- - - - ACTA N.º 4/2008 – Reunião ordinária da Câmara Municipal de Gouveia, realizada no dia vinte e cinco de Fevereiro de dois mil e oito. - - - - Aos vinte e cinco dias do mês de Fevereiro de dois mil e oito, nesta Cidade de Gouveia, edifício dos Paços do Concelho e Sala das Reuniões, pelas quinze horas e trinta minutos, reuniu ordinariamente a Câmara Municipal de Gouveia, estando presentes os Excelentíssimos Senhores, Dr. Álvaro dos Santos Amaro, como Presidente, Dr. João Paulo Mendes Agra, Prof. Joaquim Lourenço de Sousa, Dr. Maximino Ambrósio, Dra. Ana Maria Mendes de Oliveira, Dr. Luís Manuel Tadeu Marques, Dra. Cristina Maria Ferreira Garcia, Vereadores, comigo Alice Oliveira Ferrão Quintela, Chefe da Divisão de Finanças, Património e Aprovisionamento. - - - - Verificando-se que a Câmara estava reunida em número legal suficiente para deliberar, pelo Senhor Presidente foi declarada aberta a reunião. - - - - 1- APROVAÇÃO DE ACTAS: - Tendo-se procedido à leitura da acta n.o 3/2008, foi a mesma aprovada, por unanimidade. 2 - PRESENÇA DE PÚBLICO Verificando-se a presença de público na sala, o Senhor Presidente da Câmara começou por saudá-lo, dando-lhe de imediato a palavra. - - - - 2.1)- Maria de Lurdes Marcelino, de Gouveia:- Manifestou a sua preocupação pelo facto de, aquando da realização das obras da Estrada Nacional 330/1, junto à rotunda na Rua La Bouheyere, ter sido desfeita uma entrada para um terreno de que é proprietária. Por outro lado, tem verificado, ultimamente, a existência no referido terreno de águas perdidas que se infiltram no muro, o que poderá prejudicar a sua estabilidade, perguntando se as mesmas não poderiam ser aproveitadas para utilização da própria. Usou da palavra o Senhor Presidente informando que essa situação tem que ser analisada e resolvida, dando instruções ao Senhor Vice-Presidente, Dr. Luis 1 Tadeu e ao Senhor Chefe da Divisão de Infraestruturas e Ambiente, Eng. António Mendes, para que se desloquem ao local. Interveio o Senhor Chefe da Divisão de Infra-Estruturas e Ambiente, referindo que se a água for originária da fonte o problema será de fácil resolução. - - - - 2.2)- Rui Campos, de Moimenta da Serra:- Morador há quatro anos na Estrada de ligação Moimenta da Serra/Lagarinhos, numa zona com cerca de 10 habitações, veio solicitar a colocação de um contentor do lixo doméstico, pois o que lhe fica mais próximo dista aproximadamente 400 metros. Referiu, ainda, que já fez o mesmo pedido à Junta de Freguesia e que esta tem protelado a sua resolução, ora alegando que não têm possibilidades financeiras, ora que é competência da Câmara. Disse, também, que tendo aquela estrada um ramal de electricidade que leva a energia a todos os moradores, existe, no entanto, uma extensão muito grande sem candeeiros de iluminação pública. Usou da palavra o Senhor Vice-Presidente referindo que, relativamente aos caixotes do lixo, não tinha conhecimento dessa necessidade e no que respeita à ampliação da iluminação pública terá que ser a própria Junta de Freguesia a formular o pedido, pelo que irá instar junto desta entidade para que se pronuncie sobre o assunto. Interveio novamente o Senhor Rui Campos, chamando a atenção para o facto de, nas valas abertas pela empresa Águas do Zêzere e Côa, o pavimento se encontrar bastante degradado, pelo que pretendia saber de quem é a responsabilidade da sua reposição. Uma vez mais, o Senhor Vice-Presidente referiu que a responsabilidade da reposição do piso é da empresa Águas do Zêzere e Côa. Uma vez que a Câmara já teve conhecimento desta situação, foi já oficiado à mesma para que, com a maior urgência, execute os necessários trabalhos. 