Intertexto Correios Campanha de Vacinação nos Correios Notícias Espaço Jurídico Com Sandro Alves Tavares, Assessor Jurídico do Sintect/JFA Do adicional de periculosidade para os motociclistas “Primeiro extinguiram a função de manipulantes Mas não me importei com isso Eu não era manipulante Em seguida demitiram alguns funcionários Mas não me importei com isso Afinal, eram apenas alguns funcionários Depois extinguiram a função de motorista Mas não me importei com isso Porque eu não sou motorista Depois encheram a empresa de MOT´s Mas como tenho meu emprego Também não me importei Agora estão acabando com minha função Mas já é tarde. Como eu não me importei com ninguém Ninguém se importa comigo.” Inspiração, Intertexto - B. Brecht Nenhum poder, nenhum governo, nenhum partido pode tirar de nós o direito de lutar, pois só a luta muda a vida! Sindicalize-se já! Exija seus direitos 32.3215-5318 32.3217-9729 Em meio a tanta noticia ruim cercando a saúde do trabalhador, como: Fechamento do ambulatório, suspensão de atendimentos de vários conveniados por falta de pagamento e até o sucateamento do exame periódico, passamos por um bom momento, a vacinação dos trabalhadores. Vacinação essa que disponibilizou a vacina influenza H1N1, foram mais de 800 doses de vacinas que imunizaram trabalhadores de Juiz de Fora e Barbacena, e está sendo tratada também a disponibilização para as demais cidades. Uma ótima iniciativa que teve início em 2013 com a disponibilização não só H1N1, mas também Tétano, Febre Amarela e Hepatite, através do SINTECT/JFA, e este ano também só foi possível graças ao empenho do SINTECT/ JFA junto a Superintendência Regional de Saúde, Oleg Abramov. O que nos chama a atenção, é que um procedimento tão simples como conseguir vacinas para imunizar seus trabalhadores e assim zelar pela saúde destes, não chama a atenção da direção da empresa. Se a direção da empresa não nos concede um salário digno pelo menos que ela nos ajude a manter a nossa saúde, pois ganhamos tão pouco que não temos dinheiro para comprar remédio, assim não podemos nos dar ao “luxo” de ficar doentes. A diretoria do SINTECT/JFA sempre preocupado com seus associados vem nos últimos tempos fazendo a parte da empresa como: Buscar novos conveniados e reativar antigos credenciados que estão saindo por falta de pagamento, além de conseguir a vacinação para seus trabalhadores. Deixamos bem claro que o SINTECT/JFA não faz isso pela empresa, mas sim pensando no bem dos trabalhadores e de seus familiares.Não poderíamos deixar de registrar a cessão de profissionais da GESAU/MG sob a coordenação do COREC/MG para somar nesse grande evento. A PEC 451/2015 conseguiu mesmo com todo atraso em relação a outros países, investir no atendimento integral à saúde e a prevenção de alta complexidade. Caso a PEC 451 seja aprovada, o país retrocederá o que era antes da Constituição quando o INAMPS criado pela ditadura militar como uma federação de planos de saúde das diferentes categorias profissionais deixando a margem um incomensurável número de cidadãos. Trabalhadores, devemos nos unir em defesa do SUS, contra qualquer tipo de ameaça à saúde, piois este é um direito de todos previsto no artigo 196 da Constituição de 1988. Geraldo de Jesus França O SUS, uma das maiores conquistas da sociedade brasileira no século XX. A implantação deste sistema abrangente de saúde passou a ser direito de todos e dever do Estado prevista na Constituição Federal de 1988. O Presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), apresentou a PEC 451 que no seu seio obriga as empresas a pagarem planos de saúde privado para todos os seus funcionários. Desta forma, exime o Estado de investir no SUS, impedindo que se garanta sua abrangência à população. Segundo alguns políticos, essa emenda é um retrocesso ao marco civilizatório obtido com a instituição do sistema. Nosso país O SINTECT/JFA através de sua diretoria jurídica deliberou em distribuir ainda neste mês e o mais breve possível ação jurídica visando discutir a aplicação imediata do direito ao adicional de periculosidade aos carteiros motorizados moto da ECT, que vem se negando a efetuar o pagamento sob a justificativa de identidade e de já efetuar o pagamento sob outra rubrica – adicional de risco, presente e capitulado em o PCCS de 2008, justificando assim, seu inadimplemento. A Federação dos Sindicatos dos CORREIOS entrou com Dissidio Coletivo junto ao TST – Tribunal Superior do Trabalho em Brasília, objetivando a discussão a respeito do tema, quando, então, aquela instancia