!"# KPMG Auditores Independentes SBS - Qd. 02 - Bl. Q - Lote 03 - Salas 708 a 711 Edifício João Carlos Saad 70070-120 Brasília, DF - Brasil Caixa Postal 8723 70312-970 Brasília, DF - Brasil Central Tel Fax Internet 55 (61) 2104-2400 55 (61) 2104-2406 www.kpmg.com.br Parecer dos auditores independentes Ao Administrador e ao Cotista do Fundo Garantidor de Parcerias Público-Privadas (FGP) (Administrado pelo Banco do Brasil S.A.) Brasília - DF Examinamos os balanços patrimoniais do Fundo Garantidor de Parcerias Público-Privadas (FGP) levantados em 31 de agosto de 2008 e 2007 e as respectivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido, das origens e aplicações de recursos e dos fluxos de caixa, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua Administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos do Fundo; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela Administração do Fundo, bem como a apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Fundo Garantidor de Parcerias Público-Privadas (FGP) em 31 de agosto de 2008 e 2007, os resultados de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido, as origens e aplicações de seus recursos e dos fluxos de caixa, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 1º de outubro de 2008 KPMG Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6-F-DF Francesco Luigi Celso Contador CRC 1SP175348/O-5-S-DF José Claudio Costa Contador CRC 1SP167720/O-1-S-DF KPMG Auditores Independentes é uma sociedade brasileira, simples, membro da KPMG International, uma cooperativa suíça. KPMG Auditores Independentes is a Brazilian entity, member firm of KPMG International, a Swiss cooperative. FUNDO GARANTIDOR DE PARCEIRAS PÚBLICO-PRIVADAS (FGP) CNPJ: 07.676.825/0001-70 (Administrado pelo Banco do Brasil S.A.) BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE AGOSTO DE 2008 E 2007 (em milhares de Reais) ATIVO 31/08/2008 REALIZÁVEL 31/08/2007 5.276.419 5.427.840 DISPONIBILIDADES Depósitos Bancários BANCO DO BRASIL S.A. - CONTA DEPÓSITOS 3 3 3 2 2 2 APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ Aplicações em Operações Compromissadas REVENDAS A LIQUIDAR - POSIÇÃO BANCADA LETRAS DO TESOURO NACIONAL - LTN NOTAS DO TESOURO NACIONAL - NTN-C 7.773 7.773 7.773 7.773 12.908 12.908 12.908 12.908 - 5.268.643 5.268.643 346.887 346.887 5.414.929 5.414.929 196.619 196.619 4.921.756 4.921.756 5.218.310 5.218.310 5.276.419 5.427.840 TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS Livres TÍTULOS DE RENDA FIXA Notas do Tesouro Nacional - NTN (Nota 5) TÍTULOS DE RENDA VARIÁVEL Ações de Companhias Abertas TOTAL DO ATIVO PASSIVO 31/08/2008 EXIGÍVEL 794 879 794 879 (Nota 11a) 794 794 879 879 (Nota 9) 5.275.625 5.426.961 5.275.625 3.270.311 5.426.961 3.270.311 2.005.314 2.005.314 2.156.650 2.156.650 5.276.419 5.427.840 OUTRAS OBRIGAÇÕES Diversas PROVISÃO PARA PAGAMENTOS A EFETUAR PATRIMÔNIO LÍQUIDO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital Social Lucros ou Prejuízos Acumulados LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS TOTAL DO PASSIVO As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis. BANCO DO BRASIL S.A. Diretoria de Governo - Brasília (DF) Sérgio Ricardo Freitas de Souza Gerente de Divisão 31/08/2007 Vilma de Souza Contadora CRC MG 56.170/T-DF FUNDO GARANTIDOR DE PARCEIRAS PÚBLICO-PRIVADAS (FGP) CNPJ: 07.676.825/0001-70 (Administrado pelo Banco do Brasil S.A.) DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS em 31 de agosto de 2008 e 31 de agosto de 2007 (em milhares de Reais) 31/08/2008 RECEITAS OPERACIONAIS Rendas de Aplicações Interfinanceiras de Liquidez RENDAS DE APLICAÇÕES EM OPERAÇÕES COMPROMISSADAS Posição Bancada Rendas com Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos RENDAS DE TÍTULOS DE RENDA FIXA LFT - Letra Financeira do Tesouro NTN - Notas do Tesouro Nacional RENDAS DE TÍTULOS DE RENDA VARIÁVEL Rendas de Ações de Companhias Abertas Dividendos Juros sobre o Capital Próprio Atualização de Dividendos a Receber Atualização de Juros sobre o Capital Próprio a Receber Rendas na venda de direito de subscrição LUCROS COM TÍTULOS DE RENDA FIXA Lucros com Títulos de Renda Fixa - NTN-B TVM - AJUSTE POSITIVO AO VALOR DE MERCADO Títulos para Negociação Ações de Companhias Abertas LFT NTNB DESPESAS OPERACIONAIS Despesas com Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos PREJUÍZOS COM TÍTULOS DE RENDA FIXA Prejuízos com LFT - Letras Financeiras do Tesouro Prejuízos com NTN-B - Notas do Tesouro Nacional, série B TVM - AJUSTE NEGATIVO AO VALOR DE MERCADO Títulos para Negociação NTNB LFT Ações de Companhias Abertas Despesas Administrativas TAXA DE GESTÃO DOS ATIVOS TAXA DE CUSTÓDIA REMUNERAÇÃO PELA EXECUÇÃO DE ATIVIDADES DE GESTÃO DE GARANTIAS OUTRAS DESPESAS RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO (Nota 4.3) (Nota 4.3) (Nota 6) (Nota 6) (Nota 6) (Nota 11b) 31/08/2007 13.967.724 1.010 1.010 1.010 13.966.714 35.953 35.953 130.548 130.548 41.577 87.572 195 1.195 9 14 14 13.800.199 13.800.199 13.743.457 56.742 8.872.949 615 615 615 8.872.334 16.993 167 16.826 89.672 89.672 26.349 62.439 60 823 8.765.669 8.765.669 8.725.022 0 40.648 14.119.059 14.108.325 0 0 14.108.325 14.108.325 68.313 14.040.012 10.734 5.826 2.913 1.888 107 6.665.503 6.656.668 2 1 1 6.656.666 6.656.666 33.314 0 6.623.352 8.835 4.344 2.173 2.206 112 (151.335) 2.207.446 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis. BANCO DO BRASIL S.A. Diretoria de Governo - Brasília (DF) Sérgio Ricardo Freitas de Souza Gerente de Divisão Vilma de Souza Contadora CRC MG 56.170/T-DF 1/1 FUNDO GARANTIDOR DE PARCEIRAS PÚBLICO-PRIVADAS (FGP) CNPJ: 07.676.825/0001-70 (Administrado pelo Banco do Brasil S.A.) DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA DOS EXERCÍCIOS FINDOS em 31 de agosto de 2008 e 31 de agosto de 2007 (em milhares de Reais) 31/08/2008 31/08/2007 FLUXOS DE CAIXA PROVENIENTES DAS OPERAÇÕES Ingressos de Recursos Recebimento de Dividendos / Juros sobre Capital Próprio 130.540 89.672 Banco do Brasil 63.013 45.580 Companhia Vale do Rio Doce 50.593 38.517 Eletrobrás S.A. 16.934 5.575 15.969 0 18.698 9 6.610 2.302.641 9.190 20.097 2.641 0 8.302 1.276.816 2.474.467 1.406.718 5.868 2.935 1.912 10 0 14 31 51 167.149 0 2.296.497 4.178 2.089 2.306 6 0 33 10 42 106.921 3.031 1.288.101 2.474.466 1.406.717 1 2 3 1 1 1 2 1 Recebimento de Juros NTN-B Venda de Títulos LFT Venda de Títulos NTN-B Venda de direitos de subscrição de ações da Eletrobrás (Elet11) Resgate de títulos RF NTN-B, no vencimento Liquidação de Op. Compromissadas (Nota 11c) Total dos ingressos de Recursos Destinação de Recursos Taxa de Gestão dos Ativos Taxa de Custódia Remuneração pela Execução de Atividades de Gestão de Garantias Custo Selic Taxa CBLC CPMF Pagamento a Auditoria Externa Pagamento publicações legais Compra de Títulos de Renda Fixa - NTN-B Compra de Títulos de Renda Fixa - LFT Aplicação em Op. Compromissadas Total das Destinações de Recursos Financeiros Variação Líquida de Caixa Início do período Fim do período Aumento/(Redução) das Disponibilidades As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis. BANCO DO BRASIL S.A. Diretoria de Governo - Brasília (DF) Sérgio Ricardo Freitas de Souza Gerente de Divisão Vilma de Souza Contadora CRC MG 56.170/T-DF (Nota 11c) FUNDO GARANTIDOR DE PARCEIRAS PÚBLICO-PRIVADAS (FGP) CNPJ: 07.676.825/0001-70 (Administrado pelo Banco do Brasil S.A.) DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO DOS EXERCÍCIOS