2 3 - PERÍODO ANTES DA ORDEM DO DIA 3.1)- VOTO DE CONGRATULAÇÃO Deliberou a Câmara, por unanimidade, exarar em Acta um Voto de Congratulação pela recente conquista do Campeonato Distrital de Futebol Júnior por parte do Clube Desportivo de Gouveia e do Clube Camões, em Cadetes e Júniores B, na modalidade de Basquetebol. 4 - INFORMAÇÕES 4.1. INFORMAÇÕES DO SENHOR PRESIDENTE DA CÂMARA - - - - 4.1.1)- FORNECIMENTOS:- Informou acerca dos seguintes procedimentos tendentes à aquisição de determinados bens necessários ao funcionamento da Autarquia: - Aquisição de 200 Bilhas de Hipoclorito; - Fornecimento de Capas, Dossier, Caixas de Arquivo e Impressos; - Fornecimento do Projecto de Requalificação do Espaço do Paixotão e Área Envolvente - 2.ª Fase; - Aquisição de 2.000 Sacos de Cimento. - - - - 4.1.2)- PESSOAL:- Deu conhecimento das seguintes contratações: - Maria Adelaide Caramelo Silva Almeida, subsidiada do Centro de Emprego (Cantina de Vinhó), com início em 1 de Fevereiro; - Maria dos Anjos Ventura Cardoso Pires, Subsidiada do Centro de Emprego (Serviço de Expediente), com início em 1 de Fevereiro; - Manuel Filipe Brás Sequeira, Subsidiado do Centro de Emprego (Serviço de Higiene e Limpeza), com início em 1 de Fevereiro; - Joaquim Manuel Silvestre Lopes, Subsidiado do Centro de Emprego (Serviço de Jardins), com início em 1 de Fevereiro; - Vitor Manuel Almeida Gonçalves, Subsidiado do Centro de Emprego (Serviço de Jardins), com início em 1 de Fevereiro. - - - - 4.1.3)- CENTRO DE SAÚDE DE GOUVEIA:- Informou que no passado dia 3 18 de Fevereiro, a convite da Rádio Altitude, havia participado, na qualidade de dirigente partidário, num debate com o responsável pelo Partido Socialista da Guarda e Deputado na Assembleia da República, Dr. Fernando Cabral. Nesse debate e a pretexto da deslocação da Senhora Ministra da Saúde à cidade da Guarda, a fim de participar nas Jornadas Parlamentares, organizadas pelo Partido Socialista, o Senhor Presidente referiu que essa seria uma boa altura para a Senhora Ministra ser abordada sobre a abertura do Centro de Saúde de Gouveia, ao que o Senhor Deputado Fernando Cabral, afirmou e reafirmou, em pleno debate que, se o Presidente da Câmara Municipal de Gouveia fosse o Senhor Santinho Pacheco, o Centro de Saúde de Gouveia, já estava a funcionar há muito tempo. O Senhor Presidente, face a estas afirmações, pediu-lhe para reflectir sobre o que acabara de proferir. Como se estas palavras não bastassem, ainda acrescentou que se o edifício apresentava algumas fissuras, elas eram devidas ao projecto que tinha sido elaborado pelo Serviços Técnicos deste Município. Na qualidade de Presidente da Câmara, considera ser uma atitude de má fé, manifestando, desde logo, o seu profundo desagrado por ambas as situações referenciadas. Primeiro, porque referiu as cores politico-partidárias e em segundo lugar porque tentou responsabilizar a Câmara, por si presidida, de ter feito incorrectamente o projecto da obra do novo Centro de Saúde, o que não corresponde à verdade. Na sequência das afirmações proferidas pelo Senhor Deputado Fernando Cabral, entendeu dar conta do sucedido à Senhora Coordenadora da Sub-Região de Saúde da Guarda. Informou ainda os Senhores Vereadores do teor da carta remetida pela Senhora Directora do Centro de Saúde de Gouveia, na qual solicitava a colaboração do Municipio de Gouveia, para a marcação da sinaléctica horizontal, bem como a jardinagem dos espaços exteriores ao novo Centro de Saúde. Embora não conste do Contrato-Programa assinado com a ARS-Centro, entende 4 dever manifestar a disponibilidade do Município para colaborar, sendo que, para a marcação da sinaléctica, os Serviços Camarários não