicos para a Comissão de Avaliação de Periódicos da Área 21; 5 Disponibilizar no portal do CBCE referências sobre os periódicos da área (linha editorial, tempo de vida, etc.); DESAFIOS E AÇÕES a serem operacionalizadas cont. 6 Elaborar e apresentar proposta de indicadores qualitativos para a avaliaçao dos programas e dos docentes a ser encaminhado pelo representante de Área; 7 É fundamental construir parcerias e relações mais solidárias entre os programas a fim de implementar políticas científicas mais coerentes e sintonizadas com as linhas de investigação e os grupos de pesquisa e estudo considerando a pluralidade e natureza dos objetos de pesquisa e metodologias de trabalho; 8 Os programas “casados” já discutem os “divórcios” ou defendem o “juntos, para sempre...”, considerando que cresceram com o apoio mútuo, com dificuldades semelhantes e com o exercício da partilha visando o bem comum; AGRADECIMENTOS Aos Coordenadores dos programas que fizeram contato; Àqueles que estiveram presentes por ocasião da visita, docentes e estudantes que efetivamente contribuíram para que essa síntese preliminar relativa à pós-graduação em Educação Física fosse possível; À Profa. Dra. Claudia Cavaglieri, nossa representante no comitê gestor do Fórum da Área 21, pelas conversas produtivas; Ao CBCE, pelo apoio para que esta iniciativa fosse concretizada; Ao Prof.Dr. Eduardo Kokubun, pela disponibilização dos dados; E, ao Fórum da Área 21, pela oportunidade de contribuir com o debate.