PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO
RIO DE JANEIRO
CENTRO DE TEOLOGIA E CIÊNCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
FIL 2882
PERÍODO- 2015.1
Horário:
5ª.f. 16-19h.
Tópicos de Filosofia da Cultura
CARGA HORÁRIA TOTAL: 45 HORAS
CRÉDITOS: 3
PROF.: Luiz Camillo Osorio
OBJETIVOS
Discutir a atualidade da experiência estética e as possibilidades da crítica no contexto
institucionalizado da arte contemporânea.
EMENTA
Desde o final dos anos 1960, a arte parece ter se divorciado daquilo que seria sua dimensão
estética. Ao que parece, para manter algum compromisso crítico, ela precisaria abrir mão
de um tipo de experiência fundada na harmonia formal e no prazer subjetivo. Mas serão
estas as principais características do estético? Seria o belo o único sentimento próprio à
experiência estética? Seria a beleza sempre “promessa de felicidade” e “alegria de viver”?
Alguma abertura para repensá-la fora dessas metáforas tradicionais, como algo
“extravagante” que se oponha ao “banal”? Independentemente de mantermos ou não a
noção de beleza, a pergunta sobre a dimensão estética da arte contemporânea mantém-se.
Mais do que isso, o que parece pertinente é pensar o vínculo entre a crise da crítica e
possíveis deslocamentos da estética, ou seja, reconfigurar as possibilidades da crítica a
partir da requalificação dos sentidos da estética.
Na introdução de um livro cujo título é justamente Aesthetics and Contemporary Art os
organizadores - Armen Avanessian e Luke Skreboswski - se colocam uma pergunta que vai
na mesma direção das preocupações acima, a saber: “Can aesthetics be of any use to us
here? Isn’t it the case that the ontological grounds of art after modernism - an art after
Minimalism and Conceptual Art - consists, following Hal Foster, in being anti-aesthetic,
renouncing the conjunction of aesthetics and art, dispensing with Greenberg’s late
insistence that ‘art and esthetic don’t just overlap, they coincide’”?
Para pensarmos a partir destas questões, começaremos com alguns textos do filósofo
francês Jacques Rancière – Malaise dans L’esthétique e Aesthesis – para em seguida
discutirmos outros autores que no presente lidam com os impasses da crítica e o papel da
estética. Nosso objetivo é menos o de defender uma posição em favor da estética, mas sim
de esclarecer o que queremos reivindicar quando buscamos reposicionar a experiência
estética no contexto da produção artística contemporânea.
PROGRAMA
AVALIAÇÃO
BIBLIOGRAFIA
PRINCIPAL
Leituras e seminários a partir da bibliografia apresentada
CATEGORIA III
Rancière, J. - Malaise dans L’esthetique, Galilée, Paris, 2004.
- Aesthesis, Galilée, Paris, 2011.
Avanessian, A e Skrebowski, L - Aesthetics and Contemporary Art, Sternberg Press,
London, 2011.
Von Hantelmann, D. - How to do Things with Art, Documents Series 4, JRP Ringier,
Zurich, 2010.
Alliez, E. e Osborne P. - Spheres of Action: art and politics, Tate publishing, London,
2013.
BIBLIOGRAFIA
COMPLEMENTAR
Bishop, C. – Artificial Hells: participatory art and the politics of spectatorship, Verso,
Londres, 2012.
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