dispõem de meios, pelo que será necessária a aquisição deste serviço a terceiros. Quanto à jardinagem dos espaços exteriores, o Município não possui nem meios humanos nem técnicos, para fazer face à significativa área de espaços exteriores contíguos ao edifício, pelo que sugeria que fosse retomada a solução original do projecto que apontava o tratamento destas áreas através, da sua cobertura com gravilha. Dialogou, ainda, com o Senhor Presidente da Administração Regional de Saúde, em relação à abertura do novo Centro de Saúde que lhe transmitiu estar prevista para o dia 3 de Março, sendo seu objectivo proceder mais tarde à sua inauguração. Aproveitou ainda a ocasião para o questionar sobre o internamento, pois considera que este assunto é um ponto de honra para Gouveia, tendo sido em nome desse programa que a Autarquia gastou 500 mil Euros, ao que o Senhor Presidente da ARS lhe respondeu que, estando de início previstas 12 camas, asseguradas pela ABPG, iria, contudo, propor à Senhora Ministra da Saúde que essa situação fosse salvaguardada no novo Centro de Saúde. - - - - 4.1.4)- OBJECTIVOS ESTRATÉGICOS PARA 2008:- No âmbito do Sistema de Avaliação de Desempenho na Administração Pública (SIADAP), o Senhor Presidente propôs os seguintes objectivos estratégicos da Câmara Municipal de Gouveia para o ano de 2008, os quais mereceram a concordância do restante Executivo: 1 - Contenção nas despesas correntes ou seja redução nos desperdícios a todos os níveis, com a preocupação do desenvolvimento e apoio à criação de Riqueza; 2 - Incentivar a participação Associativa em parcerias conjuntas no sentido de dinamizar e despertar nos munícipes a preocupação do seu desenvolvimento e partilha como cidadãos de pleno, no concelho; 5 3 - Incrementar a execução de políticas de proximidade, prosseguindo com iniciativas anteriormente levadas a cabo pela Câmara em parcerias com as Juntas de Freguesia no sentido de as populações sentirem a presença mais próxima da Autarquia; 4 - Reforçar a componente de formação e acção social, melhorando os níveis de qualificação das pessoas, combater a exclusão social, melhorar a qualidade de vida e elevar a produtividade; 5 - Lançamento de investimentos públicos de cariz nacional e local, concretizando através do QREN os financiamentos para infraestruturas do Concelho, tanto do foro social, como para equipamentos e acessibilidades. - - - - 4.1.5)- CONTRATOS DE TAREFA:- Entregou aos Senhores Vereadores eleitos pelo Partido Socialista a informação solicitada relativo à celebração de dois contratos de Tarefa. 4.2. INTERVENÇÃO DO SENHOR VEREADOR DR.JOÃO PAULO AGRA - - - - 4.2.1)- AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA DO PLANO RODOVIÁRIO NACIONAL NA REGIÃO CENTRO INTERIOR:- Em nome dos Senhores Vereadores eleitos pelo Partido Socialista, procedeu à leitura do seguinte documento: “Nas reuniões realizadas, tendentes à elaboração do parecer relativo à Avaliação Ambiental Estratégica do Plano Rodoviário Nacional na Região Centro Interior, os Vereadores eleitos pelo Partido Socialista defenderam que a Câmara Municipal deve elaborar ou mandar elaborar estudos que indiquem possíveis alterações aos traçados do IC 6/IC 7 apresentados no estudo em discussão pública, de forma a sustentar posições que venham a ser assumidas no futuro relativamente a esta matéria. Não tendo sido oportuna a inscrição em acta anterior, deixamos, nesta data esta nossa proposta.” - - - - 4.2.2)- ACTUAL EDIFICIO DO CENTRO DE SAÚDE:- Estando prevista para breve a transferência dos serviços do Centro de Saúde para o novo edifício, pretendia ser informado qual a utilidade que a Autarquia irá dar ao prédio. 6 - - - - 4.2.3)- ESCOLA 1.