Julho 2006 • N.º 105 Segurança empresarial em análise Faleceu Afonso Nzuanene Sonangol expõe na Alemanha Jeremias Coelho na reforma Julho 2006 1 2 Ngol NOTÍCIAS A ABRIR N.º 105 • Mensário Informativo do Grupo Sonangol Inovar Ao tomar contacto com a presente edição de “Ngol Notícias”, certamente, os nossos estimados Julho 2006 • N.º 105 Faleceu Afonso Nzuanene FICHA TÉCNICA Propriedade Sonangol EP Conselho de Administração Presidente Manuel Vicente Administradores Syanga Abílio Anabela Fonseca Mateus de Brito Fernando Roberto Editor Gabinete de Comunicação e Imagem leitores aperceber-se-ão de algumas mudanças no ser e estar deste veículo de comunicação da Sonangol. Tal como nas organizações, no “Ngol Noticias” a mudança é igualmente um factor constante. É nossa preocupação, sempre e quando necessário, proceder a alterações temático e editoriais, apenas e tão-somente com o objectivo de oferecer um melhor produto e um serviço a altura dos anseios e expectativas dos nossos muitos leitores, no país e no estrangeiro. A “micro-remodelação” operada rejuvenesce o nosso mensário, torna-o mais dinâmico e actuante e apresenta temas mais sugestivos, de interesse para todos quanto directa ou indirectamente fazem parte da grande família Sonangol. Entre as boas novas, regista-se o surgimento de novas rubricas, mormente sobre recursos humanos, tecnologia, história, comunicação, segurança, elo e quotidiano, perfeitamente adequadas à nova vida informativa que se pretende alicerçar. Mas de novidades não ficamos por aqui. Foram já accionados alguns mecanismos de melhoria dos canais de distribuição, com intuito de fazer chegar o “Ngol Notícias” a todos os trabalhadores da Sonangol em tempo oportuno. Com este inovador passo, acreditamos, informação é o que não vai faltar na nossa organização. De edição em edição, abordaremos de forma mais plural tudo quanto constitua actualidade, quer na perspectiva institucional, quer na perspectiva dos negócios e de responsabilidade social. Como recentemente disse o presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Manuel Vicente, temos de aprender com os erros e pensar em novos e mais ambiciosos horizontes. Por cá, pelo menos, entre nós, fazedores de comunicação, a mensagem chegou, foi assimilada e está interiorizada. Até a próxima edição! Director João Rosa Santos Conselho Editorial Miguel Mendonça, Lúcia Anapaz, José de Oliveira, Sónia Santos, F. Vieira Dias, Carlos Guerreiro, Octávio Fonseca, Cristina Novaes, José Mota, Beatriz Silva Assistente Executiva Paula Almeida Fotografia José Quarenta, Quintiliano dos Santos, Joy Artur, Carlos Gonçalves Revisão Cristina Novaes Sede Rua 1º Congresso do MPLA, 8/13, Luanda - Angola Caixa Postal 1316 Telefones: 63 21 00 / 63 21 03 Telefax: 39 77 28 E-mail: [email protected] SUMÁRIO PCA Alerta Gestores Pág. 04 Filomena Rosa “Acreditamos num futuro melhor” Pág. 14/15 Registo M.C. Social 193/B/97 Design Pós Imagem Design E-mail: [email protected] Maquete Imagem Vip, LDA E-mail: [email protected] Impressão Linmaranda Novos Como Responsáveis da Sonair tomam posse Pág. 05 nasceu e cresceu a Sonangol? Pág. 21 Tiragem 5000 Exemplares Julho 2006 3 QUOTIDIANO PCA ALERTA GESTORES O presidente do Conselho de Administra- ção da Sonangol EP, Manuel Vicente, convidou os gestores da empresa a considerarem o ano 2007 como uma referência para o alcance de mais e melhores resultados. No repto, lançado durante o Workshop sobre a Nova Metodologia de Planeamento, recentemente realizado em Luanda, Manuel Vicente reconhece ser necessário aprender com os erros e perspectivar novos e mais “ambiciosos” horizontes. Das conclusões e recomendações saídas do Workshop (Top 60) é dado particular destaque à formação de analistas, estrategas e gestores de projectos, à necessidade das informações prestadas estarem alinhadas em função dos objectivos estratégicos, de negócios, dos projectos e da revisão do sistema de informação. O administrador Syanga Abílio, ao declarar encerrado o evento, apelou ao empenho e dedicação dos participantes para a consecução dos objectivos traçados. Logística assinala aniversário Em alusão ao 3º aniversário da sua criação á 8 de Julho de 2003 realizou-se recentemente um Um almoço de confraternização em todas as Instalações e Terminais e com todos os trabalhadores da Sonangol Logística. MANUAIS DE ORGANIZAÇÃO A Direcção de Auditoria e Normalização dá a conhecer que estão disponíveis, no “Portal da Sonangol”, uma pasta com documentos 4 Ngol NOTÍCIAS Na ocasião, a Presidente do Conselho de Gerência, Filomena Rosa, endereçou uma mensagem de felicitações e desejou a todos os trabalhadores votos de êxitos na vida pessoal, profissional e muita saúde, na companhia dos respectivos familiares, tendo aproveitado a oportunidade para realçar a importância da data com uma chamada de atenção de que é preciso que cada um de se consciencialize das suas responsabilidades e obrigações, que saiba cumprir com zelo, dedicação e profissionalismo as tarefas a si acometidas e que, todos juntos, possam fazer da Sonangol Logística um lugar em que todos e qualquer um gostaria de trabalhar. Ainda no quadro das comemorações do 3º aniversário da Sonangol Logistica, aconteceu uma partida de Futsal Manuel Berenguel na qual a equipa do Edifício Sécil venceu por 2-1 a equipa mista das Instalações sedeadas em Luanda. No encerramento do acto, a Presidente do Conselho de Gerência fez a entrega a todos os participantes de medalhas alusivas ao 3º aniversário da criação da Logística. produzidos por essa Direcção e que se referem aos Manuais de Organização. positório de Documentos/parte Técnica/DAN. Assim, os trabalhadores da Sonangol EP e Subsidiárias poderão consultar e imprimir os referidos manuais da sua área de afectação, acedendo ao Portal, através do “Links, Favoritos/PDM-Re- Nesta fase só estão disponíveis os Manuais de Organização. Os restantes documentos normativos estarão disponíveis em breve. QUOTIDIANO Novos responsáveis da Sonair tomam posse Em despacho datado de 10 de Julho e rubricado pelo Presidente do Conselho de Administração da SonAir, Santos Domingos, foi criado o Departamento de Agências e Marketing na Direcção Comercial. O mesmo despacho extinguiu a estrutura orgânica da Direcção Comercial a Secção de Assistência a Passageiros. Em substituição foram criadas as Secções de Assistência de Voos Executivos e Houston Express e de Assistência a Passageiros de Voos Regulares, Spots e de Contratos. Em outros despachos foram nomeados e já empossados, Evelise Alexandra Gaspar Neto Azevedo, Chefe do Departamento de Agências e Marketing, Nuno Fernando Leitão Ribeiro, Chefe do Departamento de Gestão de Contratos, Rui Paulo Pimentel Carapichoso, Chefe do Departamento de Coordenação e Tráfego, Mateus Gil Francisco Neto, Che-fe da Escala da SonAir na Província da Huíla, Nelson Upale Jorge de Freitas, Chefe da Escala da SonAir na Província de Benguela, António Garrido Prado de Sousa, Chefe da Secção de Abastecimento às Aeronaves, Hermínia Joaquim Moniz da Silva Alpoim, Chefe da Secção de Assistência a Voos Executivos e Houston Express e Alberto de Jesus Uomuto, Chefe da Secção de Assistência a Passageiros de Voos Regulares, Spots e de Contratos. Por outro lado Francisco Afonso, por conveniência de serviço, foi exonerado do cargo Trabalhadores recebem mensões honrosas O Conselho de Administração da Sonan- gol EP decidiu atribuir “Menções Honrosas” a alguns trabalhadores da empresa, pelo empenho e dedicação demonstrados na organização das actividades comemorativas do 30º aniversário da empresa. Foram agraciados com a distinção João Rosa Santos, coordenador da “Comissão Sonangol 30 anos”, João André, coordenadoradjunto, e Encarnação Gonçalves, Miguel Mendonça, Agostinho Neto e Amândio Dala, ambos responsáveis de subcomissões de trabalho. Receberam igualmente menções honrosas Cristina Novaes, Apolónia Airosa, Anabela Santos, José Mota, José Oliveira, Sónia Santos, Margarida de Sousa, Teresa Nestor, Isabel Lando, Domingas de Almeida e Ramiro Araújo. A deliberação do Conselho de Administração, assinada pelo seu presidente, Manuel Vicente, reconhece que, “a colaboração de todos foi essencial para que os 30 anos da Sonangol fossem comemorados num ambiente de paz e harmonia e, fundamentalmente, reforçando o sentimento de pertença”. de Chefe do Departamento de Coordenação e Tráfego. Estiveram presentes para a tomada de posse os