TERMODINÂMICA INTRODUÇÃO O estudo da Física envolve quase sempre um conceito primitivo, não definido, denominado energia. Essa energia manifesta-se de várias formas, recebendo em cada caso um nome que a caracteriza: energia mecânica, energia térmica, energia elétrica, energia luminosa e outros. É importante lembrar que a realização de trabalho pode envolver trânsito ou conversão de energia e que calor também é energia em trânsito. A Termodinâmica estuda as transformações e as relações existentes entre dois tipos de energia: energia mecânica e energia térmica. Para exemplificar, vamos considerar uma bala de revólver atirada contra um bloco de madeira. Antes de chocar-se com a madeira, a bala possui uma energia mecânica (cinética). Após o choque, essa energia mecânica “desaparece”, convertendo-se, principalmente, em energia térmica. Esse fato fica evidenciado pelo aquecimento da bala, em decorrência do choque. Isso significa que a energia (interna) de agitação das suas partículas se intensificou. Assim, houve conversão de energia mecânica em térmica. Essa conversão é medida pelo trabalho realizado pelas forças que se opuseram à penetração da bala. O modelo básico do motor a vapor foi a máquina desenvolvida na segunda metade do século XVIII, por James Watt. Em sua evolução, conservou a característica do motor de combustão externa: o combustível é queimado fora do cilindro, e isso significa que a poluição provocada pela combustão pode ser mantida em níveis muito baixos. A maioria dos motores a vapor é de dupla ação, ou seja, o pistão é acionado duas vezes a cada volta do volante: o vapor é admitido de um lado do cilindro e expulso do outro por um sistema de válvulas, enquanto o pistão se move em vaivém. Uma locomotiva a vapor é um dispositivo que ilustra muito bem uma máquina térmica. Na fornalha, pela combustão da madeira (ou do carvão), é obtida energia térmica (calor), que é transferida para a água existente na caldeira. Essa água se aquece e entra em ebulição, e o vapor produzido expande-se, realizando trabalho. A expansão do vapor transformou energia térmica em energia mecânica (pela realização de trabalho), o que resulta no movimento do trem. TRABALHO TERMODINÂMICO Considere uma certa massa de gás, contida em um recipiente cilíndrico, munido de um êmbolo. A MÁQUINA A VAPOR O motor a vapor é uma máquina que transforma a energia mecânica, utilizando para isso um pistão (êmbolo) que se movimenta dentro de um cilindro. Principal instrumento da Revolução Industrial, o motor a vapor dominou a indústria e o transporte durante 150 anos e até hoje é útil em certas aplicações, pois pode funcionar com quase todos os combustíveis e em qualquer velocidade. 1 FÍSICA Imagine que o êmbolo fosse deslocado de uma distância d por esta pressão. O sistema sofreu uma variação de volume V. Ao passar de A para B, o gás realiza o trabalho dado pela área abaixo da transformação (1). Ao voltar de B para A, o sistema recebe o trabalho dado pela área abaixo da transformação (2). O saldo de trabalho do ciclo é dado pela diferença. Mas note que essa diferença nada mais é do que a área interna do ciclo. Módulo 03/14 Note ainda que quando o ciclo é percorrido no sentido anti-horário, o sistema recebe trabalho e que quando o ciclo é percorrido no sentido horário, o sistema realiza trabalho. O trabalho realizado pelas moléculas do gás será: CONCLUSÃO: I) Numa transformação cíclica, o trabalho realizado pelo sistema é representado pela área contida dentro do ciclo. II) CICLO NO SENTIDO HORÁRIO > 0 Conclusão: o trabalho realizado pela massa de gás sobre o êmbolo é dado pelo produto da pressão vezes a variação de volume da amostra. No caso de ter havido uma contração, o trabalho seria negativo (V < 0). Diríamos, então, que o êmbolo realizou trabalho sobre a amostra. EXPANSÃO > 0 CONTRAÇÃO < 0 Em um gráfico p x v, teríamos: TRANSFORMAÇÃO CÍCLICA É a transformação na qual a massa gasosa retorna às condições de temperatura, pressão e volume iniciais. 2 CICLO NO SENTIDO ANTI-HORÁRIO < 0 O SISTEMA REALIZA TRABALHO O SISTEMA RECEBE TRABALHO FÍSICA TESTE DE SALA TESTE DE SALA — O diagrama de Clapeyron indica a transformação sofrida por um gás ideal. — Uma massa gasosa ocupa um volume de 0,5 m3 sob pressão de 600 N/m2. Recebendo 1500 J de calor, o gás expande, sob pressão constante, até atingir o volume de 1,5 m3. Determine o trabalho realizado e a variação de energia cinética do gás. Módulo 03/14 Determine: a) o trabalho realizado na transformação AB; b) o trabalho realizado na transformação ABC; c) a pressão, se o mesmo trabalho fosse realizado pelo sistema através de uma transformação isobárica, partindo do volume 1 m3 e expandindo-se até 6m3. CALOR MOLAR Sendo M a massa molecular ou molécula-grama de um gás, o número de mols é dado por: PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA n= m m=n.M M Quando aquecemos uma amostra gasosa, estamos cedendo energia à mesma; esta poderá ser utilizada para aumentar a energia interna do gás (aumento de temperatura) ou levar o sistema a realizar trabalho sobre o meio externo (expandir-se). Pela conservação da energia, podemos afirmar: O calor molar do gás é o produto da molécula-grama M do gás pelo seu calor específico. A quantidade de calor fornecida a um sistema é igual à variação de sua energia interna mais o trabalho realizado. Para aquecer m gramas de um gás da temperatura t1 até a temperatura t2, deve-se fornecer calor Q, dado por: C = c.M Q = c.m.T; como m = M . n, temos: Q = c.M. n.T. Note que o produto c.M = C. ou: Logo: Q = C.n.T , onde C calor molar do gás; n número de mols; T variação de temperatura. 3 FÍSICA ANÁLISE DAS GA SOS AS TRANSFORMAÇÕES TRANSFORMAÇÃO ISOCÓRICA ou ISOVOLUMÉTRICA (volume constante) Módulo 03/14 Temos: V = 0 = 0 Q = U TRANSFORMAÇÃO ISOTÉRMICA (temperatura constante) TESTE DE SALA — (MACK-SP) Quatro mols de um gás sofrem uma transformação isobárica sob pressão de 60 N/m², como ilustra o diagrama. (Dado: 1 cal = 4,2 J) Considerando-se o calor molar do gás à pressão constante igual a Cp = 10,0 J/mol.K, calcule, em 10² cal, a variação da energia interna do gás. Expresse o resultado com apenas dois algarismos significativos, desprezando a parte fracionária. (Dado: 1 cal = 4,2 J) Temos: T = 0 U = 0 Q = TRANSFORMAÇÃO ISOBÁRICA (pressão constante) SEGUNDA LEI DA TERMODINÂMICA Temos: Q = U + TRANSFORMAÇÃO ADIABÁTICA É a transformação na qual o sistema não troca calor com o meio externo. Logo: Q = 0 = - U As máquinas térmicas são dispositivos que convertem calor em trabalho. No entanto esta transformação não é espontânea na natureza; por esta razão, utilizam-se ciclos termodinâmicos que conseguem transformar apenas parte do calor recebido em trabalho. Este fato constitui a segunda lei da Termodinâmica. Enunciado de Clausius: O calor só pode passar, espontaneamente, de um corpo de maior temperatura para um de menor temperatura. Enunciado de Kelvin: É impossível construir uma máquina térmica que, operando em ciclo, transforme em trabalho todo o calor a ela fornecido. 4 FÍSICA Enunciado de Carnot: CICLO DE CARNOT Só é possível transformar calor em trabalho quando se dispõe de duas fontes de calor em temperaturas diferentes. Trata-se de um ciclo termodinâmico reversível ideal para as máquinas térmicas. Consiste em duas transformações isotérmicas e duas adiabáticas. Para uma máquina que opera em ciclos transformar calor em trabalho, ela retira calor da fonte quente, transforma parte desse calor em trabalho e o restante é perdido para a fonte fria. Esquematizando: T1 MÁQ. FONTE QUENTE Q2 T2 FONTE FRIA Fazendo um balanço energético da máquina térmica, temos: Trecho BC: expansão adiabática, onde o sistema passa da temperatura T1 à temperatura mais baixa T2 . Trecho CD: compressão isotérmica, onde o sistema cede o calor Q 2 a uma fonte fria. Chama-se rendimento da máquina térmica ao quociente do trabalho realizado pelo calor fornecido pela fonte quente, isto é: Trecho AB: expansão isotérmica, onde o sistema recebe o calor Q 1 de uma fonte quente. Módulo 03/14 Q1 Note que Q 2 não sendo igual a zero, o rendimento de uma máquina térmica é sempre menor que 1(100%). Trecho DA: compressão adiabática – o sistema retorna à temperatura inicial T1. Em todos os trechos ocorre realização de trabalho. Logo: T = AB + BC + CD + DA AB = Q1 (expansão isotérmica) BC = U (expansão adiabática de T1 e T2) CD = -Q2 (compressão isotérmica) DA = -U (compressão adiabática de T2 e T1) Assim, o trabalho total do ciclo será: T = Q1 +U + (-Q2 ) + (-U) T = Q1 -Q2 Carnot demonstrou que o máximo rendimento possível entre duas temperaturas depende exclusivamente destas temperaturas e é dado por: T1 T2 T ou 1 2 T1 T1 Uma locomotiva e um automóvel, movidos a vapor, do século XIX. 5 FÍSICA TESTES DE SALA TESTES DE CASA 01. Um motor térmico funciona segundo o ciclo de Carnot entre as temperaturas de 127oC e 327oC. Em cada ciclo, ele recebe 1200 cal de calor da fonte quente. Determine o rendimento dessa máquina, a quantidade de calor rejeitada para a fonte fria e o trabalho realizado em cada ciclo. 01. (UESB) No estado de gás ideal, são definidas como as variáveis do estado do gás: a) b) c) d) e) pressão, volume e temperatura. pressão, massa e volume. pressão, massa e temperatura. massa, volume e temperatura. energia interna, pressão e temperatura. 02. (J. AMADO) À mesma temperatura, moléculas de diferentes gases perfeitos têm, em média, a mesma: Módulo 03/14 a) b) c) d) e) pressão. aceleração. energia potencial. energia cinética. quantidade de calor. 03. (UNEB) Um gás ideal sofre uma expansão isobárica, variando seu volume de 2m3 até 5m3. Se o trabalho realizado sobre o gás foi de 30 J, a pressão mantida durante a expansão, em N/m2, foi de: 02. Um sistema termodinâmico, constituído de certa massa de gás perfeito, realiza a cada segundo 100 ciclos ABCDA. O diagrama a seguir mostra a evolução de um ciclo ABCDA. a) b) c) d) e) 10 12 14 16 18 04. (UESC) Num processo termodinâmico, a variação da energia interna sofrida por um gás é consequência do balanço energético entre as grandezas físicas: Qual a potência desse sistema? Dê a resposta na unidade waltt. a) b) c) d) e) quantidade de calor e trabalho. temperatura e quantidade de calor. trabalho e pressão. volume e temperatura. pressão e volume. 05. (UEFS) Sabe-se que, em um gás ideal, a energia interna depende apenas da temperatura. Por isso, de acordo com a primeira lei da termodinâmica, numa expansão isotérmica de um gás ideal: a) b) c) d) e) o volume do gás permanece constante. a energia interna do gás aumenta. o meio externo não troca calor com o gás. o trabalho realizado pelo gás é nulo. o calor absorvido pelo gás é usado na realização de trabalho. 