º CEB DE SÃO JULIÃO:- Com a construção da Escola Básica Integrada o Senhor Vereador pretendia também ser informado sobre o destino que a Autarquia pretende dar ao edifício da Escola do 1.º CEB de S. Julião. Usou da palavra o Senhor Presidente referindo que, em relação ao actual edifício do Centro de Saúde, a Autarquia encontra-se a estudá-lo em termos de conteúdos funcionais, pelo que logo que existam ideias em concreto não deixará de discutir o assunto neste órgão. Em relação à Escola do 1.º CEB de São Julião o Senhor Presidente informou que em tempos a Autarquia elaborou um estudo prévio para aquela zona, o qual teve a oportunidade de apresentar ao Senhor Secretário de Estado dos Desportos. Esse estudo prévio previa a requalificação de toda aquela zona urbana, estando contemplada a construção de um pavilhão gimnodesportivo de raiz, mais moderno e com mais valências do que aquelas que o actual possui. Essa construção levaria à demolição do actual pavilhão, ao alargamento do cemitério, bem como a demolição da Escola Primária. 5 - EXPEDIENTE Não houve expediente para análise nesta reunião. 6 - DELIBERAÇÕES - - - - 6.1)- DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DE AUTORIZAÇÃO PARA INTEGRAÇÃO DE UMA PARCERIA PÚBLICO PRIVADA E RESPECTIVOS PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS SUBJACENTES: 1)- PARTICIPAÇÃO DO MUNICÍPIO NA SOCIEDADE COMERCIAL QUE ASSUMIRÁ A FORMA DE SOCIEDADE ANÓNIMA 2)- PROCEDIMENTO CONCURSAL PARA A SELECÇÃO DAS ENTIDADES PRIVADAS 3)- NOMEAÇÃO DAS PESSOAS COMO MEMBROS DO JÚRI 4)- CONSTITUIÇÃO EM PROPRIEDADE PLENA/DIREITO DE SUPERFÍCIE DOS TERRENOS A INTEGRAR NA PARCERIA 7 O Senhor Presidente usou da palavra, começando por referir que este projecto sendo inovador no nosso concelho, não o é ao nível do País. A presente proposta tem como objectivo, fundamentalmente, solicitar a autorização do Órgão Executivo e Deliberativo, tendo em conta a persecução dos seguintes objectivos: 1- A participação do Município na sociedade comercial que assumirá a forma de sociedade anónima; 2- O procedimento concursal para a selecção das entidades privadas; 3-A nomeação das pessoas como membros do júri de concurso; 4- A constituição em propriedade plena/direito de superfície dos terrenos a integrar na parceria. Após uma forte ponderação, entendeu dever identificar como objecto da parceria, três possíveis projectos: a Requalificação do Mercado Municipal e Zona Adjacente, a Requalificação Urbana da Zona dos Bellinos e Infraestruturação da Zona Industrial das Amarantes. Como é bom de ver, os consórcios que se candidatarem, terão que apresentar a sua entidade financeira que, paralelamente, também avaliará económica e financeiramente a Câmara, sendo escolhido o parceiro que, simultaneamente, mais vantagens traga para o erário municipal e para o interesse público, tendo-se procedido, para o efeito, à avaliação dos terrenos que irão ser colocados à disposição da Sociedade Anónima, mediante venda, para a execução dos projectos por nós pretendidos. Pelo Senhor Presidente foi ainda dito, haver um outro ponto que gostaria de focar e que se prende com a elegibilidade comunitária das Sociedades Anónimas, assunto que está a ser estudado pelo Senhor Secretário de Estado, podendo ter de se escolher, no limite, caso não exista esse abrigo, quais os projectos a desenvolver e quais os prazos a constar nos necessários contratos a celebrar com a Sociedade. Usou da palavra o Senhor Vereador Dr. João Paulo Agra referindo que, pese embora todas as explicações dadas pelo Senhor Presidente, continua a 8 considerar que o enquadramento legal deste tipo de Parcerias Público Privadas, lhe acarreta muitas