Membros do Conselho de Administração, do Conselho Fiscal e do Conselho de Direcção da SonAir. FALECEU AFONSO N´ZOANENE Vítima de doença, faleceu às primeiras horas do dia 20 de Julho, em Londres, Afonso N´Zoanene, Gerente da Sonangol Gás Natural (Sonagás). Ao longo do seu percurso laboral, Afonso N´zoanene soube emprestar o melhor do seu saber e talento no cumprimento das mais variadas tarefas e responsabilidades a si acometidas, contribuindo, desta forma, activamente para desenvolvimento e progresso da Sonangol. O Conselho de Administração, a Comissão Sindical e os trabalhadores da Sonangol EP lamentaram a perda prematura de tão importante quadro. QUOTIDIANO Sonangol no Fórum sobre Responsabilidade Social A Sonangol esteve presente no 1º Fórum Angolano sobre Responsabilidade Social das Empresas, que reuniu entre 19 e 20 de Julho, em Luanda, cerca de 200 empresários nacionais. Promovido pelo Fórum Social Angolano, o encontro teve como objectivo sensibilizar os participantes e organizações sobre o seu papel como activos da responsabilidade social e demonstrar de que forma a integração de práticas socialmente responsáveis abre oportunidades e acrescenta valor às empresas e à sociedade. No encontro foram analisados temas como “Modelos, Processos e Instrumentos Promotores da Responsabilidade Social”, “Transparência e Accountability”, “Práticas Ambientalmente Responsáveis”, “Políticas Públicas”, “A integração da RSE nos novos modelos de Governança Corporativa” e “Parcerias e Relação com a Comunidade”. A Sonangol EP, na sua apresentação sobre “O Compromisso da Sonangol com a Comunidade – Passado, Presente e Futuro” fez um balanço da sua relação com a comunidade, da importância da responsabilidade social na DISTRIBUIDORA NOMEIA RESPONSÁVEIS Na sequência da sua recente constituição em Sociedade Comercial Anónima e considerando a necessidade de proverem os cargos com titulares das estruturas organizacionais na Sonangol Distribuidora, SA, por despacho datado de 2 de Maio, foram nomeados para exercerem os cargos de Chefes de Departamento da Direcção de Recursos Humanos: António Daniel Mainga, Chefe de Departamento de Planeamento e Avaliação, Domingas Celestino Reis de Almeida, Chefe 6 Ngol NOTÍCIAS de Departamento de Acção Social, Eunice de Fátima Palege Jasse Pereira Inglês, Chefe de Departamento de Administração de Recursos Humanos e Helga Ribeiro Ferreira Carneiro, Chefe de Departamento de Formação e Desenvolvimento. Já para Chefes de Secção da DRH/D foram nomeados: Carlos Leopoldo dos Santos Ribeiro, Chefe de Secção de Efectividade e Compensação, Djamila Huguette Silva de Almeida Barros, Chefe de Secção de Gestão de Carreiras e Alto Empresa bem como sobre as perspectivas futuras desse relacionamento. No final do encontro, os participantes recomendaram como prioridade a adopção de políticas sociais responsáveis por parte das empresas que operam no país. Em conclusão entendem que a responsabilidade das empresas com a comunidade deve ser entendida como um conceito que englobe a dimensão económica, social, ética e ambiental da gestão moderna. Mas este relacionamento deve ser traçado a partir do topo das organizações, no seguimento de políticas que resultem em benefício para a imagem da empresa e dos seus funcionários. Foi igualmente referido que é preciso assumir a responsabilidade social empresarial como parte da actividade económica, na medida em que esta torna a empresa num actor social relevante, fazendo jus à liderança na rentabilidade com a liderança social. No fórum em que participaram ministros, administradores públicos e privados, gestores de topo, directores e responsáveis de áreas funcionais de empresas, estudantes universitários, igrejas e comunicação social, a Sonangol esteve representada pelo Director do Gabinete de Comunicação e Imagem, João Rosa Santos, pelo Assistente Jurídico do PCA, Domingos Salvador Vaz e ainda por técnicos do GQSSA e do GCI/H, Garcia Sozinho e Cristina Novaes, respectivamente.. Potencial, Elias Lubaco, Chefe de Secção de Planeamento e Selecção, Eunice Júlia de Almeida da Silva Coelho, Chefe de Secção de Auditoria Social e Maria do Carmo Bessa da Silva, Chefe de Secção de Serviços Sociais. SEGURANÇA Segurança empresarial em análise MAIS PROFISSIONALISMO E PRAGMATISMO O Administrador da Sonangol EP, Fernando Roberto, reconheceu em Luanda, a necessidade de se olhar diferente para a segurança na empresa. que assegurem níveis de desempenho mais satisfatórios. Na reunião, que decorreu sob orientação do Director do Gabinete de Protecção e Segurança da Sonangol EP, Victor Santos, foram analisados em profundidade assuntos ligados ao sector. Foram feitas algumas apresentações de onde se destacam as referentes à “Estrutura Organizacional de Recursos Humanos”, pro- ferida pelo Director de Recursos Humanos da Sonangol EP, João André, “Comunicação vs Segurança Empresarial – Uma perspectiva de Interacção Funcional”, pelo Director do Gabinete Comunicação e Imagem, João Rosa Santos e “Educação e Cultura sobre Qualidade, Saúde, Segurança e Ambiente” da responsabilidade do Director de Processos e Qualidade da Sonangol Distribuidora, Inácio Costa. Paula Almeida DISTINGUIDOS TRABALHADORES DO GPS Fernando Roberto, que falava no acto de abertura da 1.ª Reunião Alargada de Protecção e Segurança do Grupo Sonangol, disse igualmente ser imperioso ter humildade, honestidade, coerência e dinamismo para se alcançarem os objectivos que sustentam a existência da área. Na oportunidade, o também supervisor da função Segurança na Sonangol, anunciou para breve a implementação de um programa de reestruturação da função bem como algumas medidas pertinentes Jeremias Coelho e André Pitra, ambos trabalhadores afectos ao Gabinete de Protecção e Segurança da empresa, foram recentemente distinguidos com menções honrosas, outorgadas pelo Conselho de Administração da Sonangol EP; A dedicação e empenho no cumprimento das tarefas a si acometidas, bem como zelo e brio demonstrados ao longo dos anos de serviço, determinaram a decisão da Administração da empresa na concessão de tão honrosa distinção. Julho 2006 7 TRABALHADOR EXEMPLAR JEREMIAS COELHO PASSA A REFORMA A certeza do dever cumprido Aos 60 anos de idade, Jeremias coelho despede-se da actividade profissional activa. Embora ainda incrédulo, seu rosto traduz a expressão viva da emoção, entre a saudade e a satisfação do dever cumprido. É a reforma que bate as portas deste homem que durante 22 anos fez da Segurança Empresarial uma paixão de todos os dias. João Rosa Santos A trajectória profissional de Jeremias Coelho é como um livro aberto sem borrões. Uma caminhada de sonho, longe de polémicas e alicerçada na força da humildade, da coerência, da honestidade. Os contemporâneos descrevem-no como um homem de bem. Outros vêm nele um “tipo” de trato fácil, delicado, vem verdadeiro exemplo de amor ao próximo. Neste somatório de opiniões quase não restam duvidas de que Jeremias Coelho, hoje tal como ontem, continua sendo admirado, querido e acarinhado por todos. 8 Ngol NOTÍCIAS Na hora da passagem a reforma recorda bom e maus momentos vividos neste percurso de vida que já vai longo. Fala das emboscadas por que passou, da manutenção da mesma categoria profissional durante muitos anos, das arriscadas missões que cumpriu e, ainda assim, diz-se satisfeito porque sempre acreditou em dias melhores. Igualmente faz questão de sublinhar, não sem lágrimas nos olhos, o momento maior da sua vida quando conseguiu entrar para a Sonangol e remata sem pestanejar – “custou mas consegui vestir a camisola da maior empresa de Angola”. Divorciado e pai de sete filhos, todos estudantes, clama por algum apoio na sua formação. A propósito refere que já encetou contactos junto da Direcção da empresa neste sentido e, ansiosamente, aguarda pela anuência da sua petição. “Não quero morrer sem que os meus filhos tenham o canudo superior”, acrescenta. Jeremias Coelho diz que de agora em diante vai tentar fazer qualquer coisa. Segundo ele a carrinha que lhe foi ofertada pelo Conselho de Administração pode vir a dar um jeito para vencer a monotonia. Diz estar sem pressa e acredita que o tempo será o seu grande professor. Para já, a próxima prioridade de Jeremias está Identificada. Ter casa própria. Esta inscrito na Cooperativa Cajueiro e não vê chegar a hora de bater uma boa “soneca”, tranquilo, sem as chatices do bichinho das rendas. Para os que