06. (FDC) Um enunciado do primeiro princípio da termodinâmica pode ser: a) "Uma variação da pressão se propaga para todos os pontos dos meio." b) "O calor cedido é igual ao calor recebido." c) "A diferença entre a energia cinética e a energia potencial determina a energia interna." d) "A energia interna de um sistema é constante." e) "A diferença entre o calor recebido e o trabalho realizado determina a variação da energia interna". 6 FÍSICA 07. (UCS) Um sistema termodinâmico recebe 1.500 J de energia sob forma de calor enquanto realiza 800 J de trabalho sobre a vizinhança. Nessa transformação, a variação da energia interna do sistema é, em joules: a) b) c) d) e) 2 300 1 500 800 700 170 08. (UNEB) Sobre Termodinâmica, pode-se afirmar: 09. (FDC) Uma dada massa de gás perfeito sofre uma expansão adiabática. É correto afirmar que, nessa transformação: a) b) c) d) e) a temperatura do gás aumenta. a energia interna do gás diminui. a pressão do gás se mantém constante. o gás cede calor ao ambiente. o gás recebe trabalho do ambiente. 10. (UNEB) A primeira máquina de fazer gelo, inventada em 1834, usava os mesmos princípios dos refrigeradores modernos. Um fluido comprimido – éter inicialmente, mais tarde amônia e freon – evaporava para produzir o resfriamento e depois era condensado novamente com auxílio de um compressor. Hoje, é comum manter comida congelada em freezeres. 12. (UESB) A respeito de um gás perfeito pode-se afirmar, corretamente, que: a) quando o volume permanece constante, a pressão é proporcional à temperatura Celsius. b) quando a pressão permanece constante, o volume é proporcional à temperatura Celsius. c) a pressão independe do número de moléculas. d) a lei de Boyle só pode ser aplicada quando se conhece a temperatura absoluta. e) para temperatura constante, a pressão é inversamente proporcional ao volume. 13. (FDC) A figura representa a expansão de um gás ideal entre os estados I e II. Durante a expansão, foi cedido ao gás o 3 J. c a l o r 4 , 0 . 1 Módulo 03/14 a) Segundo a 1a Lei da Termodinâmica, quando um sistema passa de um estado para outro, sua energia interna permanece constante. b) Em um processo isocórico, a temperatura se mantém constante. c) Em um processo adiabático, nenhuma energia térmica é transferida entre o sistema e sua vizinhança, isto é, = –. d) A energia interna de uma substância é uma função do seu estado e geralmente diminui com o aumento da temperatura. e) A taxa com que um objeto emite energia radiante é proporcional à 3a potência da sua temperatura absoluta e é conhecida como a lei de Stefan-Boltzmann. c) a pressão sempre aumenta. d) o volume é igual ao produto da pressão pela temperatura. e) a temperatura sempre aumenta. 0 Nesta expansão, a variação de energia interna do gás foi, em joules: a) b) c) d) e) 2,0 . 103 7,0 . 103 4,0 . 103 1,0 . 103 3,0 . 103 14. (UCS) Um sistema termodinâmico sofreu a transformação de estado representada no gráfico abaixo. Durante o ciclo de funcionamento de um refrigerador, quando o fluido refrigerante é comprimido adiabaticamente, o trabalho realizado pelo compressor, em módulo, é equivalente: a) à redução da temperatura ocorrida no interior do congelador. b) à variação da energia interna do fluido refrigerante. c) à quantidade de calor absorvida pelo fluido refrigerante. d) à quantidade de calor rejeitada para o meio externo. e) ao calor latente de condensação do fluido refrigerante. 11. (UCS) Uma dada massa de gás sofre uma transformação isovolumétrica. Nessa transformação, é correto afirmar que: a) a pressão e a temperatura absoluta assumem valores proporcionais. b) a pressão e a temperatura Celsius assumem valores proporcionais. A expansão foi realizada muito rapidamente de maneira que o processo pode ser considerado adiabático. A variação da energia interna do sistema na transformação AB vale, em joules: a) b) c) d) e) –2 . 104 –1 . 104 1 . 104 2 . 104 3 . 104 7 FÍSICA 15. (UCS) Quando o coração se contrai para expulsar o sangue para a aorta, a pressão varia em função do volume de sangue expulso, de acordo com o gráfico simplificado: Módulo 03/14 Dados: p1 (diástole) = 8 cm Hg 1,0 . 104 N/m2 p2 (sístole) = 12 cm Hg 1,6 .104 N/m2 v (volume bombeado por contração) = 8,0 . 10–5 m3 17. (VUNESP-SP) Um sistema pode evoluir de um estado inicial i para um estado final f através de dois caminhos distintos I e II, recebendo calor e fornecendo trabalho. No caminho I, recebe 120 cal em calor e fornece 70 cal em trabalho. Se no caminho II a quantidade de calor fornecida for 60 cal, o trabalho fornecido, em calorias, será: 18. (UCS) Considere a transformação isobárica AB, sofrida por uma amostra de gás perfeito, que está representada pelo gráfico, pressão x volume, abaixo. O trabalho realizado pelo coração durante uma contração, em joules, vale: a) b) c) d) e) 9,6 7,2 3,3 1,0 0,40 pressão 16. (FTC) Partindo de uma mesma temperatura inicial T1, um gás é aquecido até uma temperatura final T2, por dois processos distintos: um isobárico, AB, e outro isocórico, AC, conforme o gráfico. Sobre essa transformação é correto afirmar que: a) b) c) d) e) a energia da amostra de gás não se alterou. o trabalho realizado pelo gás foi 2.a.b, em módulo. a temperatura do gás diminuiu. o gás converteu calor em trabalho. o gás não trocou calor com o ambiente. 19. (UEFS) volume Nessas condições, é correto afirmar que o gás: a) mantém volume constante durante o processo AB. b) mantém pressão constante durante o processo AC. c) apresenta, no processo AB, menor variação de temperatura que no processo AC. d) experimenta, em ambos os processos, a mesma variação de energia interna. e) realiza trabalho durante o processo AC. 8 Ao absorver calor, um gás ideal passa do estado A para o estado B, conforme o diagrama pressão x volume, representado acima. Considerando essas informações, pode-se afirmar que, nessa transformação, houve: a) b) c) d) e) redução do volume do gás. redução da temperatura do gás. aumento da energia interna do gás. conversão de calor em trabalho. realização de trabalho do meio externo sobre o gás. FÍSICA 20. (UNIT) Um gás, suposto ideal, exerce uma força de intensidade F sobre cada centímetro quadrado da superfície do recipiente rígido que o contém. Se aumentarmos a temperatura absoluta do gás em 10%, o novo valor da força F será: a) b) c) d) e) F = 1,20 F F = 1,10 F F = 1,05 F F = 1,01 F F = 0,99 F a) 9,0 b) 7,2 c) 5,4 P ocupar um volume 2V0, a uma pressão 0 , a sua nova 3 temperatura será: a) T0 3 d) 3T0 2 e) 6T0 22. (FDC) Uma dada massa de gás perfeito sofre uma transformação isobárica e sua temperatura varia de 80,6ºF para 260,6ºF. Se o volume inicial do gás era de 12,0 litros, o volume final, em litros, vale: a) 3,71 b) 12,8 c) 16,0 d) 18,4 e) 36,8 23. (UNIT) O tempo necessário para cozinhar um certo alimento, em uma panela de pressão, em função da temperatura em seu interior, é apresentado no gráfico abaixo. Considere que os vapores no interior da panela se comportam como gases ideais. Suponha que, para cozinhar em 50 minutos, a pressão no interior da panela seja de 1,20 atm. Assim, para cozinhar em 30 minutos, a pressão, em atm, no interior da panela deverá ser de: a) 1,26 b) 1,28 c) 1,30 d) 1,32 e) 1,36 d) 4,2 e) 3,0 25. (UCS) Certa massa de gás, considerado perfeito, encontrase à pressão de 5,0 atmosferas, ocupando volume de 12 litros. Após sofrer uma expansão isotérmica, passa a ocupar volume de 15 litros. A nova pressão do gás, em atmosferas, vale: a) 5,0 b) 4,0 c) 3,0 d) 2,0 e) 1,0 Módulo 03/14 21. (UEFS) Uma massa gasosa ocupando um volume V0, a uma temperatura T0, está submetida a uma pressão P0. Supondo-se que ela sofra uma transformação, passando a b) T0 2 2T0 c) 3 24. (UCS) Certa massa de gás, considerado ideal, ocupa o volume de 4,8 litros. A temperatura permanece constante, enquanto a pressão do gás sofre aumento de 60%. O novo volume do gás é, em litros: 26. (FDC) Uma certa massa de gás perfeito ocupa um volume de 5,0 L à temperatura de -73ºC e pressão de 38 cmHg. Ele é comprimido até ocupar um volume de 2,0 L sob pressão de 152 cmHg. A nova temperatura, em ºC, será: a) -117 b) 47 c) 120 d) 183 e) 320 27. (UCS) Um botijão de gás perfeito de 600 litros tem cm manômetro que indica a diferença entre a pressão interna e a pressão atmosférica local. Esse gás é consumido lentamente ficando sempre em equilíbrio térmico com o ambiente. Em determinado dia, o manômetro indicava 29 atm e oito dias mais tarde indicava 24 atm. O volume de gás consumido nesse período, sob pressão atmosférica, em litros, deve ser um valor mais próximo de: a) 1,0 . 103 b) 1,5 . 103 c) 3,0 . 103 d) 4,5 . 103 e) 6,0 . 103 28. (UCS) Uma máquina térmica funciona com certa massa de gás ideal percorrendo o ciclo ABCDA representado. T é a temperatura absoluta no estado A. No estado C, a temperatura é: a) b) c) d) e) T 2T 3T 4T 6T 9 FÍSICA 29. (UCS) Um sistema termodinâmico é constituído de um gás contido em um recipiente provido de um pistão. A base do recipiente é apoiada numa chapa quente, cuja temperatura pode ser controlada. 32. (UCS) No final do século XVIII iniciou-se a industrialização com o advento das máquinas térmicas. Numa máquina térmica o rendimento é máximo quando ela opera em ciclos, chamados de ciclos de Carnot, em que cada ciclo é constituído por duas transformações isotérmicas e duas adiabáticas. Uma máquina térmica, operando em ciclos entre duas fontes cujas temperaturas são 27ºC e 227ºC, tem rendimento máximo de: Módulo 03/14 a) b) c) d) e) Ao sofrer as transformações termodinâmicas no ciclo B C D A representado, o trabalho realizado pelo gás é, em joules: a) – 60 b) – 40 c) nulo d) 40 e) 60 33. (UNIT) Uma máquina térmica opera em ciclos entre as temperaturas de 27ºC e 327ºC. Em cada ciclo ela recebe 3.000 cal da fonte quente. Nessas condições, o máximo de trabalho que ela pode fornecer, por ciclo, ao exterior, em calorias, vale: a) b) c) d) e) 30. (UNIT) Uma dada massa de gás realiza a transformação cíclica ABCA indicada no gráfico abaixo. a) o trabalho realizado na transformação AB é igual ao realizado na transformação CA. b) o calor trocado na transformação BC é nulo. c) na transformação AB a energia interna do gás não varia. d) o trabalho, em cada ciclo, é realizado sobre o gás. e) a temperatura em A é igual à temperatura em C. 31. (UCS) Uma máquina térmica, operando em ciclos, retira da fonte quente 2,0 . 103 calorias enquanto realiza um trabalho de 2,0 . 103 joules, em cada ciclo. O rendimento da máquina, em porcentagem, vale: a) b) c) d) e) 10 60 48 36 24 15 Dado: 1 cal = 4,2 J 3 000 2 700 2 500 2 000 1 500 34. (UCS) Uma máquina térmica opera entre duas fontes de calor cujas temperaturas são 27ºC e 227ºC respectivamente. Se ela retira da fonte quente 1,5 . 107 cal por dia de funcionamento, o máximo de trabalho que ela pode realizar, no mesmo período, em joules, é: a) b) c) d) e) É correto afirmar que: 30% 40% 50% 60% 70% 6,3 . 