dúvidas. Importaria ainda saber: - Qual a actividade a desenvolver pela empresa; - Qual o valor de capital e a percentagem que a Autarquia irá assumir; - Qual a tipologia dos contratos previstos a serem celebrados com a empresa; - Se foi salvaguardada a questão dos estudos económicos e a questão ambiental; - Se se teve em consideração a alteração à legislação do Sector Empresarial Local e a Lei do Orçamento de Estado; - Se irá haver Plano de Pormenor para a Zona dos Bellinos; - Se o produto da alienação dos terrenos, reverterá a favor da constituição do capital social da Sociedade Anónima ou se é para outros efeitos ou negócios; - Se com a construção de apartamentos no piso superior do Mercado Municipal ficam acauteladas as vistas da Praça Alípio de Melo, uma vez que será a empresa a decidir a esse respeito, visto a Câmara ser minoritária. Por fim, considerou que a documentação enviada está apresentada de uma forma muito abstracta, devendo, em seu entendimento, ter um maior desenvolvimento no tocante às questões económicas, ambientais e de afectação do património. Neste sentido, propõem o adiamento da discussão deste assunto. Usou da palavra o Senhor Presidente da Câmara referindo que a discussão deste assunto não pode ser adiada, porquanto é da maior urgência que o mesmo seja submetido à próxima sessão da Assembleia Municipal, de modo a que o Município de Gouveia não perca esta oportunidade, pelo que a proposta apresentada pelos Senhores Vereadores eleitos pelo Partido Socialista foi recusada. 9 Relativamente à actividade a desenvolver pela empresa ela está consubstanciada nos Termos de Referência e restante documentação enviada. Quanto ao Plano de Pormenor dos Bellinos, é bom referir que o local teve um estudo prévio, aquando da elaboração do Plano de Urbanização de Gouveia, tendo sido contemplado neste, tudo quanto o Plano de Pormenor preconizava. Ainda em relação aos Bellinos, referiu não saber, nesta fase, quais são, especificamente, os projectos a levar a efeito no local, mas se a concepção a apresentar pela futura Sociedade Anónima não for do agrado do Executivo e não respeitar o interesse público, naturalmente que será rejeitada. Além disso, não é pelo facto do Município ser minoritário, que existe a mínima possibilidade de alguma intervenção ser efectuada nos terrenos, sem que haja a necessária autorização dos Órgãos competentes para o efeito. Quanto ao valor do capital social, naturalmente, que ainda não está determinado, mas a percentagem rondará os 49%. Relativamente à tipologia dos contratos a serem celebrados com a empresa, serão os que forem exigíveis, face à Lei que rege a matéria, salvaguardando-se sempre o interesse público, subjacente à constituição da Sociedade Anónima. No tocante aos estudos económicos e ambientais ainda não é chegado o momento para que se efectuem, mas, evidentemente que serão feitos quando for oportuno e necessário, afiançando-se de que todas as disposições legais foram respeitadas, tanto mais que estamos a ser assessorados por um gabinete especializado nestas questões. Quanto ao produto da receita proveniente da alienação dos terrenos à Sociedade Anónima, nunca serão para a constituição do capital social, porquanto por força da Lei constituirão um encaixe financeiro da Autarquia. Relativamente à receita proveniente da venda dos apartamentos ou lotes de terreno, na qual a Câmara arrecadará a sua parte, enquanto sócio da Sociedade Anónima, será exclusivamente destinada ao pagamento das rendas. 