Introdução ao Controlo
Numérico Computorizado – IV
Sintaxe G (Fagor)
João Manuel R. S. Tavares
Joaquim Oliveira Fonseca
Programação ISO
Estrutura de um programa
O programa de controlo numérico deve ser introduzido no
controlador de tal forma que este o entenda. O programa é
formado por uma sucessão de blocos. Cada bloco pode conter
vários dos seguintes caracteres, acompanhados de um código ou
valor:
N:
Número do bloco;
G:
Funções preparatórias;
X,Y,Z : Coordenadas nos eixos;
F:
Velocidade de avanço;
S:
Velocidade de rotação;
T:
Número da ferramenta;
M:
Funções auxiliares.
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2
Programação ISO
Estrutura de um programa
No final de um bloco é possível escrever um comentário que
deverá estar entre parêntesis. O número máximo de caracteres,
incluído os parêntesis, é de 43. O comentário aparece durante a
execução do programa e de forma intermitente se o primeiro
carácter dentro do parêntesis é um asterisco (* comentário). Um
comentário vazio ( ), anula a visualização de outro anterior.
Formato de um programa
O CNC pode ser programado no sistema métrico (mm) ou em
polegadas e, por sua vez, em modo cartesiano, polar e
paramétrico. Existem também outros procedimentos de aplicação
muito concreta (coordenadas cilíndricas, ângulo e coordenada
cartesiana, dois ângulos, etc.).
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3
Programação ISO
Estrutura de um programa
Formato de escrita na programação em modo cartesiano:
+/-4.3 - Significa que, a seguir à letra que acompanha, se pode
escrever um sinal positivo ou negativo com 4 algarismos antes
do ponto decimal e 3 depois (ex.: X-3216.657).
4 - Significa que apenas se pode escrever valores positivos com
o máximo de 4 algarismos; não se admite parte decimal (ex.:
N1500).
2.2 - Significa que apenas se podem escrever valores positivos,
com 2 algarismos, depois do ponto decimal e 2 atrás (ex.:
T06.06).
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4
Programação ISO
Estrutura de um programa
Exemplos de formatos gerais
Torno:
No sistema métrico (mm):
P(%)5 N4 G2 X+/-4.3 Z+/-4.3 F5.5 S4 T2.2 M2
Em polegadas:
P(%)5 N4 G2 X+/-3.4 Z+/-3.4 F5.5 S4 T2.2 M2
Fresadora:
No sistema métrico (mm):
P(%)5 N4 G2 X+/-4.3 Y+/-4.3 Z+/-4.3 F5.5 S4 T2.2 M2
Em polegadas:
P(%)5 N4 G2 X+/-3.4 Y+/-3.4 Z+/-3.4 F5.5 S4 T2.2 M2
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5
Programação ISO
Estrutura de um programa
Numeração de programas
Os programas podem ser identificados com qualquer número
compreendido entre 0 e 99999. A numeração do programa
deve introduzir-se no início do mesmo, antes do primeiro
bloco.
Se o programa se introduz a partir de um periférico exterior,
utiliza-se o símbolo % seguido de uma nova linha com : e do
número desejado e na linha seguinte o N do primeiro bloco.
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Programação ISO
Estrutura de um programa
Blocos de programa
Os blocos podem ser normais ou condicionais, e estes últimos,
por sua vez, normais ou especiais. Os blocos condicionais
executam-se unicamente se um atuador exterior, que se encontra
na mesa de comando, estiver na posição de permissão.
Se na continuação do número de bloco N4 (0-9999) se escreve um
ponto decimal (.), o bloco fica personalizado como bloco
condicional normal. Durante a execução de um programa, é
normal o CNC ir lendo quatro blocos à frente do que está a
executar; portanto, para que se execute o bloco condicional, a
ativação do sinal exterior deve fazer-se, pelo menos, antes de a
execução dos quatro blocos anteriores ao bloco condicional.
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Programação ISO
Estrutura de um programa
Se na continuação do número de bloco N4 (0-9999) se escreve dois
pontos decimais (..), o bloco fica personalizado como bloco
condicional especial. Para que se execute, é suficiente a ativação
do sinal exterior durante a execução do bloco anterior ao bloco
condicional especial.
Os blocos de um programa identificam-se por um número. O
número de bloco consiste na letra N seguida de um número
compreendido entre 0 e 9999. Não se pode atribuir a um bloco um
número inferior ao dos blocos que o precedem no programa. Não é
recomendado atribuir aos blocos números imediatamente seguidos,
para que seja possível intercalar novos blocos em caso de
necessidade. Quando o programa se introduz pelo painel frontal do
controlador, este, geralmente numera automaticamente os blocos
de 10 em 10.
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Programação ISO
Funções preparatórias I
As funções preparatórias programam-se mediante a letra G
seguida de dois algarismos (G2). Programam-se sempre a
seguir ao número do bloco e servem para determinar a
geometria da peça a maquinar e as condições de trabalho do
CNC.
As funções seguintes, que incorporam entre parêntesis a
designação MODAL, permanecem ativas até que sejam
anuladas com outra instrução G incompatível ou, mediante
M02, M30, EMERGÊNCIA ou RESET. As funções G com *
são as que assume o CNC após a sua ligação, depois de
executar M02, M30, EMERGENCIA ou RESET.
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Programação ISO
Funções preparatórias I
Funções G utilizadas no CNC FAGOR 8025/30 (TORNO)
(Modal)
G00
(Modal)
G01* Interpolação linear
(Modal)
G02
Interpolação circular retrógrada (horária)
(Modal)
G03
Interpolação circular direta (anti-horária)
G04
Temporização (paragem em segundos)
(Modal)
2012@JST/JOF
Posicionamento rápido
G05* Trabalho em aresta não viva (chanfrada/arredondada)
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Programação ISO
G06
(Modal)
Interpolação circular com programação do
centro do arco em coordenadas absolutas
G07* Trabalho em aresta viva
G08
Trajetória circular tangente à trajetória
anterior
G09
Trajetória circular definida mediante três
pontos
(Modal)
G14
Ativação do eixo C em graus
(Modal)
G15
Maquinagem na superfície cilíndrica da peça
(Modal)
G16
Maquinagem na superfície frontal da peça
G20
Chamada de subrotina standard
2012@JST/JOF
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Programação ISO
2012@JST/JOF
G21
Chamada de subrotina paramétrica
G22
Definição de uma subrotina standard
G23
Definição de uma subrotina paramétrica
G24
Fim de subrotina
G25
Salto/chamada incondicional
G26
Salto/chamada condicional se é igual a 0
G27
Salto/chamada condicional se não é igual a 0
G28
Salto/chamada condicional se é menor
G29
Salto/chamada condicional se é igual ou maior
G30
Visualizar código de erro definido mediante K
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Programação ISO
(Modal)
(Modal)
2012@JST/JOF
G31
Guardar origem de coordenadas
G32
Recuperar origem de coordenadas guardado
mediante G31
G33
Roscado
G36
Arredondamento controlado de arestas
G37
Entrada tangencial
G38
Saída tangencial
G39
Chânfro
G40* Anular compensação automática do raio da
ferramenta
CFAC: Introdução ao CNC - IV
13
Programação ISO
(Modal)
G41
Compensação aut. do raio da fer. à esquerda
(Modal)
G42
Compensação aut. do raio da fer. à direita
(Modal)
G47
Tratamento de bloco único
(Modal)
G48* Anular tratamento de bloco único
(Modal)
G49
FEED-RATE programável
G50
Carregar as dimensões da ferramenta na
tabela
G51
Correção das dimensões da ferramenta em
uso
G52
Comunicação com a REDE LOCAL FAGOR
2012@JST/JOF
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Programação ISO
(Modal)
G53/G59
Translação/novas posições da origem
G66
Ciclo fixo de desbaste seguindo o perfil da
peça (ciclo fixo: subrotina pré-definida no CNC)
G68
Ciclo fixo de desbaste (com direção X)
G69
Ciclo fixo de desbaste (com direção Z)
(Modal)
G70
Programação em polegadas
(Modal)
G71
Programação em milímetros
(Modal)
G72
Fator de escala
G74
Busca automática da referência-máquina
G75
Trabalho com apalpador
2012@JST/JOF
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Programação ISO
G75 N2 Ciclos fixos de apalpação/referenciação
2012@JST/JOF
G76
Criação automática de blocos
G81
Ciclo fixo de torneamento de zonas retas (Z)
G82
Ciclo fixo de facejamento de zonas retas (X)
G83
Ciclo fixo de furação
G84
Torneamento de zonas curvas (Z)
G85
Facejamento de zonas curvas (X)
G86
Ciclo fixo de roscado longitudinal (hélice)
G87
Ciclo fixo de roscado frontal (espiral)
CFAC: Introdução ao CNC - IV
16
Programação ISO
G88
(Modal)
Ciclo fixo de ranhurado longitudinal (Z)
G90* Programação em cotas absolutas
G91
Programação em cotas incrementais
G92
Pré-seleção de cotas e limitação do valor
máximo de S
G93
Pré-seleção da origem de coordenadas polares
(Modal)
G94
Avanço F em mm/minuto
(Modal)
G95* Avanço F em mm/revolução
(Modal)
G96
Velocidade S em metros/minuto (Velocidade
de corte constante)
G97* Velocidade S em rotações/minuto
2012@JST/JOF
CFAC: Introdução ao CNC - IV
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Programação ISO
Funções preparatórias I
Um bloco pode conter várias funções G colocadas em
qualquer ordem, exceto as seguintes funções especiais que
devem aparecer em separado:
G14, G15, G16, G20, G21, G22, G23, G24, G25, G26, G27,
G28, G29, G30, G31, G32, G50, G51, G52, G53/G59, G72,
G74 e G92.
Se num bloco programam-se funções G incompatíveis, o CNC
assume a última programada ou dá mensagem de erro.
2012@JST/JOF
CFAC: Introdução ao CNC - IV
18
Programação ISO
Funções preparatórias I
Tabela de funções G utilizadas no CNC 8025/30 (FRESADORA)
(Modal)
G00* Posicionamento rápido
(Modal)
G01 Interpolação linear
(Modal)
G02 Interpolação circular (helicoidal) retrógrada
(sentido horário)
(Modal)
G03 Interpolação circular (helicoidal) direta
(sentido anti-horário)
G04 Temporização (paragem em segundos)
(Modal)
G05* Trabalho em aresta não viva
G06 Interpolação circular com programação do
centro do arco em coordenadas absolutas
2012@JST/JOF
CFAC: Introdução ao CNC - IV
19
Programação ISO
(Modal)
(Modal)
(Modal)
(Modal)
(Modal)
(Modal)
(Modal)
(Modal)
2012@JST/JOF
G07* Trabalho em aresta viva
G08 Trajetória circular tangente à trajetória
anterior
G09 Trajetória circular definida mediante três
pontos
G10* Anulação da imagem espelho
G11 Imagem espelho no eixo X
G12 Imagem espelho no eixo Y
G13 Imagem espelho no eixo Z
G17* Seleção do plano XY para plano de interpol.
