Brasil República Velha
(1890 – 1930)
3.4 Conflitos sociais:
• Movimentos Messiânicos:
– Líderes religiosos.
– Guerra de Canudos (BA 1896 – 1897):
• Antônio Conselheiro (líder).
• Causas: miséria crônica da população nordestina, má
distribuição de terras, descaso com o trabalhador rural,
seca, aumento de impostos, separação entre religião e
Estado decorrente da proclamação da República.
• Camponeses seguem Antônio Conselheiro, formando o
Arraial de Canudos (ou Arraial do Belo Monte), no interior
da BA.
• Comunidade forma um Estado paralelo a
República, abandonando as fazendas,
deixando de pagar o dízimo e os impostos
republicanos.
• Governo republicano + Coronéis + Igreja
unem-se contra Canudos.
• Campanha de difamação contra Canudos
atinge os principais jornais da capital,
associando Canudos ao retorno da
monarquia.
• Após 4 expedições militares, Canudos é
massacrada.
• Fonte
bibliográfica
freqüentemente
citada: “Os Sertões” – Euclides da Cunha.
A GUERRA DE CANUDOS:
– Revolta de Juazeiro (CE – 1913):
• Líder: Padre Cícero.
• Causa: Intervenção do governo central
no Ceará, retirando do poder a
tradicional família Accioly (Política das
Salvações).
• Padre Cícero lidera um exército formado
por fiéis que recuperam o poder para a
tradicional família.
• Prestígio político do Padre Cícero
aumenta consideravelmente, e a família
Accioly retoma o controle do Estado do
Ceará.
– Guerra do Contestado (SC/PR 1912 – 1916):
• José Maria (líder).
• Causas: exploração de camponeses,
concessão de terras e benefícios para
empresas inglesas e americanas que
provocaram a expulsão e marginalização
de pequenos camponeses.
• Origem do nome: região contestada
entre os estados de Santa Catarina e
Paraná.
• Assim como Canudos, os participantes
foram violentamente massacrados.
A GUERRA DO CONTESTADO:
• Banditismo Social ou Cangaço (NE 1890 – 1940):
– Bandos armados que percorriam o interior nordestino
sobrevivendo de delitos.
– Principais bandos: Lampião e Curisco.
– Causas: miséria crônica da população nordestina, seca, má
distribuição de terras, descaso do Estado e dos coronéis para
com os mais pobres, violência.
– Mito do “Robin Hood”.
– Os cangaceiros foram perseguidos pela polícia volante e
exterminados um a um. Eram os únicos que despertavam
medo nos coronéis, justamente por não terem perspectiva de
melhorar sua condição e portanto não precisar temer o
desrespeito das leis vigentes
LAMPIÃO
MOVIMENTOS SOCIAIS NORDESTINOS:
• Revolta da Vacina (RJ – 1904):
– Projeto de modernização do RJ (Presidente Rodrigues Alves).
– Destruição de cortiços e favelas, ampliação das avenidas,
construção de novos prédios inspirando-se em Paris.
– Expulsão de comunidades pobres das regiões centrais, inflação,
alta do custo de vida.
– Vacinação obrigatória contra a varíola (Oswaldo Cruz)
desencadeia conflito.
– Durante o conflito, um grupo de partidários radicais do Mal.
Floriano Peixoto, denominados “jacobinos florianistas” tenta
tomar o poder, não obtendo resultados satisfatórios.
• Repressão do
conseqüências.
governo.
Sem
maiores
REVOLTA DA VACINA:
OSWALDO CRUZ
• Revolta dos Marinheiros ou
Revolta da Chibata (RJ
1910):
– João
Cândido
(líder),
posteriormente apelidado de
“Almirante Negro”.
– Causas: maus tratos, baixos
soldos, péssima alimentação e
castigos corporais (como a
chibata, por exemplo) dentro da
marinha.
– Marinheiros tomam 2 navios e ameaçam bombardear o Rio
caso continuassem os castigos na marinha.
– Governo promete atender as reivindicações e solicita que
marinheiros se entregassem.
– Envolvidos foram presos e mortos. João Cândido sobrevive mas
é expulso da marinha .
– Castigos corporais na marinha são abolidos.
• Movimento operário:
– Causas: ampla exploração dos trabalhadores urbanos das
fábricas e ausência de legislação trabalhista que amparasse os
trabalhadores.
– Até a década de 20 predomínio de imigrantes italianos de
ideologia anarquista.
– Principais formas de luta: formação de sindicatos e
organização de greves.