FINDOS em 31 de agosto de 2008 e 31 de agosto de 2007 (em milhares de Reais) Descrição dos eventos Capital Social Saldo em 31/08/2006 Lucros/(prejuízos acumulados) 3.270.311 (50.796) Total 3.219.515 Composição do Capital Social: Ações BBAS3 (Nota 9.1) 1.089.800 Ações ELET3 (Nota 9.1) 842.600 Ações VALE5 (Nota 9.1) 1.337.911 Resultado do exercício Saldo em 31/08/2007 3.270.311 Resultado do exercício Saldo em 31/08/2008 2.207.446 2.156.650 5.426.961 (151.336) 3.270.311 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis. BANCO DO BRASIL S.A. Diretoria de Governo - Brasília (DF) Sérgio Ricardo Freitas de Souza Gerente de Divisão 2.207.446 Vilma de Souza Contadora CRC MG 56.170/T-DF 2.005.314 (151.336) 5.275.625 FGP – FUNDO GARANTIDOR DE PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS CNPJ: 07.676.825/0001-70 (Administrado pelo Banco do Brasil S.A.) NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE AGOSTO DE 2008 e 2007 (Em milhares de Reais) 1. CONTEXTO OPERACIONAL O Fundo Garantidor de Parcerias Público-Privadas (FGP) é administrado pelo Banco do Brasil S.A.. Constituído nos termos do art. 16 da Lei n.º 11.079, de 30 de dezembro de 2004, atualmente tem a União Federal como cotista exclusivo. O FGP tem a finalidade de garantir o pagamento de obrigações pecuniárias assumidas pelos parceiros públicos federais quando da formalização de projetos de Parcerias Público-Privadas, respondendo por suas obrigações com os bens e direitos integrantes do seu patrimônio. O Banco do Brasil foi designado pela Resolução n.º 1, do Comitê Gestor das Parcerias PúblicoPrivadas (CGP), de 5 de agosto de 2005, para criar, administrar, gerir e representar judicial e extrajudicialmente o FGP. O FGP é regido pelo seu Regulamento e Estatuto, aprovados na primeira Assembléia de Cotistas, realizada em 27 de janeiro de 2006, e alterados pela Assembléia de Cotistas do dia 31 de agosto de 2006. Na primeira Assembléia, foi também autorizada a integralização inicial do Fundo, com a transferência de ações do Banco do Brasil, Companhia Vale do Rio Doce e Eletrobrás, no montante autorizado pela Portaria n.º 413, de 12 de dezembro de 2005, do Ministro da Fazenda. Tais aportes ocorreram em 27 de janeiro de 2006, 14 e 22 de fevereiro de 2006, tendo o Fundo passado a operar a partir da primeira integralização. O FGP obedece, ainda, à Resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) n.º 3.289, de 3 de junho de 2005, à Instrução CVM n.º 426, de 28 de dezembro de 2005 e à Instrução CVM n.º 306, de 5 de maio de 1999. Até o encerramento do exercício social findo em 31 de agosto de 2008, o Fundo não havia assumido compromisso com prestação de garantias. 2. POLÍTICA DE INVESTIMENTO O FGP, na sua política de investimento, busca a valorização das cotas por meio da gestão e administração de uma carteira de ativos financeiros, títulos e valores mobiliários e moeda corrente, empenhando-se na manutenção da sua rentabilidade, segurança e liquidez. De acordo com o Regulamento, o Administrador do Fundo está autorizado a realizar operações restritas com instrumentos financeiros derivativos. Até a data do balanço, não foram efetuadas operações dessa natureza. 3. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS As Demonstrações Contábeis do FGP estão apresentadas em consonância com as disposições aplicáveis aos fundos de investimentos e à legislação específica do Fundo. De acordo com o Regulamento do FGP, as demonstrações contábeis são compostas pelo Balanço Patrimonial, pela Demonstração do Resultado do Exercício e pela Demonstração do Fluxo de Caixa. Adicionalmente, em conformidade com as práticas contábeis adotadas no Brasil e outros dispositivos regulamentares, o Administrador também elaborou, e está apresentando, a Demonstração da Composição e Diversificação das Aplicações, a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido e a Demonstração das Origens e Aplicações dos Recursos. 4. PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS As principais práticas contábeis adotadas para o registro das operações são aquelas previstas pelo Banco Central do Brasil, constantes do “Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional – Cosif” e pelas instruções da CVM, conforme a seguir: 4.1 O regime contábil para reconhecimento das receitas e despesas é o da competência; 4.2 As aplicações interfinanceiras de liquidez são demonstradas pelos valores de realização, incluídos os rendimentos e as variações monetárias incorridos e deduzidos das correspondentes rendas a apropriar, quando aplicáveis; 4.3 Os títulos e valores mobiliários adquiridos para formação de carteira própria são registrados pelo valor efetivamente pago, inclusive corretagens e emolumentos, e são classificados em função da intenção da Administração do Fundo, em duas categorias distintas: Títulos Mantidos até o Vencimento e Títulos para Negociação. Atualmente, toda a carteira de títulos e valores mobiliários do FGP está classificada na categoria de “Títulos para Negociação”. Títulos para Negociação: trata-se de títulos e valores mobiliários adquiridos com o propósito de serem negociados ativa e freqüentemente. Esses títulos são ajustados diariamente pelo valor de mercado. Suas valorizações ou desvalorizações são registradas, respectivamente, em contas de receitas e despesas do período. A metodologia de marcação a mercado dos títulos e valores mobiliários foi estabelecida com observância de critérios consistentes e verificáveis: Renda fixa Para a marcação a mercado dos ativos de renda fixa é utilizado o preço médio de negociação no dia da apuração, sendo os preços unitários obtidos na Andima (Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto). Renda variável Até 30/04/2008, as ações eram valorizadas a mercado, diariamente, pelo preço médio de negociação no dia da apuração ou, quando não disponível, pelo preço médio de negociação do dia útil anterior, obtido na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo). A partir de 02/05/2008, a valorização a mercado das ações passou a ser feita utilizando-se a última cotação diária de fechamento da Bovespa, em consonância com o art. 3º da Instrução CVM nº 465, de 20 de fevereiro de 2008. Não havendo negociação no dia, é mantido o preço de fechamento do ativo no último pregão em que houve negociação. Em 31 de agosto de 2007, caso a valorização a mercado das ações tivesse sido feita utilizando a última cotação diária de fechamento da Bovespa, o saldo do patrimônio líquido naquela data, seria aumentado em aproximadamente R$ 16.700 mil. O ágio ou deságio apurado nas operações de aquisição de títulos de renda fixa é reconhecido em razão da fluência do prazo de vencimento dos papéis. Os rendimentos auferidos com os títulos e valores mobiliários, independentemente da categoria em que classificados, são apropriados pro rata, com observância do regime de competência, mensalmente e até a data do vencimento ou da venda definitiva, pelo método exponencial ou linear, com base nas suas cláusulas de remuneração e na taxa de aquisição distribuída no prazo de fluência, sendo reconhecidos diretamente no resultado do período. Quando da alienação, a diferença apurada entre o valor da venda e o custo de aquisição atualizado pelos rendimentos é considerada como resultado da transação, sendo contabilizada na data da operação como lucros ou prejuízos com títulos e valores mobiliários. 