G18 Seleção do plano XZ para plano de interpol.
G19 Seleção do plano YZ para plano de interpol.
CFAC: Introdução ao CNC - IV
20
Programação ISO
G20
G21
G22
G23
G24
G25
G26
G27
G28
G29
G30
2012@JST/JOF
Chamada de subrotina standard
Chamada de subrotina paramétrica
Definição de uma subrotina standard
Definição de uma subrotina paramétrica
Final de subrotina
Salto/chamada incondicional
Salto/chamada condicional se é igual a 0
Salto/chamada condicional se não é igual a 0
Salto/chamada condicional se é menor
Salto/chamada condicional se é igual ou maior
Visualizar código de erro definido mediante K
CFAC: Introdução ao CNC - IV
21
Programação ISO
G31
G32
(Modal)
(Modal)
(Modal)
(Modal)
(Modal)
2012@JST/JOF
Guardar origem de coordenadas
Recuperar origem de coordenadas guardado
mediante G31
G33 Roscado eletrónico
G36 Arredondamento controlado de arestas
G37 Entrada tangencial
G38 Saída tangencial
G39 Chânfro
G40* Anular compensação automática do raio fer.
G41 Compensação aut. do raio da fer. à esquerda
G42 Compensação aut. do raio da fer. à direita
G43 Compensação do comprimento da ferramenta
CFAC: Introdução ao CNC - IV
22
Programação ISO
(Modal)
(Modal)
(Modal)
(Modal)
(Modal)
(Modal)
(Modal)
2012@JST/JOF
G44*
G47
G48*
G49
G50
Anular a compensação do compr. da fer.
Tratamento de bloco único
Anular tratamento de bloco único
FEED-RATE programável
Carregar as dimensões da ferramenta na
tabela
G52 Comunicação com a REDE LOCAL FAGOR
G53/G59
Translação da origem (novas origens)
G64 Maquinagem múltipla em arco
G65 Execução independente de um eixo
G70 Programação em polegadas
G71 Programação em milímetros
CFAC: Introdução ao CNC - IV
23
Programação ISO
(Modal)
(Modal)
(Modal)
(Modal)
(Modal)
(Modal)
2012@JST/JOF
G72 Fator de escala
G73 Rotação do sistema de coordenadas
G74 Busca automática da referência máquina
G75 Trabalho com apalpador
G75 N2 Ciclos fixos do apalpação/referenciação
G76 Criação automática de blocos
G77 Acoplamento do 4º eixo W ou do 5º eixo V
com o seu associado
G78* Anular a G77
G79 Ciclo fixo definido pelo utilizador
G80* Anular os ciclos fixos
CFAC: Introdução ao CNC - IV
24
Programação ISO
(Modal)
(Modal)
(Modal)
(Modal)
(Modal)
(Modal)
(Modal)
(Modal)
(Modal)
(Modal)
(Modal)
2012@JST/JOF
G81
G82
G83
G84
G85
G86
Ciclo fixo de furação (prof. de uma vez)
Ciclo fixo de furação com temporização no fim
Ciclo fixo de fur. profundo por incrementos
Ciclo fixo de roscado com macho
Ciclo fixo de escariamento
Ciclo fixo de mandrilagem com retrocesso,
com fresa parada, em G00
G87 Ciclo caixa retangular
G88 Ciclo caixa circular
G89 Ciclo fixo de mandrilagem com retrocesso em
G01
G90* Programação de cotas absolutas
G91 Programação de cotas incrementais
CFAC: Introdução ao CNC - IV
25
Programação ISO
G92
G93
(Modal)
(Modal)
(Modal)
(Modal)
(Modal)
(Modal)
2012@JST/JOF
Pré-seleção de cotas
Pré-seleção da origem de coordenadas
polares
G94* Velocidade de avanço F em mm/minuto
G95 Velocidade de avanço F em mm/revolução
G96 Velocidade de avanço superficial constante
G97* Velocidade de avanço do centro da
ferramenta constante
G98* Retorno da ferramenta ao plano de partida ao
terminar um ciclo fixo
G99 Retorno da ferramenta ao plano de referência
(plano de aproximação sem tocar na peça) ao
terminar um ciclo fixo
CFAC: Introdução ao CNC - IV
26
Programação ISO
Funções preparatórias I
Um bloco pode conter várias funções G colocadas em
qualquer ordem, exceto as seguintes funções especiais que
devem aparecer individualmente:
G20, G21, G22, G23, G24, G25, G26, G27, G28, G29, G30,
G31, G32, G50, G52, G53/G59, G72, G73, G74 e G92.
Se num bloco programam-se funções G incompatíveis, o CNC
assume a última programada ou dá mensagem de erro.
2012@JST/JOF
CFAC: Introdução ao CNC - IV
27
Programação ISO
Modos de programação
Unidades de distância G70/G71
As cotas de um programa podem introduzir-se no sistema
métrico (mm) ou em polegadas. A função G70 indica que
as cotas programadas na continuação vêm expressas em
polegadas, com G71 vêm em milímetros.
O CNC dispõe de um parâmetro máquina no qual se
especifica o sistema de unidades que deve assumir no
momento de arranque.
2012@JST/JOF
CFAC: Introdução ao CNC - IV
28
Programação ISO
Modos de programação
Programação absoluta e incremental G90/G91
As coordenadas de um ponto podem programar-se em modo
absoluto G90, ou em modo incremental G91.
Quando se trabalha em G90, as coordenadas do ponto
programado estão referidas à origem peça W.
Quando se trabalha em G91, as coordenadas do ponto
programado estão referidas ao ponto anterior da trajetória
(posição atual da ferramenta na chamada do bloco) .
2012@JST/JOF
CFAC: Introdução ao CNC - IV
29
Programação ISO
Modos de programação
C. Absolutas C. Incrementais
W
X0 Z0
X0 Z0 (posição inicial)
1
X20. Z0
X20. Z0
2
X20. Z-20.
X0 Z-20.
3
X30. Z-20.
X10. Z0
4
X30. Z-35.
X0 Z-15.
5
X40. Z-35.
X10. Z0
6
X40. Z-55.
X0 Z-20.
(Valores segundo X em diâmetro - torno.)
2012@JST/JOF
CFAC: Introdução ao CNC - IV
30
Programação ISO
Modos de programação
C. Absolutas
C. Incrementais
W
X0 Y0
X0 Y0
1
X40. Y0
X40. Y0
2
X40. Y25.
X0 Y25.
3
X0 Y25.
X-40. Y0
4
X0 Y0
X0 Y-25.
2012@JST/JOF
(posição inicial)
CFAC: Introdução ao CNC - IV
Fresadora
31
Programação ISO
Modos de programação
Programação de cotas
Como já referido, o CNC pode ser programado em modo
cartesiano, polar e paramétrico e, também mediante
ângulo e coordenada cartesiana, dois ângulos e
coordenadas cilíndricas para definir pontos no espaço
(a aplicação das três últimas está limitada a funções
particulares). As funções preparatórias que podem ser
programadas em modo cartesiano e polar incorporam
ambos os formatos.
2012@JST/JOF
CFAC: Introdução ao CNC - IV
32
Programação ISO
Modos de programação
Coordenadas cartesianas:
O formato das coordenadas dos eixos lineares é:
Torno:
Em mm
X+/-4.3
Em polegadas X+/-3.4
Z+/-4.3
Z+/-3.4
Fresadora:
Em mm
X+/-4.3
Em polegadas X+/-3.4
Z+/-4.3
Z+/-3.4
Y+/-4.3
Y+/-3.4
Como mostram os formatos, as cotas dos eixos programam-se mediante as
letras de endereço de cada um (X,Y,Z) seguidas do valor da cota. Os valores
das cotas programadas serão absolutas ou incrementais, de acordo com a
função programada G90 ou G91. As cotas positivas não têm que ser,
necessariamente, precedidas do sinal +.
2012@JST/JOF
CFAC: Introdução ao CNC - IV
33
Programação ISO
Modos de programação
Coordenadas polares:
O formato para definir um ponto do plano é:
Em mm
R+/-4.3
A+/-3.3
Em polegadas
R+/-3.4
A+/-3.3
As coordenadas polares não podem ser utilizadas para a
definição de um ponto no espaço (três eixos); unicamente
se pode programar o movimento dos dois eixos do plano
no qual se está a trabalhar (plano atual de interpolação).
2012@JST/JOF
CFAC: Introdução ao CNC - IV
34
Programação ISO
Modos de programação
Para a definição de um ponto em coordenadas polares é necessário
conhecer a origem do vetor raio (origem polar), a distância desde a
origem polar ao ponto em questão (R) e o valor em graus do ângulo
que forma com o semieixo positivo horizontal (A).
Os ângulos têm sinal positivo no sentido direto (anti-horário) e sinal
negativo no sentido retrógrado (horário).
Os valores de R e A serão absolutos ou incrementais, de acordo com
a programação G90 ou G91.
No momento de início (arranque), depois de M02,
M30, EMERGENCIA ou RESET, o CNC assume
como origem polar a origem peça (W).
2012@JST/JOF
CFAC: Introdução ao CNC - IV
35
Programação ISO
Modos de programação
No caso da fresadora, cada vez que se muda de plano de
interpolação, durante a execução de um programa, a origem polar
passará a ocupar o ponto de origem de coordenadas de tal plano:
Se se programa G17, a origem polar será o ponto: X0 Y0;
Se se programa G18, a origem polar passará a ser: X0 Z0;
Se se programa G19, a origem polar passará a ser: Y0 Z0.
Também, ao executar uma interpolação circular G02 ou G03, o
centro do arco passa a ser a nova origem polar.
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CFAC: Introdução ao CNC - IV
36
Programação ISO
Modos de programação
Para pré-selecionar qualquer ponto do plano como origem polar,
utiliza-se a função G93, que pode ser programada de duas formas:
Modo 1
Torno:
G93
G93


I+/-4.3 K+/-4.3 em mm (coordenadas em valor
absoluto)
I+/-3.4 K+/-3.4 em polegadas
I+/-4.3 (I+/-3.4): Indica o valor da abcissa da origem de
coordenadas polares; isto é, o valor de X.
