Julho 2006 • N.º 105
Segurança empresarial em análise
Faleceu Afonso Nzuanene
Sonangol expõe na Alemanha
Jeremias Coelho na reforma
Julho 2006
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Ngol NOTÍCIAS
A ABRIR
N.º 105 • Mensário Informativo do Grupo Sonangol
Inovar
Ao tomar contacto com a presente edição de “Ngol Notícias”, certamente, os nossos estimados
Julho 2006 • N.º 105
Faleceu Afonso Nzuanene
FICHA TÉCNICA
Propriedade
Sonangol EP
Conselho de Administração
Presidente
Manuel Vicente
Administradores
Syanga Abílio
Anabela Fonseca
Mateus de Brito
Fernando Roberto
Editor
Gabinete de Comunicação e Imagem
leitores aperceber-se-ão de algumas mudanças no ser e estar deste veículo de comunicação da
Sonangol.
Tal como nas organizações, no “Ngol Noticias” a mudança é igualmente um factor constante. É
nossa preocupação, sempre e quando necessário, proceder a alterações temático e editoriais, apenas
e tão-somente com o objectivo de oferecer um melhor produto e um serviço a altura dos anseios e
expectativas dos nossos muitos leitores, no país e no estrangeiro.
A “micro-remodelação” operada rejuvenesce o nosso mensário, torna-o mais dinâmico e actuante
e apresenta temas mais sugestivos, de interesse para todos quanto directa ou indirectamente fazem
parte da grande família Sonangol.
Entre as boas novas, regista-se o surgimento de novas rubricas, mormente sobre recursos
humanos, tecnologia, história, comunicação, segurança, elo e quotidiano, perfeitamente adequadas à
nova vida informativa que se pretende alicerçar.
Mas de novidades não ficamos por aqui. Foram já accionados alguns mecanismos de melhoria
dos canais de distribuição, com intuito de fazer chegar o “Ngol Notícias” a todos os trabalhadores da
Sonangol em tempo oportuno.
Com este inovador passo, acreditamos, informação é o que não vai faltar na nossa organização.
De edição em edição, abordaremos de forma mais plural tudo quanto constitua actualidade, quer na
perspectiva institucional, quer na perspectiva dos negócios e de responsabilidade social.
Como recentemente disse o presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Manuel
Vicente, temos de aprender com os erros e pensar em novos e mais ambiciosos horizontes. Por
cá, pelo menos, entre nós, fazedores de comunicação, a mensagem chegou, foi assimilada e está
interiorizada.
Até a próxima edição!
Director
João Rosa Santos
Conselho Editorial
Miguel Mendonça, Lúcia Anapaz,
José de Oliveira, Sónia Santos, F. Vieira Dias,
Carlos Guerreiro, Octávio Fonseca, Cristina
Novaes, José Mota, Beatriz Silva
Assistente Executiva
Paula Almeida
Fotografia
José Quarenta, Quintiliano dos Santos,
Joy Artur, Carlos Gonçalves
Revisão
Cristina Novaes
Sede
Rua 1º Congresso do MPLA, 8/13,
Luanda - Angola
Caixa Postal 1316
Telefones: 63 21 00 / 63 21 03 Telefax: 39 77 28
E-mail: [email protected]
SUMÁRIO
PCA
Alerta Gestores
Pág. 04
Filomena Rosa
“Acreditamos num
futuro melhor”
Pág. 14/15
Registo M.C. Social
193/B/97
Design
Pós Imagem Design
E-mail: [email protected]
Maquete
Imagem Vip, LDA
E-mail: [email protected]
Impressão
Linmaranda
Novos
Como
Responsáveis da
Sonair tomam posse
Pág. 05
nasceu e cresceu a
Sonangol?
Pág. 21
Tiragem
5000 Exemplares
Julho 2006
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QUOTIDIANO
PCA ALERTA GESTORES
O presidente do Conselho de Administra-
ção da Sonangol EP, Manuel Vicente, convidou
os gestores da empresa a considerarem o ano
2007 como uma referência para o alcance de
mais e melhores resultados.
No repto, lançado durante o Workshop
sobre a Nova Metodologia de Planeamento,
recentemente realizado em Luanda, Manuel
Vicente reconhece ser necessário aprender
com os erros e perspectivar novos e mais
“ambiciosos” horizontes.
Das conclusões e recomendações saídas do
Workshop (Top 60) é dado particular destaque
à formação de analistas, estrategas e gestores de
projectos, à necessidade das informações prestadas estarem alinhadas em função dos objectivos estratégicos, de negócios, dos projectos e da
revisão do sistema de informação.
O administrador Syanga Abílio, ao declarar
encerrado o evento, apelou ao empenho e dedicação dos participantes para a consecução dos
objectivos traçados.
Logística assinala aniversário
Em alusão ao 3º aniversário da sua criação á 8 de Julho de
2003 realizou-se recentemente um Um almoço de confraternização em todas as Instalações e Terminais e com todos os
trabalhadores da Sonangol Logística.
MANUAIS DE ORGANIZAÇÃO
A Direcção de Auditoria e Normalização dá
a conhecer que estão disponíveis, no “Portal
da Sonangol”, uma pasta com documentos
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Ngol NOTÍCIAS
Na ocasião,
a Presidente do Conselho
de Gerência, Filomena Rosa, endereçou
uma mensagem de felicitações e desejou a
todos os trabalhadores votos de êxitos na
vida pessoal, profissional e muita saúde, na
companhia dos respectivos familiares, tendo
aproveitado a oportunidade para realçar a
importância da data com uma chamada de
atenção de que é preciso que cada um de se
consciencialize das suas responsabilidades
e obrigações, que saiba cumprir com zelo,
dedicação e profissionalismo as tarefas a
si acometidas e que, todos juntos, possam
fazer da Sonangol Logística um lugar em que
todos e qualquer um gostaria de trabalhar.
Ainda no quadro das comemorações
do 3º aniversário da Sonangol Logistica,
aconteceu uma partida de Futsal Manuel
Berenguel na qual a equipa do Edifício Sécil
venceu por 2-1 a equipa mista das Instalações
sedeadas em Luanda. No encerramento do
acto, a Presidente do Conselho de Gerência
fez a entrega a todos os participantes de
medalhas alusivas ao 3º aniversário da
criação da Logística.
produzidos por essa Direcção e que se referem aos
Manuais de Organização.
positório de Documentos/parte Técnica/DAN.
Assim, os trabalhadores da Sonangol EP e Subsidiárias poderão consultar e imprimir os referidos
manuais da sua área de afectação, acedendo ao
Portal, através do “Links, Favoritos/PDM-Re-
Nesta fase só estão disponíveis os Manuais de Organização. Os restantes
documentos normativos estarão disponíveis em breve.
QUOTIDIANO
Novos responsáveis da Sonair tomam posse
Em despacho datado de 10 de Julho
e rubricado pelo Presidente do Conselho de
Administração da SonAir, Santos Domingos, foi criado o Departamento de Agências e
Marketing na Direcção Comercial.
O mesmo despacho extinguiu a estrutura
orgânica da Direcção Comercial a Secção de
Assistência a Passageiros. Em substituição foram criadas as Secções de Assistência de Voos
Executivos e Houston Express e de Assistência
a Passageiros de Voos Regulares, Spots e de
Contratos.
Em outros despachos foram nomeados
e já empossados, Evelise Alexandra Gaspar
Neto Azevedo, Chefe do Departamento de
Agências e Marketing, Nuno Fernando Leitão
Ribeiro, Chefe do Departamento de Gestão de
Contratos, Rui Paulo Pimentel Carapichoso,
Chefe do Departamento de Coordenação e
Tráfego, Mateus Gil Francisco Neto, Che-fe
da Escala da SonAir na Província da Huíla, Nelson Upale Jorge de Freitas, Chefe da
Escala da SonAir na Província de Benguela,
António Garrido Prado de Sousa, Chefe da
Secção de Abastecimento às Aeronaves, Hermínia Joaquim Moniz da Silva Alpoim, Chefe da
Secção de Assistência a Voos Executivos e
Houston Express e Alberto de Jesus Uomuto,
Chefe da Secção de Assistência a Passageiros
de Voos Regulares, Spots e de Contratos.
Por outro lado Francisco Afonso, por conveniência de serviço, foi exonerado do cargo
Trabalhadores recebem mensões honrosas
O Conselho de Administração da Sonan-
gol EP decidiu atribuir “Menções Honrosas”
a alguns trabalhadores da empresa, pelo
empenho e dedicação demonstrados na
organização das actividades comemorativas
do 30º aniversário da empresa.
Foram agraciados com a distinção João
Rosa Santos, coordenador da “Comissão Sonangol 30 anos”, João André, coordenadoradjunto, e Encarnação Gonçalves, Miguel
Mendonça, Agostinho Neto e Amândio Dala,
ambos responsáveis de subcomissões de trabalho.