105 2,5 . 106 6,3 . 106 2,5 . 107 6,3 . 107 Dado: 1 cal = 4,2 J 35. (PUC) Conforme o 2o Princípio da Termodinâmica, o rendimento de qualquer máquina térmica é inferior a 100%. Na realidade, os rendimentos das máquinas térmicas mais comumentes usadas estão situados muito abaixo desse limite. Por exemplo: nas locomotivas a vapor o rendimento é cerca de apenas 10%, nos motores a gasolina nunca ultrapassa 30% e nos motores a diesel, que estão entre as máquinas mais eficientes, o rendimento situa-se em torno de 40%. Sabe-se que o calor de combustão do óleo diesel é de 45 x 103 J/g, isto é, ao ser totalmente queimado cada grama de óleo diesel libera 45 x 103 J de energia térmica. Considerndo esta informação a potência desenvolvida por um motor a diesel, cujo rendimento é o citado no texto acima e que consuma 10 g/s de combustível será de: a) b) c) d) e) 4,5 x 105W 1,8 x 103W 4,5 x 103W 1,8 x 105W 1,1 x 106W FÍSICA 36. (UESB/08) 38. (UFBA) A variação de temperatura altera o estado de agregação das moléculas de uma substância, provocando alterações observáveis nas suas propriedades físicas. Com base nessas afirmações, conclui-se: Pressão b c d a 0 Volume ( ) O trabalho realizado no processo a b é positivo, e a energia interna do sistema diminui. ( ) O trabalho realizado no processo b c é nulo. ( ) O processo c d é uma expansão adiabática, e o sistema realiza trabalho à custa da energia interna. ( ) O processo d a representa um resfriamento do sistema a volume constante. A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é a: a) b) c) d) e) V - V - V - F. V - V - F - V. F - V - V - F. V - F - V - F. F - F - V - V. Questões de 37 a 40 estilo federal 37. O gráfico seguinte representa a transformação linear sofrida por um gás perfeito que passa do estado I para o estado II. Indique a proposição falsa. a) A variação da energia interna do gás, ao passar do estado I para o estado II, foi nula. b) O trabalho realizado pelo gás, ao passar do estado I para o estado III, foi nulo. c) O trabalho realizado pelo gás, ao expandir-se do estado III para o estado II, foi de 100 J. d) Ao expandir-se do estado III para o estado II, a transformação sofrida pelo gás foi isobárica. e) Ao passar do estado I para o estado III, a transformação sofrida pelo gás foi isotérmica. 39. O gráfico seguinte representa as condições P e V de um gás ideal que sofre as transformações indicadas. Módulo 03/14 A figura representa o ciclo termodinâmico descrito por um motor a diesel. Considerando a substância operante como sendo um gás ideal, julgue as seguintes proposições, assinalando com V as afirmações verdadeiras e com F, as falsas. a) Quando uma placa metálica dotada de um orifício se expande, o orifício fica menor. b) Se o volume de uma dada massa de gás é dobrado, sem variar a temperatura, a sua pressão se reduzirá a um quarto da original. c) Uma certa massa de água, ao ter sua temperatura aumentada de 0 para 4ºC, sofrerá uma diminuição de densidade. d) A temperatura de um corpo representa a quantidade de calor que ele contém. e) Não havendo reações químicas, o volume de uma mistura de três gases é igual à soma dos volumes parciais de cada um dos três componentes. Com base na análise do gráfico e considerando a primeira lei da Termodinâmica e a Lei Geral dos Gases Perfeitos, indique a afirmação falsa: a) Na transformação A B, o calor trocado com o meio é igual ao trabalho realizado pelo gás se a temperatura permanecer constante. b) Na transformação B C leva a um acréscimo da temperatura absoluta do gás. c) Na transformação B C, o trabalho realizado pelo gás é menor que a quantidade de calor trocado com o meio. d) A transformação C D estabelece que as variáveis de estado P e T são diretamente proporcionais. e) A variação da energia interna do gás, ao final das transformações A B C D, é igual a quantidade de calor trocada com o meio. 40. (UEFS) A figura I mostra um gás sendo aquecido em um recipiente indilatável; a II, um gás sendo comprimido lentamente, de modo a se manter em equilíbrio térmico com o ambiente, e a III, um gás sendo aquecido em um tubo com êmbolo móvel. Considerando-se gás ideal, as transformações gasosas I, II e III são, respectivamente: 11 FÍSICA a) b) c) d) e) adiabática, isobárica e isotérmica. isobárica, isocórica e isotérmica. isotérmica, isobárica e isocórica. isotérmica, adiabática e isobárica. isocórica, isotérmica e isobárica. 41. (UESC) De acordo com a primeira lei da Termodinâmica, a energia interna de um sistema: 44. (UFPE) Uma máquina térmica executa o ciclo descrito no diagrama P x V abaixo. O ciclo se inicia no estado A, vai para o B, seguindo a parte superior do diagrama, e retorna para A, passando por C. Sabendo-se que P0P0 = 13 J, o trabalho realizado por esta máquina térmica ao longo de um ciclo, em joules, vale: Módulo 03/14 a) é sempre constante. b) independe da variação de temperatura do sistema. c) pode variar mediante trocas energéticas com o meio ambiente. d) é calculada pela razão entre a quantidade de calor trocada e o trabalho realizado no processo termodinâmico. e) é o resultado do balanço energético entre duas grandezas físicas vetoriais. 42. (UESC) A termodinâmica estuda as relações entre as quantidades de calor trocadas e os trabalhos realizados em um processo físico, envolvendo um sistema de corpo e o meio exterior. Com base nos conhecimentos sobre a 1 a lei da Termodinâmica e a energia cinética do gás perfeito, é correto afirmar: ( ( ( ( ) A primeira lei da Termodinâmica confirma o princípio geral da conservação da energia. ) A variação da energia interna entre dois estados quaisquer é determinada pela diferença entre a quantidade de calor e o trabalho trocado com o meio externo. ) A energia cinética média das partículas de um gás perfeito é proporcional à quarta potência de sua temperatura absoluta. ) A energia interna de uma amostra de um gás perfeito é inversamente proporcional à sua temperatura absoluta. a) V - V - F - F. b) V - F - V - F. c) V - F - F - V. d) F - V - V - F. e) F - F - V - V. 43. Uma certa massa m de um gás ideal recebe uma quantidade de calor Q e fornece um trabalho W, passando de uma temperatura T, para uma temperatura T2. A variação de energia interna do gás será: a) maior, se a transformação for a volume constante. b) menor, se a transformação for a pressão constante. c) maior, se a transformação for tal que pV = constante, onde p e V são, respectivamente, a pressão e o volume do gás e uma constante característica do gás. d) sempre a mesma, não dependendo da variação de pressão ou de volume. e) menor, se a transformação for a volume constante. a) b) c) d) e) 10 16 26 38 50 45. (UFAM-AM) Um inventor diz ter desenvolvido uma máquina térmica que, operando entre duas fontes térmicas, quente e fria, com temperaturas de 500K e 250K, respectivamente, consegue, em cada ciclo, realizar uma quantidade de trabalho equivalente a 75% do calor absorvido da fonte quente, rejeitando 25% da energia gerada por essa fonte. De acordo com as Leis da Termodinâmica, é possível que o inventor tenha realmente desenvolvido tal máquina? a) Não é possível, uma vez que essa máquina teria um rendimento maior que o rendimento de uma máquina de Camot, operando entre as mesmas fontes. b) Não é possível, uma vez que o rendimento da máquina é 100%. c) É possível, uma vez que não violaria a Primeira Lei da Termodinâmica. d) Não é possível, uma vez que violaria a Primeira Lei da Termodinâmica. e) É possível, uma vez que essa máquina teria um rendimento de uma máquina de Carnot, operando entre as mesmas fontes. 46. (UESB-10) Observe o gráfico PV. Um gás ideal sofre um processo cíclico, indo do ponto A até o ponto B, em seguida ao ponto C e, finalmente, depois de passar pelo ponto D, retorna ao ponto A. 12 FÍSICA Com base nas informações fornecidas no gráfico, é correto afirmar: 47. (UFLA-MG) Uma empresa propõe construir um motor térmico projetado para operar entre dois reservatórios de calor, sendo o quente à temperatura T1 51.600 K e o frio à T2 400 K. O projeto prevê para o motor uma potência de 4 cv com absorção de 1 480 cal/s do reservatório quente. (Dados: 1 cv 740 W e 1 cal 5 4 J.) a) Calcule o rendimento do referido motor. b) Calcule o rendimento de um motor de Carnot operando entre os mesmos reservatórios de calor. c) O motor proposto é viável teoricamente? Justifique sua resposta. 48. (UNICAMP) Com a instalação do gasoduto Brasil-Bolívia, a quota de participação do gás natural na geração de energia elétrica no Brasil será significativamente ampliada. Ao se queimar 1,0kg de gás natural obtém-se 5,0 . 107 J de calor, parte do qual pode ser convertido em trabalho em uma usina termoelétrica. Considere uma usina queimando 7200 quilogramas de gás natural por hora, a uma temperatura de 1227°C. O calor não aproveitado na produção de trabalho é cedido para um rio de vazão 5000 L/s, cujas águas estão inicialmente a 27°C. A maior eficiência teórica da conver- 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 — A D A A E E D C B 1 B A E A A D D * C B 2 B C C A E B B C D E 3 E D B E D D E E E E 4 E C A A C A E * * * *17. 10 47. a) 0,50 b) 0,75 c) sim, o rendimento é menor que o rendimento do motor que opera com base no ciclo de Carnot (máquina térmica ideal) 48. 7 a) 4 . 10 W b) 3,0 °C 49. 25% Módulo 03/14 a) O gás é aquecido a volume constante, realizando um trabalho nulo, de B para C. b) O gás sofre uma compressão isobárica e o trabalho efetuado sobre o gás corresponds a área sob a curva AB, de C para D. c) O trabalho total feito pelo gás é nulo uma vez que os estados, inicial e final do sistema, não sofreram alteração. d) O valor trocado no processo ABCDA pode ser calculado através da Segunda Lei da Termodinâmica. e) Como o gás retorna ao seu estado original, a variação total da energia interna é nula. GABARITO ANOTAÇÕES Tmin são de calor em trabalho é dada por n = 1- T , sendo máx T(min) a T(max) as temperaturas absolutas das fontes quente a fria respectivamente, ambas expressas em Kelvin. Considere o calor específico da água c = 4000 J kg o C . a) Determine a potência gerada por uma usina cuja eficiência é metade da máxima teórica. b) Determine o aumento de temperatura da água do rio ao passar pela usina. 49. (UFBA) O vapor produzido por uma caldeira à temperatura de 600K fornece para uma turbina, a cada ciclo, 800 kcal de energia. Esse vapor, depois de passar pela turbina, cede ao condensador 600 kcal, atingindo a temperatura de 293 K. Considerando que essa turbina opera em ciclos irreversíveis, determine o rendimento dessa máquina térmica. 