K+/-4.3 (K+/-3.4): Indica o valor da ordenada da origem de
coordenadas polares; isto é, o valor de Z.
2012@JST/JOF
CFAC: Introdução ao CNC - IV
37
Programação ISO
Modos de programação
Torno:
(I e K em coordenadas absolutas)
2012@JST/JOF
CFAC: Introdução ao CNC - IV
38
Programação ISO
Modos de programação
Fresadora:
G93
G93


I+/-4.3 J+/-4.3 em mm (coordenadas em
valor absoluto)
I+/-3.4 J+/-3.4 em polegadas
I+/-4.3 (I+/-3.4): Indica o valor da ordenada da origem de
coordenadas polares, isto é, no plano XY o valor de X, no
plano XZ o valor de X e no plano YZ o valor de Y.
J+/-4.3 (J+/-3.4): Indica o valor da abcissa da origem de
coordenadas polares, isto é, no plano XY o valor de Y, no
plano XZ o valor de Z e no plano YZ o valor de Z.
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CFAC: Introdução ao CNC - IV
39
Programação ISO
Modos de programação
Fresadora:
(I e J em coordenadas absolutas)
Se se programa desta forma a pré-seleção da origem polar, o
CNC não admite mais informação no mesmo bloco.
2012@JST/JOF
CFAC: Introdução ao CNC - IV
40
Programação ISO
Modos de programação
Modo 2
Se num bloco qualquer se programa G93, a origem polar
fica pré-selecionada, no ponto onde se encontra, nesse
momento, a ferramenta.
Dois ângulos (A1, A2): Um ponto intermédio numa
trajetória pode ser definido da seguinte forma:
A1 A2 X Y (X Z) (Y Z)
2012@JST/JOF
CFAC: Introdução ao CNC - IV
41
Programação ISO
Modos de programação
Ponto de partida (W) X0 Y0
N... X20. Y20. (Coordenadas de P0)
N... A60. A-60. (Ângulos de saída de
P0 e P1)
N... X60. Y20. (Coordenadas de P2)
N... X20. Y20. (Coordenadas de P0)
A1 é o ângulo de saída desde o ponto de início da trajetória (P0). A2 é o
ângulo de saída do ponto intermédio (P1). XY, (XZ), (YZ) são as
coordenadas do ponto final (P2) segundo o plano de trabalho. O CNC
calcula automaticamente as coordenadas do ponto P1. Na definição dos
pontos de uma trajetória, é possível intercalar formas arredondadas (G36),
chânfros (G39), entradas e saídas tangenciais (G37/G38).
2012@JST/JOF
CFAC: Introdução ao CNC - IV
42
Programação ISO
Modos de programação
Ângulo e coordenada cartesiana: Com este procedimento definese um ponto mediante o ângulo de saída da trajetória no ponto
anterior e uma coordenada cartesiana do ponto que se quer definir.
Tal como no procedimento anterior, na definição dos pontos é
possível intercalar formas arredondadas (G36), chânfros (G39),
entradas e saídas tangenciais (G37/G38).
Ponto de partida (W) X0 Y0
N.... A45. X20. (ponto P0)
N.... A60. X40. (ponto P1)
N.... A-60. Y20. (ponto P2)
N.... A180. X20. (ponto P0)
2012@JST/JOF
CFAC: Introdução ao CNC - IV
43
Programação ISO
Modos de programação
Coordenadas cilíndricas: Um ponto no espaço pode ser definido
em coordenadas cartesianas (X,Y,Z) ou por coordenadas cilíndricas.
O formato de definição em coordenadas cilíndricas de um ponto é
o seguinte:
•Trabalhando com G17 (plano XY):
N.... G01 R... A... Z...
R e A definem a projeção do ponto sobre o
plano principal, em coordenadas polares e,
Z é o valor da coordenada Z nesse ponto.
•Trabalhando com G18 (plano XZ):
N.... G01 R... A... Y...
•Trabalhando com G19 (plano YZ):
Plano XY (G17) N.... G01 R... A... Z...
N.... G01 R... A... X...
Coordenadas cilíndricas
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CFAC: Introdução ao CNC - IV
44
Programação ISO
Programação de movimentos
Posicionamento rápido G00
Utiliza-se para alcançar o mais rapidamente possível, pontos
próximos da peça, anteriores a uma operação de maquinagem, ou,
pelo contrário, posições distantes da mesma para realizar rotações,
mudanças de ferramenta, etc. Os eixos deslocam-se à velocidade
estabelecida no parâmetro máquina correspondente. Também, o
valor de um parâmetro determina a trajetória seguida pelos eixos
até alcançar o ponto programado:
a) Trajetória não controlada: Cada eixo move-se
independentemente à velocidade máxima, parando cada um
ao alcançar a sua posição.
b) Trajetória vetorizada: Neste caso, independentemente do
número de eixos que se movam, a trajetória é uma linha reta
entre o ponto inicial o final.
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45
Programação ISO
Programação de movimentos
Exemplos dos dois tipos
Ponto de início X20. Y30.
N.... G0 G90 X50. Y40.
(coordenadas cartesianas
absolutas)
Quando se inicia o CNC, depois de executar-se M02/M30, depois de uma
EMERGÊNCIA ou RESET, o CNC assume o código G00. O código G00 é
modal e incompatível com G01, G02, G03 e G33. Ao programar a função
G00, não se anula o último avanço de trabalho programado (F), isto é, ao
programar de novo G01, G02 ou G03, recupera-se este F. A função G00
pode programar-se como G, G0 ou G00.
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46
Programação ISO
Programação de movimentos
Interpolação linear G01
Esta função ordena o deslocamento da ferramenta em
linha reta e com o avanço de trabalho
indicado/programado desde o ponto no qual se encontra
até ao ponto programado.
A função G01 é modal e incompatível com G00, G02,
G03 e G33. G01 pode ser programada como G1.
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47
Programação ISO
Programação de movimentos
N.... G90 G00 X18. Z0 (aproximação)
N.... G1 X0 F.2 (facejar, velocidade de avanço 0,2 mm por volta)
N.... G0 Z2. (afastamento em avanço rápido)
N.... X15. (posicionamento no diâmetro a tornear)
N.... G1 Z-15. (cilindro Ø15 x 15)
N.... X38.1 Z-35. (cone)
N.... X47. (facejar até fora)
N.... G0 X200. Z200. (saída)
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Programação ISO
Programação de movimentos
Interpolação circular G02/G03
As funções G02/G03 permitem realizar trajetórias circulares à
velocidade de avanço programada. Para realizar uma
interpolação circular é necessário dar a conhecer ao CNC o
sentido da interpolação, o ponto final da trajetória e a posição
do centro do arco ou o se raio, tendo em conta que a
ferramenta deve estar posicionada no ponto inicial do arco.
O sentido da interpolação pode ser retrógrado (G02) ou
direto (G03).
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49
Programação ISO
Programação de movimentos
Interpolação
circular
X
Z
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50
Programação ISO
Programação de movimentos
O formato de um bloco para definir uma interpolação circular em
coordenadas cartesianas dando o centro é o seguinte:
Torno:
N4 G02 (G03) X+/-4.3 Z+/-4.3 I+/-4.3 K+/-4.3 F5.4
Fresadora:
Plano XY
Plano XZ
N4 G17 G02 (G03) X+/-4.3 Y+/-4.3 I+/-4.3 J+/-4.3 F5.4
N4 G18 G02 (G03) X+/-4.3 Z+/-4.3 I+/-4.3 K+/-4.3 F5.4
Plano YZ
N4 G19 G02 (G03) Y+/-4.3 Z+/-4.3 J+/-4.3 K+/-4.3 F5.4
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51
Programação ISO
Programação de movimentos
O formato de um bloco para definir uma interpolação circular em
coordenadas polares dado o centro é o seguinte:
Torno:
N4 G02 (G03) A+/-3.3 I+/-4.3 K+/-4.3 F5.4
Fresadora:
Plano XY N4 G17 G02 (G03) A+/-3.3 I+/-4.3 J+/-4.3 F5.4
Plano XZ N4 G18 G02 (G03) A+/-3.3 I+/-4.3 K+/-4.3 F5.4
Plano YZ N4 G19 G02 (G03) A+/-3.3 J+/-4.3 K+/-4.3 F5.4
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Programação ISO
Programação de movimentos
Se a origem polar se determina no centro do arco mediante a
função G93, o formato tem a forma:
N4 G02 (G03) A+/-3.3 F5.4 (torno e fresadora)
Os valores I, J, K definem o centro da circunferência, sendo:
I : distância desde o ponto de partida ao centro, segundo o eixo X;
J: distância desde o ponto de partida ao centro, segundo o eixo Y;
K: distância desde o ponto de partida ao centro, segundo o eixo Z.
Os valores I, J, K, programam-se com sinal, e devem ser sempre
programados, mesmo se têm valor 0. No caso do torno, apesar da
programação do eixo X ser geralmente em diâmetros, I programa-se
sempre em raio.
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53
Programação ISO
Programação de movimentos
Em coordenadas polares, o valor A indica o ângulo que
forma o ponto final da trajetória com a origem polar
(semieixo positivo horizontal). Ao realizar uma
interpolação circular G02/G03, o centro do arco passa
a ser a nova origem polar.
As funções G02/G03 são modais e incompatíveis entre si,
e também com G00, G01 e G33. Os ciclos fixos e as
funções G74, G75, M06 (em centros de maquinagem),
anulam G02/G03. G02/G03 podem programar-se como
G2/G3.
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Programação ISO
Programação de movimentos
Exemplo: A ferramenta encontra-se no
ponto inicial do arco P0 (X25. Z–10.).
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55
Programação ISO
Programação de
movimentos
Cartesianas absolutas
N.... G90 G2 X25. Z-40. I20. K-15. ou
Cartesianas incrementais
N.... G91 G2 X0 Z-30. I20. K-15.
Polares absolutas
N.... G90 G2 A233.13 I20. K-15. ou
N.... G93 I65. K-25.