2 4.4 Os dividendos são reconhecidos como receita por ocasião em que os títulos correspondentes sejam considerados elegíveis na bolsa de valores; 4.5 As obrigações são demonstradas por valores conhecidos ou calculáveis, incluídos os encargos e as variações incorridas; 4.6 A elaboração de demonstrações contábeis de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil requer que a Administração use de julgamento na determinação e no registro de estimativas contábeis. A carteira de títulos e valores mobiliários e as despesas de suporte à gestão do Fundo estão sujeitas a essas estimativas e premissas. Suas liquidações poderão resultar em valores diferentes dos estimados, devido a imprecisões inerentes ao processo de sua determinação. A Administração revisa as estimativas e premissas, pelo menos, anualmente; 4.7 Exceto no que se refere à CPMF, até quando aplicável, o FGP goza de imunidade tributária. 5. TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS O valor contábil e o valor de mercado dos títulos e valores mobiliários que compunham a carteira de ativos do FGP em 31 de agosto de 2008 estavam distribuídos da seguinte forma: (em milhares de Reais) Valor de Mercado Vencimento (em dias) Títulos para Negociação Sem Vencimento 0-30 Saldo em 31/08/2007 Valor de Mercado Valor Contábil Valor de Mercado 5.268.643 3.621.291 5.414.929 3.459.452 - - - - - 26.299 320.588 346.887 350.980 196.619 189.141 4.921.756 3.270.311 31-180 181-360 4.921.756 0 0 Letras Financeiras do Tesouro - - - Notas do Tesouro Nacional 0 0 0 4.921.756 - - Ações de Companhias Abertas Saldo em 31/08/2008 Acima de 360 26.299 320.588 - - - Valor Contábil 5.218.310 3.270.311 O valor contábil representa o valor dos títulos e valores mobiliários acrescidos dos rendimentos auferidos até a data do balanço e aumentados ou diminuídos pelos ágios ou deságios, respectivamente, a apropriar. O valor de mercado dos títulos e valores mobiliários segue a metodologia de apuração conforme descrito na Nota Explicativa n.º 4.3. 6. REMUNERAÇÃO DO ADMINISTRADOR O FGP paga ao Administrador (Banco do Brasil S.A.), pelos serviços de administração e gestão do Fundo, as seguintes remunerações: a) a Taxa de Gestão e Custódia dos Ativos de 0,15% a.a., incidente sobre o Patrimônio Líquido do FGP, calculada e provisionada diariamente, cobrada até o terceiro dia útil do mês subseqüente à razão de um duzentos e cinqüenta e dois avos (1/252); b) a Remuneração pela execução de atividades de gestão das garantias, que compreendem as ações inerentes à administração e concessão de garantias pelo FGP, tais como: contabilização, gerenciamento, monitoramento e análise de projetos de Parceria Público-privadas (PPP) do Governo Federal, elaboração de política de investimento associada à garantia, confecção de pareceres técnicos e laudo de viabilidade de garantias, acompanhamento do fluxo de pagamentos efetuados pelo Governo Federal ao Parceiro Privado e acompanhamento in loco dos projetos de PPP federal. Essa remuneração é calculada mensalmente, pela aplicação de índice previsto em Regulamento e aprovado em Assembléia de Cotistas sobre as despesas administrativas incorridas pelo Administrador, e paga até o 3° dia útil do mês subseqüente; c) a Remuneração pela administração de contratos terceirizados, correspondente a 2% sobre os valores pagos a empresas ou consultores especializados, contratados para a prestação de serviços terceirizados nos termos do Regulamento. 3 No exercício social findo em agosto/2008, foram pagos ao Administrador o montante de R$ 8.739 mil (R$ 6.517 mil no Exercício 2006/2007), a título de Taxa de Gestão e Custódia dos Ativos, e o montante de R$ 1.888 mil (R$ 2.206 mil no Exercício 2006/2007), a título de Remuneração pela execução de atividades de gestão de garantias. 