Os profetas menores (I)
(Oséias, Joel, Amós, Obadias e Jonas)
Estudo 06
“Falou o Senhor Deus, quem não profetizará?”
Uma terrível descrição do mal na humanidade
Amós 1 a 3
Como sempre vamos iniciar com uma pequena
digressão sobre o que já se caminhou até aqui,
repassando algo sobre os quatro estudos dos 14
capítulos de Oséias e a lição do domingo
passado, com os 3 capítulos de Joel.
Agora com Amós, vamos caminhar por seus 9
capítulos em três domingos seguidos.
Como sempre vamos iniciar com uma pequena
digressão sobre o que já se caminhou até aqui,
repassando algo sobre os quatro estudos dos 14
capítulos de Oséias e a lição do domingo
passado, com os 3 capítulos de Joel.
Agora com Amós, vamos caminhar por seus 9
capítulos em três domingos seguidos.
Quem foi Amós?
Era um simples boiadeiro e lavrador numa
pequena cidade, Tecoa, distante 16 Km de
Jerusalém. Seu nome quer dizer “forte”.
Foi chamado por Deus para profetizar, mesmo
não sendo da escola de profetas. Foi
contemporâneo de Isaías, que profetizava na
corte.
Qual a profecia de Amós?
A mensagem central de Amós é contra o
pecado. Ele o via enraizado nas nações vizinhas,
que tinham sido terras de Israel e também em
Judá e Samaria.
Sua profecia é tida como o “clamor dos
desfavorecidos”, já que provinha da classe
humilde de homens do campo.
Esclarecimento adicional
Será bom esclarecer à classe o uso de uma
figura de linguagem comum àquela época em
diversos momentos do livro. A expressão “por
tantas transgressões de..., sim, por quatro”,
era uma forma, diante da dificuldade que
tinham para expressar grandes números, de
dizer que eram inumeráveis os pecados.
Forma de abordagem
Como vamos abordar três capítulos por domingo,
vamos dividir a classe em grupos para
acompanhar a leitura dos textos, dando
destaque em cada capítulo aos versículos que
mais nos chamam atenção na profecia de Amós.
Chame atenção para a divisão que temos
nos três primeiros capítulos.
Na leitura e estudo de hoje,
dos três primeiros capítulos, podemos
dividi-los assim:
Capítulo 1.1 a 2.3 –
Profecias contra povos inimigos;
Capítulos 2.4 a 3.15
Profecias contra Judá e Israel.
No capítulo 1, mais ou menos a mesma linguagem
profética contra 6 nações que haviam sido terra
de Israel quando da conquista:
“Assim diz o Senhor: Por três transgressões de
Damasco... Gaza... Tiro... Edom... Amom...
Moabe... sim, por quatro, não retirarei o
castigo...”
Vejam que para cada nação citada, a causa do
castigo é diferente. Observem também que a
continuidade da lição é repetida para cada
nação:
“Assim diz o Senhor: não retirarei o castigo...”
Ou seja, o profeta expressa a indignação do
Senhor quanto à ofensa sofrida pelo seu povo.
Povos estes que habitavam na Terra Prometida
No capítulo 2.4-9,
a lamentação passa a ser agora contra o próprio
povo de Deus. Observem que a linguagem é a
mesma aplicada aos povos inimigos, seguindo-se
a descrição de seus pecados:
“Assim diz o Senhor: Por três transgressões de
Judá... Israel... , sim, por quatro, não
retirarei o castigo...”
No capítulo 2.10-16, o profeta passa a expor
as bênçãos que o Senhor deu a Israel e de como
isto de nada adiantou, pois mesmo assim, dele
se afastou:
“Outrossim vos fiz subir da terra do Egito...
Vos guiei no deserto... Conquistastes a terra do
amorreu... Suscitei entre vós profetas...
Acaso não é isso assim, filhos de Israel...”
No capítulo 3.1-15, o profeta passa a expor
mais a situação de perversão do Reino do
Norte, Israel:
“De todas as famílias da terra só a vós vos
tenho conhecido... Acaso andarão dois juntos,
senão estiverem de acordo?... Não sabem fazer
o que é reto... Entesouram nos seus palácios a
violência e a destruição.”
E em meio ao capítulo, uma resposta aos que
duvidavam de sua capacidade profética (v.7e8):
“Certamente o Senhor Deus não fará coisa
alguma, sem ter revelado o seu segredo aos
seus servos, os profetas...
Falou o Senhor Deus, quem não profetizará?”
E ao final do texto, enquadra ambos os reinos
dentro das conseqüências trágicas que
sobrevirão:
“Pois no dia em que eu punir as transgressões
de Israel, também castigarei os altares de
Betel... Derribarei a casa de inverno... E as
casas de verão... As casas de marfim
perecerão... E as grandes casas terão fim.”
As perguntas que ficam:
1) Novamente, a mesma coisa?
2) Já foi assim em Oséias e Joel e será o
mesmo em Amós? Em Obadias e Jonas?...
3) Avisos, advertências, ameaças?
4) Lamentações e castigo?
5) Promessas de restauração?
6) Não é um tanto monótono isto???
Concluindo
A ênfase deve ser dada no aspecto das épocas
diferentes. As mensagens foram pronunciadas
em momentos diferentes. Nestes três
profetas temos aproximadamente 100 anos
separando Joel de Oséias e de Amós. Além do
mais falavam em lugares distintos, não havia
comunicação entre eles.
Concluindo (2)
Mas a mensagem era a mesma.
Israel se afastava de Deus.
As conseqüências viriam em função disto.
Vale a pena indagar, guardadas as diferenças
de época, de cultura e de evolução social:
Seria a mensagem de Oséias, Joel e Amós
diferente nos dias de hoje?
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