continuam no activo a sua mensagem é clara e objectiva: cada deve procurar trabalhar mais e melhor, longe de intrigas e graxismos, para ascender na vida profissional. Um abraço, muitos candandos, entre lágrimas e sorrisos as palmas sucedem-se, Jeremias Coelho, o assistente principal do Gabinete de Protecção e Segurança diz adeus. É chegada a sua hora de reforma. RECURSOS HUMANOS OS OBJECTIVOS DA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO Por seu turno, as direcções de Recursos Humanos estão chamadas a iniciar, manter e reforçar a prática, comunicando o cronograma do ciclo, prover e formar os avaliados e avaliadores e conduzir a revisão do processo ao final do ciclo. Aos avaliadores, cuja missão principal é a condução do pro- A avaliação de desempenho é um processo que permite, através da cooperação dos resultados alcançados com os objectivos esperados, apreciar e analisar o nível de desempenho do trabalhador no exercício da sua função ao longo de um período determinado de tempo. Com a implementação do processo de avaliação de desempenho, a Sonangol pretende melhorar a comunicação entre os níveis hierárquicos, estabelecer o que se espera de cada trabalhador e o seu comportamento, estimular o pessoal a perseguir e superar os seus objectivos e desafios profissionais. O processo tem igualmente por finalidade buscar melhorias na produtividade, qualidade e satisfação do cliente, servir de instrumento para as necessidades de formação e nas decisões de modalidade, promoção e carreira, orientar sobre o desempenho das pessoas, implementar planos de desenvolvimento do pessoal e clarificar o facto de que os resultados são produtos da acção colectiva. A consecução deste grande objectivo em muito depende da participação activa de todos, competindo os presidentes dos Conselhos de Administração comunicar e envolver os gestores e administradores a impulsionar a implementação do processo. cesso, emana a necessidade de participação das acções de formação, fixar objectivos de desempenho, apoiar os avaliados na elaboração do Plano de Actividades, orientar, acompanhar e desenvolver os seus subordinados e elaborar os respectivos Planos de Desenvolvimento. Por último, compete aos avaliados comprometer-se, entender os objectivos fixados do ciclo, elaborar o Plano de Actividades e atingir os objectivos de desempenho. QUALIDADE PROGRESSA-Q NA LOGÍSTICA QSSA, Matriz de Autoridade e Responsabilidade, Auditorias Internas. Estamos a Codificar, Formatar e Controlar todos os Documentos: Processos, proceProcedimentos Administrativos, Técnicos Ope racionais, Instruções de Trabalho e Modelos, de acordo com as Normas Corporativas e Procedimentos Logísticos, num Total de 700 documentos. FATÍMA PASSOS O Processa-Q é um programa de excelência, que visa a gestão de um Sistema Integrado de Gestão, cujo objectivo é a execução prática dos requisitos de um modelo de Gestão da Saúde, Segurança, Ambiente e Qualidade, associado à execução de uma Politica Promulgada pelo Conselho de Administração da Sonangol EP. Nosso Compromisso Divulgamos a Política do QSSA em todas Instalações/Terminais da SNL/L; Elaboramos, verificamos e aprovamos os Procedimentos referentes aos Elementos 1 e 11, respectivamente: Codificação, Formatação, Controlo de Documentos, Revisão pela Gestão do Topo, Comunicação Interna, Apoio à Planificação, Investimentos Estabelecimento e Desdobramento de Objectivos, Planeamento e Estabelecimento de Programas para Promoção da Cultura do 10 Ngol NOTÍCIAS Saúde Ocupacional Tivemos formação sobre Análise Qualitativa na IBV1 e IBV5; Estamos a descrever actividades relacio- nadas com da Função e Relação das Tarefas Segurança (Análise de Riscos e Brigadas de Emergência) Estamos a elaborar Procedimentos de Segurança Locais; Estamos a fazer o Acompanhamento das APP “Recomendações de Análise Preliminar, de Perigos”. Perspectivas Busca de Melhoria Continua Reduzir riscos no negócio através de um sistema de investigação, com a implementação de um Sistema de Gestão de Riscos no Negócio; Proporcionar formação e desenvolvimento para todos trabalhadores e assegurar a implementação e práticas consistentes na Gestão da Qualidade, Saúde, Segurança e proporcionar um bom ambiente a todas Instalações/Terminais. (Todos trabalhadores) Dentre outras acções, a Sonangol Logística está comprometida com a Gestão da Qualidade, Saúde, Segurança e Ambiente como parte integrante dos nossos valores e essencial para o sucesso dos nossos negócios. BARÓMETRO A PALAVRA DOS Trabalhadores Assiduidade e pontualidade ajudam a melhorar desempenho profissional na empresa. Na Sonangol Logística, os trabalhadores refletem profundamente sobre este binória e procuram as melhores vias para atingir níveis cada vez mais satisfatória. De forma clara e objectiva, procuram exprimir as suas opiniões e apontar caminhos para um melhor desempenho laboral a todos os níveis. Atente nesta edição as “bocas” dos nossos colegas da armazenagem CARLOS M. R. MARTINS Supervisor - Sonangol Logística – “Na minha opinião, a assiduidade e a pontualidade, na Sonangol, é medíocre, pelo menos a nível de Luanda, onde nem sempre é possível chegar ao local de trabalho a tempo, principalmente por causa dos problemas relacionados com o trânsito automóvel. Portanto, não é propriamente um problema que tem a ver com os trabalhadores, mas sim com a conjuntura, embora alguns de nós devem rever o seu comportamento”. GOMES ZANGUIC Supervisor, - Sonangol Logística – “A pontualidade e assiduidade, na Sonangol, são dois componentes fundamentais e indispensáveis, pois representam o princípio educativo e disciplinar do trabalhador na organização. Mas, infelizmente, nem sempre são preservados, porque em algumas empresas do Grupo ainda de regista um elevado grau de absentismo”. JERÓNIMO A. CHICOMO Assistente social, - Sonangol Logística – “Trata-se de dois aspectos fundamentais para a melhoria do desempenho profissional e, conse-quentemente, da produtividade. No entanto, nem todos os trabalhadores têm consciência da sua importância. Daí que, às vezes, ainda se verificam muitas faltas ao serviço sem as devidas justificações”. ANTÓNIO M. LIMBA Assistente de estatística - Sonangol Logística – “A assiduidade e pontualidade, na Sonangol, têm sido observados, não como gostaríamos, na medida em que algumas empresas ainda se registam muitas faltas injustificadas. Mas creio que quando todos os trabalhadores tomarem consciência de que se trata de aspectos fundamentais para que a empresa atinja os objectivos preconizados haverá maior empenho e dedicação, elevando-se assim o nível de produtividade”. Julho 2006 11 MARKETING MARKETING NA LOGÍSTICA DIONÍSIO ROCHA Até bem pouco tempo, a Logística era uma área considerada tradicionalmente operacional, sem grandes objectivos comerciais. Mas isso mudou radicalmente, mudando igualmente as responsabilidades. Se antigamente as obrigações da Logística se resumiam apenas em actividade operacional, hoje, ela representa praticamente o segredo do sucesso de uma empresa, que através da orientação das suas estratégias diminui custos e melhora a qualidade do desempenho deste novo segmento de negócio. Estamos a nos referir aos múltiplos esforços utilizados pela Sonangol Logística para desenvolver uma cultura comercial. 