Receberam igualmente menções honrosas
Cristina Novaes, Apolónia Airosa, Anabela
Santos, José Mota, José Oliveira, Sónia Santos,
Margarida de Sousa, Teresa Nestor, Isabel
Lando, Domingas de Almeida e Ramiro
Araújo.
A deliberação do Conselho de Administração, assinada pelo seu presidente, Manuel
Vicente, reconhece que, “a colaboração de
todos foi essencial para que os 30 anos da Sonangol fossem comemorados num ambiente
de paz e harmonia e, fundamentalmente,
reforçando o sentimento de pertença”.
de Chefe do Departamento de Coordenação
e Tráfego.
Estiveram presentes para a tomada de posse
os Membros do Conselho de Administração,
do Conselho Fiscal e do Conselho de Direcção
da SonAir.
FALECEU AFONSO N´ZOANENE
Vítima de doença, faleceu às primeiras horas do
dia 20 de Julho, em Londres, Afonso N´Zoanene,
Gerente da Sonangol Gás Natural (Sonagás).
Ao longo do seu percurso laboral, Afonso N´zoanene soube emprestar o melhor do seu saber e
talento no cumprimento das mais variadas tarefas
e responsabilidades a si acometidas, contribuindo,
desta forma, activamente para desenvolvimento e
progresso da Sonangol.
O Conselho de Administração, a Comissão Sindical
e os trabalhadores da Sonangol EP lamentaram a
perda prematura de tão importante quadro.
QUOTIDIANO
Sonangol no Fórum sobre Responsabilidade Social
A Sonangol esteve presente no 1º Fórum Angolano sobre Responsabilidade Social das Empresas,
que reuniu entre 19 e 20 de Julho, em Luanda,
cerca de 200 empresários nacionais. Promovido
pelo Fórum Social Angolano, o encontro teve
como objectivo sensibilizar os participantes e
organizações sobre o seu papel como activos
da responsabilidade social e demonstrar de
que forma a integração de práticas socialmente
responsáveis abre oportunidades e acrescenta
valor às empresas e à sociedade.
No encontro foram analisados temas como
“Modelos, Processos e Instrumentos Promotores
da Responsabilidade Social”, “Transparência e
Accountability”, “Práticas Ambientalmente Responsáveis”, “Políticas Públicas”, “A integração
da RSE nos novos modelos de Governança
Corporativa” e “Parcerias e Relação com a Comunidade”.
A Sonangol EP, na sua apresentação sobre “O Compromisso da Sonangol com a
Comunidade – Passado, Presente e Futuro” fez
um balanço da sua relação com a comunidade,
da importância da responsabilidade social na
DISTRIBUIDORA NOMEIA RESPONSÁVEIS
Na sequência da sua recente constituição
em Sociedade Comercial Anónima e
considerando a necessidade de proverem
os cargos com titulares das estruturas
organizacionais na Sonangol Distribuidora,
SA, por despacho datado de 2 de Maio,
foram nomeados para exercerem os cargos
de Chefes de Departamento da Direcção de
Recursos Humanos:
António Daniel Mainga, Chefe de Departamento de Planeamento e Avaliação,
Domingas Celestino Reis de Almeida, Chefe
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Ngol NOTÍCIAS
de Departamento de Acção Social, Eunice de
Fátima Palege Jasse Pereira Inglês, Chefe de
Departamento de Administração de Recursos
Humanos e Helga Ribeiro Ferreira Carneiro,
Chefe de Departamento de Formação e
Desenvolvimento.
Já para Chefes de Secção da DRH/D foram
nomeados:
Carlos Leopoldo dos Santos Ribeiro, Chefe
de Secção de Efectividade e Compensação,
Djamila Huguette Silva de Almeida Barros,
Chefe de Secção de Gestão de Carreiras e Alto
Empresa bem como sobre as perspectivas
futuras desse relacionamento.
No final do encontro, os participantes recomendaram como prioridade a adopção de
políticas sociais responsáveis por parte das
empresas que operam no país.
Em conclusão entendem que a responsabilidade das empresas com a comunidade
deve ser entendida como um conceito que
englobe a dimensão económica, social, ética
e ambiental da gestão moderna. Mas este relacionamento deve ser traçado a partir do topo
das organizações, no seguimento de políticas
que resultem em benefício para a imagem da
empresa e dos seus funcionários.
Foi igualmente referido que é preciso
assumir a responsabilidade social empresarial
como parte da actividade económica, na medida em que esta torna a empresa num actor
social relevante, fazendo jus à liderança na
rentabilidade com a liderança social.
No fórum em que participaram ministros,
administradores públicos e privados, gestores de topo, directores e responsáveis de
áreas funcionais de empresas, estudantes
universitários, igrejas e comunicação social,
a Sonangol esteve representada pelo Director
do Gabinete de Comunicação e Imagem, João
Rosa Santos, pelo Assistente Jurídico do PCA,
Domingos Salvador Vaz e ainda por técnicos
do GQSSA e do GCI/H, Garcia Sozinho e
Cristina Novaes, respectivamente..
Potencial, Elias Lubaco, Chefe de Secção
de Planeamento e Selecção, Eunice Júlia de
Almeida da Silva Coelho, Chefe de Secção de
Auditoria Social e Maria do Carmo Bessa da
Silva, Chefe de Secção de Serviços Sociais.
SEGURANÇA
Segurança empresarial em análise
MAIS PROFISSIONALISMO E PRAGMATISMO
O Administrador da Sonangol EP, Fernando Roberto,
reconheceu em Luanda, a
necessidade de se olhar
diferente para a segurança
na empresa.
que assegurem níveis de desempenho mais
satisfatórios.
Na reunião, que decorreu sob orientação do
Director do Gabinete de Protecção e Segurança
da Sonangol EP, Victor Santos, foram analisados
em profundidade assuntos ligados ao sector.
Foram feitas algumas apresentações de
onde se destacam as referentes à “Estrutura
Organizacional de Recursos Humanos”, pro-
ferida pelo Director de Recursos Humanos da
Sonangol EP, João André, “Comunicação vs
Segurança Empresarial – Uma perspectiva de
Interacção Funcional”, pelo Director do Gabinete
Comunicação e Imagem, João Rosa Santos
e “Educação e Cultura sobre Qualidade, Saúde,
Segurança e Ambiente” da responsabilidade do
Director de Processos e Qualidade da Sonangol
Distribuidora, Inácio Costa.
Paula Almeida
DISTINGUIDOS TRABALHADORES DO GPS
Fernando Roberto,
que falava no
acto de abertura da 1.ª Reunião Alargada de
Protecção e Segurança do Grupo Sonangol,
disse igualmente ser imperioso ter humildade,
honestidade, coerência e dinamismo para se
alcançarem os objectivos que sustentam a
existência da área. Na oportunidade, o também
supervisor da função Segurança na Sonangol,
anunciou para breve a implementação de
um programa de reestruturação da função
bem como algumas medidas pertinentes
Jeremias Coelho e André Pitra, ambos trabalhadores
afectos ao Gabinete de Protecção e Segurança da
empresa, foram recentemente distinguidos com
menções honrosas, outorgadas pelo Conselho de
Administração da Sonangol EP;
A dedicação e empenho no cumprimento das tarefas
a si acometidas, bem como zelo e brio demonstrados
ao longo dos anos de serviço, determinaram a
decisão da Administração da empresa na concessão
de tão honrosa distinção.
Julho 2006
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TRABALHADOR EXEMPLAR
JEREMIAS COELHO PASSA A REFORMA
A certeza do dever cumprido
Aos 60 anos de idade, Jeremias coelho despede-se da
actividade profissional activa. Embora ainda incrédulo, seu
rosto traduz a expressão viva da emoção, entre a saudade
e a satisfação do dever cumprido. É a reforma que bate as
portas deste homem que durante 22 anos fez da Segurança
Empresarial uma paixão de todos os dias.
João Rosa Santos
A trajectória profissional de Jeremias
Coelho é como um livro aberto sem borrões.
Uma caminhada de sonho, longe de polémicas e
alicerçada na força da humildade, da coerência,
da honestidade.
Os contemporâneos descrevem-no como
um homem de bem. Outros vêm nele um
“tipo” de trato fácil, delicado, vem verdadeiro
exemplo de amor ao próximo. Neste somatório
de opiniões quase não restam duvidas de que
Jeremias Coelho, hoje tal como ontem, continua
sendo admirado, querido e acarinhado por
todos.
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Ngol NOTÍCIAS
Na hora da passagem a reforma recorda
bom e maus momentos vividos neste percurso
de vida que já vai longo. Fala das emboscadas
por que passou, da manutenção da mesma
categoria profissional durante muitos anos, das
arriscadas missões que cumpriu e, ainda assim,
diz-se satisfeito porque sempre acreditou em
dias melhores.
Igualmente faz questão de sublinhar, não
sem lágrimas nos olhos, o momento maior
da sua vida quando conseguiu entrar para a
Sonangol e remata sem pestanejar – “custou
mas consegui vestir a camisola da maior empresa de Angola”.