7. CUSTÓDIA DOS TÍTULOS E ADMINISTRAÇÃO DA CARTEIRA Os títulos de renda variável são custodiados na Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia – CBLC e os títulos públicos de renda fixa no Sistema Especial de Liquidação e Custódia – Selic. A gestão da custódia dos títulos é efetuada pela Diretoria de Mercado de Capitais e Investimentos – Dimec do Banco do Brasil S.A. A BB Gestão de Recursos - Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. (BB DTVM), subsidiária integral do Banco do Brasil S.A., é responsável pela gestão da carteira de ativos do Fundo. As remunerações pela custódia dos títulos e gestão da carteira de ativos estão descritas na Nota Explicativa n.º 6(a). 8. CONTINGÊNCIAS Até o final do exercício social, o Administrador não teve conhecimento da existência de quaisquer obrigações contingentes imputadas ao Fundo e que devam ser objeto de registro contábil. 9. 9.1. PATRIMÔNIO LÍQUIDO Integralização dos ativos O Capital Social do Fundo foi integralizado pela União, inicialmente em ações, autorizado pela Portaria n.º 413/2005, do Ministro da Fazenda. Os valores foram integralizados pela média da cotação das ações nos respectivos dias de integralização, mediante cálculo suportado por laudo específico. Nos exercícios findos em 31/08/2008 e 31/08/2007 essas ações foram desdobradas ou agrupadas permanecendo inalterado o valor do capital social integralizado, conforme demonstrado a seguir: EMPRESAS TIPO DATAS DE INTEGRALIZAÇÃO AÇÕES NA DATA DA INTEGRALIZAÇÃO AÇÕES EM 31/08/2007 QTDE. 60.000.000 VALOR 18,160 Banco do Brasil ON 27/1/2006 60.000.000 18,1600 Eletrobrás (*) ON 14/2/2006 20.000.000.000 42,13 40.000.000 21,070 40.000.000 21,0700 842.600.000,00 CVRD PNA 22/2/2006 15.226.023 87,87 30.452.046 43,935 60.904.092 21,9675 1.337.910.641,01 20.035.226.023 130.452.046 QTDE. CAPITAL SOCIAL DO FGP QTDE. 20.000.000 TOTAL VALOR 54,49 AÇÕES EM 31/08/2008 160.904.092 VALOR 1.089.800.000,00 3.270.310.641,01 (*) Até 20/08/2007 as ações da Eletrobrás eram negociadas em lote de 1000. Em 03/09/2007, cada ação de emissão da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) passou a ser representada por duas ações. 9.2. Movimentação e rentabilidade das cotas De acordo com os arts. 12 e 13 do Regulamento do FGP, os ativos do Fundo são segregados em Classes/Séries sendo que a cada Classe/Série de Ativos corresponde uma Classe/Série de Cotas. As Classes/séries são agrupadas por grau de liquidez e outras características dos ativos previstas no Regulamento do Fundo. Atualmente, o FGP tem duas Classes de Ativos: I. Classe 1 - composta por valores em Caixa, Operações compromissadas e Títulos Públicos Federais; 4 II. Classe 2 - composta por Ações de Companhias abertas. Em razão dessa peculiaridade, o FGP classifica suas cotas de acordo com a correspondente Classe de ativos. Por isso, o Fundo possui duas classes de cotas movimentadas (resgates/aplicações) quando da transferência de ativos entre as carteiras. As movimentações são resultantes do recebimento de proventos originados dos Ativos de Classe 2, transferidos por força do Regulamento do Fundo para a Classe 1 e pela transferência de cotas da Classe 1 para Classe 2 para pagamento de despesas geradas pela gestão e custódia dos Ativos de Classe 2. A rentabilidade do Fundo é calculada por Classe de cotas, dividindo-se a cota do último dia útil do mês pela cota do último dia útil do mês anterior. A quantidade, o valor das cotas e a rentabilidade do FGP, por Classe de ativos, em 31/08/2007 e 31/08/2008, estão descritas a seguir. Posição em: Classe 1 Valor Patrimonial Qtde. de cotas da cota Classe 2 Valor Patrimonial Qtde. de cotas da cota 31/08/2007 174.310,060011 R$ 1.201,716763 2.949.086,699663 R$ 1.769,188174 31/08/2008 268.566,365665 R$ 1.320,419837 2.888.621,616911 R$ 1.703,582274 Rentabilidade das cotas 9,88 % (3,71) % 10. SERVIÇOS ADICIONAIS DE AUDITORIA A KPMG Auditores Independentes foi contratada exclusivamente para realizar os serviços de auditoria externa das demonstrações contábeis do Fundo. 