12 Ngol NOTÍCIAS Trata-se de uma empresa de esforço integrado, com objectivos de desenvolver acções de valor para o cliente pelo menor custo possível. Existe para satisfazer as necessidades crescentes do cliente, facilitando as operações relevantes ao negócio. Do ponto de vista estratégico, os executivos da Logística procuram atingir uma qualidade predefinida de serviço ao cliente, por meio de uma competência operacional que representa segurança e confiança do negócio. O desafio é equilibrar as expectativas e serviços à realidade do mercado, de modo a alcançar os objectivos da empresa. Neste negócio, como em qualquer outro, desenvolvem-se tarifas, fazem-se previsões de vendas, avaliam-se e interpretam-se dados sobre as necessidades actuais e futuras dos clientes. Realizam-se negociações com clientes e fornecedores, visando optimizar custos e formas de pagamento com prazos de entrega cada vez mais competitivos. Já não constitui segredo para ninguém que o mercado regional torna-se extremamente atractivo e brevemente será mais concorrencial. Daí a necessidade de se cumprirem as obrigações em tempos reduzidos, com a qualidade desejada e menor custo para a organização, tornando-a cada vez mais eficiente, garantindo a satisfação do cliente. O êxito em busca da satisfação crescente dos clientes está directamente relacionado com os esforços da Logística na reabilitação dos parques de armazenagem, rejuvenescimento do quadro de pessoal e formação contínua, do topo à base, almejando eficiência e eficácia operacionais. Estes esforços fazem parte de um quadro amplo de premissas na Logística, onde o importante é a inter conexão entre todos actores no processo, pois, para atender com agilidade e eficácia as necessidades deste mercado cada vez mais complexo, é necessário preparar-se de forma contínua. O Marketing na Logística é um dos processos do eixo do negócio. Tem como ob-jectivo ligar o cliente aos restantes processos da cadeia. A sua importância nesta organização vai além do simples facto do atendimento ao cliente. Hoje, dentro de uma visão moderna do “suply chain management”, os canais de distribuição têm quatro funções básicas: projecção à demanda, satisfação do cliente, pós venda do serviço e troca de informação. Assim sendo, percebemos a importância do Marketing ao serviço da actividade logística, conectando o cliente à cadeia. A gestão da demanda é uma das funções principais do Marketing na Logística, pois, através dela, identifica-se o ponto de equilíbrio entre a capacidade da prestação de serviços e as necessidades dos clientes. É uma actividade de conexão do ponto de consumo ao ponto de execução. Daí a importância da informação ser vital em todos os nichos do negócio da Logística. Torna-se cada vez mais visível um dos maiores capitais desta empresa em fase de embrião, a informação produzida quotidianamente. Isto tem trazido algumas mudanças tais como: Respostas rápidas ao cliente; Modernização de hardware e softwares específicos ao negócio; Informações disponíveis ao cliente interno e externo; Capacidade de desenvolver e criar acções para melhor satisfazer o cliente. ORGANIZAÇÃO Deliberações do Conselho de Administração Por despacho do Presidente do Conselho de Administração da Sonangol EP, Manuel Vicente, datado de 23/06/06, foi criado um Grupo de Trabalho que terá por missão desenvolver todo o trabalho com vista à integração da Sonaship – Companhia de Navegação, Lda, na Sonangol Shipping; Integram o Grupo, Baptista Muhongo Sumbe (Coordenador), Fernando António Vieira Martins, Catarino Fontes Pereira, Policarpo Pinto, José Luís de Carvalho, Rui Manuel, Moisés António Joaquim e J.Singh. O Grupo, que reporta à Administradora Anabela Brito da Fonseca, deverá concluir o trabalho que constitui o objecto do presente Despacho até ao dia 31 de Dezembro do cor-rente ano. Num outro despacho datado de 15.06 06, o PCA PCA da Sonangol EP, exonera Cláudia Patrícia de Brito Fer-nandes da Silva Jeremias, do cargo de Chefe de Secção de Património e Activos Imobiliários, do Departamento de Fiscalidade, da Direcção de Finanças da Sonangol, EP. Por outro lado, decorrendo da necessidade de implementar a Gestão das Participações Financeiras da Sonangol EP, em outras Sociedades, como actividade que concorre para materialização da missão, Visão, Valores e Estratégias Corporativas da empresa, por deliberação recente do Conselho de Administração, foi aprovado o Manual de Organização e respectiva Estrutura Orgânica da Sonangol SGPS – Sociedade Gestora de Participações Sociais, Limitada. De acordo com o despacho, datado de 15.06.06 e rubricado pelo Presidente do Conselho de Administração da Sonangol EP, Manuel Vicente, a implementação do Manual e da Estrutura Orgânica ora aprovada, processar-se-á nos termos dos Estatutos da Sonangol SGPS. Ainda por despacho do PCA da Sonangol EP, foi aprovado a constituição do Projecto “Sonangol Oferta Publica de Valores – SIDIPO”, cujo objectivo principal é consolidar a presença da Sonangol EP nos Mercados Financeiros. O Projecto tem como Coordenador Geral Alberto Cardoso Pereira, estando secundado por Tomás Faria, no Saneamento Financeiro, Moisés Joaquim, nos Relatórios Financeiros, Fernando Hermes, no Sistema de Controlo Interno, Ana Fançony, no Reposicionamento dos Negócios, Miguel Bartolomeu Miguel, no Mercado de Títulos, Fernando Mateus, na Bolsa de Valores e Pascoal Neto, nas Competências na Função Financeira. A implementação do Projecto é Supervisionado pelo Presidente do Conselho de Administração da Sonangol EP, competindo á Direcção de Finanças da Holding a responsabilidade pela cabimentação e gestão orçamental dos recursos financeiros inerentes ao Projecto. Julho 2006 13 ENTREVISTA FILOMENA ROSA, PCG DA SONANGOL LOGÍSTICA “Acreditamos num futuro melhor” Por ocasião do terceiro aniversário da Logística, Filomena Rosa Presidente do Conselho de Gerência aceitou falar ao “Ngol Notícias”. Durante a entrevista, foram abordadas uma série de questões relacionadas com este importante sector da indústria petrolífera. João Rosa Santos Srª Presidente pode fazer uma breve retrospectiva do percurso da Sonangol Logística? A Sonangol Logística surge como consequência do processo de reestruturação da Sonangol Distribuidora, à luz das es-tratégias gizadas pela Sonangol E.P. para o segmento de Distribuição. Foi criada por despacho n.º 40/GPCA/2003, de 08/07, do Sr. presidente do Conselho de Administração da Sonangol. Funcionou, transitoriamente, sob a forma de Direcção Assistente para a Logística (DAL), até que, em 13 de Dezembro de 2005, ao abrigo do Decreto-Lei n.º 162-B, foi juridicamente constituída a Sonangol Logística, Limitada, como empresa subsidiária da Sonangol E.P, visando dar resposta à perspectiva de abertura do mercado de distribuição, por um lado, e assegurar, por outro, a rentabilidade de um nicho de mercado – a armazenagem e transporte primário (pipelines e wagons cisternas) de produtos derivados de petróleo. Neste lapso de tempo, desenvolvemos, nomeadamente, as seguintes actividades: Do ponto de vista organizacional, foi estruturada e projectada a mudança da organização, estudado o impacto da mudança, definidos os objectivos e estratégias organizacionais, assim como foi comunicado a todos os trabalhadores sobre a estruturação do negócio. Do ponto de vista do desenvolvimento do sistema de Gestão, foi desenhado o modelo do negócio da Logística, desenhado e redesenhado os processos, foram definidas as competências e implementados os processos, planificado 14 Ngol NOTÍCIAS e implementado o Sistema Integrado de Gestão e foram desenvolvidas ferramentas de controlo operacional e de gestão. Procedemos ao reforço da capacidade operacional (intervenção em todas as Instalações e Terminais com acções de melhoramento e aumento de capacidades) e à preparação e capacitação dos trabalhadores, à formação com base nas competências para operar processos, levantamento das competências inerentes à gestão dos processos e à definição do quadro óptimo do pessoal. Sabemos que a caminhada não foi nem é fácil. Certamente registaram-se bons e maus momentos. Em síntese, pode resumir esta trajectória? Realmente, a caminhada não foi nada fácil, primeiro, pela separação de infra-estruturas, recursos materiais e humanos, que, durante muito tempo, trabalharam juntos; segundo, tivemos que constituir uma equipa que correspondesse aos anseios que nortearam a reestruturação, tendo a partir daí surgido as principais dificuldades, como falta de espaço, condições de acomodação e de trabalho do pessoal, cuja situação até hoje persiste; herança de algumas infra-estruturas degradadas e outras obsoletas; gestão das expectativas e ansiedades dos trabalhadores em relação à mudança e ausência de um modelo de negócio e de gestão, entre outras. A empresa passou por desafios importantes, mas o risco foi ponderado. Tínhamos e, ainda, temos até hoje alguns pontos fracos. Entretanto, do ponto de vista profissional, foi uma experiência enriquecedora. Se tivesse que eleger os anos mais difíceis da nossa existência, diria que foram os de 2003 e 2004. Quanto aos bons momentos, temos a realçar que, apesar das dificuldades, reinou sempre o espírito de equipa, de colaboração, de camaradagem e dedicação, que permitiram que a Logística se mantivesse até hoje rumo ao desenvolvimento. ENTREVISTA do “down stream”, que é a armazenagem de combustíveis, podendo desta forma dedicar uma atenção especial a este segmento da actividade da Sonangol. Assim, a Sonangol Logística, como uma entidade de direito, passa