Divorciado e pai de sete filhos, todos
estudantes, clama por algum apoio na sua
formação. A propósito refere que já encetou
contactos junto da Direcção da empresa neste
sentido e, ansiosamente, aguarda pela anuência
da sua petição. “Não quero morrer sem que
os meus filhos tenham o canudo superior”,
acrescenta.
Jeremias Coelho diz que de agora em
diante vai tentar fazer qualquer coisa. Segundo
ele a carrinha que lhe foi ofertada pelo
Conselho de Administração pode vir a dar um
jeito para vencer a monotonia. Diz estar sem
pressa e acredita que o tempo será o seu grande
professor.
Para já, a próxima prioridade de Jeremias
está Identificada. Ter casa própria. Esta inscrito
na Cooperativa Cajueiro e não vê chegar a hora
de bater uma boa “soneca”, tranquilo, sem as
chatices do bichinho das rendas.
Para os que continuam no activo a sua
mensagem é clara e objectiva: cada deve
procurar trabalhar mais e melhor, longe de
intrigas e graxismos, para ascender na vida
profissional.
Um abraço, muitos candandos, entre
lágrimas e sorrisos as palmas sucedem-se,
Jeremias Coelho, o assistente principal do
Gabinete de Protecção e Segurança diz adeus.
É chegada a sua hora de reforma.
RECURSOS HUMANOS
OS OBJECTIVOS DA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
Por seu turno, as direcções
de Recursos Humanos estão
chamadas a iniciar, manter e
reforçar a prática, comunicando
o cronograma do ciclo, prover e
formar os avaliados e avaliadores e conduzir a revisão do
processo ao final do ciclo.
Aos avaliadores, cuja missão
principal é a condução do pro-
A avaliação de desempenho é um
processo que permite, através da
cooperação dos resultados alcançados com os objectivos esperados,
apreciar e analisar o nível de desempenho do trabalhador no exercício da sua função ao longo de um
período determinado de tempo.
Com a implementação do processo de avaliação de
desempenho, a Sonangol pretende melhorar a comunicação
entre os níveis hierárquicos, estabelecer o que se espera de
cada trabalhador e o seu comportamento, estimular o pessoal a
perseguir e superar os seus objectivos e desafios profissionais.
O processo tem igualmente por finalidade buscar
melhorias na produtividade, qualidade e satisfação do cliente,
servir de instrumento para as necessidades de formação e
nas decisões de modalidade, promoção e carreira, orientar
sobre o desempenho das pessoas, implementar planos de
desenvolvimento do pessoal e clarificar o facto de que os
resultados são produtos da acção colectiva.
A consecução deste grande objectivo em muito depende
da participação activa de todos, competindo os presidentes
dos Conselhos de Administração comunicar e envolver os
gestores e administradores a impulsionar a implementação
do processo.
cesso, emana a necessidade de participação
das acções de formação, fixar objectivos de
desempenho, apoiar os avaliados na elaboração
do Plano de Actividades, orientar, acompanhar
e desenvolver os seus subordinados e elaborar
os respectivos Planos de Desenvolvimento.
Por último, compete aos avaliados comprometer-se, entender os objectivos fixados do
ciclo, elaborar o Plano de Actividades e atingir
os objectivos de desempenho.
QUALIDADE
PROGRESSA-Q NA LOGÍSTICA
QSSA, Matriz de Autoridade e Responsabilidade, Auditorias Internas.
Estamos a Codificar, Formatar e Controlar todos os Documentos: Processos, proceProcedimentos Administrativos, Técnicos Ope
racionais, Instruções de Trabalho e Modelos,
de acordo com as Normas Corporativas e
Procedimentos Logísticos, num Total de 700
documentos.
FATÍMA PASSOS
O Processa-Q é um programa de excelência, que
visa a gestão de um Sistema
Integrado de Gestão, cujo
objectivo é a execução prática dos requisitos de um
modelo de Gestão da Saúde, Segurança, Ambiente
e Qualidade, associado à
execução de uma Politica
Promulgada pelo Conselho
de Administração da Sonangol EP.
Nosso Compromisso
Divulgamos a Política do QSSA em todas
Instalações/Terminais da SNL/L;
Elaboramos, verificamos e aprovamos os
Procedimentos referentes aos Elementos 1 e
11, respectivamente: Codificação, Formatação,
Controlo de Documentos, Revisão pela Gestão
do Topo, Comunicação Interna, Apoio à Planificação, Investimentos
Estabelecimento e Desdobramento de
Objectivos, Planeamento e Estabelecimento
de Programas para Promoção da Cultura do
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Ngol NOTÍCIAS
Saúde Ocupacional
Tivemos formação sobre Análise Qualitativa na IBV1 e IBV5;
Estamos a descrever actividades relacio-
nadas com da Função e Relação das Tarefas
Segurança (Análise de Riscos e Brigadas de
Emergência)
Estamos a elaborar Procedimentos de Segurança Locais;
Estamos a fazer o Acompanhamento das
APP “Recomendações de Análise Preliminar,
de Perigos”.
Perspectivas
Busca de Melhoria Continua
Reduzir riscos no negócio através de um
sistema de investigação, com a implementação
de um Sistema de Gestão de Riscos no Negócio;
Proporcionar formação e desenvolvimento
para todos trabalhadores e assegurar a
implementação e práticas consistentes na
Gestão da Qualidade, Saúde, Segurança e
proporcionar um bom ambiente a todas
Instalações/Terminais. (Todos trabalhadores)
Dentre outras acções, a Sonangol Logística
está comprometida com a Gestão da Qualidade,
Saúde, Segurança e Ambiente como parte
integrante dos nossos valores e essencial para
o sucesso dos nossos negócios.
BARÓMETRO
A PALAVRA DOS
Trabalhadores
Assiduidade e pontualidade ajudam a
melhorar desempenho profissional na
empresa.
Na Sonangol Logística,
os trabalhadores refletem profundamente
sobre este binória e procuram as melhores vias
para atingir níveis cada
vez mais satisfatória.
De forma clara e objectiva, procuram exprimir
as suas opiniões e apontar caminhos para um
melhor desempenho laboral a todos os níveis.
Atente nesta edição as
“bocas” dos nossos colegas da armazenagem
CARLOS M. R. MARTINS
Supervisor - Sonangol Logística – “Na minha opinião, a assiduidade e a pontualidade, na Sonangol, é
medíocre, pelo menos a nível de Luanda, onde nem
sempre é possível chegar ao local de trabalho a tempo,
principalmente por causa dos problemas relacionados
com o trânsito automóvel. Portanto, não é propriamente
um problema que tem a ver com os trabalhadores, mas
sim com a conjuntura, embora alguns de nós devem
rever o seu comportamento”.
GOMES ZANGUIC
Supervisor, - Sonangol Logística – “A pontualidade
e assiduidade, na Sonangol, são dois componentes
fundamentais e indispensáveis, pois representam
o princípio educativo e disciplinar do trabalhador
na organização. Mas, infelizmente, nem sempre são
preservados, porque em algumas empresas do Grupo
ainda de regista um elevado grau de absentismo”.
JERÓNIMO A. CHICOMO
Assistente social, - Sonangol Logística – “Trata-se
de dois aspectos fundamentais para a melhoria do
desempenho profissional e, conse-quentemente, da
produtividade. No entanto, nem todos os trabalhadores
têm consciência da sua importância. Daí que, às vezes,
ainda se verificam muitas faltas ao serviço sem as
devidas justificações”.
ANTÓNIO M. LIMBA
Assistente de estatística - Sonangol Logística – “A
assiduidade e pontualidade, na Sonangol, têm sido
observados, não como gostaríamos, na medida em
que algumas empresas ainda se registam muitas
faltas injustificadas. Mas creio que quando todos
os trabalhadores tomarem consciência de que se
trata de aspectos fundamentais para que a empresa
atinja os objectivos preconizados haverá maior
empenho e dedicação, elevando-se assim o nível de
produtividade”.
Julho 2006
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MARKETING
MARKETING NA LOGÍSTICA
DIONÍSIO ROCHA
Até bem pouco tempo, a Logística era
uma área considerada tradicionalmente operacional, sem grandes objectivos comerciais.
Mas isso mudou radicalmente, mudando
igualmente as responsabilidades. Se antigamente
as obrigações da Logística se resumiam apenas
em actividade operacional, hoje, ela representa
praticamente o segredo do sucesso de uma
empresa, que através da orientação das suas
estratégias diminui custos e melhora a qualidade
do desempenho deste novo segmento de negócio.
Estamos a nos referir aos múltiplos esforços
utilizados pela Sonangol Logística para desenvolver uma cultura comercial.
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Ngol NOTÍCIAS
Trata-se de uma empresa de esforço integrado, com objectivos de desenvolver acções de
valor para o cliente pelo menor custo possível.
Existe para satisfazer as necessidades crescentes
do cliente, facilitando as operações relevantes
ao negócio.
