CANUDOS: ONTEM E SEMPRE "É preciso descobrir Neste episódio quem erra O sertanejo sem nada Procura abrigo na terra Em vez de mandarem ajudar Mandaram foi muita guerra."(Jorge Lima, José Maia, João Oliveira e João da Silva) A situação de miséria e descaso político fez nascer no sertão nordestino, no final do século XIX, um movimento messiânico de grande importância. Liderados pelo beato Antônio Conselheiro, o grupo de miseráveis fundou às margens do rio Vaza Barris, um arraial. Este, longe do poder dos políticos, representou uma ameaça a ordem estabelecida pela recém inaugurada República. Logo, os canudenses foram atacados com toda força pelas tropas do governo. GUERRA E DESTRUIÇÃO HOJE E SEMPRE EUCLIDES da CUNHA “Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a história, resistiu até ao esgotamento completo. Expugnado palmo a palmo, na precisão integral do termo, caiu no dia cinco, ao entardecer, quando caíram os seus últimos defensores, que todos morreram. Eram quatro apenas: um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam raivosamente cinco mil soldados.” (trecho de “Os Sertões”) Unesp - 2008 Observe a fotografia dos habitantes de Canudos aprisionados pelas tropas federais em 1897. Caracterize as circunstâncias sociais da formação do arraial de Canudos e o contexto histórico de sua destruição.