a ter autonomia administrativa, jurídica e financeira, assumindo os seus actos e compromissos perante terceiros, podendo possuir o seu alvará comercial reflectindo o seu “core business”. A Sonangol Logística é uma sociedade comercial, por quotas, gerida por um Conselho de Gerência, sendo que as suas principais decisões são implementadas de forma mais célere. Por outro lado, os interesses do negócio e dos seus trabalhadores terão a possibilidade de serem melhor acautelados e defendidos. Por fim, constata-se que a imagem da empresa como subsidiária é uma mais valia para o negócio e um orgulho para os seus trabalhadores. Os recursos humanos são o principal activo de qualquer organização. Está satisfeita com os recursos com que conta? Qual tem sido o seu desempenho? Temos recursos humanos com alguma experiência acumulada e têm dado o máximo de si para dar resposta às exigências do negócio. Porém, nos confrontamos ainda com situações como o baixo nível de escolaridade, alta taxa etária e velhice precoce. Entretanto, estamos a encetar esforços para se inverter a situação, através do recrutamento de quadros médios e superiores, nas áreas de Engenharia e Gestão, e capacitação dos existentes, com base nas competências de cada processo. A nível do país, a armazenagem ainda constitui dor de cabeça. O que está a ser feito para inverter a situação e para quando os resultados na melhoria da prestação de serviços? A nível do país, para todas as Instalações e Terminais, foram definidas prioridades no que concerne a reabilitação das infra-estruturas de armazenagem e está em curso a sua execução, nomeadamente, a reparação de alguns reservatórios obsoletos e construção de novos em algumas Instalações e Terminais, reparação de sistemas de segurança, reconstrução de infraestruturas destruídas pela guerra (Lucala e Matala) e reabilitação e aumento das estações de bombagem e ilhas de enchimento. Por outro lado, está em curso a elaboração de projectos de construção de novas instalações (grande stockagem de Luanda e do Lubango), modernização do TOPA e ampliação do Kinguila, bem como a elaboração do Plano Director de Armazenagem, cujo término está previsto para o final de 2006. Recentemente, a Sonangol Logística passou a ser uma subsidiária de jure. Qual o significado e impacto deste processo evolutivo do negócio? A criação de jure da Sonangol Logística, Lda., como subsidiária do Grupo Sonangol, representa uma autonomização de um dos negócios mais importantes na cadeia de valor São múltiplos os desafios acometidos ao sector de Logística, de acordo com o Plano Trienal (2006/2008) Corporativo. Qual a estratégia para consecução dos objectivos propostos? A nossa estratégia passa por aprofundar o sistema de gestão baseado nos processos, continuar a reabilitar as infra-estruturas de de armazenagem, adequar e modernizar a tecnologia das operações, desenvolver uma cultura comercial, melhorar e incrementar a qualidade da mão-de-obra, concluir o Plano Director de Armazenagem e dar início à construção de novos parques de armazenagem, entre outras tarefas. Que mensagem deixa aos trabalhadores da Logística? Ao assinalar este terceiro aniversário, gostaria de endereçar a todos os trabalhadores uma mensagem de esperança num futuro melhor, encorajando a cada um no seu local de trabalho a reflectir sobre o passado e o presente, retemperando as energias, de modo a continuarmos na senda do progresso, porquanto, só com trabalho, disciplina e dedicação se constrói o futuro. Neste sentido, desejo a todos os trabalhadores votos de bom trabalho e de muita saúde na companhia dos seus familiares. Julho 2006 15 OPINIÃO A DANÇA DOS PREÇOS DO PETRÓLEO AFONSO CHIPEPE Faz tempo que vimos assistindo a uma dança de subida e descida dos preços de um dos recursos geradores de crescimento e desenvolvimento industrial – o petróleo. As economias como a nossa, que dependem das exportações para os EUA, serão obviamente “hipersensíveis” a qualquer redução do consumo norteamericano. É sobejamente sabido que o petróleo, junto do gás natural como derivado da indústria do petróleo, é a principal fonte de energia do mundo, alimentando quase cerca de 60% das necessidades energéticas das economias industriais. Não obstante aos grandes esforços científicos e tecnológicos empreendidos nos últimos 30 anos para se encontrar fontes alter-nativas, infelizmente, ainda não foi encontrada fonte de energia, com custos comparáveis ao petróleo, que possa substituí-lo. Há cerca de 30 anos, a possibilidade do esgotamento dos recursos petrolíferos foi percebida como uma ameaça real de curto prazo. Estimava-se naquela época que chegaríamos ao início do século XXI com as reservas de petróleo em rápido declínio e, consequentemente, com preços estratigráficos. O consumo de petróleo crescia em ritmo acelerado, enquanto a descoberta de novas reservas movia-se lentamente. Os países árabes, onde se localizava a maior parte das reservas, ameaçaram fazer do suprimento de petróleo uma arma política. A indústria mundial continua a depender do óleo negro para mover a logística de transporte, que permite levar a produção de bens e serviços aos diversos cantos do planeta e, com a emergência das centrais térmicas alimentadas com gás natural, também para o suprimento de electricidade. Um corte abrupto no suprimento de petróleo causaria indubitavelmente um efeito devastador na economia mundial. A escassez do ouro negro provocou forte aumento no preço do petróleo e, de certa forma confirmando as previsões pessimistas, tendo 16 Ngol NOTÍCIAS sido, inclusive, a ser vendido por USD 60.00 dólares o barril. Com a elevação do preço da principal fonte de energia mundial, assistimos a recessão económica. Por seu turno, isso induziu a exploração de novas bacias sedimentares em busca de novas fontes de suprimento desse combustível, dando origem à busca de tec-nologias elevadas, de forma a substituir o petróleo por fontes alternativas. Nos contratos para entrega em Janeiro de 2006, o crude de referência WTI seguia a cotar nos 59,7 dólares/barril, na plataforma electrónica do Nymex (Nova Iorque). Enquanto que em Londres (International Petroleum Ex-change) o crude de referência – brent (Petróleo do Mar do Norte), seguia a subir perto de 1%, para os 57,88 dólares/ barril, na abertura dos mercados europeus. Há pouco mais de uma década de relativa estabilidade, voltamos a viver um período de forte instabilidade no preço do petróleo. Nos dias actuais, há diferença da crise da se-gunda metade do século passado, a questão do esgotamento físico das reservas não está no centro das preocupações dos países industrializados, pois tudo indica que as reservas conhecidas e a expectativa de novas descobertas permitem manter o consumo actual por pelo menos outros 50 anos. No curto prazo, o problema é entendido como grave devido a sempre crescente crise política no Médio Oriente, onde se concentram as reservas conhecidas de petróleo. Convém, porém, sublinhar que mais de 60% das reservas petrolíferas mundiais estão concentradas nessa região. Na perspectiva de longo prazo, o problema maior é a forte elevação do consumo de combustíveis nos países em desenvolvimento, pela pressão que esse movimento virá a exercer sobre as reservas mundiais e o meio ambiente em si. Devido ao seu custo técnico de produção, que varia em função das características geoeconómicas e geológicas da região de produção, pode-se aferir que o petróleo é um produto com características peculiares, sendo que uma das razões pelas quais o petróleo está tão caro é a preocupação de que o sector está a ter dificuldades para aumentar a produção ao mesmo ritmo que cresce a procura. Sobre os custos técnicos de produção do petróleo incidem tributos, os chamados “royalties”, imposto sobre lucros excepcionais etc., que são particularmente relevantes no caso do petróleo de baixo custo técnico de produção. Estes impostos são a mais importante fonte de receita fiscal nos países em desenvolvimento que têm no petróleo o seu principal produto de exportação. Daí se pode entender que enquanto o preço no mercado internacional for elevado a situação fiscal torna-se confortável, as empresas são induzidas a restringir a sua produção. O contrário ocorre quando o preço está baixo e a situação fiscal frágil. O contraste que se avizinha é quando as empresas petrolíferas apresentarem os lucros de 2005, na expectativa de que se repita o