Do ponto de vista estratégico, os executivos
da Logística procuram atingir uma qualidade
predefinida de serviço ao cliente, por meio de
uma competência operacional que representa
segurança e confiança do negócio. O desafio é
equilibrar as expectativas e serviços à realidade
do mercado, de modo a alcançar os objectivos
da empresa.
Neste negócio, como em qualquer outro,
desenvolvem-se tarifas, fazem-se previsões
de vendas, avaliam-se e interpretam-se dados
sobre as necessidades actuais e futuras dos
clientes. Realizam-se negociações com clientes
e fornecedores, visando optimizar custos e
formas de pagamento com prazos de entrega
cada vez mais competitivos.
Já não constitui segredo para ninguém que
o mercado regional torna-se extremamente
atractivo e brevemente será mais concorrencial.
Daí a necessidade de se cumprirem as obrigações
em tempos reduzidos, com a qualidade desejada
e menor custo para a organização, tornando-a
cada vez mais eficiente, garantindo a satisfação
do cliente.
O êxito em busca da satisfação crescente
dos clientes está directamente relacionado com
os esforços da Logística na reabilitação dos
parques de armazenagem, rejuvenescimento
do quadro de pessoal e formação contínua,
do topo à base, almejando eficiência e eficácia
operacionais.
Estes esforços fazem parte de um quadro
amplo de premissas na Logística, onde o importante é a inter conexão entre todos actores
no processo, pois, para atender com agilidade
e eficácia as necessidades deste mercado cada
vez mais complexo, é necessário preparar-se de
forma contínua.
O Marketing na Logística é um dos processos do eixo do negócio. Tem como ob-jectivo ligar o cliente aos restantes processos da
cadeia. A sua importância nesta organização
vai além do simples facto do atendimento ao
cliente.
Hoje, dentro de uma visão moderna do
“suply chain management”, os canais de distribuição têm quatro funções básicas: projecção à
demanda, satisfação do cliente, pós venda do
serviço e troca de informação.
Assim sendo, percebemos a importância
do Marketing ao serviço da actividade logística, conectando o cliente à cadeia. A gestão
da demanda é uma das funções principais
do Marketing na Logística, pois, através dela,
identifica-se o ponto de equilíbrio entre a
capacidade da prestação de serviços e as
necessidades dos clientes. É uma actividade
de conexão do ponto de consumo ao ponto de
execução.
Daí a importância da informação ser vital
em todos os nichos do negócio da Logística.
Torna-se cada vez mais visível um dos
maiores capitais desta empresa em fase de
embrião, a informação produzida quotidianamente. Isto tem trazido algumas mudanças
tais como:
Respostas rápidas ao cliente;
Modernização de hardware e softwares
específicos ao negócio;
Informações disponíveis ao cliente
interno e externo;
Capacidade de desenvolver e criar acções
para melhor satisfazer o cliente.
ORGANIZAÇÃO
Deliberações do Conselho de Administração
Por despacho do Presidente do Conselho de Administração da Sonangol EP, Manuel Vicente,
datado de 23/06/06, foi criado um Grupo de Trabalho que terá por missão desenvolver todo
o trabalho com vista à integração da Sonaship – Companhia de Navegação, Lda, na Sonangol
Shipping;
Integram o Grupo,
Baptista Muhongo
Sumbe (Coordenador), Fernando António
Vieira Martins, Catarino Fontes Pereira, Policarpo Pinto, José Luís de Carvalho, Rui Manuel, Moisés António Joaquim e J.Singh.
O Grupo, que reporta à Administradora Anabela Brito da Fonseca,
deverá concluir o trabalho que
constitui o objecto do presente
Despacho até ao dia 31 de
Dezembro do cor-rente
ano.
Num outro despacho datado de 15.06
06, o PCA PCA
da Sonangol
EP, exonera
Cláudia
Patrícia de Brito Fer-nandes da Silva Jeremias,
do cargo de Chefe de Secção de Património
e Activos Imobiliários, do Departamento
de Fiscalidade, da Direcção de Finanças da
Sonangol, EP.
Por outro lado, decorrendo da necessidade
de implementar a Gestão das Participações
Financeiras da Sonangol EP, em outras Sociedades, como actividade que concorre para
materialização da missão, Visão, Valores e
Estratégias Corporativas da empresa, por
deliberação recente do Conselho de Administração, foi aprovado o Manual de Organização e respectiva Estrutura Orgânica da
Sonangol SGPS – Sociedade Gestora de Participações Sociais, Limitada.
De acordo com o despacho, datado de
15.06.06 e rubricado pelo Presidente do
Conselho de Administração da Sonangol
EP, Manuel Vicente, a implementação do
Manual e da Estrutura Orgânica ora aprovada,
processar-se-á nos termos dos Estatutos da
Sonangol SGPS.
Ainda por despacho do PCA da Sonangol
EP, foi aprovado a constituição do Projecto
“Sonangol Oferta Publica de Valores –
SIDIPO”, cujo objectivo principal é consolidar
a presença da Sonangol EP nos Mercados
Financeiros.
O Projecto tem como Coordenador Geral
Alberto Cardoso Pereira, estando secundado
por Tomás Faria, no Saneamento Financeiro,
Moisés Joaquim, nos Relatórios Financeiros,
Fernando Hermes, no Sistema de Controlo
Interno, Ana Fançony, no Reposicionamento
dos Negócios, Miguel Bartolomeu Miguel,
no Mercado de Títulos, Fernando Mateus, na
Bolsa de Valores e Pascoal Neto, nas Competências na Função Financeira.
A implementação do Projecto é Supervisionado pelo Presidente do Conselho de
Administração da Sonangol EP, competindo
á Direcção de Finanças da Holding a responsabilidade pela cabimentação e gestão orçamental dos recursos financeiros inerentes ao
Projecto.
Julho 2006
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ENTREVISTA
FILOMENA ROSA, PCG DA SONANGOL LOGÍSTICA
“Acreditamos num futuro melhor”
Por ocasião do terceiro aniversário da Logística, Filomena
Rosa Presidente do Conselho de Gerência aceitou falar ao
“Ngol Notícias”. Durante a entrevista, foram abordadas
uma série de questões relacionadas com este importante
sector da indústria petrolífera.
João Rosa Santos
Srª Presidente pode fazer uma breve
retrospectiva do percurso da Sonangol
Logística?
A Sonangol Logística surge como consequência do processo de reestruturação da
Sonangol Distribuidora, à luz das es-tratégias
gizadas pela Sonangol E.P. para o segmento
de Distribuição. Foi criada por despacho n.º
40/GPCA/2003, de 08/07, do Sr. presidente
do Conselho de Administração da Sonangol.
Funcionou, transitoriamente, sob a forma de
Direcção Assistente para a Logística (DAL),
até que, em 13 de Dezembro de 2005, ao abrigo
do Decreto-Lei n.º 162-B, foi juridicamente
constituída a Sonangol Logística, Limitada,
como empresa subsidiária da Sonangol
E.P, visando dar resposta à perspectiva de
abertura do mercado de distribuição, por um
lado, e assegurar, por outro, a rentabilidade
de um nicho de mercado – a armazenagem
e transporte primário (pipelines e wagons
cisternas) de produtos derivados de petróleo.
Neste lapso de tempo, desenvolvemos,
nomeadamente, as seguintes actividades: Do
ponto de vista organizacional, foi estruturada
e projectada a mudança da organização,
estudado o impacto da mudança, definidos os
objectivos e estratégias organizacionais, assim
como foi comunicado a todos os trabalhadores
sobre a estruturação do negócio. Do ponto
de vista do desenvolvimento do sistema de
Gestão, foi desenhado o modelo do negócio
da Logística, desenhado e redesenhado os
processos, foram definidas as competências
e implementados os processos, planificado
14
Ngol NOTÍCIAS
e implementado o Sistema Integrado de
Gestão e foram desenvolvidas ferramentas de
controlo operacional e de gestão. Procedemos
ao reforço da capacidade operacional (intervenção em todas as Instalações e Terminais
com acções de melhoramento e aumento de
capacidades) e à preparação e capacitação
dos trabalhadores, à formação com base
nas competências para operar processos,
levantamento das competências inerentes à
gestão dos processos e à definição do quadro
óptimo do pessoal.
Sabemos que a caminhada não foi nem
é fácil. Certamente registaram-se bons
e maus momentos. Em síntese, pode
resumir esta trajectória?
Realmente, a caminhada não foi nada fácil,
primeiro, pela separação de infra-estruturas,
recursos materiais e humanos, que, durante
muito tempo, trabalharam juntos; segundo,
tivemos que constituir uma equipa que correspondesse aos anseios que nortearam a
reestruturação, tendo a partir daí surgido as
principais dificuldades, como falta de espaço,
condições de acomodação e de trabalho do
pessoal, cuja situação até hoje persiste; herança
de algumas infra-estruturas degradadas e outras
obsoletas; gestão das expectativas e ansiedades
dos trabalhadores em relação à mudança e
ausência de um modelo de negócio e de gestão,
entre outras. A empresa passou por desafios
importantes, mas o risco foi ponderado.
