“Evangelização da Juventude”
I – Elementos para conhecimento da
realidade da juventude
Conhecer os jovens é condição
previa para evangelizá-los. Não se
pode amar nem evangelizar a quem
não se conhece [...] § 10.
Brasil 190 milhões de habitantes
73,6% católicos e 9,3% sem religião
Influências da Pós-Modernidade: subjetividade, novas
expressões do sagrado, centralidade das emoções
Aspectos positivos
• Criatividade, generosidade
• potencial para o engajamento,
• crescimento na participação em
movimentos sociais
• sensibilidade pelas manifestações artísticas
e culturais
• não teme a entrega da vida, mas a vida
sem sentido
• sensibilidade para a amizade com Cristo
• capacidade de descobrir o chamado de
Deus
• participação: paróquias, liturgia, canto,
catequese, pastorais, Movimentos, Novas
Comunidades, Congregações
Aspectos negativos / preocupantes
• fragmentação da personalidade
• vulnerabilidade psicológica
• descrédito nos compromissos definitivos
e incapacidade para assumi-los
• família: fragilidade dos laços,
relativização dos valores.
• centralidade das emoções
• geração da imagem e dos estímulos
• opção por relações interpessoais e
horizontais
• relativização dos valores e das tradições
• enfoque da subjetividade e do
individualismo
• desinteresse pela macropolítica e
grandes estruturas;
2) Aspectos negativos / preocupantes
- vulnerabilidade social / seqüelas da pobreza
- desemprego
- falta de qualificação para o trabalho
- Consumismo
- educação restrita e de baixa qualidade
- instrumentalização da educação para o mercado
- geração de pouca leitura
- enfoques antropológicos reducionistas
- uso indiscriminado e abusivo da comunicação virtual
- linguagem pouco significativa aos jovens
- drogas, álcool
- sexualidade: banalização, gravidez na adolescência,
AIDS, exploração
- violência: homicídio, acidentes de trânsito, suicídio,
grupos juvenis
- o limitado acesso às atividades esportivas E culturais
2) Aspectos negativos / preocupantes
exclusão digital
 pouca participação nas atividades associativas/comunitárias: 35%
dos adolescentes e 15% dos jovens
 enfraquecimento da identidade espiritual,
 espiritualidade: fraca, centrada na pessoa, nas emoções, nos
interesses imediatos
 trânsito religioso
 grupos fundamentalistas
 Nova Era
 novas propostas religiosas e pseudo-religiosas
 tendência ao sincretismo religioso
 pouco engajamento após a Crisma
“Destacam-se três marcas da juventude na atualidade: o medo de
sobrar, por causa do desemprego, o medo de morrer precocemente,
por causa da violência, e a vida em um mundo conectado, por causa
da Internet” (Regina Novaes)

PESQUISA DATA-FOLHA
(27-07-2008 / 168 cidades / 1541 jovens)
IBGE:
35.331.229 jovens de 16 a 25 anos =
19%
*
*
*
*
trabalham : 35%
estudam : 25%
trabalham e estudam: 25%
não trabalham nem estudam: 15%
74% solteiros e 24% casados
54% já repetiram de ano
73% têm celular
04% já fizeram aborto
PESQUISA DATA-FOLHA
(27-07-2008 / 168 cidades / 1541 jovens)
SONHOS:
- trabalhar/formar-se: 18%
- sucesso profissional: 15%
- faculdade: 7%
MEDOS:
morte: 23%
morte de parentes: 17%
violência: 13%
PESQUISA DATA-FOLHA
(27-07-2008 / 168 cidades / 1541 jovens)
VALORES:
-
Família:
Saúde:
Trabalho:
Estudo:
Lazer:
Amigos:
Religião:
Sexo:
Dinheiro:
Beleza:
Casamento:
99%
99%
97%
96%
88%
85%
81%
81%
79%
74%
72%
RELIGIÃO:
católica: 59%
Evangélica pentecostal: 16%
nenhuma: 10%
Para nós, ser cristão é, fundamentalmente:
conhecer, optar e seguir a Jesus Cristo, viver
em comunidade (Igreja), trabalhar pelo
Reino e pela Sociedade solidária.
A opção preferencial pelos jovens exige
renovação e parceria com a família.
1) Jesus Cristo
•
•
•
•
O desafio para o jovem é escutar a voz de
Cristo em meio a tantas outras vozes.
A busca juvenil por ‘modelos’ facilita nossa
apresentação de Jesus Cristo.
A evangelização deve ajudar o jovem a ter
contato pessoal com JC através do: Evangelho,
celebrações, orações, vida comunitária,
liturgia, os mais necessitados
O encontro do jovem com JC na Igreja
favorece: dignidade, personalização,
discernimento vocacional
2) Igreja
Os jovens têm dificuldades com
relação á Igreja: visão distorcida e
falta de acolhida
• A Juventude mora no coração da
Igreja e é fonte de renovação da
sociedade
•
3) Sociedade
•
A evangelização dos jovens não pode visar
somente suas relações mais próximas, como o
grupo de amigos, a família, a amizade, a
fraternidade, a afetividade, o carinho, as
pequenas
lutas
do
dia-a-dia.
A
ação
evangelizadora deve também motivar o
envolvimento com as grandes questões que
dizem respeito a toda a sociedade, como a
economia, a política e todos os desafios sociais
de nosso tempo. Há necessidade de animar e
capacitar o jovem para o exercício da cidadania,
como uma dimensão importante do discipulado.
4) Evangelização
•
•
•
•
•
A Igreja tem uma rica história de trabalho com a
juventude.
O processo de evangelização nasce do encontro
pessoal com Jesus Cristo e se desenvolve num
itinerário cujas etapas contribuem para que o jovem:
escute o chamado de Cristo, busque os valores
evangélicos, saia do individualismo e sirva o próximo,
participe da comunidade e da pastoral orgânica, lute
pela justiça, se comprometa com a missão da Igreja,
faça uma opção vocacional.
Consideramos o jovem como lugar teológico.
O nosso amor a esta juventude é gratuito,
independente do que possa nos oferecer.
Espaços privilegiados para a Evangelização: Pastoral
Juvenil, Pastoral da Juventude, Movimentos,
Catequese, Escola, Família
4) Evangelização
•
•
•
•
•
É preciso levar em conta o projeto individual e o
projeto coletivo; o racional e o emocional.
O jovem é o evangelizador privilegiado dos outros
jovens.
A assessoria deve constituir uma preocupação
cuidadosa por parte de toda a Igreja
Na Igreja do Brasil, muitas forças pastorais atuam
junto aos jovens e com eles. Todas contribuem na
evangelização da juventude: as Pastorais da
Juventude, os Movimentos Eclesiais, o Serviço
Pastoral das Congregações, as Novas
Comunidades, Pastoral Familiar, Pastoral
Vocacional, Pastoral Catequética, Ação
Missionária, etc.
Há necessidade de resgatar no coração de todos a
paixão pela juventude
III – NOSSO AGIR