N.... G90 G2 A233.13
Polares incrementais
65=(12,5+20)*2
-25 = -40-(-15)
N.... G91 G2 A-73.738 I20. K-15. ou
N.... G93 I65 K-25. (selec. do centro polar)
N.... G91 G2 A-73.738
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56
Programação ISO
Programação de movimentos
Interpolação circular em coordenadas cartesianas com programação
do raio
Este procedimento é um dos mais utilizados na programação de
trajetórias circulares, já que o seu formato se adapta por completo à
normal designação de um arco, não sendo necessário o
programador realizar o cálculo dos valores I, J, K. O formato de
programação é o seguinte:
Torno: N4 G02 (G03) X+/-4.3 Z+/-4.3 R+/-4.3 F5.4
Fresadora:
Plano XY
N4 G17 G02 (G03) X+/-4.3 Y+/-4.3 R+/-4.3 F5.4
Plano XZ
N4 G18 G02 (G03) X+/-4.3 Z+/-4.3 R+/-4.3 F5.4
Plano YZ
N4 G19 G02 (G03) Y+/-4.3 Z+/-4.3 R+/-4.3 F5.4
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Programação ISO
Programação de movimentos
Como mostram os formatos, a interpolação circular
programa-se com o valor do raio do arco (R), em vez das
coordenadas I, J, K da posição do centro. Se o arco da
circunferência é menor do que 180º, o raio programa-se
com sinal positivo, e se é maior do que 180º, com sinal
negativo.
Para a programação da trajetória de um círculo completo
não se pode utilizar este sistema, devido a existirem
infinitas soluções.
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Programação ISO
Programação de movimentos
Exemplo: A ferramenta encontra-se no ponto inicial P0 (X10. Y30.).
Cartesianas absolutas:
(arco P0-P1)
N.... G90 G2 X40. Y30. R15.
(arco P1-P2)
N.... G3 X80. Y30. R20.
Cartesianas incrementais:
(arco P0-P1)
N.... G91 G2 X30. Y0 R15.
(arco P1-P2)
N.... G3 X40. Y0 R20.
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Programação ISO
Programação de movimentos
Interpolação circular com programação do centro do arco em coordenadas
absolutas G06
A função G06 permite programar as coordenadas do centro do arco I, J, K,
em coordenadas absolutas, isto é, relativamente à origem peça (W) e não à
origem do arco. A função G06 adiciona-se ao bloco que contem a
interpolação circular.
No caso do torno, o valor I programa-se em diâmetros ou raios, em função
de como se programa o eixo X. O formato de programação é o seguinte:
Torno: N4 G02 (G03) G06 X+/-4.3 Z+/-4.3 I+/-4.3 K+/-4.3 F5.4
Fresadora:
N4 G17 G02 (G03) G06 X+/-4.3 Y+/-4.3 I+/-4.3 J+/-4.3 F5.4
N4 G18 G02 (G03) G06 X+/-4.3 Z+/-4.3 I+/-4.3 K+/-4.3 F5.4
N4 G19 G02 (G03) G06 Y+/-4.3 Z+/-4.3 J+/-4.3 K+/-4.3 F5.4
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60
Programação ISO
Programação de movimentos
A função G06 não é modal; portanto, deverá programar-se
sempre que se deseja indicar as cotas do centro do arco, em
coordenadas absolutas.
Exemplo:
A ferramenta encontra-se no
ponto inicial P0 (X10. Y30.).
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61
Programação ISO
Programação de movimentos
Cartesianas absolutas
.
(arco P0-P1)
N.... G90 G2 G06 X40. Y30. I25. J30.
(arco P1-P2)
N.... G3 G6 X80. Y30. I60. J30.
Cartesianas incrementais
(arco P0-P1)
N.. G91 G2 G06 X30. Y0 I25. J30.
(arco P1-P2)
N.... G3 G06 X40. Y0 I60. J30.
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62
Programação ISO
Programação de movimentos
Trajetória circular tangente à trajetória anterior G08
Quando o arco a maquinar é tangente à trajetória
anterior, pode-se utilizar a função G08. Não é necessário
programar as coordenadas do centro (I, J, K), nem tão
pouco o raio do arco; é, portanto, o procedimento mais
cómodo para programar este tipo de arcos. A trajetória
anterior pode ser uma reta ou um arco e basta indicar o
ponto final da trajetória a executar.
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63
Programação ISO
Programação de movimentos
O formato do bloco em coordenadas cartesianas é o
seguinte:
Torno:
N4 G08 X+/-4.3 Z+/-4.3 F5.4
Fresadora:
Plano XY
N4 G17 G08 X+/-4.3 Y+/-4.3 F5.4
Plano XZ
N4 G18 G08 X+/-4.3 Z+/-4.3 F5.4
Plano YZ
N4 G19 G08 Y+/-4.3 Z+/-4.3 F5.4
X, Y, Z, indicam as coordenadas do ponto final do arco.
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Programação ISO
Programação de movimentos
O formato do bloco em coordenadas polares é o
seguinte:
N4 G08 R+/-4.3 A+/-4.3 F5.4 (torno e fresadora)
R indica o valor do raio (relativamente à origem polar) do
ponto final do arco, e A o ângulo (relativamente à origem
polar) do ponto final do arco.
Para a programação de um círculo completo não se pode
utilizar este sistema, devido a existirem infinitas soluções.
A função G08 não é modal.
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65
Programação ISO
Programação de movimentos
Exemplo:
Coordenadas cartesianas (absolutas)
N.... G90 G1 X20. Y12.5 F100 (posicionamento em P0)
N.... X50. (deslocamento a P1)
N.... G08 X50. Y27.5 (arco P1-P2)
N.... G1 X20. (deslocamento a P3)
N.... G08 X20. Y12.5 (arco P3-P0)
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66
Programação ISO
Programação de movimentos
Coordenadas polares
N.... G93 I20. J20. (pré-seleção origem polar A)
N.... G90 G1 R7.5 A270. F100 (posicionamento com polares em P0)
N.... G93 I50. J20. (pré-seleção origem polar B)
N.... G1 R7.5 A270. (deslocam. a P1)
N.... G08 R7.5 A90. (arco P1-P2)
N.... G93 I20. J20. (pré-seleção origem
polar A)
N.... G1 R7.5 A90. (deslocamento a P3)
N.... G08 R7.5 A270. (arco P3-P0)
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67
Programação ISO
Programação de movimentos
Trajetória circular definida mediante três pontos G09
Com a função G09 pode-se realizar uma trajetória circular,
programando o ponto final do arco e um ponto intermédio. Esta
função é de grande utilidade quando se realiza um programa pelo
método PLAY BACK. O formato do bloco em coordenadas
cartesianas é o seguinte:
Torno: N4 G09 X+/-4.3 Z+/-4.3 I+/-4.3 K+/-4.3 F5.4
Fresadora:
Plano XY N4 G17 G09 X+/-4.3 Y+/-4.3 I+/-4.3 J+/-4.3 F5.4
Plano XZ N4 G18 G09 X+/-4.3 Z+/-4.3 I+/-4.3 K+/-4.3 F5.4
Plano YZ N4 G19 G09 Y+/-4.3 Z+/-4.3 J+/-4.3 K+/-4.3 F5.4
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68
Programação ISO
Programação de movimentos
O formato do bloco em coordenadas polares é o seguinte:
Torno: N4 G09 R+/-4.3 A+/-3.3 I+/-4.3 K+/-4.3 F5.4
Fresadora:
Plano XY N4 G17 G09 R+/-4.3 A+/-3.3 I+/-4.3 J+/-4.3 F5.4
Plano XZ N4 G18 G09 R+/-4.3 A+/-3.3 I+/-4.3 K+/-4.3 F5.4
Plano YZ N4 G19 G09 R+/-4.3 A+/-3.3 J+/-4.3 K+/-4.3 F5.4
Os valores X, Y, Z, indicam as coordenadas do ponto final do arco,
e os valores I, J, K, as coordenadas do ponto intermédio. Em
coordenadas polares, R indica o valor do raio (relativamente à
origem polar) do ponto final do arco, e A o ângulo (relativamente à
origem polar) do ponto final do arco.
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CFAC: Introdução ao CNC - IV
69
Programação ISO
Programação de movimentos
Com a função G09, não se pode realizar um círculo completo, pois
para definir um arco com esta função é necessário programar 3
pontos distintos. A função G09 não é modal.
Exemplo:
Coordenadas cartesianas (absolutas)
N.... G90 G0 X30. Z2. (aprox. rápida desde o
ponto de partida)
N.... G1 Z-15. F.2 (cilindro Ø30 x 15)
N.... G09 X30. Z-35. I50. K-25. (arco P1-P2)
N.... G1 Z-50. (cilindro Ø30 x 15)
N.... G0 X55. (retirada da superfície da peça)
N.... X200. Z200. (retirada para o ponto inicial)
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CFAC: Introdução ao CNC - IV
70
Programação ISO
Programação de movimentos
Coordenadas polares
N.... G90 G0 X30. Z2. (aprox. rápida
desde o ponto de partida)
N.... G1 Z-15. F.2 (cilindro Ø30 x 15)
N.... G93 I30. K-25. (pré-seleção da
origem polar A)
N.... G09 R10. A180. I50. K-25. (arco P1-P2)
N.... G1 Z-50. (cilindro Ø30 x 15)
N.... G0 X55. (retirada da superfície da peça)
N.... X200. Z200. (retirada para o ponto de partida)
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71
Programação ISO
Funções F e S
Programação da velocidade de avanço F G94/G95/G96/G97
A velocidade de avanço da ferramenta (F) pode programar-se em
mm/revolução (G95) ou em mm/minuto (G94). Só se pode
programar em mm/revolução G95 se a máquina dispõe de um
captador rotativo (encoder) na árvore. Normalmente, os avanços do
torno programam-se em mm/revolução e os da fresadora em
mm/minuto.
Os avanços programados, são efetivos quando se trabalha em
interpolação linear G01 ou interpolação circular G02/G03. O avanço
máximo programável da máquina está limitado por um parâmetro. No
caso de não programar o avanço, ou indicá-lo por F0, os
deslocamentos realizam-se à velocidade estabelecida nesse
parâmetro.
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CFAC: Introdução ao CNC - IV
72
Programação ISO
Funções F e S
Na fresadora é possível programar constante a velocidade de
avanço superficial (G96) ou a velocidade de avanço do centro
da ferramenta (G97). A função G96 é de grande utilidade na
maquinagem de trajetórias circulares, já que permite manter o
avanço periférico da ferramenta.
As funções G94, G95, G96 e G97 são modais.
Programação da velocidade de rotação da árvore S
A velocidade da árvore da fresadora programa-se em rotações/
minuto e não se especifica através de nenhuma função; unicamente
é necessário indicar o número de rotações mediante o código S4.
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CFAC: Introdução ao CNC - IV
73
Programação ISO
Funções F e S
No torno, a velocidade da árvore pode programar-se em metros/
minuto (G96) ou em rotações/minuto (G97). À exceção das
operações de roscado, furação, etc., o correto é utilizar velocidade de
corte constante. Tendo em conta o que esta implica, é necessário
programar previamente a gama de velocidade (M41, M42, M43, M44)
e a limitação das rotações por minuto (G92), no caso de se querer
limitar estas abaixo do valor estabelecido na gama respetiva.
