Medición de desempeño en la gestión de riesgos laborales Carlos T. Formoso Tarcísio A. Saurin Papel da medição de desempenho Gera informações para controle de processos Permite estabelecer metas de desempenho viáveis, mas desafiantes Contribui para focar as pessoas e os recursos na implementação de estratégias Incentivos financeiros Melhora a comunicação entre diferentes níveis gerenciais Aumenta a transparência de processos, tornando visíveis alguns atributos dos processos Projeto e implementação de um Sistema de Medição de Desempenho Seleção e definição de um conjunto de indicadores apropriados Projeto e implementação de um Sistema de Medição de Desempenho Seleção e definição de um conjunto de indicadores apropriados Procedimentos para coleta e análise de dados Protocolos para distribuição das informações para os tomadores de decisão Definição de ações a serem realizadas para melhorar o desempenho Revisão periódica do sistema de medição de desempenho Paradigma tradicional de Gestão da Segurança Define-se as atividades a serem realizadas Identifica-se a maior parte dos riscos de acidentes Prescreve-se medidas de controle capazes de prevenir acidentes Trabalhadores são estimulados a aplicar as medidas de controle através de punições e prêmios Paradigma tradicional de Gestão da Segurança Baseado em teorias mono-causais: Exemplo: Atos e condições inseguras Seres humanos são vistos como a parte não confiável do sistema Erro humano, negligência, imprudência, incompetência, distração, etc. Necessidade de definir responsáveis cria uma pesada estrutura burocrática Muitos incidentes ou acidentes não são relatados Novo paradigma: baseado em conceitos da Engenharia de Resiliência Ambiente de trabalho é complexo e dinâmico Existem múltiplas causas de acidentes que interagem Seres humanos adaptam-se ao ambiente onde trabalham (Rasmussen, 1997): Pressões de natureza gerencial (por exemplo, prazos e custos) Tendência natural dos indivíduos de realizarem tarefas com menor esforço Riscos emergem: não é possível prever todos os riscos antecipadamente Taxas de acidentes da aviação comercial (mundo) Novo paradigma: baseado em conceitos da Engenharia de Resiliência Erro humano deve ser entendido como um sintoma ou conseqüência, e não como causa, e representa o ponto de partida para uma investigação (Woods et al., 1994) Pessoas são falíveis: erros aconteçam mesmo nas organizações consideradas com desempenho de excelência Acidente deve ser encarado como uma perda de controle organizacional Novo paradigma: baseado em conceitos da Engenharia de Resiliência Como conceber e implementar Sistemas de Medição de Desempenho para a Gestão da Segurança no novo paradigma? Estudos sobre medição de desempenho na Gestão da Segurança Integração da gestão da segurança ao planejamento e controle da produção (Last Planner) Análise da implementação de indicadores de incidentes e quase-acidentes Avaliação das melhores práticas de gestão de segurança em empresas construtoras Avaliação de sistemas de medição de desempenho para a gestão da segurança de duas empresas construtoras Indicadores de desempenho mais utilizados no Brasil Indicadores reativos: taxa de freqüência, taxa de gravidade (exigências legais) Indicadores de conformidade às normas Indicadores de aplicação de práticas: treinamento, inspeções, etc. Indicadores de incidentes (por exemplo, quaseacidentes) Indicadores de eficácia do sistema de gestão da segurança (por exemplo, PPS) Problemas na medição de desempenho na Gestão da Segurança Fortemente baseada em indicadores reativos Números de acidentes Número de horas perdidas Muitas empresas utilizam indicadores relacionados à aplicação de práticas de prevenção fáceis de serem mensuradas Número de horas de treinamento Número de inspeções de segurança Alguns dados disponíveis não são utilizados Indicadores são utilizados de forma isolada, sem entender claramente as relações entre estes