13 FÍSICA LEITURA COMPLEMENTAR I REFRIGERADOR Fonte quente Módulo 03/14 Fonte fria FIG. 01: Um refrigerador funciona como uma máquina térmica operando em sentido inverso. Como você sabe, o refrigerador é um aparelho que reduz a temperatura dos materiais colocados no seu interior e mantém neste ambiente uma temperatura inferior à de suas vizinhanças. Para realizar estas tarefas o refrigerador funciona como uma máquina térmica operando em sentido contrário, isto é, o refrigerador retira o calor (Q2) de uma fonte fria, à temperatura T2, e, após um certo trabalho (T) ser realizado sobre ele, rejeita uma quantidade de calor (Q1) para um ambiente (fonte quente) a uma temperatura T1 tal que T1 > T2 (fig. 01). É evidente que Q1 = Q2 + T, isto é, o refrigerador rejeita para o ambiente uma quantidade de calor Q2, que ele retira do seu interior (fonte fria). Para compreender o funcionamento de um refrigerador comum, observe a fig. 02, que representa esquematicamente as principais partes deste aparelho. Na serpentina B, o gás que circula no refrigerador (que costuma ser o fréon ou outro gás usado na indústria de refrigeração), está liquefeito sob a pressão produzida pelo compressor A (acionado pelo motor). Este líquido, passando por um estrangulamento em C, sofre uma expansão, ao penetrar na tubulação do refrigerador, D, onde ele se apresenta como uma mistura de líquido e vapor a uma temperatura relativamente baixa. Este resfriamento ocorre em virtude da expansão brusca (mudança de fase) na qual o gás realiza trabalho utilizando sua própria energia interna. A tubulação estando em contato com o ambiente do congelador, D, absorve calor deste, o que leva o restante do líquido a se evaporar. O gás passa, então, de D para o compressor, onde é novamente liquefeito pelo trabalho FIG. 02: Em um refrigerador, o gás é liquefeito no compressor A e se vaporiza no congelador D. Em D, ele absorve calor e, em B, o calor é liberado para o meio ambiente. 14 da força de pressão que o piston realiza sobre ele. Ao ser liquefeito, o gás libera calor (como veremos no capítulo seguinte), que é transferido para o ar ambiente na serpentina B. É por este motivo que a parte posterior do refrigerador, onde está situada a serpentina B, deve estar voltada para um local onde haja circulação do ar (fig. 03), para facilitar a transferência de calor da serpentina para o ambiente. A FIG 03: A serpentina, onde é liberado o calor que é retirado do refrigerador, está situada na parte posterior do aparelho. Em resumo, vemos que o refrigerador funciona retirando calor (Q2) do congelador em D, recebendo um trabalho (T) no compressor e rejeitando uma quantidade de calor (Q1) para o ambiente, em B. Conforme vimos, a transferência de calor dos alimentos colocados no interior do refrigerador para o congelador se faz graças às correntes de convecção do ar interno do aparelho. EFICIÊNCIA DE UM REFRIGERADOR É fácil perceber que o refrigerador mais eficiente seria aquele que retirasse o máximo possível de calor, Q2, da fonte fria, exigindo que o mínimo de trabalho, T, fosse realizado sobre ele. Para medir esta característica define-se uma grandeza denominada eficiência do refrigerador, e, da seguinte maneira: e Como Q2 T Q1 = Q2 + T, temos T = Q1 – Q2, donde e Q2 Q1 Q 2 FÍSICA Suponha que um sistema percorra o ciclo de Carnot, em sentido inverso, isto é, no sentido DCBA. Neste caso, em cada ciclo, ele retira um calor Q2 da fonte fria (durante a transformação DC) e rejeita uma quantidade de calor Q1 para a fonte quente (durante a transformação BA). A área limitada pelo ciclo representa o trabalho, T, realizado sobre o sistema. Este sistema está funcionando como um refrigerador de Carnot, sendo possível mostrar que ele tem a maior eficiência possível entre quaisquer refrigeradores que operassem nas temperaturas T 1 e T2. Esta eficiência máxima é dada por T2 T1 T2 Módulo 03/14 e LEITURA COMPLEMENTAR II ENTROPIA - INDISPONIBILIDADE DA ENERGIA Irreversibilidade e desordem em um processo natural Suponha que uma certa massa de água quente seja misturada com uma porção de água fria. Como sabemos, este sistema, resultante da mistura, termina por alcançar uma temperatura de equilíbrio, que tem o mesmo valor em qualquer ponto do sistema. Evidentemente, antes de ser efetuada a mistura, teria sido possível fazer uma máquina térmica operar usando as massas de água mencionadas como fonte quente e fria desta máquina. Isto é, a energia que foi transferida da massa quente para a fria poderia ter sido usada para a realização de um trabalho (energia útil). Entretanto, após a mistura, sendo atingida a uniformidade da temperatura do sistema, embora não tenha havido desaparecimento de energia, não é mais possível convertê-la em trabalho. Vemos, então, que uma parte da energia do sistema tornouse indisponível. Em outras palavras, não podemos usá-la de forma útil. FIG 01: Quando o recipiente é agitado, as bolas diferentes se misturam. Este processo conduz a um aumento da desordem do sistema e a continuidade da agitação não levaria o sistema de volta às condições iniciais (o processo é irreversível). Para que aquela parte de energia continuasse disponível para a realização de trabalho, seria necessário que o sistema (suposto isolado) voltasse espontaneamente às condições iniciais, isto é, a mistura se separasse nas duas porções quente e fria primitivas. De nossa experiência diária sabemos que isto nunca ocorre, ou seja, o processo que levou à homogeneização da temperatura é irreversível*. Outra maneira de analisar este processo consiste em observar que o sistema inicialmente encontrava-se em condição mais organizada, isto é, de maior ordem, com as moléculas de maior energia cinética média (água quente) separadas das moléculas de menor energia cinética (água fria). Depois que ocorre a mistura, o sistema torna-se mais desordenado, com as moléculas distribuídas aleatoriamente, havendo uma uniformidade da temperatura. Outros exemplos Esta irreversibilidade do processo que acabamos de analisar e o aumento da desordem do sistema, que conduzem à indisponibilidade de parte de sua energia, é uma característica de qualquer processo que ocorre na natureza. Por exemplo: um bloco deslizando sobre uma superfície horizontal com atrito, como sabemos, acaba parando e sua energia é toda dissipada em forma de energia térmica do próprio bloco e da superfície. Este processo também é irreversível, pois a energia térmica não poderia, espontaneamente, voltar a aparecer como energia cinética do bloco como um todo, colocando-o em movimento. Isto é, a energia cinética do bloco como um todo (ordenada macroscopicamente) se distribuiu, desorganizando-se, em energia cinética das partículas que constituem o sistema (energia 15 FÍSICA térmica). Também neste caso, a energia cinética do bloco que poderia ter sido utilizada para realizar um trabalho útil, agora, sob a forma de energia térmica, perdeu sua capacidade de realizar trabalho, isto é, perdeu sua disponibilidade. De maneira geral, ao analisarmos qualquer processo que ocorra na natureza iremos chegar às mesmas conclusões (fig. 01). Assim, enquanto você caminha, estuda, cresce, se alimenta, dorme, acende uma lâmpada ou passeia de automóvel, uma certa quantidade de energia estará continuamente tornando-se indisponível para a realização de trabalho, embora a energia total não tenha sido alterada. Costuma-se dizer que a energia se degrada ao se transformar em energia térmica. Módulo 03/14 Entropia Para expressar quantitativamente essas características dos processos irreversíveis, o físico alemão R. Clausius, por volta de 1860, introduziu uma nova grandeza, denominada entropia. Esta grandeza, que é usualmente representada pela letra S, teria um valor que varia quando o sistema passa de um estado para outro. Esta variação, S, é exatamente o que é importante conhecer e não o valor S da entropia em cada estado pelo qual o sistema passa (de maneira semelhante ao que ocorre com a energia potencial, da qual só nos interessa a variação). Para um sistema que sofre uma transformação isotérmica, em uma temperatura absoluta T, absorvendo ou rejeitando uma quantidade de calor Q, a variação da entropia do sistema é dada por S Q T ou Sf Si Q T Foi convencionado que quando o sistema recebe calor temos Q > 0 e consequentemente temos, também, S > 0, ou seja, a entropia do sistema aumenta. Se o sistema rejeita calor, temos Q < 0 e S < 0 (a entropia do sistema diminui). LEITURA COMPLEMENTAR III A “MORTE TÉRMICA” DO UNIVERSO Qual seria o significado do aumento de entropia que acompanha todo e qualquer processo que ocorre na natureza? O próprio Clausius já havia mostrado que este aumento de entropia está relacionado com o aumento da desordem do sistema e com a perda da oportunidade de converter energia em trabalho. De fato, é possível mostrar que, quanto maior for o aumento total de entropia DSt , que ocorre em um processo, maior que a quantidade de energia DE que se torna indisponível para ser convertida em energia útil, embora a energia total envolvida no processo permaneça constante. Portanto, como havíamos dito, a entropia é uma grandeza apropriada para caracterizar o grau de desordem e de degradação da energia envolvidos nos processos irreversíveis e podemos destacar: A quantidade de energia E que se torna indisponível em um processo natural é diretamente proporcional ao aumento total de entropia St, que acompanha o processo. A tendência de todos os processos naturais, tais como o fluxo de calor, mistura, difusão etc. é de acarretar uma uniformi- 16 dade de temperatura, pressão, composição etc. em todos os pontos dos sistemas que participam dos processos. Em cada um desses processos há um aumento de entropia e um aumento na indisponibilidade da energia. Podemos, então, visualizar um momento, em um futuro distante, no qual todo o universo terá atingido um estado de uniformidade absoluta. Se esta situação for alcançada, ainda que não tenha havido nenhuma alteração no valor da energia total do universo, todos os processos físicos, químicos e biológicos terão cessado. Este fim para o qual parecemos caminhar é comumente conhecido como a morte térmica do universo. Estas ideias, que parecem ser uma consequência inevitável do estabelecimento das leis da Termodinâmica, desde quando foram estabelecidas têm despertado grande interesse, até mesmo popular, e já foram usadas como tema em diversas obras literárias. H. G. Wells, com sua obra A máquina do tempo, e o astrônomo francês Camille Flammarion são exemplos de escritores que se envolveram com o assunto. A breve história da termodinâmica começa com Boyle e Hooke, que em 1650 projetou e construiu a primeira bomba de vácuo do mundo, e o primeiro vácuo artificial do mundo, através dos hemisférios de Magdeburgo. Ele foi incentivado pela busca em provar a invalidade da antiga percepção de que "a natureza tem horror ao vácuo" e de que não poderia haver vazio ou vácuo, "pois Sadi Carnot no vácuo todos os corpos cairiam com a mes(1796-1832) ma velocidade" tal como