Exemplo: N10 T6.6 (seleção da ferramenta e suas correções)
N20 M41 (gama de velocidade)
N30 G92 S2000 (limitação da velocidade da árvore a 2000 rpm)
N40 G96 S150 M3 (velocidade de corte constante 150 m/min,
rotação à direita - retrógrada)
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74
Programação ISO
Funções F e S
TORNO: Recomenda-se programar no mesmo bloco G96 e a
velocidade da árvore (S4). Em caso contrário, o CNC assume como
velocidade da árvore a última velocidade de corte constante com
que se tenha trabalhado. No caso de não se ter programado,
previamente, G96 ou a gama de velocidades da árvore, o controlo
dará erro.
Se o primeiro movimento na continuação de G96 se realiza em
rápido (G00), a árvore rodará à rotação que corresponde ao
diâmetro final de tal movimento. No caso do primeiro movimento se
realizar em G01, G02 ou G03, o CNC calcula a rotação da árvore
considerando o diâmetro em que se encontra a ferramenta nesse
momento.
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CFAC: Introdução ao CNC - IV
75
Programação ISO
Funções F e S
A função G96 é modal; mantém-se ativa até que se programe G97,
M02, M30 ou se realize um RESET ou EMERGÊNCIA.
Com a função G97 indica-se ao CNC que as velocidades
programadas mediante S4 vêm expressas em rotações/minuto. Se
G97 e a velocidade da árvore S4 não se programam no mesmo
bloco, o CNC assume como velocidade programada, a velocidade a
que nesse momento está a rodar a árvore.
A função G97 é modal; mantém-se ativa até que se programa G96.
Depois do arranque, depois de executar-se M02, M30 ou depois de
um RESET ou EMERGÊNCIA, o CNC assume G97.
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76
Programação ISO
Programação da ferramenta T
Torno
A seleção da ferramenta faz-se mediante o código T2.2. As duas
cifras à esquerda do ponto decimal indicam a posição na torreta e
as duas cifras à direita, a posição da tabela das ferramentas onde
se encontra o corretor atribuído.
A tabela das ferramentas contém 32 corretores (T01 a T32). Em
cada corretor armazena-se os seguintes valores:
X: Comprimento da ferramenta segundo o eixo X (valor de
correção determinado na afinação).
Z: Comprimento da ferramenta segundo o eixo Z (valor de
correção determinado na afinação).
F: Código da forma da ferramenta (identificação da forma de
trabalho da ferramenta). Este valor é apenas necessário
indicar quando a trajetória programada deve ser compensada
do raio da ferramenta.
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CFAC: Introdução ao CNC - IV
77
Programação ISO
Programação da ferramenta T
R: Raio da ponta da ferramenta. Este valor unicamente é
necessário indicar quando a trajetória programada deve ser
compensada do raio da ferramenta.
I: Valor de correção do desgaste da ferramenta segundo o eixo
X. Este valor introduz-se sempre em diâmetro.
K: Valor de correção do desgaste da ferramenta segundo o eixo
Z.
Quando o CNC lê no programa o código T2.2, a torreta roda para
colocar a ferramenta selecionada na posição de trabalho e aplica os
valores de comprimento I, K. Os valores R e F ficam armazenados
em memória até que se executem as funções de compensação do
raio (G41 ou G42); a partir de esse momento o CNC calcula a
posição final de cada trajetória considerando tais valores.
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CFAC: Introdução ao CNC - IV
78
Programação ISO
Programação da ferramenta T
Código da forma da ferramenta:
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79
Programação ISO
Programação da ferramenta T
Código da forma da ferramenta:
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80
Programação ISO
Programação da ferramenta T
Código da forma da ferramenta:
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81
Programação ISO
Programação da ferramenta T
Fresadora
Existem três códigos para a programação das ferramentas, T2. / T.2 /
T2.2
Nas máquinas equipadas com sistema automático de mudança de
ferramentas, a mudança de ferramenta produz-se quando o CNC
lê o código M06. As duas cifras à direita do ponto decimal, nos
códigos T.2 ou T2.2, utilizam-se para selecionar, da tabela das
ferramentas, os corretores da ferramenta.
No caso de máquinas sem tal sistema automático, as duas cifras do
código T2. ou as que estão à esquerda do ponto no código T2.2, não
têm nenhum significado; portanto, é mais indicado utilizar código T.2
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82
Programação ISO
Programação da ferramenta T
A tabela de ferramentas das fresadoras CNC consta de 100
corretores. Em cada corretor armazenam-se os seguintes valores:
R: Raio da ferramenta. Este valor só é necessário indicar
quando a trajetória programada deve ser compensada do raio
da fresa.
L: Comprimento da ferramenta (valor de correção calculado na
afinação).
I: Valor de correção do raio da fresa.
K: Valor de correção do comprimento da ferramenta.
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CFAC: Introdução ao CNC - IV
83
Programação ISO
Programação da ferramenta T
Quando se programa G41 ou G42 (compensação automática do
raio da ferramenta), o CNC calcula a posição final de cada
trajetória programada no plano, considerando a soma dos valores
R+I. Se se programa G43 (compensação de longitude da
ferramenta), o CNC aplica como valor de compensação de
longitude, a soma dos valores L+K. A compensação de longitude
aplica-se ao eixo perpendicular ao plano de interpolação:
G17: Compensação de comprimento no eixo Z;
G18: Compensação de comprimento no eixo Y;
G19: Compensação de comprimento no eixo X.
A função G43 é modal e anula-se mediante G44, G74, M02 e M30
ou ao executar-se um RESET ou uma EMERGÊNCIA.
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84
Programação ISO
Funções auxiliares M
As funções auxiliares programam-se mediante o código M2. Ao
montar o CNC numa máquina, o fabricante atribui a cada função
específica um código (M00 a M99) personalizando a forma em que se
deve executar. A codificação das funções auxiliares, assim como as
funções preparatórias, faz-se seguindo a norma internacional ISO.
Num bloco pode-se programar até um máximo de 7 funções
auxiliares. Quando se programa mais do que uma, o CNC executa-as
correlativamente na ordem em que foram programadas.
Paragem de programa: M00 - Quando o CNC lê num bloco o código
M00 interrompe o programa. Para reiniciar é necessário pulsar a tecla
identificativa de «marcha em ciclo».
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CFAC: Introdução ao CNC - IV
85
Programação ISO
Funções auxiliares M
Paragem condicional do programa: M01 - Esta função é idêntica a
M00, com a exceção de que o CNC apenas a considera se está
ativada a entrada «paragem opcional», que se ativa mediante um
botão que está no painel frontal do CNC.
Fim do programa: M02 - Este código indica fim do programa e
realiza uma função de «reset geral» do CNC (repor as condições
iniciais).
Fim do programa com retorno ao início: M30 - Idêntica a M02, com
a exceção de que o CNC volta ao bloco de começo do programa.
Rotação da árvore no sentido retrógrado (sentido horário): M03
Rotação da árvore no sentido direto (sentido anti-horário): M04
Paragem da árvore: M05
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CFAC: Introdução ao CNC - IV
86
Programação ISO
Funções auxiliares M
Código de mudança da ferramenta: M06 - Instrução que ordena
uma mudança manual ou automática da ferramenta, mas não
incluindo a seleção das mesmas. No torno não se programa.
Ligar lubrificante de corte: M08
Parar lubrificante de corte : M09
Saída analógica S residual para mudança da ferramenta e
paragem orientada da árvore: M19 - Apenas se programa M19, ao
executar esta função o CNC aplica uma saída analógica S residual
definida por parâmetros.
Se se programa M19 S4.3, a árvore roda a uma velocidade e
sentido definidos por parâmetros máquina, até o valor S4.3 em
graus. Os graus estão referidos ao ponto de referência do captador
rotativo da árvore (encoder). O bloco no qual se programa M19 S4.3
não admite mais informação.
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CFAC: Introdução ao CNC - IV
87
Programação ISO
Funções auxiliares M
Operações com paletes: M22, M23, M24, M25 - O CNC pode
controlar o trabalho de uma máquina com paletes. Os códigos M22,
M23, M24 e M25 adquirem neste caso os seguintes significados:
M22 Para carregar a peça num extremo da mesa (eixo X);
M23 Para descarregar a peça no mesmo ponto que M22;
M24 Para carregar a peça no outro extremo da mesa;
M25 Para descarregar a peça no mesmo ponto que M24.
Seleção da gama de velocidades da árvore: M41, M42, M43, M44
- Quando se trabalha em velocidade de corte constante (G96), é
obrigatório programar a gama M41, M42, M43 ou M44.
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CFAC: Introdução ao CNC - IV
88
Programação ISO
Funções auxiliares M
Seleção da velocidade de rotação da ferramenta motorizada:
M45. Mediante o formato N4 M45 S+/-4 programa-se a velocidade
de rotação da ferramenta motorizada. O sentido e a velocidade em
rotações por minuto da ferramenta define-se com S+/-4; com S+4
girará num sentido e com S-4 girará no sentido contrário.
Pode existir na máquina mais dispositivos que requeiram a
personalização de uma função auxiliar para ativá-los (contraponto,
garras da árvore, etc.); para conhecer o código atribuído a cada um
destes dispositivos, deve-se consultar o manual de operação
facilitado pelo fabricante da máquina.
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CFAC: Introdução ao CNC - IV
89
Programação ISO
Funções Preparatórias II
Temporização G04
A função G04 permite a interrupção do programa durante um
intervalo de tempo predeterminado; transcorrido esse tempo, o
programa continua automaticamente. O tempo da temporização (em
segundos) programa-se mediante a letra K. Se este se indica de
forma numérica, pode ter um valor compreendido entre 00,00 e
99,99 segundos, e se se indica por meio de um parâmetro (K3.2),
pode ter um valor compreendido entre 00,00 e 655,35 segundos. A
temporização executa-se no começo do bloco em que está
programada. G04 pode programar-se como G4.
Exemplo: N.... G04 K5 (temporização 5 seg.)
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CFAC: Introdução ao CNC - IV
90
Programação ISO
Funções Preparatórias II
Aresta não viva G05
Quando se trabalha em aresta não viva G05, o CNC começa a
execução do bloco seguinte do programa, ao começar a
desaceleração dos eixos programados no bloco que se está a
executar. A diferença entre o perfil teórico e o real está em função
do valor do avanço: quanto maior o avanço, maior será a diferença.
