28/09/06
Material Reunião Redenção elaborado por
Valéria Borges Vaz
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Origem da palavra ética (grego) = ethike
Conceito de ética: estudo dos juízos de apreciação referentes à
conduta humana, do ponto de vista do bem do mal. Conjunto
de normas e princípios que norteiam a boa conduta do ser
humano. (Dicionário Aurélio, 2000)
Conceito de ética: código de comportamento que governa a
conduta de um grupo ou de um indivíduo. Série de princípios
morais ou sistema filosófico que procura diferenciar entre o
certo e o errado. (Dicionário de Ecologia e Ciências Ambientais,
2001)
Conceito de ética ambiental: aplicação da ética social a
questões de comportamento em relação ao ambiente.
(Dicionário de Ecologia e Ciências Ambientais, 2001)
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Segundo Junges (2004), se o modo de ser do cuidado
é a maneira apropriada de o ser humano estar
ecologicamente no mundo, a ética correspondente a
esse modo de ser. Não pode ser uma ética de
princípios e normas que defendem direitos, mas uma
ética da virtude que suscita atitudes e forma o caráter
dos agentes humanos. Modos de agir que se
sustentem sobre uma conscientização ecológica
cultural e sobre uma transformação da sensibilidade
sobre a vida. As exigências do cuidado não podem ser
reduzidas a normas e responder a direitos; dependem
de atitudes interiorizadas e de contextos culturais que
valorizam a vida. O cuidado não é normatizável em
regras de conduta. Ele expressa-se em valores e
atitudes para os quais é necessário educar-se. Por
isso, seria urgente verificar quais são as virtudes
condizentes com a vida e o respeito às comunidades
bióticas.
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Os problemas ambientais não dependem de
uma simples solução técnica; pedem uma
resposta ética, requerem uma mudança de
paradigma na vida pessoal, na convivência
social, na produção de bens de consumo e,
principalmente, no relacionamento com a
natureza. A crise ecológica necessita antes de
mais nada, ética, ou seja, a sensibilidade para
orientar os comportamentos. Somente a
resposta jurídica não resolverá os problemas
ambientais. ( Junges, 2004)
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Para uma ética ecológica são importantes certas
tradições culturais, porque desenvolvem uma ética da
compaixão universal. Ela intenciona a harmonia, o
respeito e a veneração entre todos os seres e não a
vantagem do ser humano. Tudo o que existe merece
existir e coexistir pacificamente. Ética significa a
"ilimitada responsabilidade por tudo o que existe e
vive". (Boff, 1993).
O ser humano vive eticamente quando renuncia
estar sobre os outros para estar junto com os outros.
Quando se faz capaz de entender as exigências do
equilíbrio ecológico, dos seres humanos com a
natureza e dos seres humanos com os outros seres
humanos e quando, em nome do equilíbrio, impõe
limites a seus próprios desejos. (Boff, 1993).
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Quem é compassivo, amoroso,
paciente, tolerante, clemente, etc.,
de certa forma reconhece o impacto
potencial de suas ações sobre os
outros e pauta sua conduta de
acordo com isso. (Dalai Lama,
2000).
Um ato ético é aquele que não
prejudica a experiência ou a
expectativa de felicidade de outras
pessoas.
No campo da atividade econômica, perseguir o lucro sem levar
em conta as conseqüências potencialmente negativas pode, sem
dúvida, trazer sentimentos de grande alegria quando se alcança
o sucesso. Mas, no final, há sofrimento: o meio ambiente fica
poluído, nossos métodos inescrupulosos levam outras pessoas à
falência, as bombas que fabricamos causam mortes e ferimentos.
A ética é o meio de garantir que não prejudiquemos os outros.
(Dalai Lama, 2000).
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Os 10 mandamentos da Ética:
1° - Fazer o bem;
2° - Agir com moderação;
3° - Saber escolher;
6°
Valer-se
da
razão;
4° - Praticar as virtudes;
7° - Valer-se do coração;
5° - Viver a justiça;
8° - Ser amigo;
9° - Cultivar o amor;
10° - Ser feliz;
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Fazer o bem: este primeiro mandamento é como o
Sol para os navegantes, como conhecimento
seguro da estrela que nos serve como ponto de
referência para as nossas ações. A busca de toda
a atividade humana é o bem.