Desenvolvimento de Painel de Controle Interface única para todos os indicadores Informações distintas para cada nível gerencial Ciclo semanal de coleta, processamento e disseminação de informações Indicador Percentagem de Pacotes Seguros (PPS) Planilha de planejamento e controle de curto prazo (Last Planner) 100 % seguro ? Equipe MP Pintura Construt. Construt. Construt. Pacote de trabalho Colocação dos pilares 3, 4 e 5 Parede externa, escritório Planos nao associados `a pacotes Central de fôrmas Central de armaduras Á reas de circulação comuns nº APR APR 2 APR 5 Sim x APR 7 x x x APR 8 Não Problema x Falta de uso de óculos PPS = pacotes 100 % seguros total de pacotes PPS – Percentagem de Pacotes Seguros PPS – Causas dos problemas de segurança Classificação das falhas de segurança Obra A Obra B Obra C Obra D Falhas de planejamento e controle Erros não-intencionais (trabalhadores) 51,6 % 51,4 % 66,7% 35,4% 0,0 % 0,0 % 2,2% 0,0% Erros não-intencionais (gerentes) 2,2% 1,7% 5,9% 1,3% Violações (trabalhadores) Violações (gerentes) 16,5% 27,8% 12,6% 54,7% 9,9% 19,1% 12,6% 8,6% Interferência do cliente 19,8 % 0,0% 0,0% 0,0% Total 100% 100% 100% 100% Indicador de quase-acidentes Quase-acidentes são eventos instantâneos, com uma repentina liberação de energia e que tiveram o potencial de gerar um acidente Não resultam em danos materiais ou lesões, mas geralmente só perdas de tempo É difícil diferenciar de outros incidentes (acidentes com perdas materiais, condições latentes, etc.) Importância da análise de causas dos Quase Acidentes Indicador de quase-acidentes Necessidade de vários mecanismos de relatos Coleta do indicador PPS Diálogo diário de segurança Ciclos de avaliação participativa Importância de dados qualitativos Compreensão das múltiplas causas Importância de retro-alimentação (disseminação da informação para o tomador de decisão) Protocolo de avaliação de melhores práticas PRÁTICAS 1. Comprometimento da alta direção com a SST 1.1. Os responsáveis pela SST são autorizados a paralisar a obra em caso de falta de segurança. 1.2. Existem registros dos motivos para paralisações realizadas? 1.3. As causas das paralisações são discutidas formalmente? 1.4.. Os resultados são repassados para todos os representantes da alta direção para divulgação nos empreendimentos? 1.5. Os resultados das paralisações são divulgados no empreendimento? 1.6. Existe uma política para encorajar os trabalhadores a recusar uma tarefa caso não se sinta seguro. 1.7.É realizado algum registro das recusas por falta de segurança? 1.8. Além da resolução dos problemas, são discutidos na empresa as causas correntes das recusas? 1.9. Os resultados são repassados para todos os representantes da alta direção para divulgação nos empreendimentos? 1.10. Representantes da alta direção realizam visitas aos canteiros para avaliar a SST. 1.11. Existe um procedimento formal a ser seguido, como listas de verificação, check-lists e etc. 1.12. Representantes da alta direção participam da definição de metas e objetivos para a SST da empresa para o empreendimento? 1.13. Representantes da alta direção são informados dos resultados da medição de desempenho em SST. 1.14. A alta direção inclui exigências no contrato, em relação à SST, para as contratadas? 2. Contratação de Pessoal Especializado em SST 2.1. O setor responsável pela gestão da SST está diretamente subordinado à alta direção. 2.2. O setor participa das reuniões regulares do empreendimento? 2.3. O empreendimento possui técnicos de Segurança em tempo integral. 2.4. O técnico participa das reuniões de planejamento realizadas pela empresa para tratar da SST? 2.5. Existem projetos de EPC's para este empreendimento? 2.6. Os projetos de EPC's da empresa são realizados por profissionais especializados. 2.7. O profissional acompanha/fiscaliza a execução do projeto? 