POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA PIAUÍ NOVEMBRO DE 2008 Atenção Básica CONCEITO Conjunto de ações de promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde, desenvolvida no âmbito individual e coletivo, por meio de práticas gerenciais e sanitárias democráticas e participativas. No SUS, se constitui como um nível hierárquico da atenção, que deve estar organizado em todos os municípios do país. Sistemas de saúde orientados pelos princípios da APS alcançam: • melhores resultados em saúde • maior satisfação dos usuários • maior eqüidade em saúde • menores custos EM 15 ANOS DE PROGRAMA OS RESULTADOS SÃO EXPRESSIVOS, TAIS COMO: •QUEDA DA MORTALIDADE INFANTIL EM 50%; (VAMOS ATINGIR OS ODM QUATRO ANOS ANTES) •AUMENTO NÚMERO DE MULHERES COM PRÉ NATAL NOS TRÊS PRIMEIROS MESES, DE 62,4% EM 2000 PARA 77,01% EM 2006; •ENTRE 1998 E 2004, REDUÇÃO DE 28% NO NÚMERO DE ACIDENTES VASCULARES CEREBRAIS; •EM 2007, 218 MIL ACS REALIZARAM 337 MILHÕES DE VISITAS DOMICILIARES •EM DEZEMBRO DE 2007, O PROGRAMA CONTABILIZOU 104 MILHÕES DE PESSOAS CADASTRADAS, O EQUIVALENTE À POPULAÇÃO DO MÉXICO •A CADA 10% DE EXPANSÃO NA COBERTURA POPULACIONAL PELAS ESF, A TAXA DE MORTALIDADE CAI, EM MÉDIA 4,6% • EXPANSÃO DA COBERTURA VACINAL, COM A ERRADICAÇÃO DE ALGUMAS DOENÇAS Objetivos da APS Proporcionar equilíbrio entre as duas principais metas de um Sistema Nacional de Saúde: • Melhorar a saúde da população • Proporcionar eqüidade na distribuição de recursos Starfield B. Atenção Primária: equilíbrio entre necessidades de saúde, serviços e tecnologia, 2002 Atenção Básica Deve: Ser baseada na realidade local Considerar os sujeitos em sua singularidade, complexidade, integridade e inserção sócio-cultural Orientar-se: Pelos princípios do SUS: universalidade, equidade, integralidade, controle social, hierarquização Pelos princípios próprios: acessibilidade, vínculo, continuidade do cuidado, territorialização e adscrição de clientela, responsabilização, humanização. Áreas estratégicas de atuação Saúde da Criança Saúde da Mulher Saúde do Idoso Controle da Hipertensão Arterial e da Diabetes Mellitus Controle da Tuberculose e eliminação da Hanseníase Saúde Bucal Eliminação da desnutrição infantil A estratégia Saúde da Família na ABS Princípios gerais Caráter substitutivo Atuação no território – cadastramento, diagnóstico situacional, ações pactuadas comunidade, postura pró-ativa Planejamento e programação Integração com instituições e organizações sociais Construção de cidadania PNAB - Conteúdo Principais Mudanças Revisão de toda a regulamentação da Atenção Básica Revogação de 27 Portarias, reunindo em um único documento quase toda a regulamentação em vigor PNAB - Conteúdo Define claramente os papéis e responsabilidades de cada esfera de governo (Secretarias Municipais , Estaduais, do DF e do Ministério da Saúde) Define que os recursos financeiros do bloco da atenção básica podem ser gastos em qualquer ação da AB descrita nos planos municipais de saúde PNAB - Conteúdo Coloca as SES como co-responsáveis , junto ao MS, pela utilização dos recursos do PAB fixo e variável dos municípios, podendo as CIBs definirem regulamentações específicas de monitoramento dos recursos Delega as CIBs a responsabilidade de aprazamento, comunicação do MS e bloqueio de recursos da PAB, em caso de constatação de irregularidades na sua utilização PNAB - Conteúdo Define a infra estrutura mínima para UBS e ESF e recomenda a população a ser adscrita a cada UBS Define características do processo de trabalho Define atribuições e a carga horária de 40 hs exceto para equipes que atuem em HPP ou residentes (32 hs) dos profissionais SF Muda regras de financiamento PNAB - Conteúdo Reduz a população adscrita por ESF para média de 3.000 hab com máximo de 4.000 Limita em 12 o número de ACS por equipes e 750 pessoas por ACS / 150 FAMÍLIAS PNAB - Conteúdo Define indicadores de acompanhamento do Pacto da Atencao Basica de 2006, para fins de aumento do PAB: - media anual de consultas