Tínhamos e, ainda, temos até hoje alguns
pontos fracos. Entretanto, do ponto de vista
profissional, foi uma experiência enriquecedora.
Se tivesse que eleger os anos mais difíceis da
nossa existência, diria que foram os de 2003
e 2004. Quanto aos bons momentos, temos
a realçar que, apesar das dificuldades, reinou
sempre o espírito de equipa, de colaboração,
de camaradagem e dedicação, que permitiram
que a Logística se mantivesse até hoje rumo ao
desenvolvimento.
ENTREVISTA
do “down stream”, que é a armazenagem de
combustíveis, podendo desta forma dedicar
uma atenção especial a este segmento da
actividade da Sonangol. Assim, a Sonangol
Logística, como uma entidade de direito,
passa a ter autonomia administrativa, jurídica
e financeira, assumindo os seus actos e compromissos perante terceiros, podendo possuir
o seu alvará comercial reflectindo o seu
“core business”. A Sonangol Logística é uma
sociedade comercial, por quotas, gerida por
um Conselho de Gerência, sendo que as suas
principais decisões são implementadas de
forma mais célere. Por outro lado, os interesses
do negócio e dos seus trabalhadores terão a
possibilidade de serem melhor acautelados e
defendidos. Por fim, constata-se que a imagem
da empresa como subsidiária é uma mais valia
para o negócio e um orgulho para os seus
trabalhadores.
Os recursos humanos são o principal
activo de qualquer organização. Está satisfeita com os recursos com que conta?
Qual tem sido o seu desempenho?
Temos recursos humanos com alguma experiência acumulada e têm dado o máximo de
si para dar resposta às exigências do negócio.
Porém, nos confrontamos ainda com situações
como o baixo nível de escolaridade, alta taxa
etária e velhice precoce. Entretanto, estamos
a encetar esforços para se inverter a situação,
através do recrutamento de quadros médios e
superiores, nas áreas de Engenharia e Gestão,
e capacitação dos existentes, com base nas
competências de cada processo.
A nível do país, a armazenagem ainda
constitui dor de cabeça. O que está a
ser feito para inverter a situação e para
quando os resultados na melhoria da
prestação de serviços?
A nível do país, para todas as Instalações e
Terminais, foram definidas prioridades no que
concerne a reabilitação das infra-estruturas de
armazenagem e está em curso a sua execução,
nomeadamente, a reparação de alguns reservatórios obsoletos e construção de novos em
algumas Instalações e Terminais, reparação de
sistemas de segurança, reconstrução de infraestruturas destruídas pela guerra (Lucala e
Matala) e reabilitação e aumento das estações
de bombagem e ilhas de enchimento. Por
outro lado, está em curso a elaboração de
projectos de construção de novas instalações
(grande stockagem de Luanda e do Lubango),
modernização do TOPA e ampliação do
Kinguila, bem como a elaboração do Plano
Director de Armazenagem, cujo término está
previsto para o final de 2006.
Recentemente, a Sonangol Logística passou a ser uma subsidiária de jure. Qual o
significado e impacto deste processo evolutivo do negócio?
A criação de jure da Sonangol Logística,
Lda., como subsidiária do Grupo Sonangol,
representa uma autonomização de um dos
negócios mais importantes na cadeia de valor
São múltiplos os desafios acometidos
ao sector de Logística, de acordo com o
Plano Trienal (2006/2008) Corporativo.
Qual a estratégia para consecução dos
objectivos propostos?
A nossa estratégia passa por aprofundar o
sistema de gestão baseado nos processos,
continuar a reabilitar as infra-estruturas de
de armazenagem, adequar e modernizar a
tecnologia das operações, desenvolver uma
cultura comercial, melhorar e incrementar a
qualidade da mão-de-obra, concluir o Plano
Director de Armazenagem e dar início à construção de novos parques de armazenagem,
entre outras tarefas.
Que mensagem deixa aos trabalhadores
da Logística?
Ao assinalar este terceiro aniversário, gostaria
de endereçar a todos os trabalhadores uma
mensagem de esperança num futuro melhor, encorajando a cada um no seu local
de trabalho a reflectir sobre o passado e o
presente, retemperando as energias, de modo
a continuarmos na senda do progresso, porquanto, só com trabalho, disciplina e dedicação
se constrói o futuro. Neste sentido, desejo a
todos os trabalhadores votos de bom trabalho
e de muita saúde na companhia dos seus
familiares.
Julho 2006
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OPINIÃO
A DANÇA DOS PREÇOS
DO PETRÓLEO
AFONSO CHIPEPE
Faz tempo que vimos assistindo a uma dança de subida e descida
dos preços de um dos recursos geradores de crescimento e
desenvolvimento industrial – o petróleo. As economias como a
nossa, que dependem das exportações para os EUA, serão obviamente “hipersensíveis” a qualquer redução do consumo norteamericano.
É sobejamente sabido que o petróleo, junto
do gás natural como derivado da indústria do
petróleo, é a principal fonte de energia do mundo,
alimentando quase cerca de 60% das necessidades
energéticas das economias industriais. Não
obstante aos grandes esforços científicos e tecnológicos empreendidos nos últimos 30 anos para se
encontrar fontes alter-nativas, infelizmente, ainda
não foi encontrada fonte de energia, com custos
comparáveis ao petróleo, que possa substituí-lo.
Há cerca de 30 anos, a possibilidade do
esgotamento dos recursos petrolíferos foi percebida como uma ameaça real de curto prazo.
Estimava-se naquela época que chegaríamos ao
início do século XXI com as reservas de petróleo
em rápido declínio e, consequentemente, com
preços estratigráficos.
O consumo de petróleo crescia em ritmo
acelerado, enquanto a descoberta de novas reservas movia-se lentamente. Os países árabes,
onde se localizava a maior parte das reservas,
ameaçaram fazer do suprimento de petróleo uma
arma política.
A indústria mundial continua a depender
do óleo negro para mover a logística de transporte, que permite levar a produção de bens e
serviços aos diversos cantos do planeta e, com
a emergência das centrais térmicas alimentadas
com gás natural, também para o suprimento de
electricidade. Um corte abrupto no suprimento
de petróleo causaria indubitavelmente um efeito
devastador na economia mundial.
A escassez do ouro negro provocou forte
aumento no preço do petróleo e, de certa forma
confirmando as previsões pessimistas, tendo
16
Ngol NOTÍCIAS
sido, inclusive, a ser vendido por USD 60.00
dólares o barril. Com a elevação do preço da
principal fonte de energia mundial, assistimos a
recessão económica. Por seu turno, isso induziu a
exploração de novas bacias sedimentares em busca
de novas fontes de suprimento desse combustível,
dando origem à busca de tec-nologias elevadas,
de forma a substituir o petróleo por fontes
alternativas.
Nos contratos para entrega em Janeiro de
2006, o crude de referência WTI seguia a cotar nos
59,7 dólares/barril, na plataforma electrónica do
Nymex (Nova Iorque). Enquanto que em Londres
(International Petroleum Ex-change) o crude de
referência – brent (Petróleo do Mar do Norte),
seguia a subir perto de 1%, para os 57,88 dólares/
barril, na abertura dos mercados europeus.
Há pouco mais de uma década de relativa
estabilidade, voltamos a viver um período de
forte instabilidade no preço do petróleo. Nos dias
actuais, há diferença da crise da se-gunda metade
do século passado, a questão do esgotamento físico
das reservas não está no centro das preocupações
dos países industrializados, pois tudo indica que
as reservas conhecidas e a expectativa de novas
descobertas permitem manter o consumo actual
por pelo menos outros 50 anos.
No curto prazo, o problema é entendido
como grave devido a sempre crescente crise
política no Médio Oriente, onde se concentram
as reservas conhecidas de petróleo. Convém,
porém, sublinhar que mais de 60% das reservas
petrolíferas mundiais estão concentradas nessa
região. Na perspectiva de longo prazo, o problema maior é a forte elevação do consumo de
combustíveis nos países em desenvolvimento,
pela pressão que esse movimento virá a exercer
sobre as reservas mundiais e o meio ambiente
em si.
Devido ao seu custo técnico de produção,
que varia em função das características geoeconómicas e geológicas da região de produção,
pode-se aferir que o petróleo é um produto
com características peculiares, sendo que uma
das razões pelas quais o petróleo está tão caro é a preocupação de que o sector está a ter
dificuldades para aumentar a produção ao
mesmo ritmo que cresce a procura.
Sobre os custos técnicos de produção do
petróleo incidem tributos, os chamados “royalties”, imposto sobre lucros excepcionais etc.,
que são particularmente relevantes no caso do
petróleo de baixo custo técnico de produção.