descreveu em ambos os casos Aristóteles. Logo após este evento, o físico e químico Irlandês Robert Boyle tomou ciência dos experimentos de Guericke, e em 1656, em coordenação com o cientista Inglês Robert Hooke, construiu uma bomba de ar. Usando esta bomba, Boyle e Hooke perceberam uma correlação entre pressão, temperatura e volume. Em tempo, a Lei de Boyle foi formulada, que estabelece a pressão e o volume são inversamente proporcionais. Então, em 1679, baseado nestes conceitos, um conhecido de Boyle chamado Denis Papin construiu um forno de pressão (marmita de Papin), que era um vaso fechado com uma tampa fechada hermeticamente que confinava o vapor até alta pressão ser gerada. Projetos posteriores incluíram uma válvula de alívio para o vapor, evitando que o recipiente explodisse devido à alta pressão. Observando o movimento rítmico da válvula de alívio para cima e para baixo, Papin concebeu a ideia de uma máquina constituída de um pistão e um cilindro. Mas, Papin não seguiu adiante com a ideia. Foi somente em 1697, baseado nas ideias de Papin, que o engenheiro Thomas Savery construiu a primeira máquina a vapor. Embora nesta época as máquinas fossem brutas e ineficientes, elas atraíram a atenção dos principais cientistas da época. Um destes cientistas foi Sadi Carnot, o "pai da Termodinâmica", que em 1824 publicou "Reflexões sobre a Potência Motriz do Fogo", um discurso sobre o calor, potência e eficiência de máquina. O texto trouxe as relações energéticas básicas entre a máquina de Carnot, o ciclo de Carnot e a potência motriz. Isto marcou o início da Termodinâmica como ciência moderna. Fonte: Wikipédia FÍSICA SEÇÃO ENEM 01. (Enem-2009) A invenção da geladeira proporcionou uma revolução no aproveitamento dos alimentos, ao permitir que fossem armazenados e transportados por longos períodos. A figura apresentada ilustra o processo cíclico de funcionamento de uma geladeira, em que um gás no interior de uma tubulação é forçado a circular entre o congelador e a parte externa da geladeira. É por meio dos processos de compressão, que ocorre na parte externa, e de expansão, que ocorre na parte interna, que o gás proporciona a troca de calor entre o interior e o exterior da geladeira. 03. (Enem-2011) Um motor só poderá realizar trabalho se receber uma quantidade de energia de outro sistema. No caso, a energia armazenada no combustível é, em parte, liberada durante a combustão para que o aparelho possa funcionar. Quando o motor funciona, parte da energia convertida ou transformada na combustão não pode ser utilizada para a realização de trabalho. Isso significa dizer que há vazamento da energia em outra forma. CARVALHO, A. X. Z. Física Térmica. Belo Horizonte: Pax, 2009 (adaptado). Módulo 03/14 Disponível em: http://home.howstuffworks.com. Acesso em: 19 out. 2008 (adaptado). b) aumente devido ao bloqueio da luz do sol pelos gases do efeito estufa. c) diminua devido à não necessidade de aquecer a água utilizada em indústrias. d) aumente devido à necessidade de maior refrigeração de indústrias e residências. e) diminua devido à grande quantidade de radiação térmica reutilizada. De acordo com o texto, as transformações de energia que ocorrem durante o funcionamento do motor são decorrentes de a: a) b) c) d) liberação de calor dentro do motor ser impossível. realização de trabalho pelo motor ser incontrolável. conversão integral de calor em trabalho ser impossível. transformação de energia térmica em cinética ser impossível. e) utilização de energia potencial do combustível ser incontrolável. Nos processos de transformação de energia envolvidos no funcionamento da geladeira: a) a expansão do gás é um processo que cede a energia necessária ao resfriamento da parte interna da geladeira. b) o calor flui de forma não-espontânea da parte mais fria, no interior, para a mais quente, no exterior da geladeira. c) a quantidade de calor cedida ao meio externo é igual ao calor retirado da geladeira. d) a eficiência é tanto maior quanto menos isolado termicamente do ambiente externo for o seu compartimento interno. e) a energia retirada do interior pode ser devolvida à geladeira abrindo-se a sua porta, o que reduz seu consumo de energia. 02. (Enem-2010) As cidades industrializadas produzem grandes proporções de gases como o CO2, o principal gás causador do efeito estufa. Isso ocorre por causa da quantidade de combustíveis fósseis queimados, principalmente no transporte, mas também em caldeiras industriais. Além disso, nessas cidades concentram-se as maiores áreas com solos asfaltados e concretados, o que aumenta a retenção de calor, formando o que se conhece por "ilhas de calor". Tal fenômeno ocorre porque esses materiais absorvem o calor e o devolvem para o ar sob a forma de radiação térmica. Em áreas urbanas, devido à atuação conjunta do efeito estufa e das “ilhas de calor”, espera-se que o consumo de energia elétrica: 04. (Enem-2011) Um dos processos usados no tratamento do lixo é a incineração, que apresenta vantagens e desvantagens. Em São Paulo, por exemplo, o lixo é queimado a altas temperaturas e parte da energia liberada é transformada em energia elétrica. No entanto, a incineração provoca a emissão de poluentes na atmosfera. Uma forma de minimizar a desvantagem da incineração, destacada no texto, é: a) aumentar o volume do lixo incinerado para aumentar a produção de energia elétrica. b) fomentar o uso de filtros nas chaminés dos incineradores para diminuir a poluição do ar. c) aumentar o volume do lixo para baratear os custos operacionais relacionados ao processo. d) fomentar a coleta seletiva de lixo nas cidades para aumentar o volume de lixo incinerado. e) diminuir a temperatura de incineração do lixo para produzir maior quantidade de energia elétrica. GABARITO 0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 — B D C B –– –– –– –– –– a) diminua devido à utilização de caldeiras por indústrias metalúrgicas. 17 FÍSICA MOVIMENTO HARMÔNICO SIMPLES INTRODUÇÃO: Módulo 03/14 A partir deste capítulo iniciamos o estudo das vibrações, das oscilações e das ondas, fenômenos físicos presentes em todos os instantes do nosso dia a dia. Muitos objetos vibram ou oscilam: a membrana de um tambor, o pêndulo de um relógio, as cordas de um piano ou as de um violão. As aranhas detectam suas presas pelas vibrações da teia, os carros oscilam para cima e para baixo quando passam num buraco, os edifícios e pontes vibram quando caminhões pesados trafegam nas proximidades ou quando o vento que sopra é forte. Oscilações elétricas ocorrem nos equipamentos de rádio e tevê. Em nível molecular, os átomos – ou as moléculas, conforme o caso – vibram, nos corpos sólidos, em torno de posições relativamente fixas, de acordo com a temperatura. No entanto, antes de iniciarmos o estudo das ondas, faremos uma rápida análise do Movimento Harmônico Simples, abreviadamente MHS, análise esta fundamental para o entendimento das características dos movimentos oscilatórios e das ondas em geral. Estudaremos, como exemplo de movimento harmônico, o movimento de uma massa presa na extremidade de uma mola e o movimento oscilatório de um pêndulo simples. Mas antes é necessário que você compreenda os termos seguintes: • OSCILAÇÃO – é um percurso completo de ida e volta. • PERÍODO – tempo necessário para que ocorra uma oscilação. • FREQUÊNCIA – número de oscilações ocorridas por unidade de tempo. • POSIÇÃO DE EQUILÍBRIO – é a posição mais estável do corpo, e para onde ele tende sempre a se deslocar. • ELONGAÇÃO (x) – é a distância da posição do corpo oscilante em um instante qualquer à sua posição de equilíbrio, medida a partir desta. • AMPLITUDE – é a elongação máxima do movimento. PERÍODO DE OSCILAÇÃO DE OSCILADOR DE MOLA UM Considere o bloco a seguir apoiado numa superfície lisa e acoplado a uma mola ideal. Considere que na posição indicada a mola está no seu comprimento natural, isto é, sem deformações. Ao se deslocar o bloco para a direita até a posição indicada por x = + A, a mola está distendida e exerce uma força no bloco, que lhe imprime uma aceleração. Mas, devido à aceleração, o corpo atinge a posição de equilíbrio com a máxima velocidade e passa por ela. v = -v0 (máxima no sentido negativo) A partir desse instante, o corpo passa a comprimir a mola e é, então, retardado pela força exercida pela mola. Quando o corpo finalmente atinge velocidade nula, no ponto de abscissa x = -A, a mola fica comprimida ao máximo e passa a empurrar o corpo para a posição de equilíbrio. Ao se debater, o inseto provoca vibrações na teia, que avisa à aranha que sua presa acabou de cair na armadilha. 18 Empurrado pela mola, o corpo é acelerado. Ao atingir novamente a posição de equilíbrio, a força chega ao valor zero, e o corpo atinge novamente sua velocidade máxima. FÍSICA v = +v0 (máxima no sentido positivo) 02. (UFBA) Uma mola ideal, de constante elástica igual a 16 N/m, tem uma de suas extremidades fixa e a outra presa a um bloco de massa 4 x 10-2 kg. O sistema assim constituído passa a executar movimento harmônico simples, de amplitude 3,5 x 10-2 m. Determine, em 10-1 m/s, a velocidade máxima atingida pelo bloco. A partir daí, o corpo passa a distender a mola sendo então retardado até atingir a velocidade nula no ponto de abscissa x = +A Módulo 03/14 v=0 Em seguida, o processo se reinicia. O período de oscilação de um oscilador de mola pode ser calculado pela expressão: PÊNDULO SIMPLES Vamos analisar o movimento do pêndulo, seguindo o mesmo tipo de raciocínio utilizado no estudo do oscilador de mola. O pêndulo, quando solto, ocupa as posições 1, 2 e 3, voltando, em seguida, para 2 e, depois, para 1, efetuando, assim, uma oscilação completa. O tempo decorrido durante essa oscilação completa é chamado período do movimento. O período do movimento depende apenas da massa do corpo e da constante elástica da mola, não dependendo da amplitude de oscilação. TESTES DE SALA 01. (UFBA) Para se estudarem as características de uma mola de constante elástica k = 2, montou-se o dispositivo mostrado na figura abaixo, em que o bloco A, de massa 16 kg, está preso à mola e o bloco B, suspenso por um fio, que o liga ao bloco A. No instante em que o bloco A atinge a posição 2, o fio que prende o bloco B se rompe, passando o bloco A a mover-se, sem atrito, por compressão e distensão da mola, entre as posições 1 e 2. A experiência mostra que os únicos fatores que influem no período de oscilação de um pêndulo são o comprimento () do mesmo e a aceleração da gravidade (g). Podemos concluir então que o período do pêndulo simples não depende da massa pendular, mas apenas do comprimento do fio ideal e da aceleração da gravidade. Também não depende da amplitude de oscilação, desde que esta não ultrapasse 15o, aproximadamente. Determine, em segundos, o tempo gasto para o bloco se deslocar de 1 até 2 e voltar à posição 1. Variações de temperatura podem alterar o andamento de um relógio de pêndulo, pois provocam alteração no comprimento do pêndulo e, em consequência, no seu período. 