10 Usou da palavra o Senhor Vereador Dr. Maximino Ambrósio, referindo que ficou claro que a real possibilidade da Câmara obstar à construção de qualquer edificação ou intervenção nos terrenos municipais, apenas se verificará em fase de projecto. Assim - questionou - caso a Câmara não concorde com a concepção apresentada pela sociedade anónima o que fará, ao que o Senhor Presidente respondeu que, pura e simplesmente, serão reprovados pelo Órgão Executivo. Por outro lado, continuou o Senhor Vereador, o facto do Município de Gouveia ser minoritário e deter apenas 49% do capital social, os empréstimos da sociedade anónima passam a contar para o endividamento municipal, ao que o Senhor Presidente respondeu que só contarão se os princípios de equilíbrio financeiro e as normas de equilíbrio de contas não forem observados. Uma vez esclarecidos os assuntos, o Senhor Presidente colocou à consideração do restante Executivo a seguinte proposta: Considerando: • A necessidade de prosseguir o esforço de modernização e de melhoria das infra-estruturas do Município; • Ser imprescindível para o cumprimento destes objectivos que seja levada a cabo a requalificação do mercado municipal e zona adjacente, requalificação da zona dos Belinos e Infraestruturação da Zona Industrial das Amarantes, no Concelho de Gouveia. • As actuais dificuldades de natureza financeira e os novos instrumentos de contratação pública, torna-se necessário o recurso à constituição de parcerias público-privadas. • Que se pretende agora implementar um modelo assente na escolha de parceiros privados, conforme o previsto no artigo 12.º e 14.º da Lei n.º 53F/2006, de 29 de Dezembro (regime jurídico do sector empresarial local), que possibilitem a realização destes equipamentos de interesse municipal e a promoção do desenvolvimento local. 11 • Que este modelo deverá apresentar uma base institucional, que consiste na constituição de uma sociedade comercial, que assumirá a forma de sociedade anónima, cujo objecto, nos termos dos números 2 e 3 do artigo 5.º da Lei n.º 53-F/2006, de 29 de Dezembro, deverá ser inserido no âmbito das atribuições das autarquias locais. • Que a Lei n.º 159/99, de 14 de Setembro, que estabelece o quadro das transferências e competências para as autarquias locais que consagra na esfera municipal atribuições nos domínios dos equipamento rural e urbano (nos termos da al. a) do número 1 do artigo 13.º e artigo 16.º), do património, cultura e ciência (nos termos da al. e) do número 1 do artigo 13.º e artigo 20º), dos tempos livres e desporto (nos termos da al. f) do número 1 do artigo 13.º e artigo 21.º), da habitação (nos termos da al. i) do número 1 do artigo 13.º e artigo 24º) e promoção do desenvolvimento (nos termos da al. n) do número 1 do artigo 13.º e artigo 28.º), nomeadamente para a realização de investimentos públicos em instalações e equipamentos para a prática desportiva e recreativa de interesse municipal e apoio ao desenvolvimento local como forma de incentivo à fixação de empresas e criação de emprego no Concelho. • Que, para atingir esses desideratos, se torna necessário constituir uma sociedade comercial, que assumirá a forma de sociedade anónima, de capitais minoritariamente públicos, cujo conteúdo se junta em anexo e faz parte integrante da presente proposta, tendo por objectivo desenvolver as seguintes atribuições: A Requalificação do Mercado Municipal e Zona Adjacente, a Requalificação Urbana da Zona dos Belinos e Infraestruturação da Zona Industrial das Amarantes. • Que, para além da necessária aprovação do programa de procedimento, se torna, ainda, necessário aprovar os respectivos termos de referência a 12 incluir nas peças concursais, cujos conteúdos ficam igualmente em anexo e fazem parte integrante da presente proposta. • Que se torna ainda necessário nomear os membros do júri do