Estes impostos são a mais importante fonte de
receita fiscal nos países em desenvolvimento
que têm no petróleo o seu principal produto de
exportação. Daí se pode entender que enquanto
o preço no mercado internacional for elevado a
situação fiscal torna-se confortável, as empresas
são induzidas a restringir a sua produção. O
contrário ocorre quando o preço está baixo e a
situação fiscal frágil.
O contraste que se avizinha é quando as
empresas petrolíferas apresentarem os lucros
de 2005, na expectativa de que se repita o
crescimento das receitas, considerando que
o preço do petróleo deve registar os mesmos
ganhos por causa de receios de uma redução da
oferta causada por problemas na Nigéria, devido
a destruição de vários oleodutos, provocando
consigo o aumento do preço e a agravaremse a tensão nos mercados internacionais já
preocupados com as consequências para o
fornecimento de petróleo, do braço-de-ferro
entre o Irão e a comunidade internacional sobre
a questão nuclear iraniana, a aproximação das
eleições para o Congresso dos Estados Unidos,
no corrente ano, e provavelmente a questão
da Palestina, devido a retumbante vitória do
Hamas nas recentes eleições legislativas.
ENTRE NÓS
Maria Machado
“TEMOS DE LUTAR PARA NOVAS CONQUISTAS”
Há 24 anos ao serviço da
Sonangol, Maria Filomena da
Silva Machado, escriturária,
é natural do Bengo e actualmente desempenha a função
de assistente de Recursos
Humanos, na Sonangol Logística.
Como a maioria dos trabalhadores
da Sonangol, esta nativa das terras do
“Jacaré Bangão”, estudante do 2º ano
do Pré-Universitário, sublinha que ao
longo desses 24 anos viu a empresa
desenvolver-se rapidamente. “A Sonangol
é uma empresa de futuro e estamos a nos
esforçar para o seu desenvolvimento e
lutar para novas conquistas”.
Maria Machado diz que faz da leitura
um dos seus passatempos preferidos,
considera a honestidade um dos valores
mais nobres no ser humano e confessa-se
apaixonada por desporto, particularmente
o futebol.
Guarda o dia do seu casamento como
o dia mais feliz da sua vida e o da morte do
marido como o de triste memória. Nutre
grande admiração por Roberto Carlos,
músico brasileiro, e Agostinho Mendes de
Carvalho, escritor angolano que se tornou
famoso pela forma peculiar da sua prosa,
principalmente em “O Ministro”.
Maria Machado aprecia um bom
mufete, regado com sumo natural, “ignora”
a poligamia e diz-se uma lutadora acérrima
contra a Sida, aliás, “um mal que se deve
combater”.
Qual é o seu maior desejo?, perguntamos a fechar: “ver os meus filhos
formados”.
Julho 2006
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DESTAQUE
Sonangol expõe na Alemanha
“ANGOLA, UM PAÍS DE FUTURO”
Há já vários anos que eventos como o
Campeonato Mundial de Futebol servem para promover a imagem não só
de produtos e serviços, como também
a componente social, cultural e
económica dos países participantes.
Angola, na sua estreia, não fugiu à
regra. Com um pavilhão de exposição
de aproximadamente 1.500 m2, domiciliado na cidade de Hannover, a
nação de todos nós mostrou ser de
facto um país de futuro. E, como não
poderia deixar de ser, o stand da
Sonangol constitui um dos maiores
atractivos do pavilhão.
Foram oito dias
de intensa actividade. Milhares e milhares de pessoas, entre angolanos e estrangeiros,
visitaram o pavilhão de Angola em
Hannover e, certamente, não se arrependeram por tudo quanto puderam
apreciar e desfrutar.
Na Alemanha, Angola deixou
claro que o futuro é o seu destino.
Desde o futebol vistoso patenteado à
alegria contagiante dos excursionistas,
provocando uma onda de emoção sem
precedentes, carregada de adrenalina
que não tem preço.
Apesar de pequeno, o pavilhão
de Angola em Hannover traduziu a
grandeza de uma nação em franca
ascensão, que ruma prudente e segura
pelos caminhos da reconstrução e do
progresso nacional.
18
Ngol NOTÍCIAS
DESTAQUE
Particularmente no Stand da
Sonangol, foi possível divisar um percurso que de 30 anos, uma exposição
detalhada da evolução de uma empresa de reconhecida idoneidade nacional e internacional, que orgulha
todos os angolanos de bem.
O desenvolvimento dos negócios,
a responsabilidade social e a vertente
institucional do Grupo Sonangol
prenderam as atenções dos visitantes,
sempre ávidos por informações e
explicações sobre a trajectória da
petrolífera estatal angolana.
De facto, a exposição de Hannover constituiu um marco bastante
positivo na afirmação e promoção
da imagem externa de Angola. Por
tudo quanto se viu, viveu e conviveu, não restam duvidas de que é
assim, antecipando o futuro que se
consolidam sucessos.
HANNOVER
Hannover esteve angolamente ao rubro,
em Junho último, por três boas razões. A
primeira, pelo facto de Angola inscrever
pela primeira vez o seu nome na história do
Futebol Mundial, a segunda, pela avalanche
de excursionistas que ofertaram mais vida à
pacata cidade, e a terceira, pela vivacidade e
encanto da boa musica da nossa terra.
Em Hannover, por mais de oito dias,
ninguém resistiu ao som quente da banda
que aqueceu sobremaneira as redondezas da
área onde o pavilhão de Angola se apresentou
importante, próprio de um país de futuro.
Era uma vez alemãs, angolanos, mexicanos, espanhóis, portugueses, todos juntos,
bailando sem kigila a boa música de Angola,
eximiamente tocada e cantada pela Banda
Movimento, Paulo Flores, Carlos Burity,
Derito, Armanda, Matias Damásio, entre
tantos outros.
Em Hannover, o dia e a noite pouco ou
quase nada se diferenciou. O sol ou a chuva
em nada impediram a contagiante alegria
dos muangolês. Perdendo ou ganhando,
mostramos ser um povo bué fixe.
De tudo um pouco de Angola, Hannover
desfrutou. Desde a cabetula ao ku duro,
passando pela tarrachinha, não houve pé
capaz de resistir ao “choque” melódico de
Angola.
Era só ver os alemães a tarrachar “M’boa
Ana”, os japoneses a kabetular, os mexicanos
na dança da bexica, os brasileiros a sambar
para sentir orgulho e reafirmar que vale a
pena ser angolano.
Também os da casa, em Hannover, não
faltaram. Muitas caras conhecidas fizeramse presentes. Cada qual a seu jeito chegou,
viveu e conviveu a festa de Angola em terras
alemãs.
A esta hora, muitos ainda guardam
saudades. Outros fazem contas à vida ante
os kilapís assumidos. Outros tantos colhem
tempestade pelos ventos semeados. No
entanto, ainda assim, Hannover participou
da festa do “Mundial” à boa maneira angolana.
Julho 2006
19
MEMÓRIA
ANTÓNIO FRANCISCO PEDRO
“A LOGÍSTICA DEVE SERVIR DE MODELO”
formação técnica profissional, para
reforçar a capacidade em recursos humanos da empresa, no âmbito do “PRH
2000”.
“O PRH 2000 é uma ferramenta que
permite gerir, em termos de recursos
humanos, cargos, funções e a gestão de
carreiras, de um modo geral, enquanto
o processo de avaliação de desempenho
permite à empresa conhecer o grau de
capacitação profissional dos seus trabalhadores e acompanhar a evolução
das suas actividades, espírito de criatividade e melhoria de desempenho”,
destacou António Pedro, para quem
a pontualidade e assiduidade, vistas
como gestão de rendimento de tempo,
“permite-nos provar a nossa entrega e
desempenho, com base nos objectivos
preconizados pela empresa”.
No final da conversa, António
Pedro não deixou de expressar a sua
opinião acerca do “Ngol Notícias”.
“É um instrumento importante, que
proporciona a todos os trabalhadores
informações que nos permitem estar
ao corrente dos projectos em curso na
empresa. Acima de tudo, proporciona
uma leitura abrangente, não só do
ponto de vista informativo, mas
também formativo”.
António Francisco Pedro, casado, pai de sete filhos, é assistente de Recursos
Humanos e trabalha na Logística há três anos, ou seja, desde a criação da Sonangol de
Logística.
“Comparada com o passado, podemos dizer que se trata de uma caminhada sólida,
assente em alicerces sólidos, ou seja, um percurso recheado de acções que nos orgulham e
prestigiam a nação angolana”, sublinhou António Pedro à pergunta sobre o que achava da
“Logística de ontem e de hoje”.
Ao referir que a atenção dedicada aos trabalhadores pela Direcção de
Logística “deve servir de modelo para as muitas empresas”, acentuou que,
para si, uma das coisas marcantes ao longo dos 30 anos de existência
da Sonangol, tem a ver com o enquadramento do novo pessoal com
20
Ngol NOTÍCIAS
HISTÓRIA
Como nasceu e cresceu a Sonangol?