crescimento das receitas, considerando que o preço do petróleo deve registar os mesmos ganhos por causa de receios de uma redução da oferta causada por problemas na Nigéria, devido a destruição de vários oleodutos, provocando consigo o aumento do preço e a agravaremse a tensão nos mercados internacionais já preocupados com as consequências para o fornecimento de petróleo, do braço-de-ferro entre o Irão e a comunidade internacional sobre a questão nuclear iraniana, a aproximação das eleições para o Congresso dos Estados Unidos, no corrente ano, e provavelmente a questão da Palestina, devido a retumbante vitória do Hamas nas recentes eleições legislativas. ENTRE NÓS Maria Machado “TEMOS DE LUTAR PARA NOVAS CONQUISTAS” Há 24 anos ao serviço da Sonangol, Maria Filomena da Silva Machado, escriturária, é natural do Bengo e actualmente desempenha a função de assistente de Recursos Humanos, na Sonangol Logística. Como a maioria dos trabalhadores da Sonangol, esta nativa das terras do “Jacaré Bangão”, estudante do 2º ano do Pré-Universitário, sublinha que ao longo desses 24 anos viu a empresa desenvolver-se rapidamente. “A Sonangol é uma empresa de futuro e estamos a nos esforçar para o seu desenvolvimento e lutar para novas conquistas”. Maria Machado diz que faz da leitura um dos seus passatempos preferidos, considera a honestidade um dos valores mais nobres no ser humano e confessa-se apaixonada por desporto, particularmente o futebol. Guarda o dia do seu casamento como o dia mais feliz da sua vida e o da morte do marido como o de triste memória. Nutre grande admiração por Roberto Carlos, músico brasileiro, e Agostinho Mendes de Carvalho, escritor angolano que se tornou famoso pela forma peculiar da sua prosa, principalmente em “O Ministro”. Maria Machado aprecia um bom mufete, regado com sumo natural, “ignora” a poligamia e diz-se uma lutadora acérrima contra a Sida, aliás, “um mal que se deve combater”. Qual é o seu maior desejo?, perguntamos a fechar: “ver os meus filhos formados”. Julho 2006 17 DESTAQUE Sonangol expõe na Alemanha “ANGOLA, UM PAÍS DE FUTURO” Há já vários anos que eventos como o Campeonato Mundial de Futebol servem para promover a imagem não só de produtos e serviços, como também a componente social, cultural e económica dos países participantes. Angola, na sua estreia, não fugiu à regra. Com um pavilhão de exposição de aproximadamente 1.500 m2, domiciliado na cidade de Hannover, a nação de todos nós mostrou ser de facto um país de futuro. E, como não poderia deixar de ser, o stand da Sonangol constitui um dos maiores atractivos do pavilhão. Foram oito dias de intensa actividade. Milhares e milhares de pessoas, entre angolanos e estrangeiros, visitaram o pavilhão de Angola em Hannover e, certamente, não se arrependeram por tudo quanto puderam apreciar e desfrutar. Na Alemanha, Angola deixou claro que o futuro é o seu destino. Desde o futebol vistoso patenteado à alegria contagiante dos excursionistas, provocando uma onda de emoção sem precedentes, carregada de adrenalina que não tem preço. Apesar de pequeno, o pavilhão de Angola em Hannover traduziu a grandeza de uma nação em franca ascensão, que ruma prudente e segura pelos caminhos da reconstrução e do progresso nacional. 18 Ngol NOTÍCIAS DESTAQUE Particularmente no Stand da Sonangol, foi possível divisar um percurso que de 30 anos, uma exposição detalhada da evolução de uma empresa de reconhecida idoneidade nacional e internacional, que orgulha todos os angolanos de bem. O desenvolvimento dos negócios, a responsabilidade social e a vertente institucional do Grupo Sonangol prenderam as atenções dos visitantes, sempre ávidos por informações e explicações sobre a trajectória da petrolífera estatal angolana. De facto, a exposição de Hannover constituiu um marco bastante positivo na afirmação e promoção da imagem externa de Angola. Por tudo quanto se viu, viveu e conviveu, não restam duvidas de que é assim, antecipando o futuro que se consolidam sucessos. HANNOVER Hannover esteve angolamente ao rubro, em Junho último, por três boas razões. A primeira, pelo facto de Angola inscrever pela primeira vez o seu nome na história do Futebol Mundial, a segunda, pela avalanche de excursionistas que ofertaram mais vida à pacata cidade, e a terceira, pela vivacidade e encanto da boa musica da nossa terra. Em Hannover, por mais de oito dias, ninguém resistiu ao som quente da banda que aqueceu sobremaneira as redondezas da área onde o pavilhão de Angola se apresentou importante, próprio de um país de futuro. Era uma vez alemãs, angolanos, mexicanos, espanhóis, portugueses, todos juntos, bailando sem kigila a boa música de Angola, eximiamente tocada e cantada pela Banda Movimento, Paulo Flores, Carlos Burity, Derito, Armanda, Matias Damásio, entre tantos outros. Em Hannover, o dia e a noite pouco ou quase nada se diferenciou. O sol ou a chuva em nada impediram a contagiante alegria dos muangolês. Perdendo ou ganhando, mostramos ser um povo bué fixe. De tudo um pouco de Angola, Hannover desfrutou. Desde a cabetula ao ku duro, passando pela tarrachinha, não houve pé capaz de resistir ao “choque” melódico de Angola. Era só ver os alemães a tarrachar “M’boa Ana”, os japoneses a kabetular, os mexicanos na dança da bexica, os brasileiros a sambar para sentir orgulho e reafirmar que vale a pena ser angolano. Também os da casa, em Hannover, não faltaram. Muitas caras conhecidas fizeramse presentes. Cada qual a seu jeito chegou, viveu e conviveu a festa de Angola em terras alemãs. A esta hora, muitos ainda guardam saudades. Outros fazem contas à vida ante os kilapís assumidos. Outros tantos colhem tempestade pelos ventos semeados. No entanto, ainda assim, Hannover participou da festa do “Mundial” à boa maneira angolana. Julho 2006 19 MEMÓRIA ANTÓNIO FRANCISCO PEDRO “A LOGÍSTICA DEVE SERVIR DE MODELO” formação técnica profissional, para reforçar a capacidade em recursos humanos da empresa, no âmbito do “PRH 2000”. “O PRH 2000 é uma ferramenta que permite gerir, em termos de recursos humanos, cargos, funções e a gestão de carreiras, de um modo geral, enquanto o processo de avaliação de desempenho permite à empresa conhecer o grau de capacitação profissional dos seus trabalhadores e acompanhar a evolução das suas actividades, espírito de criatividade e melhoria de desempenho”, destacou António Pedro, para quem a pontualidade e assiduidade, vistas como gestão de rendimento de tempo, “permite-nos provar a nossa entrega e desempenho, com base nos objectivos preconizados pela empresa”. No final da conversa, António Pedro não deixou de expressar a sua opinião acerca do “Ngol Notícias”. “É um instrumento importante, que proporciona a todos os trabalhadores informações que nos permitem estar ao corrente dos projectos em curso na empresa. Acima de tudo, proporciona uma leitura abrangente, não só do ponto de vista informativo, mas também formativo”. António Francisco Pedro, casado, pai de sete filhos, é assistente de Recursos Humanos e trabalha na Logística há três anos, ou seja, desde a criação da Sonangol de Logística. “Comparada com o passado, podemos dizer que se trata de uma caminhada sólida, assente em alicerces sólidos, ou seja, um percurso recheado de acções que nos orgulham e prestigiam a nação angolana”, sublinhou António Pedro à pergunta sobre o que achava da “Logística de ontem e de hoje”. Ao referir que a atenção dedicada aos trabalhadores pela Direcção de Logística “deve servir de modelo para as muitas empresas”, acentuou que, para si, uma das coisas marcantes ao longo dos 30 anos de existência da Sonangol, tem a ver com o enquadramento do novo pessoal com 20 Ngol NOTÍCIAS HISTÓRIA Como nasceu e cresceu a Sonangol? A Sonangol, Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola, foi criada a 25 de Fevereiro de 1976, na sequência da actividade de um grupo de trabalho de que resultou a Comissão Nacional de Reestruturação da Indústria Petrolífera e da nacionalização da ANGOL que deu igualmente origem à Direcção Nacional de Petróleos que dependia do Ministério da Indústria. Cristina Novaes O decreto nº 52/76, de 9 de Junho, formalizou a existência da SONANGOL, Sociedade Na-cional de Combustíveis de Angola, Unidade Económica Estatal (U.E.E.). Os estatutos da Sonangol foram alterados, nos últimos trinta anos, três vezes. Os primeiros estatutos foram aprovados em 1976 e alterados pelo decreto nº 8/91 de 16 de Março. Em 1999, o decreto n.