Como aparece representado na figura, as
arestas ficam arredondadas.
A função G05 é modal e incompatível com G07.
G05 pode programar-se como G5.
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CFAC: Introdução ao CNC - IV
91
Programação ISO
Funções Preparatórias II
A ferramenta encontra-se no ponto X0 Y0
N.... G91 G1 X15. Y15. F100 (Ponto P0)
N.... G05 X20. (Ponto P1)
N.... Y20. (Ponto P2)
N.... G07 X-20. (Ponto P3)
N.... G0 G90 X0 Y0 (Volta ao ponto de
partida)
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CFAC: Introdução ao CNC - IV
92
Programação ISO
Funções Preparatórias II
Aresta viva G07
Quando se trabalha em aresta viva G07, o CNC não começa a
execução do bloco seguinte do programa até que não tenha
alcançado a posição exata programada no bloco que está a
executar. O perfil teórico e o real coincidem.
A função G07 é modal e incompatível com G05. G07 pode
programar-se como G7.
O CNC dispõe de um parâmetro máquina, no qual se específica a
função que deve assumir (G05 ou G07) no arranque, depois de
executar-se M02, M30 ou depois de uma EMERGÊNCIA ou RESET.
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CFAC: Introdução ao CNC - IV
93
Programação ISO
Funções Preparatórias II
A ferramenta encontra-se no ponto X0 Y0
N... G91 G1 G07 X15. Y15. F100 (Ponto P0)
N.... X20. (Ponto P1)
N.... Y20. (Ponto P2)
N.... X-20. (Ponto P3)
N.... G0 G90 X0 Y0 (Volta ao ponto de
partida)
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CFAC: Introdução ao CNC - IV
94
Programação ISO
Funções Preparatórias II
Subrotinas standard e paramétricas G20/G21/G22/G23/G24
Uma subrotina é uma parte de um programa que, identificada de
uma forma especial, pode ser chamada várias vezes desde
qualquer posição de um programa ou desde diferentes programas
para a sua execução. Com uma só chamada pode repetir-se a
execução de uma subrotina até 255 vezes.
Uma subrotina pode estar armazenada na memória do CNC como
um programa independente ou como parte de um programa. As
subrotinas podem ser standard ou paramétricas.
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CFAC: Introdução ao CNC - IV
95
Programação ISO
Funções Preparatórias II
Subrotinas standard: Mediante um bloco que contenha a função
G22 indica-se o começo de uma subrotina standard. A estrutura do
bloco de começo tem a forma:
N4 G22 N2 (G22 indica o começo da subrotina e N2 identifica a
subrotina por um número compreendido entre 0 e 99)
O final de uma subrotina standard indica-se com o bloco: N4 G24.
A chamada de uma subrotina standard faz-se mediante o bloco:
N4 G20 N2.2.
G20 indica a chamada da subrotina. Na expressão N2.2, os dois
números à esquerda do ponto, identificam o número da subrotina
que se chama (00-99), os dois números à direita do ponto, indicam
o número de vezes que se deseja repetir a subrotina (00-99).
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CFAC: Introdução ao CNC - IV
96
Programação ISO
Funções Preparatórias II
Se o número de repetições é indicado por um parâmetro, este pode
ter um valor compreendido entre 0 e 255. Se não se programa o
número de repetições da subrotina, o CNC executa-a apenas uma
vez.
Subrotinas paramétricas: A estrutura do bloco de começo tem a
forma:
N4 G23 N2 (G23 indica o começo da subrotina paramétrica e N2
identifica a subrotina por um número compreendido entre 0 e 99)
O final de uma subrotina paramétrica indica-se com o bloco: N4
G24.
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CFAC: Introdução ao CNC - IV
97
Programação ISO
Funções Preparatórias II
A chamada de uma subrotina paramétrica faz-se mediante o bloco:
N4 G21 N2.2 P3=K+/-5.5 P3=K+/-5.5
G21 indica a chamada da subrotina paramétrica. Na expressão N2.2,
os dois números à esquerda do ponto identificam o número da
subrotina paramétrica que se chama (00 - 99), os dois números à
direita do ponto indicam o número de vezes que se deseja repetir a
subrotina (00-99). Se se indica por um parâmetro, este pode ter um
valor compreendido entre 0 e 255. Se não se programa o número de
repetições da subrotina, o CNC executa-a apenas uma vez. P3 é o
número de parâmetro e o seu valor vêm indicado por K+/-5.5. O bloco
de chamada pode conter um máximo de 15 parâmetros.
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CFAC: Introdução ao CNC - IV
98
Programação ISO
Funções Preparatórias II
Os blocos que indicam o começo, final e chamada de uma subrotina
standard ou paramétrica não podem conter mais informação.
De um programa principal, ou de uma subrotina (standard ou
paramétrica), pode-se chamar uma subrotina, de esta uma segunda,
da segunda uma terceira, etc., até um máximo de 15 níveis de
imbricação. Cada um dos níveis pode-se repetir 255 vezes.
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CFAC: Introdução ao CNC - IV
99
Programação ISO
Funções Preparatórias II
Exemplo: (O processo de furação, programado mediante uma
subrotina standard.)
P10101
N10 S1000 M3 (rotação da árvore no sent. retrógrado, 1000 rpm)
N20 G0 G90 X25. Y15. (posicionamento no primeiro furo, progr.
absoluta)
N30 Z2 (aproximação a 2 mm da superfície da peça)
N40 G22 N10 (identificação e começo da subrotina standard 10)
N50 G1 Z-13. F60 (furação com avanço 60 mm/min)
N60 G0 Z2. (retirada em rápido a 2 mm acima da peça)
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CFAC: Introdução ao CNC - IV
100
Programação ISO
Funções Preparatórias II
N70 G24 (final sub. standard)
N80 G0 X40. Y15. (posicionamento no segundo furo)
N90 G20 N10.1 (chamada e execução da subrotina 10)
N100 G0 X55. Y15. (posicionamento no terceiro furo)
N110 G20 N10.1 (chamada e execução da subrotina 10)
N120 G0 X55. Y40. (posicionamento no quarto furo)
N130 G20 N10.1 (chamada e execução da subrotina 10)
N140 G0 X40. Y40. (posicionamento no quinto furo)
N150 G20 N10.1 (chamada e execução da subrotina 10)
N160 G0 X25. Y40. (posicionamento no sexto furo)
N170 G20 N10.1 (chamada e execução da subrotina 10)
N180 G0 Z200. M30 (retirada da ferramenta e fim do programa)
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CFAC: Introdução ao CNC - IV
101
Programação ISO
Funções Preparatórias II
Saltos/chamadas incondicionais G25
A função G25 permite saltar de um bloco para outro dentro do
mesmo programa. Existem dois formatos de programação:
a) N4 G25 N4
G25 ordena o salto incondicional ao número de bloco indicado
por N4; o programa continua a partir desse bloco.
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CFAC: Introdução ao CNC - IV
102
Programação ISO
Funções Preparatórias II
Exemplo: O programa seguinte executa-se de forma ininterrupta
enquanto não se realize um RESET ou EMERGÊNCIA:
N10 G0 G90 X0 Y0 (deslocamento rápido ao ponto X0 Y0)
N20 G4 K30 (temporização de 30 seg.)
N30 X200. (deslocamento rápido ao ponto X200 Y0)
N40 G4 K30 (temporização de 30 seg.)
N50 G25 N10 (salto ao bloco N10, repetição do programa)
b) N4 G25 N4.4.2
Neste formato, a função G25 ordena a execução de uma secção do
programa um número determinado de vezes. O primeiro número
posterior ao N indica o bloco inicial, o número situado entre os dois
pontos indica o bloco final, e o último o número de repetições.
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CFAC: Introdução ao CNC - IV
103
Programação ISO
Funções Preparatórias II
Este número para as repetições pode ter um valor compreendido
entre 0 e 99 ou entre 0 e 255 se se programa com um parâmetro.
Se se escreve isoladamente N4.4, o CNC assume N4.4.1. Ao
terminar a execução desta secção, o CNC volta ao bloco seguinte
em que se programou G25 N4.4.2.
Exemplo. Utilizar a função G25, para realizar o programa para furação da
peça representada.
2012@JST/JOF
CFAC: Introdução ao CNC - IV
104
Programação ISO
Funções Preparatórias II
P10102
N10 S1000 M3 (rotação da árvore à direita, 1000 rpm)
N20 G0 G90 X25. Y15. (posicionamento no primeiro furo, progr. absoluta)
N30 Z2 (aproximação a 2 mm da superfície da peça)
N40 G1 Z–13. F60 (furação com avanço de 60 mm/min)
N50 G0 Z2. (retirada em rápido a 2 mm por cima da peça)
N60 G0 X40. Y15. (posicionamento no segundo furo)
N70 G25 N40.50.1 (salto do programa, execução do bloco 40 ao 50 uma vez)
N80 G0 X55. Y15. (posicionamento no terceiro furo)
N90 G25 N40.50.1 (salto do programa, execução do bloco 40 ao 50 uma vez)
N100 G0 X55. Y40. (posicionamento no quarto furo)
N110 G25 N40.50.1 (salto do programa, execução do bloco 40 ao 50 uma vez)
N120 G0 X40. Y40. (posicionamento no quinto furo)
N130 G25 N40.50.1 (salto do programa, execução do bloco 40 ao 50 uma vez)
N140 G0 X25. Y40. (posicionamento no sexto furo)
N150 G25 N40.50.1 (salto do programa, execução do bloco 40 ao 50 uma vez)
N160 G0 Z200. M30 (retirada da ferramenta e fim do programa)
2012@JST/JOF
CFAC: Introdução ao CNC - IV
105
Programação ISO
Funções Preparatórias II
Guardar e recuperar uma origem de coordenadas G31/G32
Para facilitar a programação, por vezes determinam-se, numa
mesma peça, várias origens de coordenadas. A função G31
permite guardar a origem de coordenadas que está ativa nesse
momento e mediante G32 recuperar tal origem.
O bloco em que se programa G31 ou G32 não pode conter mais
informação; o formato de programação é:
N4 G31
…
N4 G32
2012@JST/JOF
CFAC: Introdução ao CNC - IV
106
Programação ISO
Funções Preparatórias II
Exemplo:
Sequência de movimentos.
A - ponto de início e fim.