A Sonangol, Sociedade Nacional de Combustíveis de
Angola, foi criada a 25 de
Fevereiro de 1976, na sequência da actividade de
um grupo de trabalho de
que resultou a Comissão
Nacional de Reestruturação
da Indústria Petrolífera e da
nacionalização da ANGOL que
deu igualmente origem à Direcção
Nacional de Petróleos que dependia do
Ministério da Indústria.
Cristina Novaes
O decreto
nº 52/76, de 9 de Junho,
formalizou a existência da SONANGOL,
Sociedade Na-cional de Combustíveis de
Angola, Unidade Económica Estatal (U.E.E.).
Os estatutos da Sonangol foram alterados, nos
últimos trinta anos, três vezes. Os primeiros
estatutos foram aprovados em 1976 e alterados
pelo decreto nº 8/91 de 16 de Março. Em 1999,
o decreto n.º 19, de 9 de Abril, deu origem à
actual configuração da empresa.
Em 1976 foi nomeada uma Comissão
de Gestão encarregue da criação das infraestruturas que assegurassem o bom funcionamento da Sonangol. Em resultado das
mesmas, a Sonangol comprou as instalações
da Texaco, Fina e Shell e, fruto de um acordo,
ficou com as da Mobil. No processo, a Sonangol
absorveu ainda os antigos trabalhadores de
empresas petrolíferas.
O trabalho da Comissão de Reestruturação
do sector petrolífero leva a que, em 1978, o
Governo promulgue a Lei do Petróleo, que
transforma a Sonangol na concessionária exclusiva da prospecção do petróleo no país.
Ainda em 1978, com a renegociação
das concessões da Cabgoc e da Petrangol,
a Sonangol passa a deter 51 por cento nas
actividades produtivas existentes no País.
Também em 1978, o Governo, através da
chamada Lei 13, de Agosto de 1978, dividiu
a plataforma continental angolana em 13
blocos, de águas rasas (até 200 metros), com
aproximadamente quatro mil quilómetros
quadrados cada um, nos quais poderiam
operar companhias estrangeiras interessadas,
em regime de partilha de produção.
No ano da criação da Sonangol (1976), a
produção registou uma quebra, caindo para
100 mil barris/dia provenientes de três áreas:
offshore de Cabinda, onshore do Kwanza e do
Congo. Em 1974, tinha sido batido o recorde
da produção colonial com 172 mil barris/dia.
A reorganização do sector, o novo
enquadramento legal e fiscal, os custos de
produção relativamente baixos praticados em
Angola, atraíram investimentos significativos
e contribuíram para o aumento da produção,
a partir de 1982.
Em 1988, a produção atingia já os 441.800
barris diários, cerca de 160 por cento acima
do nível de 1974 mas esse viria a tornar-se
muito mais importante do que o aumento
da produção em si. Ele representa para a
Sonangol, uma reorientação estratégica para a
associação em cooperação em águas profundas,
ou seja até uma profundidade de 1500 metros
contra os anteriores 200 metros das águas rasas.
A exploração em águas profundas começou
em 1991 com a adjudicação do Bloco 16 a que
seguiram os Blocos 14, 15, 17, 18 e 20.
Em 1998, a Sonangol deu um novo salto
tecnológico, avançando para a exploração
de hidrocarbonetos em águas ultra-prow
fundas (entre os 1500 e os 2500 metros de profundidade).
A actual produção do petróleo em Angola
é de cerca de um milhão e trezentos mil barris
por dia, dos quais cerca de 85% se destinam
essencialmente para a exportação e o restante
para o mercado interno (Refinaria de Luanda).
As previsões apontam para uma produção diária
de dois milhões de barris no final de 2007.
Hoje, a Sonangol é uma das mais importantes companhias petrolíferas do mundo.
A sua actividade principal faz dela a sétima
fornecedora de petróleo para os Estados Unidos
e o maior produtor subsahariano, posições essas
que tendem a ser melhoradas em função das
novas descobertas e do aumento previsto da
produção.
Julho 2006
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SAÚDE
Saúde ocupacional
A DSM tem vindo a constactar
uma fraca afluência de trabalhadores das diversas
áreas da Sonangol EP para
a realização dos exames de
saúde ocupacional.
A DSM tem vindo a constatar uma fraca
afluência de trabalhadores das diversas áreas
da Sonangol EP para a realização dos exames
de saúde ocupacional.
A Sonangol EP dá grande importância à
saúde ocupacional, que tem como objectivo
a promoção e manutenção, no mais alto
grau, do bem-estar físico, mental e social
dos trabalhadores em todas as ocupações, a
prevenção de doenças ocupacionais causadas
pelas suas condições de trabalho e a protecção
dos seus empregados dos riscos resultantes
22
Ngol NOTÍCIAS
de factores adversos à saúde Em resumo, a
adaptação do trabalho ao homem e de cada
homem ao seu próprio trabalho.
Assim, a DSM relembra os procedimentos
que devem ser observados por todos, a saber:
os exames médicos deverão ser realizados a
todos os trabalhadores e candidatos a emprego
antes da sua admissão ou nos quarenta e
cinco (45) dias imediatos (trabalhadores sem
vínculo pleno, estagiários ou em período
experimental); os exames serão realizados
mediante marcação e compreendem anamnese
(*) clínica e profissional, exame de aptidão
física e mental e exames complementares de
diagnóstico.
O exame médico será realizado em duas
etapas – exames complementares, anamnese
e exame físico – e será renovado a cada dois
anos, para trabalhadores entre os 18 e 45 anos,
e anualmente para os demais trabalhadores.
Após a realização do exame, será emitido
um Atestado de Saúde Ocupacional, que
deverá ser arquivado no processo individual do
empregado, no órgão de Recursos Humanos,
para efeitos de fiscalização das
autoridades competentes. No
atestado de Saúde Ocupacional
constará a especificação de “apto”
ou “inapto” para a função a que se
candidata ou exerce ou para qualquer
outra função. No caso de inaptidão para
a função a que o trabalhador se candidata
ou exerce serão recomendadas actividades
alternativas.
Para se evitarem constrangimentos no
processo produtivo resultante da ausência dos
trabalhadores para a realização dos exames
médicos, as deslocações destes à Clínica
deverão ser coordenadas pela respectiva assistente social, que procederá à marcação dos
exames complementares e consultas médicas
nos dias estabelecidos.
Se ainda não fez os exames, contacte já
a sua assistente social. A sua saúde é muito
importante.
* Anamnese: Conjunto de informações dadas
ao médico pelo paciente sobre o seu passado
e história de doença (s).
PONTO DE VISTA
Comunicação e Informação Organizacional
ROSÁRIA NETO
Para os colaboradores de uma organi-
zação, os princípios de uma comunicação interpessoal são extremamente necessários. É através
de uma comunicação eficaz que são obtidos
resultados. Para conseguir este nível eficaz de
comunicação, os colaboradores devem estar
empenhados a ouvir e a transmitir informação.
Assim, forma-se a base de transmissão de
informação necessária entre colaboradores do
mesmo departamento ou departamento diferentes. É necessária sempre vontade e empatia
por parte dos participantes para este processo de
comunicação e informação.
Em relação ao canal, para as mensagens
mais complexas, devemos utilizar os canais
mais ricos, nomeadamente os encontros “facea-face”, porque permitem uma resposta imediata
do receptor. Ou, de um modo mais formal, os
colaboradores podem organizar reuniões, nas
quais as chefias informam os seus subordinados
sobre a introdução de nova tecnologia e recolhe
opiniões e sugestões para a introdução desta
mudança.
No entanto, a utilização de cartas, memorandos ou dos boletins informativos, tem
a vantagem de ser formal e de ser difundida
facilmente, ganhando-se tempo se o contacto
implica diversificadas pessoas. Sendo assim, a
ausência de resposta imediata do receptor pode
ser vista como vantajosa quando o emissor vai
comunicar algo que sabe ter o desacordo do
receptor, mas nada pode fazer para alterar a
situação.
Outra das vertentes também muito importantes na comunicação é o “feedback”. É importante saber se a mensagem foi recebida pelo
receptor de forma correcta e qual o resultado
do seu conteúdo. A ausência de “feedback” faz
aumentar as dúvidas sobre a informação transmitida e recebida e pode ocasionar hostilidade
nos receptores em relação aos emissores, pondo
em questão a continuidade do processo de
comunicação.
Na verdade, a comunicação constitui um
comportamento organizacional subjacente à vida
da organização e à dos seus membros. O processo
através do qual a informação é transmitida na
organização é a relação estabelecida entre os
indivíduos que dela fazem parte. A comunicação
entre os diferentes elementos que a constituem
faz com que a informação circule e as relações
sejam criadas. A informação circula através da
estrutura das organizações, seguindo trajectos
descendentes, ascendentes e laterais.
No trajecto descendente, a informação segue
a linha hierárquica do topo estratégico até o
centro operacional (Mintzberg, 1979). No que
diz respeito a um nível mais geral, o objectivo
desta comunicação é informar os diferentes
participantes sobre a cultura da organização, as
características gerais do negócio, da envolvente
externa ou de práticas específicas da organização.