Apresentar a verdadeira face da Igreja
 Trabalhar a relação fé-razão/ciência
 Apresentar experiências de santidade
e solidariedade na história da Igreja
a) Garantir uma formação que seja integral
contemplar todas as dimensões da vida do
jovem: grupos, catequese, escola (DG)
auxiliar no projeto pessoal de vida (DG)
favorecer o discernimento vocacional (DA)
capacitar as famílias para a educação da fé
e dos valores; catequese familiar; formar
para a importância do homem no
matrimônio, paternidade e educação
organizar subsídios sobre educação para o
amor (afetividade, sexualidade) (DG)
b) Motivar a uma consistente Espiritualidade (*)
oração pessoal (DA) e comunitária
valorização da missa dominical (DA)
participação na comunidade/Igreja
(DA)
Leitura Orante da Bíblia (DA)
Sacramentos (crisma, eucaristia,
reconciliação) (DA)
devoção a Nossa Senhora
encontros espirituais com Jesus Cristo
direção espiritual
leituras e reflexões
c) Assumir uma pedagogia de formação
incentivar hábito de leitura
organizar grupos
valorizar expressões culturais juvenis
organizar a Pastoral de Adolescentes (DA)
organizar eventos de massa (DA)
envolver os jovens na comunidade
organizar prática de voluntariado
privilegiar processos de educação na fé e aos
valores (DG)
implementar catequese atrativa
d) Estimular o espírito missionário
estimular os jovens a se tornarem apóstolos de
outros jovens
despertar para a cidadania e o engajamento político
motivar à opção preferencial pelos pobres
e) Fortalecer estruturas e organizações
envolver os jovens nas organizações eclesiais
organizar o Setor Juventude nas dioceses
investir nas estruturas de acompanhamento
f) Favorecer o Ministério da Assessoria
Os diferentes tipos de assessores se
complementam:
assessor-padre,
assessor-religioso,
Assessor-leigo adulto e
assessor-jovem.
É também importante junto a este grupo
aqueles padres, leigos e religiosos que,
mesmo não sendo assessores, acolhem,
apóiam e incentivam os jovens.
g) Provocar diálogo FÉ-RAZÃO
estimular a pastoral do mundo missionário
(formação de profissionais e lideranças) (DA)
despertar o espírito missionário dos
universitários
incentivar diálogo fé-razão-cultura-ciência
(DA)
IV– NOSSOS COMPROMISSOS GERAIS
É necessária uma firme atuação de todos os
segmentos da Igreja no sentido de garantir o
direito dos jovens à vida digna e ao pleno
desenvolvimento de suas potencialidades. Isso se
desdobra e concretiza no direito à educação, ao
trabalho e à renda, à cultura e ao lazer, à
segurança, à assistência social, à saúde e à
participação social, ao trabalho e à renda, à
cultura e ao lazer, à segurança, à assistência
social, à saúde e à participação social.
IV– NOSSOS COMPROMISSOS GERAIS
A Igreja precisa se fazer mais presente na geração
de cultura.
Nós, bispos católicos do Brasil, renovamos a
opção afetiva e efetiva pelos jovens
Queremos ir, com amor preferencial, ao encontro
dos jovens que mais sofrem.
Download

Evangelização da Juventude