11. OUTRAS INFORMAÇÕES a) provisão para pagamentos a efetuar: referem-se substancialmente às provisões das Taxas de Gestão e Custódia dos Ativos e Remuneração pela execução de atividades de gestão de garantias pagas ao Banco do Brasil, conforme nota explicativa n° 6; b) outras despesas: correspondem às despesas com publicações, taxa CBLC e Selic, despesas tributárias e com auditoria; c) aplicação/liquidação de Operações Compromissadas: relativa ao montante de entradas e saídas de recursos no decorrer do Exercício; d) venda dos direitos de subscrição de ações da Eletrobrás: o Administrador do FGP optou por não exercer os direitos de subscrição das ações preferenciais Classe “B”, emitidas pela Eletrobrás e oriundas dos empréstimos compulsórios constituídos a partir de 1988, conforme aprovado na 142° Assembléia Geral Extraordinária daquela Empresa. Esse direito foi vendido ao mercado por meio da BBDTVM e gerou uma receita no valor de R$ 9 mil, registrada na rubrica Rendas de Títulos de Renda Variável, em subtítulo adequado; e) direito prioritário de subscrição de ações da Vale: em 12/06/2008 foi aprovada, na Reunião Extraordinária do Conselho de Administração da Companhia Vale, a distribuição pública de ações do tipo ordinárias e preferenciais classe “A”. O FGP, que teria direito a subscrever cerca de 5.998.793 ações ao preço projetado de R$ 40,00, perfazendo um total próximo de R$ 240 milhões, optou por não fazê-lo, mantendo a liquidez do Fundo com a aplicação em Títulos Públicos Federais. Os direitos decorrentes da prioridade de subscrição de ações da Vale, de acordo com as regras da “Distribuição Pública Primária de Ações Ordinárias e de Ações Preferenciais Classe A”, não poderiam ser negociados ou cedidos pelos Acionistas; f) conclusão da elaboração das Demonstrações Contábeis: em conformidade com a Deliberação CVM n.º 505, de 19 de junho de 2006, informamos que a conclusão da elaboração das 5 Demonstrações Contábeis, relativas ao exercício findo em 31 de agosto de 2008, foi autorizada pela Contadora/Administrador do FGP em 30/09/2008. 12. EVENTOS SUBSEQUENTES a) em razão do excesso de volatilidade do mercado de capitais do país, ocasionada, entre outros, pela crise financeira mundial, foi contabilizada em setembro marcação a mercado negativa no valor de R$ 2.289.889 mil, para os títulos de renda variável, resultando em uma variação de mercado negativa de R$ 432.583 mil. 13. INFORMAÇÕES SUPLEMENTARES 13.1. Demonstração da Composição e Diversificação das Aplicações DEMONSTRAÇÃO DA COMPOSIÇÃO E DIVERSIFICAÇÃO DAS APLICAÇÕES DO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE AGOSTO DE 2008 (em milhares de Reais) Aplicações/especificações Tipo Quantidade Valor atual Disponibilidades Depósitos bancários Aplicações em operações compromissadas Notas do Tesouro Nacional, série C 3 0,00 3 0,00 4.000 7.773 0,15 NTN-C 4.000 7.773 0,15 210.804 346.887 6,57 NTN-B 210.804 346.887 6,57 160.904.092 4.921.756 93,28 27,05 Títulos públicos Notas do Tesouro Nacional, série B % sobre o ativo Títulos de renda variável Ações de sociedades abertas Banco do Brasil S.A. ON 60.000.000 1.427.400 Eletrobrás ON 40.000.000 1.180.000 22,37 CVRD PNA 60.904.092 2.314.356 43,86 5.276.419 100,00 TOTAL DO ATIVO Valores a pagar Outros - 794 - 794 Patrimônio líquido 5.275.625 TOTAL DO PASSIVO 5.276.419 BANCO DO BRASIL S.A. Diretoria de Governo – Brasília (DF) Sérgio Ricardo Freitas de Souza Vilma de Souza Gerente de Divisão Contadora CRC MG 51.670/T-DF 6