Agir com moderação: é como uma bússola, o
meio-termo nos conduzirá passo a passo ao rumo
a materialização dos bens a que aspiramos em
nossa vida e para a vida dos outros. Será a
medida de nossas ações – dosando nossas forças
criativas, nossa vontade, nossas emoções e idéias
de modo a aproveitar melhor e o máximo de cada
uma – e será a medida de nós mesmos – pois é
também o iluminado caminho para nosso
conhecimento. A moderação é o modelo de toda
conduta ética.
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Saber escolher: Somos conduzidos por um caminho
interior, o autoconhecimento, o do conhecimento de
nossa vontade, daquilo que nos condiciona, ao
mesmo tempo que permite que sejamos
verdadeiramente livres. Mais do que sinais externos
e específicos, devemos buscar as indicações dadas
por nossa mente e por nosso coração. As escolhas
revelam o nosso caráter.
● Praticar
as virtudes: o seu desenvolvimento é
natural. Então é a hora de juntar o princípio do meiotermo às escolhas que determinam o nosso caráter,
objetivando a nossa conduta. Ao cultivarmos a
liberalidade e o bom humor, ao sermos amáveis e
sinceros, ao agir com a dose certa de ousadia e
empenho, fazemos de nós representantes vivos dos
preceitos da ética. As virtudes são as várias faces
da excelência moral.
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Viver a justiça: sem dúvida é um dever
inquestionável, mas em si representa um desafio,
diante da dificuldade inerente ao estabelecimento
de regras de conduta e as mais variadas
obrigações, por meio de palavras escritas. Mesmo
que o papel aceite tudo, as leis precisam ser
vivificadas pelo espírito humano, pelas ações reais
das pessoas que partilham o espaço geográfico e
social. A justiça é a excelência mais completa.
● Valer-se da razão: muitos são os erros que podem
ser cometidos por qualquer um de nós. Graças a
razão, somos capazes de enxergar através das
ilusões e vislumbrar a verdade, o farol que nos
conduz ao porto seguro . Mas a inteligência não é
suficiente para nos dirigir ao bem, à felicidade. A
razão precisa das emoções como um planeta
precisa de um sol. A razão é a precisão do intelecto.10
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Valer-se do coração: Somos gentil e luminosamente
comandados a exercitar ao máximo todas as
potencialidades de nosso intelecto, segundo as suas
diferentes disposições. O coração aliado ao intelecto,
garante a temperatura certa para a gestação e a
nutrição do bem.
Ser amigo: refere-se ao nossos relacionamentos
interpessoais, os sentimentos que nutrimos por
nossos companheiros, nossos amigos verdadeiros,
dentro da comunidade em que vivemos, num sentido
mais amplo. Os amigos nos ligam ao mundo.
Cultivar o amor: estamos conectados. Ao refletirmos
sobre a amizade e o amor, somos levados a
enxergar que a chave para cultivar qualquer
relacionamento bem-sucedido e frutífero é a
disposição ao serviço. Amar mais que ser amado.
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Ser feliz: viver os verdadeiros prazeres,
desta vez libertos das sombras da
culpabilidade que tantas vezes pesa sobre a
vida das pessoas. Libertos, porque aqui se
fala da felicidade real, aquela que
materializa o que podemos chamar, sem
macular a idéia de livre-arbítrio, de destino
de todos nós: a felicidade.
“Acreditar é nunca deixar de ter esperança”
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REFERÊNCIAS:
BOFF, Leonardo. Ecologia, mundialização, espiritualidade. São
Paulo: Editora Ática. 1993. 180p.
CHALITA, Gabriel Benedito Issaac. Os dez mandamentos da
ética. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2003.
DALAI LAMA, Sua Santidade. Uma ética para o novo milênio. 7ª
ed. Tradução Maria Luiza Newlands. Rio de Janeiro: Sextante,
2000. 256p.
ART, Henry W. Dicionário de Ecologia e Ciências Ambientais,
2ª ed. São Paulo: Editora Melhoramentos, 2001.
JUNGES, José Roque. Ética ambiental. São Leopoldo: Editora
Unisinos. 2004. 120 p.
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Obrigada pela atenção!!!
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Ética Ambiental