19 FÍSICA A equação matemática para o período de um pêndulo é: TESTE DE SALA 01. Um sistema oscilatório realiza um MHS, dado pela equação π horária x = 10 . cos t π no CGS. Segundo essa equa4 ção, determine a amplitude, a frequência e a pulsação, no MKS. TESTE DE SALA Qual a razão entre os períodos de oscilação dos pêndulos A e B, da figura abaixo? Módulo 03/14 02. Uma partícula descreve um MHS, segundo a equação: π x = 0,3 . cos 2 t , no SI. Determine o módulo da 3 velocidade máxima atingida pela partícula. O MHS E O MCU Quando um móvel descreve um movimento circular uniforme com velocidade angular , sua projeção sobre um dos diâmetros descreve um Movimento Harmônico Simples (MHS). TESTES DE CASA 01. Num oscilador de mola A, suspende-se uma massa de 800 g. Em outro oscilador, B, com as mesmas características, suspende-se um corpo de 200 g, ambos são postos a oscilar. No triângulo OPQ: x = a . cos ; mas = + t Logo MHS. x = a . cos (o + . t) A equação acima é denominada equação horária do As equações da velocidade e da aceleração do MHS são: v = - a sen (t + o) a = - 2a cos (t + o) 20 Pode-se afirmar que: a) o período de A é o quádruplo do período de B. b) o período de B é o quádruplo do período de A. c) o período de A é o dobro do período de B. d) o período de B é o dobro do período de A. e) nada se pode afirmar. 02. (FUNEDUCE) Se um relógio de pêndulo adianta, devemos, para acertá-lo: a) aumentar o comprimento do pêndulo. b) diminuir o comprimento do pêndulo. c) aumentar a frequência de oscilação. d) diminuir a amplitude de oscilação. FÍSICA 03. Um pêndulo de período T1 na Terra é levado para a Lua, onde seu período passa a ser T2. Sabendo que a gravidade da Lua é 6 vezes menor que a da Terra, a razão entre os períodos T1 e T2 será igual a: a) 1 b) 6 d) 6 c) 1/6 e) 6 /6 a) 0,1 segundo b) 0,2 segundo c) 0,3 segundo d) 0,4 segundo e) 0,5 segundo 05. (UNEB/00) Num local em que g=10m/s2, um pêndulo simples de comprimento igual a a) 0,2s b) 0,4s c) 0,6s 40 2 cm tem o período de: a) t0 e t1 b) t1 e t2 c) t1 e t3 10. (UEFS/02) Considere-se um sistema massa-mola oscilando, em movimento harmônico simples de amplitude A, sobre um plano horizontal, na ausência de forças dissipativas. Sendo K a constante elástica da mola e m, a massa do corpo preso a ela, é correto afirmar que: a) o período de oscilação do movimento é igual a d) 0,8s e) 1,0s 2 06. (UESC/00) Um corpo ligado a uma mola ideal de constante elástica K, realiza, sobre um plano horizontal sem atrito, um movimento harmônico simples de período igual a T. 1 KA . 2 m c) o módulo da força restauradora do movimento é cons- 2 07. (UEFS/01) Se um pêndulo simples possui comprimento de 2,3m e realiza 100 oscilações completas em 100 segundos, pode-se afirmar que a aceleração da gravidade, em m/s2, nesse local, é igual a: Desprezando-se as forças dissipativas, a velocidade da esfera, em m/s, imediatamente após a mola voltar ao estado de relaxamento, retirada a trava, será: a) 2 b) 8 c) 10 KA . m d) a energia cinética do sistema, em qualquer ponto da trajetória, é igual a KA2. e) a energia mecânica do sistema, em qualquer ponto da tante e igual a trajetória, é igual a d) 14 e) 20 1 KA 2 . 2 11. (Mack-SP) Um ponto material executa umMHS descrito pela função x = 2.sen (0,2t) cm, t dados em segundos. O período de seu movimento vale: a) b) c) d) e) d) 9,2 e) 9,0 08. (UESB/00) Um bloco de massa 10g está em contato com a extremidade de uma mola ideal, de constante elástica K=400N/m, comprimida de 10cm por uma trava. Retirando-se a trava, a mola volta ao comprimento natural. A . Km b) a pulsação do movimento é igual a T Nessas condições, o produto K K fornece a medida: 2 a) da massa do corpo. b) da amplitude do movimento. c) da pulsação do movimento. d) da deformação máxima da mola. e) do peso do corpo. a) 9,8 b) 9,6 c) 9,4 d) t2 e t4 e) t4 e t0 Módulo 03/14 04. (UCS) A frequência de oscilação de um pêndulo simples, de comprimento L e massa M, é de 10 oscilações por segundo. Qual é o período de um pêndulo simples de comprimento igual a 4L e massa igual a 2M ? 09. (UCS/01) Considere o gráfico ao lado que representa a velocidade de uma partícula que executa um movimento harmônico simples. Pode-se concluir que essa partícula passa pelo ponto de equilíbrio, x = 0, nos instantes: 2s 5 s 10 s 10 s 5s 12. A figura a seguir apresenta o gráfico da função horária da posição de uma partícula que descreve um MHS segundo um certo referencial. x(m) 0,1 -0,1 r(s) 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 21 FÍSICA A função horária da posição dessa partícula com dados no Sistema Internacional (SI) de unidade é: a) x = 0,10 cos (/2t + /2) m. b) x = 0,20 cos (2t + /2) m. c) x = 0,10 cos (2t + 3 2) m. d) x = 0,20 cos (/2t) m. e) x = 0,10 cos (2t + 3 /2) m. 15. (UFU) Um bloco de massa m = 1 kg preso à extremidade de uma mola a apoiado sobre uma superfície horizontal sem atrito, oscila em torno da posição de equilíbrio, com uma amplitude de 0,1m, conforme mostra a figura (a) abaixo. A figura (b) mostra como a energia cinética do bloco varia de acordo com seu deslocamento. 13. (CEFET-07) Os engenheiros instalaram um gigantesco pêndulo acima do 88o andar para reduzir as oscilações do edifício. Módulo 03/14 X (cm) 5 6 0 -5 t(s) É correto afirmar que: O gráfico da figura mostra as oscilações de uma massa m presa na extremidade de um pêndulo, que realiza movimento harmônico simples. A equação do movimento da massa m, que oscila em torno do ponto x = 0, é: a) x = 5cos [(/4)t + ] b) x = 5cos [(/4)t + ] c) x = 5cos [(/4)t + 3] d) x = 5cos [(/2)t + ] e) x = 5cos [(/2)t + ] 14. (UESC-2008) A figura a seguir mostra uma partícula P, em movimento circular uniforme, em um círculo de raio r, com velocidades angular constante , no tempo t = 0. a) quando o bloco passa pelos pontos extremos, isto é, em x = ± 0,1 m, a aceleração do bloco é nula nesses pontos. b) o módulo da força que a mola exerce sobre o bloco na posição +0,1m é 2,0 . 10³ N. c) a constante elástica da mola vale 2,0 . 104N. d) a energia potencial do bloco na posição +0,05m vale 100J. e) na posição de equilíbrio, o módulo da velocidade do bloco é 20m/s. 16. (UEL) A partícula da massa m, presa à extremidade de uma mola, oscila num plano horizontal de atrito desprezível, em trajetória retilínea em torno do ponto de equilíbrio, O. O movimento é harmônico simples, de amplitude x. Considere as afirmações: I. O período do movimento independe de m. II. A energia mecânica do sistema, em qualquer ponto da trajetória é constante. III. A energia cinética é máxima no ponto O. A projeção da partícula no eixo x executa um movimento tal que a função horária vx(t), de sua velocidade, a expressa por: a) b) c) d) 22 vx(t) = r vx(t) = r cos (t + ) Vx(t) = r sen (t + ) Vx(t) = r tg (t + ) É correto afirmar que SOMENTE: a) b) c) d) e) I é correta. II é correta. III é correta. I e II são corretas. II e III são corretas. FÍSICA Este enunciado se refere às questões 17 e 18. Um ponto material, de massa m = 0,1 kg, oscila em torno da posição O, animado de MHS (movimento harmônico simples), na ausência de forças dissipativas. A mola tem constante elástica k = 40 N/m. A energia mecânica total do sistema é de 0,2 Joule. deslocar para a direita, pode-se afirmar que a função horária que representa a projeção da posição da partícula é a: a) Rcos (t + ) 2 ) 2 c) Rcos (t - 2) b) Rcos (t - 17. A amplitude de oscilação é: c) 0,4 m d) 0,8 m 3 ) 2 e) Rcos (t - 3 ) 2 18. O valor máximo da velocidade do ponto material, em módulo, é: a) 1 m/s b 2 m/s c) 4 m/s d) 8 m/s 19. (FATEC-SP) O período de oscilação de um pêndulo simples pode ser calculado por T = 2 L g , onde L é o com- primento do pêndulo e g aceleração da gravidade (ou campo gravitacional) do local onde o pêndulo se encontra. Um relógio de pêndulo marca, na Terra, a hora exata. É correto afirmar que, se este relógio for levado para a Lua: a) atrasará, pois o campo gravitacional lunar é diferente do terrestre. b) não haverá alteração no período de seu pêndulo, pois o tempo na Lua passa da mesma maneira que na Terra. c) seu comportamento é imprevisível, sem o conhecimento de sua massa. d) adiantará, pois o campo gravitacional lunar é diferente do terrestre. 22. (UESB) Um corpo preso a uma mola realiza um movimento harmônico simples vertical, com período igual a 0,5s, que, ao atingir o ponto mais baixo de sua trajetória, toca a superfície da água, originando ondas circulares que se propagam com velocidade igual a 10/ms. Módulo 03/14 a) 0 ,1 m b) 0,2 m d) Rcos (t + Nessas condições, pode-se afirmar que a distância entre duas cristas consecutivas dessa onda mede, em metros: a) 10,0 b) 8,0 c) 5,0 d) 4,0 e) 2,5 23. (UEFS/05) A figura representa a variação da energia de um bloco, preso na extremidade de uma mola, realizando um movimento harmônico simples em torno da posição de equilíbrio. 20. (UEFS/2004.2) A figura representa uma onda que se propaga para a direita com velocidade de módulo igual a 2,0 m/s. Com base nessa informação, é correto afirmar: A relação entre a energia cinética do bloco e a energia potencial armazenada na mola, quando a deformação da mola for de 0,1 m, é igual a: a) 1 b) 2 c) 3 a) b) c) d) A natureza da onda é longitudinal. A amplitude da onda é igual a 2 m. O período da onda é igual a 0,2s. A frequência da fonte geradora é o dobro da frequência da onda. e) A fase inicial do movimento é igual a 2. 21. (UEFS) Uma partícula realiza um movimento de rotação de raio R no sentido anti-horário, com velocidade angular constante. Sabendo-se que, no instante inicial, a projeção da posição da partícula sobre um eixo paralelo ao diâmetro da circunferência se encontra no ponto de equilíbrio e tende a se d) 4 e) 5 24. (UEFS-06) Uma força de 30N produz um alongamento de 15cm em uma mola vertical. Quando um objeto é pendurado nesta mola, o sistema oscila com um período de /5s. Com base nessa informação a considerando-se que a aceleração da gravidade local tem módulo igual a 10 m/s2, podese afirmar que o valor do peso deste objeto, em N, é igual a: a) 5 d) 20 b) 10 e) 25 e) 15 23 FÍSICA 25. No esquema apresentado, a esfera ligada à mola oscila em condições ideais, executando movimento harmônico simples. 