º 19, de 9 de Abril, deu origem à actual configuração da empresa. Em 1976 foi nomeada uma Comissão de Gestão encarregue da criação das infraestruturas que assegurassem o bom funcionamento da Sonangol. Em resultado das mesmas, a Sonangol comprou as instalações da Texaco, Fina e Shell e, fruto de um acordo, ficou com as da Mobil. No processo, a Sonangol absorveu ainda os antigos trabalhadores de empresas petrolíferas. O trabalho da Comissão de Reestruturação do sector petrolífero leva a que, em 1978, o Governo promulgue a Lei do Petróleo, que transforma a Sonangol na concessionária exclusiva da prospecção do petróleo no país. Ainda em 1978, com a renegociação das concessões da Cabgoc e da Petrangol, a Sonangol passa a deter 51 por cento nas actividades produtivas existentes no País. Também em 1978, o Governo, através da chamada Lei 13, de Agosto de 1978, dividiu a plataforma continental angolana em 13 blocos, de águas rasas (até 200 metros), com aproximadamente quatro mil quilómetros quadrados cada um, nos quais poderiam operar companhias estrangeiras interessadas, em regime de partilha de produção. No ano da criação da Sonangol (1976), a produção registou uma quebra, caindo para 100 mil barris/dia provenientes de três áreas: offshore de Cabinda, onshore do Kwanza e do Congo. Em 1974, tinha sido batido o recorde da produção colonial com 172 mil barris/dia. A reorganização do sector, o novo enquadramento legal e fiscal, os custos de produção relativamente baixos praticados em Angola, atraíram investimentos significativos e contribuíram para o aumento da produção, a partir de 1982. Em 1988, a produção atingia já os 441.800 barris diários, cerca de 160 por cento acima do nível de 1974 mas esse viria a tornar-se muito mais importante do que o aumento da produção em si. Ele representa para a Sonangol, uma reorientação estratégica para a associação em cooperação em águas profundas, ou seja até uma profundidade de 1500 metros contra os anteriores 200 metros das águas rasas. A exploração em águas profundas começou em 1991 com a adjudicação do Bloco 16 a que seguiram os Blocos 14, 15, 17, 18 e 20. Em 1998, a Sonangol deu um novo salto tecnológico, avançando para a exploração de hidrocarbonetos em águas ultra-prow fundas (entre os 1500 e os 2500 metros de profundidade). A actual produção do petróleo em Angola é de cerca de um milhão e trezentos mil barris por dia, dos quais cerca de 85% se destinam essencialmente para a exportação e o restante para o mercado interno (Refinaria de Luanda). As previsões apontam para uma produção diária de dois milhões de barris no final de 2007. Hoje, a Sonangol é uma das mais importantes companhias petrolíferas do mundo. A sua actividade principal faz dela a sétima fornecedora de petróleo para os Estados Unidos e o maior produtor subsahariano, posições essas que tendem a ser melhoradas em função das novas descobertas e do aumento previsto da produção. Julho 2006 21 SAÚDE Saúde ocupacional A DSM tem vindo a constactar uma fraca afluência de trabalhadores das diversas áreas da Sonangol EP para a realização dos exames de saúde ocupacional. A DSM tem vindo a constatar uma fraca afluência de trabalhadores das diversas áreas da Sonangol EP para a realização dos exames de saúde ocupacional. A Sonangol EP dá grande importância à saúde ocupacional, que tem como objectivo a promoção e manutenção, no mais alto grau, do bem-estar físico, mental e social dos trabalhadores em todas as ocupações, a prevenção de doenças ocupacionais causadas pelas suas condições de trabalho e a protecção dos seus empregados dos riscos resultantes 22 Ngol NOTÍCIAS de factores adversos à saúde Em resumo, a adaptação do trabalho ao homem e de cada homem ao seu próprio trabalho. Assim, a DSM relembra os procedimentos que devem ser observados por todos, a saber: os exames médicos deverão ser realizados a todos os trabalhadores e candidatos a emprego antes da sua admissão ou nos quarenta e cinco (45) dias imediatos (trabalhadores sem vínculo pleno, estagiários ou em período experimental); os exames serão realizados mediante marcação e compreendem anamnese (*) clínica e profissional, exame de aptidão física e mental e exames complementares de diagnóstico. O exame médico será realizado em duas etapas – exames complementares, anamnese e exame físico – e será renovado a cada dois anos, para trabalhadores entre os 18 e 45 anos, e anualmente para os demais trabalhadores. Após a realização do exame, será emitido um Atestado de Saúde Ocupacional, que deverá ser arquivado no processo individual do empregado, no órgão de Recursos Humanos, para efeitos de fiscalização das autoridades competentes. No atestado de Saúde Ocupacional constará a especificação de “apto” ou “inapto” para a função a que se candidata ou exerce ou para qualquer outra função. No caso de inaptidão para a função a que o trabalhador se candidata ou exerce serão recomendadas actividades alternativas. Para se evitarem constrangimentos no processo produtivo resultante da ausência dos trabalhadores para a realização dos exames médicos, as deslocações destes à Clínica deverão ser coordenadas pela respectiva assistente social, que procederá à marcação dos exames complementares e consultas médicas nos dias estabelecidos. Se ainda não fez os exames, contacte já a sua assistente social. A sua saúde é muito importante. * Anamnese: Conjunto de informações dadas ao médico pelo paciente sobre o seu passado e história de doença (s). PONTO DE VISTA Comunicação e Informação Organizacional ROSÁRIA NETO Para os colaboradores de uma organi- zação, os princípios de uma comunicação interpessoal são extremamente necessários. É através de uma comunicação eficaz que são obtidos resultados. Para conseguir este nível eficaz de comunicação, os colaboradores devem estar empenhados a ouvir e a transmitir informação. Assim, forma-se a base de transmissão de informação necessária entre colaboradores do mesmo departamento ou departamento diferentes. É necessária sempre vontade e empatia por parte dos participantes para este processo de comunicação e informação. Em relação ao canal, para as mensagens mais complexas, devemos utilizar os canais mais ricos, nomeadamente os encontros “facea-face”, porque permitem uma resposta imediata do receptor. Ou, de um modo mais formal, os colaboradores podem organizar reuniões, nas quais as chefias informam os seus subordinados sobre a introdução de nova tecnologia e recolhe opiniões e sugestões para a introdução desta mudança. No entanto, a utilização de cartas, memorandos ou dos boletins informativos, tem a vantagem de ser formal e de ser difundida facilmente, ganhando-se tempo se o contacto implica diversificadas pessoas. Sendo assim, a ausência de resposta imediata do receptor pode ser vista como vantajosa quando o emissor vai comunicar algo que sabe ter o desacordo do receptor, mas nada pode fazer para alterar a situação. Outra das vertentes também muito importantes na comunicação é o “feedback”. É importante saber se a mensagem foi recebida pelo receptor de forma correcta e qual o resultado do seu conteúdo. A ausência de “feedback” faz aumentar as dúvidas sobre a informação transmitida e recebida e pode ocasionar hostilidade nos receptores em relação aos emissores, pondo em questão a continuidade do processo de comunicação. Na verdade, a comunicação constitui um comportamento organizacional subjacente à vida da organização e à dos seus membros. O processo através do qual a informação é transmitida na organização é a relação estabelecida entre os indivíduos que dela fazem parte. A comunicação entre os diferentes elementos que a constituem faz com que a informação circule e as relações sejam criadas. A informação circula através da estrutura das organizações, seguindo trajectos descendentes, ascendentes e laterais. No trajecto descendente, a informação segue a linha hierárquica do topo estratégico até o centro operacional (Mintzberg, 1979). No que diz respeito a um nível mais geral, o objectivo desta comunicação é informar os diferentes participantes sobre a cultura da organização, as características gerais do negócio, da envolvente externa ou de práticas específicas da organização. No que diz respeito a um nível mais específico, podemos referir a informação sobre a realização de tarefas e os resultados do desempenho. A comunicação descendente tem sido