CAS Informe COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS | 18 a 27 de março | 2014 Projetos Aprovados Mudanças nas regras de gestão do FGTS De autoria do senador Paulo Bauer (PSDB-SC), o PLS 49/12 pretende dar mais transparência e democratizar a gestão do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Pelo texto, dirigentes do Conselho Curador do fundo terão que dar informações e apresentar relatórios de gestão, resultados foto: Luís Carlos Campos Sales anuais e planejamentos ao Senado após os primeiros dois meses do ano. Além disso, o Conselho Curador do FGTS passa a ter composição paritária da representação compartilhada entre empregados, empregadores e governo e transfere a função de gestor ao ministro das Cidades, em substituição ao ministro do Desenvolvimento Social. “O principal objetivo é a transparência”, explicou o presidente da CAS, senador Waldemir Moka. A proposta recebeu parecer favorável na CAS da relatora, senadora Ana Amélia (PP-RS) e foi votado em decisão terminativa. Agora segue para a Câmara dos Deputados. A justificativa do projeto é de que hoje existe uma quebra de isonomia entre profissionais da área de saúde com o mesmo grau de conhecimento e especialização. Os dentistas estão cumprem jornadas de 30 horas semanais de trabalho, enquanto os médicos de 20 horas, lembra o texto. O projeto beneficia cirurgiões dentistas da administração direta, autarquias e fundações. foto: Márcia Kalume Isonomia na jornada de trabalho de dentistas e médicos Senadora Ana Amélia e senador Moka, presidente da CAS Cirurgiões dentistas vinculados à administração pública federal poderão ter a mesma jornada de trabalho dos médicos, de 4 horas diárias e 20 horas semanais. A proposta (PLS 184/13), do senador Gim (PTB-DF), foi aprovada com uma emenda, sugerida pelo relator, senador Paulo Davim (PV-RN). Pelo novo texto, os dentistas poderão optar por jornada de oitos horas diárias e o dobro do salário. Senador Paulo Davim - relator DEBATE Polêmica sobre a extinção da profissão de técnico em contabilidade O presidente da CAS, senador Waldemir Moka (PMDB-MS), decidiu que a Comissão vai intermediar a busca de uma solução para o fim da profissão de técnico em contabilidade, depois da alteração do Decreto-Lei nº 9.295, de 1946, o qual regulamenta a profissão contábil no país. A lei que mudou o decreto foi decorrente de uma Medida Provisória aprovada pelo Congresso. Pela a nova redação, a retirada gradativa do técnico termina em 2015 e passa-se a exigir a formação do profissional como bacharel em ciências contábeis e o exame de suficiência, como etapa obrigatória do registro profissional. A audiência pública realizada na última quinta-feira (20) foi solicitada pelos senadores Paulo Paim (PT-RS) e Paulo Davim (PV-RN). Participaram do debate, o presidente da Federação dos Contabilistas nos Estados nos Estados do Rio, Espírito Santo e Bahia, Luiz Sérgio da Rosa Lopes; os professor universitários Oscar Lopes da Silva e Marcone Hahan de Souza; o contador Zulmir Breda; e Daniel Souza dos Santos, representando o Sindicato dos Contabilistas de Porto Alegre. As modificações pretendem modernizar a profissão e adequar a classe ao mercado, cada vez mais exigente, além de fortalece a atuação do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e Conselhos Regionais (CRC’s) no exercício da fiscalização dos profissionais da Contabilidade. Mas, os debatedores argumentaram que o técnico não pode ser substituído pelo contador no mercado e que muitos concursos públicos exigiram como formação para os cargos oferecidos a formação de técnico em contabilidade, apesar de que, a partir de 2015, o exercício da profissão do técnico será proibida. Os debatedores discutiram a repercussão do fim da profissão de assistente, auxiliar ou técnico em contabilidade nos setores públicos. Um grupo de trabalho será formado pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), representantes de associações, sindicatos de bacharéis, contadores de nível técnico, e dos ministérios da Educação (MEC) e Trabalho e Emprego (MTE). foto: Marcos Oliveira Senador Paulo Paim debate a extinção da profissão de técnico em contabilidade CLIPPING CAS Modificação no Bolsa Família volta à pauta da CAS Agência Senado foto: Luís Carlos Campos Sales O relatório de Lúcia Vânia passou por novos ajustes para tentar viabilizar votação O projeto que modifica critérios do programa Bolsa Família vai voltar à pauta da Comissão de Assuntos Sociais (CAS), na reunião marcada para quarta-feira (26), às 9h. De autoria do senador Aécio Neves (PSDB-MG), a matéria conta com a aprovação da relatora, senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO), e ainda será analisada pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH). O projeto (PLS 458/2013) estabelece que a concessão dos benefícios tem caráter temporário e não gera direito adquirido. Além disso, obriga a revisão da situação dos beneficiários a cada dois anos. Caso tenha havido alteração favorável da renda para além dos limites de enquadramento, a concessão do benefício deve ser assegurada por um período adicional de seis meses. A matéria já esteve na pauta da comissão diversas vezes. Em reunião na quarta-feira passada (19), houve intenso debate entre governistas e oposição, fazendo com que a votação fosse mais uma vez adiada. Os governistas acusaram Aécio de querer fazer “aperfeiçoamentos” que já estão contemplados no Bolsa Família e lembraram críticas passadas ao programa. Já a oposição disse que o PT se inspirou em iniciativas do governo Fernando Henrique (1995-2002) e agora não aceita consolidar o Bolsa Família como política de Estado. Para Aécio, a posição dos petistas seria outra caso a proposta tivesse sido apresentada por um “prócer” do partido. O senador também aproveitou para criticar falhas e a falta de acompanhamento do programa. Disse ainda que, caso o governo cumprisse os critérios da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a linha de miséria, o valor per capita de renda familiar para enquadramento no programa já teria sido atualizado de R$ 70 para R$ 88. A polêmica do Bolsa Família envolve ainda projeto que incorpora o programa à Lei Orgânica de Assistência Social (Loas) - medida também considerada desnecessária pelo governo. A matéria (PLS 448/2013), que também tramita na CAS, aguarda decisão sobre requerimento Expediente | Informe da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado Federal Presidente da CAS – Senador Waldemir Moka Secretária da Comissão- Dulcídia Ramos Calhao Fotos - Luís Carlos Campos Sales e Agência Senado Informações - [email protected] Impressão Secretaria Especial de Editoração e Publicações | SEEP Coordenação de Edição Eduardo Perácio (SEEP) Projeto Gráfico SEIMEL (SEEP) do senador Humberto Costa (PT-PE) para que seja examinada ainda pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Águas pluviais Na mesma reunião, a CAS pode examinar o PLS 112/2013. Do senador João Durval (PDT-BA), o projeto determina a implantação, por condomínios residenciais e comerciais, hospitais e escolas, de sistemas de coleta, armazenagem e uso de águas pluviais para irrigar áreas verdes e lavar calçadas e pisos. A relatora, senadora Lúcia Vânia, é favorável à matéria, que ainda vai ser analisada pela Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA). Trabalho A CAS também vai examinar regras sobre banco de horas (PLS 88/2013) e critérios para a contagem do período de defeso como tempo de contribuição para os pescadores (PLS 150/2013). Agenda • Quarta-feira, 26/03 9h – Deliberativa da CAS • Quinta-feira, 27/03 10h30 – Audiência Pública para debater o PLS 62/13 que “trata da suspensão do contrato de trabalho em caso de crise econômico-financeira da empresa”