superior declinou da competência para os SINTECT’s, decidirem a respeito da abrangência e do pagamento do adicional de periculosidade aos motociclistas dos CORREIOS. Com base nisto, o SINTECT/JFA sai na frente e já lança mão de sua ação jurídica para abranger a todos os trabalhadores lotados em sua base territorial, defendendo, claro, o pagamento do adicional de periculosidade a todos que executam as suas tarefas, atividades e funções em motocicleta na empresa, bem como todos os valores atrasados desde a divulgação da Lei. Trata-se de ação coletiva envolvendo todos os trabalhadores motorizados dos CORREIOS que executam as suas tarefas e atividades em motocicleta, a receber consoante discerne a Lei o adicional de periculosidade. O adicional de risco pago não se trata, portanto, da mesma verba do adicional de periculosidade, tendo fontes jurídicas diversas, além de sua essência e natureza jurídica. O Ministério Público Federal se pronunciará na ação coletiva interposta perante o TST pela FENTECT pronunciou-se favoravelmente ao pagamento do adicional de periculosidade, de cuja via de tese iremos buscar perante a Justiça do Trabalho o pagamento do referido adicional a todos os trabalhadores da base territorial do SITECT/JFA. Fundado em 21 de novembro de 1988 Filiado a XII CONTECT da Categoria Entre os dias 16 a 20 de junho, aconteceu o XII CONTECT da categoria na cidade de Luziânia (GO). Como em todos os encontros realizados pela FENTECT, não faltaram discussões acaloradas, algumas chegando ao exagero nas vias de fato. Foi sim um congresso tenso, com pautas trancadas atrasando debates importantíssimos, como Postalis, postal saúde, reestruturação e várias outras. Mas com todas as vaidades e irresponsabilidades de alguns pudemos construir uma pauta que no nosso entendimento dá para discutir. O ponto alto deste congresso foi a eleição para a escolha da nova diretoria colegiada, onde a Articulação Sindical, MSB, MPT, MUTE e Independentes consagraram-se com folga como nova direção da federação. Após três anos ausente, José Rivaldo (Talibã) ocupa novamente o cargo mais importante, que é a secretaria geral. Acreditamos que após três anos de marasmo, possamos agora sim resgatar o diálogo e construir grandes vitórias para a categoria. JULHO de 2015 Sindicais Informativo Mensal do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Comunicação Postal, Telegráfica e Similares de Juiz de Fora e Região www.sintectjfa.org.br Torneio de futsal Aconteceu no mês de maio e inicio de junho, o primeiro torneio de futsal do bloco dos carteiros, tendo como patrocinadores o SINTECT/JFA e a ARCO/JFA. Foi um torneio bem disputado onde que as equipes mostrou um bom futebol, alegrando a todos na arquibancada e alguns atletas através de bons toques de bola levando ao delírio os torcedores presentes. O time do CEE/JFA (Máquina do Mal), sagrou-se campeão depois de uma final emocionante com o time do CDD/JFA. CDD/norte e CTCE ficaram em 3º e 4º lugares respectivamente. A todos os participantes nossos parabéns. A nota triste foi o descaso da empresa, que em momento algum deu suporte para que o torneio pudesse ter uma capacidade maior de integração. Mais uma vez o interior foi ignorado pela gestão. Nenhum subsídio foi aportado. Caso acontecesse na capital com certeza seria diferente. Setorial no CDD/Leste Realizado no dia 07 de julho, a setorial no CDD/leste/JFA. O objetivo da setorial foi divulgar o eixo da campanha salarial que começou no último dia 3030 de junho com a protocolização da pauta 2015/2016 ao presidente da empresa pela nova diretoria colegiada. Outros temas importantes também foram abordados e deixando bem claro que a participação nos movimentos e assembleias é de vital importância para sairmos vitoriosos. EXPEDIENTE: ............................................................................................................................................................................................................................................................................. Publicação do Sindicato dos Trabalhadores em Empresa de Comunicação Postal, Telegráfica e Similares de Juiz de Fora e Região Rua Marechal Deodoro, 447/301 – Centro – Juiz de Fora/MG – 36013-001 – e-mail: [email protected] – Tel: (32)3215-5318 – Fax: (32)3217-9729 Presidente: João Ricardo Guedes (Índio) - Jornalista Responsável: Munique Duarte – MTE 08612 - Jornalista Colaborador: Madson Veríssimo. Impressão: Gráfica União – Telefone: (32)3215-3941 - Tiragem: 1.000 Exemplares. 