2012@JST/JOF
CFAC: Introdução ao CNC - IV
107
Programação ISO
Funções Preparatórias II
P10103 (PROGRAMA PRINCIPAL)
N10 S1000 M3 (rotação da árvore à direita, 1000 rpm)
N20 G0 G90 X22.5 Y25. (posicionamento no centro da primeira caixa)
N30 Z2. (aproximação a 2 mm da superfície da peça)
N40 G20 N5.1 (chamada e execução da subrotina 5)
N50 G0 X67.5 Y15. (posicionamento no centro da segunda caixa)
N60 G20 N5.1 (chamada e execução da subrotina 5)
N70 G0 X67.5 Y45. (posicionamento no centro da terceira caixa)
N80 G20 N5.1 (chamada e execução da subrotina 5)
N90 G0 Z200. M30 (retirada da ferramenta e fim do programa)
2012@JST/JOF
CFAC: Introdução ao CNC - IV
108
Programação ISO
Funções Preparatórias II
P10104 (SUBROTINA STANDARD)
N10 G22 N5 (identificação e começo da subrotina standard 5)
N20 G31 (guardar a origem de coordenadas activa, W)
N30 G92 X12.5 Y10. (pré-seleção da origem W2)
N40 G1 Z-5. F100 (posicionamento na base da caixa)
N50 X12.5 Y0 (ponto médio da caixa inferior)
N60 X0 (vértice inferior esquerdo)
N70 Y20. (vértice superior esquerdo)
N80 X25. (vértice superior direito)
N90 Y0 (vértice inferior direito)
N100 X12.5 (ponto médio da caixa inferior)
N110 G0 X12.5 Y10. Z2. (retirada ao ponto de início)
N120 G32 (recuperar a origem de coordenadas guardada, W)
N130 G24 (fim de subprograma e voltar ao programa principal)
2012@JST/JOF
CFAC: Introdução ao CNC - IV
(X12.5, Y 10)
109
Programação ISO
Funções Preparatórias II
Arredondamento controlado de arestas G36
Esta função é muito utilizada em operações de torneamento e
fresagem, já que permite de uma maneira simples programar o
arredondamento de uma aresta com um raio determinado. G36
programa-se no bloco de deslocamento cujo final se queira
arredondar. O raio de arredondamento indica-se mediante R4.3 em
mm, ou R3.4 se a programação é em polegadas, sempre com valor
positivo. Mediante a função G36 pode-se realizar arredondamentos
entre reta-reta, arco-reta ou arco-arco. A função G36 não é modal.
2012@JST/JOF
CFAC: Introdução ao CNC - IV
110
Programação ISO
Funções Preparatórias II
Exemplo: (Utilizar a função G36 para realizar os raios de
arredondamento R1 e R2.)
2012@JST/JOF
CFAC: Introdução ao CNC - IV
111
Programação ISO
Funções Preparatórias II
P10105
N10 T1.1 (seleção da ferramenta, posição 1 e corretor 1)
N20 M42 (seleção da gama de velocidade)
N30 G96 S150 M3 (rotação da árvore com v.c.c. 150 m/min)
N40 G0 X0 Z2. (aprox. à peça em deslocamento rápido)
N50 G1 Z0 F.05 (deslocamento com avanço 0.05 mm/r até ao ponto W)
N60 G36 R1. X20. Z0 F.3 (facejamento até fora com arredondamento final R1, ponto A)
N70 Z-15. (cilindro Ø20 x 15)
N80 G2 G36 R2. X40. Z-25 R10. (interp. circular R10 com arredondamento R2, ponto B)
N90 G1 Z-40. (cilindro Ø40 até ao fim do contorno)
N100 G0 X200. Z200. (retirada até o ponto de partida)
N110 M30 (fim do programa)
2012@JST/JOF
CFAC: Introdução ao CNC - IV
112
Programação ISO
Funções Preparatórias II
Entrada e saída tangencial G37/G38
As funções G37 e G38 permitem ligar duas trajetórias de forma
tangencial. Para realizar uma entrada tangencial programa-se G37
R4.3, e para a saída tangencial G38 R4.3, ou R3.4 se a
programação é em polegadas. As trajetórias a ligar com G37 podem
ser reta-reta ou reta-curva, e com G38 reta-reta ou curva-reta. O
valor R indica o raio do arco de circunferência com o qual se ligam
as duas trajetórias; programa-se seguido da função G37 ou G38 e
sempre com sinal positivo.
2012@JST/JOF
CFAC: Introdução ao CNC - IV
113
Programação ISO
Funções Preparatórias II
Para utilizar G37 deve-se ter em conta as seguintes condições:
a) A distância entre os pontos iniciais de ambas trajetórias deve
ser maior ou igual que duas vezes o raio de entrada
programado.
b) O raio da fresa deve ser menor ou igual ao raio de entrada
programado.
c) O tramo de entrada deve ser linear (G00 ou G01); se se
programa num bloco que incorpora movimento circular, o
CNC mostrará o erro correspondente.
2012@JST/JOF
CFAC: Introdução ao CNC - IV
114
Programação ISO
Funções Preparatórias II
Para utilizar G38 deve-se ter em conta as seguintes condições:
a) A distância entre os pontos finais de ambas trajetórias deve
ser maior ou igual a duas vezes o raio de saída programado.
b) O raio da fresa deve ser menor ou igual ao raio de saída
programado.
c) A trajetória seguinte ao bloco em se programa G38 deve ser
linear (G00 ou G01); no caso de ser circular, o CNC mostrará
o erro correspondente.
2012@JST/JOF
CFAC: Introdução ao CNC - IV
115
Programação
ISO
Funções Preparatórias II
Exemplo: (Entrada tangencial desde o centro da caixa e uma saída
tangencial ao mesmo ponto, raio de entrada e saída tangencial 6.)
P10104 (SUBROTINA STANDARD)
N10 G22 N5 (identificação e começo da subrotina standard 5)
N20 G31 (guardar a origem de coordenadas ativa, W)
N30 G92 X12.5 Y10. (pré-seleção da origem W2)
N40 G1 Z–5. F100 (posicionamento na base da caixa)
N50 G37 R6. X12.5 Y0 (entrada tangencial R6 ao ponto médio da caixa inferior)
N60 X0 (vértice inferior esquerdo)
N70 Y20. (vértice superior esquerdo)
N80 X25. (vértice superior direito)
N90 Y0 (vértice inferior direito)
N100 G38 R6. X12.5 (saída tangencial R6 do ponto médio da caixa inferior)
N110 G0 X12.5 Y10. Z2. (retirada ao ponto de início)
N120 G32 (recuperar a origem de coordenadas guardado, W)
N130 G24 (fim de subprograma e retorno ao programa principal)
2012@JST/JOF
CFAC: Introdução ao CNC - IV
116
Programação ISO
Funções Preparatórias II
Chanframento G39
A forma mais fácil de realizar um chanfro é utilizando a função
G39. Programa-se de forma igual à função G36, mediante
R4.3 em mm ou R3.4 em polegadas. Sempre com valor
positivo, indica-se a distância desde o ponto de intersecção
das duas arestas que se desejam chanfrar, até ao ponto de
começo do chanfro. A função G39 programa-se no bloco cujo
fim se queira chanfrar. G39 não é modal.
2012@JST/JOF
CFAC: Introdução ao CNC - IV
117
Programação ISO
Funções Preparatórias II
Exemplo: A ferramenta encontra-se no ponto P0 (X40 Y10). A
programação é em coordenadas cartesianas absolutas.
N.... G1 G39 R10. X25. Y30. F100 (Ponto P1)
N.... X0 (Ponto P2)
2012@JST/JOF
CFAC: Introdução ao CNC - IV
118
Programação ISO
Funções Preparatórias II
Compensação do raio da ferramenta G40/G41/G42
Torno
Na programação de trajetórias não paralelas aos eixos, o raio da
ponta das pastilhas de torneamento faz com que o perfil real da
trajetória da ferramenta não coincida com o teórico. Para corrigir
este defeito, o programador pode calcular mediante fórmulas, a
posição do ponto de controlo da ferramenta em cada ponto de início
e final de uma trajetória, ou utilizar as funções de compensação
automática do raio da ferramenta G41/G42. Estas funções permitem
programar diretamente o contorno da peça e informar da posição da
ferramenta relativamente ao contorno programado.
2012@JST/JOF
CFAC: Introdução ao CNC - IV
119
Programação ISO
Funções Preparatórias II
Trajectória programada.
2012@JST/JOF
Trajectória compensada.
CFAC: Introdução ao CNC - IV
120
Programação ISO
Funções Preparatórias II
Fórmulas para compensação manual do raio da ferramenta:
2
2
Perfil convexo: O2 = R + r
2012@JST/JOF
Perfil côncavo: O2 = R – r
CFAC: Introdução ao CNC - IV
121
Programação ISO
Funções Preparatórias II
Fórmulas para compensação manual do raio da ferramenta:
Az = r * [1 – tg(A/2)]
Ax = r * [1 – tg(45º – A/2)]
2012@JST/JOF
CFAC: Introdução ao CNC - IV
122
Programação ISO
Funções Preparatórias II
Fórmulas para compensação manual do raio da ferramenta:
Ax = r * [1 – cos(A)]
Ax = r * [1 – cos(A)]
2012@JST/JOF
Az = r * [1 + sen(A)]
Az = r * [1 – sen(A)]
CFAC: Introdução ao CNC - IV
123
Programação ISO
Funções Preparatórias II
Os controlos numéricos atuais permitem programar diretamente o
contorno da peça sem ter em conta o raio da ferramenta. Os
requerimentos do CNC para realizar corretamente uma
compensação são (torno):
1. Introduzir na tabela das ferramentas o código de forma F e
o raio da ponta da pastilha.
2. Programar as funções preparatórias G41 ou G42 no bloco de
deslocamento que contenha o primeiro ponto da trajetória a
compensar. A chamada desta função deve realizar-se
estando ativa a função G00 ou G01.
Quando a ferramenta fica à direita da peça segundo o sentido da
maquinagem, programa-se G42 e, quando fica à esquerda, G41.
2012@JST/JOF
CFAC: Introdução ao CNC - IV
124
Programação ISO
Funções Preparatórias II
Ao programar G40, fica anulada a compensação ativa nesse
momento. G40 deve indicar-se num bloco que contenha a função
G00 ou G01.
2012@JST/JOF
CFAC: Introdução ao CNC - IV
125
Programação ISO
Funções Preparatórias II
Se, estando ativa a compensação, se programa um deslocamento
em G00 posterior a G01, G02 ou G03, a ferramenta fica tangente
à perpendicular no extremo do deslocamento programado do bloco
de G01, G02 ou G03.
Linhas fictícias
para controlo da
ferramenta
As funções G41 e G42 são modais e são anuladas mediante G40,
M02, M30, EMERGÊNCIA ou RESET.