médicas básicas por habitante - proporção de nascidos vivos de mães com 4 ou mais consultas de pré-natal - Razão de CCO pela população de mulheres de 25 a 59 anos - cobertura de 3º dose de tetravalente maior ou igual a 95% PNAB - Conteúdo Reafirma que a alimentação dos Sistemas Nacionais de Informação em Saúde são condicionantes para transferência dos recursos do PAB fixo e variável Define critérios de suspensão e bloqueio de repasses do PAB fixo e variável Política Nacional da Atenção Básica Principais Mudanças - Financiamento •Regulamentação do financiamento e transferência em forma de Blocos de Financiamento (Portaria GM/MS nº. 204 29/01/07); • Fim do financiamento por faixa de cobertura: duas modalidades de incentivo para ESF:ESF mod 1:R$ 9.000,00 e ESF mod 2 R$ 6.000,00 COMPOSIÇÃO DAS EQUIPES ESF 01 MÉDICO 01 ENFERMEIRO 01 AUXILIAR DE ENFERMAGEM DE 04 A 12 AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE ESB 01 CIRURGIÃO DENTISTA 01 AUXILIAR CONSULTÓRIO 01 TÉCNICO DE HIGIENE DENTAL Política Nacional da Atenção Básica Principais Mudanças - Financiamento •Compensação de Especificidades Regionais (Portaria GM/MS nº. 1624 – 10/07/07) •Aumento do valor de Incentivo de Custeio PACS para R$ 581,00 (Portaria GM/MS nº1761-24/07/07) PNAB- Responsabilidade Municipal Definir e implantar o modelo de atenção básica, executar e gerenciar as ações em seu território Regular os contratos de trabalho Manter a rede de unidades básicas de saúde em funcionamento (gestão e gerência) Co-financiar as ações de atenção básica Alimentar os sistemas de informação nacionais Avaliar o desempenho das equipes de atenção básica sob sua supervisão PNAB - Responsabilidade Estadual Acompanhar a implantação e execução das ações de atenção básica em seu território Ser co-responsável, junto ao MS, quanto a utilizacao dos recursos da AB pelos municipios Coordenar a execução das políticas de qualificação de recursos humanos em seu território Co-financiar as ações de atenção básica Apoiar a execução das estratégias de avaliação da atenção básica em seu território. PNAB- Responsabilidade Federal Elaborar as diretrizes da política nacional de atenção básica em saúde. Co-financiar o sistema de atenção básica Ordenar a formação dos recursos humanos Propor mecanismos para a programação, controle, regulação e avaliação da atenção básica Situação de Implantação de Equipes de Saúde da Família, Saúde Bucal e Agentes Comunitários de Saúde BRASIL, OUTUBRO DE 2008 Nº EQUIPES SF – 29.149 Nº MUNICÍPIOS -5233 Nº AGENTES – 228.412 Nº MUNICÍPIOS - 5350 Nº EQUIPES SB – 17588 Nº MUNICÍPIOS -4567 ESF/ACS/SB ESF/ACS ACS SEM ESF, ACS E ESB FONTE: SIAB - Sistema de Informação da Atenção Básica COBERTURA PELA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA / PIAUÍ MUNICÍPIOS ACS 223 (100 %) ESF 223 (100 %) ESB 222 (99,6%) POPULAÇÃO COBERTA ACS 99, 6 % ESF 96,4 % ESB 97,5 % EQUIPES IMPLANTADAS ACS 6.724 ESF 1.064 ESB 883 Evolução da População Coberta por Equipes de Saúde da Família 1998 –2006 1998 2002 0% 0 a 25% 1999 2003 25 a 50% 50 a 75% FONTE: SIAB - Sistema de Informação da Atenção Básica 2000 2004 75 a 100% 2005 2001 2006 Consolidação da AB/SF - Desafios Institucionalização da PNAB Concretizar a integralidade da atenção na prática • Responsabilização de todos os gestores e trabalhadores municipais para viabilização de um projeto estruturante • Otimização da utilização dos recursos disponíveis com inserção da SF nas redes de serviços Priorização política do investimento – financiamento das três esferas de governo Consolidação da AB/SF - Desafios Implantação dos instrumentos de gestão disponíveis (SIAB, Pacto pela Saúde, AMQ, PROGRAB) Capacitação, formação e contratação de recursos humanos O RECONHECIMENTO DOS MÉDICOS DE FAMÍLIA A QUALIFICAÇÃO CLINICA E EM SAÚDE COLETIVA A DESPRECARIZAÇÃO DO TRABALHO Avaliação e acompanhamento permanente MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO Ampliação necessária do controle social EM RESUMO – QUALIFICAÇÃO DA ESTRATÉGIA