utilizada, cada vez mais, com o intuito de passar informação geral sobre a cultura, o negócio e a estratégia da empresa. Este tipo de comunicação é mais notório nas grandes empresas, embora as empresas de pequenas dimensões comecem a vulgarizar a utilização desta comunicação. Como mecanismos formais para a transmissão desta informação, podemos destacar: Documentos escritos (newsletters e revistas de empresa) Organização de vídeos e outros audiovi-suais para a apresentação Organização de seminários ou cursos de formação destinados a transmitir a sua cultura e estratégia As reuniões de informação Internet (sites institucionais) Intranet B2E (projecto realizado em empresas com dimensão multinacional, baseado numa Intranet mais interactiva e desenvolvida) Quanto maior for a coerência e consonância entre estes diferentes meios de transmissão desta informação, mais eficaz será este processo. Outro aspecto também muito importante são as reuniões de informação, pois não só se transmite informação como há um “feedback” imediato. No trajecto ascendente a informação circula no sentido dos colaboradores, quer individualmente, quer em grupo, para posições superiores, com o objectivo de intervir na resolução de problemas encontrados no seu trabalho, ou na organização no seu conjunto. Esta técnica é utilizada de uma forma mais restrita, no sentido em que se encontram apenas nas organizações que possuem produtos mutáveis e envolventes externas. O trajecto lateral refere-se à troca de informação que ocorre entre departamentos e funções distintas do mesmo nível hierárquico e tem como objectivo fundamental coordenar as actividades entre estas unidades e o suporte sócio-emocional que os membros da organização se dão mutuamente. Concluindo, no seu todo, há sempre que considerar uma boa gestão de comunicação. Ou seja, é necessário haver um critério rigoroso de selectividade, para que a informação a ser transmitida não o é em excesso, provocando assim barreiras a essa mesma informação e à sua utilização. Por isso é que se torna muito importante numa organização determinar quem exactamente lida com a informação, com que informação e vinda de que fontes. Por conseguinte temos também de realçar o planeamento da informação. Nenhuma componente informacional poderá chegar ao seu destino correctamente senão houver um planeamento da informação a ser passada. Julho 2006 23 MARKETING MARKETING BANCÁRIO Compreender os clientes não deve ser simplesmente um imperativo de Marketing, mas sim uma obrigação, uma assessoria mais idónea. Por isso, pode-se concluir que tanto como nas outras organizações, o serviço de atenção ao cliente e qualidade são atributos mais importantes. fidencialidade das operações e discrições do pessoal Capacidades de respostas as suas neces-sidades. Rapidez dos serviços nas agências, rapidez dos serviços na caixa, tempo que empregam nos telefones, tempo que levam JOAQUIM M. DO NASCIMENTO em anunciar as informações, horário de atendimento ao público, serviços rápidos, dis-ponibilidade Um bom serviço proporciona como vanda informação nas agências e na caixa, pretagens: disposição dos empregados em ajudar quando Melhoria da fidelidade do cliente que, surgem problemas ou dúvidas, predisposição com a sua satisfação, poderá dar lugar à dos gerentes em ajudar quando surgem repetição de operações e, com isso, inproblemas ou dúvidas, grau de utilização de cremento do negócio; sugestões da clientela para melhorar serviços. Atrai novos clientes graças a transmissão Concluindo, os problemas ora apresentados de boca a boca da imagem positiva; devem merecer a consideração das autoridades Crescimento das oportunidades de vendas; bancárias, dos bancos e dos beneficiários dos serviços. As autoridades bancárias, Valorização da instituição e dos empreuma vez que a regulação e supervisão eficaz gados; proporcionam uma concorrência perfeita entre Perguntar-se-á como se pode medir a os bancos. Os bancos, porque deles é chamada qualidade do serviço bancário. As persa responsabilidade de conquistar cada vez mais pectivas de clientes sobre o serviço se avaa confiança da clientela, pois, dispor de bancos liam partindo de suas expectativas sobre: sólidos e eficiente sistema de intermediação Características físicas e instalações; revestem de uma importância tremenda rumo A comodidade, a facilidade de acesso, o ao desenvolvimento. Aos clientes, porque, conjunto do equipamento, a privacidade, com a existência de código de conduta ética a segurança física, a aparência dos empreque descreve os compromissos assumidos gados, (os mais importantes). pelos bancos para com os clientes, assessora esses sobre os seus direitos facilitando assim eventuais pressões e reclamações. Com isso, Fiabilidade os bancos poderão esforçarem-se para alcançar Associa-se com a segurança das operações, defeitos zero. a capacidade de fazer bem as coisas, a capacidade de cumprir-se com as promessas e a Bibliografia consultada: qualificação do pessoal. “Comercialização de Serviços Financeiros”, de Peter J. McGoldrick, Steven J. O pessoal com quem tem contacto. Greenland, edição de McGraw-Hill. Honestidade e honra, conhecimento e atitu“Las crisis bancárias em América Latina”, des, amabilidade e simpatia, respeito e consido Banco Interamericano de Desenderação que demonstram, conhecimento das volvimento e Fundo de Cultura Económica necessidades do cliente, atenção personalizada, esclarecimentos que dão sobre os serviços, “Negociar com Sucesso”, de Júlia Tipler. forma em que se ocupam de queixas, a con24 Ngol NOTÍCIAS Julho 2006 25 A FECHAR FRASE PARA PENSAR “A maior recompensa para o trabalho do homem não é o que se ganha, mas o que ele nos torna“. DICAS O certo no trabalho... ...e os erros mais comuns No escritório ou encontro de negócios, o que vale é a sobriedade. Ternos escuros e gravatas discretas são as melhores apostas. Cuidado com o tamanho do paletó. Pano sobrando nos ombros ou faltando nos punhos é um tiro na elegância. Por último: jeans no trabalho, só às sextas-feiras e, mesmo assim, apenas se a empresa for adepta do casual friday CURIOSIDADES SABIA QUE... O Cacau era moeda entre os Maias As sementes de cacau tinham grande valor para os Maias, povo nativo da América Central. Além de usá-las para fazer o “tchocolath”, bebida de rituais sagrados, cerimónias e considerada medicinal, as sementes tinham função de moedas. 400 delas formavam um zontli, enquanto o portador de oito mil sementes tinha na verdade um xiquipilli. Quanto isso representava? O preço de um coelho era oito sementes, já um escravo podia ser adquirido por apenas 100 unidades (ou 0,25 xiquipillis). 26 Ngol NOTÍCIAS O repto do PCA Engana-se redondamente quem pensa que, aqui na nossa casa, tudo são apenas louros. Como humanos que somos, devemos ter a humildade e destreza de reconhecer que não estamos isentos de cometer erros. Assim é por aqui, assim acontece em toda a parte onde a vida faz morada. Disse, e disse-o bem, o presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Manuel Vicente, que é preciso aprender com os erros e traçar novos e mais ambiciosos horizontes. De facto, os erros servem para despertar, para corrigir, para melhorar. Nesta vida, sempre e cada vez mais intensa, só não erra quem não trabalha. Afinal, os seres humanos não são perfeitos. No seu mais recente improviso, quando da recente realização do TOP 60, Manuel Vicente foi contundente. Em poucas palavras, deixou muitos e pertinentes recados. De forma sintética e objectiva, disse ser necessário falar menos e trabalhar mais. De maneira concisa e precisa, clareou mentes e serenou corações. Cair em entusiasmos exagerados constitui erro gritante. Adormecer à sombra dos bons resultados algum dia pode ser fatal. Teorizar sem praticar é meio caminho andado para o insucesso. É assim a vida no seu incessante evoluir. Disse e disse-o bem o nosso “chefe”: temos de fazer da união a nossa força, o bem fazer, a nossa divisa, o cumprimento das metas e os objectivos, o nosso desafio, a nação, a nossa bandeira. É certo que estamos no bom caminho. São irrefutáveis as nossas conquistas. Crescemos e nos consolidamos. Ainda assim, muito há a percorrer. A caminhada ainda é longa. Para já, vale o repto de Manuel Vicente. 2007 é o ano de referência, em nome do mais e do melhor. O desafio está lançado. Agora, é preciso trabalhar e fazer da lição o exemplo. Boa sorte! Julho 2006 27 28 Ngol NOTÍCIAS