29. O sistema da figura é constituído de uma mola ideal e um bloco, estando livre para oscilar verticalmente. O gráfico que melhor ilustra como a energia potencial da mola (U) varia em função do deslocamento da mesma, em relação à posição de equilíbrio (x), é: Sabendo-se que os pontos P e P' são os pontos de inversão do movimento, analise as proposições seguintes. Módulo 03/14 I. A amplitude do movimento da esfera vale 4,0 m. II. No ponto 0, a velocidade da esfera tem módulo máximo e nos pontos P e P', módulo nulo. III. No ponto 0, a aceleração de esfera tem módulo máximo e nos pontos P e P', módulo nulo. IV. No ponto P, a aceleração escalar da esfera é máxima. b) c) d) Responda mediante o código. a) b) c) d) e) Se todas forem erradas. Se todas forem corretas. Se somente I e III forem corretas. Se somente II e IV forem corretas. Se somente III for errada. 26. Um corpo de massa m é preso à extremidade de uma mola helicoidal que possui a outra extremidade fixa. O corpo é afastado até o ponto A e, após abandonado, oscila entre os pontos A e B. Pode-se afirmar corretamente que a: a) b) c) d) e) aceleração é nula no ponto 0. a aceleração é nula nos pontos A e B. velocidade é nula no ponto 0. força é nula nos pontos A e B. força é máxima no ponto 0. 27. Uma partícula executa movimento harmônico simples. Quando passa pelo ponto de elongação x = +3,2 cm, sua velocidade é igual a 60% da sua velocidade máxima. Qual é a amplitude do movimento? 28. Um corpo realiza um MHS com velocidade máxima, em módulo, 5 m/s e aceleração máxima, também em módulo, 6 m/s². Quais são as amplitudes e a pulsação desse MHS? 24 a) e) 30. Um bloco de massa 4,0 kg, preso à extremidade de uma mola de constante elástica 25² N/m, está em equilíbrio sobre uma superfície horizontal perfeitamente lisa, no ponto O, como mostra o esquema. O bloco é então comprimido até o ponto A, passando a oscilar entre os pontos A e B. A energia potencial do sistema (mola+bloco) é máxima quando o bloco passa pela posição a) b) c) d) e) A, somente. O, somente. B, somente. A e pela posição B. A e pela posição O. FÍSICA 31. (Cefet-PR) Um oscilador massa-mole horizontal executa um movimento harmônico simples de amplitude A. Das alternativas a seguir, assinale aquela que representa corretamente o gráfico das energias potencial elástica e cinética que atuam nesse movimento, como função do deslocamento em relação à posição de equilíbrio. a) 34. (Mackenzie-SP) Um corpo de 100 g, preso a uma mola ideal de constante elástica 2 . 103 N/m, descreve um MHS de amplitude 20 cm, como mostra a figura. A velocidade do corpos quando sua energia cinética é igual à potencial é: d) e) d) 10 m/s. e) 5 m/s. 35. (UEL-PR) A partícula de massa m, presa à extremidade de uma mola, oscila num plano horizontal de atrito desprezível, em trajetória retilínea em torno do ponto de equilíbrio, O. O movimento é harmônico simples, de amplitude x. c) A - amplitude B - energia potencial C - energia cinética 32. (UFG-GO) Módulo 03/14 b) a) 20 m/s. b) 16 m/s. c) 14 m/s. + Considere as afirmações: I. O período do movimento independe de m. II. A energia mecânica do sistema, em qualquer ponto da trajetória é constante. III. A energia cinética é máxima no ponto O. É correto afirmar que somente: Na figura, tem-se um oscilador harmônico ideal. Nos pontos P e P', equidistantes do ponto O, ocorre inversão no sentido do movimento da partícula. Aponte a afirmação incorreta. a) Nos pontos P e P', a energia cinética da partícula é nula. b) Nos pontos P e P', a energia potencial elástica acumulada na mola é máxima. c) No ponto O, a aceleração da partícula tem módulo máximo. d) No ponto O, a velocidade da partícula tem módulo máximo. e) Em qualquer ponto da trajetória, a soma da energia cinética da partícula com a energia potencial elástica acumulada na mola é constante. 33. (UFC-CE) Considere um oscilador harmônico simples, unidimensional, do tipo massa-mola. Num primeiro momento, ele é posto para oscilar com amplitude A, tendo frequência f1 e energia mecânica E1, e num segundo momento, com amplitude 2A, tendo frequência f2 e energia mecânica E2. Das opções abaixo, indique aquela que contém somente relações verdadeiras: a) b) c) d) e) a) b) c) d) e) I é correta. II é correta. III é correta. I e II são corretas. II e III são corretas. 36. (UFG-GO) Uma mola de constante elástica k = 50 N/m e massa desprezível tem uma extremidade fixa no teto e a outra presa a um corpo de massa m = 0,2 kg. O corpo é mantido inicialmente numa posição em que a mola está relaxada e na vertical. Ao ser abandonado, ele passa a realizar um movimento harmônico simples, em que a amplitude e a energia cinética máxima são, respectivamente: Dado: g = 10 m/s² a) b) c) d) e) 4 cm e 0,04 J 4 cm e 0,08 J 8 cm e 0,04 J 8 cm e 0,08 J 8 cm e 0,16 J 37. (Espcex-SP) O gráfico exposto representa a energia cinética EC de um oscilador massa-mola ideal que descreve um movimento harmônico simples em função de sua posição x. Gráfico fora de escala f2 = f1 e E2 = 4E1 f2 = f1 e E2 = 2E1 f2 = 2f1 e E2 = 4E1 f2 = 2f1 e E2 = 2E1 f2 = 4f1 e E2 = 4E1 25 FÍSICA Podemos afirmar que na posição x = –1,0 m a energia cinética, em joules, do oscilador vale: a) 42 b) 45 c) 49 d) 52 e) 55 41. (PUC-PR) Uma partícula move-se em MHS numa trajetória retilínea. A figura mostra a energia potencial da partícula em função de sua coordenada X. A energia total da partícula é constante e vale 20 Joules. Considere as afirmações: Módulo 03/14 38. (FCMSC-SP) Um bloco é preso a uma mola de massa desprezível e executa movimento harmônico simples, sem atrito com o solo horizontal. A energia potencial do sistema é zero na posição de elongação nula e pode assumir valor máximo de 60 joules durante o movimento. Quando a elongação é metade do valor da amplitude, a energia cinética do bloco, em joules, é: a) 15 b) 20 c) 30 d) 40 e) 45 I - Na posição X0, a energia cinética da partícula é máxima. II - Entre as posições X1 e X2 a energia cinética é constante. III - Nas posições X1 e X2 a energia cinética da partícula é nula. IV - Na posição X0, a energia cinética da partícula é nula. 39. (Fameca-SP) Uma partícula de massa 200 g realiza um MHS de amplitude a, em torno da posição de equilíbrio O. Considerando nula a energia potencial para a partícula em O, calcular a elongação para a qual a energia cinética é igual ao dobro da energia potencial é: 3a 3 a) x b) x a 3 c) x a 2 d) x a 4 40. (PUC-MG) Uma partícula de massa 0,50kg move-se sob a ação apenas de uma força, à qual está associada uma energia potencial U(x), cujo gráfico em função de x está representado na figura abaixo. Esse gráfico consiste em uma parábola passando pela origem. A partícula inicia o movimento a partir do repouso, em x = –2,0m. Sobre essa situação, é falso afirmar que: a) b) c) d) e) Somente I é correta. Somente II é correta. I e III são corretas. III e IV são corretas. II e IV são corretas. GABARITO 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 — C A E B B A D E C 1 E C E C C E E A B A 2 B E C D D A D * * A 3 A C –– –– –– –– –– –– –– –– 27. 4 cm 28. 4,16 m e 1,2 rad/s ANOTAÇÕES a) b) c) d) 26 a energia mecânica dessa partícula é 8,0J. a velocidade da partícula, ao passar por x = 0, é 4,0m/s. em x = 0, a aceleração da partícula é zero. quando a partícula passar por x = 1,0m, sua energia cinética é 3,0J. FÍSICA EX ERCÍ CI O S D E CI N EMÁTI CA ANGULAR TESTES DE SALA 01. (UNIT) O ângulo de 20º corresponde, em radianos, a: a) 0,35 b) 0,40 c) 0,55 d) 0,65 e) 0,75 a) 103 b) 104 c) 106 08. (CESCEM) Em relação ao movimento circular uniforme, é correto afirmar que: a) o vetor velocidade é constante; b) o vetor aceleração é constante; c) a aceleração é centrífuga; d) a velocidade escalar varia linearmente com o tempo; e) a velocidade escalar é constante. 09. Qual o número de voltas na pista realizadas por um automóvel, em quatro horas, se o diagrama da sua velocidade angular em função do tempo é dado na figura? d) 107 e) 108 03. (UESB) Dois pontos materiais se movem em circunferências concêntricas de raios r1 > r2, executando o mesmo período. Esses pontos materiais têm em comum a: a) b) c) d) e) d) V F V e) F V V velocidade linear. velocidade angular. aceleração tangencial, não nula. aceleração centrípeta. aceleração total. 04. (UCS) Um ciclista percorre uma pista circular de raio 20m, completando uma volta a cada 5,0 s. Os módulos das velocidades escalar, em m/s, e angular rad/s, valem, respectivamente: a) 8 e 0,4 b) 8 e d) 4,0 e 0,4 c) 4 e 2 e) 4,0 e 05. (UCS) Um ponto material percorre uma circunferência de raio 25cm com velocidade angular constante de 3 rad/s. O espaço percorrido pelo ponto material em um intervalo de tempo de 10 s, em metros, vale: a) 5,0 b) 5,0 d) 7,5 c) 7,5 e) 15 06. (UESB) Uma polia de diâmetro 20 cm gira com frequência de 120 r.p.m. Um ponto de periferia dessa polia completa uma volta a cada: a) 2,0 min b) 0,50 min d) 0,50 s c) 2,0 s e) 0,20 s 07. (FAVIC) Com base nos conhecimentos sobre movimento circular uniforme, marque com V as afirmativas verdadeiras e com F, as falsas. ( ) Uma roda que sofre um deslocamento angular de 9,42rad, realiza 2,5 voltas. ( ) Um motor elétrico que funciona a 2400rpm, tem um período de 0,025s. ( ) No movimento circular uniforme, o vetor velocidade linear é constante. A alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo, é a: a) 1 b) 1,5 Módulo 03/14 02. (UCS) O coração de um indivíduo bate 80 vezes por minuto. O número de batimentos em uma semana é mais próximo de: a) V F F b) F V F c) V V F c) 3,0 d) 6,0 Questões 10 a 12 Um móvel se desloca obedecendo à função: t (rad, s) 4 8 10. O ângulo de fase inicial do móvel é: a) /4 rad b) /2 rad c) rad d) 3 /2 rad e) zero 11. A velocidade angular do móvel é, em rad/s: a) /8 b) /4 c) /2 d) e) /3 12. O gráfico em função de t ( em ordenadas) que melhor representa o movimento é: a) t 0 b) c) 0 t 0 e) d) 0 t t 0 t 27 FÍSICA 13. (FDC) Um ventilador é ligado e começa a girar, a partir do repouso, gastando 5,0s para atingir uma frequência estável de 15 Hz. A aceleração angular do ventilador nos 5,0 s iniciais, em rad/s2, foi de: a) 3,0 b) 6,0 c) 3,0 17. (Unifesp) Pai e filho passeiam de bicicleta e andam lado a lado com a mesma velocidade. Sabe-se que o diâmetro das rodas da bicicleta do pai é o dobro do diâmetro das rodas da bicicleta do filho. Pode-se afirmar que as rodas da bicicleta do pai giram com: d) 6,0 e) 10 Módulo 03/14 a) a metade da frequência e da velocidade angular com que giram as rodas da bicicleta do filho. b) a mesma frequência e velocidade angular com que giram as rodas da bicicleta do filho. c) o dobro da frequência e da velocidade angular com que giram as rodas da bicicleta do filho. d) a mesma frequência das rodas da bicicleta do filho, mas com metade da velocidade angular. e) a mesma frequência das rodas da bicicleta do filho, mas com o dobro da velocidade angular. 14. (UCS) A polia de um motor tem diâmetro 4,0 cm e velocidade angular não determinada. Ela se encontra ligada por meio de uma correia a uma outra polia, de diâmetro 20cm, cuja frequência foi medida: 54 rpm (rotação por minuto). A frequência de rotação da primeira polia é, em rps, (rotações por segundo): a) 1,5 b) 3,0 c) 4,5 d) 6,0 e) 9,0 15. (UESC) Uma partícula realiza movimento circular uniforme com velocidade angular a 4rad/s. Determine, em segundos, o intervalo de tempo em que a partícula completa 8 voltas. 