PASTORAL DE RUA:
Vida e Missão Urbanas
Ston Figueiredo
Bacharel licenciado em Geografia pela PUC-Minas
Equipe de Coordenação da Pastoral Nacional do Povo da Rua
Estrutura da apresentação
 A população em situação de rua
 A Pastoral Nacional do Povo da Rua;
 Missão, Mística e Metodologia;
População em Situação de Rua
Conceito
Considera-se população em situação de rua o
grupo populacional heterogêneo que possui em
comum a pobreza extrema, os vínculos familiares
interrompidos ou fragilizados e a inexistência de
moradia convencional regular, e que utiliza os
logradouros públicos e as áreas degradadas como
espaço de moradia e de sustento, de forma
temporária ou permanente, bem como as unidades
de acolhimento para pernoite temporário ou como
moradia provisória.¹
(¹ Decreto Nº 7.053)
A População de Rua
em Recife
Fonte: SILVA, 2009
A População de Rua
no Brasil
PESQUISA
Pesquisa Nacional
ANO
2008
FREQÜÊNCIA
31.922
São Paulo
Recife
Belo Horizonte
Porto Alegre
TOTAL
2009
2005
2005
2008
13.666
1.390
1.164
1.203
49.345
Fonte: Pesquisa Nacional Sobre a População em Situação de Rua 2008 e
2º Censo da População de Rua e Pesquisa Qualitativa de Belo Horizonte – 2005
Pastoral Nacional do Povo da Rua
 Ações pioneiras em SP e BH na década de 1980;
 Formação em 2001;
 Metodologia de ação específica;
 Atualmente ações articuladas em SP, BH, Fortaleza, RJ,
Curitiba, Juiz de Fora, Brasília, Contagem, Passos,
Barbacena e Uberlândia;
 CNBB:
 Oitava Comissão;
 Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, Justiça
e Paz;
 Mutirão para a Superação da Miséria e da Fome.
Missão, Mística e Metodologia
Missão
Ser presença junto ao povo da rua, reconhecer os sinais
de Deus presentes em sua história e promover ações
que transformem a situação de exclusão em projetos de
vida para todos.
Mística
 Ser presença solidária e profética;
 Reconhecer os sinais de Deus presentes na história e na vida
do povo;
 Desenvolver ações que transformem a situação de exclusão;
 expressão cotidiana da Missão;
 Promover a celebração,
o encontro e a escuta.
Pressupostos metodológicos
 Estabelecer vínculos que permitam criar relações de confiança;
 Incentivar a organização social, reconhecendo o protagonismo;
 Promover ações que construam alternativas de produção de bens e
cidadania;
 Denunciar os mecanismos e situações de exclusão;
 Sensibilizar os diversos segmentos da sociedade (poder público,
Igrejas, universidades, etc) para desenvolver ações efetivas contra o
preconceito e a exclusão social;
 Vivenciar a mística através da escuta e da experiência pessoal e
comunitária da fé;
 Estabelecer parcerias para construção de alternativas: poder
público, universidades e outros;
 Implicar o Estado e não tentar substituí-lo.
Metodologia
01 – Conhecer a Realidade
Mapear os locais de concentração;
Avaliar as causas que levam as pessoas para a rua;
Reconhecer a trajetória de vida (costumes e crenças);
Conhecer as experiências vivenciadas na rua e o contexto no
qual o povo está inserido;
Metodologia
02- Criar espaços comunitários
Resgate da auto-estima;
Fortalecimento de relações solidárias ;
Valorização de expressões culturais e religiosas
Convivência e acolhida;
Intercambio;
Celebrar a vida do povo: sua lutas e vitórias;
Estimular e apoiar o desenvolvimento de ações coletivas;
Metodologia
03 - Promover eventos
Contextualizar e dar visibilidade a situação de exclusão
Realizar assembléias;
Organizar seminários, congressos, debates e encontros para
capacitação e formação;
04– Capacitar e formar agentes de pastoral
Estimular o intercâmbio e troca de experiências;
Realizar encontros periódicos para planejamento e avaliação;
Elaborar subsídios;
Sistematizar experiências.
Metodologia
05 - Participar na formulação e implementação de políticas públicas
Superar a adoção de medidas emergenciais e serviços de
atendimento temporário
Inclusão nos projetos municipais, estaduais e federais de
habitação;
Promoção da inclusão produtiva através da geração de trabalho e
renda;
Implementação de fóruns de discussão e comitês de
acompanhamento e monitoramento
Obrigado!
“Lutar foi sempre, mais ou menos,
uma forma de cegueira ”
José Saramago
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