4 Notícias Sindicais Notícias Sindicais 1 Aproxima-se mais uma data base e com ela vem a esperança da celebração de um acordo que venha contemplar toda a categoria. Mas, mais uma vez tudo conspira contra esta celebração. A crise política aliada à crise econômica nos dá um tom de que nada vai ser fácil. A começar pelo resultado do balanço rebaixado apresentado em maio último. Jamais imaginaríamos valores tão baixos em uma empresa do porte da ECT. Com certeza, esses resultados dão margem às várias desconfianças. Agora, tanto os trabalhadores (as) quanto suas representatividades devem exigir da direção da empresa uma resposta plausível diante deste desempenho ridículo. Mais um ano o SINTECT/JFA cumpre com um papel diferenciado. Preocupado sempre com a saúde do trabalhador, conseguiu junto à Secretaria de saúde do Município e a Superintendência de Saúde do estado, vacinas para serem aplicadas nos trabalhadores (as), garantindo assim mais um ano de imunização contra o vírus H1N1 (o vírus da gripe). Tal vacina foi disponibilizada para todos os Por Reginaldo de Freitas, Diretor de Relações Sindicais do Sintect/JFA Você sabia que o ACT (Acordo Coletivo de Trabalho) é uma conquista da classe trabalhadora através dos Sindicatos? Assim a Negociação Coletiva é um direito conquistado, onde e quando podemos propor Acordos pleiteando avanços para classe trabalhadora. Proposta e acordo são ações verdadeiras e legitimas que culminam com um entendimento entre as partes. Nosso atual ACT tem 78 Cláusulas acordadas em negociações. Nossa pauta Guia tem 92 Clausulas a serem discutidas. Queremos por tanto esclarecer que cada uma de nossas propostas são fundamentadas em estudos e pesquisas, não somos visionários fundamentalistas, muito pelo contrario. Acreditamos na luta para avançarmos corrigindo a discrepância social. Assim buscando a lógica. Nossa pauta de reivindicação é, na verdade um rol de propostas, como tal é discutível podendo 2 Notícias Sindicais trabalhadores (as) da cidade de Juiz de Fora e Barbacena. Vale ressaltar que este trabalho contou com o envolvimento da COREC/MG cuja disponibilidade de pessoal da GESAU em muito contribuiu para que esta campanha mais uma vez obtivesse sucesso. Parabéns a todos os envolvidos. Na cidade de Luziânia (GO), aconteceu o XII CONECT da categoria. Embora mais uma vez prejudicado pelas vaidades políticas conseguimos tirar uma pauta que expressa a necessidade de toda a categoria. Sem dúvida, uma pauta forjada na busca das perdas que vem corroendo todos os salários e benefícios que ao longo dos anos conseguimos através de lutas desiguais conquistar. Portanto, não devemos enveredar por uma linha de descrédito e críticas as representações sindicais, deixando claro que não se trata de uma pauta utópica como alguns querem rotular. Utópico seria a apresentação do balanço anual que a empresa apresentou para todos os funcionários querendo tirar do foco a unidade que teremos este ano perante esta data base. Um fato que nos deixa preocupados e estarrecidos são os o ataques sistemáticos ao SUS (sistema único de saúde), por planos privados de saúde com a conivência de políticos inescrupulosos capitaneado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, tendo grande apoio financeiro em suas campanhas. E a fatura chegou com força total. Parte dos recursos destinados à saúde cerca de 1.2% ou seja, de 7 a 10 bilhões de reais somente em 2015 vão ser retirados da saúde através da PEC 358/13. A ausência destes recursos repassados para emendas dos parlamentares sucateará ainda mais o sistema fazendo com que a população seja obrigada a buscar planos de saúde privados ou esperar ainda mais na fila do SUS. De fato é um momento preocupante que vive o Sistema Único de Saúde por conta da conivência do congresso nacional que demonstra em grande parte favorável tamanha atrocidade. Em resumo, os parlamentares que se posicionaram contra o SUS foram financiados por empresas privadas de saúde e são liderados por Cunha, presidente da Câmara. Na matéria jurídica, uma abordagem sobre a extinção por parte do TST quanto ao julgamento da matéria que tratava o direito do trabalhador motorizado (moto) receber os 30% do AADC. Numa movimentação covarde a empresa pediu a extinção do processo trazendo muita frustração aos motorizados. A secretaria jurídica está tomando as providências para que o SINTECT/JFA entre com um processo pleiteando esse direito surrupiado dos trabalhadores. Fiquem atentos! Em uma matéria onde o assunto é a homofobia, pedimos a todos que possa aprofundar e entender esta demanda