concurso, que será composto por cinco membros, sendo proposto, para o efeito, as seguintes pessoas: Júri do concurso: Presidente: Dr. Luís Manuel Tadeu Marques Membros: 1 - Dr. Maximino Ambrósio 2 – Engenheiro António Manuel Monteiro Mendes 3 – Arquitecto João Maria de Almeida Lima Falcão e Cunha Relator: Dra Paula Alexandra Figueiredo Camelo Costa Mais importa referir que os terrenos nos quais serão implantadas as infraestruturas, virão a ser integrados na parceria com a sua valorização concretizada em propriedade plena, reservando-se ao Executivo Municipal a possibilidade de converter algumas destas autorizações, em alienação através do recurso ao direito de superfície, a serem constituídos nos termos da Lei n.º169/99, de 18 de Setembro, alterada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, cuja descrição e conteúdos se encontram nos documentos procedimentais da parceria, designadamente nos respectivos termos de referência, os quais ficam em anexo à presente acta e fazem parte integrante da mesma. Nestes termos, deliberou a Câmara, por maioria, com três votos contra dos Senhores Vereadores eleitos pelo Partido Socialista que apresentaram uma declaração de voto que se anexa à presente acta, dela ficando a fazer parte integrante e com quatro votos a favor dos restantes membros do Executivo, proceder à autorização e aprovação do seguinte: 1- A participação do Município na sociedade comercial que assumirá a forma de sociedade anónima, a constituir. 2- O procedimento concursal para a selecção das entidades privadas, o qual é constituído por um programa de procedimento e respectivos termos de referência. 13 3- A nomeação das pessoas indicadas em epígrafe como membros do júri de concurso. 4- A constituição em propriedade plena, reservando-se ao Executivo Municipal a possibilidade de converter algumas destas autorizações, em alienação através do recurso ao direito de superfície, para os terrenos a integrar na parceria, identificados nos anexos aos termos de referência, nas condições constantes nas peças concursais, em anexo e pelos valores mínimos atribuídos por um avaliador independente da lista de peritos avaliadores do Tribunal da Relação de Coimbra. 5- A submissão da presente proposta à Assembleia Municipal para os efeitos previstos na alínea m) do n.º 2 do artigo 53º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, alterada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro e do disposto na alínea i) do n.º 2 do artigo 53º e da alínea a) do n.º 6 do artigo 64º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, alterada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro. Esta deliberação foi aprovada em minuta de modo a produzir efeitos imediatos de acordo com o n.º 3 do artigo 92.º da Lei 169/99, de 18 de Setembro, com a redacção que lhe foi introduzida pela Lei n.º 5 – A/2002, de 11 de Janeiro. 7 - OBRAS - - - - 7.1)- RATIFICAÇÃO DE DESPACHO:- Deliberou a Câmara, por unanimidade, proceder à ratificação nos termos do n.º 3 do art.º 68.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Janeiro, com a redacção introduzida pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, do despacho do Senhor Presidente da Câmara datado de 15 de Fevereiro de 2008, com o seguinte teor: “DESPACHO Conforme previsto no artigo 101.º do Decreto-Lei n.º 59/99, de 02 de Março, relativa à empreitada “ESTRADA NACIONAL 338/1 - NABAIS/FOLGOSINHO RECTIFICAÇÃO E CONCLUSÃO” e atendendo à urgente conveniência do início dos trabalhos, de acordo com o estipulado na alínea f), do n.º 1, do artigo 68.