Amós – A Justiça Social como Parte da Adoração Ev. Sérgio Lenz Fone (48) 9999-1980 E-mail: [email protected] MSN: [email protected] “Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos céus”. (Mateus 5:20) VERDADE PRÁTICA Justiça e retidão são elementos necessários e imprescindíveis à verdadeira adoração a Deus. Amós 1:1; 2:6-8; 5:21-23 1 As palavras de Amós, que estava entre os pastores de Tecoa, o que ele viu a respeito de Israel, nos dias de Uzias, rei de Judá, e nos dias de Jeroboão, filho de Joás, rei de Israel, dois anos antes do terremoto. 6 Assim diz o Senhor: Por três transgressões de Israel, sim, por quatro, não retirarei o castigo; porque vendem o justo por dinheiro, e o necessitado por um par de sapatos. 7 Pisam a cabeça dos pobres no pó da terra, pervertem o caminho dos mansos; um homem e seu pai entram à mesma moça, assim profanando o meu santo nome. 8 Também se deitam junto a qualquer altar sobre roupas empenhadas, e na casa de seu Deus bebem o vinho dos que têm sido multados. 21 Aborreço, desprezo as vossas festas, e não me deleito nas vossas assembleias solenes. 22 Ainda que me ofereçais holocaustos, juntamente com as vossas ofertas de cereais, não me agradarei deles; nem atentarei para as ofertas pacíficas de vossos animais cevados. 23 Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos, porque não ouvirei as melodias das tuas liras. Amós: o Livro da Justiça de Deus! Seu nome significa “peso” ou “carga”, que é a palavra chave do livro. Suas profecias ocorreram durante o reinado de Jeroboão II, e, historicamente isso já é digno de nota. As condições sociais eram péssimas. Há inúmeras mensagens para nossa geração. Vamos a elas… Contexto histórico : • Origem: Tecoa – aldeia situada a 17 Km ao sul de Jerusalém. • Formação: raízes simples do campo como micro agropecuarista. • Chamada: para profetizar para o Reino do Norte. • Linguagem: simples, porém com grande beleza literária e grande talento de oratória. • Data: entre 765 e 755 a.C. durante o reinado de Jeroboão II. Vida Pessoal: xx Estrutura e mensagem: Amós seria a palavra do líder espiritual contra a corrupção que campeia nos dias de hoje em todos os escalões da sociedade, governo, empresas, famílias e igrejas, chamando a atenção para o abismo moral e social que tal situação vai criando, numa degeneração completa da humanidade. Mau governo: Como denunciar um mau político e ser ouvido por toda uma nação? Ainda mais se esse político reunir em si também a função religiosa? Ser profeta naqueles dias era ter verdadeira convicção de sua chamada!! A justiça social: O estilo de linguagem utilizado por Amós é surpreendentemente especial: começa proferindo juízo sobre os inimigos de Israel, levando sua audiência a estar do seu lado, para em seguida proferir a sentença: O PRUMO DE DEUS ESTÁ SOBRE ISRAEL! Tem que ser hábil com as palavras e muito corajoso! O pecado: “O PECADO É UM ATO E UM ESTADO DA VONTADE PESSOAL CONTRA DEUS. O PECADO ORIGINA-SE DA TOTALIDADE DA PESSOA ARRAIGADA E RELACIONADA COM AQUILO QUE TRANSCEDE A PESSOA, EXPRESSA-SE NA COMPLEXIDADE DA FORÇA E DA FRAQUEZA DA PESSOA , E RESULTA NA DISTORÇÃO DE TODAS AS RELAÇÕES” Carl E.Braaten & Robert W. Jenson Decadência social (2:6): Os dois males principais que o livro relata são: 1 – Falsa adoração em Betel. 2 – O materialismo desenfreado. Decadência Moral: Prostituição cultual era um compromisso de atos sexuais dentro dos limites da comunidade religiosa para a realização de ritos de fertilidade e de adoração. Não possuimos, hoje em dia, as mesmas motivações, porém os pecados continuam os mesmos… Nos dias de Amós havia deturpação religiosa em nome do Culto a Deus. A punição foi severa. O que haveremos de esperar para a nossa geração, que ano após ano vem acumulando engano em nome de Deus? Adoração sem conversão: O significado dos sacrifícios: A OFERTA DE MANJARES (Lv 2.1-16 / Lv 6.14-18). Tal como o holocausto, esta oferta também devia ser. Podia ser independente, ou então acompanhar os outros sacrifícios de animais (Nm 15.1-16), e consistia na oferta dum cereal, em que entrasse sobretudo a flor de farinha, geralmente misturada com azeite (Lv 7.10; Lv 5.11), ou com azeite e incenso por cima. Tomava então o nome de memorial, talvez por causa do incenso sagrado (Êx 30.34) que oferecia no altar de ouro duas vezes por dia o sacerdote à hora da oração, servindo para obter a aprovação do Senhor, ou antes para que o Senhor não se esquecesse do oferente. Talvez os títulos dos Sl 38 e Sl 70 indiquem que deviam ser recitados na ocasião da oferta deste memorial. Davison, F. O Novo Comentário da Bíblia. 1997: Ed. Vida Nova. SP. O significado dos sacrifícios: . O SACRIFÍCIO DA PAZ (Lv 3.1-17). (Veja também Lv 7.1134). E se a sua oferta for sacrifico pacífico (ou de paz) (1). Do mesmo modo que o holocausto, a oferta da paz podia ser voluntária; e o animal macho ou fêmea, mas sempre sem mancha. Tal como as outras ofertas queimadas, ela diferia do holocausto enquanto só uma parte era queimada sobre o altar. Já que a expressão "oferta de paz" implica, aparentemente, que o oferente deve encontrar-se em estado de reconciliação com Deus (doutro modo não poderia comer a carne da sua oferta), convém frisar que a imposição das mãos (vers. 2,8,13) vem sempre associada à decapitação da vítima. Davison, F. O Novo Comentário da Bíblia. 1997: Ed. Vida Nova. SP. Os cânticos: Há três temas principais deslizando através do Saltério. Em primeiro lugar, um encontro pessoal com Deus, envolvendo o princípio da Sua existência real. Em segundo lugar, a importância da ordem natural das coisas, envolvendo o princípio do poder criador, universal e sábio de Deus. Em terceiro lugar, um conhecimento consciente da história, envolvendo o princípio da escolha Divina de Israel para desempenhar um papel especial e benevolente entre os homens (cfr. 48; 74; 78; 81; 105; 106; 114). Davison, F. O Novo Comentário da Bíblia. 1997: Ed. Vida Nova. SP. A adoração ao verdadeiro Deus, nas suas várias formas, requer santidade e coração puro. Trata-se de uma comunhão vertical com Deus, e horizontal, com o próximo (Mc 12:28-33). Essa mensagem alerta-nos sobre o dever cristão de não nos esquecermos dos pobres e necessitados e também sobre a responsabilidade de combatermos as injustiças, como fizeram Amós e os demais profetas.