da sociedade. Vivemos num mundo cercado pela fobia. E os casais homoafetivos são os mais visados e rejeitados por uma sociedade ainda machista. Até quando vamos suportar agressões e assassinatos contra esta parcela da sociedade que cresce a cada ano. Passou da hora de políticos sérios e sociedade travarem um debate sério no intuito real de levar a tod@s isonomia de direitos, sem distinção. ser aceita ou não. Não cabendo assim rótulo de “absurda ou ilusória” numa clara ação para desqualificar companheiros em busca de melhores salários e condições de trabalho. As clausulas econômicas encontra acolhimento nas orientações do DIEESE, http://www.dieese.org.br/ acessado em 05/07/2015. Ao reivindicarmos um piso de R$ 3.377,62 (três mil, trezentos e setenta e sete reais e sessenta e dois centavos), queremos garantir o necessário para as despesas preconizadas pela CF de 1988 que diz que o salário mínimo deva garantir ao trabalhador e sua família habitação, alimentação, vestuário, transporte, higiene, saúde, educação, lazer e previdência. Por tanto não é um absurdo, mas o necessário para uma família composta por quatro membros, dois adulto e duas crianças. Outras propostas como recomposição da inflação, GIP, reposição de perdas são todas legitimas. Os trabalhadores (as) de base não devem ouvir gestores com salários superiores a R$ 15000,00 aproximadamente, pois estão defendendo a ECT, ao menos querem nos convencer disso. Por isso dizem ser absurda nossa pauta. Esperem a proposta da ECT. Na verdade, absurdo é manter nos cargos gestores que permitiram uma queda faraônica da lucratividade da Empresa. Deixando claro o descompromisso com o governo, com a sociedade e, principalmente com os trabalhadores(as). Ou por outra ficando claro a incompetência deste corpo de gestão que deve, por este resultado ser exonerado. Alertamos aos trabalhadores(as) de bases que nossa pauta é verdadeira e deve ser respeitada. O corpo de gestão estão orientados a nos convencer de que nossa pauta é ilusória. Para encobrir a inabilidade de gestores capitalistas. Dizendo até que a celebração de tal ACT culminará com a falência da ECT. Conversa de “senhores da casa grande”. Na historia do Sindicalismo não há registro de falência de Empresa nenhuma por conta das conquistas de trabalhadores(as). No sec XVIII as empresas não pagavam horas extras, férias remuneradas, descanso semanal, não tinham direitos a caixas previdenciárias, entre outros. Trabalhavam 16 horas por dia. E hoje com as conquistas auferidas pelos sindicatos e associações, continuam lucrando as empresas. Site de pesquisa https://pt.wikipedia.org , acessado em 5/07/2015. Parodiando a Associação Tipográfica Fluminense em 1853 afirmaremos “A classe operária emancipar-se-á pela associação”, assim lutaremos pela nossa pauta, esquecendo aqueles que nos desqualifica e que, recebem remuneração singular avultado. Direitos dos homossexuais Conferência Municipal de saúde tem a participação do Movimento Sindical Tiros na Rua Halfeld Fernando Gaudereto Lamas Prof. de História no Colégio de Aplicação João XXIII Segundo pesquisa, a cada 36 horas um homossexual é morto no Brasil, sendo o país com o maior número de registro de crimes homofóbicos, seguido pelo México e EUA. Uma pesquisa do IBGE mostra que 24% dos brasileiros se afastariam de um colega de trabalho caso ele fosse gay, 55% são contra a união homoafetiva, entre pessoas com mais de 50 anos, e este número sobe para 73%. Em maio de 2011 o STF reconheceu a legalidade da união estável entre pessoas do mesmo sexo no Brasil. A decisão retomou as discussões a respeito dos direitos para os casais do mesmo sexo, além de colocar a questão da homofobia em pauta. Apesar de ter sido uma grande conquista dos casais homossexual, a questão não foi capaz de acabar com a homofobia e nem protegeu os homossexuais. E na contra mão ainda somos obrigados a conviver diariamente com discurso de ódio, que tratam a homossexualidade como aberração e doença. Alimentado por pessoas que deveriam proteger o direito da pessoa humana como o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, o deputado federal Feliciano e alguns pastores que com seus discurso conseguiram eleger estes senhores e tem como única finalidade enriquecer cada vez mais. São homens que vivem de incitar o preconceito contra pessoas que nada fizeram de errado. Colocando o medo na mente das pessoas e associando os gays com a decadência moral, a doenças e comportamento criminosos conseguem poder político para eleger políticos como os citados acima, e