º da Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, determino que a empreitada seja adjudicada 14 ao concorrente Montalvia, Construtora S.A., pelo valor de 135.789,09 Euros (centro e trinta e cinco mil setecentos e oitenta e nove euros e nove cêntimos). Mais determino a aprovação da minuta e a celebração de contrato escrito de acordo com o disposto no artigo 116.º do Decreto-Lei 59/99, de 02 Março. Nos termos da alínea c), do n.º 2, do artigo 68.º da Lei 5-A/2002, de 11 de Janeiro, designo a Dra. Alice Oliveira Ferrão Quintela, Chefe da Divisão de Finanças, Património e Aprovisionamento, como Oficial Público para outorgar na respectiva celebração do contrato escrito.” Esta deliberação foi aprovada em minuta de modo a produzir efeitos imediatos, de acordo com o n.º 3 do artigo 92.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com a redacção que lhe foi introduzida pela Lei n.º 5 – A/2002, de 11 de Janeiro. - - - - 7.2)- APROVAÇÃO DE PROJECTOS:- Tomou a Câmara conhecimento dos seguintes projectos apreciados pelo Senhor Vice-Presidente, nas semanas de 2008/02/08 a 2008/02/21: ARQUITECTURA:- De Emilia de Fátima Louro da Costa Marcelino, de Arcozelo da Serra, para Reconstrução de Moradia; De Emilia Mendes Carola de Sousa, de São Paio, para Alteração ao Projecto Inicial; De Joaquim José Paraíso Bento, de Nespereira, para Alteração ao Projecto Inicial - Reconstrução de Moradia; De Luís Manuel Soares Figueiredo, de Cativelos, para Construção de Moradia e Anexo para Garagem; De Mauricia Maria Carreiras da Silva, de Paços da Serra, para Construção de Moradia; De Raul Gaspar Eusébio, de Lagarinhos, para Construção de Moradia. - Deferidos de acordo com a informação dos Serviços Técnicos. ESPECIALIDADES:- De Álvaro Fernandes Pires Amaral, de Folgosinho, para Remodelação e Ampliação de Moradia; De António Augusto Mota Gomes, de Vinhó, para Reconstrução de Moradia; De Arlindo Esteves Moreira, de Folgosinho, para Reconstrução e Ampliação de Moradia; De Fernando Ribeiro Morais, de São Paio, para Reconstrução de Moradia. - Deferidos de acordo com a informação dos Serviços Técnicos. 15 APROVAÇÃO GLOBAL:- De Jorge Manuel Duarte Silva, de Gouveia, para Construção de Moradia; De José Baptista Lourenço, de Vila Nova de Tazem, para Substituição de Cobertura; De Repsol Butano Portugal, R.B., S.A., de Freixo da Serra, para Construção de Reservatório de GPL com 2,40 m3. - Deferidos de acordo com a informação dos Serviços Técnicos. REALIZAÇÃO DE DESPESAS RESUMO DIÁRIO DA TESOURARIA - - - - Foi presente o Resumo Diário da Tesouraria número 37, referente ao dia vinte e dois de Fevereiro, pelo qual se verifica a existência dos seguintes saldos: Em Operações Orçamentais – Um milhão, quatrocentos e oitenta e nove mil e dois euros e trinta e três cêntimos (€1.489.002,33); Em Documentos – Setenta mil, quinhentos e quarenta e oito euros e noventa e um cêntimos (€70.548,91). - - - - Nos termos da legislação em vigor, ratificou a Câmara a realização de despesas a que se referem as requisições números 148 a 235, bem como os pagamentos no montante de noventa e quatro mil novecentos e cinquenta euros e cinquenta e um cêntimos (€94.950,51) a que se referem as Ordens de Pagamento números, 27, 116, 117, 120, 124, 125, 161, 162, 169, 217, 227, 230, 235, 259 a 261, 272, 273, 376, 387, 405 a 407, 409, 415 a 432, 434 a 449, 451 a 467, 474 a 484 e 488. - - - - E não havendo mais assuntos a tratar, pelo Senhor Presidente foi declarada encerrada a reunião, pelas dezasseis horas e trinta minutos, da qual para constar se lavrou a presente acta, nos termos do n.º 1 do Art.º 92.º, da Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, a qual será submetida à aprovação do Órgão Executivo, nos termos do n.º 2 do mesmo artigo. A Chefe de Divisão A Câmara Municipal 16 17