2012@JST/JOF
CFAC: Introdução ao CNC - IV
126
Programação ISO
Funções Preparatórias II
Fresadora
Dado que na fresagem se programa o centro (eixo) da ferramenta,
este deve seguir ao longo do contorno uma trajetória paralela,
distante da peça um valor igual ao raio da ferramenta.
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Programação ISO
Funções Preparatórias II
Na fresagem, a compensação automática do raio torna-se efetiva
programando as funções G41 ou G42, dependendo da posição da
fresa (esquerda/direita da trajetória) seguindo o sentido da
maquinagem. A função G40 anula a compensação ativa nesse
momento.
Para que o CNC realize a compensação corretamente, é necessário
introduzir na tabela das ferramentas o raio da fresa. Ao contrário
do CNC de torneamento, o valor de correção do desgaste (é sempre
o raio a sofrer desgaste), unicamente se faz efetivo se é
programado G41 ou G42. O início e o fim da compensação deve
indicar-se estando ativa a função G00 ou G01.
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Programação ISO
Funções Preparatórias II
Na construção de um programa deve-se ter em conta o seguinte:
Ponto 1. Não programar três ou mais blocos sem movimento
no plano de compensação entre blocos que o tenham; ficam
excluídos os blocos que contenham as funções: G20, G21,
G22, G23, G24, G25, G26, G27, G28 e G29.
Ponto 2. A maquinagem pelo interior de uma peça (caixas,
etc.) não deve começar nem acabar num vértice côncavo.
(Se começa ou se finaliza a
maquinagem por um vértice,
a compensação do raio não
é correta e a ferramenta
ultrapassa os limites da
caixa, casos A e B)
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Programação ISO
Funções Preparatórias II
Ponto 3. No último deslocamento do contorno, prévio à anulação
da compensação, o centro da ferramenta fica posicionado na
perpendicular à última trajetória no seu ponto final. Ao programar
o bloco que contêm a anulação da compensação (G40), deve-se
ter em conta esta posição final da ferramenta.
G41
G40
Perpendicular
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Programação ISO
Funções Preparatórias II
As funções G41 e G42 são modais, e são anuladas por G40, G74,
G81, G82, G83, G84, G85, G86, G87, G88, G89, M02, M06, M30,
EMERGÊNCIA ou RESET.
Compensação do comprimento da ferramenta G43/G44
No torneamento, os valores de longitude das ferramentas fazem-se
efetivos ao programar T2.2. Por outro lado, para compensar a
comprimento das ferramentas de fresagem é necessário programar G43
e para anulá-la G44. Ao programar G43, o CNC soma ou subtrai os
valores L e K (armazenados na tabela das ferramentas) a cada
coordenada programada no eixo perpendicular ao plano de interpolação.
A função G43 é modal e anula-se mediante G44, G74, M02, M30 ou ao
realizar-se um RESET ou EMERGÊNCIA.
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Programação ISO
Funções Preparatórias II
Tratamento/anulação de bloco único G47/G48
Quando um programa se executa em modo «bloco a bloco», o CNC
pára a execução do programa ao concluir cada sequência, sendo
necessário pulsar a tecla «marcha ciclo» tantas vezes quantas o
número de blocos que tenha o programa. A função G47 permite a
execução em ciclo contínuo dos blocos compreendidos entre
G47 e G48.
Aparentemente, pode deduzir-se que é uma execução em modo
«automático» de um número de blocos correlativos; mas não é
exatamente assim, devido às condicionantes que aparecem ao
programar estas funções:
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Programação ISO
Funções Preparatórias II
a) Em qualquer modo de operação, interrompe-se a execução,
quando está ativa a função G47, isto é, o CNC pára o avanço
dos eixos e também a rotação da árvore.
b) Estando ativa a função G47, o comutador de avanço do
painel (M.F.O.) e as teclas de variação da velocidade de
rotação da árvore ficam inibidas, executando-se o programa a
100% de F e S programadas.
As funções G47 e G48 são modais. No momento de arranque,
depois de executar-se M02, M30, RESET ou EMERGÊNCIA, o CNC
assume a função G48.
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Programação ISO
Funções Preparatórias II
FEED-RATE programável G49
A função G49 permite regular por programa a % da velocidade de
avanço F programada e a correspondente ao deslocamento em
G0. Estando ativa a função G49, o comutador M.F.O. fica inibido. O
formato de programação é: G49 K(1/120).
A % do avanço programado que se quer estabelecer indica-se
seguido de G49 K e pode ter um valor inteiro compreendido entre 1
e 120. Para anular G49 pode-se programar G49 K ou apenas G49.
A função G49 é modal; a % programada mantém-se até indicar-se
outra ou se anular a função. Também se anula G49 ao executar-se
M02, M30, RESET ou EMERGÊNCIA. O bloco em que se programa
G49 K não pode conter mais informação.
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Programação ISO
Funções Preparatórias II
Carregamento de corretores de ferramenta na tabela G50
A função G50 pode utilizar-se para introduzir os correctores das
ferramentas na tabela ou também para modificar, de forma
incremental, os valores de desgaste (I, K).
a) Carregar todos os corretores de uma ferramenta: Todos
os valores de uma ferramenta introduzidos com G50
substituem os existentes, nesse momento, na tabela. Se os
valores I, K não obedecem ao formato, ficam iguais a zero na
tabela.
O formato no sistema métrico é:
Torno: N4 G50 T2 X+/-4.3 Z+/-4.3 F1 R4.3 I+/-2.3 K+/-2.3
Fresadora: N4 G50 T2 R+/-4.3 L+/-4.3 I+/-2.3 K+/-2.3
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Programação ISO
Funções Preparatórias II
b) Modificação incremental dos valores I, K.
O formato no sistema métrico é: N4 G50 T2 I+/-2.3 K+/-2.3
Segundo esta modalidade, os valores I, K somam-se ou subtraemse aos previamente armazenados, permitindo corrigir o desgaste
da ferramenta conforme se vai produzindo. Nos blocos em que se
programa G50 não se pode programar nenhuma outra informação.
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Programação ISO
Funções Preparatórias II
Nos CNC de torneamento existe a função G51 I+/-4.3 K+/-4.3,
mediante a qual se pode corrigir os valores de desgaste sem
modificar a tabela das ferramentas, isto é, os valores I, K que se
somam ou subtraem têm efeito ao executar-se G51, mas ao utilizar
de novo essa ferramenta I, K voltam a ter os valores anteriores à
execução de G51.
Translação da origem G53/G59
As funções G53/G59 utilizam-se para mover a origem Peça (W)
de maneira permanente até outra função. Esta possibilidade facilita
a programação de determinadas peças e inclusive a afinação de
ferramentas. Cada função G53, G54, G55, G56, G57, G58 e G59
pode conter os valores de uma translação da origem. Para activar
tais valores pode-se proceder de duas formas:
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Programação ISO
Funções Preparatórias II
a) Introduzir manualmente na tabela de translações da origem,
função da direção desejada (G53 a G59), os valores
pretendidos. Para fazer efetivo a translação no momento
desejado, deve-se programar num bloco tal translação.
Tabela de translação da origem G53/G59:
G53 X ____.___ (Y ____.___) Z ____.___
Programa: N10 G53
b) Num bloco do programa introduzir a translação segundo o
seguinte formato:
N4 G5? X+/-4.3 (Y+/-4.3) Z+/-4.3
Se apenas se deseja transladar a origem peça de um ou dois eixos,
depois do código G5? indicar tais eixos e seus valores pretendidos,
(exemplo: N10 G53 Z150.).
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Programação ISO
Funções Preparatórias II
O procedimento «b» unicamente carrega os valores na tabela de
translações G53/G59; para torná-los efetivos é necessário
programar outro bloco com a chamada da tabela.
N10 G53 X1199.769 Y-322.047 Z-128.
(define)
N20 G53
(ativa)
Também mediante programação é possível incrementar os
valores existentes na tabela utilizando o seguinte formato:
N4 G5? I+/-4.3 (J+/-4.3) K+/-4.3
Com G5? indica-se a direção que contêm os valores a modificar;
mediante I indica-se o valor que se soma ou subtrai-se ao valor X
armazenado na tabela; de igual maneira, J modifica o valor de Y e K
o valor de Z.
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Programação ISO
Funções
Preparatórias II
Através de um parâmetro máquina é possível indicar ao CNC um
modo distinto de operar com as funções G53/G59: consiste em
somar o valor indicado na posição G5? da tabela aos valores de
G54...G58; isto é, ao executar-se alguma função do tipo G54...G58,
a translação da origem aplicado a cada eixo será o valor indicado na
tabela (G54... G58) mais o valor indicado na posição G59. G59 não
afeta a G53.
Factor de escala G72
Mediante a função G72 pode-se ampliar ou reduzir o contorno da
peça programada, permitindo com apenas um só programa a
realização de peças semelhantes em forma mas de diferentes
dimensões. O formato de programação é o seguinte:
N4 G72 K2.4 (mediante K2.4 indica-se o valor do fator de
escala; pode estar compreendido entre K0.0001 e K99.9999).
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Programação ISO
Funções Preparatórias II
Uma vez executada a função G72, todas as coordenadas
programadas se multiplicam pelo valor de K, até que se aplique um
novo fator de escala ou se anule o existente. Para anular o fator de
escala é necessário programar G72 com valor K1; também se anula
depois de M02, M30 ou ao executar-se uma EMERGÊNCIA ou
RESET.
Nos CNC de fresadoras esta função têm mais outro formato de
programação, mediante o qual é possível aplicar o fator de escala
apenas a um só eixo. O formato é o seguinte:
N4 G72 X/Y/Z2.4 (valor mínimo 0.0001, valor máximo 15.999).
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Programação ISO
Funções Preparatórias II
O eixo a que se aplique o fator de escala deve estar na origem
(valor 0) tanto ao programar-se o início como a anulação do fator.
Estando ativo o fator de escala apenas a um só eixo, não se pode
modificar o sistema de referência dos eixos mediante G92, G53/G59
ou G32. Para anular o fator de escala apenas a um só eixo é
necessário programar G72 e o eixo correspondente com valor 1.
Também se anula quando se define um valor de fator de escala
noutro eixo, depois de M02, M30, ou ao executar-se uma
EMERGÊNCIA ou RESET.
A compensação do raio da ferramenta unicamente pode utilizar-se
se o eixo ao qual se aplica o fator de escala é um eixo rotativo, já
que, se aplicado a um eixo linear, a compensação fica também
afetada pelo fator de escala.
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