com isto alimentar o fascismo, que está presente no racismo, na homofobia e em coisas do gênero. O debate da homofobia não pode ser um assunto moral de saúde ou religioso, e sim um assunto político. Mas discutidos por políticos que não queiram apenas enriquecer com a causa “gay”, mas por pessoas que tenham o interesse real de levar isonomia de direitos a todos, sem distinção. Foi realizada em Juiz de Fora de 24 a 27 de junho, a 7ª Conferência Municipal de Saúde. O SINTECT/JFA marcou presença com seus representantes, os senhores Geraldo de Jesus França, (diretor de súde) e Jorge Luiz dos Santos (secretário geral), e demais representantes do movimento sindical, também estiveram presentes nesta conferência de vital importância para a sociedade. Autoridades municipais, representantes do Ministério Público, SUS, técnicos na área de saúde, médicos, enfermeiros, secretários de saúde, representante do prefeito de nosso município e cidades vizinhas, representantes de associações de moradores, marcaram também presença nesta conferência, para discutir os rumos da saúde nos nossos municípios.. Esta Conferência traça as diretrizes da política municipal de saúde, através de aprovação a que passa gerir no município, entre elas, a execução do Plano Municipal de Saúde revisto anualmente, repasse de recursos ao Fundo Municipal de Saúde, através do Governo Federal, e aprovadas propostas orçamentárias as quais são encaminhadas para apreciação. Esta Conferência tem o poder de instituir Comissões de investigação para apurar denúncias de irregularidades de qualquer natureza, estabelece critérios e diretrizes gerais para formação e funcionamento dos Conselhos Regionais e locais de Saúde, tendo o poder de elaborar o seu Regimento Interno. Portanto, a participação do SINTECT/ JFA nesta Conferência e demais sindicatos, tem única e tão somente, o objetivo de buscar conhecimentos, de interesse da sociedade e dos trabalhadores enquanto instituição representativa de uma classe trabalhadora e no seu meio familiar. Esta Conferência tratou se de vários assuntos pertinentes a saúde do trabalhador e no que tange aos cidadãos comuns, visando os acidentes de trabalho, saúde ocupacional em geral, ficando marcada definitivamente a participação do movimento sindical neste ato de suma importância, para o Município, Estado e Federação. A movimentação grevista corria bem até aquele momento. Era o sexto dia de greve e muitas fábricas já haviam aderido às 8 horas de trabalho, pressionadas que estavam pelo exitoso movimento. Muitas manifestações haviam sido feitas pelas ruas centrais de Juiz de Fora, conclamando apoio da população para as reivindicações por melhores condições de trabalho além de melhores salários. Várias categorias estavam unidas nessa luta – que como se sabe, envolve a todos. Apesar de tudo correr como o esperado, devemos nos lembrar que não era simples organizar uma greve como aquela de 1912. Era uma época sem internet, sem telefone celular, sem whats app, ou seja, uma época em que a comunicação era lenta e, na prática dependente do contato pessoal. Sim, o contato pessoal, olho no olho entre trabalhadores de variadas categorias profissionais, realizado ao longo de demoradas reuniões foi o que permitiu a realização de um movimento tão grande, tão importante e tão poderoso envolvendo trabalhadores de muitas categorias em cidades como Juiz de Fora, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Foi no sexto dia dessa famosa greve que a cena mais violenta ocorreu. Grevistas que estavam pacificamente na Rua Halfed foram atacados por policiais. Um tiroteio, no qual apenas um dos lados atirava, cortou a noite juizforana. Eram aproximadamente 21 e 30 quando os policiais iniciaram os disparos. Três minutos durou tudo disseram algumas testemunhas presentes naquele dia. Três atingidos, sendo um morto, Juvenal Guimarães, funcionário da Companhia Singer. A morte desse operário não abalou a força do movimento, que continuou forte por mais nove dias. No dia seguinte à sua morte, parte significativa do comércio não abril, os cinemas não funcionaram; tudo em protesto à repressão policial. Seu enterro, realizado dois dias depois, foi acompanhado por 2000 pessoas. Mais do que uma greve, o movimento de 1912 nos deixa a lição sobre a solidariedade entre os trabalhadores, sem a qual as conquistas obtidas naquele ano seriam simplesmente impensáveis. União e solidariedade entre os trabalhadores são, no momento atual que vivemos, fundamental. Resgatemos então a solidariedade de 1912. 3 Notícias Sindicais