– A partir de 1922 o principal instrumento de luta operária
foi o PCB, que tenta organizar os operários.
– Postura do governo em relação ao movimento operário:
repressão (“caso de polícia”).
• A Semana de Arte Moderna (SP –
fev/1922):
– Crítica aos padrões artísticos e literários formais
(métrica, rima, saudosismo, sentimentalismo).
– Criação de uma nova estética sem fórmulas fixas
e limitadoras da criatividade.
– “Paulicéia Desvairada” – MÁRIO DE ANDRADE:
primeira obra modernista.
– Principais representantes: Oswald de Andrade,
Mário de Andrade, Manuel Bandeira, Menotti
del Picchia (literatura), Anita Malfatti, Tarsila do
Amaral, Di Cavalcanti (pintura), Villa-Lobos
(música), Vitor Brecheret (escultura).
• O Tenentismo:
– Movimento da baixa oficialidade do exército (tenentes e
capitães).
– Classe média urbana e letrada.
– Contra o poder central das oligarquias.
– Objetivos: moralização política (voto secreto, fim das fraudes,
afastamento do controle oligárquico), ensino obrigatório,
centralização positivista.
– Programa elitista – para o povo, mas sem o povo.
– Consideravam-se a “salvação nacional”.
– Revolta do Forte de Copacabana ou os 18
do Forte (RJ 1922):
• Contra a posse do presidente Arthur
Bernardes (1922).
• Episódio das “Cartas Falsas”.
• Movimento fracassou, mas 18
integrantes
(sendo
um
civil)
marcharam em Copacabana contra
uma tropa do governo de mais de 3 mil
homens. Sobreviveram ao gesto
suicida dois tenentes: Siqueira Campos
e Eduardo Gomes.
– Rebelião Paulista (1924):
• Tenentes tomam o poder
de São Paulo, liderados
por Isidoro Dias Lopes, por
22
dias,
até
a
reorganização das tropas
federais. Fogem para o
Paraná onde se encontram
com outro grupo de
tenentes vindos do RS,
liderados por Luís Carlos
Prestes.
– Coluna Prestes (1924 – 1926):
• Líder: Luís Carlos Prestes (“o Cavaleiro da
Esperança”).
• Marcha pelo interior do Brasil tentando
debilitar o governo de Arthur Bernardes e
conseguindo mais adeptos para a causa
tenentista.
• Caráter
social
mais
amplo:
alguns
mencionavam o desejo pelo voto feminino e
pela reforma agrária.
• Fracassou. Seus integrantes se exilaram na
Bolívia. Alguns retornaram ao Brasil
posteriormente.
A COLUNA PRESTES:
4. O fim da República Velha:
• Manifestações de diversos setores abalam o poder
do governo.
– Movimento operário.
– Movimento tenentista.
• A Revolução de 30:
– Crise de 29 abala poder econômico dos cafeicultores.
– Governo não tem como valorizar artificialmente o café.
– Rompimento do pacto do café-com-leite: era a vez de MG
indicar o candidato, porém, SP indica o paulista Júlio Prestes
para a sucessão do presidente Washington Luís.
– MG + RS + PB formam a ALIANÇA LIBERAL com os candidatos
Getúlio Vargas (RS) e João Pessoa (PB) para presidente e vice,
respectivamente.
– Aliança liberal recebe apoio de alguns tenentes e classe média
urbana, além de várias outras oligarquias dissidentes.
– Júlio Prestes vence eleição fraudulenta.
– Protestos contra o resultado das urnas tomam conta do país.
– João
Pessoa
é
assassinado na PB.
– Agitação
popular
aumenta.
– Exército resolve depor o
então
presidente
Washington Luís antes
mesmo da posse de
Júlio Prestes e entregar
a
presidência
ao
comandante em chefe
da
revolta,
Getúlio
Vargas.
–REFERÊNCIAS
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–ATENÇÃO
–Parte deste material foi coletado na internet e não foi possível identificar a
autoria. Este material se destina para fins de estudo e não se encontra
completamente atualizado.
–FIM
• _________________Obrigado pela atenção!!
•
Acimarney C. S. Freitas – Advogado – OAB-BA Nº 30.553
•
Professor de Direito do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Bahia – IFBA – campus de Vitória da
Conquista
•
Diretor do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Bahia – IFBA – campus de Brumado.
•
Bacharel em Teologia
•
Especialista em Direito Educacional - FTC
•
Especialista em Educação Profissional e de Jovens e Adultos - IFBA
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Mestrando em Filosofia - UFSC
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