18. (Fuvest-SP) Uma criança montada em um velocípede se desloca em trajetória retilínea, com velocidade constante em relação ao chão. A roda dianteira descreve uma volta completa em 1s. O raio da roda dianteira vale 24 cm e o das traseiras, 16 cm. Podemos afirmar que as rodas traseiras do velocípede completam uma volta em, aproximadamente: a) 1 s 2 2 s 3 c) 1 s b) 16. (UFsCar-SP) Para misturar o concreto, um motor de 3,5 hp tem solidária ao seu eixo uma engrenagem de 8 cm de diâmetro, que se acopla a uma grande cremalheira em forma de anel, com 120 cm de diâmetro, fixa ao redor do tambor misturador. 3 s 2 e) 2 s d) 19. Quando o motor é ligado, seu eixo gira com frequência de 3 Hz. Nestas condições, o casco do misturador dá um giro completo em: a) b) c) d) e) 28 3s 5s 6s 8s 9s Quando se dá uma pedalada na bicicleta acima (isto é, quando a coroa é acionada pelos pedais dá uma volta completa), qual é a distância aproximada percorrida pela bicicleta, sabendo-se que o comprimento de um círculo de raio R é igual a 2R, onde = 3? a) 1,2 m b) 2,4 m c) 7,2 m d) 14,4 m e) 48,0 m FÍSICA 20. (Enem-MEC) Com relação ao funcionamento de uma bicicleta de marchas, na qual cada marcha é uma combinação de uma das coroas dianteiras com uma das coroas traseiras, são formuladas as seguintes afirmativas: I. Entre as afirmações anteriores, estão corretas: a) b) c) d) e) I e III apenas. I, II e III apenas. I e II apenas. II apenas. III apenas. Módulo 03/14 Numa bicicleta que tenha duas coroas dianteiras e cinco traseiras, temos um total de dez marchas possíveis, sendo que cada marcha representa a associação de uma das coroas dianteiras com uma das traseiras. II. Em alta velocidade, convém acionar a coroa dianteira de menor raio e a coroa traseira de maior raio também. III. Em uma subida íngreme, convém acionar a coroa dianteira de menor raio e a coroa traseira de maior raio. ANOTAÇÕES 21. Um ponto na borda de um disco de 0,20 m de raio tem sua velocidade escalar alterada de 6,0 m/s para 8,0 m/s em 2,0 s. A aceleração angular constante (em rad/s²) é: a) b) c) d) e) 3,0 5,0 2,0 1,0 4,0 22. (Mackenzie-SP) Um disco inicia um movimento uniformemente acelerado a partir do repouso e, depois de 10 revoluções, a sua velocidade angular é de 20 rad/s. Podemos concluir que a aceleração angular da roda em rad/s² é aproximadamente igual a: a) b) c) d) e) 3,5 3,2 3,0 3,8 nenhuma das anteriores GABARITO 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 — A C B A D D B E D 1 A A B D C * B A A B 2 A B B –– –– –– –– –– –– –– *4 29 FÍSICA EX ERCÍ CI O S D E CI N EMÁTI CA VETORIAL TESTES DE CASA 01. (UNEB) Um carro desloca-se 3km para o leste e, em seguida, 4km para o sul. O módulo do deslocamento resultante do carro é: Módulo 03/14 a) 1km b) 3km c) 4km d) 5km e) 6km 02. (FDC) O ponteiro das horas de um relógio de parede mede 8,0 cm. Os módulos do espaço percorrido e do vetor deslocamento da extremidade desse ponteiro entre 12h e 18h (de um mesmo dia), em centímetros, valem respectivamente: a) b) c) d) e) 24 e 24 16 e 24 20 e 20 24 e 16 16 e 16 Considere = 3 03. (UCS) Uma mesa de bilhar mede 2,84 m por 1,42 m. Uma formiga, localizada sobre a mesa, no ponto A, segue em linha reta sobre a mesa até o ponto B e daí, ainda em linha reta, vai até o ponto C, como mostra a figura abaixo. Se o comprimento da mesa está dividido em 4 partes iguais de medida d cm, e se = 30°, a distância percorrida pela formiga para ir de A até C, em centímetros, é aproximadamente igual a: a) 0,71 b) 1,23 c) 1,42 d) -2,0 m/s e) -3,0 m/s 06. Considere as afirmações: I - No MRU o vetor-velocidade é constante em módulo e direção. II - No MRUV o vetor-velocidade é variável em módulo e constante em direção. Associando V ou F a cada afirmação, obtemos, respectivamente: a) V, F b) F, V c) V, V d) F, F 07. (UCS) Uma roda gira em torno do seu centro C, no sentido horário, e dois de seus pontos, A e B, estão assinalados. As alternativas representam diferentes posições do seg- B C A mento AB e vetores VA e VB . Aquela que pode representar as velocidades VA e VB , respectivamente, dos pontos A e B da roda é: a) b) d) e) c) Usar 3 = 1,73 d) 2,46 e) 3,9 04. Assinale a sentença verdadeira a respeito do vetor velocidade média: a) tem direção tangente à trajetória. b) tem direção secante à trajetória. c) tem módulo sempre igual ao da velocidade escalar média. d) é nulo quando a posição final do móvel coincide com a posição inicial. e) há mais de uma sentença verdadeira. 05. Um elevador movimenta-se no sentido ascendente e percorre 40 m em 20 s. Em seguida, ele volta à posição inicial, levando o mesmo tempo. A velocidade média vetorial do elevador durante todo o trajeto vale: 30 a) 8,0 m/s b) 4,0 m/s c) 0 08. Está errado afirmar que, num movimento retilíneo uniformemente retardado: a) a aceleração vetorial e a velocidade vetorial têm a mesma direção e sentidos contrários. b) a aceleração tangencial e a aceleração vetorial são iguais entre si. c) a aceleração centrípeta é nula mas a aceleração tangencial, não. d) a aceleração tangencial e a aceleração escalar têm o mesmo módulo. e) a aceleração vetorial tem módulo maior que a aceleração escalar. FÍSICA 09. (J. Amado) Com relação a um movimento circular uniforme, é correto afirmar que a: a) b) c) d) e) 14. (STA. CASA-SP) Um ponto material executa um movimento circular uniforme com velocidade igual a 10m/s. aceleração tangencial é um vetor nulo. aceleração normal é um vetor nulo. aceleração total é um vetor nulo. direção do vetor aceleração total é constante. freqüência angular é nula. P2 10. (FDC) Uma formiga está na beirada de um carrossel que dá voltas com freqüência constante. Pode-se afirmar, que o movimento da formiga apresenta aceleração: nula. tangencial e radial. tangencial, apenas. radial para dentro, apenas. radial para fora, apenas. A variação da velocidade vetorial, entre as posições P1 e P2 , indicadas no esquema, é um vetor cuja intensidade vale quantos metros por segundo? 11. Um móvel parte do repouso e percorre uma trajetória de raio 100 m, assumindo movimento uniformemente acelerado de aceleração escalar 1 m/s2. Os componentes tangencial e centrípeta valem, respectivamente, após dez segundos: a) 1 m/s2 e 10 m/s2 b) 10 m/s2 e 1 m/s2 c) 10 m/s2 e 10 m/s2 V2 d) 10 m/s2 e 100 m/s2 e) 1 m/s2 e 1 m/s2 12. (UFMG) Um ventilador acaba de ser desligado e está parando vagarosamente, girando no sentido horário. A direção e o sentido da aceleração da pá do ventilador no ponto P é: a) 10 b) 5 c) zero d) 10 e) 20 Módulo 03/14 a) b) c) d) e) V1 P 2 15. (UNIT) Um corpo se move com velocidade escalar constante de 10m/s sobre uma pista circular de raio R. Se o raio da pista diminuir de 5,0 m, o módulo da aceleração centrípeta aumenta de 1,0 m/s². O raio R vale, em metros: a) 25 b) 40 c) 50 d) 75 e) 100 16. (UCS) Uma partícula de massa m = 0,50 kg descreve uma trajetória circular de raio R. Num certo instante, a força resultante F que atua na partícula tem módulo de 12 N, a sua velocidade V tem módulo de 6,0 m/s e o ângulo entre a) b) d) 13. (P. ALEGRE-MG) O gráfico representa o valor da velocidade do carro de Barrichelo em função do tempo, enquanto ele percorre uma curva de raio R=100m no circuito de Monza. F e V vale 30°, como mostra a figura. c) Dados: e) sen 30o = V cos 30o = A B C D t A aceleração centrípeta do carro foi nula: a) apenas de A até B b) apenas de B até C c) apenas de C até D d) desde A até D e) em nenhum instante enquanto se encontrava na curva. 1 2 3 2 Nessas condições, o raio R da trajetória, em metros, vale: a) b) c) d) e) 8,0 6,0 4,0 3,0 2,0 31 FÍSICA 17. (UEFS) Um móvel se desloca numa trajetória circular de raio R, com movimento uniformemente variado e aceleração tangencial escalar a. Desprezando-se as forças dissipativas e sabendo-se que o móvel partiu do repouso e que sua velocidade no instante t, após a sua partida, é v, o módulo da aceleração total desse móvel, nesse instante, será igual a: a) a Módulo 03/14 b) v t d) R 1 aR v c) v2 t e) R 1 a 2 R 2 v 4 18. (UNEB) De acordo com a mecânica clássica, a Terra pode ser considerada um referencial inercial, e a trajetória descrita por um móvel e a velocidade desse mesmo móvel dependem do referencial adotado. Nessas condições, um barco com velocidade própria de 40m/s, que se movimenta perpendicularmente às margens de um rio, cuja velocidade da correnteza é 30m/s, tem, em relação à Terra, velocidade igual a: a) 10m/s b) 20m/s c) 35m/s Qual a velocidade do barco em relação às águas? a) 2 km/h b) 3 km/h c) 4 km/h 23. (OSEC-SP) Um saveiro, com motor a toda potência, sobe um rio a 16 km/h e desce a 30 km/h, velocidades essas, medidas em relação às margens do rio. Sabe-se que tanto subindo como descendo o saveiro tinha velocidade relativa de mesmo módulo e as águas do rio tinham velocidades constantes, v. Nesse caso, v, em km/h, é igual a: a) 7 b) 10 c) 14 b) 5 2 m/s c) 10 m/s O módulo da velocidade, (em m/s) do ponto A, situado na periferia da roda, é de: a) 7,20 m/s b) 6,71 m/s c) 5,92 m/s d) 4,83 m/s e) 3,71 m/s 22. Um barco sai do ponto A para atravessar um rio de 2 km de largura. A velocidade da correnteza é 3 km/h. A travessia é feita segundo a menor distância AB e dura meia hora. 32 A 30° a) 8 b) 8 3 20. A distância realmente percorrida pelo barco durante a travessia foi de: 21. A velocidade do barco em relação à Terra é de: d) 10 2 m/s e) 20 m/s 25. Uma roda rola, sem escorregar, em um solo horizontal. O seu centro possui velocidade constante de 8 m/s em relação ao solo. d) 95 m e) 200 m d) 218,32 m e) 168,14 m P a) zero 19. O deslocamento do barco rio abaixo no final da travessia foi de: a) 447,21 m b) 338,41 m c) 297,18 m v Qual é o módulo da velocidade do ponto P da superfície da bola no instante mostrado na figura? INSTRUÇÕES: a) 50 m b) 80 m c) 90 m d) 20 e) 28 24. (UFPE) Uma bola rola sem escorregar sobre uma mesa de sinuca com velocidade v = 10 m/s. d) 50m/s e) 70m/s O enunciado a seguir é referente às questões 19 a 21: Um barco atravessa um rio dirigindo-se perpendicularmente à direção da correnteza com velocidade própria de 6 m/s. Sabe-se que a largura do rio é 400 metros e a velocidade da correnteza é 3 m/s. d) 5 km/h e) 6 km/h c) 8 2 e) 8 ( 3 + d) 16 2) 26. (UESC/08) Um móvel desloca-se 40,0km, na direção nortesul, indo do sul para norte. Em seguida, passa a percorrer 30,0km, na direção leste-oeste, dirigindo-se do leste para oeste. Nessas condições, o módulo do vetor deslocamento é igual, em km, a: a) 50 b) 60 c) 70 d) 80 e) 90 GABARITO 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 — D D D E C C E E A 1 D E D E D A D E D E 2 A B D A D B A –– –– ––