No que diz respeito a um nível mais específico,
podemos referir a informação sobre a realização
de tarefas e os resultados do desempenho.
A comunicação descendente tem sido
utilizada, cada vez mais, com o intuito de passar
informação geral sobre a cultura, o negócio e a
estratégia da empresa. Este tipo de comunicação
é mais notório nas grandes empresas, embora as
empresas de pequenas dimensões comecem a
vulgarizar a utilização desta comunicação.
Como mecanismos formais para a transmissão desta informação, podemos destacar:
Documentos escritos (newsletters e revistas
de empresa)
Organização de vídeos e outros audiovi-suais
para a apresentação
Organização de seminários ou cursos de
formação destinados a transmitir a sua cultura
e estratégia
As reuniões de informação
Internet (sites institucionais)
Intranet
B2E (projecto realizado em empresas com
dimensão multinacional, baseado numa Intranet
mais interactiva e desenvolvida)
Quanto maior for a coerência e consonância
entre estes diferentes meios de transmissão desta
informação, mais eficaz será este processo.
Outro aspecto também muito importante
são as reuniões de informação, pois não só se
transmite informação como há um “feedback”
imediato.
No trajecto ascendente a informação circula no sentido dos colaboradores, quer individualmente, quer em grupo, para posições
superiores, com o objectivo de intervir na
resolução de problemas encontrados no seu
trabalho, ou na organização no seu conjunto.
Esta técnica é utilizada de uma forma
mais restrita, no sentido em que se encontram
apenas nas organizações que possuem produtos
mutáveis e envolventes externas.
O trajecto lateral refere-se à troca de
informação que ocorre entre departamentos e
funções distintas do mesmo nível hierárquico
e tem como objectivo fundamental coordenar
as actividades entre estas unidades e o
suporte sócio-emocional que os membros da
organização se dão mutuamente.
Concluindo, no seu todo, há sempre que
considerar uma boa gestão de comunicação.
Ou seja, é necessário haver um critério rigoroso
de selectividade, para que a informação a ser
transmitida não o é em excesso, provocando
assim barreiras a essa mesma informação e à
sua utilização. Por isso é que se torna muito
importante numa organização determinar
quem exactamente lida com a informação, com
que informação e vinda de que fontes.
Por conseguinte temos também de realçar
o planeamento da informação. Nenhuma
componente informacional poderá chegar ao
seu destino correctamente senão houver um
planeamento da informação a ser passada.
Julho 2006
23
MARKETING
MARKETING BANCÁRIO
Compreender os clientes não
deve ser simplesmente um imperativo de Marketing, mas
sim uma obrigação, uma assessoria mais idónea. Por isso,
pode-se concluir que tanto
como nas outras organizações, o serviço de atenção ao
cliente e qualidade são atributos mais importantes.
fidencialidade das operações e
discrições do pessoal
Capacidades de respostas
as suas neces-sidades.
Rapidez dos serviços nas
agências, rapidez dos serviços
na caixa, tempo que empregam
nos telefones, tempo que levam
JOAQUIM M. DO NASCIMENTO
em anunciar as informações,
horário de atendimento ao
público, serviços rápidos, dis-ponibilidade
Um bom serviço proporciona como vanda informação nas agências e na caixa, pretagens:
disposição dos empregados em ajudar quando
Melhoria da fidelidade do cliente que,
surgem problemas ou dúvidas, predisposição
com a sua satisfação, poderá dar lugar à
dos gerentes em ajudar quando surgem
repetição de operações e, com isso, inproblemas ou dúvidas, grau de utilização de
cremento do negócio;
sugestões da clientela para melhorar serviços.
Atrai novos clientes graças a transmissão
Concluindo, os problemas ora apresentados
de boca a boca da imagem positiva;
devem merecer a consideração das autoridades
Crescimento das oportunidades de vendas;
bancárias, dos bancos e dos beneficiários
dos serviços. As autoridades bancárias,
Valorização da instituição e dos empreuma vez que a regulação e supervisão eficaz
gados;
proporcionam uma concorrência perfeita entre
Perguntar-se-á como se pode medir a
os bancos. Os bancos, porque deles é chamada
qualidade do serviço bancário. As persa responsabilidade de conquistar cada vez mais
pectivas de clientes sobre o serviço se avaa confiança da clientela, pois, dispor de bancos
liam partindo de suas expectativas sobre:
sólidos e eficiente sistema de intermediação
Características físicas e instalações;
revestem de uma importância tremenda rumo
A comodidade, a facilidade de acesso, o
ao desenvolvimento. Aos clientes, porque,
conjunto do equipamento, a privacidade,
com a existência de código de conduta ética
a segurança física, a aparência dos empreque descreve os compromissos assumidos
gados, (os mais importantes).
pelos bancos para com os clientes, assessora
esses sobre os seus direitos facilitando assim
eventuais pressões e reclamações. Com isso,
Fiabilidade
os bancos poderão esforçarem-se para alcançar
Associa-se com a segurança das operações,
defeitos zero.
a capacidade de fazer bem as coisas, a capacidade de cumprir-se com as promessas e a
Bibliografia consultada:
qualificação do pessoal.
“Comercialização de Serviços Financeiros”, de Peter J. McGoldrick, Steven J.
O pessoal com quem tem contacto.
Greenland, edição de McGraw-Hill.
Honestidade e honra, conhecimento e atitu“Las crisis bancárias em América Latina”,
des, amabilidade e simpatia, respeito e consido Banco Interamericano de Desenderação que demonstram, conhecimento das
volvimento e Fundo de Cultura Económica
necessidades do cliente, atenção personalizada,
esclarecimentos que dão sobre os serviços,
“Negociar com Sucesso”, de Júlia Tipler.
forma em que se ocupam de queixas, a con24
Ngol NOTÍCIAS
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A FECHAR
FRASE PARA PENSAR
“A maior recompensa para o
trabalho do homem não é o que
se ganha, mas o que ele nos
torna“.
DICAS
O certo no trabalho...
...e os erros mais comuns
No escritório ou encontro de negócios, o que vale é
a sobriedade. Ternos escuros e gravatas discretas
são as melhores apostas. Cuidado com o tamanho
do paletó. Pano sobrando nos ombros ou faltando
nos punhos é um tiro na elegância. Por último: jeans
no trabalho, só às sextas-feiras e, mesmo assim,
apenas se a empresa for adepta do casual friday
CURIOSIDADES
SABIA QUE...
O Cacau era moeda entre os Maias
As sementes de cacau tinham grande valor para os
Maias, povo nativo da América Central. Além de usá-las
para fazer o “tchocolath”, bebida de rituais sagrados,
cerimónias e considerada medicinal, as sementes tinham função de moedas. 400 delas formavam um zontli,
enquanto o portador de oito mil sementes tinha na
verdade um xiquipilli. Quanto isso representava? O preço
de um coelho era oito sementes, já um escravo podia ser
adquirido por apenas 100 unidades (ou 0,25 xiquipillis).
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Ngol NOTÍCIAS
O repto do PCA
Engana-se redondamente quem pensa que, aqui na nossa casa,
tudo são apenas louros. Como humanos que somos, devemos ter
a humildade e destreza de reconhecer que não estamos isentos de
cometer erros. Assim é por aqui, assim acontece em toda a parte
onde a vida faz morada.
Disse, e disse-o bem, o presidente do Conselho de Administração
da Sonangol, Manuel Vicente, que é preciso aprender com os erros e
traçar novos e mais ambiciosos horizontes. De facto, os erros servem
para despertar, para corrigir, para melhorar. Nesta vida, sempre e
cada vez mais intensa, só não erra quem não trabalha. Afinal, os
seres humanos não são perfeitos.
No seu mais recente improviso, quando da recente realização do
TOP 60, Manuel Vicente foi contundente. Em poucas palavras,
deixou muitos e pertinentes recados. De forma sintética e objectiva,
disse ser necessário falar menos e trabalhar mais. De maneira
concisa e precisa, clareou mentes e serenou corações.
Cair em entusiasmos exagerados constitui erro gritante. Adormecer
à sombra dos bons resultados algum dia pode ser fatal. Teorizar sem
praticar é meio caminho andado para o insucesso. É assim a vida no
seu incessante evoluir.
Disse e disse-o bem o nosso “chefe”: temos de fazer da união a nossa
força, o bem fazer, a nossa divisa, o cumprimento das metas e os
objectivos, o nosso desafio, a nação, a nossa bandeira.
É certo que estamos no bom caminho. São irrefutáveis as nossas
conquistas. Crescemos e nos consolidamos. Ainda assim, muito há a
percorrer. A caminhada ainda é longa.
Para já, vale o repto de Manuel Vicente. 2007 é o ano de referência,
em nome do mais e do melhor. O desafio está lançado. Agora, é
preciso trabalhar e fazer da lição o exemplo.
Boa sorte!
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