2.8. Há equipes dedicadas e especializadas para montagem e desmontagem dos EPC's. 2.9. Os membros da equipe de montagem/desmontagem dos EPC's receberam treinamento especializado? 3. Planejamento e Controle da SST 3.1. Os requisitos de SST são levados em consideração no planejamento de curto prazo. 3.2. Há pacotes específicos de segurança no planejamento? 3.3. A empresa monitora se os pacotes estão sendo realizados com segurança? 3.4. O encarregado da segurança no empreendimento participa da reunião de curto prazo? 3.5. A empresa utiliza indicadores de cumprimento dos pacotes de segurança? 3.6. As causas do não cumprimento dos pacotes são registradas e avaliadas periodicamente? 3.7. São realizadas Análises Preliminares de Riscos. 3.8. As equipes analisam as tarefas antes de iniciar a execução? 3.9. São realizadas reuniões de diálogo para tratar da SST no canteiro, envolvendo todos os trabalhadores. 3.10. A empresa possui procedimentos padronizados de execução de tarefas, incluindo requisitos de SST. 3.11. Os funcionários participam da elaboração dos procedimentos? 3.12. Os procedimentos são revisados e atualizados periodicamente? 3.13. Há um monitoramento do cumprimento dos procedimentos de SST? 4. Treinamento 4.1. São realizados treinamentos especializados por função. 4.2. Existe algum indicador de treinamento? 4.3. São realizados treinamentos de SST para outros níveis hierárquicos da empresa. 4.4. Há um programa de sanções disciplinares pelo não cumprimento sistemático de procedimentos básicos de 76 Práticas: 1. Comprometimento da Alta Direção 2. Contratação de Pessoal Especializado em SST 3. Planejamento e Controle da SST 4. Treinamento 5. Participação dos Trabalhadores 6. Programas de Incentivo 7. Medição de Desempenho Exemplo de avaliação de melhores práticas 5.Participação dos Trabalhadores na Gestão da SST 5.7.A empresa possui um sistema de relatos de boas soluções para conformidade com as normas de SST. a. ( ) SIM ( ) NÃO b.De que forma os relatos são coletados? c.Existe algum incentivo para a realização? d.Os relatos são anônimos? ( ) SIM ( ) NÃO 5.8.Os resultados são divulgados nos empreendimentos da empresa? a. ( ) SIM ( ) NÃO b. De que forma? Caracterização mínima das melhores práticas Compreensão do contexto de implementação Múltiplas fontes de evidência: dados qualitativos e quantitativos Indicador de implementação de melhores práticas 80% 75% 73% 70% 67% 66% 66% D2 E1 60% 50% 40% 44% 38% 41% 37% 35% 30% 20% 10% 0% A1 A2 B1 B2 C1 C2 D1 E2 Modelo de relacionamento: conexões entre as práticas Índices de não conformidade em relação às exigências legais Enfoque tradicional tende a ser útil em ambientes caracterizados por elevadas taxas de acidentes associados a problemas básicos de segurança: Dispositivos de segurança de máquina Uso de equipamentos de proteção coletiva Etc. INR18 = 6.5 (26 canteiros nos RS) Requisitos adicionais de Sistemas de Medição de Desempenho para Gestão da Segurança Necessidade de vários mecanismos para monitorar riscos: Descentralizados Diferentes pontos de vista Próximo à execução do processo (consideração da incerteza e interdependências) Monitoramento conjunto de diferentes dimensões de desempenho da organização Outros sistemas fornecem informações relevantes para a segurança (por exemplo, análise de restrições) Possibilita a análise de trade-offs Controle em tempo real Curto tempo entre monitoramento e ação Requisitos adicionais de Sistemas de Medição de Desempenho para Gestão da Segurança Monitoramento de vários tipos de vulnerabilidades Identificar se a organização está trabalhando próximo do limite do trabalho seguro (incluindo rotinas) Combinação de dados quantitativos e qualitativos Entender as múltiplas causas das falhas e estratégias para realizar trabalho seguro Adaptação a mudanças no contexto e nos riscos existentes (resiliência) Avaliação da eficácia do Sistema de Medição de Desempenho Auditorias externas, aderência a rotinas Equilíbrio entre abrangência e facilidade de uso (baixo custo)